quarta-feira, 7 de julho de 2021

Série Gideão:11 - Gideão um Líder sem objetivo

 Por Jânio Santos de Oliveira





 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


Contatos 0+operadora 21 36527277 ou (Zap)21 xx 990647385 (claro) ou 989504285 (oi)





Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!



Resultado de imagem para gideão e a estola sacerdotal



Então os homens de Israel disseram a Gideão: Domina sobre nós, tanto tu, como teu filho e o filho de teu filho; porquanto nos livraste da mão dos midianitas.
Porém Gideão lhes disse: Sobre vós eu não dominarei, nem tampouco meu filho sobre vós dominará; o Senhor sobre vós dominará.
E disse-lhes mais Gideão: Uma petição vos farei: Dá-me, cada um de vós, os pendentes do seu despojo (porque tinham pendentes de ouro, porquanto eram ismaelitas).
E disseram eles: De boa vontade os daremos. E estenderam uma capa, e cada um deles deitou ali um pendente do seu despojo.
E foi o peso dos pendentes de ouro, que pediu, mil e setecentos siclos de ouro, afora os ornamentos, e as cadeias, e as vestes de púrpura que traziam os reis dos midianitas, e afora as coleiras que os camelos traziam ao pescoço.
E fez Gideão dele um éfode, e colocou-o na sua cidade, em Ofra; e todo o Israel prostituiu-se ali após ele; e foi por tropeço a Gideão e à sua casa.
Assim foram abatidos os midianitas diante dos filhos de Israel, e nunca mais levantaram a sua cabeça; e sossegou a terra quarenta anos nos dias de Gideão.
E foi Jerubaal, filho de Joás, e habitou em sua casa (Jz 8:22-29).

Resultado de imagem para pendentes de ouro
Um pendente de ouro


Nós estamos apresentando uma série de estudos bíblicos especiais sobre a vida de Gideão. 
Já  falamos sobre :

  1. "A sua biografia de Gideão";  
  2.  As circunstâncias da chamada de gideão; 
  3. Deus encoraja a Gideão.
  4. Derrubando os altares de Baal
  5. Gideão pede provas e Deus confirma. 
  6. A seleção dos chamados 
  7. A confirmação do Senhor  
  8. A estratégia Divina e a vitória de Gideão.
  9. Gideão um conciliador
  10. Gideão busca vinganças pessoais 

  • Agora estaremos  falando sobre: 
  •  Gideão um Líder sem objetivo




Gideão não possuía um objetivo traçado para alcançar; por isso mesmo, ele não tinha um plano de metas espiritual.
Na verdade Gideão não foi convertido e sim convencido,  em meio ao ceticismo a propor uma ação bélica contra os midianitas visando dar sossego e livramento à Nação de Israel.

Neste segmento veremos as trágicas consequências de um líder que apesar de ter sido chamado por Deus, mas por si só não visava chegar a lugar algum.




I. Uma análise preliminar do texto  de Jz 8 22-29.



V. 22. Domina sobre nós, assim tu, como teu filho. Gideão comprovou-se um homem dotado com o Espírito de Deus na consecução da vitória contra os midianitas. Seu povo quis fazer dele seu rei. Esta foi a primeira tentativa registrada de estabelecimento de uma monarquia hereditária em Israel. A recusa de Gideão foi consistente com o seu reconhecimento dos direitos reais do Senhor, o ideal teocrático destacado em todo o Livro de Juízes.
V. 24. Dai-me vós, cada um as argolas do seu despojo. Tendo recusado o reino, Gideão fez um pedido para si mesmo. Pediu aos guerreiros que lhe dessem os brincos que tinham tirado dos midianitas caídos.


Resultado de imagem para a estola sacerdotal
Como era uma estola sacerdotal


V. 27. Fez Gideão uma estola sacerdotal. Com cerca de setenta libras em ouro assim obtidas (8:26) fez uma estola sacerdotal. A natureza exata da estola sacerdotal é incerta. Era o nome dado a uma parte das vestes do sumo sacerdote (Êx. 28:4). Em certas ocasiões era consultado como fonte de orientação divina (I Sm. 23:9-12; 30:7, 8). Talvez por causa disso se tornasse um objeto de idolatria. É possível que Gideão tenha feito um ídolo com uma estola sacerdotal semelhante à que era usado pelo sumo sacerdote. E todo Israel se prostituiu ali após ela. A estola sacerdotal de Gideão veio a ser um objeto de idolatria. Isto marca o trágico fim da carreira de um homem verdadeiramente grande. Gideão e sua família sofreram os resultados disso. Em 9:5 lemos sobre a morte da maior parte dos filhos de Gideão por causa do desejo de um deles, Abimeleque, de ser rei. Esta tragédia pode ter sua origem traçada na idolatria que resultou da construção da estola sacerdotal de Gideão.
V. 28. E ficou a teria em paz durante quarenta anos. A vitória sobre os midianitas produziu uma geração de paz para os israelitas.
V. 29. Retirou-se Jerubaal, filho de Joás, e habitou em sua casa. Parece que Gideão aposentou-se de sua vida ativa alguns anos antes de sua morte.



       II. Gideão não aceita o governo, porém dá ocasião à idolatria.






Resultado de imagem para as coleiras  dos camelos
A coleira de um camelo


Esse diálogo entre Gideão e líderes de tribos vizinhas pode dar a falsa impressão de que o filho de Joás era humilde demais para querer aceitar a proposta de estabelecer uma dinastia. Ou que, por outro lado, Gideão reconhecia o direito divino ao trono. Afinal, no dicionário israelita o termo “monarquia” não constava como um verbete; o que se conhecia era a Teocracia. Se a Bíblia fosse um filme e a história de Gideão terminasse nesta cena, ele seria o mesmo herói dos flanelógrafos que mostramos às crianças na igreja. Gideão, o corajoso iconoclasta. Gideão, o líder seletivo. Gideão, o estrategista criativo. Gideão, o vitorioso abnegado. Contudo, a Bíblia é uma narrativa sem tapetes que escondam a sujeira varrida. A mensagem de Deus é objetivamente verdadeira. Gideão surge, no final da narrativa, com um espectro novo, como se nota nessas palavras: “‘Só lhes faço um pedido: que cada um de vocês me dê um brinco da sua parte dos despojos’ (Os ismaelitas costumam usar brincos de ouro.)"Juízes 8:22 e 23. Em decorrência da vitória militar alcançada, Gideão tinha um bom moral. De fato, as tribos aliadas a ele responderam ao seu pedido em uma generosa doação de ouro, que em nossas medidas atuais seria algo entre 16 a 30 kg. O que Gideão faria com tanta riqueza? “Gideão usou o ouro para fazer um manto sacerdotal, que ele colocou em sua cidade, em Ofra. Todo Israel prostituiu-se, fazendo dele objeto de adoração; e veio a ser uma armadilha para Gideão e sua família." Jz 8:22 e 23. O manto sacerdotal ou éfode, era um objeto sagrado do culto israelita. Além de um peitoral formado por doze pedras, representando as doze tribos que constituíam Israel, o éfode continha o Umim e o Tumim, duas pedras usadas para consultar a Deus – uma vez feita a pergunta pelo sumo-sacerdote, ou uma delas brilhava, indicando resposta positiva, ou a outra acendia, sinalizando resposta negativa. O único divinamente autorizado a utilizar essa forma de consulta era o sumo-sacerdote. Quando um líder ou rei requeria uma resposta do Senhor, recorria ao sumo-sacerdote, para que este, através do Umim e Tumim descobrisse a vontade de Deus. Provavelmente Gideão estivesse bem intencionado ao construir seu éfode particular. Ocorre que, como em nossa própria experiência, quando rejeitamos a soberania de Deus, começamos fazendo coisas que Deus não pediu, para terminarmos executando o que Ele proíbe. Você pode até argumentar. Olhando para os lados, com um certo nervosismo no olhar. “Mas a Bíblia não diz claramente que…”. Sua mente começa a bombardear escusas. Desculpas. Justificativas. Para você, aquilo não passa de uma questão de opinião. Algo tão particular que a igreja, a família e os amigos não deveriam se intrometer. Há um certo impulso natural que deságua em palavras arrogantes e defensivas. A razão lhe parece óbvia: você está defendendo sua individualidade. É fato que Deus o vê e respeita como indivíduo. Ele está aberto a ouvir seus argumentos, embora nossa humanidade soe ridícula aos nossos próprios ouvidos. Somos  apegados àquilo que desperdiça o pouco tempo de nossa vida. Ainda assim, Deus Se enche de amor quando expressamos nossos anseios diante de Sua presença. Nossa raiva não lhe desperta ojeriza. Nossa mágoa não precisa ficar retida até que o coração se apodreça. Podemos levar tudo o que nos fere, enferruja, mofa e destroça para o colo do Altíssimo. Quando temos a experiência de estar na presença de Deus, nossa sinceridade se torna eloqüente, ao mesmo tempo que percebemos contemplativamente aquilo que nos impede de desfrutar ainda mais de uma comunhão constante com Ele. Aquilo que defendíamos com unhas e dentes tem, então, gosto de pó. Tudo se empalidece, porque o importante é agradá-Lo e nos deleitarmos em Seu convívio. Apenas por teimosia resistimos à essa influência regeneradora. O pecado cria uma couraça sobre a consciência, impedindo o acesso do Espírito a coração, o que nos liberaria dos pecados que carregamos sobre a forma de “minhas opiniões pessoais”. E isso está longe de ser tudo. Continue sentado, ouvindo: quando rejeitamos a soberania de Deus, a conseqüência recai sobre nós e nossa família. Note agora o que o texto continua narrando: “[Gideão] teve setenta filhos, todos gerados por ele, pois tinha muitas mulheres. Sua concubina, que morava em Siquém, também lhe deu um filho, a quem ele deu o nome de Abimeleque." Juízes 8:22 e 23. Como um desvio conduz a outro, encontramos Gideão perdido pela estrada, com uma família supra-desestruturada. Imagine: setenta filhos!
este estilo de vida, que o mais bem-sucedido guerreiro da tribo de Manassés adotou no fim de seus anos, guarda semelhanças com o dos chefes tribais da época, bem como dos reis pagãos. Haréns. Muitos filhos. Um detalhe curioso: Gideão recusou ser rei, contudo, o filho de sua concubina (que não morava na mesma cidade e apenas “se encontrava” periodicamente com ele) era Abimeleque – que significa “meu pai é rei”. A mensagem presente no nome é bem clara: no fundo, Gideão queria mesmo era reinar.clique aqui



III. Gideão foi reprovado na prova da prosperidade.



A história de Gideão tem um epílogo lamentável. Em Juízes 8.27, encontramos que ele compôs um "éfode" (uma estola sacerdotal) e que em face disso "todo o Israel se prostituiu". O texto ainda acrescenta: "...e foi um laço para Gideão e para sua casa". Gideão foi mais um, dentre vários varões valorosos de Deus, que soube atravessar a prova da adversidade, mas que foi reprovado na prova da prosperidade. Os louvores do sucesso são muito mais ameaçadores para o servo de Deus do que as dificuldades ( Pv 27.21).

Gideão foi tão bem sucedido que seu povo tentou torná-lo rei (Jz 8.22). Ele recusou, acho que somente da boca para fora, pois chamou um de seus filhos, Abimeleque; literalmente "meu pai é um rei" (Jz 8.31). Ele se tornou um homem muito rico e respeitado. Apenas um apelo seu rendeu-lhe 1.700 ciclos de ouro (algo entre 16 e 30 kg). O texto ainda descreve o quanto ele lucrou com a vitória sobre os midianitas (8.26). O tal éfode foi construído com estes quilos de ouro que Gideão arrecadou. A Bíblia também relata que ele teve muitas mulheres e mais de 70 filhos homens! Estes são sintomas de que Gideão foi vítima da "síndrome de Lúcifer". E isto pode ocorrer com qualquer varão valoroso de Deus!

Na lista de qualificações dos pastores, em 1 Tm 3.6 e 7, encontramos que ele não deve ser neófito, "para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do diabo" (v. 6) e que não caia "no laço do diabo" (v. 7). A Bíblia tem outros exemplos, além do de Gideão, de pessoas que, face á prosperidade, se ensoberbeceram e caíram em laço. O rei Davi, conforme I Crônicas 21.1, foi induzido por satanás a cair neste erro. Salomão, que começou tão bem seu reinado, corrompesse de forma lastimável (I Rs 11.1-6). Outro rei, Uzias, também caiu neste laço. Conforme II Crônicas 26, buscou ao Senhor e prosperou muito (v. 5); foi "maravilhosamente ajudado e se tornou poderoso" (v. 15); porém, "quando ele se tornou poderoso, o seu coração se exaltou de modo que se corrompeu" (v. 16).

Esta palavra é um alerta para nós, que estamos percorrendo o caminho para nos tornarmos os varões valorosos de Deus. Por vezes, para evitar que um servo seu caia neste laço, Deus utiliza o recurso do "espinho na carne" (2 Co 12.7-10). Não obrigue Deus a utilizar este recurso em você.


IV.  Como Gideão semeou a rebeldia.


Gideão contribuiu à rebeldia do povo em escolher um rei não autorizado por Deus. Há um fato facilmente ignorado em Juízes 8. Quando relata as informações sobre a família enorme de Gideão, o autor acrescenta um fato sobre um filho que Gideão teve com uma concubina em Siquém. Ele deu para este filho o nome de Abimeleque, que significa: “meu pai é rei” (Jz 8:31).
Um homem que corretamente recusou ser rei chamou seu filho de “meu pai é rei”. Foi um passo na direção errada, e esse filho acabou fazendo de tudo para se tornar rei! Abimeleque matou seus próprios irmãos para se posicionar como rei!
Um homem que corajosamente conduziu os israelitas na batalha que levou à libertação da nação tomou um passo enorme para voltar à idolatria e levar outros junto.
Pelo poder de Deus, Gideão havia libertado os israelitas da opressão que veio em consequência da sua rebeldia contra o Senhor. Mas o mesmo homem que agia como libertador acabou pondo diante de Israel duas pedras de tropeço. Ele plantou as sementes da rebeldia.



V. A falta de objetivo de Gideão e as suas consequências.


Agora, Israel pede que Gideão seja rei, a razão é que ele venceu os midianitas.  Israel está rejeitando o método de Deus, um juiz é ungido por ele, para lidar com as situações de crise e trazer o povo de volta para debaixo do domínio do Senhor.

Gideão entende o que está acontecendo, que o povo quer ser governado por homens e não por Deus. Com um rei, eles não precisariam ir atrás de Deus para sua salvação. O desejo por um rei é esforço para auto-salvação. Eles não precisavam de um rei para obedecer, eles precisavam obedecer ao Rei que eles tinham!

Este verso 23 é a última vez que Gideão se lembra de quem  governa é Deus. Tragicamente, eles contradiz tudo isto quando começa a querer para si a posição e a honra que só pertencem a um rei.  Ele pede por uma recompensa financeira no verso 24, se torna um homem muito rico (8:25,26) e, então, ele:


E fez Gideão dele um éfode, e colocou-o na sua cidade, em Ofra; e todo o Israel prostituiu-se ali após ele; e foi por tropeço a Gideão e à sua casa. Juízes 8:27

O efeito disto é que Israel se prostitui após ele, houve uma paz de 40 anos, mas uma paz comprometida, sem adoração e sem obediência.

Gideão continuou a agir como um rei, teve filhos com muitas mulheres, e um com uma concubina, a qual deu o nome de Abimeleque, que significa: meu pai é rei!



VI. As formas de idolatria moderna.


Resultado de imagem para As formas de idolatria moderna.

Idolatria não é só adorar imagens, é também adorar qualquer coisa que não é Deus. Quando alguma coisa ganha mais importância em sua vida que Deus, essa coisa se torna seu ídolo. Tudo pode se tornar um ídolo:

  • Uma pessoa
  • Um emprego
  • Um passatempo
  • Dinheiro
  • Comida
  • Bens materiais



Todas as várias formas de idolatria moderna têm uma coisa em seu núcleo: o eu. A maioria das pessoas já não se curvam a ídolos e imagens. Em vez disso, adoramos no altar do deus de si mesmo. Este tipo de idolatria moderna assume várias formas.

1. O altar do materialismo.

 Adoramos no altar do materialismo, que alimenta a nossa necessidade de construir nossos egos através da aquisição de mais "coisas". Nossas casas estão cheias de toda espécie de bens. Construímos casas cada vez maiores, com mais armários e espaço de armazenamento, a fim de abrigar todas as coisas que compramos, muitas das quais nem terminamos de pagar ainda. A maioria das nossas coisas tem uma "obsolescência planejada", tornando-se inútil brevemente, e por isso consignamo-as para a garagem ou outro espaço de armazenamento. Então, apressamo-nos para comprar o item, equipamento ou roupa mais nova e da moda, e todo o processo recomeça. Esse desejo insaciável por mais, melhores ou mais novas coisas é nada mais do que cobiça. O décimo mandamento nos diz para não nos tornarmos vítimas de cobiça: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo" (Êxodo 20:17). Deus sabe que nunca seremos felizes se nos entregarmos aos nossos desejos materialistas. O materialismo é a armadilha de Satanás para manter o foco em nós mesmos e não em Deus.

2.  O altar do egocentrismo.

Adoramos no altar do nosso próprio orgulho e ego. Isso muitas vezes toma a forma de obsessão com carreiras e empregos. Milhões de homens - e um número crescente de mulheres - gastam 60-80 horas por semana no trabalho. Mesmo nos fins de semana e durante as férias, os nossos laptops estão cantarolando e nossas mentes estão girando com pensamentos de como tornar as nossas empresas mais bem-sucedidas, como obter essa promoção, como obter o próximo aumento, como fechar o próximo negócio. Enquanto isso, nossos filhos estão super carentes de atenção e amor. Enganamo-nos ao pensar que estamos fazendo isso por eles, para dar-lhes uma vida melhor. Mas a verdade é que estamos fazendo isso por nós mesmos, para aumentar a nossa auto-estima ao aparecer mais bem sucedido aos olhos do mundo. Isso é tolice. A admiração do mundo e todos os nossos trabalhos e realizações não serão de nenhuma utilidade para nós depois da morte porque essas coisas não têm valor eterno. Como o Rei Salomão colocou: "Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, ciência e destreza; contudo, deixará o seu ganho como porção a quem por ele não se esforçou; também isto é vaidade e grande mal. Pois que tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol? Porque todos os seus dias são dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade" (Ec 2:21-23).

3.O altar do antropocentrismo.

  Idolatramos a humanidade e, por extensão, a nós mesmos, através do naturalismo e do poder da ciência. Isso nos dá a ilusão de que somos senhores do nosso mundo e constrói a nossa auto-estima a proporções divinas. Rejeitamos a Palavra de Deus e Sua descrição de como Ele criou os céus e a terra, e aceitamos o absurdo da evolução e naturalismo. Abraçamos a deusa do ambientalismo e nos enganamos por pensar que podemos preservar a terra indefinidamente, apesar de Deus ter declarado que a terra tem uma vida útil limitada e vai durar apenas até o fim dos tempos. Naquele momento, Ele irá destruir tudo o que Ele tem feito e criará um novo céu e nova terra. "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (2 Pedro 3:10-13). Como esta passagem tão claramente afirma, nosso foco não deve estar em adorar o meio ambiente, mas em viver uma vida santa, esperando ansiosamente pelo retorno de nosso Senhor e Salvador. Somente Ele merece adoração.

4.O altar da glutonaria.

 Adoramos no altar do auto-engrandecimento ou da auto-realização ao ponto de excluir a todos os outros, juntamente com as suas necessidades e desejos. Isso se manifesta na auto-indulgência através do álcool, drogas e alimentos. Os que moram em países ricos têm acesso ilimitado ao álcool, drogas (o uso de medicamentos de prescrição – ou medicamento controlado- é o mais alto que já existiu, até mesmo entre as crianças) e alimentos. Isto leva à obesidade, diabetes e outros problemas. O auto-controle do qual precisamos tão desesperadamente é rejeitado em nosso desejo insaciável de comer, beber e nos medicar mais e mais. Resistimos qualquer esforço para refrear nossos apetites, e estamos determinados a nos tornar o deus de nossas vidas. Essa mentalidade tem sua origem no Jardim do Éden, onde Satanás tentou Eva a comer da árvore com as palavras "sereis como Deus" (Gênesis 3:5). Este tem sido o desejo do homem desde então -- ser Deus. Este culto de si mesmo é a base de toda a idolatria moderna.

Toda essa idolatria de si mesmo tem em sua essência as três paixões encontradas em 1 João 2:16: "porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo." Se quisermos escapar da idolatria moderna, temos que admitir que é galopante e rejeitá-la em todas as suas formas. Não é de Deus, mas de Satanás. A mentira de que o amor de si mesmo trará satisfação é o mesmo que Satanás vem dizendo desde que primeiro mentiu a Adão e Eva. Infelizmente, ainda estamos caindo nessa armadilha. Ainda mais infelizmente, muitas igrejas estão propagando-a na pregação do evangelho da saúde, riqueza e prosperidade, o qual foi construído sobre o ídolo da auto-estima. Mas nunca encontraremos a felicidade se mantivermos o foco em nós mesmos. Nossos corações e mentes devem ser centrados em Deus e em outras pessoas. É por isso que, quando perguntado qual é o maior mandamento, Jesus respondeu: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22:37). Quando amamos o Senhor e os outros com tudo o que está em nós, não haverá nenhum espaço em nossos corações para a idolatria.

Como evitar a idolatria?

Para evitar a idolatria, basta focar em Deus. Ponha sempre Deus em primeiro lugar (Dt 6:4-5). Ponha sua vida toda nas mãos de Deus. Um ídolo é uma coisa que controla sua vida mas Jesus veio para libertar. Você não precisa mais ficar escravizado pela idolatria. Ore pedindo a ajuda de Deus para ficar livre dos ídolos.




VII. Apesar da ação Divina satanás obteve vantagem sobre Gideão e a Nação de israel.


Qual era o principal interesse de Satanás? Que Israel lhe tivesse por deus, através da idolatria! Na cabeça dos povos da época, quem vencia as guerras tinha um deus mais poderoso. Os Israelitas venceram a guerra e os povos viram que o Senhor é ‘o mais poderoso’. Mas de que adiantou isso aos Hebreus se continuaram adorando a Satanás? Quando Deus chamou Gideão, mandou destruir um centro de idolatria e depois libertar o povo. Agora Gideão constrói outro centro de idolatria e ‘todo o Israel’ ali se prostituí (pratica idolatria).
É muito triste, quando vemos homens que no início de seus ministérios combatiam a idolatria, guerreavam contra tudo aquilo que afronta o Senhor e hoje, estão tornando-se idólatras. Combatiam/combatem muitos ídolos, mas tem se prostrado aos pés da ganância, do dinheiro, da fama, do ego, dos modismos!
Pregam, expulsam demônios, livram as pessoas do ‘mundo’ e as levam para a Igreja. Ensinam que não devem adorar imagens, que não devem ser viciados... Libertam o povo dos ‘midianitas’ e de ‘Baal’ mas os conduzem em uma adoração ao ‘Dinheiro’. Entendem? As pessoas olham e dizem “a Igreja Evangélica está crescendo”. Sim, tão certo como Israel venceu os midianitas. Mas o Satanás, o real adversário, bate palmas, como bateu para Gideão quando este falhou! Porque é vantagem ao inimigo, que pensemos que estamos ‘bombando’, vencendo, quando na verdade estamos nos destruindo!


Por favor, vamos nos policiar, ajudar uns aos outros para que nós não caiamos também! Fiquemos, pois, atentos. Para o mundo, quem tem mais dinheiro, saúde e carros, tem o deus maior! Mas de que vai servir provar ao mundo que temos o deus maior, se apenas estamos mudando o tipo de idolatria ao invés de eliminarmos ela de nosso meio? Não precisamos mostrar ao mundo quem tem o deus maior, porque o DEUS único e verdadeiro nos tem, e com ELE ‘ninguém pode’! 

Pelo contrário, em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos e as dificuldades.

 5-Temos sido chicoteados, presos e agredidos nas agitações populares. Temos trabalhado demais, temos ficado sem dormir e sem comer.

6-Por meio da nossa pureza, conhecimento, paciência e delicadeza, mostramos que somos servos de Deus. Por meio do Espírito Santo, temos mostrado isso pelo nosso amor verdadeiro,

7-pela mensagem da verdade e pelo poder de Deus. Por vivermos em obediência à vontade de Deus, temos as armas que usamos tanto para atacar como para nos defender.

8-Somos elogiados e caluniados; alguns nos insultam, outros falam bem de nós. Somos tratados como mentirosos, mas falamos a verdade; (2 Co 6.4-8).


VIII.  As lições que podemos aprender.


Resultado de imagem para As lições da vida de Gideão

1. A fidelidade durante um tempo não é garantia de fidelidade para sempre. Gideão foi um herói fiel ao Senhor durante momentos importantes em Israel, mas tomou passos errados que contribuíram aos problemas que vieram depois.
As fraquezas de um homem podem ser facilmente multiplicadas em outras gerações. Gideão tomou passos na direção errada, e as pessoas que vieram depois fizeram coisas ainda piores. Devemos batalhar para tirar a ambição e a idolatria das nossas vidas, pois ambos os erros tem exatamente o mesmo efeito. Quando o homem se exalta ou exalta suas imagens idólatras, ele nega a adoração e honra que somente Deus merece!

2. Muitas vezes, assumimos essa idolatria de Gideão, dizemos que o rei apenas é Deus, mas queremos que as pessoas olhem para nós, busquem em nós a sua salvação. Fazemos um éfode para nós mesmos.  Precisamos ser precisados.

3. Vamos sempre manter Deus no seu devido lugar. Ou ele ocupa primeiro lugar em nossas vidas, ou caminhamos para a destruição!

4. Quão maravilhoso é ver aquele que julga o que está na sombra e vê como ele usa sua posição. Diferente de Gideão, ele tem todo direito de ser servido como rei. Ele é o verdadeiro tabernáculo, o grande lugar de adoração de Deus na terra. Ainda assim, Jesus resiste a tentação de reina em poder sobre as nações porque ele não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgaste de muitos. Eles nos resgatou das nossas relações de auto-promoção e das nossas respostas raivosas diante do fracasso. Ele usou sua posição como filho de Deus para nos dar liberdade da necessidade de respeito.




Em breve estaremos de volta com a última  parte deste maravilhoso  estudo com o tema:

"  O legado de Gideão".

Até breve na Paz do Senhor Jesus!

Nenhum comentário:

Postar um comentário