Série a Galeria dos Heróis da Fé. 7. Os heróis nos aguardam para o aperfeiçoamento

 

Por Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


 
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra na epístola aos Hebreus 11.39-40 que nos diz:

E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,

Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados

Já discorremos sobre os seguintes temas:

•  Introdução
• A natureza da fé.
• A fé dos antediluvianos
• A fé dos patriarcas
• A fé de Moisés
• O heróis nem sempre vencedores 
• Os heróis da fé ultrajados.

Agora falaremos sobre "Os heróis nos aguardam para o aperfeiçoamento".

I. Análise preliminar do texto.

(V. 39) "Tendo obtido um bom testemunho". 

Agora que a história é concluída a palavra de Hb 11: 2 é retomado. Que em uma fé como foi descrita em Hb 11: 1 "os anciãos" receberam seu testemunho de Deus, os próprios registros mostraram; ainda assim, "todos estes, tendo testemunhado para eles através de sua fé, não receberam a promessa",  a bênção prometida. Há três passagens da Epístola que devem ser mantidas juntas - Hb 6:15 , "E, tendo esperado pacientemente, ele (Abraão) obteve a promessa:" Hb 10:36 : "Precisamos de resistência, que, tendo feito a vontade de Deus, você pode receber a promessa", e a versa atual. Para os santos do Antigo Testamento, a benção prometida era o futuro; eles obtiveram, mas não dentro dos limites desta vida presente. Para nós, a bênção prometida está presente, revelada a nós em sua verdadeira natureza, obtida para nós de uma vez por todas; pois sabemos que a redenção eterna foi conquistada através da entrada de Cristo para nós uma vez por todas no santuário celestial ( Hb  9:12 ) e para nós veio a "perfeição", na medida em que por Ele "nos aproximamos de Deus" ( Hb 7:11 ,19 ). Que:

 1) a apropriação pessoal integral do presente é para cada um de nós ainda futuro, e

 2) a revelação completa pertence a outro estado de ser, é verdade, mas não é inconsistente com o que foi dito.

(V.40) Para nós. -Primeiro, a respeito de nós, que sem (ou, para além de ) eles devem não seja perfeito. " alguma coisa melhor" - melhor do que eles receberam ( Mt 13:17 ; 1Pe 1: 10-11 ). O desejo de Deus era que eles e nós podemos ser aperfeiçoados juntos; primeiro na recepção conjunta de conhecimento e privilégio maduros através da obra sacerdotal do Senhor Jesus ( Ef 3:10 ; 1Pe 1:12 ); e depois que nós com eles possamos, quando chegar o fim, "tenhamos a nossa perfeita consumação e bem-aventurança tanto no corpo como na alma, na eterna e eterna glória de Deus". 

Para que eles, sem nós, não sejam aperfeiçoados - Crentes antes do dilúvio, depois do dilúvio, sob a lei, e desde a lei, façam apenas uma Igreja. A dispensação do Evangelho é a última, e a Igreja não pode ser considerada completa até que os crentes sob todas as dispensações estejam reunidos. Como o Evangelho é a última dispensação, os crentes precedentes não podem ser consumados nem mesmo na glória até que a Igreja do Evangelho chegue ao céu dos céus.

Há uma grande variedade de significados colocados neste lugar, mas o acima parece ser o mais simples e consistente. (Ap 6:11 ). Vestiam-se roupas brancas para cada um deles, e lhes foi dito que ficassem descansados por um pouco de tempo, até que também fossem cumpridos seus conservos e seus irmãos, que deveriam ser mortos como estavam. " Desta vez, e suas bênçãos, estão agora sobre a asa.

II. Visão panorâmica

Estamos preparados para viver uma vida inteira na presença do Senhor e não alcançar, em vida, a concretização de algumas de suas promessas? Será que a nossa fé resiste a uma vida apenas de esperanças sem, contudo, provar da concretização das promessas do Senhor? Conheço muitas pessoas que viveram uma vida inteira orando pela salvação de entes queridos, mas, só depois de sua morte, estes vieram aceitar Jesus com Senhor de suas vidas. O aperfeiçoamento de sua fé veio com o final da carreira, pois, neste momento, a sua fé foi honrada. Talvez muitas promessas que o Senhor tem nos feito, só sejam concretizadas depois que a nossa fé alcance a coroa da justiça, guardada para todos aqueles que completem a carreira proposta. Muitos não conseguem alcançá-la, porque não tiveram perseverança em manter a fé firme em seus corações. Abraão, apesar de ser um herói da fé, não viu seus filhos na mesma quantidade das estrelas do céu. Como ele, muitos não verão a concretização das promessas do Senhor. Viver apenas pela fé é provar as promessas de Deus, antes mesmo delas serem concretizadas. Por isso, como muitos acreditam, a obtenção de um bom testemunho de fé não nos dá a certeza de provar das suas promessas. A fé que move o nosso coração deve ser suficientemente verdadeira, de forma que, mesmo quando todas as coisas que esperamos no Senhor não se concretizarem, ela se mantenha firme. A nossa fé deve estar posta no doador da esperança, naquele que nos possibilita viver na certeza de que todas as coisas, sejam elas boas ou não, cooperam conjuntamente para nosso bem. É nesta fé que seremos aperfeiçoados e é através dela que alcançaremos a remissão de nossos pecados e vida na presença de Deus.

III. Os heróis alcançaram um bom testemunho

Hb 11:39 . Tudo isso tendo obtido um bom testemunho— ΄sendo testemunhados, . A expressão não implica que todos os juízes, capitães e outros dignitários israelitas mencionados neste capítulo, bem como os antigos, fossem verdadeiramente pessoas justas, justificadas por sua fé e feitas herdeiras da salvação eterna; pois o projeto do apóstolo nesta parte de sua epístola é mostrar, através de exemplos das Escrituras judaicas, a influência que a fé nas revelações e promessas divinas tem para excitar os homens a realizar aqueles empreendimentos difíceis e perigosos que ele lhes designa  em particular, o testemunho que foi dado a alguns deles significa apenas o louvor que lhes foi dado nas Escrituras por causa da fé que demonstraram ao realizar essas grandes ações particulares.

Recebeu não a promessa —As grandes bênçãos prometidas, a saber, Cristo a semente prometida, vêm na carne, como a realização de todos os tipos e sombras, seja da dispensação mosaica ou patriarcal. Eles receberam a promessa de que o Messias deveria vir, como é dito de Abraão, ( Hb 11:17 ,) mas não receber a realização dele. Isso o apóstolo afirma positivamente; mas que os cristãos em seus dias o receberam, como é significado em Hebreus 11:40. “Portanto, não é apenas falso e inseguro, ”como observa o  “mas contrariando os princípios fundamentais de nossa religião, a fé dos cristãos em todas as épocas e o desígnio do apóstolo em toda esta epístola, de interpretar essa promessa, como alguns fazem, de qualquer outra coisa a não ser a vinda de Cristo na carne, de seu cumprimento da obra de nossa redenção, com os privilégios indescritíveis e vantagens que a igreja recebeu por meio disso. Que esta promessa foi feita aos anciãos desde o começo do mundo, que não foi realmente realizada para eles, estando necessariamente confinada a uma estação, chamada a plenitude do tempo, e que aqui reside a grande Diferença dos dois estados da igreja, que sob o Antigo Testamento e que, sob o Novo, com a prerrogativa do último acima do primeiro, são essas verdades sagradas, que sem um reconhecimento deles nenhuma doutrina importante, tanto do Antigo Testamento ou do Novo, pode ser corretamente entendido. Este então era o estado dos crentes sob o Antigo Testamento; eles tinham a promessa da exibição de Cristo, o Filho de Deus, na carne, para a redenção da igreja; essa promessa que eles receberam, viu de longe, quanto à sua realização real, foram persuadidos da verdade, e abraçou ( Hb 11:13 ). A realização real que eles desejavam, ansiavam e cuidavam, (Lc 10:24,) inquirindo diligentemente sobre o assunto. graça de Deus nele contida, 1 Pe 1: 11-13 . Por este meio eles desfrutaram dos benefícios disso, assim como nós fazemos; todavia, eles não receberam sua realização real na vinda de Cristo, a razão pela qual o apóstolo dá no próximo verso.

IV. Os heróis aguardam o arrebatamento para serem aperfeiçoados conosco

Hebreus 11:40 . Deus tendo provido alguma coisa melhor para nós —Os crentes sob o evangelho, do que qualquer um deles, que melhor é o próprio Cristo manifesto na carne, com os vários privilégios e bênçãos da dispensação do evangelho, excedendo em muito aqueles das duas dispensações que o precederam. . Pois, como o divino último citado observa ainda, “deve ser posto fora de questão com todos os cristãos, que é a exibição real do Filho de Deus na carne, a vinda da semente prometida, com a realização de o trabalho de redenção, e todos os privilégios da igreja, em luz, graça, liberdade, adoração espiritual, com a ousadia de acesso a Deus que se seguiu, que é pretendido. Pois não foram estas as coisas que eles não receberam sob o Antigo Testamento? Não foram estas as coisas que foram prometidas desde o princípio; que eram esperados, desejados e desejados por todos os crentes da antiguidade, que ainda os viam apenas de longe, embora pela fé fossem salvos em virtude deles? E não são estas as coisas pelas quais o estado da igreja do evangelho foi aperfeiçoado; as coisas só em que o nosso estado é melhor do que o deles? Pois, quanto às aparências externas das coisas, eles tinham mais glória, cerimônias caras e esplendor em sua adoração do que a designada na Igreja Cristã; e sua prosperidade mundana foi, por um longo período, muito grande, excedendo muito qualquer coisa que a Igreja cristã desfrutou nos dias do apóstolo. Negar, portanto, que essas sejam as melhores coisas que Deus providenciou para nós, é derrubar a fé do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Que eles sem nós não devem ser aperfeiçoados —A expressão sem nós, é a mesma que sem as coisas que realmente nos são exibidas, as coisas fornecidas para nós e nossa participação delas. Eles e nós, isto é, os crentes sob as antigas dispensações, e aqueles sob o novo, embora distribuídos pela designação divina em estados distintos, contudo, com respeito à primeira promessa, e a renovação dela a Abraão, são apenas uma igreja. , construído sobre o mesmo alicerce e animado pelo mesmo Espírito da graça. Portanto, até que nós, isto é, os crentes cristãos, com nossos privilégios e bênçãos, fossem acrescentados à igreja, não se pudesse dizer que ela fosse aperfeiçoada, ou que tivéssemos atingido aquele estado perfeito que Deus havia projetado e preparado para ela na plenitude. de tempos, e que os crentes naquelas idades previam deveriam ser concedidos a outros, mas não a eles mesmos. (1 Pe 1: 11-13).

V. Os heróis da fé morreram conservando a confiança viva até a morte.

Uns morreram e não ressuscitaram em momento algum ( alguns exemplos são mencionados:

Hb 11. 4. Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala.

 5. Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. 

7. Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família; e por esta fé condenou o mundo, e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé. 

8. Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.

 11. Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido. 

13. TODOS estes MORRERAM na fé, sem terem alcançado as promessas; mas [ANTES DE MORREREM] tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.)

Já outros morreram, foram ressuscitados mas não para não mais MORREREM.

(Alguns exemplos: 

Hb 11. 35. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; 

36. e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões. 

37. Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados 38. (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra. 

39. E todos estes, embora tendo recebido bom testemunho pela fé, contudo não alcançaram a promessa.)

Os santos que ressuscitaram tornaram a morrer assim como Lázaro, meu filho; Abraão não ressuscitou, Abel não ressuscitou, Enoque não ressuscitou, Elias não ressuscitou, Noé não ressuscitou, Moisés não ressuscitou, Josué não ressuscitou .... os heróis da fé não ressuscitaram para não mais morrerem, eles não entraram na vida eterna pois estão como que aguardando para juntamente com os que estão sendo salvos após a manifestação do Messias, todos entrem juntos de posse da promessa, e isso se dará na vinda do Messias para reinar na terra, vai ser nessa descida que será realizado o arrebatamento dos salvos vivos e mortos de todas as épocas, ou seja, ai sim os salvos, de Adão em diante ressuscitarão para não mais morrerem, e entrarão verdadeiramente na vida eterna.

A RESSURREIÇÃO para não mais morrer se dará no arrebatamento conforme todo o capítulo 15 de primeira carta aos coríntios e a carta à Tessalônica.

A imortalidade não é agora!

O paraíso não é agora!

Todos os mortos justos e injustos estão na sepultura, suas almas com todas as suas faculdades estão adormecidas, inconscientes, desativadas, em estado de inatividade, inexistência, de maneira que morto não sabe de nada, não lembra de nada, não canta, não louva, Não dá Glória. Isso são textos claros que afirmam e não uma parábola que é uma história não real contada para falar de determinados assuntos com determinadas pessoas específicas sem que outras consigam entender a profundidade mas apenas a superficialidade ou seja a pura estória literal.

Morreram confiando na promessa, acreditando que a morte inclusive não seria o fim deles definitivamente!

A perfeição plena só se dará na ressurreição dos mortos mediante o arrebatamento na manifestação visível do Messias de Israel com seus santos anjos. Ai sim seremos revestidos de imortalidade, de incorruptibilidade, vencerão a morte, ai sim a estrutura que teremos nos possibilitará ter em nós a plenitude de Deus em nossas vidas assim como Cristo a tinha em si, pois era como Adão antes de pecar e em essência espiritual divino; porem, através de um bom procedimento neste mundo em trevas nós resplandecemos como astros e contribuímos para um mundo melhor, aguardando a manifestação visível do Messias de Israel e o estabelecimento do Reino a partir de Jerusalém; não seremos tocados pelo Maligno até porque ele será aprisionado e quando solto cercará o arraial dos Santos usando rebeldes que ficaram fora do Reino mas ainda vivos fisicamente e gerando filhos durante tempo de vida que levará o Reino do Messias de Israel sobre a terra; hoje se judeus e gentios crentes no Messias vivem em sincera União, não só estarão dando bom testemunho e evidenciando a fé no Messias ao mundo, como estarão sendo um entre si e também com Cristo é com Deus o Pai; porém, após a ressureição para não mais morrer, e o arrebatamento dos vivos e destes mortos justos que morreram na fé confiando na promessa ressuscitados juntamente, para se reunirem com o Messias e Israel e seus santos anjos que com ele descerão conforme Ap 19 e outros textos mais, e assim descerem sobre o Monte das oliveiras que ficará pequeno, para assim livrar Jerusalém dos que se reuniram para destruir Jerusalém - a capital do Reino do Messias na terra; o milênio será um longo Shabat, bem como também a eternidade onde passaremos na nova Jerusalém construída sobre o Eden que Deus tomou para si juntamente com a árvore do vida, este Eden é chamado ou identificado como Paraíso, que estará na terra nova e não só a terra será nova como também o céu, não moraremos no céu como o cantor Lázaro canta, e sim no Paraíso que descerá sobre a terra nova, após o juízo final mencionado em Apocalipse, é a eternidade será um eterno Shabat, porém, Shabat não significa estagnação ou inatividade que torna uma pessoa preguiçosa na vida!

VI. Os santos do  Antigo Testamento serão  aperfeiçoados conosco naquele "dia".

Assim como aconteceu com Israel, para ser provado quando a permanecer nos caminhos e determinações de Deus, como está escrito: “Estes ficaram para, por eles, o Senhor pôr Israel à prova, para saber se dariam ouvidos aos mandamentos que havia ordenado a seus pais por intermédio de Moisés.” (Jz 3:4); também, acontece conosco em nossos dias.

Não é do propósito de Deus o nosso isolamento, o buscar condições para eliminar as coisas e situações que nos colocam a prova o tempo todo. Vivemos no mundo, andamos no  mundo; mas não é para vivermos e fazermos conforme os valores deste mundo.

Deus nos santificou, por meio do sangue de Jesus. Pelo seu sangue podemos entrar em sua presença, pois por causa de Cristo, somos apresentados santos, inculpáveis e irrepreensíveis. Mas se somos, por que então a santificação? Nós temos que compreender que o aperfeiçoamento, a santificação, tem por objetivo revelar a vida de Deus aos homens, é para os outros, não para nós. É para que vejam a vida de Deus por meio de nós, até mesmo Jesus, orou ao Pai quando a questão da santificação por causa dos seus discípulos: “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.” (João 17:19).

O que precisamos entender que não é apartando do mundo, vivendo isolados, buscando somente relacionamentos que podem reduzir a zona de atrito que nos permitirá viver segundo a vontade de Deus. Temos que estar onde Deus deseja, levando a sua vida a quem precisa, por isso, passamos por tribulação, por dificuldades e problemas no nosso dia a dia. A tribulação, os problemas somente tem um propósito: o nosso aperfeiçoamento para a glória do Pai, como Paulo escreveu: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Rm 8:35-37)

O aperfeiçoamento dos santos somente é possível em meio a tudo que está em todo o tempo nos colocando a prova, nos levando ao amadurecimento e conhecimento da vontade de Deus. Mas não só isto, todas estas coisas, nos ensinam a revelar a vida de Deus.

Precisamos compreender que temos que externar o que já recebemos. Recebemos da vida de Deus, recebemos do Espírito para revelar o que temos e o que Deus fez em nós. Para isso, precisamos aprender a fazer morrer a natureza humana.

Deus deseja que amadureçamos, cresçamos e mostremos ao mundo a sua santidade, o seu poder, sua graça e vida. Ele faz isso por meio de nossas vidas. Somente revelamos a Deus, quando santificamos os nossos atos em favor dos homens.

Precisamos olhar para o alvo, para aquele a quem temos que imitar: Jesus nosso Senhor. E fazemos isso para a glória e louvor de nosso Deus.

VII.A glorificação será o processo final para o aperfeiçoamento dos santos.

"E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou." Rm 8:30.

O plano divino de salvação, que se estende de eternidade a eternidade, não é uma reflexão tardia manifesta após o surgimento do pecado. Deus providenciou a salvação no Cordeiro imolado antes da fundação do mundo. Desde a queda do homem, Deus não tem cessado de chamar os pecadores de volta ao lar. Através dos patriarcas e profetas, sacerdotes e reis, a voz de Deus tem estado insistindo e clamando: "Olhai para Mim, e sede salvos, vós, todos os termos da Terra." Is 45:22.

Aqueles que retornam com fé e arrependimento, Ele os justifica pela Sua graça, santificando-os para o Seu serviço e convida-os para a santidade de vida, em uma aliança transformadora com Ele. Mas Deus tem para o homem um propósito ainda mais glorioso do que a justificação e a santificação moral. Ele guarda o melhor vinho para o final.

O ato final de Deus no processo de redenção será a glorificação dos santos em sua ressurreição e transladação. Assim como a justificação tem como alvo nossa santificação, assim a santificação tem como objetivo nossa glorificação. A glorificação é um ato mediante o qual Deus permite que os redimidos compartilhem de Sua radiante glória. Isso significará salvação em seu sentido mais amplo e final, o propósito escatológico do homem e de toda a Criação. Escreve Paulo àqueles que são justificados pela fé e têm paz com Deus por meio de Jesus Cristo: "E gloriemo-nos na esperança da glória de Deus." Rm 5:2. Tal expectativa é uma honra e um privilégio incrivelmente elevados para os crentes que não contam com nenhum mérito, porém estão arrependidos.

De que modo podemos contemplar a glória do Senhor a fim de refleti-la aqui e agora? Contemplar a Cristo significa fixarmos nossos olhos em Jesus, em Sua imagem tal como a encontramos em Sua palavra e retratada pelos evangelistas do Novo Testamento. Contemplando a atraente amabilidade do caráter de Cristo, o crente se tornará mudado à Sua imagem por assimilação moral.

Nas Sagradas Escrituras, o homem é uma unidade indivisível. O Criador fez o homem originalmente do pó da terra e então soprou nos narizes do corpo perfeito porém sem vida Seu próprio sopro de vida. Como resultado da combinação do espírito de vida com o corpo inanimado, "o homem passou a ser alma vivente". Gn 2:7. Essa primeira declaração bíblica acerca da alma humana nos ensina claramente que nossa alma vivente não é o espírito de vida ou uma entidade distinta do nosso corpo, mas que inclui tanto o corpo como o espírito.

Cristo falou daquele dia como "a renovação de todas as coisas"  ( Mt 19:28); e Pedro falou dele como os "tempos da restauração de todas as coisas". At 3:21. De modo dramático-poético, Paulo indicou mais detalhadamente que essa renovação de todas as coisas depende da gloriosa manifestação da filiação divina do ser humano: "A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus."Rm 8:19. "Na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus." V. 21.

Os cristãos renascidos aguardam ansiosamente a final "adoção de filhos", a redenção de seus corpos,"porque na esperança somos salvos". Vv. 23 ,24.

Paulo não temia morrer, nem se sentia inseguro quanto ao seu destino: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda." 2 Tm 4.7 , 8.

"Todavia não me envergonho; porque sei em quem tenho crido, e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia." 2 Tm 1:12.

Os santos da velha aliança também se apegavam à certeza da futura salvação em sua adoração de Yahweh em Seu templo: "Tu me guias com o Teu conselho, e depois me recebes na glória." Sl. 78:24. "Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois Ele me tomará para Si." Sl. 49:15.

A Culminação do Plano da Redenção

Os dois capítulos finais da Bíblia estão relacionados com os dois primeiros capítulos de Gênesis. Embora o Paraíso tenha sido perdido por causa de Adão, será restaurado por Cristo. O eterno propósito de Deus para a raça humana logo alcançam seu objetivo por Seus filhos fiéis de todos os tempos – Deus virá morar com eles para sempre e estabelecerá Seu trono neste planeta. Então o eterno concerto de Deus estará consumado para sempre: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitam com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." Ap 21:3 e 4.

A humanidade não pode criar o paraíso, nem por programas políticos nem por suas boas obras. O homem não pode acabar com a morte ou erradicar o pendo ou Satanás. Mas todas essas esperanças se converterão em realidade quando Aquele que está assentado sobre o trono do Universo proclamar: "Eis que faço novas todas os coisas." Ap 21:5. E Deus acrescenta Sua certeza: "Estas palavras são fiéis e verdadeiras." Verso 5.

A Cidade Santa, prometida a Abraão, finalmente descerá do Céu como a Nova Jerusalém, ou habitação de Deus. Isso será o Céu na Terra, porque o Céu é, por definição, a presença de Deus e de Jesus Cristo . Estamos agora no "inverno do cristão'' com seus ventos gelados de aflição. "Mas num futuro próximo, quando Cristo vier, os sofrimentos e os suspiros terminarão para sempre. Isto será o verão do cristão. Todas as provações terão findado, e ali não haverá mais enfermidade ou morte". 

Como no Paraíso perdido, assim no Paraíso recuperado a árvore da vida será necessária. Ap 22:1, 2, 14. Mesmo na glória imortal os santos devem reconhecer sua dependência de Deus quanto à vida, comendo do seu fruto doador de vida como o antídoto da morte.

Adão e Eva perderam seu direito à vida por causa de sua desobediência voluntária à vontade de Deus. Cristo nos devolve o direito à árvore da vida pelos méritos de Sua obediência e pela virtude transformadora de Seu Espírito."Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos." Rm 5:19.

O propósito do plano divino de salvação é transformar uma vez por todas os seres indignas e rebeldes em filhos dignos e obedientes. Cristo não morreu em vão: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma, e ficam satisfeito. " Is 53:11.

Quem terá "direito" à vida imortal?

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas." Ap 22:14.

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, [ou, que guardam os Seus mandamentos] para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Ap 22:14.

As condições de acesso à árvore da vida expressas nessas duas diferentes versões, são realmente uma só, porque lavar as ''vestiduras" simbolicamente representa obter um caráter santo e agir corretamente. Ap 19:8. Essa santidade moral só é obtida mediante o poder purificador do sangue do Cordeiro. Ap 7:14. Na Nova Terra, onde quer que morem os remidos, haverá santidade universal. Ali não haverá mais sumos sacerdotes nem dignitários chamados "Santos ao Senhor''. Êx 28:36-38.

A condição para ter participação na árvore da vida está declarada surpreendentemente no tempo presente. Ap 22:14. Isso mostra que a descrição da glória futura não é só para nossa informação, mas acima de tudo para motivar-nos à obediência e à santidade agora, para caminharmos habitualmente com Deus agora, para sermos vencedores aqui e agora.  Essa santidade prática será a linha de demarcação entre os redimidos e aqueles que deverão estar "fora" da Nova Jerusalém. Ap 22.8,15.

Escreve João: "Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus." Ap 2:7. "O vencedor herdará estas coisas, e Eu lhe serei Deus e ele Me será filho." Ap 21:7.

Agradecemos a Deus pela conclusão de mais esta série de conferências, desta feita falando sobre a galeria dos heróis da fé.