quarta-feira, 7 de julho de 2021

Série Gideão - 7- A confirmação do Senhor

 



Por Jânio Santos de Oliveira




 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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E sucedeu que, naquela mesma noite, o Senhor lhe disse: Levanta-te, e desce ao arraial, porque o tenho dado na tua mão.

E, se ainda temes descer, desce tu e teu moço Purá, ao arraial;

E ouvirás o que dizem, e então, fortalecidas as tuas mãos descerás ao arraial. Então desceu ele com o seu moço Purá até ao extremo das sentinelas que estavam no arraial.

E os midianitas, os amalequitas, e todos os filhos do oriente jaziam no vale como gafanhotos em multidão; e eram inumeráveis os seus camelos, como a areia que há na praia do mar.

Chegando, pois, Gideão, eis que estava contando um homem ao seu companheiro um sonho, e dizia: Eis que tive um sonho, eis que um pão de cevada torrado rodava pelo arraial dos midianitas, e chegava até à tenda, e a feriu, e caiu, e a transtornou de cima para baixo; e ficou caída.

E respondeu o seu companheiro, e disse: Não é isto outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, varão israelita. Deus tem dado na sua mão aos midianitas, e todo este arraial.

E sucedeu que, ouvindo Gideão a narração deste sonho, e a sua explicação, adorou; e voltou ao arraial de Israel, e disse: Levantai-vos, porque o Senhor tem dado o arraial dos midianitas nas nossas mãos (Jz 7.9-15).

Resultado de imagem para gideão desce ao arraial dos midianitas e ver um sonhoGideão e o seu moço vão ao acampamento dos midianitas



Nós estamos apresentando uma série de estudos bíblicos especiais sobre a vida de Gideão. 
Inicialmente falamos sobre :

  1. "A sua biografia de Gideão";  
  2.  As circunstâncias da chamada de gideão; 
  3. Deus encoraja a Gideão.
  4. Derrubando os altares de Baal
  5. Gideão pede provas e Deus confirma. 
  6. A seleção dos chamados 


  • Agora estaremos  falando sobre:: 
  •  A confirmação do Senhor   
I. Uma análise preliminar do texto.
V. 9. Levanta-te, e desce contra o arraial. A ordem implica em ataque imediato. Durante o Êxodo, espias foram enviados de Cades-Barnea (Nm. 13) para espiarem a terra de Canaã. E Josué enviou espiões a Jericó antes de atacá-la (Js. 2). Gideão, contudo, devia atacar os midianitas imediatamente.
V. 10. Se ainda temes atacar, desce tu e teu moço Pura ao arraial. Pura (também poderia ser Purá) era o pajem, ou escudeiro, de Gideão.
Apesar das promessas divinas, Gideão devia se sentir um tanto hesitante em liderar um exército contra o inimigo. Nunca liderara um exército antes, e seus homens eram destreinados e inexperientes.
11. E ouvirás que dizem. Os temores dos midianitas seriam uma fonte de encorajamento para Gideão. Depois, fortalecerás as tuas mãos. Deus usaria estas experiências para preparar Gideão na liderança da vitória de Israel.
12. Os midianitas ... cobriam o vale como gafanhotos. Este versículo é um exemplo do uso da hipérbole nas Escrituras. Comparados com os trezentos homens do exército de Gideão, os midianitas e seus aliados pareciam ser uma hoste incontável. Foram aqui comparados a um exército de gafanhotos que invadem uma região, devoram toda a vegetação e deixam a desolação por onde passam.

13. Eis que certo homem estava contando um sonho ao seu companheiro.Consideravam-se os sonhos como revelações do futuro. O midianita sonhara que um pão de cevada batera de encontro á tenda do comandante e a destruíra. Cevada era o cereal mais barato na Palestina, e seu uso aqui, destaca a pobreza de Israel. O sonho foi interpretado como evidência de que Deus estava para usai Israel pala destruir os exércitos de Midiã. Gideão, tomando conhecimento do temor que havia nos corações dos midianitas, retornou confiante ao seu acampamento e preparou-se para o ataque.


II. Deus se provê do moço Purá.

 E para confirmar a vitória enviou Gideão e seu moço Purá para espionar o arraial dos midianitas para ouvir do próprio inimigo o que o SENHOR faria naquele lugar (Jz 7:9-15).
Deus, em sua soberana maneira de agir, sabe como orientar elementos para concretizar seu propósito para com seus escolhidos. Pura é um exemplo. Mencionado uma única vez na Bíblia, teve, porém, um dos maiores privilégio que se possa desejar na vida, pois o Senhor dissera a Gideão: "Se ainda temes atacar, desce tu com teu moço Pura ao arraial; e ouvirás o que dizem; depois, fortalecidas as tuas mãos, descerás contra o arraial. Então, desceu ele com seu moço Pura até à vanguarda do arraial." (Juízes 7:10-11) Qualquer um não servia naquela hora: Tinha que ser Pura. Não porque fosse ele um jovem valente, algum herói de guerra, mas um guerreiro de fronte erguida que podia dizer: "Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho." (Salmos 18:32)
            O Relatório tampouco sugere que Pura tivesse um físico avantajado, capaz de amedrontar os midianitas. Presumimos, porém, que o temor de Deus habitava no seu coração, habilitando-o a manter sua firmeza de propósito e levando-o a profunda humildade perante Deus. Pura era, sem dúvida, dotado de grande ardor espiritual, e pela sua fidelidade, obediência, coragem, dedicação e grande interesse nas coisas de Deus, o Senhor o designou para ir com Gideão ao arraial dos midianitas.
            Os israelitas estavam enfrentando muitos problemas e dificuldades. Os midianitas, moradores da Península do Sinai, haviam-se aliado aos amalequitas, povo rude e hostil, e juntos intencionavam atacar os israelitas. E passaram a fazer isso, principalmente na época das colheitas. Nessa ocasião, os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e Deus lhes enviou primeiro um profeta, que os alertou para o fato de eles terem deixado o Deus verdadeiro e abraçado os deuses dos amorreus (Juízes 6:7-10), razão porque estavam sofrendo o que sofriam; e em segundo lugar lhes suscitou um libertador: Gideão, ao que nos parece, foi sem dúvida, entre os homens da Bíblia, o que mais desculpas apresentou para não cumprir a missão que Deus estava a lhe designar; logo, ele deveria enfrentar o poderoso exército midianita para vencê-lo.
            Durante algum tempo, o coração de Gideão tremeu a contemplar o acampamento dos midianitas; vacilou-lhe a fé; temor e tremor lhe sobrevieram, e o oprimiu o terror; multiplicava-se diante dele os perigos; porém, quando Deus chama alguém para sua obra, ele mesmo envia essa pessoa e cuida dela.
            Quão diferente se observa hoje, quando muitos por aí se rotulam de missionários, pastor, evangelista, profeta, etc, sem a chamada divina (mas influenciado), e sem orde­nação, direção, experiência, preparo espiritual e cultu­ral!
            Muitos, com a vida irregular, saem ao campo e logo co­lhem o fruto do seu desvario quando descobrem que o seu próprio coração os enganara. Tais pessoas, terminadas as razões de sua influência, são vencidas por letargia pro­funda e se deixam absorver pelo indiferentismo espiri­tual; brigam por posição, e até por dinheiro brigam, e quando não conseguem o que desejam, abandonam o trabalho do Senhor, dividem-no, e ainda por cima culpam os outros pelos seus fracassos. "O culpado é o pastor, que não  me deu condições de trabalhar condignamente", dizem.
            É importante, porém, quando honramos o nome do Senhor, e quando o temos como dono de nossa vida, deixarmos que Ele nos use da maneira como melhor lhe agradar, no que ele quiser, onde ele quiser e quando ele quiser. O texto bíblico prossegue: Então, desceu ele [Gideão]com seu moço Pura até à vanguarda do arraial."
            Nessa ocasião em que Gideão tanto necessitava da simpatia e conselho de um verdadeiro amigo, Deus lhe enviou Pura que logo se tornou o amigo de maior confiança e um valioso apoio para Gideão. Sua brandura, prudência e presente serviu de complemento à coragem de Gideão. As qualidades de Pura devem servir de modelo para os que cooperam na Obra do Senhor, pois além do seu grande valor es­piritual, elas serão muito úteis na vida de qualquer crente.


1. O Jovem Prudente


            Pura não adiantou-se, não foi além do ponto que Gideão lhe ordenara que fosse. Não foi sozinho, por sua própria conta, mas desceu corajosamente ao arraial dos midianitas com Gideão. Ele possuía um profundo sentimento de respeito à autoridade espiritual de seu líder. Pura era, também, um moço de visão. Quantos problemas na igreja seriam evitados se os "Puras" de hoje tivessem o mesmo espírito daquele jovem servo de Deus, mesmo que por isso lhes custassem ser acusados de possuírem métodos de conduta antiquados, e de serem "quadrados" ou de não terem o espírito desta época.
            "Chegando, pois, Gideão, eis que certo homem estava contando um sonho ao seu companheiro e disse: Tive um sonho. Eis que um pão de cevada rodava contra o arraial dos midianitas e deu de encontro à tenda do comandante, de maneira que esta caiu, e se virou de cima para baixo, e ficou assim estendida. Respondeu-lhe o companheiro e disse: Não é isto outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, homem israelita. Nas mãos dele entregou Deus os midianitas e todo este arraial.." (Juízes 7:13-14)
            Tal fato produziu tanta coragem em Gideão que ele adorou imediatamente ao Senhor, e voltando para o acampamento, disse aos seus 300 companheiros: "Levantai-vos, porque o SENHOR entregou o arraial dos midianitas nas vossas mãos." (Juízes 7:15) Todas as suas dúvidas e temores foram anulados. Ele se fortaleceu com certeza de que o Senhor lutaria por Israel. A paz voltou à alma de Gideão, e com o espírito repousado em Deus, ele preparou-se para empreender a luta mais decisiva de sua vida. Não havia um momento sequer a perder. O pequeno exército de apenas 300 homens já estava pronto e a postos, esperando o grande momento. Todos os olhavam para Gideão.

2. "O Deus da batalha está comigo"


            É interessante notar que Deus havia chamado Gideão, porém fê-lo sentir que a obra que lhe fora confiada era muito maior do que a que ele podia realizar. Deus quis ainda mostrar a Gideão que o sucesso da guerra com os midianitas não iria depender dele estar ou não preparado para a luta, mas, unicamente, em que ele desse lugar a operação de Deus através dele. Por isso, designou-lhe apenas 300 companheiros de guerra.
            Evidentemente, Gideão não podia vencer sozinho o exército dos midianitas. Sua estratégia foi dividir em três esquadrões de cem os seus companheiros, e deu a cada um uma buzina e cântaros vazios, com tochas acessas. Cada um dos trezentos assumiu sua posição dentro do esquema preestabelecido por aquele que os comandava. O ataque foi rápido, e pouco tempo depois, todo o exército dos midia­nitas bater em retirada, gritando e fugindo. "E permaneceu cada um no seu lugar ao redor do arraial, que todo deitou a correr, e a gritar, e a fugir." (Juízes 7:21)
            Ainda hoje o Senhor requer a participação da espada de Gideão. Ele não usa anjos, mas utiliza homens dispostos a colocar tudo o que têm à disposição dos interesses de Deus na Terra. Quantas vezes nos sentimos incapazes de nos desincumbir sozinhos da responsabilidade que Deus nos tem confiado, porém nos falta a necessária simplicidade para dividir estas responsabilidades com aqueles que Deus tem colocado ao nosso redor. Consequentemente, muitos obreiros estão fazendo o trabalho de dez quando poderiam pôr dez pessoas a trabalhar, e assim não sacrificariam os interesses do rebanho do Senhor.

3. Seja um Pura em sua Igreja
            

Feliz é o pastor que é servido por moços como Pura, que os acompanham quando sofrem situações de tensão e in­tranquilidade. Nessas ocasiões, quão bom é para o Obreiro ouvir a suave voz de Deus dizendo-lhe: "Desce tu com teu moço Pura..." Você é um Pura em sua igreja, ou é daqueles que trazem propostas ou criam situações que resultam em contendas ou desunião entre o rebanho e os líderes da igreja? A Igreja de hoje precisa de moços como Pura, moços que se disponham a ir ao acampamento com Gideão. Com estes venceremos a batalha.



V. Como se repete este quadro em nossos dias.



Se sairmos do nosso “acampamento”, logo descobriremos que o Espiritismo controla tudo ao seu redor, apesar de dizerem que nosso país é a maior nação católica do mundo. Pode até ser a maior nação católica, mas mantendo em seu meio milhões de homossexuais, uma das maiores incidências mundiais de AIDS, milhões de prostitutas menores de 14 anos, mais de 4 milhões de abortos por ano.
Se descermos ao “arraial” dos atuais inimigos, veremos drogas infiltradas nos melhores colégios, jovens se prostituindo, roubando, para poder conseguir dinheiro para mais drogas. Também veremos as rebeliões nas FEBEMs, onde crianças, como feras enjauladas, usam qualquer coisa como arma para enfrentar os policiais. Veremos que o Brasil é o maior consumidor de cachaça do mundo, com um consumo superior a dois milhões e meio de litros por ano. E, para nossa vergonha, veremos líderes de Igrejas prostituindo a Palavra de Deus, para alcançarem seus objetivos sórdidos.
O inimigo é tremendo! Quando o Senhor nos manda que desçamos ao arraial inimigo, ao seu próprio ambiente, quer que aprendamos como ele vive. Com isso, Ele quer nos fortalecer, preparar para a iminente batalha.
Não há mérito algum em sermos membros da nossa Igreja, mas de vivermos como Cristo viveu, imitá-Lo, para que nossas mãos sejam fortalecidas. Diante desse falso cristianismo aí instalado, precisaremos descer até o inimigo, procurando pelos necessitados.
Já no seu tempo, o apóstolo Paulo dizia-se constrangido em pregar o evangelho, e veja que a situação daquela época não era tão caótica quanto a atual! Como as almas só serão alcançadas através da pregação do evangelho, a missão da Igreja deve ser a de uma tocha ardente, devendo pulsar em nós o mesmo espírito que pulsava em Jesus.
Enquanto Jesus estava se transfigurando no monte, alguns quiseram ficar ali para semptre, montar tendas, pois ali era bom de se ficar! Porém, mais abaixo do monte, outras coisas aconteciam: um pai clamava pela cura do seu filho lunático, o cego de Jericó gritava por ajuda, mercenários tomavam conta do templo, e assim por diante. Era preciso descer e continuar a combater o inimigo. E Jesus fez aquilo que o Pai lhe ordenara: desceu, não pretendendo ser igual ao Pai; ao contrário, desceu a este mundo e viveu como homem, conheceu nossos problemas!


Vamos nos fortalecer neste ensino do livro de Juízes! Gideão fortaleceu-se quando desceu. Quem sabe você precisa descer um pouco, meu amigo! Quem sabe, inclusive, se não é necessário que você desça hoje até a cruz, abandonando o seu pedestal de autossuficiência? O Senhor quer te dar a vitória, mas você precisa mostrar que tem interesse em buscá-la!

Então, desce de onde estais, da tua religião, talvez! Desce do lugar que te impede de chegar a Jesus, te impede de chegar até à cruz da salvação! Quem sabe o que te impede de chegar a Jesus seja o teu padrão de vida, o teu ambiente familiar... Você tem que quebrar os grilhões que te escravizam, que te prendem!
Aprenda que é necessário que você desapareça para que Cristo apareça na tua vida! É preciso que a casca que te envolve seja quebrada, que o teu exemplo de vida seja luz para outros incrédulos! Que os outros saibam que você é cristão pelo seu comportamento e não pela sua carteirinha de membro da Igreja!

Pedimos que o Senhor quebre corações, a começar pelo nosso. Só assim haverá um só coração, um só espírito na Igreja.



Em breve estaremos de volta com a oitava parte com o tema: " 
A confirmação do Senhor". Até breve na Paz do Senhor Jesus! 

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