Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
Contatos 0+operadora (Zap)21 ( 985738236 (oi)
Email janio-estudosdabiblia@bol.com.br
Meus amados e queridos irmãos em cristo Jesus, a PAZ DO SENHOR!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra nos textos de Números 33 50-56 ;Deuteronômio 7 .1-7 que nos diz:
50 E falou o Senhor a Moisés, nas campinas de Moabe junto ao Jordão na direção de Jericó, dizendo:
51 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã,
52 Lançareis fora todos os moradores da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pinturas; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos;
53 E tomareis a terra em possessão, e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para possuí-la.
54 E por sortes herdareis a terra, segundo as vossas famílias; aos muitos multiplicareis a herança, e aos poucos diminuireis a herança; conforme a sorte sair a alguém, ali a possuirá; segundo as tribos de vossos pais recebereis as heranças.
55 Mas se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então os que deixardes ficar vos serão por espinhos nos vossos olhos, e por aguilhões nas vossas virilhas, e apertar-vos-ão na terra em que habitardes,
56 E será que farei a vós como pensei fazer-lhes a eles.
(Dt 7 .1-7)
1 Quando o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
2 E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;
3 Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;
4 Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.
5 Porém assim lhes fareis: Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas; e cortareis os seus bosques, e queimareis a fogo as suas imagens de escultura.
6 Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.
7 O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos;
Estamos dando sequência a série de conferências que contém seguinte tema:
Série de conferências "As guerras na Bíblia e a batalha espiritual"
Introdução
I. A origem da batalha se dá no reino angelical
1. Quem é o Diabo?
2. A origem do diabo
3. A origem do mal no mundo
II. O início da batalha entre as duas sementes
1. A queda do homem
2. A tentação
3. O pecado
4. A consequência
5.Onde o Diabo está?
6. O que o Diabo sabe?
7. O que o Diabo pode fazer?
8. O Diabo e os demônios
9. O que o Diabo quer?
10. A verdade e a mentira
11. Como vencer o inimigo dentro de nós
12. Quem deva dominar a nossa mente?
III. As guerras representativas nos dias de Moisés
1.Israel x Amaleque
2. Israel x Balaque rei dos moabitas
3. Deus ordena a destruição de todos os moradores de Canaã
IV. As guerras representativas nos dias de Josué
1. Conhecendo melhor os cananeus e os seus costumes
2. Conhecendo um pouco da vida do comandante Josué
3. A destruição de Jericó
4. A vitória dos Judeus dependia da sua obediência a Deus
5.Josué socorre de Gibeão e derrota diversas Nações pelo Senhor
6. Deus ajuda a Josué a destruir uma confederação de reis
V. As guerras representativas nos dias dos Juízes
1.As conquistas e as negligências dos Judeus, e o cativeiro.
2. A negligência de Israel e o livramento de Deus por meio de Otniel
3. A Opressão de Cusã-Risataim e a Libertação Efetuada por Otniel.
4. A Opressão de Eglom e a Libertação Efetuada por Eúde. 3:12-30.
5. Deus usa a profetisa Débora como Juíza para dar livramento a Israel diante do rei de Hazor
6. Deus derrota os midianitas por meio de Gideão
7. Deus dá livramento a Israel através de Jefté
VI. As guerras representativas nos dias de Samuel
1. A batalha dos deuses (Deus X Dagom)
2. Davi vence Golias, numa batalha representativa
VII. As guerras representativas dos reis de Israel
2. Deus concede vitória ao rei Josafá
3.Deus concede vitória ao rei Amazias
4. Deus concedeu uma grande vitória ao rei Ezequias
VIII. Como vencer a batalha espiritual
1. O que Bíblia diz sobre a Batalha Espiritual !
2. A batalha espiritual na Bíblia
3. O papel do crente na batalha espiritual
Neste terceiro seguimento falaremos sobre :
As guerras representativas nos dias de Moisés
1.Israel x Amaleque
Êxodo 17.8 - 16
8 - Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim.
O povo de Amaleque era formado pelos descendentes de Esaú, os edomitas (Gn 36.1,12). Não houve qualquer tipo de provocação para que esse ataque ocorresse. Os israelitas — e o Senhor — consideraram essa ofensiva como extremamente abominável (v. 14-16).
9 - Por isso disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão.
Esta é a primeira menção a Josué, o homem que mais tarde sucederia Moisés. Este escolhera Josué para ser seu ajudante pessoal (Êx 24-13;32.17;33.11). Quanto à vara de Deus, é a segunda vez que esta maravilhosa expressão é usada (Êx 4-20) e é sua última citação em Êxodo (Nm 20.8,9).
10 - E fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque; mas Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro.
Josué liderou a batalha. Esta experiência o ajudaria bastante, mais tarde, em Canaã. Deus capacitou Moisés para trabalhar em Sua obra. Agora Ele estava treinando Josué para suceder o profeta. Neste versículo é feita a primeira menção da relação de Hur com Moisés e Arão (Êx 24.14). Ele não deve ser confundido com o avô de Bezalel (Êx 31.2;35.30;38.22).
11 - E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia.
Moisés manteve suas mãos erguidas (segurando a vara de Deus, v. 9) não como forma de magia, mas como uma demonstração de que a vitória de Israel estava nas mãos do Senhor.
12 - Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.
Moisés não era um homem jovem, mas até mesmo um rapaz se cansaria de sustentar as mãos levantadas por muito tempo. Assim, seus auxiliares o ajudaram a manter as mãos erguidas. Apenas dessa forma Israel prevaleceria. Somente com a intervenção do poder de Deus o povo venceria a batalha.
13 - E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada.
Josué desfez. Os exércitos de Israel lutaram — como todos os exércitos na verdade fazem — usando as técnicas costumeiras de combate. Contudo, a vitória só foi garantida por causa do poder de Deus, que intercedeu em favor de Seu povo.
14 - Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.
Escreve isto. Algumas pessoas alegam que os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, o Pentateuco, foram escritos muito tempo depois da morte de Moisés. Outras defendem a ideia de que Moisés escreveu algumas pequenas partes, como aquela a que este versículo aparenta aludir (Êx 24-4) Contudo, é bastante razoável afirmar que o profeta escreveu algumas passagens dos cinco primeiros livros sob o claro comando divino, como este versículo indica, e as outras partes mais tarde, registrando a história completa do relacionamento de Deus com os israelitas (Êx 34-27,28).
A palavra memória (hb. zikkarôn) é usada para a Páscoa em Êxodo 12.14. O vocábulo livro (hb. sepher) faz referência a um rolo. Os livros encadernados só foram desenvolvidos muitos séculos depois da época de Moisés. Além de receber a ordem de escrever o que estava sendo dito por Deus, o profeta ouviu a seguinte instrução: relata-o. O anúncio público de uma revelação do Senhor transmitiu a ideia de que aquilo realmente aconteceria [os amalequitas seriam esquecidos].
O futuro papel de Josué como sucessor de Moisés faria com que ele fosse uma testemunha importante dessa revelação divina. Moisés reiterou o comando de Deus — que eu totalmente hei de riscar — à segunda geração (Dt 25. 19) . A falha de Saul ao completar essa terrível tarefa levou-o a ser rejeitado por Deus (1 Sm 15). Por fim, o rei Davi concluiu o julgamento do Senhor sobre os amalequitas (2 Sm 1.1).
15 - E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA.
“A raiz de Jessé que está posta por bandeira dos povos” (Is 11:10), “e do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado” (Jo 3:14) “e eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12:32). Diante de tantos pontos de intersecção, a tipologia da cruz, em Êxodo 17:15, surge como uma realidade factual de desdobramentos profundos. Cristo é exaltado como uma bandeira que pode ser vista do alto de um monte e que servirá como local de ajuntamento para toda humanidade, seja para misericórdia, seja para juízo.
16 - E disse: Porquanto jurou o Senhor, haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração.
A expressão traduzida do hebraico como jurou o Senhor é algo não muito claro, mas aparentemente significa certamente há uma mão no trono do Senhor. Na estrutura frasal dessa expressão, o Criador é ilustrado como se estivesse sentado em Seu trono enquanto levanta Sua mão em um juramento solene. É algo terrível para os perversos cair nas mãos justas e corretas do Juiz do universo.
Esaú e Jacó tiveram a mesma origem, mas eram diferentes, não só fisicamente, mas também nas atitudes, Esaú é a figura do homem carnal, do homem humanista ou materialista que não se importa com o que é espiritual, descobrimos que os descendentes de Esaú tiveram o seu banquete de conseqüências; agora, Jacó é a figura do homem espiritual, ele não foi perfeito, mas sabia valorizar e buscar os valores espirituais, seguindo o fio da história, vemos que uma Nação veio de Esaú, Amaleque, outra Nação veio de Jacó, Israel, esses dois povos haviam se multiplicado e se tornado rivais.O primeiro Amaleque foi o neto de Esaú, cujo nome significa destruidor, os Amalequitas viviam na região de Neguebe na península do Sinai (Nm 13:29), eles eram nômades e ficavam perambulando pelo deserto, eles dedicavam as atividades pastoris e agrícolas as quais roubavam de outras tribos, mas a sua atividade maior era pilhagem (furto, saque), eles guerreavam para saquear os povos, eram salteadores, assassinos cruéis. Moisés foi o líder através de quem Deus guiou o povo de Israel, esse sacerdote-profeta era o veículo através de quem Deus manifestava sua vontade e governava seu povo. E o povo de Israel, segundo o mandamento do Senhor acampou em Refidim, então veio Amaleque, e pelejou contra Israel. Quando Moisés avistou o inimigo, chamou seu valoroso ajudante Josué e deu a seguinte ordem a ele: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão. (Êx 17:9). Josué fez conforme Moisés lhe dissera, ele e seu exército foram pelejar contra Amaleque, enquanto isso, Moisés, Arão e Hur subiram ao cume do outeiro para interceder pelo exército de Israel, e acontecia que quando Moisés levantava as mãos, Israel prevalecia, quando Moisés abaixava as mãos, os Amalequitas prevaleciam. Porém as mãos de Moisés eram pesadas por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs (Êx 17:12). E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada (Êx 17:13). Os Israelitas venceram a batalha com as mãos poderosas de Deus. Mãos erguidas é um lindo simbolismo da verdadeira adoração, Moisés ergueu as mãos em sinal de rendição, no cume do monte ele moveu a mão de Deus com a sua verdadeira adoração, Moisés era um homem muito manso, era a semelhança de Deus, ou seja, era espiritual porque Deus é Espírito, era ungido, guiado e controlado pelo Espírito Santo, era um homem santo que guiava o povo à santidade, devemos nos tornar como Moisés, ser um verdadeiro adorador e estarmos dispostos a fazer a vontade de Deus, devemos estar sensíveis a ouvir a voz de Deus, assim ter acesso direto ao Pai e tornarmos um só Espírito com Ele. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23-24). Em Refidin os amalequitas pelejaram contra Israel e não era uma situação fácil, Eles habitavam no deserto há muitos anos e eram hábeis, organizados e estavam fortemente armados. A ideia era eliminar Israel, antes que os hebreus tomassem suas terras. Moisés chamou seu valoroso ajudante Josué e deu a seguinte ordem a ele: “Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão.” (Êx 17.9). Apesar de saber os limites óbvios da ordem recebida, Josué a cumpriu e foi pelejar contra Amaleque, porém ele não foi o único a sair para a guerra, pois três homens subiram a um outeiro (colina) para interceder pelo exército meia sola de Israel: Moisés, Arão e Hur.
Esta passagem nos ensina três lições importantes:
A . Compreender que a luta não é física, mas espiritual
É claro que era necessário enviar guerreiros para o combate, mas o lugar mais importante daquela contenda era o alto da colina. O grande líder discerniu que se tratava, antes de tudo, de uma guerra espiritual. Moisés sabia que o conflito não seria decidido na frente da disputa, mas no monte. Por isso ele se dirigiu para lá. Moisés levantou as mãos em direção ao campo de guerra e Israel começou a prevalecer contra Amaleque e seu numeroso exército, só teve um probleminha: quando Moisés cansava e abaixava as mãos, os amalequitas prevaleciam contra Israel. Mãos erguidas: vitória de Israel, mãos abaixadas: derrota de Israel, do jeitinho que acontece até hoje na vida dos servos de Deus: mãos erguidas em oração: vitória garantida, mãos abaixadas: derrota certa. Na verdade mãos abaixadas simbolizam cansaço, fadiga, relaxamento, falta de compromisso, é quase igual a braços cruzados. A vitória vem de Deus, mas isso não dispensa nossa parte, que é uma vida em comunhão com Ele, pelo contrário, sem oração, sem intercessão, sem pedido de socorro estamos todos fritos.
B . Orar intercedendo ao Senhor
A dinâmica do combate era resultado do que acontecia no alto da colina. Quando Moisés mantinha as mãos erguidas, os israelitas prevaleciam; quando as abaixava, eram os amalequitas que venciam a luta. O que isso nos ensina? Mãos levantadas significam intercessão e, logicamente, mãos abaixadas, falta de intercessão; Moisés estava no alto da colina pedindo ao Senhor em favor de seu povo. Temos de perceber o poder da intercessão e a influência do mundo espiritual sobre o mundo natural. Foi o que aconteceu quando Daniel buscou a Deus em jejum durante 21 dias, (Dn 10). Nesse ínterim, houve verdadeiramente uma batalha na esfera espiritual, até que a resposta foi entregue ao profeta (a resposta tinha sido enviada no primeiro dia).
3. Oração em conjunto
Sozinho, Moisés não aguentaria aquela batalha de oração. Com o passar do tempo as mãos de Moisés foram ficando mais pesadas, ele já não era nenhum menino, estava idoso e cansado, mas a peleja continuava e suas mãos tinham de ficar erguidas. Então Arão e Hur, usando suas inteligências, puseram uma pedra debaixo de Moisés para que ele se sentasse nela e ficaram de ambos os lados sustentando as mãos cansadas do bom e velho Moisés e assim ficaram firmes, até o por do sol. O grande libertador não estava sozinho; ele pôde contar com a ajuda dos irmãos. Precisamos uns dos outros. Precisamos ajudar-nos uns aos outros.
A vitória foi extraordinária e nos deixa alguns legados: Qual foi o papel de cada um dos personagens? Qual a lição a aprender com a atitude dos liderados? Quem foi o responsável pela vitória? Qual a importância da intercessão da equipe? Moisés era o líder do povo. A sua luta era a luta de todos. Da mesma forma, a sua vitória foi a vitória de todos. Moisés, Arão e Hur estavam juntos, com a mesma visão e o mesmo propósito. Arão e Hur foram tão importantes, quanto Josué e seus homens que lutaram corpo a corpo. Vamos permanecer com os nossos braços levantados? Vamos levantar um clamor pela nossa terra, constantemente atacada pelos inimigos? Vamos ajudar nossos irmãos a permanecer com as mãos levantadas? O Senhor disse a Moisés: “Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.” (Êx 17.14). Moisés escreveu no Livro de Êxodo. Nenhuma batalha se vence só na conversa, é preciso base de sustentação, conteúdo, propósito claro, conhecimento, aptidão e tudo isso, na vida dos servos do Senhor, tem um nome: Jesus Cristo. Sem Jesus não há vitória, por mais que as aparências digam o contrário, por mais que um cidadão sem Deus aparente ser um vencedor. Coisas, dinheiro, bens materiais só se traduzem em vitória nas vidas que estão nas mãos certas, nas mãos do único que morreu em nosso lugar.
A vitória de Jesus sobre a morte se deu sobre um monte e ao seu lado havia dois homens, um à Sua direita e outro à sua esquerda. Quem sustentou os braços de Jesus para consumar a Obra de Salvação? As mãos invisíveis de Deus. Sobre a vida de Jesus estava as mãos de Deus Pai, sustentando e fortalecendo Seu Filho no momento mais importante da história da humanidade.
O primeiro Amaleque foi o neto de Esaú, cujo nome significa destruidor, os Amalequitas viviam na região de Neguebe na península do Sinai (Nm 13:29), eles eram nômades e ficavam perambulando pelo deserto, eles dedicavam as atividades pastoris e agrícolas as quais roubavam de outras tribos, mas a sua atividade maior era pilhagem (furto, saque), eles guerreavam para saquear os povos, eram salteadores, assassinos cruéis.
Moisés foi o líder através de quem Deus guiou o povo de Israel, esse sacerdote-profeta era o veículo através de quem Deus manifestava sua vontade e governava seu povo. E o povo de Israel, segundo o mandamento do Senhor acampou em Refidim, então veio Amaleque, e pelejou contra Israel.
Quando Moisés avistou o inimigo, chamou seu valoroso ajudante Josué e deu a seguinte ordem a ele: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão. (Êx 17:9).
Josué fez conforme Moisés lhe dissera, ele e seu exército foram pelejar contra Amaleque, enquanto isso, Moisés, Arão e Hur subiram ao cume do outeiro para interceder pelo exército de Israel, e acontecia que quando Moisés levantava as mãos, Israel prevalecia, quando Moisés abaixava as mãos, os Amalequitas prevaleciam.
Porém as mãos de Moisés eram pesadas por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs (Êx 17:12).
E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada (Êx 17:13). Os Israelitas venceram a batalha com as mãos poderosas de Deus.
Mãos erguidas é um lindo simbolismo da verdadeira adoração, Moisés ergueu as mãos em sinal de rendição, no cume do monte ele moveu a mão de Deus com a sua verdadeira adoração, Moisés era um homem muito manso, era a semelhança de Deus, ou seja, era espiritual porque Deus é Espírito, era ungido, guiado e controlado pelo Espírito Santo, era um homem santo que guiava o povo à santidade, devemos nos tornar como Moisés, ser um verdadeiro adorador e estarmos dispostos a fazer a vontade de Deus, devemos estar sensíveis a ouvir a voz de Deus, assim ter acesso direto ao Pai e tornarmos um só Espírito com Ele. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23-24).
Em Refidin os amalequitas pelejaram contra Israel e não era uma situação fácil, Eles habitavam no deserto há muitos anos e eram hábeis, organizados e estavam fortemente armados. A ideia era eliminar Israel, antes que os hebreus tomassem suas terras. Moisés chamou seu valoroso ajudante Josué e deu a seguinte ordem a ele: “Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão.” (Êx 17.9). Apesar de saber os limites óbvios da ordem recebida, Josué a cumpriu e foi pelejar contra Amaleque, porém ele não foi o único a sair para a guerra, pois três homens subiram a um outeiro (colina) para interceder pelo exército meia sola de Israel: Moisés, Arão e Hur.
Esta passagem nos ensina três lições importantes:
A . Compreender que a luta não é física, mas espiritual
É claro que era necessário enviar guerreiros para o combate, mas o lugar mais importante daquela contenda era o alto da colina. O grande líder discerniu que se tratava, antes de tudo, de uma guerra espiritual. Moisés sabia que o conflito não seria decidido na frente da disputa, mas no monte. Por isso ele se dirigiu para lá. Moisés levantou as mãos em direção ao campo de guerra e Israel começou a prevalecer contra Amaleque e seu numeroso exército, só teve um probleminha: quando Moisés cansava e abaixava as mãos, os amalequitas prevaleciam contra Israel. Mãos erguidas: vitória de Israel, mãos abaixadas: derrota de Israel, do jeitinho que acontece até hoje na vida dos servos de Deus: mãos erguidas em oração: vitória garantida, mãos abaixadas: derrota certa. Na verdade mãos abaixadas simbolizam cansaço, fadiga, relaxamento, falta de compromisso, é quase igual a braços cruzados. A vitória vem de Deus, mas isso não dispensa nossa parte, que é uma vida em comunhão com Ele, pelo contrário, sem oração, sem intercessão, sem pedido de socorro estamos todos fritos.
B . Orar intercedendo ao Senhor
A dinâmica do combate era resultado do que acontecia no alto da colina. Quando Moisés mantinha as mãos erguidas, os israelitas prevaleciam; quando as abaixava, eram os amalequitas que venciam a luta. O que isso nos ensina? Mãos levantadas significam intercessão e, logicamente, mãos abaixadas, falta de intercessão; Moisés estava no alto da colina pedindo ao Senhor em favor de seu povo. Temos de perceber o poder da intercessão e a influência do mundo espiritual sobre o mundo natural. Foi o que aconteceu quando Daniel buscou a Deus em jejum durante 21 dias, (Dn 10). Nesse ínterim, houve verdadeiramente uma batalha na esfera espiritual, até que a resposta foi entregue ao profeta (a resposta tinha sido enviada no primeiro dia).
3. Oração em conjunto
Sozinho, Moisés não aguentaria aquela batalha de oração. Com o passar do tempo as mãos de Moisés foram ficando mais pesadas, ele já não era nenhum menino, estava idoso e cansado, mas a peleja continuava e suas mãos tinham de ficar erguidas. Então Arão e Hur, usando suas inteligências, puseram uma pedra debaixo de Moisés para que ele se sentasse nela e ficaram de ambos os lados sustentando as mãos cansadas do bom e velho Moisés e assim ficaram firmes, até o por do sol. O grande libertador não estava sozinho; ele pôde contar com a ajuda dos irmãos. Precisamos uns dos outros. Precisamos ajudar-nos uns aos outros.
A vitória foi extraordinária e nos deixa alguns legados: Qual foi o papel de cada um dos personagens? Qual a lição a aprender com a atitude dos liderados? Quem foi o responsável pela vitória? Qual a importância da intercessão da equipe? Moisés era o líder do povo. A sua luta era a luta de todos. Da mesma forma, a sua vitória foi a vitória de todos. Moisés, Arão e Hur estavam juntos, com a mesma visão e o mesmo propósito. Arão e Hur foram tão importantes, quanto Josué e seus homens que lutaram corpo a corpo. Vamos permanecer com os nossos braços levantados? Vamos levantar um clamor pela nossa terra, constantemente atacada pelos inimigos? Vamos ajudar nossos irmãos a permanecer com as mãos levantadas?
O Senhor disse a Moisés: “Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.” (Êx 17.14). Moisés escreveu no Livro de Êxodo. Nenhuma batalha se vence só na conversa, é preciso base de sustentação, conteúdo, propósito claro, conhecimento, aptidão e tudo isso, na vida dos servos do Senhor, tem um nome: Jesus Cristo. Sem Jesus não há vitória, por mais que as aparências digam o contrário, por mais que um cidadão sem Deus aparente ser um vencedor. Coisas, dinheiro, bens materiais só se traduzem em vitória nas vidas que estão nas mãos certas, nas mãos do único que morreu em nosso lugar.
A vitória de Jesus sobre a morte se deu sobre um monte e ao seu lado havia dois homens, um à Sua direita e outro à sua esquerda. Quem sustentou os braços de Jesus para consumar a Obra de Salvação? As mãos invisíveis de Deus. Sobre a vida de Jesus estava as mãos de Deus Pai, sustentando e fortalecendo Seu Filho no momento mais importante da história da humanidade.
2. Israel x Balaque rei dos moabitas
Vamos meditar agora no seguinte texto: Números 22
Depois partiram os filhos de Israel, e acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão na altura de Jericó.
2 Vendo, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus,
3 Moabe temeu muito diante deste povo, porque era numeroso; e Moabe andava angustiado por causa dos filhos de Israel.
4 Por isso Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo Balaque, filho de Zipor, era rei dos moabitas.
5 Este enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito; eis que cobre a face da terra, e está parado defronte de mim.
6 Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; talvez o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
7 Então foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas com o preço dos encantamentos nas suas mãos; e chegaram a Balaão, e disseram-lhe as palavras de Balaque.
8 E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor me falar; então os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.
9 E veio Deus a Balaão, e disse: Quem são estes homens que estão contigo?
10 E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei dos moabitas, os enviou, dizendo:
11 Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem agora, amaldiçoa-o; porventura poderei pelejar contra ele e expulsá-lo.
12 Então disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto é bendito.
13 Então Balaão levantou-se pela manhã, e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o Senhor recusa deixar-me ir convosco.
14 E levantaram-se os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir conosco.
15 Porém Balaque tornou a enviar mais príncipes, mais honrados do que aqueles.
16 Os quais foram a Balaão, e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim.
17 Porque grandemente te honrarei, e farei tudo o que me disseres; vem pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo.
18 Então Balaão respondeu, e disse aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além da ordem do Senhor meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
19 Agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais o Senhor me dirá.
20 Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser.
21 Então Balaão levantou-se pela manhã, e albardou a sua jumenta, e foi com os príncipes de Moabe.
22 E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário; e ele ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos com ele.
23 Viu, pois, a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que desviou-se a jumenta do caminho, indo pelo campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho.
24 Mas o anjo do Senhor pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo uma parede de um e de outro lado.
25 Vendo, pois, a jumenta, o anjo do Senhor, encostou-se contra a parede, e apertou contra a parede o pé de Balaão; por isso tornou a espancá-la.
26 Então o anjo do Senhor passou mais adiante, e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita nem para a esquerda.
27 E, vendo a jumenta o anjo do Senhor, deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de Balaão acendeu-se, e espancou a jumenta com o bordão.
28 Então o Senhor abriu a boca da jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes?
29 E Balaão disse à jumenta: Por que zombaste de mim; quem dera tivesse eu uma espada na mão, porque agora te mataria.
30 E a jumenta disse a Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo em que me tornei tua até hoje? Acaso tem sido o meu costume fazer assim contigo? E ele respondeu: Não.
31 Então o Senhor abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do Senhor, que estava no caminho e a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se sobre a sua face.
32 Então o anjo do Senhor lhe disse: Por que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu saí para ser teu adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim;
33 Porém a jumenta me viu, e já três vezes se desviou de diante de mim; se ela não se desviasse de diante de mim, na verdade que eu agora te haveria matado, e a ela deixaria com vida.
34 Então Balaão disse ao anjo do Senhor: Pequei, porque não sabia que estavas neste caminho para te opores a mim; e agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei.
35 E disse o anjo do Senhor a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente a palavra que eu falar a ti, esta falarás. Assim Balaão se foi com os príncipes de Balaque.
36 Ouvindo, pois, Balaque que Balaão vinha, saiu-lhe ao encontro até à cidade de Moabe, que está no termo de Arnom, na extremidade do termo dele.
37 E Balaque disse a Balaão: Porventura não enviei diligentemente a chamar-te? Por que não vieste a mim? Não posso eu na verdade honrar-te?
38 Então Balaão disse a Balaque: Eis que eu tenho vindo a ti; porventura poderei eu agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei.
39 E Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote.
40 Então Balaque matou bois e ovelhas; e deles enviou a Balaão e aos príncipes que estavam com ele.
41 E sucedeu que, pela manhã Balaque tomou a Balaão, e o fez subir aos altos de Baal, e viu ele dali a última parte do povo.
Nm 23
1 Então Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
2 Fez, pois, Balaque como Balaão dissera: e Balaque e Balaão ofereceram um novilho e um carneiro sobre cada altar.
3 Então Balaão disse a Balaque: Fica-te junto do teu holocausto, e eu irei; porventura o Senhor me sairá ao encontro, e o que me mostrar te notificarei. Então foi a um lugar alto.
4 E encontrando-se Deus com Balaão, este lhe disse: Preparei sete altares, e ofereci um novilho e um carneiro sobre cada altar.
5 Então o Senhor pôs a palavra na boca de Balaão, e disse: Torna-te para Balaque, e assim falarás.
6 E tornando para ele, eis que estava junto do seu holocausto, ele e todos os príncipes dos moabitas.
7 Então proferiu a sua parábola, e disse: De Arã, me mandou trazer Balaque, rei dos moabitas, das montanhas do oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa-me a Jacó; e vem, denuncia a Israel.
8 Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como denunciarei, quando o Senhor não denuncia?
9 Porque do cume das penhas o vejo, e dos outeiros o contemplo; eis que este povo habitará só, e entre as nações não será contado.
10 Quem contará o pó de Jacó e o número da quarta parte de Israel? Que a minha alma morra da morte dos justos, e seja o meu fim como o seu.
11 Então disse Balaque a Balaão: Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que inteiramente os abençoaste.
12 E ele respondeu, e disse: Porventura não terei cuidado de falar o que o Senhor pôs na minha boca?
13 Então Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar, de onde o verás; verás somente a última parte dele, mas a todo ele não verás; e amaldiçoa-mo dali.
14 Assim o levou consigo ao campo de Zofim, ao cume de Pisga; e edificou sete altares, e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.
15 Então disse a Balaque: Fica aqui junto do teu holocausto, e eu irei ali ao encontro do Senhor.
16 E, encontrando-se o Senhor com Balaão, pôs uma palavra na sua boca, e disse: Torna para Balaque, e assim falarás.
17 E, vindo a ele, eis que estava junto do holocausto, e os príncipes dos moabitas com ele; disse-lhe pois Balaque: Que coisa falou o Senhor?
18 Então proferiu a sua parábola, e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve; inclina os teus ouvidos a mim, filho de Zipor.
19 Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?
20 Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.
21 Não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o Senhor seu Deus é com ele, e no meio dele se ouve a aclamação de um rei.
22 Deus os tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem.
23 Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem realizado!
24 Eis que o povo se levantará como leoa, e se erguerá como leão; não se deitará até que coma a presa, e beba o sangue dos mortos.
25 Então Balaque disse a Balaão: Nem o amaldiçoarás, nem o abençoarás.
26 Porém Balaão respondeu, e disse a Balaque: Não te falei eu, dizendo: Tudo o que o Senhor falar isso farei?
27 Disse mais Balaque a Balaão: Ora vem, e te levarei a outro lugar; porventura bem parecerá aos olhos de Deus que dali mo amaldiçoes.
28 Então Balaque levou Balaão consigo ao cume de Peor, que dá para o lado do deserto.
29 Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
30 Balaque, pois, fez como dissera Balaão: e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.
Números 24
1 Vendo Balaão que bem parecia aos olhos do SENHOR que abençoasse a Israel, não se foi esta vez como antes ao encontro dos encantamentos; mas voltou o seu rosto para o deserto.
2 E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.
3 E proferiu a sua parábola, e disse: Fala, Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos;
4 Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso; que cai, e se lhe abrem os olhos:
5 Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas moradas, ó Israel!
6 Como ribeiros se estendem, como jardins à beira dos rios; como árvores de sândalo o Senhor os plantou, como cedros junto às águas;
7 De seus baldes manarão águas, e a sua semente estará em muitas águas; e o seu rei se erguerá mais do que Agague, e o seu reino será exaltado.
8 Deus o tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará.
9 Encurvou-se, deitou-se como leão, e como leoa; quem o despertará? benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.
10 Então a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e bateu ele as suas palmas; e Balaque disse a Balaão: Para amaldiçoar os meus inimigos te tenho chamado; porém agora já três vezes os abençoaste inteiramente.
11 Agora, pois, foge para o teu lugar; eu tinha dito que te honraria grandemente; mas eis que o Senhor te privou desta honra.
12 Então Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo:
13 Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia ir além da ordem do Senhor, fazendo bem ou mal de meu próprio coração; o que o Senhor falar, isso falarei eu?
14 Agora, pois, eis que me vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que este povo fará ao teu povo nos últimos dias.
15 Então proferiu a sua parábola, e disse: Fala Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos;
16 Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, e o que sabe a ciência do Altíssimo; o que viu a visão do Todo-Poderoso, que cai, e se lhe abrem os olhos.
17 Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas, e destruirá todos os filhos de Sete.
18 E Edom será uma possessão, e Seir, seus inimigos, também será uma possessão; pois Israel fará proezas.
19 E dominará um de Jacó, e matará os que restam das cidades.
20 E vendo os amalequitas, proferiu a sua parábola, e disse: Amaleque é a primeira das nações; porém o seu fim será a destruição.
21 E vendo os quenitas, proferiu a sua parábola, e disse: Firme está a tua habitação, e puseste o teu ninho na penha.
22 Todavia o quenita será consumido, até que Assur te leve por prisioneiro.
23 E, proferindo ainda a sua parábola, disse: Ai, quem viverá, quando Deus fizer isto?
24 E as naus virão das costas de Quitim e afligirão a Assur; também afligirão a Éber; que também será para destruição.
25 Então Balaão levantou-se, e se foi, e voltou ao seu lugar, e também Balaque se foi pelo seu caminho.
Números 25
1 E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.
2 Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.
3 Juntando-se, pois, Israel a Baal-peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel.
Números 31
1 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 Vinga os filhos de Israel dos midianitas; depois recolhido serás ao teu povo.
3 Falou, pois, Moisés ao povo, dizendo: Armem-se alguns de vós para a guerra, e saiam contra os midianitas, para fazerem a vingança do Senhor contra eles.
4 Mil de cada tribo, entre todas as tribos de Israel, enviareis à guerra.
5 Assim foram dados, dos milhares de Israel, mil de cada tribo; doze mil armados para a peleja.
6 E Moisés os mandou à guerra, mil de cada tribo, e com eles Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, com os vasos do santuário, e com as trombetas do alarido na sua mão.
7 E pelejaram contra os midianitas, como o Senhor ordenara a Moisés; e mataram a todos os homens.
8 Mataram também, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas: a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão, filho de Beor, mataram à espada.
Balaão foi um falso profeta midianita que morava em Petor, uma cidade na Mesopotâmia e foi contratado por Balaque, rei de Moabe, para amaldiçoar Israel, mas em vez disso Deus o obrigou a abençoar em vez de amaldiçoar o povo escolhido.
Significado do nome
- A Chegada de Israel às Planícies de Moabe.
1. Acamparam-se nas campinas de Moabe. Acamparam em um lugar chamado Sitim (25:1), perto do qual o Jordão desemboca no Mar Salgado. Além do Jordão, na altura de Jericó.
Intriga Estrangeira Contra Israel. 22:2 – 23:30.
Os capítulos 22 a 25 formam uma divisão literária entre as duas metades lógicas do Livro de Números. Em nenhum lugar dos capítulos 22 a 24 temos a costumeira fórmula, “Deus disse a Moisés”, que se encontra em qualquer outro capítulo. Esta seção, como o Livro de Jó, pode ter se originado fora de Israel. Embora sejamos informados (Dt 23:5) que Moisés tinha consciência das maquinações de Balaão, é impossível determinar se este material de fonte “estrangeira” tornou-se parte do registro sagrado sob a supervisão de Moisés. Números 22:4b que diz, Balaque .. . naquele tempo, era rei dos moabitas, aponta para a obra de escribas pós-mosaicos. A história, então, poderia ter sido inserida aqui, onde se encaixa cronologicamente e ao mesmo tempo fornece uma articulação literária para a passagem da velha geração para a nova, e um novo recenseamento e nova legislação apontavam para o estabeleci” mento na terra.
Alguns comentadores tentam reduzir o destaque de Balaão, o homem, nesta história, vendo nele apenas os conceitos religiosos-políticos mais importantes da cultura representada. Mas Balaão é um caráter tão integral e fortemente definido que ninguém poderia realmente apreciar a história sem procurar entendê-lo. Certamente o propósito da narrativa é mostrar como Deus protegeu Seu povo dos desígnios malignos de um monarca pagão, e a concupiscência oculta de um profeta errante. Mas os feitos sutis de Balaão e as suas poderosas palavras fazem da história uma obra prima dramática.
O medo foi instilado no coração de Balaque, rei de Moabe, por causa da vitória de Israel sobre os amorreus. Mandou buscar Balaão, um conhecido profeta ao norte da Mesopotâmia, prometendo-lhe fama e riquezas em troca da maldição de Israel. Balaão foi avisado pelo Senhor a que não fosse, e por isso ele recusou. Contudo, quando o Rei Balaque fez maiores promessas, o profeta tentou mudar a mente do Senhor. O Senhor, então, permitiu que Balaão partisse para Moabe. No caminho, Deus procurou, através de um anjo, comunicar ao profeta o seu aborrecimento. Mas só a jumenta de Balaão viu o anjo do Senhor. A jumenta finalmente falou e repreendeu Balaão por causa de sua cegueira espiritual. Então os olhos do profeta se abriram e ele viu o anjo. O Senhor permitiu que Balaão fosse a Moabe para que abertamente declarasse o propósito divino de realizar Sua antiga promessa feita a Israel. Balaque mostrou a Balaão o acampamento de Israel de três diferentes vantajosos pontos em sucessão, e em cada ponto o profeta pronunciou uma bênção sobre Israel. Balaque, aborrecido, mandou que Balaão nada mais dissesse. Mas o profeta continuou com outros oráculos ainda, nos quais predisse não só a futura prosperidade e poder de Israel como nação, mas também a destruição de Moabe, Edom, Amaleque, os quenitas e Assur.
Significado do nome
Em hebraico Bilʻam, há dois significados possíveis para o nome Balaão: senhor das pessoas e destruição do povo. No inglês e espanhol o nome é traduzido para Balaam.
1.História de Balaão
Israel vinha de uma campanha vitoriosa, havia conquistado a maior parte do território a leste do Jordão, agora estava acampado nas campinas de Moabe. Balaque, rei dos mobaitas ficou muito apreensivo com a situação, pois Israel era como “um boi que lambe toda a erva do campo”.
Angustiado pelo iminente perigo, Balaque busca uma alternativa para afastar o perigo, busca uma solução espiritual, visto que julgava sair em campo aberto contra Israel.
No tempo da migração do povo de Israel para a terra de Canaã, o rei Moabita, Balaque, temendo o crescimento do povo israelita, enviou a Mesopotâmia um pedido ao adivinho Balaão que viesse os amaldiçoasse.Balaque esperava que a maldição de Balaão garantisse a derrota de Israel (Nm 22:1-6).
Balaão responde que ele só pode fazer o que o Senhor manda, e Deus, através de um sonho noturno, disse-lhe para não ir. Balaque consequentemente envia sacerdotes de maior reputação e oferece honras a Balaão; Balaão continua a pressionar Deus, e Deus finalmente permite que ele vá, mas com instruções para dizer apenas o que ele ordenasse.
2. A jumenta de Balaão
Pela manhã, quando Balaão parte ao encontro de Balaque, Deus fica irado e envia seu anjo para impedi-lo (Nm 22:22). No início, o anjo é visto apenas pela jumenta em que Balaão está andando, esta desvia-se do caminho tentando evitar o anjo.Ao avistar o anjo pela terceira vez, a jumenta recusa-se a andar e Balaão a puni. Milagrosamente, a jumenta começa a falar com Balaão queixando-se da punição (Nm 22:28).
Neste ponto, Balaão tem permissão para ver o anjo, que o informa que a decisão da jumenta de não prosseguir no caminho errado é o único motivo pelo qual o anjo não matou Balaão. Balaão imediatamente se arrepende e decide votar,mas o anjo mande que ele continuei e diga a Balaque apenas o que Deus lhe ordenar.
3. Balaão abençoa a Israel
Ao chegar em Moabe, Balaque levou Balaão a um lugar onde ele podia ver a vastidão do campo israelita. Seu propósito era convencer Balaão de que os israelitas eram uma séria ameaça.
Mas Deus havia avisado Balaão para falar apenas as palavras que Deus lhe disse para falar. Balaão obedeceu e, em vez de anunciar uma maldição sobre Israel, anunciou uma benção (Nm 22:35,41; 23:1-12).
Decepcionado com este resultado, Balaque levou Balaão para outro lugar, onde ele conseguiu uma visão melhor e, assim, fosse persuadido a pronunciar uma maldição destrutiva. Mas Balaão anunciou uma bênção sobre Israel (Nm 23:13-26).
Uma terceira tentativa, de um terceiro lugar, trouxe mais benção (Nm 23:27; 24:1-9). Balaque, com raiva, descartou Balaão, mas em resposta, Balaão anunciou mais uma longa bênção sobre Israel (Nm 24:10-25).
Balaque e Balaão diante do povo de Israel no deserto.
Balaão, um profeta pagão ou um profeta de Deus?
Balaão é uma figura misteriosa (Nm 22-24), as informações que temos dele é a aquilo que o texto bíblico nos apresenta. Vamos examinar o texto bíblico e teremos uma resposta mais segura.
Sabemos que Balão era um Profeta de Deus. A leitura dos textos nos sugere como foi realizado o chamado de Iahweh ao profeta Balaão, e qual a missão foi designado. Lendo os capítulos 22-24 do livro dos Números temos uma certeza que o Espírito do Deus veio sobre ele, e ele profetizou sobre o futuro do povo de Deus e a vinda do Messias (Nm 24,1-9, 17-19). Embora Balac, rei de Moab, pediu que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, ele possuía uma certeza de que este povo era protegido e abençoado por Deus. Iahweh já tinha entrado em contato com Balaão e revelou Seu plano e ação de profeta.
Aos mensageiros de Balaque o profeta Balaão disse:
“Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma, grande ou pequena, que vá além da ordem do Senhor, o meu Deus” (Nm 22,18).
Nesta passagem bíblica temos o conhecimento que Balaão se converteu para Iahweh, o Deus de Israel, e O adorava plenamente, sem restrições. Não temos conhecimento, quando e como isto aconteceu , mas sabemos que Balaão se tornou um profeta de Deus.
Lendo o Dicionário Bíblico Vida Nova encontramos o seguinte comentário: Alguns eruditos se perguntam como um profeta de Deus poderia agir como Balaão fez. O texto continua, uma pessoa pode ser um verdadeiro profeta numa ocasião e um miserável enganador em outra. (conforme Jo 11,49-52). Em outras palavras temos que supor a mudança das pessoas. Elas poderão voltar-se para Deus, embora estejam afastadas.
Concluindo, apesar das atitudes controversas de Balaão como vidente estrangeiro, anunciando uma maldição sobre Israel, depois disto é chamado por Deus, e profetiza em seu favor. Não há dúvidas que Balaão foi um profeta de Deus.
4. O plano de Balaão
No entanto, Balaão também estava bravo. Seu fracasso em amaldiçoar de Israel significava que ele não receberia o pagamento de Balaque que ele queria tanto. Ele, portanto, decidiu ter um plano próprio.
Este plano não tinha nada a ver com benção ou maldição, mas Balaão esperava que isso pudesse trazer destruição a Israel e assim ganhar a recompensa de Balaque.Ele usou as mulheres estrangeiras para seduzir homens israelitas, e logo o campo israelita era uma cena de imoralidade e idolatria generalizadas.
Quando Deus enviou uma praga que matou vinte quatro mil, Balaão deve ter pensado que seu plano estava funcionando, mas a ação rápida do sacerdote israelita Finéias salvou Israel (Nm 25:1-9; 31:16) .
5. Doutrina de Balaão
No Novo Testamento, os escritores compararam falsos mestres de seu tempo com Balaão. Como Balaão, tais mestres se preocupavam unicamente com o ganho pessoal, mesmo que seus ensinamentos fossem prejudiciais moral e religiosamente ao povo de Deus (2 Pe 2:14-16, Jd 1:10-11).
Eles encorajaram o povo de Deus a se juntarem às práticas idólatras e a se envolverem em comportamentos imorais (Ap 2:14-15).
Deus assegurou aos que seguiram o caminho de Balaão que estariam indo para a destruição, mas prometeu à aqueles que resistiam que gostariam da recompensa que receberiam (Nm 2:15-17, compare com Nm 25:10-13).
6. Balaão conheceu a Deus?
Balaão era provavelmente um descendente de Sem, e possuía muitas ideias do Deus verdadeiro. Ele o chama “o Senhor meu Deus” (Nm 22:18), e, no entanto, ele parece ter sido apenas um encantador e falso profeta, como muitos nos tempos dos reis de Israel, até que ele entrou em conflito com o povo de Deus.
Nesse evento, ele foi levado contra a sua própria vontade para entregar a mensagem do SENHOR; No entanto, seu coração permaneceu inalterado, e ele não teve uma morte honrada (Nm 31:8; Js 13:22).
Os mensageiros deram presentes a Balaão mas Deus lhe disse que ele não deveria ir com eles, porque os israelitas não poderiam ser amaldiçoados. Balaque então enviou mais mensageiros com promessas de muitas riquezas (Nm 22:15-17). Balaão consultou a Deus outra vez e Deus lhe disse que poderia ir mas deixou um aviso: só deveria fazer o que Deus mandasse.
Balaão partiu para se encontrar com Balaque mas, no caminho, Deus ficou zangado e decidiu impedir Balaão. Ele viu o coração de Balaão e sabia que tinha más intenções. A jumenta de Balaão viu o Anjo de Deus no caminho, pronto para matar Balaão, e se desviou dele duas vezes. Na terceira vez, a jumenta sentou e se recusou a seguir em frente. Zangado, Balaão bateu na jumenta. Deus abriu a boca da jumenta, que repreendeu Balaão por sua atitude (Nm 22:28-30). Então Balaão viu o Anjo de Deus e prometeu fazer a vontade de Deus.
7. Balaão abençoa Israel
Quando Balaão chegou a Balaque, ele ofereceu sacrifícios a Deus e fez magia a favor dos moabitas. Mas, em resposta, Deus mandou abençoar Israel. Balaão transmitiu a mensagem de bênção sobre Israel a Balaque, que ficou muito zangado. Balaão repetiu os sacrifícios e a magia em outro lugar, para ver se Deus iria mudar de idéias mas a resposta de Deus foi de mais bênção para Israel (Nm 23:19-21).
Na terceira tentativa de conseguir uma maldição contra Israel, Balaão ofereceu sacrifícios mas não fez magia, porque entendeu que isso não agrada a Deus. O Espírito de Deus veio sobre Balaão e ele pronunciou ainda mais bênçãos sobre Israel. Balaque, irado, mandou Balaão ir embora de mãos vazias (Nm 24:10-11). Mas antes de ir Balaão profetizou sobre o grande Rei de Israel e a queda de seus inimigos.
8. O pecado de Balaão
Balaão não conseguiu amaldiçoar o povo de Deus mas ele deu um conselho aos midianitas, que estavam juntos com os moabitas contra Israel. Ele entendeu que Israel era forte porque era fiel a Deus. Por isso, ele sugeriu que as mulheres midianitas convidassem os homens de Israel a participar de festas idólatras e imoralidade sexual. Os israelitas se deixaram seduzir e, por causa disso, Deus enviou uma praga que matou 24 mil deles (Nm 31:16).
Os israelitas se arrependeram e se voltaram novamente para Deus. Israel lutou contra os midianitas e os venceu. Balaão foi morto na batalha, porque tinha tentado trazer desgraça sobre Israel (Js 13:22).
Balaão não tinha razão para querer a desgraça de Israel. Ele era de uma terra longe de Israel. Sua única motivação era a promessa de grandes riquezas. Balaão agiu por ganância. Ele tentou manipular a Deus e trazer desgraça sobre Seu povo por causa de dinheiro! Por isso, Balaão foi castigado (2 Pe 2:15-16).
9. Morte
Deus ordenou a Moisés que se vingasse do crime de Balaão. Ele declarou a guerra contra os midianitas, matou cinco de seus príncipes e um grande número de outras pessoas sem distinção de idade ou sexo, entre os quais o próprio Balaão (Js 13:22).
10. A frustração de Balaão
Agora Balaão sabe que não pode amaldiçoar a quem Deus abençoa. Então ele não foi à busca de feitiços como anteriormente, mas voltou o rosto para o deserto. Olhando para cima viu a Israel acampado com todas as suas tribos.
O enfeitiçador era cego para amaldiçoar, mas agora que vê a Israel, o espírito de Deus vem sobre ele. O visionário agora diz que fala de olhos abertos e profetiza bênçãos para a Nação de Deus.
“Quão belas são as suas tendas, ó Jacó, as suas habitações, ó Israel! Como vales estendem-se, como jardins que margeiam rios, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto às águas. Nm 24. 5,6
A doutrina de Balaão
A história poderia terminar neste ponto, mas infelizmente ela prossegue. Como dito mais acima, Deus tem os seus homens, o Diabo também tem os seus. Este acena com riquezas e poder para o time daquele, a fim de ganhar o seu passe. O ganancioso agiu movido por ganância e poder. Judas 11.
Balaão representa os líderes espirituais que se tornam mercenários, que passam a serem expositores de uma filosofia ilusória e mortal.
Lideres que tornam seus liderados filhos do inferno mais do que a eles. Líderes que se auto denominam com títulos pomposos, igualmente contraditórios Mt 23. 15
Balaque sabia que o feiticeiro era extremamente ganancioso, e o assediava fortemente. Por mais poderoso que o filho de Beor fosse, Deus era mais. O profeta não podia revogar o mandado do Altíssimo (Nm 23. 23).
Então ele arquitetou um plano para fazer Deus se afastar do povo, lançando tropeços (Ap 2. 14) e embaraços diante do povo, contando com isto que o mesmo pecasse, se tornando injusto, e assim o Magnifico deixaria de proteger-lo, abrindo possibilidades para que os Moabitas saíssem vitoriosos.
Este conjunto de ensinamentos do profeta ficou conhecido nas Escrituras como A Doutrina de Balaão. A doutrina incluía ainda misturar crentes com infiéis, forçando a todos a prostituição física e espiritual (Nm 31.16)
Deus não permitiu como das outras vezes, que o mal triunfasse sobre o bem .
Aquela guerra era espiritual; Balaque representava Satanás, já Israel representava O Senhor dos Exércitos.
3. Deus ordena a destruição de todos os moradores de Canaã
3. Deus ordena a destruição de todos os moradores de Canaã
Números 33 50-56
50 E falou o Senhor a Moisés, nas campinas de Moabe junto ao Jordão na direção de Jericó, dizendo:
51 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã,
52 Lançareis fora todos os moradores da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pinturas; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos;
53 E tomareis a terra em possessão, e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para possuí-la.
54 E por sortes herdareis a terra, segundo as vossas famílias; aos muitos multiplicareis a herança, e aos poucos diminuireis a herança; conforme a sorte sair a alguém, ali a possuirá; segundo as tribos de vossos pais recebereis as heranças.
55 Mas se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então os que deixardes ficar vos serão por espinhos nos vossos olhos, e por aguilhões nas vossas virilhas, e apertar-vos-ão na terra em que habitardes,
56 E será que farei a vós como pensei fazer-lhes a eles.
Como eles logo passariam para a terra prometida, Deus ordena a Moisés que dê aos israelitas um aviso geral, mas estrito, como eles devem tratar os habitantes daquela terra, como instrumentos de sua justa providência no castigo de seu longo e incurável curso. de maldade; e por se impedirem de serem contaminados e enganados, por seu exemplo cruel, em quaisquer práticas supersticiosas.
Deuteronômio 7 .1-7
1 Quando o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
2 E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;
Esta desgraça implacável de exterminação que Deus denunciou contra aquelas tribos de Canaã não pode ser reconciliada com os atributos do caráter divino, exceto no pressuposto de que sua idolatria grosseira e enorme maldade não deixaram nenhuma esperança razoável de seu arrependimento e alteração. Se fossem varridos como os antediluvianos ou o povo de Sodoma e Gomorra, como pecadores incorrigíveis que haviam preenchido a medida de suas iniquidades, não importava para eles de que modo o julgamento fora infligido; e Deus, tinha o direito de empregar quaisquer instrumentos que o satisfizessem para executar Seus julgamentos. Alguns pensam que deviam ser exterminados como usurpadores sem princípios de um país que Deus designara para a posteridade de Eber e que havia sido ocupado séculos antes por pastores errantes daquela raça, até que, na migração da família de Jacó para o Egito através de a pressão da fome, os cananeus se espalharam por toda a terra, embora não tivessem direito legítimo a ela, e se esforçaram para retê-la pela força. Nesta visão, a expulsão deles foi justa e apropriada. A proibição estrita contra a contratação de quaisquer alianças com tais idólatras infames era uma regra prudencial, fundada na experiência de que “más comunicações corrompem boas maneiras” (1 Co 15:33), e sua importância ou necessidade foi atestada pelos exemplos infelizes de Salomão e outros na história subsequente de Israel.
Esta desgraça implacável de exterminação que Deus denunciou contra aquelas tribos de Canaã não pode ser reconciliada com os atributos do caráter divino, exceto no pressuposto de que sua idolatria grosseira e enorme maldade não deixaram nenhuma esperança razoável de seu arrependimento e alteração. Se fossem varridos como os antediluvianos ou o povo de Sodoma e Gomorra, como pecadores incorrigíveis que haviam preenchido a medida de suas iniquidades, não importava para eles de que modo o julgamento fora infligido; e Deus, tinha o direito de empregar quaisquer instrumentos que o satisfizessem para executar Seus julgamentos. Alguns pensam que deviam ser exterminados como usurpadores sem princípios de um país que Deus designara para a posteridade de Eber e que havia sido ocupado séculos antes por pastores errantes daquela raça, até que, na migração da família de Jacó para o Egito através de a pressão da fome, os cananeus se espalharam por toda a terra, embora não tivessem direito legítimo a ela, e se esforçaram para retê-la pela força. Nesta visão, a expulsão deles foi justa e apropriada. A proibição estrita contra a contratação de quaisquer alianças com tais idólatras infames era uma regra prudencial, fundada na experiência de que “más comunicações corrompem boas maneiras” (1 Co 15:33), e sua importância ou necessidade foi atestada pelos exemplos infelizes de Salomão e outros na história subsequente de Israel.
3 Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;
4 Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.
5 Porém assim lhes fareis: Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas; e cortareis os seus bosques, e queimareis a fogo as suas imagens de escultura.
A ordem era destruir os locais de idolatria e quebrar as estátuas e objetos consagrados a outros deuses, para que os israelitas não se contaminassem com esse tipo de adoração e com os rituais pagãos (Dt 12.2;16.21,22).
A remoção dos templos, dos altares e de tudo o que se havia alistado no serviço, ou talvez tendesse a perpetuar a lembrança da idolatria cananéia, era também altamente conveniente para preservar os israelitas de todo risco. de contaminação.
6 Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.
isto é, separado para o serviço de Deus, ou escolhido para executar os importantes propósitos de Sua providência. Sua escolha para esse alto destino não foi nem por conta de seu valor numérico (pois, até depois da morte de José, eles eram apenas um punhado de pessoas); nem por causa de seus méritos extraordinários (pois eles haviam frequentemente perseguido uma conduta muito perversa e indigna); mas foi em consequência do pacto ou promessa feita com seus antepassados piedosos; e os motivos que levaram a esse ato especial foram tais que tenderam não apenas a reivindicar a sabedoria de Deus, mas a ilustrar Sua glória ao difundir as melhores e mais preciosas bênçãos para toda a humanidade.
7 O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos;
Moisés fala sobre a conquista da terra e desafia o povo a ser o agente responsável pela execução do julgamento divino relativo às sete nações de Canaã. Israel não possuía mérito por ter sido abençoada, ao passo que Canaã fora amaldiçoada. Tudo o que Israel recebeu e ainda receberia se deu por causa do amor e da graça de Deus. O Senhor estaria presente, junto ao Seu povo, na conquista da terra. Ele ansiava que os israelitas agissem de forma ativa na erradicação de cada traço das religiões pagãs e não se adaptassem ao paganismo. Além disso, queria que a nação esperasse pacientemente que Ele lhe desse, pouco a pouco, a concessão da terra.
Vejamos aqui os principais inimigos do povo de Deus
A principal função de Deus no Antigo Testamento era salvar Israel dos seus inimigos.
Israel conheceu Deus como seu Salvador antes de conhecê-lo em qualquer outro agir. O Senhor os libertou da terra do Egito primeiro, para depois mostrar o seu poder.
(Os.13:4) “Todavia, eu sou o Senhor, teu Deus, desde a terra do Egito; portanto, não conhecereis outro deus alem de mim, porque não há Salvador, senão eu”.
Será que a Salvação de Deus é só para Israel? Claro que não! Veja o que Deus diz:
(Is.45:22) “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus e não há outro”.
Antes de você conhecer o poder de Deus ele precisa primeiramente te salvar. Talvez você diz: Do que eu preciso ser salvo?
Deus precisa nos salvar de nós mesmos e de muitas coisas más que há em nós; por exemplo.
Mal Físico – Fome, pobreza, enfermidade.
Mal Moral – Conceitos, hábitos, ações
Mal Espiritual – Alta-estima baixa, medo, preocupações, inveja, desanimo, ansiedade, duvidas, timidez, falta de perdão, orgulho, murmuração, desconfiança, ódio.
Só a luz da santidade de Deus pode revelar o homem a ele mesmo e mostrar-lhe o seu pecado.
Com isso podemos entender que a principal função de Deus era salvar Israel dos egípcios, Amalequitas, Filisteus, Cananeus, Babilônios. E em outras ocasiões, Deus precisava salvar Israel dos seus próprios pecados e idolatrias.
- Os inimigos de israel
Quando se fala em inimigos de Israel, imaginamos um povo estranho e
isso nos dá uma ideia de pessoas desconhecidas. Todos estes povos têm
suas raízes em Noé.
isso nos dá uma ideia de pessoas desconhecidas. Todos estes povos têm
suas raízes em Noé.
1. Os Egípcios
Os egípcios são descendentes de Mizraim, filho de Cam e neto de Noé. (Gn.10:6). O Egito foi fundado logo após o dilúvio e somente depois de alguns milhares de anos que entrou para a história Bíblica. Até hoje os egípcios chamam por pai a “Mizr”, pois sabem que seu fundador foi Mizraim.
Sua civilização data-se de 5000 a.C. e inclui o período pré-dinástico até 3100 a.C. e 30 dinastia de esplêndidos reis de 3100 à 320 a.C.
2. Os Filisteus
Os filisteus tiveram sua origem em Casloim filho de Mizraim e bisneto de Noé (Gn 10:14). Eles foram os grandes rivais de Israel no controle de Canaã; eram uma nação pequena mais muito poderosa com um exercito muito bem treinado. Começou a prevalecer sobre Israel, a partir do momento em que Sansão tomou para mulher, uma das filhas dos filisteus. (Jz 14).
Anos mais tarde os filisteus tomaram a arca da aliança do povo de Israel (I Sm.4:10)
Agora já no período da monarquia Davi enfrenta o maior desafio dos filisteus, que foi Golias (I Sm 17:45-51)
3. Os Babilônicos
Os Babilônios são descendentes de Ninrode. Ele era filho de Cuxe e bisneto de Noé. (Gn 10:8). O reino de Ninrode é mencionado em sua origem na terra de Sinar.
O nome Ninrode significa rebelião contra Deus. Ele comandou o povo na construção da torre que deu o nome de Babel a qual mais tarde esse território se tornou a famosa babilônia. Foi os babilônios que inventaram o relógio do sol para marcar o tempo. A tecnologia, a matemática, etc.
Grande parte dos inimigos de Israel veio no período dos patriarcas. Abraão, Isaque e Jacó.
4. Os Ismaelitas
Os Ismaelitas foram descendentes de Ismael, filho de Abraão com Hagar. (Gn 16:15). Foram os Ismaelitas que compraram José por “vinte siclos de prata” e o levaram ao Egito para vender como escravo. (Gn 37:25-28)
Vinte siclos de prata era o salário de três anos de trabalho de um pastor.
5. Os midianitas
Depois que Sara faleceu, Abraão casou-se novamente com uma mulher chamada Quetura (Gn 25:1)
Com ela, Abraão teve mais seis filhos e entre eles estava Midiã, que veio a ser o pai dos midianitas. Os midianitas eram uma subtribo dentro de um grupo de tribos denominado ismaelitas.
Anos mais tarde, Israel ficou oprimido por sete anos pelos midianitas. (Jz 6:1-2). Por ser eles mercadores, destruía as plantações e roubava os gados do povo de Israel (Jz 6:4-5)
Em Juízes 8:24-26, temos referencia aos Ismaelitas e os midianitas como um só povo, assim como em (Gn 37:25-28) quando compraram José.
7. Os Edomitas
Os Edomitas eram descendentes de Esaú (Gn 36:9), irmão de Jacó que foi chamado de Edom. (Gn 25:30) (Gn .36:1).
Edomitas era o nome relativo à filosofia de vida de Esaú. Esse povo fazia guerra constante com os Israelitas e não tinham paz com os descendentes de Jacó.
Na caminhada do povo de Israel quando saíram do Egito, os edomitas não deixaram eles passarem por suas terras (Nm 20:18-21)
Bem mais tarde, na monarquia, quando o reino foi dividido, o povo de Judá foi derrotado pelos edomitas. (2 Cr 28:17)
Por falta de amor com os seus irmãos, os edomitas foram amaldiçoados por Deus a ponto de suas terras se tornarem um deserto, onde as corujas fizeram seus ninhos (Am 1:11 ; Is 34:5-15)
As terras dos edomitas se tornou uma terra-fantasma (Is 34:14).
8. Os Amalequitas
O pai dos Amalequitas foi Amaleque neto de Esaú. (Gn 36:12)
O primeiro confronto de Israel com os Amalequitas está em (Ex 17:8-13), pouco depois da passagem pelo mar vermelho no deserto de Refidim. Enquanto Moises manteve o bastão erguido, Israel venceu os Amalequitas.
Aliados com os Cananeus infligiram graves derrota aos Israelitas quando tentaram entrar na Palestina (Nm.14:43-45)
No tempo dos juízes, os Amalequitas, com os filhos de Amom, juntaram-se a Eglom, rei de Moabe, e atacaram Israel, tomando Jericó (Jz 3.13)
Foram completamente derrotados por Gideão no vale de Jezreel (Jz 6.33 – 7.12 -22). O rei Saul, recebeu ordem de executar o divino decreto de extermínio, e destruiu totalmente o povo Amalequitas, mas perdoou ao rei Agague, e não se desfez do melhor do seu despojo, sendo pela sua desobediência castigada com a perda do seu reino (1 Sm 15).
Na ausência de Davi, eles invadiram e saquearam Ziclague, e levaram consigo duas mulheres de Davi, e outras, como cativas – mas foram perseguidos e desbaratados (1 Sm 30.1 a 31).
Foram também derrotados no reinado de Ezequias por quinhentos homens da tribo de Simeão, que em conseqüência disso habitaram em lugar deles (1 Cr 4.39 - 43).
Estes grupos de povos foram oriundos de Cão filho de Noé. Portanto esses povos herdaram a maldição ancestral de Noé ( Gn 9. 22-27)
O Nação de Israel estava sendo avisada por antecipação, dos riscos que aquele povo representava para eles no sentido de fazê-los desviar dos santos caminhos do Senhor.
Em breve estaremos de volta dando continuidade a esta matéria
Nenhum comentário:
Postar um comentário