quarta-feira, 14 de julho de 2021

Série de mensagens sobre a Mulher Samaritana. Jesus o sétimo marido da Samaritana

 



Por Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!



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Mas Jesus disse à mulher samaritana “Porque tiveste cinco 

maridos, e o que agora tens não é teu marido.”



Estamos de volta dando sequência a esta série de conferências 

sobre a Mulher Samaritana; desta feita estaremos enfatizando o  

tema  "Jesus o sétimo marido da Samaritana".


O encontro da mulher samaritana com Jesus, transformou radicalmente sua vida. Aliás, essa mulher foi a única pessoa no N.T. a quem Jesus revelou diretamente que Ele era o Messias. “Eu o sou, eu que falo contigo.”(v.26). Ela vinha freqüentemente ao poço, tirar água, para saciar a sua sede. Ela veio ao meio-dia, no maior calor, para não encontrar com ninguém, pois era, certamente, mau vista pela comunidade. Ao abandonar o cântaro, ela estava demonstrando que a sua sede tinha sido saciada, que a sua escala de valores tinha sido invertida. A sede da sua alma, ela tinha tentado matar em sucessivos relacionamentos conjugais, mas em vão. Agora, no encontro com Jesus, ela tinha sido saciada. Agora estava com sede de fazer discípulos. O seu testemunho trouxe vários homens a Jesus. Parece que ela não tinha muita influência com as mulheres, por motivos óbvios. Ela estava imitando a Jesus, pois enquanto os discípulos estavam pensando em comida, Ele disse “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou , e realizar a sua obra.” (v. 34). Jesus era o sétimo marido que ela estava procurando. Uma vez que o encontrara, seu prazer agora era fazer discípulos para Jesus, como Jesus os fazia para o Pai. Quando você tiver um encontro pessoal com Jesus, seu prazer será trazer pessoas a Ele, como aconteceu com a mulher samaritana. Ele será o seu sétimo marido, o Deus da sua aliança.





I. O número sete na Bíblia.




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O número sete tem o mesmo significado do três: completude e perfeição. Mas enquanto o número três é a perfeição de Deus, o número sete é a perfeição de Sua ação na história, no tempo e na Igreja. A partir do número sete, todos os números são uma composição dos seis anteriores. Ele é normalmente a soma de três mais quatro. Três é o número do Deus Triuno unido com a sua criação representada pelo número quatro. Tudo que fala da ação divina no tempo e no meio da sua criação é sete. Por isso o sétimo dia, o sábado, foi santificado (Gn 2.1-3). Enoque, o sétimo depois de Adão, foi transladado (Gn 5.24).


1. A importância do número sete na bíblia

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Depois que Noé entrou na arca, houve ainda sete dias de tolerância, de graça (Gn 7.4). Jacó serviu a Labão por sete anos. No Egito, houve sete anos de abundância e sete anos de fome. O candelabro tinha sete lâmpadas. O sangue tinha que ser aspergido sete vezes significando a redenção perfeita. O sábado é o sétimo dia simbolizando o perfeito descanso que Deus nos oferece. Durante a festa dos Pães asmos, havia uma oferta de holocausto feita por sete dias, simbolizando a perfeita consagração. A festa dos tabernáculos durava sete dias, simbolizando a perfeita glória. A luta contra Jericó foi feita com sete sacerdotes, usando sete trombetas, marchando por sete dias, simbolizando perfeita vitória. Naamã mergulhou sete vezes no rio Jordão, entendido como perfeita purificação, Jó teve sete filhas depois da sua tribulação, simbolizando a perfeita benção. Jesus falou sete palavras na cruz. Havia sete diáconos na Igreja primitiva. São sete as parábolas do reino em Mateus 13. São sete as festas que havia em Israel e também sete as igrejas em Apocalipse. Nele, existem muitos grupos de sete: são sete espíritos de Deus, sete candelabros, sete lâmpadas, sete chifres, sete olhos, sete trombetas, sete pragas e sete taças. Ao todo, em Apocalipse, o sete é mencionado cinqüenta e seis vezes, portanto compreender o significado desse número é muito importante para o entendimento deste livro.




Em Levítico,capítulos 23 e 25, vemos que Deus jamais realizou

qualquer coisa imperfeita ou incompleta.

A palavra "sete" em Hebraico é a mesma para "jurar" (garantir).

Nesses dois capítulos de Levítico temos os sete dias da semana.
Lemos sobre as sete semanas que antecedem a Páscoa.
Lemos sobre os sete meses que antecedem a Festa dos Tabernáculos. Lemos sobre os sete anos que antecedem a libertação da terra.
Lemos do número de anos (setenta vezes sete) que antecedem uma nova era judaica - o Jubileu dos Jubileus - 490 anos.

Deus tem dividido as eras em períodos de sete.

A história de Israel sempre foi dividida em períodos de setenta vezes sete anos.
Jesus mandou que os apóstolos perdoassem as ofensas setenta vezes sete.

O corpo humano muda de células cada sete anos.
Existem apenas sete cores.
Dessas sete cores se originam os milhares de outras tonalidades.
Se temos o vermelho, o amarelo, o azul, o laranja, o verde, o preto e o branco, podemos fabricar todas as demais.
Alguns textos Bíblicos que indicam que o número 7 é o número de Deus, e o número da perfeição:
·       Gn 2:2 - (sétimo dia).
·       Dt 28:7 - (inimigos fugirão).
·       Jz 16: 19 - (força).
·       Lc 10: 1 (discípulos).
·       Mt 14: 19 (multiplicação 5+2),
·       Mt 15: 36, 37 (multiplicação e abundância).
·       Lc 17: 4 (perdão).

·       Ap 1: 4 (Espírito de Deus).


2.  Alguns exemplos do número sete:

7 dias fazem uma semana completa
7 cores fazem um espectro perfeito
7 grandes massas de terra fazem a terra completa
7 notas fazem uma escala perfeita
7 grandes corpos de água formam um oceano completo

Houve os 7 dias de criação como também muitos outros exemplos ao longo das Escrituras:
Zacarias 3:9 "Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia."

Apocalipse 1:4 "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;"

Para o judeu todo 7º dia era um Sabbath.
Todo 7º ano era um ano Sabático.
Depois que do 7º ano de Sabático era o ano de Jubileu.
Todo 7º mês era santo e tinha 3 festas.
Havia 7 semanas entre a Páscoa e Pentecostes.
A Festa da Páscoa durava 7 dias.
A Festa dos Tabernáculos durava 7 dias.
Na Páscoa, 14 cordeiros (Duas vezes 7) eram oferecidos diariamente.
Na Festa dos Tabernáculos 14 cordeiros (Duas vezes 7) e foram oferecidos 70 bois.
No Pentecoste foram oferecidos 7 cordeiros.
O tempo de luto por um morto foi fixado em 7 dias.

3. O número sete no Novo Testamento.

O Sete continua tendo proeminência simbólica no Novo Testamento, com Jesus revelando a Pedro que não é bastante que ele perdoe o irmão que havia pecado contra ele sete vezes, mas "setenta vezes sete" (Mateus 18:21-22). Sete também é o número dos cristãos de fala grega designados pelos Doze Apóstolos em Atos 6:3.

O Novo Testamento conclui em uma "grande onda de setes, com sétuplos, explícitos e implícitos, se mostrando em muitos versos ".

No Livro de Apocalipse havia:
As 7 cartas para as 7 Igrejas.
Os 7 Selos de Juízos
Os 7 Trombetas de Juízos
Os 7 Taças de Juízos
O 7 Candelabros Dourados
As 7 Estrelas
Os 7 Anjos
Os 7 Espíritos de Deus
O Cordeiro com 7 Chifres e 7 Olhos.
As 7 Lâmpadas de Fogo
Os 7 Trovões
O Dragão Vermelho Ardente com 7 cabeças e 7 Coroas.
O Leopardo como Besta com 7 cabeças.
A Besta cor de Escarlate com 7 cabeças.
Os 7 Montes
Os 7 Reis

II. A desilusão da Samaritana com os homens

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 Jesus conversa com uma mulher que passou a vida toda sendo usada por aproveitadores. Assim como Nicodemos, ela também não tinha ideia de quem era Jesus, nem tinha noção da calamidade em que se encontrava sua vida. Porém, diferente de Nicodemos, essa mulher não tinha a intenção de encontrar-se com Jesus, não estava na agenda dela. Entretanto, como lemos em João 4.4, estava na agenda de Deus, a despeito das dificuldades de passar por Samaria, onde o encontro aconteceu. Primeiro, existia uma rivalidade entre os judeus e os samaritanos (João 4.9). Em segundo lugar, esse trajeto para Galileia, destino de Jesus (João 4.3), era a pior opção, pois se tratava de uma rota dominada por salteadores. Esse encontro acontece em um poço, que fora deixado por Jacó para os seus descendentes (João 4.12). O horário era o menos favorável, quando o sol estava a pino e, portanto, quando ela tinha mais chances de não encontrar ninguém. UMA NECESSIDADE SACIADA DA MANEIRA ERRADA Quando ela chegou ao poço, encontrou Jesus, que logo lhe pediu um pouco de água (João 4.8), despertando nela sua simpatia e sua verdadeira necessidade. Ela não podia acreditar que um homem judeu estivesse falando com ela (João 4.9). É nesse momento que Jesus começa a mostrar-lhe sua grande necessidade (João 4.10), e como ela estava buscando saciá-la de uma maneira errada e destrutiva. Jesus mostra que sua maior sede não poderia ser saciada com a água daquele poço, muito menos pela vida que ela estava levando. Ele lhe fala de um dom, um presente, que poderia saciar sua sede e conceder-lhe vida eterna. Mas aquela mulher, sem compreender, pensou que o Senhor falava de coisas terrenas (João 4.15). JESUS, O SÉTIMO HOMEM Todos têm um vazio no coração que só pode ser preenchido por Deus. Não era diferente com essa mulher. Quando Jesus lhe fala da água da vida, tomada por esse vazio, ela revela sua sede. Seu cansaço não é só por pegar água em um tanque ao meio dia, mas também de uma vida usada há anos por usurpadores. Ao perguntar pelo seu marido (João 4.16) Jesus expõe sua ferida e a lembra que, além dos cinco homens com quem já vivera, o sexto, que era o atual, também não era seu marido, tirando sua vida, sua honra, seu propósito, seu valor e sua missão. Jesus é o sétimo homem a fazer uma proposta para essa mulher. Mas dessa vez ela está diante do único HOMEM que pode mudar sua vida, conferindo-lhe valor verdadeiro. A ADESÃO VS A CONVERSÃO Assim como Nicodemos, essa mulher tinha uma crença e uma prática religiosa. Ela, como boa parte de seu povo, aderiu a um movimento religioso: participava de coisas, tinha um local de culto, tinha heróis de uma fé passada. Mas em nada isso fazia efeito em sua vida. Até aquele momento, ela passara uma vida inteira buscando em um homem o que só Deus poderia fazer. Por isso, foi tão usada por pessoas. Mas no momento em que ela conhece o Sétimo Homem, sua vida é transformada e ela se torna uma agente de transformação. Cristo não se aproveita de nós, ao contrário, ele dá sentido às nossas vidas quando entendemos que: • Nada nesta terra pode saciar nossa sede, a não ser Jesus. • O dom de Deus traz nova vida. Se nascemos de novo, temos uma nova vida, rompemos com o pecado, deixamos tudo o mais e testemunhamos o que Cristo fez. • Nossa mudança inspira outros a buscar Jesus. eternidade sem Deus. DE USADA A TRANSFORMADA E TRANSFORMADORA Depois de mostrar, com todo amor, a real situação daquela mulher, Jesus afirma para ela que Deus está procurando pessoas que deixem de ser usadas por esse mundo e sejam transformadas por Ele. Jesus as chama de verdadeiros adoradores (João 4.23-24) e mostra para a mulher samaritana que a religião não pode fazer isso, só o dom de Deus (João 4.21). Quando essa palavra crava em seu coração, ela larga tudo (João 4.28) e anuncia o que o Sétimo homem fez na sua vida (Jo 4.29). Ela foi tão impactada que os samaritanos, ao ouvirem seu testemunho, vão até Jesus, dentre os quais muitos também são transformados (Jo 4.39-42).

III. Jesus o sétimo marido da Samaritana

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 Até aqui Jesus veio com graça. A partir do verso 16 Ele mostra a Lei: Vá, Chame teu marido. Jesus usa aqui dois imperativos. Jesus pede o que ela não pode fazer. Quer que ela reconheça seu pecado, sua dependência, para que ela recomece com uma nova vida, uma nova conduta. Ela teve 5 maridos, 5 ex maridos, 5 princípios que viraram 5 fins.

A mulher samaritana não vai embora. Mesmo com a vergonha de saber que Jesus era o Messias e sabia de sua vida podre, ela fica e confessa seu pecado - “Não tenho marido”. Ela tinha o passado torto. Ela Não queria mais essa vida. Reconhece sua dependência dEle, do único que poderia lhe dar água viva.

O caminho da santificação não é dizer eu sou forte. Ao contrário, é reconhecer que sou fraco, muito fraco, pequeno e culpado. Só então Cristo pode me ajudar.

Verso 39 à 42: “E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito.
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram por causa da palavra dele e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”


Ela veio para o poço como que anestesiada, ferida, rejeitada, conhece a Cristo e fica próxima dEle. Deus me quer e a você próximos dEle. Não se afaste de Cristo por nada... aí seremos uma luz, como a mulher samaritana se tornou -- indo pregar ao povo de sua cidade e Muitos creram.





IV. As lições deixadas para nós.




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Nesse ínterim, os discípulos retornam com o alimento da cidade e se surpreendem porque Jesus não mais parece interessado no alimento como Ele mesmo diria depois: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.

Jesus, vendo a perplexidade que causou aos discípulos no retorno da cidade, diz: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.

Acredito que Jesus tenha apontado nessa hora para a mulher e os homens da cidade que vinham se aproximando, trazidos por ela. Os discípulos foram à cidade no intuito de obter o alimento e trouxeram. A mulher , sem o saber, acabou sendo mais focada pois foi à cidade e trouxe precisamente aquilo que matava a fome e a sede de Jesus – um povo que espera o Messias. Acredito que essa foi a lição da samaritana para os discípulos e para nós.


Através da  mulher samaritana  aprendemos que:

Deus ama todos – Jesus não se deixou influenciar pelas atitudes negativas do seu tempo contra outros povos; Jesus não rejeita ninguém
Jesus vem para salvar – em vez de condenar a mulher samaritana por seus relacionamentos falhados, Jesus lhe mostrou o caminho da salvação
A verdade é acessível – Jesus explicou uma grande verdade a uma mulher comum, de uma forma que ela entendia; todos podemos conhecer a verdade
O testemunho é importante – a mulher samaritana não usou um discurso muito eloquente para convencer o povo sobre Jesus; ela apenas contou sua experiência e os convidou a conhecer Jesus

A conversa de Jesus com essa mulher é uma imagem da conversa que poderemos ter em qualquer lugar, até em nossa igreja ou koinonia (pequeno grupo). Normalmente tentamos aconselhar falando de muitas coisas, mas sem chegar ao anseio genuíno daquele com quem falamos. Porém, quando a conversa atinge o coração, ela também encontra a Deus e em Deus, atinge seu objetivo. É o mistério do evangelismo e do aconselhamento.






Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de 

conferência sobre a Mulher Samaritana com o tema " 

A salvação que vem dos Judeus". Fiquem com Deus e a 

Paz do Senhor Jesus!






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