Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
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Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo (Is 14.12-15
"E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." (Ap 12.4)
Estamos de volta para dar continuidade ao extraordinário estudo bíblico que analisa as circunstâncias da queda de Lúcifer. na primeira parte nós falamos sobre "a origem do mal"; na segunda parte falamos sobre os "céus dos céus um lugar inacessível". na terceira parte falamos sobre "de onde Lúcifer foi precipitado".Na quarta parte falamos sobre
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo (Is 14.12-15
"E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." (Ap 12.4)
Estamos de volta para dar continuidade ao extraordinário estudo bíblico que analisa as circunstâncias da queda de Lúcifer.
na primeira parte nós falamos sobre
"a origem do mal"; na segunda parte falamos sobre os "céus dos céus um lugar inacessível".
na terceira parte falamos sobre "de onde Lúcifer foi precipitado".
Na quarta parte falamos sobre
"As quatro quedas de Lúcifer"
Nesta quinta parte estaremos mostrando como ocorreu a rebelião de Lúcifer e a terça parte dos anjos.
Nesta quinta parte estaremos mostrando como ocorreu a rebelião de Lúcifer e a terça parte dos anjos.
Vamos acompanhar!
O conflito cósmico
Lúcifer, o portador de luz, era o mais sábio e poderoso dentre todos os anjos de Deus. Tão sábio e poderoso que desejou ser semelhante ao Senhor. Como um ser criado, que era, não poderia ser admitido nos conselhos da divindade, como desejava, prerrogativa apenas do Ser supremo e Criador: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Imaginando poder ser igual ao Filho de Deus, em Quem não podia já divisar sabedoria, glória e poder superiores aos que possuía, corrompeu-se a sua perfeição e irrompeu em rebelião contra Deus e o Seu governo universal.
A Escritura Sagrada revela, referindo se à sua rebelião, queda e futura destruição: As¬sim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida,cheio de sabedoria, perfeito em formosura. Estavas no Éden, Jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura... a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fos te criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei profanado fora do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela in justiça do teu comércio profanaste os teus santuários; Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos dos que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre (Ezequiel 28:12-19). Como caíste do Céu, ó estrela da ma nhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do norte.
Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo (Isaías 14:12-15).
Ao rebelar-se Lúcifer contra Deus e o Seu governo, foi expulso das cortes celestiais, do lugar de onde o Universo é governado, após rejeitar todas as oportunidades oferecidas pela misericórdia de Deus para voltar atrás. Transformou se em Satanás o adversário de Deus, colocando em seu coração o intento de transtornar o governo de Jeová, o Senhor dos Exércitos. Passou, então, da condição de mais exaltado dentre todos os anjos, a inimigo declarado de Seu governo e de Seus princípios eternos e santos, tendo levado em sua rebelião a terça parte de todos os anjos do Se nhor (Ap 12:7-9).
I. A Rebelião de Lúcifer de acordo com o livro de Urântia
*
A Rebelião de Lúcifer segundo O Livro de Urântia
LÚCIFER era um brilhante Filho Lanonandeque primário de Nébadon. Possuía experiência de serviço em muitos sistemas, havia sido um alto conselheiro do seu grupo e distinguira-se pela sabedoria, sagacidade e eficiência. Era o número 37 da sua ordem e, quando indicado pelos Melquisedeques, fora distinguido como uma das cem personalidades mais capazes e brilhantes entre mais de setecentos mil da sua espécie. Vindo de um começo tão magnífico, por meio do mal e do erro, abraçou o pecado, e agora está numerado como um dos três Soberanos de Sistemas em Nébadon que sucumbiram ao impulso do ego e renderam-se aos sofismas de uma liberdade pessoal espúria — a rejeição da lealdade universal, a desconsideração pelas obrigações fraternais e a cegueira para as relações cósmicas.
(601.2) 53:0.2 No universo de Nébadon, domínio de Cristo Michael, há dez mil sistemas de mundos habitados. Em toda a história dos Filhos Lanonandeques, durante o seu trabalho em todos esses milhares de sistemas e na sede-central do universo, apenas três Soberanos de Sistemas desrespeitaram o governo do Filho Criador.
1. Os Líderes da Rebelião
(601.3) 53:1.1 Lúcifer não era um ser ascendente; sendo um Filho criado no universo local, dele foi dito: “Eras perfeito em todos os teus caminhos, desde o dia em que foste criado; até que a falta de retidão fosse encontrada em ti”. Muitas vezes, esteve em conselho com os Altíssimos de Edêntia. E Lúcifer reinou “sobre a montanha sagrada de Deus”, a montanha administrativa de Jerusém, pois era o dirigente executivo de um grande sistema de 607 mundos habitados.
(601.4) 53:1.2 Havendo sido um ser magnífico, uma personalidade brilhante, Lúcifer estava ao lado dos Pais Altíssimos das constelações, na linha direta da autoridade no universo. Não obstante a sua transgressão, as inteligências subordinadas abstiveram-se de demonstrar-lhe desrespeito e desdém, antes da auto-outorga de Michael em Urântia. Mesmo o arcanjo de Michael, na época da ressurreição de Moisés, “não fez contra ele um juízo de acusação, mas simplesmente disse: ‘que o Juiz te repreenda’”. O julgamento dessas questões pertence aos Anciães dos Dias, governantes deste superuniverso.
(601.5) 53:1.3 Lúcifer atualmente é um Soberano caído e deposto de Satânia. A auto-admiração é sumamente desastrosa, até mesmo para as elevadas personalidades do mundo celeste. De Lúcifer foi dito: “O teu coração enalteceu-se por causa da tua beleza; tu corrompeste a tua sabedoria em vista do teu esplendor”. O vosso profeta de outrora percebeu esse triste estado, quando escreveu: “De que modo tu caíste dos céus, ó Lúcifer, filho da manhã! Tu que ousaste confundir os mundos, como foste abatido!”
(602.1) 53:1.4 Quase nada foi ouvido sobre Lúcifer em Urântia, devido ao fato de haver designado o seu primeiro assistente, Satã, para advogar a sua causa no vosso planeta. Satã, um membro do mesmo grupo de Lanonandeques primários, jamais funcionou como um Soberano de Sistema; mas participou totalmente da insurreição de Lúcifer. E o “diabo” não é nenhum outro senão Caligástia, o Príncipe Planetário deposto de Urântia, um Filho Lanonandeque da ordem secundária. Na época em que Michael esteve na carne em Urântia, Lúcifer, Satã e Caligástia aliaram-se para, juntos, tentar causar o insucesso da sua missão de auto-outorga. Todavia, tiveram um fracasso notável.
(602.2) 53:1.5 Abaddon era o dirigente do corpo de assistentes de Caligástia. Ele seguiu o seu chefe na rebelião e, desde então, atuou como dirigente executivo dos rebeldes de Urântia. Belzebu foi o líder das criaturas intermediárias desleais que se aliaram às forças do traidor Caligástia.
(602.3) 53:1.6 O dragão afinal tornou-se uma representação simbólica de tais personagens do mal. Com o triunfo de Michael, “Gabriel veio de Sálvington e acorrentou o dragão (todos os líderes rebeldes) por uma idade”. Dos rebeldes seráficos de Jerusém, está escrito: “E aos anjos que não mantiveram o seu estado original e que deixaram a sua própria morada, ele os prendeu nas correntes seguras da obscuridade para o grande dia do julgamento”.
A síntese da rebelião
2. As Causas da Rebelião
(602.4) 53:2.1 Lúcifer e o seu primeiro assistente, Satã, haviam reinado já em Jerusém por mais de quinhentos mil anos, quando, nos seus corações, começaram a alinhar-se contra o Pai Universal e o Seu Filho, o então vice-regente Michael.
(602.5) 53:2.2 Não houve qualquer condição peculiar ou especial, no sistema de Satânia, que sugerisse ou favorecesse a rebelião. Acreditamos que a idéia tomou origem e forma na mente de Lúcifer; e ele haveria de instigar tal rebelião, não importando onde estivesse servindo. Inicialmente Lúcifer anunciou os seus planos a Satã, todavia foram necessários vários meses para que a mente deste parceiro capaz e brilhante fosse corrompida. Contudo, uma vez convertido às teorias rebeldes, Satã tornou-se um defensor ousado e sincero da “afirmação de si e da liberdade”.
(602.6) 53:2.3 Ninguém jamais sugeriu a Lúcifer uma rebelião. A idéia da auto-afirmação, em oposição à vontade de Michael e aos planos do Pai Universal, tais como representados por Michael, teve a sua origem na própria mente de Lúcifer. As relações dele com o Filho Criador haviam sido sempre estreitas e cordiais. Em nenhum momento, antes da exaltação da sua própria mente, Lúcifer chegara a exprimir abertamente qualquer insatisfação com a administração do universo. Não obstante o seu silêncio, por mais de cem anos do tempo-padrão, os Uniões dos Dias em Sálvington haviam informado, por refletividade, para Uversa, que nem tudo estava em paz na mente de Lúcifer. Essa informação foi também encaminhada ao Filho Criador e aos Pais da Constelação de Norlatiadeque.
(602.7) 53:2.4 Ao longo desse período, Lúcifer tornou-se cada vez mais crítico de todo o plano de administração do universo; sempre, no entanto, professando lealdade sincera aos Governantes Supremos. A sua primeira deslealdade, manifestada abertamente, aconteceu por ocasião de uma visita de Gabriel a Jerusém, poucos dias antes da proclamação aberta da Declaração de Lúcifer pela Liberdade. Gabriel ficou tão profundamente impressionado que teve a certeza da iminência de uma ruptura; e foi a Edêntia, diretamente, para conferenciar com os Pais da Constelação sobre as medidas a serem tomadas no caso de uma rebelião declarada.
(603.1) 53:2.5 Muito difícil torna-se apontar uma causa, ou causas exatas que finalmente culminaram na rebelião de Lúcifer. Estamos certos quanto a uma única coisa, e esta é: quaisquer que tenham sido as causas iniciais, elas tiveram a sua origem inteiramente na mente de Lúcifer. Deve ter havido um orgulho do ego, nutrido por ele próprio, a ponto de levar Lúcifer a iludir a si mesmo de um modo tal que, durante um certo tempo, realmente se haja persuadido de que a idéia rebelde, de fato, era para o bem do sistema, se não do universo. Quando os seus planos haviam já sido desenvolvidos, a ponto de levá-lo à desilusão, sem dúvida ele havia ido longe demais e o seu orgulho original, gerador da desordem, não lhe permitiria parar. Em algum ponto nessa experiência, ele tornou-se insincero; e o mal evoluiu em pecado deliberado e voluntário. A prova de que isso aconteceu está na conduta subseqüente desse brilhante executivo. A ele foi oferecida, desde longa data, a oportunidade clara de arrependimento; no entanto, apenas alguns dos seus subordinados aceitaram a misericórdia oferecida. Os Fiéis dos Dias de Edêntia, a pedido dos Pais da Constelação, apresentaram pessoalmente o plano de Michael para a salvação desses rebeldes flagrantes; no entanto, a misericórdia do Filho Criador foi sempre rejeitada, e rejeitada com um desprezo e desdém sempre maiores.
3. O Manifesto de Lúcifer
(603.2) 53:3.1 Quaisquer hajam sido as origens primeiras do desacerto nos corações de Lúcifer e de Satã, a explosão final tomou forma na Declaração de Liberdade de Lúcifer. A causa dos rebeldes foi declarada sob três pontos principais:
(603.3) 53:3.2 1. A realidade do Pai Universal. Lúcifer alegou que o Pai Universal não existe realmente, que a gravidade física e a energia do espaço são inerentes ao universo e que o Pai seria um mito, inventado pelos Filhos do Paraíso, no fito de capacitá-los a manter o governo dos universos em nome Dele. Negou que a personalidade fosse uma dádiva do Pai Universal. E chegou a sugerir, até mesmo, que os finalitores estivessem juntos, em conspiração, com os Filhos do Paraíso, para impor tal fraude a toda a criação, posto que nunca chegavam trazendo uma idéia suficientemente clara da personalidade autêntica do Pai, tal como se pode discerni-la no Paraíso. Lúcifer lidava com a reverência como se esta fora uma ignorância. A acusação foi radical, terrível e blasfema. E esse ataque velado contra os finalitores, sem dúvida, foi o que influenciou os cidadãos ascendentes, então em Jerusém, levando-os a permanecerem firmes e manterem-se constantes, resistindo a todas as propostas rebeldes.(603.4) 53:3.3 2. O governo universal do Filho Criador — Michael. Lúcifer sustentava que os sistemas locais deveriam ser autônomos. Protestava contra o direito do Filho Criador, Michael, de assumir a soberania de Nébadon, em nome de um Pai do Paraíso hipotético, bem como de exigir de todas as personalidades que reconhecessem lealdade a esse Pai nunca visível. Afirmava que todo o plano de adoração seria um esquema sagaz para o engrandecimento dos Filhos do Paraíso. Estava disposto a reconhecer Michael como o seu Pai-Criador, mas não como o seu Deus, nem como o seu governante de direito.(603.5) 53:3.4 Lúcifer atacou, com profunda amargura, o direito dos Anciães dos Dias — “potentados estrangeiros” — de interferir nos assuntos dos sistemas e universos locais. A esses governantes, ele os denunciou como tiranos e usurpadores. E exortou seus seguidores a acreditarem que nenhum desses governantes poderia fazer algo que interferisse na operação de conquista de um governo autônomo, desde que homens e anjos tivessem tão só a coragem para afirmar-se a si próprios bem como, de modo ousado, reclamar os seus direitos.(603.6) 53:3.5 Argumentou que os executores dos Anciães dos Dias poderiam ser impedidos de funcionar nos sistemas locais; para tanto bastava que os seres nativos afirmassem a sua independência. Sustentava que a imortalidade era inerente às personalidades do sistema, que sendo natural e automática, a ressurreição, todos os seres viveriam eternamente, não fossem os atos arbitrários e injustos dos executores a mando dos Anciães dos Dias.(604.1) 53:3.6 3. O ataque ao plano universal de aperfeiçoamento dos ascendentes mortais. Lúcifer sustentava que um tempo longo demais e uma energia excessiva estavam sendo despendidos no esquema de instruir e preparar tão cuidadosamente os mortais ascendentes, nos princípios da administração do universo, princípios estes que, ele alegava, seriam sem ética e malsãos. Protestava contra o programa, com a duração de idades, de preparo dos mortais do espaço para um destino desconhecido; e apontou a presença do corpo de finalitores em Jerusém como prova de que tais mortais haviam despendido tempo excessivo na preparação para algum destino que era pura ficção. Indicava, ridicularizando, que os finalitores haviam encontrado um destino não mais glorioso do que o de serem reenviados a esferas humildes, semelhantes às da sua origem. Sugeria que os finalitores haviam sido corrompidos por excesso de disciplina e aperfeiçoamentos prolongados e que, na realidade, eram uns traidores dos seus companheiros mortais, pois que estavam agora cooperando com o esquema de escravização de toda a criação às ficções de um destino eterno mítico para os mortais ascendentes. Advogava que os seres ascendentes deveriam desfrutar da liberdade da autodeterminação individual. E, condenando-o, desafiava todo o plano de ascensão mortal, tal como estava sendo fomentado pelos Filhos de Deus do Paraíso e mantido pelo Espírito Infinito.
(604.2) 53:3.7 E foi com uma Declaração de Liberdade como essa que Lúcifer desencadeou a sua orgia de trevas e de morte.
4. A Eclosão da Rebelião
(604.3) 53:4.1 O manifesto de Lúcifer foi emitido no conclave anual de Satânia, realizado no mar de cristal, em presença das hostes reunidas de Jerusém, no último dia do ano, cerca de duzentos mil anos atrás, no tempo de Urântia. Satã proclamou que a adoração podia ser dedicada às forças universais — físicas, intelectuais e espirituais — mas que a lealdade poderia apenas ser dedicada ao governante atual e de fato, Lúcifer, o “amigo de homens e anjos” e o “Deus da liberdade”.
(604.4) 53:4.2 A auto-afirmação foi o grito de batalha da rebelião de Lúcifer. Um dos seus argumentos principais foi o de que, se o autogoverno era bom e justo para os Melquisedeques e outros grupos, seria igualmente bom para todas as ordens de inteligência. Atrevido e persistente, advogava a “igualdade da mente” e “a irmandade da inteligência”. Sustentava que todo governo deveria ser limitado aos planetas locais e que a confederação desses sistemas locais deveria ser voluntária. Rejeitava qualquer outra supervisão. E prometeu aos Príncipes Planetários governarem os mundos como executivos supremos. Condenava a concentração das atividades legislativas na sede-central da constelação e a condução dos assuntos judiciais na capital do universo. Argumentando que todas essas funções do governo deveriam ser centradas nas capitais dos sistemas, começou a estabelecer a sua própria assembléia legislativa e organizou seus próprios tribunais, sob a jurisdição de Satã. Depois mandou que os príncipes apóstatas dos mundos fizessem o mesmo.
(604.5) 53:4.3 Todo o gabinete administrativo de Lúcifer seguiu-o em um só bloco e prestou um juramento público na qualidade de oficiais da administração da nova direção dos “mundos e sistemas liberados”.
(605.1) 53:4.4 Ainda que tenha havido anteriormente duas rebeliões em Nébadon, elas aconteceram em constelações distantes. Lúcifer afirmava que essas insurreições não tiveram êxito porque a maioria das inteligências não seguiu os seus líderes. Argumentou que a “maioria governa”, que “a mente é infalível”. A liberdade, dada a ele pelos governantes do universo, sustentou aparentemente muitas das suas opiniões nefandas. Desafiou todos os seus superiores; e, ainda assim, aparentemente, eles não deram atenção ao que ele fazia; e, assim, ele continuou livre para prosseguir no seu plano sedutor, sem empecilhos ou entraves.
(605.2) 53:4.5 Lúcifer apontou todos os atrasos misericordiosos da justiça como evidência de incapacidade, da parte do governo dos Filhos do Paraíso, para conter a rebelião. Desafiava abertamente e, com arrogância, provocava Michael, Emanuel e os Anciães dos Dias; e então assinalava o fato de nenhuma medida estar sendo tomada como uma evidência verdadeira da impotência dos governos do universo e do superuniverso.
(605.3) 53:4.6 Gabriel esteve pessoalmente presente durante o suceder de todos esses procedimentos desleais e apenas anunciou que iria, no devido tempo, falar por Michael; e que todos os seres seriam deixados livres e não seriam forçados nas suas decisões; que o “governo dos Filhos, em nome do Pai, desejava apenas a lealdade e a devoção voluntárias, de coração e à prova de sofismas”.
(605.4) 53:4.7 A Lúcifer foi permitido estabelecer totalmente e organizar cuidadosamente o seu governo rebelde, antes que Gabriel fizesse qualquer esforço para contestar o direito de secessão ou de contradizer a propaganda rebelde. Mas os Pais da Constelação, imediatamente, confinaram a ação dessas personalidades desleais ao sistema de Satânia. Esse período de demora, contudo, foi uma época de grande provação e testes para os seres leais de todo o Satânia. Durante alguns anos, tudo ficou caótico e houve uma grande confusão nos mundos das mansões.
5. A Natureza do Conflito
(605.5) 53:5.1 Quando a rebelião de Satânia estourou, Michael aconselhou-se com Emanuel, o seu irmão do Paraíso. Em seguida a essa significativa conferência, Michael anunciou que seguiria a mesma política que havia caracterizado o tratamento dado a levantes semelhantes no passado: uma atitude de não-interferência.
(605.6) 53:5.2 Na época dessa rebelião e das duas que a precederam, não havia nenhuma autoridade soberana absoluta e pessoal no universo de Nébadon. Michael governava por direito divino, como vice-regente do Pai Universal, mas não ainda pelo seu próprio direito pessoal. Não havendo completado a sua carreira de auto-outorgas, Michael ainda não havia sido investido com “todo o poder nos céus e na Terra”.
(605.7) 53:5.3 Desde o momento da eclosão da rebelião até o dia da sua entronização como governante soberano de Nébadon, Michael nunca interferiu nas forças rebeldes de Lúcifer; a elas foi permitido que agissem livremente por quase duzentos mil anos do tempo de Urântia. Cristo Michael agora tem amplo poder e autoridade para lidar prontamente, e até mesmo sumariamente, com esses rompantes de deslealdade; mas duvidamos que a autoridade soberana o levasse a agir diferentemente se outro desses levantes ocorresse.
(605.8) 53:5.4 Posto que Michael escolheu permanecer à margem da atividade da guerra, na rebelião de Lúcifer, Gabriel reuniu o seu corpo pessoal de assistentes em Edêntia e, em conselho com os Altíssimos, optou por assumir o comando das hostes leais de Satânia. Michael permaneceu em Sálvington, enquanto Gabriel rumou para Jerusém e, estabelecendo-se na esfera dedicada ao Pai — o mesmo Pai Universal cuja personalidade Lúcifer e Satã punham em dúvida — , na presença das hostes reunidas das personalidades leais, Gabriel içou a bandeira de Michael, o emblema material do governo da Trindade para toda a criação: três círculos concêntricos na cor azul-celeste sobre um fundo branco.
(606.1) 53:5.5 O emblema de Lúcifer era uma bandeira branca com um círculo vermelho ao centro, e dentro do qual se inseria um círculo todo em negro.
(606.2) 53:5.6 “Houve guerra nos céus; o comandante de Michael e os seus anjos lutaram contra o dragão (Lúcifer, Satã e os príncipes apóstatas); e o dragão e os seus anjos rebeldes lutaram, mas não prevaleceram.” Essa ‘guerra nos céus” não foi uma batalha física, como um conflito dessa ordem poderia ser concebido em Urântia. Nos primeiros dias da luta, Lúcifer permaneceu continuamente no anfiteatro planetário. Gabriel conduziu uma interminável exposição dos sofismas rebeldes, da sua sede-central estabelecida nas cercanias. As várias personalidades presentes à esfera, e que estavam em dúvida quanto à própria atitude, iam e voltavam em meio a essas discussões, até que chegaram a uma decisão final.
(606.3) 53:5.7 Mas essa guerra nos céus foi muito terrível e muito real. Ainda que não haja havido uma demonstração das barbáries tão características da guerra física dos mundos imaturos, esse conflito foi ainda mais mortal; a vida material fica em perigo no combate material, mas a guerra nos céus foi travada pondo em risco a vida eterna.
6. Um Comandante Seráfico Leal
(606.4) 53:6.1 Muitos atos nobres e inspiradores de devoção e lealdade, realizados por inúmeras personalidades, aconteceram no período entre a explosão das hostilidades e a chegada do novo governante do sistema e seu corpo de assistentes; mas o mais emocionante de todos os feitos audaciosos de devoção foi a conduta corajosa de Manótia, o segundo no comando da sede-central dos serafins de Satânia.
(606.5) 53:6.2 No eclodir da rebelião em Jerusém, o chefe das hostes seráficas uniu-se à causa de Lúcifer. Isso, sem dúvida, explica por que se transviou um número tão grande da quarta ordem, a dos serafins administradores do sistema. Este líder seráfico ficou espiritualmente cego pela personalidade brilhante de Lúcifer e seus modos encantadores fascinaram as ordens inferiores de seres celestes. Simplesmente não podiam compreender como era possível que uma personalidade tão deslumbrante pudesse errar.
(606.6) 53:6.3 Manótia disse, não há muito tempo, ao descrever as experiências ligadas ao começo da rebelião de Lúcifer,: “Mas o meu momento mais embriagante foi a aventura emocionante ligada à rebelião de Lúcifer, quando, como segundo comandante seráfico, me recusei a participar do projeto de insultar Michael; e os poderosos rebeldes procuraram destruir-me por intermédio das forças de ligação que se haviam formado. Houve um tremendo levante em Jerusém, mas nenhum serafim leal sofreu danos.
(606.7) 53:6.4 “Quando aconteceu que o meu superior imediato entrou em falta, a responsabilidade de assumir o comando das hostes angélicas de Jerusém recaiu sobre mim, na qualidade de diretor titular dos confusos assuntos seráficos do sistema. Apoiado moralmente pelos Melquisedeques, assistido habilmente por uma maioria de Filhos Materiais, fui desertado por um enorme grupo da minha própria ordem; no entanto, estive sendo magnificamente apoiado pelos mortais ascendentes em Jerusém.
(606.8) 53:6.5 “Tendo sido automaticamente excluídos dos circuitos da constelação, por causa da secessão de Lúcifer, ficamos dependentes da lealdade do nosso corpo de informação, o qual, a partir do sistema vizinho de Rantúlia, transmitia os chamados de ajuda para Edêntia; e verificamos que o reino da ordem, o intelecto da lealdade e o espírito da verdade foram inerentemente triunfantes sobre a rebelião, a afirmação do ego e a assim chamada liberdade pessoal; pudemos então prosseguir até a chegada do novo Soberano do Sistema, o digno sucessor de Lúcifer. Imediatamente depois, fui designado para o corpo de administradores provisórios Melquisedeques de Urântia. E assumi a jurisdição sobre as ordens seráficas leais, no mundo do traidor Caligástia, o qual havia proclamado a sua esfera como um membro do recém-projetado sistema de ‘mundos liberados e personalidades emancipadas’, proposto na infame Declaração de Liberdade, emitida por Lúcifer no seu apelo às ‘inteligências amantes da liberdade, do livre-pensamento e orientadas para o porvir dos mal administrados e governados mundos de Satânia’”.
(607.1) 53:6.6 Esse anjo, Manótia, está ainda a serviço em Urântia, na função de comandante associado dos serafins.
7. A História da Rebelião
(607.2) 53:7.1 A rebelião de Lúcifer teve o âmbito de todo o sistema. Trinta e sete Príncipes Planetários em secessão conduziram as administrações dos seus mundos para o lado dos líderes rebeldes. Apenas em Panóptia, o Príncipe Planetário fracassou ao tentar levar o seu povo consigo. Nesse mundo, sob a liderança dos Melquisedeques, o povo congregou-se em apoio a Michael. Elanora, uma jovem mulher daquele reino mortal, tomou a liderança das raças humanas nas próprias mãos e sequer uma única alma daquele mundo transtornado alistou-se sob a bandeira de Lúcifer. E, desde então, os Panoptianos leais têm servido no sétimo mundo de transição de Jerusém, como construtores e cuidadores da esfera do Pai e os sete mundos de detenção que o circundam. Os Panoptianos além de atuar como custódios literais desses mundos, também executam as ordens pessoais de Michael ligadas à ornamentação dessas esferas para algum uso futuro desconhecido. Fazem esse trabalho enquanto permanecem ali, a caminho de Edêntia.
(607.3) 53:7.2 Ao longo desse período, Caligástia advogou a causa de Lúcifer, em Urântia. Os Melquisedeques opuseram-se habilmente ao Príncipe Planetário apóstata, todavia os sofismas de uma liberdade sem limites e as ilusões de auto-afirmação tiveram todas as oportunidades para enganar os povos primitivos de um mundo jovem e sem desenvolvimento.
(607.4) 53:7.3 Toda a propaganda da secessão teve de ser feita por meio do esforço pessoal, porque o serviço de transmissão e todas as outras vias de comunicação interplanetária haviam sido suspensas pela ação dos supervisores dos circuitos do sistema. No momento da eclosão da insurreição, todo o sistema de Satânia foi isolado, tanto dos circuitos da constelação, quanto dos circuitos do universo. Durante esse tempo, todas as mensagens que chegavam e saíam eram despachadas por agentes seráficos e Mensageiros Solitários. Os circuitos para os mundos caídos também foram cortados, de modo que Lúcifer não utilizasse tais meios para fomentar o seu esquema nefando. E tais circuitos não serão restaurados enquanto o rebelde supremo viver dentro dos confins de Satânia.
(607.5) 53:7.4 Essa foi uma rebelião Lanonandeque. As ordens mais elevadas de filiação do universo local não se ligaram à secessão de Lúcifer, embora uns poucos Portadores da Vida estacionados nos planetas rebeldes hajam sido um pouco influenciados pela rebelião dos príncipes desleais. Nenhum dos Filhos Trinitarizados transviou-se. Todos os Melquisedeques, os arcanjos e os Brilhantes Estrelas Vespertinas permaneceram leais a Michael e, ao lado de Gabriel, valentemente combateram pela vontade do Pai e o governo do Filho.
(608.1) 53:7.5 Nenhum ser originário do Paraíso esteve envolvido em deslealdades. Junto com os Mensageiros Solitários, eles tomaram as sedes-centrais do mundo do Espírito, as quais permaneceram sob a liderança dos Fiéis dos Dias de Edêntia. Nenhum dos conciliadores cometeu apostasia, nem se transviou sequer um dos Registradores Celestes. Contudo houve grandes perdas entre os Companheiros Moronciais e os Educadores dos Mundos das Mansões.
(608.2) 53:7.6 Da ordem suprema de serafins, nem um anjo foi perdido, mas um grupo considerável da ordem seguinte, a superior, deixou-se enganar e caiu na armadilha. Do mesmo modo, desviaram-se uns poucos da terceira ordem de anjos, a dos supervisores. O colapso mais terrível, contudo, produziu-se no quarto grupo, o dos anjos administradores, ou seja, os serafins que são designados normalmente para os deveres das capitais dos sistemas. Manótia salvou quase dois terços deles, mas um pouco mais que um terço seguiu os chefes, indo para as fileiras rebeldes. De todos os querubins de Jerusém, um terço, ligado aos anjos administradores, foi perdido junto com os seus serafins desleais.
(608.3) 53:7.7 Dos ajudantes planetários angélicos, designados para os Filhos Materiais, cerca de um terço foi iludido, e quase dez por cento dos ministros de transição caíram na armadilha. João viu isso simbolicamente quando escreveu sobre o grande dragão vermelho, dizendo: “E a sua cauda atraiu uma terça parte das estrelas do céu e jogou-as na obscuridade”.
(608.4) 53:7.8 A maior perda ocorreu nas fileiras angélicas, e a maior parte das ordens inferiores de inteligência envolveu-se na deslealdade. Dos 681 217 Filhos Materiais perdidos em Satânia, noventa e cinco por cento foram vítimas da rebelião de Lúcifer. Um grande número de criaturas intermediárias perdeu-se nos planetas cujos Príncipes Planetários uniram-se à causa de Lúcifer.
(608.5) 53:7.9 Sob muitos aspectos, essa rebelião foi a de maior magnitude e a mais desastrosa de todas as ocorrências semelhantes, em Nébadon. Mais personalidades estiveram envolvidas nessa insurreição do que em ambas as outras. E foi para a sua eterna desonra que os emissários de Lúcifer e Satã não pouparam as escolas de educação infantil no planeta cultural finalitor, procurando corromper logo essas mentes em evolução, até então misericordiosamente mantidas a salvo, vindas dos mundos evolucionários.
(608.6) 53:7.10 Os mortais ascendentes, mesmo sendo vulneráveis, resistiram aos sofismas da rebelião, com mais facilidade do que os seres espitiruais menos elevados. Conquanto hajam caído, nos mundos mais baixos das mansões, muitos dos mortais que ainda não haviam alcançado a fusão final com os seus Ajustadores, ficou registrado, para a glória da sabedoria do esquema de ascensão, que nem um membro sequer, com cidadania ascendente em Satânia e residente em Jerusém, participou da rebelião de Lúcifer.
(608.7) 53:7.11 Hora após hora e dia após dia, as estações de transmissão de todo o Nébadon mantinham-se repletas de observadores ansiosos, de todas as classes imagináveis de inteligências celestes, as quais examinavam avidamente os boletins da rebelião de Satânia e rejubilavam-se quando os relatos narravam continuamente sobre a lealdade inflexível dos mortais ascendentes, que, sob a liderança dos Melquisedeques, resistiram com êxito aos esforços combinados e prolongados de todas as forças sutis do mal, as quais tão rapidamente se haviam congregado em torno das bandeiras da secessão e do pecado.
(608.8) 53:7.12 Decorreram mais de dois anos, do tempo do sistema, desde o começo da “guerra nos céus” até a instalação do sucessor de Lúcifer. E afinal chegou Lanaforge; este novo soberano aterrissou no mar de cristal com seus assistentes. Eu estava entre as reservas mobilizadas, em Edêntia, por Gabriel; e bem me lembro da primeira mensagem de Lanaforge ao Pai da Constelação de Norlatiadeque, dizendo: “Não se perdeu um único cidadão de Jerusém. Todos os mortais ascendentes sobreviveram à dura prova e emergiram triunfantes e vitoriosos do teste crucial”. E uma mensagem chegou em Sálvington, em Uversa e no Paraíso, transmitindo a certeza de que a experiência de sobreviver, na ascensão mortal, é a maior proteção contra a rebelião e a salvaguarda mais segura contra o pecado. Esse nobre grupo somava exatamente 187 432 811 mortais fiéis.
(609.1) 53:7.13 Com a chegada de Lanaforge, os líderes rebeldes foram destronados e afastados de todos os poderes governantes, embora se lhes haja sido permitido transitar livremente em Jerusém, nas esferas moronciais e mesmo nos mundos individuais habitados. Eles continuaram com os seus esforços sedutores e enganadores, confundindo e desorientando as mentes de homens e anjos. Mas, no que concerniu ao seu trabalho no monte administrativo de Jerusém, “não houve mais lugar para eles”.
(609.2) 53:7.14 Embora Lúcifer haja sido despojado de toda autoridade administrativa em Satânia, não existia então, no universo local, nenhum poder, nem tribunal que pudesse deter ou destruir esse rebelde perverso; naquela época, Michael não era ainda um governante soberano. Os Anciães dos Dias apoiaram os Pais da Constelação, na sua tomada do governo do sistema, mas nunca baixaram nenhuma medida subseqüente, nas muitas apelações, ainda pendentes, com respeito ao status atual e à sorte futura de Lúcifer, Satã e seus parceiros.
(609.3) 53:7.15 Assim, pois, foi permitido a esses rebeldes supremos perambular pelo sistema inteiro, a fim de buscar maior penetração para as suas doutrinas de descontentamento e auto-afirmação. Todavia, durante quase duzentos mil anos do tempo de Urântia, eles não foram capazes de enganar nenhum outro mundo mais. Nenhum outro dos mundos de Satânia foi perdido, desde a queda dos trinta e sete; sequer mesmo os mundos mais jovens povoados desde os dias da rebelião.
8. O Filho do Homem em Urântia
(609.4) 53:8.1 Lúcifer e Satã perambularam livremente pelo sistema de Satânia, até que se completou a missão de auto-outorga de Michael em Urântia. Estiveram no vosso mundo juntos e pela última vez durante a época da investida combinada que praticaram contra o Filho do Homem.
(609.5) 53:8.2 Antes, quando os Príncipes Planetários, os “Filhos de Deus”, reuniam-se periodicamente, “Satã também se juntava a eles”, reivindicando ser quem representava todos os mundos isolados dos Príncipes Planetários caídos. Contudo não lhe foi mais permitida essa liberdade em Jerusém, desde a auto-outorga terminal de Michael. Depois do esforço que fizeram para corromper Michael quando encarnado em auto-outorga, toda a compaixão por Lúcifer e Satã, fora dos mundos isolados em pecado, esvaiu-se em todo o Satânia.
(609.6) 53:8.3 A auto-outorga de Michael pôs fim à rebelião de Lúcifer, em todo o Satânia, com exceção dos planetas dos Príncipes Planetários apóstatas. E este foi o significado, na experiência pessoal de Jesus, pouco antes da sua morte na carne, quando um dia ele exclamou para os seus discípulos: “E eu contemplo Satã caindo do céu como um raio”. Ele havia vindo, com Lúcifer, a Urântia para a última luta crucial.
(609.7) 53:8.4 O Filho do Homem permaneceu confiante no êxito e sabedor de que o seu triunfo, no vosso mundo, estabeleceria para sempre o status desses inimigos de toda uma era, não apenas em Satânia, mas também nos outros dois sistemas, onde o pecado havia penetrado. A sobrevivência, para os mortais, e a segurança, para os anjos, foram afirmadas quando o vosso Mestre, em resposta às propostas de Lúcifer, calmamente e com certeza divina, respondeu: “Vai retro, Satã”. Esse foi, em princípio, o fim real da rebelião de Lúcifer. É bem verdade que os tribunais de Uversa ainda não emitiram a sentença executiva a respeito do apelo de Gabriel, rogando pela destruição dos rebeldes; contudo, tal decreto irá, sem dúvida, ser emitido no completar do tempo, pois o primeiro passo na audiência desse caso já foi dado.
(610.1) 53:8.5 Caligástia foi reconhecido, pelo Filho do Homem, como sendo tecnicamente o Príncipe de Urântia, até perto da época da morte de Jesus. Disse Jesus: “Agora é o juízo deste mundo; agora o príncipe deste mundo será deposto”. E então, ainda mais perto de completar o trabalho da sua vida, ele anunciou: “O Príncipe deste mundo está julgado”. E é este mesmo Príncipe destronado e desacreditado que certa vez foi chamado de “Deus de Urântia”.
(610.2) 53:8.6 O último ato de Michael antes de deixar Urântia foi o de oferecer misericórdia a Caligástia e Daligástia, mas estes desdenharam a afetuosa oferta. Caligástia, o vosso Príncipe Planetário apóstata, ainda está em Urântia, livre para continuar os seus desígnios nefandos, mas não tem absolutamente nenhum poder para entrar nas mentes dos homens, nem pode aproximar-se das suas almas para tentá-las ou corrompê-las, a menos que realmente desejem ser amaldiçoadas pela sua presença perversa.
(610.3) 53:8.7 Antes da auto-outorga de Michael, esses governantes das trevas procuraram manter a sua autoridade em Urântia e obstinadamente resistiram às personalidades celestes menores e subordinadas. Todavia, desde o dia de Pentecostes, esses traidores, Caligástia e o seu igualmente desprezível parceiro, Daligástia, passaram a ser servis perante a majestade divina dos Ajustadores do Pensamento do Paraíso e o Espírito da Verdade, o espírito de Michael que foi efusionado em toda a carne, como protetor.
(610.4) 53:8.8 Mesmo assim, porém, jamais nenhum espírito caído teve o poder de invadir as mentes ou acossar as almas dos filhos de Deus. Nem Satã, nem Caligástia não poderiam jamais tocar, nem sequer se aproximar dos filhos de Deus pela fé; a fé é uma armadura eficaz contra o pecado e a iniqüidade. É verdade que: “Aquele que nasceu de Deus, guarda-se, e o maligno não toca nele”.
(610.5) 53:8.9 Em geral, quando se supõe que mortais fracos e dissolutos estejam sob a influência de diabos e demônios, na verdade estão meramente sendo dominados pelas suas próprias tendências vis inerentes, sendo transviados pelas próprias propensões naturais. Ao diabo tem sido dada uma grande quantidade de crédito, por um mal que não advém dele. Caligástia tem sido relativamente impotente, desde a cruz de Cristo.
9. O Status Atual da Rebelião
(610.6) 53:9.1 Nos primeiros dias da rebelião de Lúcifer, a salvação foi oferecida a todos os rebeldes, por Michael. A todos aqueles que dessem prova de arrependimento sincero, ele ofereceu, quando chegasse a alcançar a sua soberania completa no universo, o perdão e o restabelecimento em alguma forma de serviço no universo. Nenhum dos líderes aceitou essa oferta misericordiosa. Mas milhares de anjos e ordens inferiores de seres celestes, incluindo centenas de Filhos e Filhas Materiais, aceitaram a misericórdia proclamada pelos Panoptianos e lhes foi dada a reabilitação na época da ressurreição de Jesus, há cerca de mil e novecentos anos. Esses seres, desde então, foram transferidos para o mundo do Pai, em Jerusém, onde devem ser mantidos, tecnicamente presos, até que as cortes de Uversa baixem alguma decisão sobre o caso de Gabriel versus Lúcifer. Contudo, ninguém duvida de que, quando o veredicto da aniquilação for emitido, essas personalidades arrependidas e salvas ficarão eximidas do decreto de extinção. Tais almas, em provação, trabalham agora com os Panoptianos na tarefa de cuidar do mundo do Pai.
(611.1) 53:9.2 O arquifarsante nunca mais esteve em Urântia, depois dos dias em que tentou desviar Michael do propósito de completar a auto-outorga e estabelecer a si próprio, final e seguramente, como o governante irrestrito de Nébadon. Quando Michael tornou-se o soberano estabelecido do universo de Nébadon, Lúcifer foi levado em custódia pelos agentes dos Anciães dos Dias de Uversa e, desde então, tem estado prisioneiro, no satélite de número um, do grupo do Pai, nas esferas de transição de Jerusém. E, ali, os governantes de outros mundos e sistemas podem contemplar o fim do infiel Soberano de Satânia. Paulo sabia do status desses líderes rebeldes, depois da auto-outorga de Michael, pois escreveu sobre os chefes de Caligástia como as “hostes espirituais da maldade, nas regiões celestes”.
(611.2) 53:9.3 Michael, ao assumir a soberania suprema de Nébadon, solicitou aos Anciães dos Dias a autorização para internar todas as personalidades que participaram da rebelião de Lúcifer, até serem emitidas as sentenças dos tribunais do superuniverso para o caso Gabriel versus Lúcifer, assinalado nos registros da suprema corte de Uversa há quase duzentos mil anos, na medida de tempo adotada por vós. A respeito do grupo da capital do sistema, os Anciães dos Dias concederam o pedido de Michael, mas com uma única exceção: a Satã foi permitido fazer visitas periódicas aos príncipes apóstatas nos mundos caídos, até um outro Filho de Deus ser aceito por esses mundos apóstatas, ou até o momento em que as cortes de Uversa comecem o julgamento do caso de Gabriel versus Lúcifer.
(611.3) 53:9.4 Satã podia vir a Urântia, porque vós não tínheis nenhum Filho de categoria com residência aqui — nem Príncipe Planetário, nem Filho Material. Machiventa Melquisedeque, desde então, foi proclamado Príncipe Planetário vice-regente de Urântia; e a abertura do caso Gabriel versus Lúcifer assinalou a inauguração de regimes planetários temporários, em todos os mundos isolados. É verdade que Satã visitou periodicamente Caligástia e outros príncipes caídos, exatamente até o momento da apresentação dessas revelações, quando aconteceu a primeira das audiências solicitadas por Gabriel para o aniquilamento dos líderes rebeldes. Satã, no entanto, está agora incondicionalmente detido nos mundos de prisão de Jerusém.
(611.4) 53:9.5 Desde a auto-outorga final de Michael, ninguém, em todo o Satânia, desejou ir aos mundos de prisão para ministrar aos rebeldes internados. E nenhum outro ser foi conquistado pela causa dos enganadores. Por mil e novecentos anos, tal status não sofreu alteração.
(611.5) 53:9.6 Nós não antecipamos uma eliminação das restrições atuais feitas a Satânia, antes que os Anciães dos Dias hajam tomado uma decisão final sobre os líderes rebeldes. Os circuitos do sistema não serão reinstalados enquanto Lúcifer estiver vivo. Nesse meio tempo, ele está totalmente inativo.
(611.6) 53:9.7 A rebelião terminou em Jerusalém. Ela cessa, nos mundos caídos, tão logo os Filhos divinos cheguem até eles. Acreditamos que os rebeldes que algum dia iriam aceitar a misericórdia já o fizeram, todos. Aguardamos pela teletransmissão que, em um clarão de relâmpago, irá privar tais traidores da existência da sua personalidade. Antecipamos que o veredicto de Uversa, a ser anunciado nessa transmissão, indicará a ordem de execução que irá efetivar a aniquilação desses rebeldes aprisionados. E então vós ireis procurá-los nos lugares deles, mas eles não serão encontrados. “E aqueles que vos conhecem, entre os mundos, espantar-se-ão convosco; pois fostes um terror, mas nunca mais o sereis novamente”. E assim todos esses traidores indignos “serão como se nunca houvessem existido”. Todos aguardam o decreto de Uversa.
(611.7) 53:9.8 Contudo, durante idades, os sete mundos de prisão, de escuridão espiritual em Satânia, constituíram um solene aviso para todo o Nébadon, proclamando eloqüente e efetivamente a grande verdade “de que o caminho do transgressor é duro”; “pois dentro de cada pecado está oculta a semente da sua própria destruição”; e que “a recompensa do pecado é a morte”.
* O Livro de Urântia é uma obra literária que integra história, ciência, filosofia e religião, composta por 197 documentos escritos originalmente em inglês, e traduzido recentemente para mais idiomas, entre eles o português.
O Livro de Urântia é uma fonte de inspiração e conhecimento para muitas pessoas e muitos líderes religiosos e instituições estabelecidas, religiosas ou não, mas não promove a criação de uma religião institucional nos seus ensinamentos. Grupos de estudo, fundações, sociedades, continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para todos aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo. O próprio livro ensina a religião espiritual pessoal, fomentando uma fé religiosa viva e pessoal.
II. A queda da terça parte dos anjos
A queda da terça parte dos anjos
As Escrituras parecem indicar que, em algum momento entre Gênesis 1.31 e Gênesis 3.1, houve uma rebelião no mundo angélico, no qual muitos anjos bons se voltaram contra Deus e se tornaram maus. O teólogo italiano Tomás de Aquino (1225-1274) ensinou que uma vez que os anjos não têm natureza carnal pecaminosa o pecado deles foi espiritual. Eles foram seduzidos pelo diabo, que os envolveu com o orgulho e a inveja contra Deus. Os anjos pecaram voluntariamente (Tomás de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, 63:1-9). Alguns fazem alusão ao texto de Judas 6 para apoiar esse ponto de vista quanto à queda dos anjos. As táticas de Satanás e dos demônios são a mentira, o engano, o homicídio e toda sorte de malignidade. Fazem isso para afastar as pessoas de Deus e levá-las à destruição (Jo 8.44; Ap 12.9; Sl 106.37). Mas, assim como Satanás e suas hostes foram expulsos do céu, também seu domínio e ação serão extirpados totalmente da face da terra (1Jo 3.8; Lc 9.1, 10.19; At 16.18; Rm 16.20; Ap 20.10).
III. A ORIGEM, A NATUREZA E A QUEDA DOS ANJOS.
V. O que a palavra de Deus diz sobre rebeldia
Os anjos não existem desde a eternidade, eles foram criados por Deus no momento de sua criação ( Ne.9:6 - Sl.148:2; Cl.1:16 ). A bíblia não indica com precisão em que parte foram criados, mas podemos entender que isso deve Ter acontecido imediatamente após Ter criado os céus e antes de Ter criado a terra, segundo podemos ver em Jó 38:4-7 – Gn.1:1; 2:1. Não podemos também definir número, mas sabemos que um "exercito" compreende grande quantidade, uma 1"legião" compreende um número grandioso ( Dn.7:10; Mt.26:53; Hb.12:22 ). Deus certamente criou todos de uma só vez, pois os anjos não tem capacidade de propagar-se como o homem ( Mt.22:30 ).
A palavra original correspondente no grego é ( a g g e l o z = angelos ), é usado tanto para mensageiros humanos ( I Rs.19:2; Lc.7:24 e 9:52 ), quanto divinos.
1. a - EXPRESSÕES USADAS PARA SE REFERIR AOS ANJOS:
2Filhos de Elohim{Deus}( Jó.1:6 e 2:1; Sl.29:1; 89:6).
Santos ( Sl.89:5-7 ).
Vigias ( Dn.4:13, 17, 23 ).
3Espíritos ( Hb.1:14 ).
Principados, poderes, tronos, dominações e autoridades ( Cl.1:16; Rm.:38; I Co.15:24; Ef.6:12; Cl.2:15 ).
Arcanjos ( I Ts.4:16 e Jd.9 ).
1. b - COLETIVOS USADOS PARA OS ANJOS:
Congregação/ assembleia ( Sl.89:6,7 )
Hostes/ Senhor das hostes ( Lc.2:13; Ef.6:12; Hb.12:22 )
1. c- TESTEMUNHOS À ORIGEM E EXISTENCIA DOS ANJOS:
Cristo comprovou a existência dos anjos ( Jo.1:51 ).
O Apóstolo Paulo também testemunhou ( Gl.1:8 ).
O próprio Satanás falou dos anjos ( Mat.4:6 ).
O Apóstolo João falou mais de 60 vezes no livro de Ap ( Ap 1:1 ).
Anjos, então, foram comprovados pelos escritores da Bíblia e pelo próprio Jesus Cristo, como sendo reais. Apesar de toda confusão de todos os tempos, não podemos negligenciar esta grande doutrina – Angelologia.
1 "LEGIÃO OU TROPA" – ENTRE OS ROMANOS CONSTAVA APROXIMADAMENTE 6000 HOMENS.
2 "FILHOS DE DEUS" -ENFATIZA SUA CRIAÇÃO POR DEUS ( CL.1:16 ).
3 "ESPÍRITOS" - ENFATIZA SUA NATUREZA INCORPÓREA.
1.1.- O PROPÓSITO DE SUA ORIGEM:
Os anjos foram criados para darem glória , honra e ações de graça a Deus.
Os anjos foram criados para adorarem a Cristo ( Hb.1:6 )
Foram criados para cumprirem os propósitos de Deus:
O ARCANJO: - Proteção de Israel ( Dn.12:1 ).
-Luta contra Satanás ( Judas 9; Apc.12:7 ).
-Anuncia a Vinda de Cristo ( I Tess.4:16 ).
·
OS QUERUBINS guardam o trono de Deus ( Ez.10:1-4 )4.
OS SERAFINS se preocupam com a adoração a Deus perante o Seu Santo Trono ( Is.6:2-7 )
AS DIFERENTES ORDENS de anjos, assistem a Deus em sua obra Soberana ( Col.1:16 e 2:10; Ef.1:21 e 3:10 )5.
2. - A NATUREZA DOS ANJOS.
2.a.- NÃO SÃO SERES HUMANOS GLORIFICADOS6 (Hb.12:22,23):
SÃO SERES ESPIRITUAIS –Incorpóreos ( Hb.1:14 ). Não tem corpo físico, mas podem assumir forma corpórea ( Gn.18:19 ). (Sl.104:4; Hb 1:7; Ef.6:2; Mt.8:16; 12:45; Lc.7:21; Apc.16:14 ).
SÃO IMORTAIS –Os anjos não estão sujeitos à dissolução: nunca morrem. A imortalidade dos anjos se deriva de Deus e depende de Sua vontade. Os anjos são isentos da morte, porque assim Deus os fez. ( Lc.20:35,36 ).
** NÃO SE REPRODUZEM CONFORME SUA ESPÉCIE –As escrituras em parte alguma ensina que os anjos são seres assexuados. Inferências encontramos referindo-se aos anjos, com o uso de pronomes do gênero masculino ( Dn.8:16,17; Lc.1:12,29,30; Apc.12:7; 20:1; 22:8,9 ). Mas, não obstante, o casamento, a reprodução, não é da ordem ou do plano de Deus.
SÃO PODEROSOS –Dotados de poder sobre-humano ( Sl.103:20; 2 Pd.2:11 ). São uma classe de seres criados superiores aos homens ( Sl.8:5; Hb.2:10 ). Contudo, esse poder tem seus limites estabelecidos, não são Onipotentes ( 2 Ts.1:7; II Sm.24:16,17 ). Veja demonstração de poder dos anjos – ( At.5:19; 12:7,23; Mt.28:2 ).
Obs: Quão capazes, portanto, são os anjos bons para ministrar ao homem; e quão desesperadora pode ser a oposição dos principados, os dominadores deste mundo tenebroso! Confiemos, portanto, na força do poder do Senhor e de seus ministros, Amém!
SÃO SERES VELOZES –( Mt.26:53 ) O pensamento que deve ser destacado, é que os anjos, cuja residência, supostamente era nos céus, podiam instantaneamente aparecer em defesa de seu Senhor. Como essas legiões de anjos poderiam passar, com tal rapidez, do céu até o triste Getsêmani, ultrapassa nosso entendimento. Sabemos apenas que a possibilidade do fenômeno indica uma atividade e rapidez verdadeiramente maravilhosa.
SÃO SERES PESSOAIS.
·
Inteligência – Dn.10:14
Emoções – Jó 38:7
Vontade – Is.14:13,14
Não são Oniscientes – Mt.24:36
Não são Onipresentes – Dn.9:21-23
Não são Onipotentes – Dn.10:13
SÃO PERFEITOS E SEM FALHA – ( Gn.1:31 )
·
Parte dos anjos tornaram-se rebeldes e caídos – ( Jd.6; II Pd.2:4 )
O restante permaneceu obediente – ( Mt.25:31; Sl.99:7 )
SÃO SERES GLORIOSOS – ( Lc.9:26 )
·
Os anjos são dotados de dignidade e glória sobre-humanos.
** Trechos Principais para considerar: Gn.6:1-4; I Pd.3:18-20; II Pd.2:4 e Judas 6.
Os anjos são chamados "Filhos de Deus" no Velho Testamento nas referências de Jó 1:6; 2:1; 38:7 e também em Gn.6:2,4. Deve ser observado, porém, que, apesar de serem assim chamados, os homens também o foram ( Lc.3:38; Jo.1:12; I Jo.5:1-2 ). A palavra original é "Benai-Elohim"= Filhos de Deus. Por causa do texto de Gn.6:2,4, há polêmica sobre quem foram "OS FILHOS DE DEUS"??
Que os filhos de Deus se refere aos anjos, neste texto de Gn.6, é a posição tomada por Josefo, Filo Judeus e os autores do Livro de Enoque e do Testamento dos Doze Patriarcas; era a posição geralmente aceita pelos judeus eruditos dos primeiros séculos da era cristã. A impressão que geraram "gigantes" foi da Septuaginta (LXX), que também traduziu todos os manuscritos, substituindo "Filhos de Deus" por "anjos de Deus" em Gn.6; Jó 1:6 e 2:1, e por "meus anjos" em Jó 38:7.
OBS:
Gn.6:4- "...Estes eram os valentes que houve na antigüidade, os homens de fama". Filhos do relacionamento entre "os filhos de Deus" com as "filhas dos homens". Esta é a definição original dos textos da palavra de Deus e não "NEFILINS", que encontramos em alguns textos traduzido e não confiáveis, conforme The Theological Workbook of the Old Testament, por Harris, Archer e Waltke. Estes homens gerados eram perversos e dominaram a terra, razão pela qual, Deus viu que havia grande maldade sobre a terra vs 5 e 6.
Argumentos
Teoria de que os "filhos de Deus" eram anjos:
As referências de Jó 1:6; 2:1; 38:7.
A relação anormal, produziu gigantes impiedosos.
Anjos podem aparecer como homens Gn.19:1,5; ou em homens, Mc.1:23-26/ Mc.5:13 ( O Dr. Henry Morris diz: Os filhos de Deus e as filhas dos homens são homens e mulheres, mas foram possessos por demônios.
Em Mt.22:30, o Senhor estava apenas explicando que os anjos não se reproduzem como os humanos. Não há prova que os anjos não tem sexo. Nos originais, a palavra anjos, sempre é no gênero masculino. Alguém explico que os anjos não se reproduz porque não existe "anjas".
As referências associadas com judas 6; I Pd.3:18-20; II Pd.2:4-6.
Esta teoria foi assegurada por historiadores como Josefo e Plínio.
Os livros apócrifos ( 3 deles ), assegura esta posição.
É considerado que houve duas quedas dos anjos, uma quando Satanás liderou a rebelião, antes da queda do homem e outra em Gn.6.(Teor. Defendida por Clarence Larkin)
Teoria de que os "filhos de Deus" não eram os anjos e sim os descendentes de Sete.
Se anjos de fato se relacionam sexualmente com mulheres, este é um prodígio espetacular da história que viola as normas da natureza, e não há nada na bíblia que diga que anjos tem poderes sexuais.
Em Gn.6, encontramos em seu contexto a seqüência do termo "homem", vs 1,2,3.
A distinção entre os "filhos de Deus" e Satanás nos textos de Jó 1:6; 2:1 de modo que, claramente entendemos que o título "filhos de Deus" não se refere aos anjos caídos.
Se esta relação entre anjos e mulheres gerou os "Nefilins-gigantes", como se explica a presença destes, antes deste ato, e depois do dilúvio em Nm.13:33.
A linguagem de Gn.6:2 é normal para expressar relação entre humanos.
Os textos do novo testamento não provam que são anjos:
I Pd.3:18-20- não diz nada sobre estes "espíritos em prisão", sendo anjos. Pelo contrário, o contexto indica homens, cap.4:6.
2 Pd.2:4 e Judas 6,7- são referências de anjos, mas não provam que eram envolvidos em Gn.6.
Os livros apócrifos, provavelmente foram produzidos pelos essênios, os quais adotaram a interpretação angélica. Josefo trabalhou com este grupo.
A linguagem de Gn.6:2 é normal para expressar relação entre humanos.
SATANÁS antes de sua queda, ocupava um lugar especial entre os querubins ( EZ.28:14 ).
SATANAS E SUAS HOSTES CAÍDAS, estão organizadas e preparadas para grandes batalhas do mal. disto podemos concluir que existem duas forças invisíveis e poderosas --- uma dirigida por Deus e seus anjos e a outra por satanás e seus anjos, onde a vitória final, será de Deus ( Ap 20:7-10; MT.25:41 )
6 HÁ UM CANTICO QUE DIZ: "EU QUERO SER UM ANJO E COM OS ANJOS FICAR"- Contrário à Bíblia. Não podemos dizer que, ser como anjos é ser anjo, também é ensinado, que crianças quando morrem, viram anjos ( Lc.20:35,36)
3. - A QUEDA DOS ANJOS.
Dividiremos esta seção em quatro pensamentos:
3.a – O FATO DE SUA QUEDA.
3.b – A ÉPOCA DE SUA QUEDA.
3.c – A CAUSA DE SUA QUEDA
3.d – O RESULTADO DE SUA QUEDA.
3.a.- O FATO DE SUA QUEDA
A origem do mal.
Com exceção de alguns filósofos e cientistas, que chamam de "erro da mente mortal", todos os homens reconhecem o fato severo e solene do mal no universo. Verdadeiramente, sua presença no mundo é um dos problemas mais desconcertantes para a filosofia e para a teologia. Acreditamos que os anjos foram criados ( originados ) em estado de perfeição. No relato bíblico da criação, em Gn.1, lemos seis vezes que o que Deus fizera era bom, vs.4, 10, 12, 17, 21, 25, e no vs.31 encontramos as palavras: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom". Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade, até esse momento.
Não há dúvidas, portanto, que os anjos foram criados perfeitos (Ez.28:15) e parte destes deixaram seu próprio principado e habitação original perfeita (Judas 6, II Pd.2:4), para criar raízes do mal (Sl.78:49; Mt.25:41; Ap.9:11 e 12:7-9).Não podemos Ter dúvidas que Satanás foi o "chefe" desta rebelião ( Is.14:12; Ez.28:15-17).
3.b.- A ÉPOCA DE SUA QUEDA
_ Acreditamos que se deu após toda a criação perfeita de Deus –Gn.1:31- 2:3.
Veja nota no item------- 5.1. - A ORIGEM DOS ANJOS.
3.c.- A CAUSA DE SUA QUEDA
Este é um dos profundos mistérios da Teologia. Mostramos que os anjos foram criados perfeitos, como pode tais seres pecarem?
É aqui que podemos ver a perfeição de toda a criação, os Teólogos Latinos são autores de uma frase que diz: "Posse pecare et posse non pecare". Isso traduz a capacidade de pecar e a de não pecar. É a posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem ser constrangido a fazer uma ou outra coisa. Em outras palavras, havia liberdade de escolha.
Deus não coagiu nenhuma de suas criaturas, nem mesmo os anjos. Se indagarmos que motivo pode Ter estado por trás dessa rebelião, podemos obter algumas respostas nas Sagradas Escrituras.
GRANDE PROSPERIDADE E BELEZA (Rei de Tiro-Tipo de Satanás-Ez.28:11-19; I Tm.3:6).
AMBIÇÃO DESMEDIDA E A CONCUPISCENCIA DE SER MAIS QUE DEUS (Rei da Babilônia-Tipo da Satanás-Is.14:13,14).
3.c.1- Veja os passos que levaram à queda.
SUBIREI AO CÉU – vs.13 – Satanás queria a posição ao lado de Deus no céu, lugar este reservado a Cristo - Ef.1:20.
EXALTAREI MEU TRONO – vs.13 – Satanás queria seu trono sobre todo principado, potestade e domínio, lugar este prometido a Cristo – Ef.1:21.
ME ASSENTAREI NO MONTE DA CONGREGAÇÃO - vs.13 – Satanás queria reinar sobre o povo de Deus, privilégio este dado ao Messias prometido - Is.9:6-7.
SUBIREI ACIMA DAS MAIS ALTAS NUVENS – vs.14 – Satanás queria a Glória que só Deus tem, e esta pertence a Cristo – Jo.17:5.
SEREI SEMELHANTE AO ALTÍSSIMO – vs.14 – Satanás queria o poder e a autoridade do altíssimo, e esta pertence somente a Cristo – Jo.8:58.
3.d.- O RESULTADO DE SUA QUEDA
Perderam sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta ( Mt.10:1; Ef.6:11,12; Ap.12:9 ).
Alguns deles foram lançados no "inferno-Tártaro", e acorrentados até o dia do julgamento (II Pd.2:4).
Alguns estão em liberdade e trabalham em definida oposição à obra dos anjos bons (Ap.12:7-9; Dn.10:12,13,20,21; Judas 9).
A terra foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão (Gn.3:17-19) e a criação está gemendo por causa da queda ( Rm.8:19-22), tanto de Adão como dos anjos caídos.
Um dia serão lançados sobre a terra (Ap.12:8,9) e, após seu julgamento serão lançados no "Lago de Fogo" ( I Co.6:3; Mt.25:41; 2 Pd.2:4; judas 6).
IV. A CLASSIFICAÇÃO, E O DESTINO DOS ANJOS.
4 - A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS.
CLASSIFICAM-SE OS ANJOS EM DUAS GRANDES CLASSES:
Anjos Bons. – Descritos como seres Alados(voadores-Dn.9:21; Ap.14:6), PARA NOS FAVORECER ( Sl.91:11; Hb.1:14; Dn.6:22).
Guiam e guardam os crentes – ( Sl.91:11; Hb.1:14 ).
Ministram ao povo de Deus – ( Hb.1:14; Mt.4:11; Lc.2243 ).
Defendem e livram os servos de Deus – ( Gn.19:11; At.5:19-20 ).
Guardam os eleitos falecidos – ( Lc.16:22; Lc.24:22-24; Jd.9 ).
Cooperam na separação entre justos e ímpios – ( Mt.13:49; Mt.25:31-32 ).
Cooperaram no castigo imposto aos ímpios – ( II Ts.1:7-8 ).
1.1. Classificação em ordem > Veja item 5.1.1.-O Propósito de sua origem .
Anjos maus. ( Aprisionados/ Libertos/ Demônios e Satanás ) – PROPÓSITO DE OPOR-SE E DESTRUIR A OBRA DE DEUS E SEUS SANTOS.
2. ( Zc.3:1; II Co.12:7; Ff.6:11,12; II Co.11:14, 4:4; I Pd.5:8 ).
– Anjos aprisionados – Consiste de estarem confinados em abismos de trevas e estarem presos por algemas eternas, reservados para o juízo do grande dia. ( II Pd.2:4 e Jd.6 ).
- Anjos Libertos – Estão incluídos em todo "principado, potestade, poder e domínio. São normalmente mencionados em conexão com Satanás, seu líder ( Ef.1:21, 6:12; Cl.2:15; Mt.24:41; Ap.12:7-9, 9:14; I Co. 6:3 )
– Demônios – Aparece três vezes no V.T.( Dt.32:17; Sl.106:37 e Lv.17:7 ).
Não são almas dos homens maus.
Não são os espíritos desincorporados de uma raça pré-Adâmica
-----( Sl.9:17; Lc.16:26-31; Ap.1:18; Ap.12:7-9 )-----
– Satanás – Este ser sobre-humano é mencionado expressamente no velho testamento ( Gn.3:1-15; Jó 1:6-12, 2:1-7; Zc.3:1,2 ). Já no N.T., é mencionado freqüentemente ( Mt.4:1-11; Lc.18:18,19; Jo.13:2,27; I Pd.5:8; Ap. caps.12,12:1-4, 20:1-3, 7-10 ).
COLEÇÃO DE NOMES: EX: Diabo ( Ap.20:2 )/ Abadom / Apolion / Belzebu / Belial / Malígno / Adversário / Serpente / Acusador / Enganador / mal / Homicida / deus deste século / Potestade do ar / Pai da mentira / Sedutor / Caluniador / Tentador .
5– O DESTINO DOS ANJOS.
Anjos Bons – Continuarão servindo a Deus por toda a Eternidade ( Ap.21:1, 2, 12 ).
Anjos Maus – Temos informação definitiva de que terão sua parte no LAGO DE FOGO (Gehenna-Mt.25:41 ). Quando Cristo voltar, os crentes terão parte no julgamento, ou condenação dos anjos maus ( I Co.6:3 ).
O destino de Satanás – Será lançado no abismo (Tartaroo-Ap.20:1-3 ), onde ficará confinado e acorrentado por 1.000 anos. Então será solto por "pouco tempo", durante o qual tentará frustrar os propósitos de Deus aqui na terra ( Ap.20:7-8 ). E daí, por fim, ele e seus anjos serão lançados no Lago de Fogo ( Mt.5:41; Ap.20:10 e 14 ), seu destino final, onde serão atormentados para todo o sempre.
Definições para : INFERNO- Lugar destinado ao suplício das almas dos perdidos.
Há quatro definições para esta palavra.
1 – SHEOL – hb., V.T., o mundo dos mortos.( Dt.32:22; II Sm.22:6; Sl.18:5 )
2 – HADES – gr., corresponde a Sheol, lugar das almas que partiram deste mundo. ( Mt.11:23, 16:18; Lc.16:23; At.2:27 )
3 - GEHENNA – gr., vale de Hinom, um vale de Jerusalém, onde se fazia sacrifícios humanos. Termo usado para designar um lugar de suplício eterno. ( Mt.5:22, 29-30, 10:28, 18:9, 23:15, 33; Lc.12:5; Tg.3:6; Ap.20:10 e 14 )
4 – TARTAROO – gr., derivado de Tartaros, o mais profundo abismo do Hades.( I Pd.2:4; Ap.20:3 )
V. O que a palavra de Deus diz sobre rebeldia
Deus diz na Bíblia que rebeldia é pecado (1 Sm 15:23). Rebeldia é pecar contra Deus de propósito, com a intenção de desobedecer. A rebeldia afasta de Deus e causa muitos problemas. A rebeldia é escolher o pecado, conhecendo o que é certo.
Alguns pecados são cometidos por falta de conhecimento mas a pessoa rebelde sabe que está agindo contra a vontade de Deus. A rebeldia é uma afronta direta a Deus, rejeitando Sua autoridade (Atos dos At 7.51). A maior forma de rebeldia é conhecer a verdade do Evangelho mas rejeitar Jesus como salvador.
Quem se rebela contra Deus:
Perde comunhão com Ele – o pecado separa de Deus; quem rejeita a Deus fica sem Ele
Tem problemas – as regras de Deus servem para nos proteger e nos dar uma vida boa; o pecado só destrói a vida – Jr 2:19
Causa confusão – para as pessoas à volta, o rebelde causa muitos problemas
Desvia outros – o rebelde muitas vezes motiva outros a rejeitar e desobedecer a Deus
Outras formas de rebeldia
Rebeldia também é desobedecer e se opor a uma autoridade legítima. Não é o mesmo que se opor por motivos de consciência a alguma coisa que você acha errado. Isso pode ser feito de maneira respeitosa e justa. Rebeldia é querer fazer as coisas do seu jeito, mesmo quando a autoridade tem razão.
O rebelde não tem bons motivos para se opor à autoridade. Ele acha que sua vontade é mais importante. O rebelde não tem respeito pela autoridade nem tenta ter. Sua atitude é acusatória e fala mal da autoridade, em vez de tentar negociar e entender as outras opiniões (Jr 6:28).
Como evitar a rebeldia?
Para evitar a rebeldia contra Deus:
Confie em Deus – Deus lhe ama e sabe o que é melhor para você; Ele quer seu bem e tem um plano bom para você, mesmo quando você não consegue ver; Deus não é um tirano, Ele é um pai carinhoso e justo – Jr 29:11
Não se ache superior – você não é mais inteligente que Deus; seus planos não vão ser melhores que os planos de Deus – Isaías 55:8-9
Tenha respeito – você pode fazer perguntas às autoridades e dar sua opinião de uma forma sincera e respeitosa, no tempo certo, sem ser rebelde – Pv 25:15
Pense nos outros – cada pessoa foi criada à imagem e semelhança de Deus; antes de olhar uma autoridade como um inimigo, lembre-se que é uma pessoa, que merece tanto respeito como você.
Meus amados irmãos em Cristo em breve estaremos de volta para falar sobre a As cinco armas que o diabo usa para derrubar o homem. Até breve na Paz do Senhor Jesus!
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