quarta-feira, 14 de julho de 2021

Série de mensagens sobre a Mulher Samaritana. A onisciência de Jesus

 Por Jânio Santos de Oliveira


 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!




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Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.

Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? (Jo 4.15-19,28,29).



Estamos de volta dando sequência a esta série de conferências sobre a Mulher Samaritana; desta feita estaremos enfatizando o tema  "A onisciência de Jesus".

A mulher samaritana encontrou o Senhor que então lhe pediu água. Mas, depois de seu pedido, o Senhor se voltou e lhe ofereceu água viva, sem a qual ninguém pode realmente viver e estar satisfeito. Aquele que bebe da água do poço terá sede novamente. Você ficará sedento, pelo menos, tantas vezes quantas beber. Nunca se satisfará, e portanto terá de beber repetidamente. O que o mundo pode oferecer pode satisfazer durante algum tempo, mas cedo ou tarde a sede voltará. Somente a fonte que jorra por dentro pode satisfazer para sempre. Somente esta satisfação interior pode livrar as pessoas da solicitação do mundo.

Depois que o Senhor mostrou à mulher samaritana quem Ele era, esta deixou o seu cântaro — até então algo muito importante para ela, foi para a cidade e disse: "Vinde, vede Um homem que me disse tudo quanto tenho feito: porventura não é este o Cristo?" (verso 29). Aqui temos um verdadeiro exemplo de testemunho.

O que ela testificou? Afirmou ela: "Aqui está um homem que me disse tudo quanto tenho feito" (verso 39). A mulher tinha feito uma grande quantidade de coisas; algumas conhecidas do público e outras desconhecidas. Ela estava com medo de contar as pessoas tudo o que fizera; contudo o Senhor havia feito agora justamente isso. Portanto ela testificou que ali estava um homem que contara tudo o que ela tinha feito, coisas que somente ela mesma sabia. Poderia este homem ser o Cristo? Deixe-me dizer a você: tão logo ela viu o Senhor ela abriu a sua boca. A Bíblia diz: "E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou"  (verso 39).





I. A onisciência de Jesus



A onisciência é definida como "o estado de ter conhecimento total, a qualidade de saber tudo." Para que Deus seja soberano sobre a Sua criação de todas as coisas, visíveis ou invisíveis, Ele tem que ser onisciente. Sua onisciência não é restrita a uma única pessoa da Trindade – o Pai, Filho e Espírito Santo são todos por natureza oniscientes.

Deus sabe de tudo (1 João 3:20). Ele não só conhece os mínimos detalhes da nossa vida, mas também de tudo ao nosso redor, pois menciona que sabe até quando um pardal cai ou quando perdemos um único fio de cabelo (Mateus 10:29-30). Deus não só sabe de tudo o que ocorrerá até o fim da história em si (Isaías 46:9-10), mas também conhece nossos pensamentos antes mesmo de falarmos (Salmo 139:4). Ele conhece os nossos corações de longe e até nos viu quando ainda estávamos no ventre materno (Salmo 139:1-3, 15-16). Salomão expressa essa verdade perfeitamente quando diz: "porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens" (1 Reis 8:39).

Apesar da condescendência do Filho de Deus despojar-se de Si mesmo e assumir a forma de servo (Filipenses 2:7), a Sua onisciência é claramente vista nos escritos do Novo Testamento. A primeira oração dos apóstolos, encontrada em Atos 1:24: "Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos", implica a onisciência de Jesus, a qual é necessária para que seja capaz de receber petições e interceder na mão direita de Deus. Na Terra, a onisciência de Jesus é igualmente clara. Em muitos relatos do Evangelho, Ele conhecia os pensamentos do Seu público (Mateus 9:4, 12:25, Marcos 2:6-8; Lucas 6:8). Ele sabia de detalhes das vidas das pessoas antes mesmo de conhecê-las. Quando conheceu a mulher samaritana que estava tirando água do poço de Sicar, Ele disse-lhe: "Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (João 4:18). Jesus também diz aos Seus discípulos que o Seu amigo Lázaro estava morto, embora estivesse mais de 40 km de distância da casa de Lázaro (João 11:11-15). Ele aconselhou os discípulos a irem preparar-se para a Ceia do Senhor, descrevendo a pessoa que iriam encontrar e acompanhar (Marcos 14:13-15). Talvez o melhor exemplo: Ele conhecia Natanael antes mesmo de encontrá-lo, pois já conhecia o seu coração (João 1:47-48).

Claramente observamos a onisciência de Jesus na Terra, mas aqui é onde começa o paradoxo também. Jesus faz perguntas, o que talvez implique a ausência de conhecimento, embora o Senhor faça perguntas mais para o benefício de Sua audiência do que para Si mesmo. No entanto, existe uma outra faceta acerca de Sua onisciência que surge das limitações da natureza humana que Ele, como o Filho de Deus, assumiu. Lemos que, como um homem, "crescia Jesus em sabedoria, e em estatura" (Lucas 2:52) e que Ele "aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu" (Hebreus 5:8). Também lemos que Ele não sabia quando seria o fim do mundo (Mateus 24:34-36). Nós, portanto, temos que perguntar: por que o Filho não sabe disso quando já sabia de tudo mais? Ao invés de encarar isto como uma limitação humana, devemos considerá-lo um controlado limite de conhecimento. Aqui vemos um ato voluntário de humildade a fim de de participar plenamente da nossa natureza (Filipenses 2:6-11, Hebreus 2:17) e ser o segundo Adão.


II. Jesus perdeu algum atributo divino ao Se encarnar?

Apocalipse 1:1 diz: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que Ele, enviando por intermédio do Seu anjo, notificou ao Seu servo João.”

Deve-se dizer, de início, que, pelo fato de Se encarnar, Jesus não perdeu qualquer atributo divino. Isso é o que nos diz Paulo, em Colossenses 2:9: “Porquanto, nEle, habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (destaque acrescentado). Se, mesmo após Sua ascensão, Paulo fala que “toda a plenitude da divindade” habita corporalmente em Jesus, isso significa que Ele, mesmo tendo passado pelo processo da Encarnação, continua com todos os poderes divinos, que sempre teve, incluindo a onisciência.

Então, como entender que a “revelação” que João recebeu tinha sido dada a Jesus pelo Pai? Essa declaração deve ser vista no papel de cada membro da divindade com respeito ao plano da salvação. Ou seja, como Jesus, mediante a Encarnação, Se tornou o Mediador entre Deus e os homens (ver 1 Tm 2:5), Deus Pai incumbe Jesus de transmitir certas informações que dizem respeito aos humanos, como é o caso do verso 1 de Apocalipse 1. Mas isso não significa que Jesus não pudesse sabê-las, pois se o texto de Colossenses 2:9 está certo, então Jesus sabe todas as coisas, pois é onisciente, e em plenitude.

É interessante ver como os membros da Trindade são altruístas, ou seja, sempre dividem com os outros membros alguma tarefa (mesmo podendo fazê-las sozinhos, se assim o desejar). Um exemplo claro é o da Criação. Deus Pai poderia, sozinho, ter idealizado e criado o mundo, mas não o fez. Deixou que o Filho desse o comando, falasse para as coisas e seres aparecerem. É por isso que Ele é chamado de “Verbo” (Jo 1:1,10) e de “Verbo de Deus” (Ap 19:13). O Filho, o Verbo de Deus, contou com a atuação do Espírito Santo para moldar a face do abismo (Gn 1:2). O “pairar sobre as águas” do Espírito, em Gênesis 1:2, indica Sua obra criadora, e não que Ele tenha ficado olhando passivamente as coisas e seres sendo criados.

Alguém menos avisado poderia inferir do relato da Criação, em Gênesis capítulo 1, que o Pai não seria onipotente, pois foi o Filho quem comandou toda a obra de criação, ou que o Filho teria alguma limitação, pois é dito que quem moldou a face do abismo foi o Espírito Santo (e não só o abismo, mas o próprio homem. Jó 33:4 e 6 menciona que o Espírito Santo moldou o homem do barro e soprou em suas narinas o fôlego de vida. Confira, ainda, Sl 104:30, onde o Espírito Santo é mencionado como Criador).

O que acontece na Criação é uma bela cena de altruísmo: uma pessoa divina aceita a participação de outra na tarefa de criar, mas isso não significa que haja limitação de algum atributo nas pessoas da Divindade. O mesmo se deu com a revelação de Jesus a João: O Pai poderia tê-la concedido diretamente a João, mas deixou o Filho fazer isso, pois Ele é o nosso Mediador, e, pela Encarnação, nosso irmão mais velho.


III. Exemplos bíblicos da onisciência de Jesus


1.O episódio envolvendo a Pedro

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Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.

E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.

Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também. (Mc 14:29-31)

E, vendo a Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele, e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.

Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu, e tua fala é semelhante.
E ele começou a praguejar, e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, retirando-se dali, chorou. (Marcos 14:67-72)







Pedro podia falar para JESUS o que estava afirmando, porém vejam o que CRISTO disse em verdade, ''E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás'' vemos que o homem pode afirmar no engano, porém CRISTO disse ''em verdade te digo'' porque JESUS disse isso? Porque CRISTO sabia o que iria acontecer, esse é o poder da onisciência, JESUS sabia o que pedro pensava, e sabia o que iria acontecer no futuro, podemos chamar também esse acontecimento de a onipresença espiritual de CRISTO. Cristo sabia o que pedro pensava ''onisciência'' sabia o que iria acontecer ''onipresença espiritual'' e tinha o poder para realizar todas essas coisas que vem da sua ''onipotência'' e como sabemos o único ser que possui esses atributos é o próprio DEUS.
A confirmação de que JESUS afirmou e aconteceu segundo as palavras DELE veremos a seguir;





Como  podemos ver, a palavra de CRISTO se cumpriu quando disse até o numero de vezes que o galo cantaria, e também enquanto ao numero de vezes que pedro o negaria.
Que homem era CRISTO? Irmãos, não sou unicista, porém pensem, não existem três espíritos distintos quando falamos de DEUS. Por que DEUS é poderoso e possui atributos para ser três ao mesmo tempo, ou até mais se ELE quisesse, e fosse por ELE necessário.  Não que O SER espiritual de DEUS desceu a terra e o céu ficou vazio sem DEUS mas enquanto DEUS estava na terra, DEUS também estava no céu, e enquanto CRISTO E DEUS ''está'' no céu O ESPÍRITO SANTO DE DEUS está na terra. DEUS pode ser três ao mesmo tempo sendo ELE DEUS e trabalhando de formas diferentes. Creio eu que foge de muitas lógicas humanas, e é certo que as coisas de DEUS não passam nem perto das lógicas humanas porque são completamente superiores, porém DEUS me concedeu com a graça de ter esse entendimento a respeito destas coisas.
Um outro ponto, é que JESUS quando ia curar, curava com autoridade em nome de ninguém, já nós para expulsarmos demônios temos que usar o nome de JESUS e também para que possamos curar alguém temos que pedir a cura no nome de JESUS. JESUS CRISTO ensinava com toda a autoridade, com toda a verdade e com toda superioridade, mediante a nós homens naturais e pecadores.
Por tanto DEUS é três em um ou melhor dizendo ELE ao mesmo tempo pode realizar três tarefas diferentes, em lugares diferentes, porque ELE é o único ''onipresente'' ''onisciente'' e ''onipotente'' para realizar estas coisas.




2. Natanael

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O encontro de Natanael com Jesus fazia parte de um plano profético de Deus para a sua vida. A palavra menciona a participação de Filipe neste encontro de Natanael com Jesus, apenas como um instrumento que foi usado pelo Senhor para aquilo que já estava programado na eternidade. Semelhantemente em nossos dias muitos são usados pelo Senhor como Instrumentos na evangelização para que o pecador venha ter um encontro com o seu salvador.




Jesus viu Natanael vir ter com ele – o Senhor ver e conhece aqueles que estão vindo a sua presença e que em muitos casos trazem em seus corações dúvidas e até mesmo a incredulidade, mas querem a sua benção, e por isso,  se aproximam dele.
 Encontramos na palavra exemplos maravilhosos de homens e mulheres que um dia tomaram a decisão de se aproximarem do Senhor: ex A mulher do fluxo de sangue; Jairo que era chefe da sinagoga; entre outros. Vieram a Jesus e não saíram decepcionados, pelo contrário saíram maravilhados com a benção do Senhor em suas vidas.

Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo – O senhor Jesus nesse diálogo com Natanael, demonstra para Natanael o quanto o conhecia e que sabia da sua vida detalhadamente: sabia que ele era um verdadeiro israelita (cumpridor da lei de Moisés), em quem não havia dolo (engano, maldade, etc.), viu ainda debaixo da figueira.
 Meus irmãos o Senhor também conhece a cada um de nós porque ele é o Deus onisciente que tudo conhece.
Sabe dos nossos erros e dos nossos acertos ao longo da nossa vida e da nossa caminhada. Neste mesmo evangelho no capitulo 2:24-25, encontramos a seguinte afirmação acerca da onisciência Deus em  Jesus movida pelo E. S.: "...porque a todos conhece; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem".
 A pergunta feita por Natanael a Jesus, quando disse: "... de onde me conheces tu? era de alguém que estava maravilhado e surpreso com tudo aquilo que o Senhor revelara acerca da sua vida. O encontro do pecador com o seu salvador produzem isso mesmo no homem: surpresa e o deixar maravilhado, porque é o encontro com o Deus onisciente, que tudo sabe a seu respeito.
Jesus respondeu, e disse-lhe: o Senhor é o único que tem respostas para os anseios da alma do homem, é o único capaz de sanar as nossas dúvidas, porque ele é a verdade.
Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira – o Senhor queria que Natanael entendesse que o mesmo havia sido eleito por Deus para a salvação. Da mesma forma o senhor tem nos feito entender que antes do Irmão fulano de tal ter nos convidado para vir à igreja, ou que a irmã fulana de tal tivesse orado por nós ou alguém tivesse nos evangelizado; o Senhor na sua eternidade já nos contemplava, via as nossas dores, as nossas lutas, o vazio que havia em nossa alma; e um dia o Senhor se revelou a nós e nos fez entender que fomos eleitos por Deus desde a eternidade para a salvação.
De onde me conheces tu? – A resposta a está pergunta é que o Senhor nos conhece antes mesmo de sermos gerados no ventre materno de nossas mães, o Senhor nos conhece desde a eternidade, porque ele nos amou primeiro. O Senhor era estranho a nós, porque não o conhecíamos, todavia nenhum de nós era estranho ao Senhor e salvador; ele já nos conhecia, mesmo quando andávamos distantes dele, quando vivíamos desviados do seu Projeto de Salvação; o seu olhar de amor estava sobre as nossas vidas. Até que houve um momento em que este Senhor maravilhoso nos foi apresentado através da operação e revelação do Espírito Santo e hoje o Senhor Jesus já não nos é estranho, pelo contrário passamos a conhecê-lo e tê-lo como o nosso amigo maior, o nosso salvador, o nosso Emanuel (Deus conosco).


Para Natanael fora uma grande surpresa ter um encontro com aquele que já sabia tudo a seu respeito e a pergunta dele foi "...de onde me conheces tu?" a Resposta de Jesus a este homem foi " antes que Filipe te chamasse, te vi eu...".  O Senhor conhecia todos os caminhos percorridos por Natanael, a sua vida estava descoberta aos olhos do Senhor, não havia nenhum segredo a ser revelado. Hoje você estar diante de um Deus e Senhor que é onisciente, que deseja te dar a mesma experiência que deu a Natanael, fazendo-te entender acerca da salvação como uma eleição de Deus para a vida do homem. Natanael creu e fez a confissão mais extraordinária que o homem pode fazer quando disse: "Rabi, tu és o filho de Deus; Tu és o Rei de Israel".

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3. A Mulher Samaritana

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A vida da mulher samaritana era uma confusa. Ela tinha passado de um homem a outro e estava agora numa relação insatisfatória com um homem que nem era seu marido. Ela trabalhava, comia e bebia. Ela teria, provavelmente, feito essa mesma monótona viagem ao poço inúmeras vezes, antes. No momento, ela estava falando com alguém que lhe oferecia vida eterna, e cujas palavras provavam que ele era capaz de cumprir a promessa. Esse foi um momento crucial em sua vida.
O homem judeu e a mulher samaritana estavam agora falando a mesma língua. Não havia mais preocupação com a água de um velho poço. Agora ela estava tão intrigada com a conversa espiritual com Jesus que esqueceria o seu próprio cântaro, quando ela se fosse. Porém ela ainda não estava pronta para sair. Jesus tinha despertado-a, espiritualmente.
O que você faria na situação dela? Começaria imediatamente a fazer as mais importantes perguntas de todas? Buscaria saber como agradar ao Senhor? Ela o fez. Sua pergunta no versículo 20 foi diretamente ao ponto: onde ela deveria adorar para ser aceita por Deus?
Há bastante história por trás da pergunta dela. Durante séculos os samaritanos tinham defendido suas práticas de adoração em outros lugares, tais como o Monte Gerizim ao qual ela referiu-se em sua pergunta (neste monte). Os judeus, apesar de seus erros em outras coisas, continuavam a defender corretamente a importância de Jerusalém como a cidade designada por Deus como o local de adoração.
A resposta de Jesus desafiou-a a desviar seus olhos do monte e olhar para dentro de sua alma. O tempo estava rapidamente se aproximando, Jesus explicou, quando o lugar não importaria mais. Não entenda mal. Os judeus estão certos em adorar em Jerusalém por enquanto, e os samaritanos não sabem o que estão fazendo. Mas tudo isso está para mudar. O Pai, como um ser espiritual, está buscando pessoas que o adorarão em espírito e verdade.
Que desafio! Poderia essa mulher, a qual estava tão preocupada com a água de um poço apenas momentos antes, despertar em si um interesse genuíno por coisas espirituais? Que desafio! Poderia essa mulher, a qual estava tão preocupada com a água de um poço apenas momentos antes, despertar em si um interesse genuíno por coisas espirituais? Jesus obviamente pensava assim. Ele, que conhece a natureza do homem melhor do qualquer um (veja João 2:25), olhava para essa pecadora com amorosa compaixão e com confiança que ele era capaz para resgatá-la de seu pecado.
A mais surpreendente revelação ainda estava por vir. Quando a mulher ponderou a resposta anterior de Jesus, ela comentou sobre uma verdade em que ela acreditava: "Eu sei ... que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as cousas" (4:25). Na resposta do Senhor ela ouve a espantosa razão para seu comentário enigmático anterior (veja 4:10). Se apenas ela soubesse quem estava pedindo água! Agora, com seus interesses espirituais despertados, ela estava pronta para ouvir o resto da história sobre esse forasteiro judeu: "Eu o sou, eu que falo contigo" (4:26). Poderia ser? Poderia ela, uma desprezada samaritana, estar falando face a face com o Ungido de Deus?

O pedido urgente. “Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que eu não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.” A mulher ainda não havia percebido o âmago do ensino de Jesus. Nem sequer sonhava que Ele, falando sobre “água”, queria dizer algo diferente daquilo que ela carregava no seu cântaro. Ela ainda não percebera nada além dos seus desejos físicos e de suas necessidades diárias. Começou a sentir a convicção de que aquele estra­nho talvez a pudesse livrar da sua vida exaustiva de ter de caminhar até o poço com seu cântaro pesado. Seria um alívio ter a água bem à mão! Embora não tivesse compre­endido o inteiro significado do dom prometido, entendeu, pelo menos, que se lhe oferecia uma grande vantagem - e seu desejo foi despertado.

Uma declaração perscrutadora. Agora, Jesus leva a mulher a dar um passo adiante, despertando seu sentimen­to de necessidade espiritual. Faz com que ela se recorde de sua vergonhosa vida de pecados para que, esquecendo-se da água do poço de Jacó, tenha sede daquilo que a ali­viaria da sua vergonha e miséria. “Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade”.



Jesus trata do assunto do pecado a fim de que a mulher veja a causa da sua infelicidade. A nova vida deve começar com base na veracidade e na honestidade. O passado tem que ser enfrentado, por mais desagradável que seja, e o lixo da vida anterior deve ser varrido para longe.

Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de conferência sobre a Mulher Samaritana com o tema " 
Adorando a Deus em Espírito e em verdade". Fiquem com Deus e a Paz do Senhor Jesus

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