terça-feira, 20 de julho de 2021

Série "O propósito dos sofrimentos do Messias. 3.O desprezo ao Messias

 Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra Isaías capítulo 53 .3 que nos diz:

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.


Nós estamos de volta, dando sequência a mais uma série de conferências sobre" o propósito dos sofrimentos do Messias"  já tratamos sobre os seguintes temas:


  • Introdução
  •  O  descrédito do Messias;
  • A desfiguração do Messias

 Agora falaremos sobre: O desprezo ao Messias.


I. Análise preliminar do texto.



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"Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens".


Rejeitado- sig. “abandonado dos homens”. “O mais abjeto dos homens”. Literalmente, “Aquele que cessa dos homens”, isto é, não é mais considerado como um homem. ( Is 52:14; Is 49: 7).
homem de dores – isto é, cuja característica distintiva era tristeza.
familiarizado com – familiar pelo contato constante com.
enfermidade – literalmente, “doença”; figurativamente para todos os tipos de calamidade (Jr 6:14); a lepra representava especialmente isso, sendo um julgamento direto de Deus. É notável que Jesus não seja mencionado como tendo sofrido alguma vez com a doença.
os outros escondiam o rosto – sim, como alguém que faz com que os homens escondam seus rostos dele. Ou: “Ele era como um esconderijo do rosto antes”, isto é, como uma coisa diante da qual um homem cobre o rosto em desgosto. Ou “como alguém diante de quem é a cobertura da face”; diante de quem se cobre o rosto em desgosto.
O profeta Isaías estava empregando uma linguagem que cabia aos leprosos, que eram cortados do convívio com a comunidade. Os homens voltavam o rosto para o outro lado daquela gente infeliz, sentindo temor e nojo. O Servo de Deus foi o Sofredor por excelência, não havendo nenhuma razão para a rejeição que sofria.

O menino cresceu e se tornou homem, mas mesmo assim poucos se impressionaram com Ele. Ele foi desprezado e rejeitado pelos próprios irmãos. Foi um homem de tristezas, antes mesmo de Sua crucificação. Estava acostumado à tristeza e à dor. Os homens escondiam Dele o rosto, e não O reconheciam. Quem se importava com Ele? Não viam Nele valor algum. "A solidão e o abandono eram amargas aflições para os orientais. Caim, o assassino de seu irmão, foi exilado da comunidade; e Cristo, o Justo, também sofreu esse tipo de tratamento. O clamor da solidão é o clamor mais amargo. (Lm 1.3; 3.7,14,17; Jó 19.13-19; Sal. 22.31; 38; 69; 88 e 102).



II. Visão panorâmica.


“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”Hb 4:15-16


Alguns estão dizendo: "Como Deus pode me entender? Ele já passou por aquilo que eu passei?” Temos às vezes a imagem de um Deus inacessível e distante, um Deus que está longe da vida e da realidade. Um Deus que não pode entender as nossas dificuldades e tentações. Bem, o Senhor Jesus Cristo, “a imagem do Deus invisível” (Cl 1:15) passou por tudo isso. Ele passou por tudo o que você pode estar passando agora, através de todas as tentações que podem te tentar e as tempestades que podem te atingir. Porque Ele passou por isso, ele pode compreender você. Ele pode perfeitamente compadecer com a dor, as fraquezas e os desejos da alma humana. Jesus Cristo se compadece neste momento com o que pode ter machucado você. Jesus Cristo compadece agora com o que pode ter afligido você. Jesus Cristo compadece agora com todas as suas fraquezas, todos os seus problemas, cada lágrima que você possa ter derramado e toda a ansiedade que possa ter. Dois capítulos anteriores, em Hebreus 2:16-18.

“Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.”
Jesus Cristo pode ajudar aqueles que são tentados, porque Ele também passou pelas mesmas tentações. Ele não olha para você de longe, sem saber como você pode se sentir. Ele sabe muito bem. Ele foi feito semelhante a nós em todos os aspectos que lemos. Alguns acreditam que Cristo era como um robô: Ele veio, fez o trabalho e partiu. Precisamos, no entanto, a imagem de um Cristo que foi feito semelhante a nós em todos os aspectos. Precisamos da imagem do Jesus Cristo homem .
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem (I Tm 2:5).”
O mediador entre Deus e o homem, nosso Sumo Sacerdote e grande defensor é aquele que foi feito semelhante a nós em todos os aspectos: o Cristo Jesus homem. Veja que a Palavra de Deus, falando em nosso advogado, não o chama de Filho de Deus, ou Senhor ou Salvador ou usando qualquer outro título que ele tem e é. Em vez disso, o chama de homem - assim aumentando o fato de que aquele que medeia pelos homens, não é um estranho para eles, mas um que foi feito como eles em todos os aspectos. Ele sofreu como os homens, Ele foi tentado como os homens e por isso Ele pode compadecer com os homens e mediar por eles. “Porque, na verdade, ele não tomou aos anjos, mas tomou a descendência de Abraão” lemos. Você já chorou? Ele chorou também. Você foi traído? Ele foi traído também. Você ficou com fome e sede? Ele ficou com fome e com sede também. Você foi tratado injustamente? Ele foi tratado injustamente também. Você sentiu dor? Ele sentiu dor também. Você já esteve em agonia? Ele esteve em agonia também. Você perdeu entes queridos? Ele perdeu entes queridos também. Você foi rejeitado? Ele foi rejeitado também. Jesus Cristo, “o Cristo Jesus homem”, pode perfeitamente entender você pois Ele foi feito como você, não apenas em alguns pontos, mas em todos os aspectos, a Escritura diz.
Indo adiante no mesmo tema lemos em Filipenses 2:5-11:

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”
Jesus Cristo se humilhou e tomou a forma de servo. Ele foi feito como nós - com a diferença que Ele nasceu e permaneceu sem pecado - e, portanto, Ele pode nos compreender. Você poderia encontrá-lo no parque. Você poderia comer com ele. Naquela época, Ele era um carpinteiro. Hoje, Ele poderia trabalhar no escritório ao lado ou você poderia vê-lo como um construtor em um canteiro de obras. O que e onde não é significante. O que é significante é quem quer que você seja e qual seja o seu problema, Jesus Cristo pode compadecer com você e te entender, pois:


• Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens.
• Ele era um homem de dores e acostumado com o sofrimento.
• Os outros esconderam suas faces dele.
• Os outros O estimavam como aflito, ferido por Deus e humilhado.
• Ele foi ferido pelas nossas transgressões e afetado pelas nossas iniquidades.
• Ele foi oprimido e afligido, e Ele não abriu a sua boca.
Isto é o que Jesus Cristo passou por nós. Nosso Salvador e Mediador, nosso grande advogado pode perfeitamente compadecer conosco. E como um salvador que precisávamos. Um apenas remoto não serviria. Nós precisávamos de um que seria feito como os homens em todos os aspectos - um que iria passar por aquilo que os homens passam e, portanto, Ele poderia mediar por nós e nos apoiar. E este é o Salvador, o Sumo Sacerdote, o advogado que temos.
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”




III. O Messias seria desprezado.



"Era desprezado" (Is 53:3). É impressionante considerar que o redentor da humanidade teve que vir ao mundo não somente sem ser anunciado, mas não reconhecido e indesejado. Tivesse sido deixado à nossa iniciativa, nunca teríamos, naturalmente, lhe pedido que viesse. E quando, pelo divino cuidado, ele veio, não tivemos sequer o bom senso de reconhecer nele nossa única esperança de escapar ao desastre. Ele era o criador do universo, e por seu poder todas as coisas são mantidas (Cl 1:16-17; Hb 1:2-3). Somente pela sua força os homens podiam respirar (At 17:25-27), e no entanto, quando ele veio ao mundo, eles nem mesmo o reconheceram (Jo 1:10). 

Os filhos de Deus podem ser rejeitados pelos seus amigos e família. A Bíblia diz em Marcos 6:4: “Então Jesus lhes dizia: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra, entre os seus parentes, e na sua própria casa.” A Bíblia diz em Salmos 27:10: “Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá.”
Jesus sabe o que é a dor da rejeição. A Bíblia diz em Lucas 13:34: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!”
Jesus também foi desprezado e rejeitado pelos homens, e Ele sabe o que isso significa. A Bíblia diz em Isaías 53:3: “Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.”
Nós rejeitamos a Deus quando recusamos a Sua oferta de salvação. A Bíblia diz em Mateus 21:42: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos?”
Qualquer pessoa que rejeita a Deus é um tolo. A Bíblia diz em Salmos 14:1: “Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem.”

Quanto mais Jesus Cristo tentava fazer o bem aos outros, tanto mais era rejeitado. No fim de sua vida na Terra, o Homem-Deus se sentira completamente só e isolado, abandonado por todos, inclusive por aqueles a quem mais Ele estimava: “ nunca ninguém sofreu tanto quanto Ele, não só na ordem física, mas sobretudo na ordem moral: abandono, ingratidões, crueldades.

  • O inteiro abandono


É por isso que nas sérias e solenes cerimônias da Semana Santa nos deparamos com uma triste realidade: é o pecado dos pecados, a infâmia das infâmias, a traição por excelência… o Deicídio. Apesar de Deus, Nosso Senhor, na sua infinita Bondade, ter operado incalculáveis milagres e haver perdoado até os piores pecados, Ele foi odiado, caluniado, perseguido e até assassinado… Qual o homem que não se comove ao meditar nestas pungentes cenas? Essa ingratidão, entretanto, Nosso Senhor a carregou por inteiro desde o início da Encarnação até a sua Crucifixão. É alguns trechos que as Sagradas Escrituras nos revelam.
Tomando o primeiro evangelho, podemos ressaltar as seguintes passagens:

  •  Alguns exemplos nos relatos de Marcos



  • Primeira rejeição: a dos escribas.


O Nosso Senhor, na sua divina misericórdia, absolve os pecados do paralítico e depois o cura. E o que os escribas dizem? “Como pode Ele falar deste modo? Está blasfemando. Só Deus pode perdoar pecados” (Mc 2, 7). E mais tarde, devido aos numerosos exorcismos, “os escribas vindos de Jerusalém diziam que Ele estava possuído por Beelzebú e expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios” (Mc 3, 22). 


  •  A segunda rejeição
Qual foi a reação dos fariseus e herodianos, quando Nosso Senhor curou o homem da mão seca, na Sinagoga da Galileia? “Saindo daí, imediatamente os fariseus, com os herodianos, tomaram a decisão de eliminar Jesus.” (Mc 3,6). Segunda rejeição: a dos herodianos e fariseus.

  •  Na sua família



Poderíamos pensar que a rejeição de seus inimigos seria normal. Até aqui não temos grande surpresa. Mas, inclusive a sua própria família, as pessoas em que ele deveria encontrar apoio, o considera um louco: “Jesus voltou para casa, e outra vez se ajuntou tanta gente que eles nem mesmo podiam se alimentar. Quando seus familiares souberam disso, vieram para detê-lo, pois diziam: ‘Está ficando louco’”. (Mc 3, 20-21).
Todavia, nem sequer em sua Pátria Ele era acolhido: “Jesus, então, dizia-lhes: ‘Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa’” (Mc 6,4). Terceira rejeição: a de seus familiares e de sua Pátria.

  • Entre os doze também há falta de amor


Aproxima-se a Paixão: Nosso Senhor já foi condenado por seus inimigos e abandonado por sua Pátria e seus familiares. Mas, seu sofrimento não podia piorar? Aqueles que mais tinham recebido haveriam também de abandoná-Lo, e até de trai-Lo! “Judas Iscariotes, um dos doze, foi procurar os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus. Ouvindo isso, eles ficaram contentes e prometeram dar-lhe dinheiro. Judas, então, procurava uma oportunidade para entregá-lo.” (Mc 14, 10-11).


Mesmo seus seguidores mais íntimos, os discípulos, “estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam com medo.” (Mc 10, 32-34). Perderam a confiança nEle. Já tinham dado o primeiro passo para abandoná-lo: a falta de confiança e medo. O segundo passo, eles o dariam no Horto das Oliveiras: “Então, abandonando-O, todos os discípulos fugiram” (Mc 14, 50). “O isolamento e a perspectiva da dor são os dois sofrimentos ápices do Homem Deus no Horto das Oliveiras.” Até mesmo São Pedro, o primeiro Papa o nega três vezes, jurando: “Não conheço esse Homem de quem falais” (Mc 14, 71).

 Quarta rejeição: dos discípulos e apóstolos.


  • O Homem Deus tinha de se rebaixar até aos criminosos



Abandonado por quase todos, faltava ainda a injúria e a rejeição dos condenados. Para escândalo de todos, e para que se cumprissem as profecias, Nosso Senhor é crucificado no meio de dois criminosos, um à sua direita e outro à sua esquerda ( Mc 15, 27; Mt 27, 44). Neste trecho, São Marcos e São Mateus afirmam que os dois ladrões lançavam injúrias, pois queriam sublinhar quanto Nosso Senhor estava abandonado e rejeitado na Cruz. Ao contrário, São Lucas afirma que um se convertera, pois todo seu evangelho é voltado para a misericórdia divina ( Lc 23, 39). O ilustre São João Crisóstomo resolve esta aparente contradição afirmando que aconteceram ambas as coisas: no início, os ladrões lançavam impropérios, mas depois, um reconheceu o crucificado e confessou o seu reinado.


  • A consumação do divino sacrifício



Finalmente, para consumar todo seu sacrifício, na sua natureza humana o Homem Deus se sente abandonado pela primeira pessoa da Santíssima Trindade, seu próprio Pai: “ (Mc 15,34). Este foi o pior de todos os sofrimentos, pois Ele se sentiu inteiramente isolado, sem ninguém que o entendesse, auxiliasse e animasse. Ele se sentira abandonado até mesmo por quem Ele amava infinitamente!
Foi assim que Nosso Senhor chegou ao extremo da rejeição, do desprezo e do isolamento para que se cumprisse a profecia: “Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele.” (Is 53, 3).
Os judeus haviam falhado em cada palavra dita ao Senhor, não deveriam havê-lo considerado um criminoso, muito menos cuspido em seu rosto, que pouco a pouco começava a revelar as marcas do desprezo.
“Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.”At 4:10-11
Aprendo que o ser humano é capaz de oferecer a cruz, símbolo de vergonha, desprezo e dor, pensando colocar um fim na historia de líderes de sucesso. Deus vendo desde os céus, resolver agir.
Ele vai lá e usa a mesma cruz e o desprezo, para ressuscitar nossas esperanças, refazer nossa história, transformar nossas dores em cânticos, nosso choro em alegria, e quando muitos pensam ser o ponto final, Deus entra com providência e muda o desfecho, acrescentando uma única vírgula, como sinal que a nossa historia ainda não terminou.
Ao vencer a cruz (desprezo, traições…) é hora de experimentar o melhor de Deus, a manifestação de sua graça, de seu favor, de seu poder absoluto sobre nós. A cruz não é o fim, é o inicio de uma vida de vitórias, de honra e abundância de bênçãos.
Crucificaram o filho de Deus, permitindo que o seu sangue escorresse pelo madeiro, ao ver sua obediência, Deus o ressuscitou só para torná-lo Senhor e Cristo (At 2.36).
Ao ser rejeitado (At 4.11) pelos homens, o Pai fez de nosso Senhor a pedra principal de um edifício que nem mesmo a força de uma tormenta é capaz de destruir.

Como lidar com o desprezo?

Ao lidar com o desprezo, lembre-se da presença de Deus
Talvez a maioria, aqui, já tenha ouvido ou lido, alguma vez, a respeito do envolvimento de Agar na vida de Abraão e Sara. Estes eram idosos e não tinham filhos. Mas Deus havia prometido a Abraão um herdeiro (Gn 15:3-5). Acontece que o tempo passava e o filho não vinha. Sara, ansiosa por ser mãe, tomou a iniciativa de propor a seu marido que tivesse um filho com a escrava dela, Agar. Abraão aceitou a proposta, e, assim, nasceu Ismael (Gn 16:1-4, 15). Mas, no tempo devido, Deus cumpriu a promessa de dar a Abraão e Sara o filho que eles tanto queriam. Nasceu, então, Isaque (Gn 21:1-3).
O nosso texto base diz que, quando Isaque foi desmamado, seu pai deu um grande banquete para comemorar o acontecimento (Gn 21:8). Nesse banquete, ocorreu um evento desagradável: Sara se ressentiu de certa atitude de Ismael em relação a Isaque. Talvez se tratasse de uma brincadeira ou de uma zombaria. O texto diz que ela pediu a Abraão que expulsasse Agar e Ismael de casa, pois não queria que o garoto fosse herdeiro com Isaque. O autor conta que Abraão, mesmo triste por causa de Ismael, despediu, na manhã seguinte, este e sua mãe. Os dois andaram sem rumo pelo deserto de Berseba (Gn 21:11-14).
É no deserto que Agar prova o cuidado de Deus, exatamente quando não havia mais perspectiva alguma de sobrevivência para ela e seu filho, de acordo com os versículos 15-16. No versículo 17, nós lemos: Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Observe o verbo ouvir usado duas vezes nesse versículo. Não se trata, aqui, apenas de percepção auditiva, mas de dedicação, de atenção voltada para alguém. Foi assim que Deus se mostrou a Agar: dedicado e atencioso. Ele a encorajou, dizendo: Não temas. A razão por que ela não precisava temer era a presença do Deus que ouve, que ama primeiro e vai ao encontro do ser humano, onde quer que esteja. Foi essa mensagem que o Anjo de Deus levou a Agar, no deserto, quando disse: Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.
No momento em que parecia não haver ninguém atento ao que se passava naquele lugar, Agar ouviu aquele que ouve e vê todas as coisas. Não era qualquer pessoa que falava com ela, mas aquele que habita nas alturas. O texto diz que ele a chamou do céu. No Salmo 113, também lemos: Não há ninguém como o Senhor, nosso Deus, que tem o seu trono nas alturas, mas se inclina para ver o que há no céu e na terra. Ele livra da humilhação os pobres e tira da miséria os necessitados (vv. 5-7). É assim que Deus lida com os desprezados: ouvindo-os, onde quer que estejam; mostrando-se atento ao que se passa com eles.
Por amar demais o ser humano, Deus detesta vê-lo desvalorizado. Sendo assim, não lhe agrada nem um pouco que pessoas sejam tratadas como objetos e sejam expostas à humilhação. Ele nos tem por alvos da sua atenção constante, mesmo sem sermos úteis, atraentes, carismáticos, ricos ou qualificados aos olhos humanos. Esse amor foi demonstrado claramente na atenção que Jesus dispensou às pessoas desvalorizadas pela sociedade. Os evangelhos nos dizem que ele se encheu de íntima compaixão (Mt 20:34; Lc 7:13), quando as encontrou. Portanto, a presença constante do Senhor conosco é a maior garantia do seu amor e do valor que ele nos dá. Lembre disso sempre, e especialmente quando for alvo de desprezo.
Ao mostrar a atuação direta de Deus em favor daqueles dois moribundos, o texto não apenas nos ensina a lembrar da presença de Deus.



IV. O Messias seria o mais rejeitado entre os homens.


Muitas pessoas sofrem porque são rejeitadas ou porque pensam que não tem nenhum valor para Deus. Mas a Bíblia diz exatamente o oposto - "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3:16)
Deus te ama e por isso não há motivos para você pensar que não tem valor. Jesus morreu pelos seus pecados para que você não precisasse sofrer a condenação de Deus. Se você aceitar este presente da salvação, você receberá uma nova vida. Mas, para você andar nos caminhos de Deus, você deverá abandonar todo sentimento de rejeição e acreditar que Ele te aceita como você é. Se você olhar para a vida de Jesus, você verá que Ele foi muito rejeitado pelas pessoas. No livro de Isaías 53:3 diz: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer, e  como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso". Jesus foi rejeitado para que pudéssemos ser aceitos por Deus, e o que nos faz ser aceitos hoje é exatamente o fato dEle ter assumido o nosso lugar - a nossa rejeição. A Bíblia mostra que mesmo depois que Ele realizava os milagres, as pessoas O rejeitavam. 

Veja o que diziam:
"Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele" (Mc 6:3).
Você já foi zombado por alguém? Já riram ou duvidaram de você? Muitas vezes as pessoas não suportam passar por essas situações ruins, mas Jesus não era assim. Ele foi rejeitado até mesmo pelas pessoas que o conheciam, porém, não se deixou abater. Às vezes, a rejeição faz com que as pessoas sofram uma dor tão grande na alma, que acabam desistindo dos seus sonhos. Porém essa não é vontade de Deus. Certa vez Jesus foi apresentado diante da multidão para ser julgado, mesmo sem ter feito nada de errado. Então Pilatos o colocou ao lado de um criminoso chamado Barrabás e perguntou: “"Qual queres que vos solte, a Jesus chamado o Cristo ou Barrabás?"” (Lc 23:18) Barrabás era um homem mal, tinha cometido os piores crimes, e do outro lado estava Jesus, um homem que não havia cometido um pecado sequer. Porém todos rejeitaram Jesus. Veja: "Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás!”"
Tente imaginar a dor de Jesus. Não pense que por ele ser o Filho de Deus, ele não tinha sentimentos como nós. Jesus habitou em carne e por isso era exatamente como nós. Ele chorava, ria, sentia fome, dor, sono etc. Talvez no meio daquelas pessoas estavam os paralíticos que foram curados, surdos que voltaram a ouvir, mas mesmo assim eles pediram para crucificar Jesus. Quando alguém nos despreza e nos rejeita, qual é a nossa reação? Muitas vezes queremos confrontá-las, não é verdade? Mas Jesus nunca se defendia. Ele sabia que seu Pai Eterno é quem julgava as pessoas. Veja: "Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue, a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia". Por isso nunca devemos julgar as pessoas. Entregue tudo nas mãos de Deus e ore, pedindo para que nenhuma raiz de amargura fique em seu coração. Diga o que o salmista disse: "Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá" (Sl 27.10).

Quando entendemos que Deus nos aceita, nos ama e nos recebe de braços abertos, não precisamos nos sentir rejeitados e com isso, julgar as pessoas. Pelo contrário, Deus coloca em nosso coração a compaixão e conseguimos orar por aqueles que nos perseguem. Entendemos que todos nós somos pecadores, mas assim como Cristo nos alcançou com misericórdia, Ele também pode alcançar as pessoas ruins e pecadoras.
Meu amado irmão e irmã que está lendo essa mensagem: Deus conhece o seu coração e tem grandes sonhos para sua vida, e por isso, talvez o inimigo tenha usado pessoas para o julgarem. Não desanime da vida por causa disso. Você foi aceito por Deus ali na cruz, por isso aceite o Seu perdão e saiba que Ele nunca te rejeitará. Deus não nos ama como as pessoas, que só nos aceitam quando fazemos o certo. Ele nos ama com um amor perfeito, cheio de misericórdia. Por isso o seu valor não é baseado no que as pessoas pensam sobre você, mas no que Deus pensa a seu respeito.
A Bíblia diz que foi por causa dos nossos pecados que Jesus morreu. Ele nunca pecou, mas sobre ele caiu todo o castigo que merecíamos. E como Deus é 100% santo, Ele não podia mais estar com o Seu Filho naquele momento da cruz. Por isso Jesus clamou: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?" Ele foi desamparado ali na cruz para que nunca precisássemos carregar o fardo de uma vida distante do Senhor. Por isso receba hoje esse amor maravilhoso e tenha uma vida vitoriosa!


V. O Messias seria um homem de dores.

Como dito logo acima, todos nós sabemos que Isaias 53 relata Jesus Cristo e a sua obra na cruz. Isaías aqui diz que Jesus era homem de dores, certamente, Jesus foi alguém que sofreu as mais diversas acusações, perseguições e aflições e em suas ultimas horas de vida chegou a soar sangue, sua morte foi a mais cruel.
Dos títulos de Jesus que encontramos na Bíblia, certamente este é um dos mais intrigantes. O Messias do povo Israelita, que se tornou o Salvador do mundo, não deveria ter um título mais atraente? Estaria em seu perfeito juízo o profeta Isaías, quando profetizou a respeito do Servo Sofredor? Por incrível que pareça a resposta é sim. Isaías não se enganou, ele realmente estava sendo inspirado pelo Espírito Santo, quando profetizou que o Messias seria considerado um Homem de dores. Em todo o capítulo cinquenta e três de seu livro, o profeta relata o sofrimento de Cristo e mais precisamente no versículo três, faz essa declaração chocante “um homem de dores”.
O título “homem de dores” não é o mais apropriado para uma pessoa com quem gostaríamos de ter contato. Muitas pessoas carregam dentro si este tipo de pensamento, até passarem por uma severa prova, onde a dor é a única companheira. A dor (no sentido amplo da palavra, não especificamente dor física) tem paralisado vidas, paralisado projetos, paralisado sonhos. Muitas pessoas já desistiram de viver, por não conseguirem superar algum tipo de trauma, algum tipo de dor insuportável. Será que alguém pode nos ajudar quando chegamos a tal condição?
Para responder esta pergunta precisamos observar alguns episódios na vida de Jesus. As situações vividas pelo Meigo Nazareno, em sua grande maioria são enfrentadas por todos nós. O que tem paralisado a sua vida? A rejeição? Ele foi rejeitado (Jo 1: 11; Jo 12: 37; Jo 7: 5). A dor de perder alguém querido? Ele chorou por causa de Lázaro (Jo 11: 35). Você está diante de uma grande prova? Ele também esteve (Lc 22: 39-44). Você é pobre e necessitado? Ele também foi (Lc 9: 58). Você tem passado por terríveis tentações? Ele também passou e as venceu (Mt 4 e Lc 4). Você se sente abandonado por Deus? Ele também se sentiu (Mt 27: 46). Essas são somente algumas coisas que aconteceram com o Senhor, poderíamos listar muitas outras.
O Homem de dores diz para aqueles que enfrentam dores insuportáveis: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16: 33b). Jesus se compadece de nós, porque Ele sabe o que é sofrer. O Filho de Deus sofreu, Ele foi experimentado no sofrimento. Ele não somente se compadece, mas também nos ajuda a enfrentar o sofrimento. Se Ele venceu, nós também venceremos, não por nossas forças, mas pela força Dele em nós. O escritor aos Hebreus foi bem claro quando escreveu: “pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4: 15-16). Apesar da referência no texto falar sobre tentação, podemos entender também como provação, pois a palavra no grego possui os dois significados. Jesus sabe o que é ser provado, Ele sabe o que é sentir dor. Ele pode te ajudar a superar esta dor. O profeta Isaías tinha razão, realmente Ele seria um homem de dores, experimentado no sofrimento. E esse Homem de dores ajudaria muitas pessoas a enfrentarem as suas dores. Se aproxime Dele. Ele está no trono e esse trono é um trono de graça. Ele tem graça e misericórdia para você. Ele tem alívio para sua dor!

VI. O Messias seria experimentado nos trabalhos.

Jesus era carpinteiro?

Qual foi a profissão que Jesus praticou na casa de seus pais? Pela literatura Judaica sabemos que era uma obrigação do Pai encontrar um profissão para o filho. Como vimos, São Marcos diz que quando Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, os seus conterrâneos comentaram: “Não é este o carpinteiro?” (Mc 6,3). Daí se ter pensado sempre que ele foi carpinteiro.
Com o tempo alguns estudiosos colocaram duvidas sobre esta profissão de Jesus: Afirmam que outros evangelhos como Marcos e Lucas preferem ocultar esta profissão alegando ser ela não bem vista na sociedade. Outros alegam que a Galiléia por ser uma região fertil todos se dedicavam a agricultura. As Parábolas de Jesus sempre se utilizava de elementos vindos do campo (o semeador, a semente, a cizânia, a vinha, a figueira, o grão de mostarda.), e não do ambiente da carpintaria…

O aludir tanto à agricultura nas suas Parábolas, em especial as do Reino de Deus, deve-se ao fato do auditório estar formado, por agricultores e que Jesus trabalhou também como agricultor, pois José não sobreviveria so da carpintaria, assim Jesus usou muito bem um recurso do discurso da literatura Judaica as Parábolas e procurou adaptar sua linguagem aos ouvintes. Podemos, pois, concluir que Jesus, durante os 30 anos da sua vida oculta, trabalhou como carpinteiro.

Jesus, pelo Seu exemplo como jovem trabalhador, nos ensinou que o trabalho é honroso, e bom para nosso desenvolvimento físico. Igualmente, Ele nos ensinou que devemos nos esforçar por nos distinguirmos no trabalho que fazemos!

“À medida que Jesus trabalhava na infância e na juventude, mente e físico se Lhe desenvolviam. Não empregava descuidadamente as forças físicas, mas de maneira a conservá-las sãs, a fim de fazer o melhor trabalho possível em todos os sentidos. Não queria ser deficiente, nem mesmo no manejo dos instrumentos de trabalho. Era perfeito como operário, da mesma forma que o era no caráter.

José e Jesus podem ter sido construtores de móveis para casa ou ter trabalhado em construções de casa, especificamente com madeiras. Outras tradições descrevem sua profissão como “construtor de arados e jugos” para bois. Uma outra tradição prefere interpretar a palavra carpinteiro como construtor de casas (Evangelho de Tiago 9:3). Alguns estudiosos modernos dizem que tekt?n pode significar pedreiro. Em uma pequena vila como Nazaré, podemos esperar que Jesus e José tenham usado seus talentos de várias maneiras, incluindo trabalhar com madeira e pedras.

“[Jesus] ensinou que nos cumpre ser industriosos, que nosso trabalho deve ser executado com exatidão e esmero, tomando-se assim honroso. O exercício que ensina as mãos a serem úteis, e educa os jovens em fazer sua parte quanto às responsabilidades da vida, comunica robustez física, e desenvolve todas as faculdades. Todos devem procurar fazer alguma coisa que lhes seja útil, ou de auxílio a outros. Deus designou o trabalho como uma bênção, e somente o trabalhador diligente encontra a verdadeira glória e alegria da vida.



VII. As pessoas esconderiam o seu rosto do Messias.

“Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53:3). É impressionante considerar que o redentor da humanidade teve que vir ao mundo não somente sem ser anunciado, mas não reconhecido e indesejado. Tivesse sido deixado à nossa iniciativa, nunca teríamos, naturalmente, lhe pedido que viesse. E quando, pelo divino cuidado, ele veio, não tivemos sequer o bom senso de reconhecer nele nossa única esperança de escapar ao desastre. Ele era o criador do universo, e por seu poder todas as coisas são mantidas (Cl 1:16-17; Hb 1:2-3). Somente pela sua força os homens podiam respirar (Atos 17:25-27), e no entanto, quando ele veio ao mundo, eles nem mesmo o reconheceram (Jo 1:10). Você poderia pensar que, quando Deus desnudou seu santo braço diante das nações, na pessoa de seu único Filho, nós teríamos tido sensibilidade suficiente para ao menos identificá-lo. Mas Isaías disse que isso não aconteceria, e não aconteceu. Quando o Messias viesse, o profeta disse, ele seria desprezado como um embaraço, julgado simplesmente indigno de notícia. “… como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso” (53:3).
Mas se é notável que o mundo em volta não ficou impressionado com o Filho de Davi, é absolutamente notável que ele foi rejeitado pela nação de Israel. Ele era o seu Messias, o ungido de Deus, o objeto de sua aspiração nacional, o consolador, apaixonado sonho de seus corações. Desde o tempo de Abraão eles tinham alimentado a esperança de sua vinda. Entretanto, quando ele veio, até eles o rejeitaram (Jo 1:11). É incrível! Mas Isaías disse que isso haveria de acontecer, e aconteceu. A advertência não mudou nada. Por fim, até os chefes espirituais da nação ficariam no monte onde o crucificado estava exalando os últimos suspiros e atirariam ao seu rosto as próprias palavras que Davi tinha profetizado: “Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer”(Sl 22:7-8; Mt 27:43).


A maioria de nós imagina que teríamos sido mais sensíveis, reconhecendo facilmente o Servo de Deus. Mas a pergunta é: Como? Por aquela ficção dos artistas medievais, a auréola em volta de sua cabeça? Pelo seu dinheiro? Sua óbvia nobreza? Seu poder político? Como poderiam pessoas como nós, fascinadas e ocupadas com tantas superficialidades estúpidas, ter visto a verdadeira beleza de sua absoluta santidade e amor? Isaías descreveu a recepção que ele teria da maioria, se não de todos nós. E é indescritivelmente ultrajante.
Agora, será que o nome de Jesus sempre foi bem aceito? Podemos dizer que o Senhor foi bem acolhido entre os homens, que as pessoas levaram o nome de Jesus a sério e que todos o reconheceram como o Salvador? Será que as pessoas ficaram maravilhadas com Jesus? Será que o nome de Jesus tornou-se o único nome pelo qual os homens buscam a salvação? Vejam só irmãos! A verdade é que o Senhor, quando começou a manifestar-se em público, foi muito mal recebido. A reação do próprio povo dele foi negativa. “Mesmo depois de Jesus ter feito muitos sinais miraculosos, eles não creram nele” (Jo 12: 37). Assim se cumpriu a palavra do profeta Isaías: “Senhor, quem creu em nossa mensagem, e a quem foi revelado o braço do Senhor”? É uma queixa feita pelo profeta Isaías, que viu com seu olho profético “a glória de Jesus” (Jo 12: 41). O profeta Isaías, tendo consciência da glória de Jesus, ele já previu que o nome maravilhoso de Jesus não seria bem aceito. Poucos viram nele a glória e o braço forte de Deus. Muitos, até líderes, creram em Jesus, sim. Mas a grande maioria deles tinha vergonha de aproximar-se dele. A grande maioria tinha medo de ser zombado pelos outros, ou de ser expulso da sinagoga (João 12: 42). Por isso poucos judeus confessaram a fé em Jesus. “As pessoas amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (Jo 12: 43). Quer dizer, ninguém quis confessar o nome de Jesus, correndo o risco de ser criticado e rejeitado pelos homens.
Irmãos, como isso podia acontecer? Como era possível que Deus Pai destinou seu único Filho amado para ser o único Salvador do mundo, dando-lhe o nome de Jesus, o que significa “Salvador”, enquanto a maioria do povo não ligava para nada? Mas que coisa! Aquele cujo nome é maravilhoso foi pregar nas cidades e aldeias. No início muitos ficaram maravilhados. Mas não demorou muito e ele foi rejeitado! A Palavra de Deus diz que ele se tornou “a pedra rejeitada”. Havia pessoas que seguiram a ele para ver milagres e sinais. Havia pessoas que traziam doentes para serem curados. Havia multidões quando o Senhor estava repartindo e distribuindo pão. Mas quem creu na mensagem dele? Quem deu ouvidos a seus ensinamentos? Quem creu o testemunho do Senhor, quando ele declarou e mostrou biblicamente que é único Filho de Deus? Quando Jesus pregou pela primeira vez na cidade onde havia sido criado, a igreja estava cheia. Todos estavam eram curiosos. Até ficaram maravilhados com as palavras que ele falou. Mas alguém perguntou: “Espere aí, esse Jesus, que está falando tão bonito, é o filho de quem? Ele não é o filho de José o carpinteiro? Nós não conhecemos seus irmãos? Ele é um da gente! Então, o que ele quer dizer ou ensinar”? Resultado: todos ficaram revoltados e ninguém creu nele. Todos ficaram furiosos e até tentaram linchá-lo (Lc 4: 29). Mas que coisa, irmãos! Como é que podia ser assim? Ele não era o único Salvador, cujo nome foi dado por Deus? O destino dele não era salvar o povo dos pecados dele? Por que então ele foi rejeitado por muitos?

Como podemos crer nele? É só pela graça de Deus, irmãos! Sem a graça de Deus, ninguém faz caso de Jesus. Sem a graça de Deus, todos nós deixamos Jesus de lado e procuram outros nomes. Se Deus não nos mostra que Jesus é o único Salvador, nós acabamos inventando na hora outros salvadores. Se Jesus não é tudo para nós, inventamos outras religiões, outras crenças e outras leis. Se Jesus, não é a única pessoa em nossa vida, precisamos de outras. Assim há muitos que confiam, além de confiar em Jesus, também em imagens de santos, ou em Maria, ou em grandes líderes humanas, ou no Espiritismo, ou nas artes esotéricas, ou em doutores e remédios, ou em cientistas, ou em ídolos. Muitos hoje em dia que estão fazendo a mesma coisa que os Judeus faziam quando Jesus andava na terra. Muitos esperam por sinais e milagres. No entanto, são poucos os que crêem na mensagem de Cristo. São poucos que crêem na mensagem da cruz. Para muitos Jesus foi uma pessoa muito boa, uma das pessoas que realmente ajudaram a humanidade a aprender mais. Mas poucos dizem que Jesus é tudo.
Irmãos, não devemos perder a cabeça, diante de tanta confusão e diversidade de religiões. O mais importante continua sendo o fato que nós recebemos perdão dos nossos pecados, somente pelo sangue de Cristo. O ato mais importante jamais feito por uma pessoa humana, em prol da humanidade, é que Jesus carregou a cruz, e morreu como inocente pelos nossos pecados. Esta é a nossa maior felicidade, a nossa felicidade mais profunda e preciosa: Jesus se tornou o nosso único Salvador, de acordo com o Plano de Deus,. “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si. Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Ele foi contado com os criminosos, contudo levou sobre si o pecado de muitos ” (Isaías 53). Irmãos, tudo isto, o perdão dos nossos muitos pecados e a vida eterna, encontramos só em Jesus. Tudo isto encontramos só em Jesus, a Testemunha fiel e o primogênito dos mortos. Maria não foi crucificada para dar-nos o perdão e a vida. Todos os santos não fizeram nem um por cento de tudo que Jesus fez quando derramou seu sangue. Por isso, irmãos, creiam no nome de Jesus! Ele é a pedra rejeitada pelos homens, mas escolhido por Deus. Deus Pai o destinou para ser o nosso único e perfeito Salvador. Ele recebeu o nome Jesus, “porque ele nos salva de todos os nossos pecados e porque, em ninguém mais, devemos buscar ou podemos encontrar salvação”


VIII. As Judeus fariam  descaso do Messias.


 Os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei que planejaram a morte de Jesus. Eles estavam com inveja dele porque as multidões o seguiam. Também não gostavam de suas críticas contra eles. Por isso, decidiram acusá-lo falsamente para o matar.

Judas, um dos doze apóstolos, falou com os chefes dos sacerdotes e fez um acordo com eles para trair Jesus por trinta moedas de prata. Eles ficaram muito felizes, porque Jesus estava sempre cercado de muita gente e precisavam de o prender em privado, para não causar uma grande comoção (Lc 22:1-6).



Pilatos mandou matar Jesus, a pedido do sumo sacerdote Caifás e por causa da insistência do povo. Primeiro, Jesus foi traído por Judas, preso e levado para a casa de Caifás. Lá, testemunhas falsas o acusaram de blasfêmia e o Sinédrio (o conselho de líderes judeus) decidiu que ele era culpado. Como não tinham autoridade para executar ninguém, enviaram Jesus a Pilatos.

Os Judeus esperavam um Messias diferente senão vejamos as profecias do A.T. a respeito dele:


 Jesus Cristo e as profecias sobre o messias

Os Escritos Sagrados apontam para diversas profecias que sinalizariam ao povo quem seria o seu messias, como e quando se daria a sua vinda, quais seriam os seus feitos. Jesus teria cumprido muitas dessas profecias, a maioria delas somente nas suas últimas 24h de vida, vejamos:

  • Seria descendente de Davi - Predição: Is 9:7; Cumprimento: Mt 1:1;
  • Seria feito primogênito de Deus - Predição: Sl 89:27; Cumprimento: Cl 1:15;
  • Seria anunciado após a ordem para a reedificação de Jerusalém - Predição: Dn 9:25; Cumprimento: Jo 12:12-13;
  • Seria Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz - Predição: Is 9:6; Cumprimento: Jo 7:46, 10:30; Ap 1:8; Cl 1:20;
  • Receberia seu nome antes de nascer - Predição: Is 49:1; Cumprimento: Lc 1:30-31;
  • Nasceria em Belém - Predição: Mq 5:2; Cumprimento: Mt 2:1-6,11;
  • Nasceria de uma virgem -  Predição: Is 7:14; Cumprimento: Mt 1:18-25;
  • Seria Filho de Deus - Predição: 1 Cr 17:13-14 e Sl 2:7; Cumprimento: Mt 3:16-17 e Jo 9:35-37;
  • Seria Deus - Predição: Is 7:14; Cumprimento: Mt 1:23;
  • Matariam crianças para tentar matar o messias - Predição: Jr 31:15; Cumprimento: Mt 2:16-18;
  • Seria chamado do Egito - Predição: Os 11:1; Cumprimento: M t 2:14,15;
  • Seria chamado "Nazareno" (forma de desprezo) -  Predição: Foi "dito" e não "escrito literalmente" e Is 53:3; Cumprimento: Mt 2:19-23 e Jo1:46;
  • Seria experimentado em trabalhos - Predição: Is 53:3; Cumprimento: Mc 6:3;
  • Ministraria na região da Galiléia - Predição: Is 9:1-2; Cumprimento: Mt 4:12-17;
  • Seria Profeta - Predição: Dt 18:15,18; Cumprimento: Mt 21:11;
  • Seria sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque - Predição: Sl 110:4 Cumprimento: Hb 6:17-20;
  • Seria "A Pedra" - Predição: Is 28:16 e Sl 118:22; Cumprimento: 1 Co 10:4;
  • Seria Rei - Predição: Sl 2:6; Cumprimento: Jo 12:12-13;
  • Seu trono é eterno - Predição: 1 Cr 17:11-12; Cumprimento: Lc 1:32-33;
  • Aquele que o precederia prepararia o caminho e viveria no deserto - 
  • Predição: Is 40:3; Cumprimento: Mt 3:1-3 e Mc 9:11-13;
  • Seria luz das nações - Predição: Is 9:2; Cumprimento: Mt 4:12-16;
  • Anunciaria aos gentios o juízo - Predição: Is 42:1,6; Cumprimento: Mt 12:9-21;
  • Viria para todos os povos - Predição: Is 11:10; Cumprimento: At 13:47-48;
  • Falaria em parábolas - Predição: Sl 78:2; Cumprimento: Mt 13:34-35;
  • Cegos, surdos, mudos e aleijados seriam curados - Predição: Is 35:5-6; 
  • Cumprimento: Mc 10:51-52, 7:32-35, Mt 12:10-13, Mt 9:32-33;
  • Seria discreto - Predição: Is 42:2; Cumprimento: Mt 12:15-21;
  • Se assentaria sobre um jumento - Predição: Zc 9:9; Cumprimento: Mt 21:6-11;
  • Seria desprezado - Predição: Sl 22:6; Cumprimento: Jo 1:46;
  • Seria rejeitado pelos Seus - Predição: Sl 69:8 e Sl 118:22; 
  • Cumprimento: Jo 1:11 e Mc 12:10-12;
  • Os líderes do povo conspirariam contra Ele - Predição: Sl 2:2; Cumprimento: Mt 26:3-4;
  • Aflito - Predição: Sl 22:14; Cumprimento: Mt 26:37,38;
  • Seria acusado por falsas testemunhas - Predição: Sl 35:11; Cumprimento: Mt 26:59-60;
  • Seria  traído por um amigo - Predição: Sl 55:12-14; Cumprimento: Mt 26:48-50;
  • Seria vendido por trinta moedas de prata - Predição: Zc 11:12; Cumprimento: Mt 27:1-3;
  • Dinheiro jogado ao oleiro -  Predição: Zc 11:13; Cumprimento: Mt 27:5-7;
  • Seria abandonado pelos seus seguidores - Predição: Zc 13:7; Cumprimento: Mt 26:56;
  • Seus amigos ficariam à distância - Predição: Sl 38:11; Cumprimento: Lc 23:49;
  • Ficaria calado diante dos Seus acusadores - Predição: Is 53:7; Cumprimento: Mt 27:12-14;
  • Seria preso, julgado e morto - Predição: Is 53:8; Cumprimento: Mt 26:47, 27:27; Jo  19:16;
  • Receberia sobre si a punição que nós deveríamos receber - Predição: Is 53:5; Cumprimento: Lc 23:33;
  • O feririam e cuspiriam Nele - Predição: Is 50:6; Cumprimento: Mt 27:30;
  • Seria ferido e moído - Predição: Is 53:5; Cumprimento: Mt 27:26,29;
  • Ficaria desfigurado - Predição: Is 52:14; Cumprimento: Mt 26:67-68;
  • Cairia debaixo da cruz - Predição: Sl 109:24; Cumprimento: Jo 19:17;
  • Padeceria junto a ladrões - Predição: Is 53:12; Cumprimento: Mc 15:17,18;
  • Oraria por aqueles que o matariam - Predição: Is 53:12; Cumprimento: Lc 23:34;
  • As pessoas balançariam a cabeça - Predição: Sl 109:25; Cumprimento: Mt 27:39;
  • As pessoas o ridicularizariam, dizendo "salvar-se a si mesmo" - Predição: Sl 22:8; Cumprimento: Mt 27:41-43;
  • Tirariam suas roupas e lançariam sortes - Predição: Sl 22:18; Cumprimento: Jo 19:23,24;
  • Seria desamparado por Deus - Predição: Salmos 22:1; Cumprimento: Mt 27:46 e Mc 15:34;
  • Teria sede e lhe dariam fel e vinagre - Predição: Sl 69:21; Cumprimento: Mt 27:34;
  • Se entregaria a Deus - Predição: Sl 31:5; Cumprimento: Lc 23:46;
  • Morreria - Predição: Is 53:8 e Dn 9:26; Cumprimento: Mc 15:37;
  • Nenhum osso seria quebrado - Predição: Êx 12:46; Cumprimento: Jo 19:33,36;
  • Teria o lado perfurado - Predição: Za 12:10; Cumprimento: Jo 19:34,37;
  • Haveria trevas sobre a Terra - Predição: Am 8:9; Cumprimento: Mt 27:45;
  • Os mortos ressuscitariam - Predição: Is 26:19; Cumprimento: Mt 27:52-53
  • As pessoas contemplariam - Predição: Sl 22:17; Cumprimento: Lc 23:35;
  • Sua alma expiaria nossos pecados - Predição: Is 53:10; Cumprimento: Jo 1:29;
  • Seria sepultado no túmulo de um homem rico - Predição: Is 53:9; Cumprimento: Mt 27:57-60;
  • Ressuscitaria - Predição: Sl 16:8-10 e Is 53:11; Cumprimento: Mt 28:6;
  • Construiria o terceiro templo - Predição: Zc 6:12,13; Cumprimento: Jo 2:19-21
  • Levaria nossas enfermidades - Predição: Is 53:4; Cumprimento: Mt 8:16-17;
  • Seria Senhor à destra de Deus - Predição: Sl 110:1; Cumprimento: Mt 22:41-45 e Mc 16:19;


Após a morte do messias, Jerusalém seria destruída por outro povo - Predição: Daniel 9:26; Cumprimento: A história nos mostra que Jerusalém foi destruída em 70 d.C. por Tito Flávio, general romano.
Após a destruição de Jerusalém, até ao fim, haveria guerra e assolações - Predição: Dn 9:26b; Cumprimento: A história nos mostra que Jerusalém é o principal palco de guerras e conflitos em todo o mundo desde então, até os dias de hoje. O verso 27 de Daniel 9 fala sobre a última semana profética que ainda não se cumpriu, e que precede a segunda e definitiva vinda no nosso Senhor, no que o Novo Testamento é chamado de "a tribulação" ou “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30:7).

Apesar de tudo isso, para alguns dos judeus Jesus não é o seu messias, pois entre outras coisas, não teria cumprido algumas profecias que eles esperam que o messias cumpra em sua chegada. São elas:

Reunião dos Judeus de volta à Israel (Is 11:10-12);
A construção do terceiro Templo (Ez 37:26-28; 40-46);
Paz mundial (Is 2:4);
Que o Deus de Israel seja o único Deus de toda a terra (Zc 14:9).

Essas profecias realmente ainda não se cumpriram? Mas por que, se Jesus Cristo é o messias e já veio? Então Jesus não é mesmo o messias?
Na realidade o povo falhou, e tem falhado, quanto ao entendimento das Escrituras ao longo dos séculos. Por isso o Cristo nos conduziu de volta à Torá e nos levará ao pleno conhecimento de Deus na plenitude dos tempos.

"Agora, portanto, enxergamos apenas um reflexo obscuro, como em um material polido; entretanto, haverá o dia em que veremos face a face. Hoje, conheço em parte; então, conhecerei perfeitamente, da mesma maneira como plenamente sou conhecido." 1 Co 13:12

A reunião dos judeus de volta à Israel já aconteceu, mais de uma vez inclusive, no retorno dos diversos cativeiros e no final da Segunda Guerra Mundial, após o holocausto, mas a primeira vez, após o cativeiro babilônico, é o destaque aqui. Você entenderá melhor lendo mais abaixo Dn 9:24-27.

A terceira grande "reconstrução" ou remodelação do Templo judeu se deu pelos romanos, mais exatamente por Herodes. Foi neste Templo que Jesus passou pela porta que olha para o oriente (Ez 44:1-2), vindo do Monte das Oliveiras e entrou na Cidade Santa sendo aclamado Rei (Zc 9:9; Jo 12:12-16; Mt 21; Mc 11; Jo 12).
Durante séculos o portão dourado esteve aberto, mas quando os servos de Solimão, o sultão (que era muçulmano), terminaram de reconstruir as muralhas, ele que conhecia a tradição judaica, quis impedir o cumprimento das profecias. Para isso mandou fechar o portão e ainda mandou construir um cemitério logo em frente, para que ao passar por ali o messias fosse obrigado a transgredir sua lei (Nm 19). Desde 1541 o portão está fechado e lacrado, e o cemitério ainda existe bem em frente ao portão, mas mal sabia ele, o sultão, que ao tentar impedir o cumprimento de uma profecia, ele acabou cumprindo outra, a de Ez 44:1-2. Jesus Cristo passou por este portão e desde então ele está fechado e somente Ele passará por lá novamente na sua volta, pois Zacarias 14 diz que o messias virá sobre o Monte das Oliveiras e este se fenderá com um terremoto, abrindo novamente o caminho fechado até então. Ainda haverá um novo Templo a Yahweh sim, conforme Ez 40-46.


Deus, através de Seu Servo escolhido, queria suportar as cargas que nós, por nossa própria teimosia, temos suportado sozinhos. Israel não era uma vítima inocente, nem ignorante. Nós também não somos. Como ovelhas distraídas, todos temos seguido, sabendo e querendo, "nosso próprio caminho". E a "paz" e a "cura" do espírito que buscamos tão desesperadamente foi comprada ao preço dos castigos e dos açoites que Jesus suportou.


 Jesus estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.

MAS, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu nome.

 O mundo,que deveria conhecer a Jesus, porque é obra de suas mãos, não o conheceu. Ele veio para os seus, só que em oposição a isso, aqueles que lhe pertenciam não o receberam. “Ah, se tu conhecesses, ao menos neste dia, o [=aquele] que a tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.” Jesus disse isso chorando, lamentando essa rejeição, porque os seus escolhidos não perceberam que ele veio visitá-los naquele tempo (Lc 19.41-42): ”Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das suas asas, e tu não quiseste!...” (Mt 23.37)
            
Jerusalém, ele veio para vocês, e ( este  E com sentido de adversidade,) em oposição a acolhida, vocês não o receberam. O correto seria: Ele veio para aqueles que eram seus, e os seus o receberam. Aí sim, o E seria uma soma (uma encadeamento de ações): ele vindo e os seus o recebendo.
            
Entretanto os seus não o receberam.

            
Todavia, algo extraordinário acontece: Todos aqueles que o receberam, mesmo não sendo o povo escolhido (a nação de Israel), ganham um poder inusitado. Sabe que poder é este? O poder de serem feitos (de sofrer a gloriosa ação) de se tornarem filhos de Deus. E quem recebe este poder são todos aqueles que creem no seu nome. Quem quer este poder? Nós podemos receber o maravilhoso poder de sermos feitos filhos de Deus.

Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série.

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