Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Email janio-estudosdabiblia@bol.com.br
Meus amados e queridos irmãos em cristo Jesus, a PAZ DO SENHOR!
PORQUE DEUS MANDOU MATAR MILHARES DE PESSOAS NO ANTIGO TESTAMENTO?
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra nos textos de Gn 3:11; Ap 12:7-9; Ef 6:12 que nos diz:
Gn 3:11 - E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
V. 12 - Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
V. 13 - E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
V.14 - Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
V.15 - E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Ap 12:7 - E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;
Ap 12:8 - Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.
V. 9 - E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Ap 12:8 - Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.
V. 9 - E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Ef 6:12 - Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Estamos dando início a mais uma série de conferências com o seguinte tema:
Série de conferências "As guerras na Bíblia e a batalha espiritual"
Introdução
I. A origem da batalha se dá no reino angelical
1. Quem é o Diabo?
2. A origem do diabo
3. A origem do mal no mundo
II. O início da batalha entre as duas sementes
1. A queda do homem
2. A tentação
3. O pecado
4. A consequência
5.Onde o Diabo está?
6. O que o Diabo sabe?
7. O que o Diabo pode fazer?
8. O Diabo e os demônios
9. O que o Diabo quer?
10. A verdade e a mentira
11. Como vencer o inimigo dentro de nós
12. Quem deva dominar a nossa mente?
11. Como vencer o inimigo dentro de nós
12. Quem deva dominar a nossa mente?
III. As guerras representativas nos dias de Moisés
1.Israel x Amaleque
2. Israel x Balaque rei dos moabitas
3. Deus ordena a destruição de todos os moradores de Canaã
IV. As guerras representativas nos dias de Josué
1. Conhecendo melhor os cananeus e os seus costumes
2. Conhecendo um pouco da vida do comandante Josué
3. A destruição de Jericó
4. A vitória dos Judeus dependia da sua obediência a Deus
5.Josué socorre de Gibeão e derrota diversas Nações pelo Senhor
6. Deus ajuda a Josué a destruir uma confederação de reis
V. As guerras representativas nos dias dos Juízes
1.As conquistas e as negligências dos Judeus, e o cativeiro.
2. A negligência de Israel e o livramento de Deus por meio de Otniel
3. A Opressão de Cusã-Risataim e a Libertação Efetuada por Otniel.
4. A Opressão de Eglom e a Libertação Efetuada por Eúde. 3:12-30.
5. Deus usa a profetisa Débora como Juíza para dar livramento a Israel diante do rei de Hazor
6. Deus derrota os midianitas por meio de Gideão
7. Deus dá livramento a Israel através de Jefté
VI. As guerras representativas nos dias de Samuel
1. A batalha dos deuses
2. Davi vence Golias, numa batalha representativa
VII. As guerras representativas dos reis de Israel
2. Deus concede vitória ao rei Josafá
3.Deus concede vitória ao rei Amazias
4. Deus concedeu uma grande vitória ao rei Ezequias
VIII. Como vencer a batalha espiritual
1. O que Bíblia diz sobre a Batalha Espiritual !
2. A batalha espiritual na Bíblia
3. O papel do crente na batalha espiritual
Introdução
As guerras descritas na Palavra de Deus, que envolvem a Nação de Israel em disputa travada contra as demais Nações, possuem um caráter representativo. Elas sinalizam o conflito entre o bem e o mal.
A realidade dos fatos é que esta batalha se inicia no Livro do Gênesis e se encerra no Apocalipse, numa batalha e guerra representativa entre Deus e o Diabo incluindo a presença gênero humano.
Para não sermos obrigado a realizar um estudo mais abrangente, preferimos resumir os principais episódios que envolvem a Nação de Israel.
Quando lemos o texto Sagrado observamos a maneira como Deus ordena o extermínio total dos cananeus, sem que seja poupado meninos, mulheres, idosos e até mesmo todo e qualquer objeto, os quais deveriam ser totalmente destruídos, nada lhes aproveitando.
Logo ficamos pasmados achando que o Senhor é um Deus rigoroso ou até mesmo injusto, mas, se analisados à luz da eternidade , isso pode ser visto como um ato de misericórdia . Você pode me perguntar, mas como assim? Vejamos: Se Deus permitisse que os cananeus permanecessem por mais tempo em Canaã, eles haveriam de constituir novas gerações que por sua vez seriam igualmente sentenciados ao inferno por toda a eternidade.
Na verdade, este conflito teve início após a rebelião de Lúcifer que foi destituído da sua posição e local aonde residia.
Ao ser transformado em diabo ou adversário ele passou a exercer uma oposição ferrenha contra Deus e as suas criaturas.
O intuito dele a partir de então, passou a ser o de vingança contra Deus e os seus filhos.
Foi exatamente por isso que ele investiu inicialmente contra o primeiro casal existente no mundo que foi Adão e Eva, conseguindo tirar-lhes toda a comunhão e benefícios que ambos desfrutavam diante de Deus.
Na verdade, este conflito teve início após a rebelião de Lúcifer que foi destituído da sua posição e local aonde residia.
Ao ser transformado em diabo ou adversário ele passou a exercer uma oposição ferrenha contra Deus e as suas criaturas.
O intuito dele a partir de então, passou a ser o de vingança contra Deus e os seus filhos.
Foi exatamente por isso que ele investiu inicialmente contra o primeiro casal existente no mundo que foi Adão e Eva, conseguindo tirar-lhes toda a comunhão e benefícios que ambos desfrutavam diante de Deus.
Ao longo deste estudo nós estaremos apresentando alguns textos da Palavra de Deus que mostram que as guerras entre Israel e as demais Nações tratava-se de um confronto espiritual que envolvia a presença simbólica do Senhor através da Arca do Concerto versus os deuses das outras Nações
As pessoas que Deus levantava eram apenas os seus representantes, para isso, não precisariam lutar tanto, pois a Vitória vinha dos céus. A única coisa que Ele exigia era obediência às suas determinações, além de se dispor para as batalhas.
I. A origem da batalha se dá no reino angelical
A rebelião nos céus - a origem do pecado
O que a Bíblia diz à respeito do diabo? Quem ele é, como surgiu e o que ele quer? Ele foi criado por Deus? Por que Deus criaria um ser tão mal e perverso? Onde o Diabo está e o que ele pode fazer contra nós? Perguntas é o que não faltam quando tratamos do maior inimigo de Deus que, na maioria das vezes, é conhecido e representado de uma forma equivocada e distante da realidade. Sendo assim, vamos para a Bíblia!
1. Quem é o Diabo?
A Bíblia não somente revela a existência do Diabo, como também o apresenta como um ser espiritual, pessoal, extremamente poderoso e totalmente maligno. Jesus se refere ao diabo como sendo inimigo de Deus (Mt 13.39), homicida, pai da mentira (Jo 8.44) e príncipe dos demônios (Mc 3.22-23).
Ele também é chamado de Satanás (Zc 3.1), que significa adversário e opositor, além de vários outros nomes e títulos que revelam sua natureza.
A própria palavra diabo significa caluniador, difamador e acusador (Ap 12.9-10).
A própria palavra diabo significa caluniador, difamador e acusador (Ap 12.9-10).
Analisando apenas os nomes e seus significados, nós já podemos ter uma ideia do perigo que ele oferece. Contudo, algo que nos traz uma compreensão ainda maior sobre suas intenções (2 Co 2.11), são as informações que a Bíblia traz a respeito de sua origem, sua queda e sua ação contra o ser humano.
2. A origem do diabo
A pergunta é: como surgiu o Diabo? Além disso, por que Deus criaria um ser tão mau e perverso?
A Bíblia ensina que Deus é o criador de todas as coisas (Jo 1.3), nos céus e na terra, tanto visíveis, quanto invisíveis (Cl 1.16), mas também ensina que tudo o que Deus criou foi bom (Gn 1.31). Por essa razão, algo certamente aconteceu para que este ser criado por Deus se tornasse o Diabo, se tornasse o acusador e inimigo de Deus.
Na história do Universo nunca houve – nem haverá – traição maior. A criatura que representava a mais magnificente obra de seu Criador ressentiu-se de que sua glória era apenas emprestada, de que o papel que lhe estava destinado era o de tão somente refletir a infinita majestade do Deus que lhe deu o fôlego da vida. Dessa maneira, nasceu no coração de Lúcifer – e, em última análise, no recém-criado universo moral – o desprezível impulso da rebelião. Esse impulso originou a insurreição angélica que foi a mais terrível sedição na história em todos os tempos.
De Isaías 14 e Ezequiel 28 emerge um quadro relativamente extenso de Satanás antes de sua rebelião.
Ele foi o ser mais exaltado de toda a criação (Ez 28.13,15), a mais grandiosa das obras de Deus, um ser celestial radiante, que refletia da maneira mais perfeita o esplendor de seu Criador. Assim, ele apropriadamente era chamado de Lúcifer. Essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, ou ainda "o reluzente" sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol. O nome Lúcifer tornou-se amplamente usado como título para Satanás antes de sua rebelião porque é o equivalente latino dessa palavra. Na realidade, é difícil saber com certeza se o termo foi empregado com o sentido de nome próprio ou de expressão descritiva.
Ezequiel afirmou que esse anjo exaltado estava“no Éden, jardim de Deus” (Ez 28.13). Aqui, a referência não é ao Éden terreno que Satanás invadiu para tentar a humanidade, mas à sala do trono em que Deus habita em absoluta majestade e perfeita pureza ( Is 6; Ez 1). Ezequiel 28 também chama esse lugar de “monte santo de Deus”, onde Lúcifer andava “no brilho das pedras” (v. 14).Essas descrições não são apropriadas ao Éden terreno, mas adequadas à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura.
Satanás é denominado “querubim da guarda ungido” (Ez 28.14). Querubins representam a mais alta graduação da autoridade angélica, sendo seu papel guardar simbolicamente o trono de Deus (compare os querubins esculpidos flanqueando a arca da aliança – o trono de Javé – no Tabernáculo ou Templo, Êx 25.18-22; Hb 9.5;Gn 3.24; Ez 10.1-22). Lúcifer foi ungido (consagrado) por sentença deliberada de Deus (Ez 28.14: “te estabeleci”) para a tarefa indizivelmente santa de guardar o trono do todo-glorioso Criador. Ele é descrito como sendo dotado de beleza inigualável, vestido de luz radiante, equipado com sabedoria e capacidade ilimitadas, mas também criado com o poder de tomar decisões morais reais. Portanto, a obrigação moral mais básica de Satanás era a de permanecer leal a Deus, de lembrar sempre que, independentemente de quão elevada fosse a sua posição, seu estado era o de um ser criado.
3. A origem do mal no mundo
Após Satanás ter sido expulso dos céus e lançado à terra, em um determinado momento da história, Deus criou um outro ser que, não somente o glorificaria, mas que também seria a própria imagem da sua glória (2 Co 3.18). Deus criou o homem, à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-27).6 Razão mais do que suficiente para que Satanás odeie o ser humano, e faça de tudo para destruí-lo (Jó 1.6-11).
“Como é que o pecado entrou no universo?” Está claro que a entrada do pecado tem conexão com a rebelião de Satanás. Mas, como foi que o impulso perverso surgiu no coração de alguém criado por um Deus perfeitamente santo? Diante de tal enigma, temos de reconhecer que as coisas encobertas de fato pertencem a Deus; as reveladas, no entanto, pertencem a nós (Dt 29.29). E três dessas realidades claramente reveladas merecem ser enfatizadas:
4 . A queda de Lúcifer foi resultado de sua insondável e pervertida determinação de usurpar a glória que pertence unicamente a Deus. Esse fato é explicitado em uma série de cinco afirmações que empregam verbos na primeira pessoa do singular, conforme registradas em Isaías 14.13-14. Nisto consiste a essência do pecado: o desejo e a determinação de viver como se a criatura fosse mais importante que o Criador.
5 . Satanás é inteira e exclusivamente responsável por sua escolha perversa. Nisso existe uma dimensão inescrutável. Alguns têm argumentado que Deus deve ter Sua parcela de responsabilidade por este (e todo outro) crime, porque, caso fosse de Seu desejo, poderia ter criado um mundo em que tal rebelião fosse impossível. Outros dizem que, se Deus tivesse criado um mundo em que apenas se pudesse fazer o que o seu Criador quisesse, nele não poderiam ser incluídos agentes morais feitos à imagem de Deus, dotados da capacidade de tomar decisões reais – e, conseqüentemente, de escolher adorar e amar a Deus. Há verdade nessa observação, mas também há mistério. O relato deixa claro que o orgulho fez com que Lúcifer caísse numa terrível armadilha (Is 14.13-14; Ez 28.17; 1 Tm 3.6), mas nada explica como tal orgulho de perdição pode surgir no coração de uma criatura de Deus não caída e perfeita.
No entanto, não há mistério quanto ao fato de que Satanás é, totalmente e com justiça, responsável pelo seu crime. Ezequiel 28.15 afirma explicitamente que Lúcifer era perfeito desde o dia em que foi criado, “até que se achou iniqüidade em ti”. A culpabilidade moral é dele, e apenas dele. Na verdade, em toda sua extensão, a Bíblia afirma que Deus governa soberanamente o universo moral e controla todas as coisas – inclusive a maldade de homens e anjos – para que correspondam aos seus perfeitos propósitos. Mas ela também ensina que Deus não deve e não será responsabilizado por essa maldade, em qualquer sentido.
Finalmente, por causa de sua rebelião, Satanás tornou-se o arqui-
inimigo de Deus e de tudo o que é divino. Sua queda – bem como a dos
espíritos que se uniram a ele – é irreversível; não há esperança de
redenção. Satanás foi privado da comunhão com o Deus santo de forma
final e irrecuperável. Para ser exato, Satanás ainda tem acesso à sala
judicial do trono do Universo por causa de seu papel de acusador dos
irmãos, papel este que lhe foi designado divinamente (Jó 1 e 2; Zc 3; Lc
22.31; Ap 12.10). Tal acesso, no entanto, é destituído da comunhão com
Deus ou da Sua aceitação. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na
história do cosmo, Satanás e seus anjos somente podem esperar a
condenação e a punição eternas (Mt 25.41).
inimigo de Deus e de tudo o que é divino. Sua queda – bem como a dos
espíritos que se uniram a ele – é irreversível; não há esperança de
redenção. Satanás foi privado da comunhão com o Deus santo de forma
final e irrecuperável. Para ser exato, Satanás ainda tem acesso à sala
judicial do trono do Universo por causa de seu papel de acusador dos
irmãos, papel este que lhe foi designado divinamente (Jó 1 e 2; Zc 3; Lc
22.31; Ap 12.10). Tal acesso, no entanto, é destituído da comunhão com
Deus ou da Sua aceitação. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na
história do cosmo, Satanás e seus anjos somente podem esperar a
condenação e a punição eternas (Mt 25.41).
O conflito entre o descendente da mulher e a descendência da serpente concentrou seu foco sobre Israel porque o Messias viria da nação eleita de Deus. Portanto, se Satanás em alguma ocasião conseguisse frustrar o plano de Deus e impedir sua concretização na história, teria atingido seu intento de obstruir o propósito de Deus e teria provado sua alegação inicial de que o Senhor não merece ser Deus, o Altíssimo.
Todo o capítulo 12 do livro de Apocalipse mostra a razão pela qual Satanás atacará Israel no meio do período da Tribulação e tentará eliminá-lo, ou seja, porque Satanás sabe que, àquela altura, pouco tempo lhe restará para evitar o cumprimento final do plano de Deus. O objetivo essencial de Satanás é impedir a Segunda Vinda de Cristo. Como ele poderia alcançar esse objetivo? Ele acredita que pode atingi-lo pela destruição dos judeus. A Segunda Vinda de Cristo acontecerá no momento em que a nação de Israel aceitar Jesus como seu Messias e invocar Seu nome para que Ele os salve no Armagedom. Se esse acontecimento milagroso não ocorresse, Israel seria aniquilado naquele momento da Grande Tribulação. Desse modo, o capítulo 12 de Apocalipse oferece uma compreensão clara desse conflito que vem sendo travado há milênios, desde o início deste mundo, e que perdura para se tornar uma questão de extrema importância no ponto culminante da história. O texto de Apocalipse 12 nos mostra que um terço dos anjos caiu em pecado e seguiu a Satanás por ocasião da sua revolta inicial. Entendemos esse fato ao constatarmos que as estrelas nessa passagem simbolizam os anjos (Ap 9.1; 12.7,9).“Essa foi uma guerra no céu que ocasionou a expulsão de Satanás e seus anjos para a terra antes do nascimento do filho da mulher, donde se conclui que tal acontecimento faz parte da história passada. Uma segunda guerra é mencionada em Ap 12.7-9, que vem a ser a última tentativa satânica de conquistar o céu e exterminar o menino após o seu nascimento”.
A segunda parte do versículo 4 é uma clara referência a Satanás ( “o dragão”) que pára em frente da mulher que está para dar à luz (i.e., Israel ), numa tentativa de impedir o nascimento de Jesus, o Messias, o menino ao qual a mulher deu à luz no passado. Satanás não sabia o momento exato do nascimento do Messias, de forma que aguardou com muita expectativa pela vinda do descendente da mulher. A tentativa satânica de “devorar o filho[da mulher] quando nascesse” é vista no Novo Testamento naquela ocasião em que Satanás instigou o rei Herodes a tramar uma conspiração para achar o menino Jesus e matá-lo (Mt 2). Diante do fato de que os acontecimentos históricos envolvidos no nascimento de Jesus faziam parte do conflito angelical, o Senhor advertiu os magos do Oriente em sonho “para não voltarem à presença de Herodes”, pelo que eles, “regressaram por outro caminho a sua terra” (Mt 2.12). Satanás estava prestes a incitar Herodes para que este mandasse matar todos os nenês do sexo masculino da faixa etária de Jesus, porém, “tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mt 2.13). Deus sempre está um passo à frente de Satanás.
Ao longo da história, fatos como os que acabamos de mencionar fazem parte do conflito angelical, da guerra entre a descendência da serpente e o descendente da mulher.
As más intenções do dragão para com o filho que estava para nascer à mulher ficam evidentes em toda a história do Antigo Testamento. Indícios da sua hostilidade vêm à tona no assassinato de Abel pelas mãos de Caim (Gn 4.8), na corrupção da linhagem de Sete (Gn 6.1-12), nas tentativas de violar sexualmente tanto Sara (Gn 12.10-20; 20.1-18) quanto Rebeca (Gn 26.1-18), no plano de Rebeca para tirar o direito de primogenitura de Esaú através de uma trapaça, ocasionando a inimizade de Esaú contra Jacó (Gn 27), no assassinato de todos os nenês hebreus do sexo masculino por ordem do Faraó no Egito (Êx 1.15-22), nas tentativas de assassinar Davi (por exemplo, 1 Sm 18.10-11), na tentativa da rainha Atalia de destruir toda a descendência real de Judá (2 Cr 22.10), na trama de Hamã para exterminar os judeus (Et 3-9), e nas constantes tentativas dos israelitas de matarem seus próprios filhos em atos de sacrifício com finalidade expiatória ( Lv 18.21; 2 Rs 16.3; 2 Cr 28.3; Sl 106.37-38; Ez 16.20).
A investida de Herodes para matar os nenês da região de Belém (Mt 2.16) e muitos outros incidentes durante a vida de Jesus neste mundo, inclusive Sua tentação, tipificam o contínuo esforço de Satanás para “devorar” o filho da mulher a partir do momento que o menino nasceu. Naturalmente a tentativa mais direta foi a crucificação de Cristo.
Deus disse que haveria inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente.
Seriam duas descendências em conflito durante a história. A descendência da serpente são os filhos do Diabo. A descendência da mulher são os filhos de Deus.
Acompanhando a narrativa bíblica, encontramos em conflito em oposição:
- Caim e Abel,
- Ismael e Isaque,
- Cão e Sem,
- Esaú e Jacó .
Alguns destes homens deram origem a nações em conflito. A semente bendita continuava representada por Israel. A semente maligna era representada pela Assíria, Filistia, Babilônia, Egito, Romanos .
A semente maligna perseguiu a semente bendita, infligindo-lhe muitos males, tentando exterminá-la antes que nascesse o Salvador.
A semente bendita tem o seu representante supremo na pessoa de Jesus Cristo, que também foi perseguido pelos representantes do mal: Herodes e Judas Iscariotes. Até os fariseus desempenharam esse papel e foram chamados de “raça de víboras” que tem o sentido de uma descendência de serpentes. Jesus se referiu aos seus opositores como “filhos do Diabo” (Jo 8.44).
Cada pessoa escolhe a que descendência participar, pois esta é uma questão espiritual e não genética ou racial.
As guerras representativas na Bíblia, sinalizam o confronto entre o bem e o mal
Este foi apenas o início desta imensa série sobre o conflito espiritual, voltaremos em breve. A Paz do Senhor!
Este foi apenas o início desta imensa série sobre o conflito espiritual, voltaremos em breve. A Paz do Senhor!
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