Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra Isaías capítulo 53 .1 que nos diz:
53 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?
Nós estamos de volta, dando sequência a mais uma série de conferências sobre" o propósito dos sofrimentos do Messias" na lição anterior, fizemos a introdução da matéria. agora na primeira matéria falaremos sobre:
- O descrédito do Messias.
EVIDÊNCIAS - O Servo Sofredor
O capítulo 52, e o Capítulo 53 do livro do profeta Isaías, na verdade é um poema interligado.
No capítulo 52, Deus faz lembrar ao seu povo os lugares por onde passaram a muito tempo atrás.
Os israelitas foram para o Egito pela própria vontade, porém depois, foram conduzidos ao cativeiro assírio, e em seguida ao cativeiro babilônico, mas no versículo 6 do capítulo 52, nos diz o texto; – virá o dia em que o meu povo conhecerá o meu nome e saberá que eu sou o eterno. Também relata que um mensageiro vem correndo pelas montanhas trazendo notícias de paz, notícias de salvação; – ele diz o seu Deus e Rei.
Mas de fato o que me chama atenção no capitulo cinquenta e dois, é que nos versículos 13, até o Versículo 15, os mesmos serviram de introdução para o capítulo cinquenta e três. nestes versos o próprio Deus fará duas citações. Primeira citação refere-se à exaltação do servo sofredor, diz o texto; – Ele agirá com sabedoria, será engrandecido, elevado e muitíssimo exaltado, segunda citação, fala da morte do servo sofredor. Ele diz; – Muitos que ficaram pasmado diante de sua aparência por estar tão desfigurada, tornando-se irreconhecível, a ponto de não parecer com um ser humano, calaram a boca.
Proposição: Cristo é o assunto principal da pregação do profeta Isaías.
já no capítulo 53 o profeta avisa à Nação de Israel a não esperar que o primeiro advento de Cristo seja como o dia de um grande general ou de um grande soberano terreno. Antes seria como a raiz de uma terra seca (V.2) Ele não teria parecer e nem formosura, seria desprezado, rejeitado pelo seu próprio povo (V. 3) Isso fala da sua humildade e mostra até que ponto Ele haveria de sofrer.
Frase interrogativa: Quem deu Credito a minha pregação?
Frase exclamativa: Este versículo em evidencia se encontra em três lugares, no livro de Isaías 53,1; fazendo referencia a Cristo o servo sofredor, nos evangelhos de João 12. 38; fazendo menção dos milagres que Cristo realizou e na carta aos romanos 10, 16. Fazendo menção a pregação do evangelho de Cristo.
Nunca vi uma época tão difícil para que as pessoas acreditasse na pregação do evangelho de Cristo, como na época do profeta Isaías, talvez assemelha-se aos nossos dias. Porém a pregação expositiva mencionada pelo profeta Isaías a respeito do servo sofredor, nos trará três revelações cruciais para cremos de fato no poder salvífico do evangelho.
Este segmento do livro portanto, trata-se de um cântico conforme o seguinte gráfico:
Os cânticos do Livro do Profeta Isaías
49.1-13 ; 49.14-49 ; 50.1-9; 50.10-52.12 ;52.13-53.12 ; 54.1-57.21
Cântico1 Apelo Cântico 2 Apelo Cântico 3 Apelo
Portanto o capítulo 52.13-53.12 trata-se de mais um dos cânticos proféticos de Isaías.
I. Por que Cristo teve que sofrer a Ira e a cólera de Deus à luz de Isaías 53?
· A história da humanidade apresentada pelas Escrituras é primordialmente a história sua, num estado de pecado e rebeldia contra Deus.
· Antes que fôssemos remidos por Cristo, não só cometíamos atos pecaminosos e tínhamos atitudes pecaminosas, mas também éramos pecadores por natureza. Paulo diz em Rm 5:08: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo ainda pecadores”.
· Paulo explica os feitos dos pecados dizendo: Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram (Rm 5:12)
· Não é certo dizer que algumas partes de nós são pecaminosas e outras puras. Antes, cada parte de nosso ser está maculada pelo pecado. Paulo diz em Rm 7:18- 19: Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
· Aqueles que não aceitaram a Cristo, que dão suas ofertas a orfanatos, hospitais, asilos, através de seus esforços acham que estão agradando a Deus e serão justificados, estão enganados. Em Rm 8:08 Paulo diz: “Portanto, os que estão na carne não podem agradar à Deus”.
II. Por Que os Judeus Não Receberam O Senhor Jesus?
Na terra de Israel, num determinado dia em que ninguém estava alerta, surge a assombrosa notícia de que em Belém da Judéia nascera um menino todo especial, chamado Jesus. E a notícia causa tanto maior espanto, quanto era certo haver testemunhas de que um anjo do Senhor descera lá dos céus a anunciar aos pastores que guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite que na cidade de Davi, havia nascido o Salvador, que é Cristo, o Senhor - o Messias prometido aos israelitas. E o anjo deu-lhes um sinal, dizendo: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens. A presença desse menino mostrara-se de tal maneira prodigiosa logo de início, que a simples notícia de seu nascimento pusera o rei Herodes em pânico e toda a Jerusalém com ele. Sem que os judeus se dessem conta, tinha nascido verdadeiramente o Messias que lhes fora prometido pelos profetas, desde Moisés a Malaquias. Esse menino assim tão prodigioso cedo começou a não ser compreendido. Quando já tinha doze anos, por conseguinte, um rapazinho já crescido, seus pais o encontraram no Templo no meio dos doutores da lei. Depois de algumas palavras de reprovação da parte de sua mãe, por Ele ali ter ficado sem lhes dizer palavra, Jesus respondeu: Não sabeis que me convém tratar dos negócios do meu Pai? E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. Entretanto, quando Ele, aos trinta anos, se apresentou publicamente perante os judeus, o seu povo, os seus não O receberam. Ali estava verdadeiramente o Messias! Contudo, o Messias que os judeus aguardavam era todo diferente daquele que agora se lhes apresentava. Eles não estavam interessados em um libertador de ordem puramente espiritual. Queriam um libertador que se apresentasse com as características de um Ciro, de um Josué, de um Sansão, de um Nabucodonosor, ou ainda de um Pompeu. Um homem destro na guerra e corajoso, capaz de vencer todos os impérios da terra, sem que alguém mais pudesse levantar a cabeça debaixo do seu domínio. Quanto a Jesus, os judeus nenhuma beleza viram nele para que o desejassem.
- O Messias que se lhes apresentava nascera numa manjedoura onde animais mal-cheirosos eram alimentados, quando aquele por quem esperavam deveria nascer infalivelmente num palácio real rodeado de pompas e de honras, e nunca duma forma assim desprezível - numa estrebaria.
- Quando menino, brincara com e como qualquer garoto de rua, e não num jardim dum palácio, com aios escolhidos a vigiá-lo.
Depois, quando se apresentou publicamente aos judeus, a sua mensagem dirigida a todos, incluindo uma classe sacerdotal que se fazia passar por muito santa, era esta: VINDE A MIM... Expressão que os judeus religiosos tomaram como uma afronta atrevida. E por cima de tudo isto, em vez de se dirigir aos doutores da lei e aos escribas e fariseus, fez-se rodear dum grupo de doze discípulos escolhidos entre a "ralé", o povo humilde, incluindo pescadores, e até mesmo de um publicano (um odiado cobrador de impostos). E não gostavam do que ouviam da boca de Jesus, que lhes dizia: Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Eu e o Pai somos um. Ora, se o testemunho que Jesus, humanamente, podia dar de si mesmo não agradava aos judeus, quanto mais dizer: Eu e o Pai somos um. Isso não podia ser tolerado e nem aceito. Isto equivalia a fazer-se igual a Deus! Que blasfêmia! Por isso, mais uma vez pegaram em pedras para o apedrejarem. Isto fala-nos da maneira como Jesus era escutado pelos cabeças religiosos judeus; ainda que muitos dentre o povo o ouviam com agrado. Todavia, seu ministério provou ser poderoso e bom, desde o princípio até o fim. Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama corria por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos... e ele os curava. E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e de além do Jordão. Se, por um lado, os dirigentes do povo rejeitavam Jesus e a sua palavra, multidões de povo humilde, beneficiadas por seu poder, o seguiam atraídas pela sua presença. Mas isso não é tudo. Por duas vezes a multidão que o seguia não tinha comida para se alimentar, e havia muito tempo que não comia, pois a sua palavra era tão doce aos corações sedentos de amor e compaixão, que as pessoas preferiam ouvi-lo e segui-lo a irem em busca de alimentos para matar a fome. Então, em ambas as ocasiões, Jesus tomou os poucos pães e peixes que foram achados na posse de alguém entre a multidão e, depois de os ter abençoado, partiu-os e ordenou aos seus discípulos que distribuíssem aquele alimento pela multidão que, segundo a ordem emanada de Jesus, se havia assentado ordenadamente sobre a relva. E as milhares de pessoas que foram alimentadas por aqueles poucos pães e peixes ficaram fartas e ainda sobejou em abundância. Mas Jesus também ressuscitou mortos! - o filho da viúva de Naim (cidade onde ocorreu o milagre), a filha de Jairo, e a Lázaro (irmão de Marta e Maria). Estes feitos de Jesus apavoraram de tal maneira os principais dos sacerdotes e os fariseus, pois receavam perder as suas posições recebidas das mãos dos dominadores do povo, que logo formaram conselho e disseram: Que faremos? porquanto este homem faz muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação. E dali em diante planejaram matá-lo. Ora, esta conjuração dos judeus contra Jesus veio a produzir os efeitos mais extraordinários e funestos que alguma vez tiveram lugar na história dos filhos de Israel e bem assim na história da humanidade. Porquanto aquele homem que só tinha feito o bem a todos quantos tinham vindo a ele, sem exceção de pessoas ou níveis sociais, veio a ser crucificado e morto, como se tratasse de um malfeitor! Todavia, o homem que dissera a Marta - Eu sou a ressurreição e a vida - confirmou definitivamente estas suas palavras, quando, ao terceiro dia após a sua crucificação, ressuscitou de entre os mortos. Os judeus, porém, ludibriados e cegamente acorrentados pelos sacerdotes e príncipes do povo, não creram na ressurreição de Jesus e, implicitamente, também não o reconheceram como o Messias que esperavam. E nesta sua cegueira espiritual, tinha já acontecido um ato do julgamento de Jesus, que os mesmos judeus haviam ditado contra si e seus filhos esta horrível sentença! - O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos - e foi assim que os judeus, com exceção de um pequeno número, rejeitaram o seu Messias. Jesus iniciara o seu ministério terreno, dizendo ao povo que o escutara: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. A sua Igreja, por sua vez, não dirigida por Pedro (como alguns falsa e erroneamente ensinam), nem por qualquer outro homem, mas tão somente pelo Espírito Santo que estava em Pedro (e nos demais discípulos) dizia a quantos ouviam a sua mensagem: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus, para perdão dos pecados; e muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Aconteceu, porém que, do mesmo modo que Jesus fora rejeitado e perseguido, também os seguidores e continuadores da sua obra foram rejeitados e perseguidos. A cegueira dos judeus que rejeitaram a Jesus foi tão grande, que tudo entre eles se passou como que se o Messias não tivera vindo! Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
O apóstolo Paulo também movido pelo mesmo Espírito que movia Isaías escreveu ao seu jovem amigo e pastor Timóteo, alertando-o e extensivamente a toda a Igreja acerca do perigo que rondaria a seara do Senhor nos últimos dias, a mornidão espiritual, a apatia e desprezo à mensagem da Palavra de Deus.
Todos os dias em nosso Brasil e no mundo temos centenas de pregadores, professores de Teologia e Escola Dominical, pastores, bispos, diáconos etc. pregando a mensagem da cruz e tentando através de exortações com lágrimas guiar a igreja até as portas dos céus, onde Jesus a aguarda de braços abertos, no entanto a grande questão é: quantos estão dispostos a ouvir a voz de Deus através desses mensageiros?
São tantas mensagens pregadas que acredito, se a igreja desse ouvidos seriam suficientes para levar aos céus todos aqueles que carregam Bíblias e que são chamados Cristãos.
Mas a grande pergunta é: Quem deu crédito a pregação? Quem se importa de ouvir mensagens bíblicas, doutrinárias, de salvação e escatologia? Pouquíssimas pessoas.
Na verdade Paulo tinha razão ao dizer que nos últimos dias muitos não dariam mais ouvidos à verdade, mas tendo couceiras nos ouvidos levantariam para si mestres que falassem apenas aquilo que agradasse a multidão. E verdade é que isso está acontecendo em totalidade nos nossos dias.
É só observar os cultos de doutrina para constatar essa dura realidade, e o que dizer então dos pregadores que pregam mensagens de exortação e censura? São estigmatizados e demonizados como se fossem inimigos da igreja. Quando na verdade são eles que na maioria das vezes têm a palavra de Deus que pode curar esse câncer maligno que está corroendo o ceio da comunidade evangélica brasileira.
A minha grande preocupação em relação a esse quadro é que se não damos ouvidos à mensagem da Bíblia, se não praticamos o que ouvimos e lemos nela, se não estamos preocupados em aprender aquilo que Deus quer nos ensinar através da sua palavra; então o que nos resta como igreja? Teremos êxito desprezando os conselhos e admoestações do Senhor?
Jesus conta a história de dois homens que construíram suas casas, uma sobre areia (aqueles que desprezam a mensagem da Bíblia), e o que edificou a casa sobre a rocha (aqueles que ainda ouvem, guardam e praticam a palavra ouvida) e você sabe o resultado? Mt 7.24-27.
III. A rejeição do Messias
- Parábola relata a rejeição de Israel aos profetas de Deus até Jesus Cristo. v. 1 – 9. - Jesus: pedra angular. v. 10 – 11. - Lideres religiosos se descobrem na parábola. v. 12. - Unidos contra Jesus. v. 13. - Falso elogio antecede cilada. v. 14. - Jesus identifica a hipocrisia, mas aceita o desafio. v. 15. - Jesus responde com pergunta. v. 16. - A autoridade divina e a humana devem receber o que lhes é devido. v. 17.
Jesus conta uma parábola na qual expõe a atitude da liderança religiosa e da nação de Israel em relação aos mensageiros enviados por Deus ao longo da história até a chegada do Messias. Após esse ensino os fariseus e herodianos através de uma pergunta ardilosa tentaram colocar Jesus contra o povo e as autoridades romanas que dominavam a Palestina nessa época. A mesma coragem revelada por Jesus ao denunciar a dureza de coração dos israelitas ao rejeitarem a mensagem e os mensageiros de Deus do início da nação até aquele momento se juntou à sabedoria no tratamento de temas da vida comum.
Após o constrangimento dos líderes religiosos que não conseguiram responder a pergunta de Jesus sobre a origem e a autoridade do batismo de João, o Senhor Jesus continuou ali no templo ensinando o povo. Ele jamais recuou diante daqueles que se fizeram seus inimigos. Sabia, porém, que já ultimavam os preparativos para Sua prisão, falso julgamento e morte. A expulsão dos vendedores que comercializavam em frente ao templo apenas incentivou a mobilização dos inimigos do Reino de Deus contra Jesus. Nesse ambiente de extrema tensão emocional, o Senhor Jesus trouxe à lembrança dos israelitas que a atitude de violência dos líderes religiosos e da nação contra a mensagem e os mensageiros de Deus não era nova. Através de uma parábola contou que após Deus ter estabelecido e abençoado o povo de Israel na terra prometida para que ali permanecesse em prosperidade, entregou a responsabilidade do pastoreio espiritual aos líderes religiosos visto que tinham mais contato com as Escrituras e poderiam levar o povo a uma comunhão sadia com Deus. Infelizmente esses homens ao invés de se colocarem como servos de Deus a serviço do povo na condição de conselheiros e atendimento de suas necessidades espirituais tornaram-se opressores. Deixaram de anunciar e ensinar as Escrituras e passaram a dominar o povo com suas exigências e tradições. Muitas delas estavam em oposição às Escrituras e por isso receberam a censura de Jesus.( Mc 7. 1 – 13; Jo 9. 20 – 22; 12. 42). O fato dos religiosos não associarem o conhecimento da verdade que conheciam à prática em sua vida pessoal, fez com que se tornassem obstinadamente incrédulos, duros de coração e hipócritas. Hoje essa atitude é reproduzida por crentes que proclamam sua fé sem as obras preparadas por Deus para que andassem nelas.( Ef 2. 10). Com esse caráter ímpio os judeus religiosos passaram a rejeitar a Palavra de Deus e os Seus mensageiros. Jesus denunciou o tratamento desonroso, humilhante e violento dispensado aos servos fiéis ao longo da história de Israel. Depois dessa nação ser amorosamente tratada e protegida por Deus e alertada sobre as conseqüências de sua rebeldia, o Senhor, o dono da vinha, decidiu substituir a paciência e a misericórdia pelo juízo. (Sl 89. 14). Deus é Criador e Pai. O Seu amor não descarta a disciplina quando ela se faz necessária. No exercício da soberania usa até ímpios para disciplinar o Seu povo. As várias derrotas diante das nações vizinhas e os inúmeros exílios e cativeiros eram provas visíveis da pronta ação divina contra os rebeldes. A situação vivida por Israel na época do ministério de Jesus sob o duro domínio romano era a prova mais recente de que até aquele momento a nação ainda não havia aprendido as lições de humildade, obediência e respeito a Deus, a Sua Palavra e aos Seus mensageiros. A vinda de Jesus Cristo ao mundo representou a providência divina para a restauração espiritual de Israel e sua recondução à honra entre as nações conforme o desejo de Deus expresso em Êxodo 19. 5 – 6. A cegueira espiritual e a insistência em permanecer nas trevas fizeram com que a nação israelita rejeitasse o Messias. Leia João 1. 11 – 13; 2 Co 4. 4 – 6. Apenas um remanescente dentre os judeus e os gentios O acolheu como Senhor e Salvador. Dessa forma, em Cristo, surgiu o povo de Deus da Nova Aliança. O descendente de Abraão, Jesus Cristo, constituiu em Si a Sua igreja. Mt 16. 18; Gl 3. 16, 22. Esse novo povo não foi formado como se fizesse parte de um plano B divino. Deus não chamou os gentios (não judeus) porque os judeus rejeitaram Seu Filho, mas porque a rejeição de Israel ao Messias trouxe à superfície o amor de Deus pela humanidade desde a eternidade e que foi manifesto com a encarnação do Verbo, Jesus Cristo, não aceito em Sua divindade pelos judeus. Jo 1. 14; 3. 16; Ap 13. 8. O povo da Nova Aliança, a igreja, recebeu a honra que pertencia a Israel na Antiga Aliança. 1 Pe 2. 9 – 10; Ap 1. 5 – 6. Deus usa Seus filhos para trazer novos filhos ao Seu Reino. Os judeus religiosos tinham inveja de Jesus porque o Evangelho anunciado se mostrou a solução divina para suprir as necessidades espirituais das pessoas. A prova era o seu acolhimento. Onde estava o Pão da Vida as multidões O procuravam. Sendo assim, a cada dia sentiam que sua influência sobre o povo diminuía e isso os deixava incomodados. Sem frutos brevemente secariam, a exemplo da figueira, e seriam arrancados do espaço que ocupavam. Isso verdadeiramente aconteceu. Jo 11. 47 – 53. No pensamento dos religiosos a única solução para a reconquista da simpatia do povo e o domínio da consciência da nação seria a morte de Jesus e nisso se empenharam. O que tramaram nos bastidores foi trazido à luz pelo Senhor Jesus em conversa com os discípulos e as multidões. Jo 1. 29; 8.12 - 59. Jesus declarou à nação de Israel que era a pedra angular, isto é, a referência única estabelecida pelo Pai para a reconstrução espiritual da nação de acordo com os propósitos de Deus. Jo 14. 6. Com o estabelecimento da Nova Aliança a liderança religiosa, seus seguidores e agregados ficaram sem função religiosa. Os odres e o tecido antigo foram substituídos pelos novos odres e vestimentas novas. A Graça de Deus pela suficiência de Jesus Cristo ocupou o lugar da Lei. Agora a lei da Graça ou a Lei do Espírito de Vida é que prevalece. Romanos 8. Esse plano de salvação elaborado por Deus na eternidade é maravilhoso aos nossos olhos como disseram os antigos profetas. Os religiosos tentaram prender Jesus, mas ainda não era chegada a Sua hora. Ninguém poderia tocar no Filho sem a permissão do Pai. Diante disso os religiosos, remoendo o seu ódio deixaram o local. Jesus, porém, permaneceu ensinando a multidão. Mais tarde, dois grupos se uniram para tentar inviabilizar o ministério de Jesus. A estratégia era colocá-Lo ao mesmo tempo contra o povo e as autoridades romanas. Os fariseus e herodianos se aproximaram de Jesus com aparência de humildade, reverência e reconhecimento. Eles se auto-condenaram em suas palavras. Depois do falso elogio lançaram o laço. Jesus era humilde, mas não ingênuo e de imediato detectou o comportamento vil desses homens habituados a todo tipo de rapinagem. Eles sabiam que os judeus detestavam pagar impostos ao opressor romano porque essas taxas realimentavam o domínio. É certo que os romanos utilizavam parte da arrecadação no atendimento dos serviços públicos. Por outro lado, o templo, tão amado pelos judeus, era resultado dos impostos cobrados de Israel. Herodes I ao construí-lo procurou se redimir de suas maldades a fim de aplacar a ira divina e manter o seu domínio, apoiado pelos romanos. Beneficiar a religião e os religiosos tem sido uma antiga tática de domínio do poder político. Esse mesmo Herodes I foi quem tentou matar o Messias quando ainda era um bebê e pelo fato de não encontrá-Lo cometeu um infanticídio em Belém e arredores. Se o imposto não fosse imposto ninguém o pagaria! De sua parte os religiosos também cobravam o imposto para a manutenção do templo e sustento dos sacerdotes. Aliás, essa cobrança foi estabelecida por Deus quando Israel ainda estava no deserto. Êx 30. 11- 16; 2 Cr 24. 9; Ne 10. 32. Até de Jesus os religiosos cobraram indevidamente esse imposto! Mt 17. 24 – 27.
Ao ser questionado pelos fariseus e herodianos sobre o dever de pagar ou não o imposto a Cesar, o Senhor Jesus pediu um denário, perguntou de quem era a efígie inscrita na moeda e deu uma resposta objetiva e abrangente que foi além do que imaginavam: “Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Com essas palavras Jesus mostrou a todos que o governo divino e o governo humano precisam receber o que lhes é devido. A sonegação do que Deus estabeleceu para a manutenção de Sua igreja e servos ou a sonegação de impostos ao governo humano é atitude grave e reprovável. Os sonegadores não ficarão impunes. Nenhum direito tem a exigir ou a receber quem não cumpre os seus deveres. É injusto querer a bênção e não abençoar. A Graça de Deus não incentiva a infidelidade dos agraciados. Se nos alegramos com a fidelidade de Deus às Suas promessas por que o entristeceríamos com nossa infidelidade? Amar a Deus é antes de tudo obedecê-Lo. João 14. 15, 21, 23. Por outro lado, não se deve dar a César o que pertence a Deus e muito menos dar a Deus o que pertence a César. É certo que o governo divino atua sobre o governo civil por direito de criação, mas o Criador não deseja para Si o que pertence ao governo humano. A igreja de Jesus Cristo precisa estar atenta para esse princípio. Ao ouvirem as palavras de Jesus os religiosos deixaram o local admirados com o discernimento e a inteligência espiritual do Filho de Deus. A pergunta ardilosa não teve o efeito esperado em Jesus.
- A leitura, estudo e vivência das Escrituras nos dão discernimento e inteligência espiritual nos impasses.
- Jesus jamais fugiu ao diálogo com aqueles que se fizeram seus inimigos e pelo diálogo, além das lições preciosas, buscou reconciliá-los com Deus. - Diante de exagerados elogios a vigilância deve estar em alta. .
- Dar a Deus e ao governo civil o que lhes é de direito.
Deus disponibiliza aos Seus filhos a melhor resposta.
“...Dai pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
IV. A rejeição do Messias pelos religiosos
Jesus foi Rejeitado pelos Líderes Religiosos Deus aqui na terra! A vinda de Jesus Cristo ao mundo não foi nada menos do que isso. Deus vivendo como homem no meio dos seres humanos! A presença do Deus de amor no meio dos homens, sem dúvida, seria o suficiente para levar todos à conversão, certo? Como poderia algum mero homem resistir à presença do seu Criador?
Mas o apóstolo João afirma: “Veio para o que era seu, e os
seus não o receberam” (Jo 1:11). Jesus foi rejeitado pelos
homens que ele mesmo criou!
Rejeitado pelos Líderes Religiosos Imaginamos que os líderes religiosos seriam as pessoas mais próximas de Deus. Realmente deveriam ser. Pessoas em posições de liderança religiosa frequentemente alimentam estas ideias de uma posição especial, mais perto de Deus. Jesus descreveu tais pessoas como as que “praticam . . . todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens”, se vestem de maneiras especiais, “amam o primeiro lugar” em atividades sociais e reuniões religiosas, e gostam de ser chamados por títulos de destaque (Mt 23:5-7). Hoje, apesar das advertências de Jesus, muitos homens defendem seus títulos (reverendo, pastor, padre, apóstolo, etc.) e afirmam ter um lugar especial que mereça um respeito maior. É comum ouvir líderes religiosos abusarem da palavra "ungido" como defesa para esconder suas falhas, rejeitando qualquer questionamento ou crítica com afirmações de uma posição isenta de avaliação: “Não toque no ungido de Deus”. Mas, assim como os fariseus e escribas criticados por Jesus, os religiosos que, hoje, roubam e abusam das ovelhas são os reais culpados. São eles que estão “tocando nos ungidos de Deus”, pois a palavra de Deus mostra que todos os cristãos – e não somente os pastores – são seus ungidos (1 João 2:20). Mesmo quando Jesus andava aqui na Terra, sua presença mostrou como estes líderes estavam vazios e longes de Deus. Quando aquele que realmente está cheio da glória de Deus passou perto, a podridão dos hipócritas ficou evidente. Jesus ensinou seus servos a se comportarem de uma maneira totalmente diferente, não agindo para serem vistos por homens, seja nos seus atos de caridade ou nas suas orações (Mateus 6:1-8). Quando o Senhor observou o comportamento dos líderes dos judeus, ele criticou a sua religião por contrariar a vontade do Pai: “Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? . . . E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. . . . E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15:3-9). Com certeza muitos destes líderes se sentiram ofendidos quando Jesus falou que seriam rejeitados por Deus. Os discípulos perceberam que os fariseus se escandalizaram, mas Jesus não amenizou a sua mensagem. Ele continuou: “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco” (Mt 15:12-14). Na sua censura mais forte, Jesus chamou estes líderes de hipócritas e avisou o povo do perigo de os seguir (Mt 23:8-12). Se Jesus tivesse agido como um político esperto, falando palavras suaves para ganhar o apoio dos homens influentes, se tivesse oferecido para eles posições de influência no seu reino ou se tivesse procurado fazer acordos entre partidos para evitar ofensas, certamente a reação dos líderes teria sido bem mais favorável. Se ele tivesse participado do “clube dos pastores” e respeitado todos como colegas, estes não teriam motivo para se voltar contra Jesus. Mas quando ele falou a verdade sem acepção de pessoas, trouxe sobre si a ira dos religiosos mais influentes. Rejeitado pelo Povo Escolhido A rejeição pelos líderes conduziu muitas das “ovelhas” de Israel a também rejeitarem o Senhor. Da mesma maneira que observamos hoje, muitas pessoas naquela época tinham receio de contrariar os líderes (Jo 9:22; 19:38). Os judeus tiveram muitas vantagens em poder conhecer de perto o Deus do universo, recebendo mais informações sobre seus planos e vivendo numa posição privilegiada entre as nações. Mas Jesus viu a rejeição provinda do próprio povo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23:37). Anos depois, Paulo também lamentou o fato dos judeus terem rejeitado Jesus (Rm 9:1-6; 10:3). Rejeitado pelas Multidões Em várias situações, Jesus foi rejeitado pelas multidões que ouviram suas pregações e presenciaram suas grandes obras. Quando demonstrou seu poder sobre os servos do próprio diabo, os gerasenos não queriam que Jesus ficasse na sua terra (Marcos 5:16-17). Quando Jesus não correspondeu às expectativas materialistas da multidão, pregando sobre temas celestiais para pessoas carnais, o povo o abandonou (João 6:66). E quando chegou o momento de decisão sobre o Filho de Deus que andou no seu meio, a multidão chegou a gritar e insistir na morte de Jesus (Lc 23:18-23).
V. A Justiça Divina obrigou Deus fazê-lo sofrer.
Não era do desejo de Deus que o mal ocorresse em Sua criação. Mas com a entrada do pecado veio todo o império de morte, incluindo a natureza depravada do ser humano. Como consequência disso, os homens se tornaram naturalmente maus, inclinados ao pecado, trazendo males a si e ao próximo. Por causa do pecado, o mundo passou a sofrer. Mas será que nesse mundo esse sofrimento deveria ser rejeitado? Será que os filhos de Deus não deveriam sofrer? O capítulo 52, e o Capítulo 53 do livro do profeta Isaías, na verdade é um poema interligado.
No capítulo 52, Deus faz lembrar ao seu povo os lugares por onde passaram a muito tempo atrás. Os israelitas foram para o Egito pela própria vontade, porém depois, foram conduzidos ao cativeiro assírio, e em seguida ao cativeiro babilônico, mas no versículo 6 do capítulo 52, nos diz o texto; – virá o dia em que o meu povo conhecerá o meu nome e saberá que eu sou o eterno. Também relata que um mensageiro vem correndo pelas montanhas trazendo notícias de paz, notícias de salvação; – ele diz o seu Deus e Rei. Mas de fato o que me chama atenção no capitulo cinquenta e dois, é que nos versículos 13, até o Versículo 15, os mesmos serviram de introdução para o capítulo cinquenta e três. nestes versos o próprio Deus fará duas citações. Primeira citação refere-se à exaltação do servo sofredor, diz o texto; – Ele agirá com sabedoria, será engrandecido, elevado e muitíssimo exaltado, segunda citação, fala da morte do servo sofredor. Ele diz; – Muitos que ficaram pasmado diante de sua aparência por estar tão desfigurada, tornando-se irreconhecível, a ponto de não parecer com um ser humano, calaram a boca. Proposição: Cristo é o assunto principal da pregação do profeta Isaías.
já no capítulo 53 o profeta avisa à Nação de Israel a não esperar que o primeiro advento de Cristo seja como o dia de um grande general ou de um grande soberano terreno. Antes seria como a raiz de uma terra seca (V.2) Ele não teria parecer e nem formosura, seria desprezado, rejeitado pelo seu próprio povo (V. 3) Isso fala da sua humildade e mostra até que ponto Ele haveria de sofrer.
Frase interrogativa: Quem deu Credito a minha pregação? Frase exclamativa: Este versículo em evidencia se encontra em três lugares, no livro de Isaías 53,1; fazendo referencia a Cristo o servo sofredor, nos evangelhos de João 12. 38; fazendo menção dos milagres que Cristo realizou e na carta aos romanos 10, 16. Fazendo menção a pregação do evangelho de Cristo. Nunca vi uma época tão difícil para que as pessoas acreditasse na pregação do evangelho de Cristo, como na época do profeta Isaías, talvez assemelha-se aos nossos dias. Porém a pregação expositiva mencionada pelo profeta Isaías a respeito do servo sofredor, nos trará três revelações cruciais para cremos de fato no poder salvífico do evangelho.
Este segmento do livro portanto, trata-se de um cântico conforme o seguinte gráfico:
Vemos muito dessa resposta na pessoa do Filho unigênito de Deus: Jesus Cristo. Ele era plenamente santo, imaculado, sem pecado, justo, irrepreensível. Mas viveu uma vida humilde, pobre, sofreu, derramou sua vida em martírio por todos nós. Ele poderia ter nascido nos palácios dos grandes reis, mas decidiu nascer em uma simples manjedoura. Ele poderia ter morado em um castelo, junto aos grandes e poderosos da terra, mas disse que não tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9:58).
Ele poderia ter escolhido expiar nossos pecados vivendo uma vida sem sofrimento, pautada puramente pelo conforto e sossego, mas preferiu viver como um servo sofredor: desprezado pelos judeus, humilhado pelos romanos, zombado por Herodes, escarnecido pelo mundo. Morreu nu, ao lado de dois ladrões, com uma coroa de espinhos na cabeça. Foi severamente açoitado, teve seus punhos e seus pés pregados, uma lança penetrou-lhe o lado.
Qualquer um que olhasse para ele pensaria que ele era apenas mais um condenado que estava morrendo pelos seus próprios pecados, e não que era o Salvador do mundo, morrendo pelos pecados da humanidade. Como a ovelha que é levada ao matadouro, ele não abriu sua boca para retrucar as ofensas que recebia. Embora pudesse deixar milagrosamente a cruz e evitar todo o sofrimento, aceitou todas as humilhações e derramou sua vida até a morte.
E ele já explicava aos discípulos que “era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia” (Mt 16:21). Era preciso que “o Filho do homem sofra muito e seja rejeitado com desprezo” (Mc 9:12). Ele desejou comer a Páscoa com os discípulos antes de sofrer (Lc 22:15), disse que devia sofrer antes de entrar na glória (Lc 24:26), teve seus sofrimentos preditos pelos profetas (1Pe 1:1).
Ele soava gotas de sangue de tanta angústia que sentia antes de morrer (Lc 22:42). Seu sofrimento foi tanto que ele chegou a pensar que Deus o havia desamparado (Mc 15:34). Ele até pediu para que, se fosse possível, o Pai afastasse dele aquele cálice, mas que fosse feita a vontade dele, e não a sua (Lc 22:42). Ele sabia que tinha que passar por um batismo, e estava angustiado até que ele se realizasse (Lc 12:50). Esse batismo era o batismo no sofrimento. Esse cálice era de gotas de sangue derramadas em martírio. E a única coisa que o motivava a passar por isso era o amor. Por mim e por você. Seu sofrimento foi voluntário, por livre e espontânea vontade (Jo 10:18). Ele não foi levado à cruz contra a própria vontade, mas pensando em cada um de nós.
Como o Filho unigênito de Deus, a forma que Jesus viveu na terra deveria servir de exemplo para aqueles que afirmam que o cristão tem que parar de sofrer. Afinal, nós devemos “andar como ele andou” (1 Jo 2:6), seguindo os seus passos, sua forma de viver. Ele não viveu adornado de regalias, nem livre dos sofrimentos, mas no menor de todos os povos (Dt 7:7), junto aos mais pobres e humildes. Toda a sua vida foi pautada por uma missão: de perder essa vida para ganhar a próxima (Lc 24:26; 9:23-25), abrindo as portas da salvação para muitos que seguiriam suas pisadas e andariam conforme ele andou.
Muitos não irão querer seguir o mesmo caminho trilhado por alguém que sofreu tanto. Querem uma vida livre de aflições e cheia de bênçãos e vitórias. Outros, por sua vez, aceitam qualquer tribulação que possam passar nesta vida, pois sabem que algo mais excelso e elevado os espera na ressurreição: uma vida eterna. A estes, a recompensa por perderem suas vidas terrenas será uma glória eterna com Deus, para todo o sempre. A aqueles, essa vida será toda a recompensa que terão (Mt.6:2,5,16).
VI. Dissipando as dúvidas sobre quem é o servo sofredor.
Talvez a maior de todas as profecias messiânicas no Tanakh (as Escrituras Hebraicas/o Antigo Testamento) sobre o advento do Messias judeu seja encontrada no capítulo 53 do profeta Isaías. Esta seção dos Profetas, conhecida como o "Servo Sofredor", tem sido por muito tempo enxergada pelos rabinos históricos do Judaísmo como falando do Redentor que um dia viria a Sião. Aqui está uma amostra do que o Judaísmo tem tradicionalmente acreditado sobre a identidade do "Servo Sofredor" de Isaías 53:
O Talmude babilônico diz: "O Messias, qual é o seu nome? Os rabinos dizem: o Estudioso de Aflições, assim como se diz, 'verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido...'" (Sinédrio 98b).
Midrash Rabbah Ruth diz: "Uma outra explicação (de Rute 2:14): Ele está falando do rei Messias; 'Achega-te para aqui,' aproxima-te para o lugar real; e ‘come do pão', isto é, o pão do reino; e ‘molhe no vinagre o teu bocado’, isto se refere aos seus sofrimentos, como se diz: 'Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades’".
O Targum Jonathan diz: "Eis que o meu servo Messias prosperará; ele será exaltado, elevado e será extremamente forte."
O Zohar diz: “‘Ele foi ferido pelas nossas transgressões’, etc... Há no Jardim do Éden um palácio chamado de Palácio dos Filhos da Doença; o Messias entra então neste palácio, e convoca cada enfermidade, cada dor e cada castigo de Israel; todos esses vêm e repousam sobre ele. E se ele não tivesse aliviado esse peso de Israel e colocado-os sobre si, não haveria nenhum outro homem capaz de suportar os castigos de Israel pela transgressão da lei: e isso é o que está escrito: 'Certamente nossas enfermidades ele carregou’".
O grande (Rambam) Rabi, Moisés Maimônides, diz: "Qual seria a forma do advento do Messias.... erguer-se-á um que ninguém conhecia antes, e sinais e prodígios que testemunharão sendo realizados por ele serão as provas de sua verdadeira origem; porque o Todo-Poderoso, quando nos declara a sua mente sobre este assunto, diz: ‘Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo do Senhor’ (Zacarias 6:12). Isaías fala da mesma forma da época em que ele se manifestará, sem conhecer-se pai nem mãe ou a família, Ele surgiu diante dele, como renovo e raiz de uma terra seca, etc... nas palavras de Isaías, ao descrever a maneira em que essas coisas lhe são reveladas, para ele os reis fecharão a sua boca; pois viram aquilo que não lhes tinha sido dito, e o que nunca tinham ouvido entenderam."
Infelizmente, os rabinos modernos do Judaísmo acreditam que o "Servo Sofredor" de Isaías 53 talvez se refira a Israel, ou ao próprio Isaías, ou mesmo a Moisés ou outro dos profetas judeus. Mas Isaías é claro - ele fala do Messias, como muitos antigos rabinos concluíram.
O segundo versículo de Isaías 53 confirma essa clareza. A figura cresce como "um renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca." O renovo brotando com certeza é uma referência ao Messias e, na verdade, é uma comum referência messiânica de Isaías e outros lugares. A dinastia davídica era para ser cortada no julgamento como uma árvore derrubada, mas Israel tinha a promessa de que um renovo surgiria do tronco. O Rei Messias era o que brotaria.
Além de qualquer dúvida, o "Servo Sofredor" de Isaías 53 refere-se ao Messias. Ele é altamente exaltado e diante do qual os reis fecharão a boca. O Messias é o renovo que surgiu da caída dinastia davídica. Ele se tornou o Rei dos Reis. Ele forneceu a expiação final.
Isaías 53 deve ser entendido como se referindo à vinda do Rei Davi, o Messias. O Rei Messias foi profetizado para sofrer e morrer para pagar por nossos pecados e depois ressurgir novamente. Ele serviria como um sacerdote para as nações do mundo e aplicaria o sangue da expiação para purificar aqueles que acreditam. Há apenas Um a quem isso pode estar se referindo -Jesus Cristo!
Aqueles que o confessam são os Seus filhos, Sua descendência prometida e os despojos da Sua vitória. Segundo o testemunho dos apóstolos judeus, Jesus morreu por nossos pecados, ressuscitou, ascendeu à mão direita de Deus e agora serve como o nosso grande Sumo Sacerdote que nos limpa do pecado (Hebreus 2:17; 8:1). Jesus, o Messias judeu, foi o previsto por Isaías.
O rabino Moshe Cohen Ibn Crispin disse: "Este rabino descreve aqueles que interpretam Isaías 53 como uma referência a Israel como aqueles que abandonaram o conhecimento de nossos Mestres, e inclinaram-se de acordo com a 'teimosia de seus próprios corações', e da sua própria opinião; tenho o prazer de interpretá-lo, de acordo com o ensinamento de nossos rabinos, sobre o Rei Messias. Esta profecia foi proferida por Isaías por ordem divina com o propósito de dar-nos a conhecer algo sobre a natureza do futuro Messias, o que estava por vir e libertar Israel, e sobre sua vida, do dia em que chegou discretamente até o seu advento como um redentor, a fim de que se alguém surgisse afirmando ser o Messias, pudéssemos então refletir e olhar para ver se podemos de fato observar nele qualquer semelhança com as características descritas aqui; se houver alguma semelhança, então podemos acreditar que ele seja o Messias nossa justiça; mas se não, então não podemos fazê-lo."
VII. A pregação do profeta Isaías nos revela com detalhes a vida do servo sofredor.
1. como ele surgiu. • Ele cresceu como um broto tenro, ou seja, ele virar como inocente, como filho, brando, fazendo referência ao nascimento e a chegada de Cristo na terra. • Ele surgiu como uma raiz saída de uma terra seca, fazendo referência ao local e o estado e a devida situação onde Jesus viveu. Pois o local a onde Jesus viveu, e a época era muito difícil. Jerusalém estava Sobre o domínio do império romano e a Bíblia vai denominar esta época como terra seca. 2. qual era a sua aparência. • Ele não tinha qualquer beleza. • Ele não tinha nenhuma Majestade que nos atraísse. • Nada havia em sua aparência para que o desejássemos. • Revelando que é puro mito, a imagem propaganda de Cristo como sendo um homem de cabelos compridos e olhos verdes, a Bíblia diz não havia beleza alguma para que o desejássemos. 3. Que apreciação ele tinha entre os homens. • Nenhuma, ele foi desprezado. • Ele foi rejeitado pelos homens. • Ele foi alguém de quem os homens cobriam o rosto, porque alguém cobre o rosto ao olhar para a face de outrem? É evidente, quando cobrimos o rosto é porque não queremos olhar para pessoa, isto me faz pensar no momento em que Cristo foi espancado e sangrando caminha para Cruz, sua aparência está tão desfigurada que ele se tornou irreconhecível entre os homens. A Bíblia nos revela que ele nem parecia com um ser humano. 4. qual era a sua experiência. • Homem de Dores, notermos que o texto escreve a palavra dores no plura,l não é dor, mas homem de dores. • Um homem experimentado no sofrimento, Cristo desde o seu nascimento em uma manjedoura fui perseguido ainda quando criança pelo rei Herodes trabalhou duramente na carpintaria de seu pai ele sabe o que é sofrer O que é um trabalho pesado durante seu ministério foi chamado de belzebu e por várias vezes ameaçado de morte. Jesus um homem experimentado no trabalho um homem que sabe o que é sofrer
Não resta dúvida de que o texto de Isaías 53 era uma profecia que apontava para o Messias prometido. Isso teve apoio dos Rabinos, até o 12º século; depois disso, estudiosos judeus passaram a interpretar a passagem como uma descrição dos sofrimentos de Israel como nação. Porém, como Israel poderia ter morrido por seus pecados (v. 8)? E quem disse que era inocente do pecado e, dessa forma, fora condenada injustamente (v.9)? Não; o profeta escreveu sobre um indivíduo inocente, não sobre uma nação culpada. Deixou bem claro que esse indivíduo morreu pelo pecado da culpa para que os culpados pudessem ser libertos. Não há dúvida de que o servo que Isaías descreve é o Messias; e, não, Israel. O Novo Testamento afirma que tal Messias Servo é Jesus de Nazaré, o Filho de Deus (Mt 8:17; Mc 15:28; Lc 22:37; Jo 12:38; At 8:27-40; 1 Pe 2:21-24). Há quatro cânticos, no livro de Isaías, que descrevem o Servo do Senhor. No primeiro, é retratado como um mestre, ensinando com mansidão, dotado do Espírito e alcançando os povos (Is 42:1-40). No segundo, ele é retratado como um evangelista (Is 49:1-6). No terceiro, um discípulo (Isaías 50:4-9). Por fim, ele é pintado como o Salvador Sofredor (Is 52:13 – 53:12). Analisemos seus passos. Exaltação (52:13): Nesse versículo, que é o início da profecia, Isaías informa que o Servo do Senhor agiria com prudência; seria exaltado, elevado e muito sublime. O texto comprova que a profecia não está se referindo a Israel, pois sabemos muito bem como era o procedimento dessa nação. Eis um quadro sublime, profundo e preciso do Messias. O Servo de Deus teria a sabedoria para realizar eficazmente o que Deus pediu-lhe para realizar. Isso resultará em uma exaltação suprema, expressada pela repetição tripla ( 6:3): Ele será “engrandecido” (como Deus é exaltado, 2 Sm 22:47), “elevado”, e colocado em posição “mui sublime” (6:1 - a mesma exaltação é aplicada a Deus). O servo sofreu e morreu, mas não permaneceu morto. Foi “exaltado e elevado e [foi] mui sublime”. A expressão “proceder com prudência” significa “ser bem-sucedido na empreitada”. O que parecia uma humilhante derrota foi, na verdade, uma grande vitória aos olhos de Deus (Colossenses 2:15). “Eu te glorifiquei na Terra”, disse Jesus a seu Pai, “consumando a obra que me confiaste para fazer” (Jo 17:4). Jesus não apenas foi ressurreto dentre os mortos, mas também seu corpo foi glorificado. Ele ascendeu ao céu, onde está assentado à direita do Pai. Possui toda a autoridade (Mt 28:18), pois tudo foi colocado a seus pés (Ef 1:20-23). Não há ninguém no universo que seja maior que ele. Que grande surpresa para aqueles que o consideraram o menor dos menores! Espanto (52.14): O versículo anterior fala da exaltação e elevação do servo; contudo, antes, ele seria humilhado, desfigurado a ponto de não se parecer com um homem. Seu sofrimento seria tanto que as pessoas ficariam espantadas com sua aparência. Quanto sofrimento nosso Jesus suportou! Quanta injustiça! Quando foi interrogado diante de Anás, Jesus foi esbofeteado por um dos guardas (Jo 18:22). Na audiência perante Caifás, cuspiram nele, esbofetearam e socaram sua cabeça (Mt 26:67; Marcos 14:65; Lc 22:63). Pilatos açoitou-o (Jo 19:1; Mt 27:26; Mc 15:15), e os soldados romanos espancaram-no (Jo 19:3). O açoite era tão terrível que provocava a morte de alguns prisioneiros. "Ofereci as costas aos que me feriam", disse o Servo de Deus, "e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” (ls 50:6). Tudo o que fizeram ao filho de Deus deveria ter sido feito a Barrabás e a nós! Sacrifício por todas as nações (52:15): O relato do verso 14 é chocante, porém o verso 15 enche-nos de alegria ao saber que a morte de Jesus mudaria a História da humanidade. A palavra “borrifar ” é frequentemente usada a respeito de espargir o sangue de um sacrifício. Em linha com a mensagem de salvação de Isaías, disponível para todos, o significado parece ser que “muitas nações” beneficiar-se-iam com o sacrifício do servo e com o derramamento do seu sangue. “Os reis fecharão a boca”; isso é, eles seriam surpreendidos e ficariam respeitosamente calados, subjugados pela grandeza da salvação — algo que eles, sendo gentios, não tinham entendido, ou até mesmo considerado antes. Jesus não morreu por um povo, mas seu sacrifício foi em favor de toda a humanidade. O Servo desprezado (Is 53:1-3): O capítulo 53 de Isaías descreve, do verso 1 a 4, a vida e o ministério de Jesus; do 5 a 8, sua morte; no 9, seu sepultamento; sua ressurreição e a exaltação são descritas nos versos 10 a 12. Há tantos detalhes sobre Jesus que poderíamos chamar o texto de “O Evangelho de Jesus segundo Isaías”. Há três focos de desprezo nesse capítulo. Desprezaram sua Palavra, suas obras, e a própria pessoa de Cristo. Vejamos com mais cuidado tais focos: Desprezo por sua mensagem: Isaías começou a profecia falando do desprezo dos ouvintes quanto à sua mensagem. A incredulidade dos judeus, na época do nosso Salvador, é mencionada expressamente como sendo o cumprimento dessa Palavra (Jo 12:38). E ela é aplicada, da mesma maneira, ao pouco sucesso que a pregação dos apóstolos encontrou entre judeus e gentios (Rm 10:16). Desprezo por suas obras e por sua pessoa: Israel não era um paraíso quando Jesus nasceu; em termos políticos e espirituais, era um deserto. Cristo não veio como uma grande árvore; mas, sim, como “um rebento”. Nasceu na pobreza, em Belém, e cresceu numa carpintaria, na desprezada cidade de Nazaré (Jo 1:43-46). Por causa de suas palavras e ações, atraiu uma multidão, mas não havia nada em sua aparência física que o diferenciasse de qualquer outro judeu. Jesus não nasceu em uma família rica e não tinha prestigio social, nem reputação. Tudo isso era muito importante para os judeus da época; por isso o trataram como mais um escravo, desprezando-o, depreciando-o. Venderam-no por 30 moedas, depois de ele ter feito tantos milagres. Quando Deus fez o universo, usou seus dedos (Salmos 8:3). E, quando libertou Israel do Egito, foi por sua mão forte (Êx13:3). Porém, para salvar os pecadores perdidos, teve de mostrar seu braço poderoso! No entanto, as pessoas ainda se recusam a crer nessa grande demonstração do poder de Deus. O Servo Ferido (Is 53:4-6): Por que um homem inocente como Jesus Cristo morreu dessa forma terrível na cruz? Esses versículos explicam a razão disso: ele tomou o nosso lugar. 1 Pe 2:24 fazendo uma alusão ao texto de Isaias, disse: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”. Ele foi ferido, transpassado, moído para que nós tivéssemos vida. Observe o preço que ele pagou:
1) transpassado ou ferido refere-se à morte dele na cruz, transpassado por pregos — Jo 19:37; Zc 12:10;
2) moído, o que significa ser "esmagado" sob um fardo, o peso do pecado que foi depositado sobre ele;
3) castigo ou punição como se ele tivesse quebrado a lei, nesse caso com o vergão do açoite. No entanto, esses sofrimentos físicos não foram nada comparados com os sofrimentos espirituais da cruz, quando ele tomou sobre si nossas transgressões (vv. 5,8), nossa rebelião e quebra deliberada da Lei do Senhor; nossa iniquidade (vv. 5-6); a desonestidade da nossa natureza; nossas enfermidades e dores (v. 4); nossas misérias e o resultado infeliz de nossos pecados. Somos pecadores por nascimento "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas") e por escolha ("cada um se desviava pelo caminho". (Sl 58:3 e Rm 5:12s). O versículo 6 começa com o "todos" de condenação, mas termina com o "todos" de salvação. Ele morreu por todos nós. Esses versículos são o cerne do evangelho — "Cristo morreu por nossos pecados". O verso cinco deste capítulo é interpretado de forma errada, muitas vezes. Certos pregadores ensinam que não podemos aceitar qualquer tipo de enfermidade, pois Cristo já as levou na cruz. É importante ressaltar que o cumprimento dessa profecia ocorreu durante o ministério de Jesus na Terra, onde muitos milagres de cura foram feitas pelo Senhor. Claro que isso não significa que ele não vai curar nossas enfermidades de hoje. Cremos em um Deus poderoso, capaz de curar toda e qualquer doença de quem pede com fé, mas não podemos exigir, com base neste texto, que nos cure de todos os nossos males. Devemos lembrar que ele é soberano; a vida e a morte estão em suas mãos. A boa-nova é que a maior enfermidade, chamada pecado, ele já levou sobre a cruz. Infelizmente, muitas pessoas gostam dessa doença maldita, pois vivem nela. O Servo Calado (Isaías 53 7-9): Poucas pessoas conseguem permanecer caladas quando são caluniadas, agredidas e injustiçadas, mas estamos falando de um servo. Servos não retrucam; antes, são obedientes e submissos aos senhores. Cristo permaneceu calado diante dos acusadores, bem como dos que o afligiram. Ele calou-se diante de Caifás (Mt 26:62 63), dos principais sacerdote e anciãos (Mt 27:12), de Pilatos (Mt 27:14; João 19:9) e de Herodes Antipas (Lc 23:9). Não falou quando os soldados zombaram dele e espancaram-no. No texto de 1 Pe 2:23 diz-se: “O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente”. O que dizer do julgamento de nosso Mestre, descrito nos evangelhos? É simples e puramente o cumprimento do versículo 8 deste capítulo. Feito na calada da noite, com testemunhas falsas e compradas, que deferiram acusações falsas contra aquele que é a Verdade. E por que ele permaneceu calado? Porque não veio para se defender; mas, sim, para morrer pelos nossos pecados. O Sepultamento de Jesus é tão importante quanto sua morte, pois é a prova de que ele morreu. As autoridades romanas não teriam entregado o corpo a José de Arimatéia e a Nicodemos se de fato Jesus não tivesse morrido. Foi pretendido que sua sepultura fosse “com os ímpios”, ou seja, com os criminosos condenados e crucificados com ele. No entanto, quando Jesus de fato morreu, foi enterrado com honra por um homem rico. Essa era a garantia de Deus de que as acusações quanto a ser violento e enganador eram falsas. Ele era manso com os pecadores, e as suas palavras eram verdadeiras. O servo recompensado (Is 5310-12): Vimos o servo desprezado, ferido, calado. Finalmente, nos versículos finais, veremos o servo sendo recompensado. O servo triunfou. Deus o recompensaria ricamente. Toda a grandeza e o poder dos seus inimigos estariam entre os despojos da sua vitória. Tudo acontece porque Jesus estava disposto a passar pela morte e ser identificado com os seres humanos, os quais estavam em estado de rebelião ( Mc 15:28). Embora Jesus se deixasse ser “contado com os transgressores”, ou seja, tratado como um rebelde, ele estava livremente intercedendo pelos rebeldes e continuaria a fazê-lo dessa forma ( Lc 23:34; Rm 8:34; Hb 7:25; 1 Jo 2:1). Está claro, a partir disso, que não era uma vítima das circunstâncias, não meramente um mártir, não simplesmente o nosso exemplo, não somente um mestre. De boa vontade, e obedientemente, levou o fardo dos pecados e a culpa de toda a raça humana, triunfando sobre tudo isso, de modo que nós podemos entrar livremente na presença de Deus e estar em perfeita relação com ele. Satanás ofereceu a Jesus um reino glorioso em troca de adoração (Mt 4:8), porém Jesus foi fiel até a morte. O texto de Filipenses 2:8-10 expressa muito bem sua obediência e a recompensa por isso: “E, achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”.
Contextualizando A riqueza de detalhes concernentes a Jesus, presente nesta profecia, é ímpar. A vida de Jesus, seus milagres, a rejeição que sofreu, a forma que o mataram, seu sepultamento, ressurreição... Quando comparamos os relatos dos evangelhos do Novo Testamento à luz de Isaías 53 vemos claramente que a Palavra de Deus cumpriu-se e continuará a se cumprir até a segunda vinda do Messias. Contudo, o que mais chama a atenção é ver que algumas reações com relação ao Servo Sofredor podem ser vistas em nossos dias! Os versículos 13 a 15 do capítulo 52 descrevem como viria o Senhor Jesus a esta Terra: de forma humilde, nascido em uma família pobre, sem atraente aparência física, sem status. Então, o que poderia atrair as pessoas a ele? Ah, se todos soubessem quem ele era, o poder que possuía e o que veio fazer, com certeza correriam para ele. Infelizmente, em nossos dias, muitas pessoas ainda não aceitam Jesus pela simplicidade do Evangelho e do próprio Cristo. As pessoas querem coisas que tenham mais status, aparência. Enquanto isso, rejeitam aquele que deu a vida por nós. Isaías lamentou, no início do capítulo 53, a dureza de coração das pessoas quanto à sua pregação. Isso também se cumpriu, e ainda se cumpre. Porém, atualmente, não é apenas o coração das pessoas que está endurecido, mas, lamentavelmente, a pregação está deturpada. Muitos não pregam o que de fato a Bíblia ensina. Não se tem pregado sobre o sofrimento do Messias a fim de perdoar nossos pecados. O que vemos é falsos profetas pregando prosperidade e um evangelho que não exige renúncia. Onde estão as pregações que falam da cruz, dos cravos, dos açoites, do quanto sofreu nosso Jesus para que pudéssemos ter vida? Infelizmente, muitos preferem questionar todo o amor de Deus, derramado na cruz, assim como os grupos religiosos da época de Jesus, ao invés de aceitarem com gratidão tamanha prova de amor.
VIII. A pregação proposta pelo profeta Isaías nos revelará em detalhes o amor incondicional do servo sofredor.
Amor incondicional, significa Amor pleno, completo e absoluto, que não impõe condições ou limites para se amar. isso vamos ver neste segundo aspecto da mensagem do profeta Isaías. Amor incondicional 1. o seu amor incondicional é demonstrado em Atos. • O seu amor incondicional é demonstrado quando ele tomou sobre si as nossas enfermidades. • O seu amor incondicional é demonstrado quando ele levou sobre si as nossas doenças. 2. o seu amor incondicional o levou ao castigo. • Pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus estava lhe castigando, quando o texto diz; – reputávamos por aflito ferido de Deus e oprimido. • Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões. • Mas ele foi esmagado por causa das nossas iniquidades atitudes imorais. • Castigo que ele sofreu nos trouxe paz. • E as feridas pelas quais foi ferido, somos curados. 3. o seu amor incondicional o levou a morte. • À semelhança de um Cordeiro mudo conduzido ao matadouro. • Semelhança de uma ovelha diante dos seus tosquiadores. 4. o seu amor incondicional o levou ao sepulcro. • Ele foi sepultado entre os criminosos. • Ele foi sepultado entre os ricos. Fazendo referência a José de Arimatéia. Era oriundo de Arimateia (Armathahim, em hebreu), um povoado de Judá — a atual Rentis — situado a 10 km a nordeste de Lida, que por sua vez é o provável lugar de nascimento de Samuel (1Sam. 1,1). Homem rico (Mt. 25,57) e membro ilustre do Sinédrio (Mc. 15,43; Lc. 23,50), José tinha em Jerusalém um sepulcro novo, cavado na rocha, próximo do Gólgota. Era discípulo de Jesus, mas mantinha isso em segredo, tal como Nicodemos, por temor às autoridades judaicas (Jo 15,38). Nos diz o texto que, contudo, foi a vontade do Senhor esmaga-lo e fazê-lo sofre, porém, os seus dias serão prolongados.
IX. A pregação feita pelo profeta Isaías nos revelará com detalhes o triunfo do servo sofredor.
O servo sofredor de Isaías 53 é inocente e sem pecado e "não tinha cometido iniquidade, nem houve engano na sua boca". Em contraste, Isaías descreve Israel como uma "nação pecadora, povo carregado de iniquidade" (Isaías 1:4)O servo sofredor de Isaías 53:3 mostra que o servo não foi estimado por Israel ("não havia nada nele que nos agradasse"). Já Israel diz de si mesmo como povo diariamente nas suas orações:"Louváveis são aqueles que habitam em tua casa! Que eles possam sempre te louvar, Louvável é o povo, para quem isto é assim, louvável é o povo cujo Deus é o Senhor!"
O servo sofredor de Isaías 53:8 sofre a pena da transgressão, no lugar do "meu povo" [Israel] "a quem a maldição era devida". Este não pode ser Israel. O servo sofredor morre, é sepultado, e é chamado de rico na sua morte (ver. 9) E a nação de Israel nunca morreu ou foi enterrada. O servo sofredor de Isaías 53 serve como uma "oferta pela culpa" . Pode o sofrimento de uma nação pecadora servir para expiar os seus próprios pecados e muito menos os pecados de outras nações? Não.O servo sofredor de Isaías 53 não é o povo de Israel, o servo sofredor de Isaías 53 é Yeshua, o filho unigênito de YHWH, o filho do Único Elohim verdadeiro que habita na luz inacessível.
• quando sua alma se puser por expiação do pecado, Ele verá a sua descendência. • prolongará os seus dias. • a boa vontade do Senhor prosperará na sua mão. • Ele verá o fruto do trabalho da sua alma e ficará satisfeito. • com o seu conhecimento justificará a muitos. Porque a iniquidade deles levará sobre si. • com os poderosos repartirá o despojo.
X. A manifestação do braço do Senhor.
Se o braço do Senhor não tivesse se manifestado, não haveria sentido tantas dores! Aquele que está descrito em Isaías 53 é quem iria ver o braço do Senhor. Ele foi objeto da tragédia, aflição e incompreensão.
Manifestar: O mesmo que patente, claro, evidente, em ação.
O Servo mencionado nos capítulos 42, 52 e 53 de Isaías é uma referência clara de Cristo. Vemos também Ele assim sendo chamado 11 vezes no Novo Testamento. Mas, além de Cristo, O Senhor chama também de Servo a Israel (Is 41:8 / 44:1,2,21 – Israel falou) e a Igreja (Is 54:17 / 65:13,14 – Crentes fiéis no plural).
O servo Jesus Cristo é único – e só Ele poderia levar a termo a obra da expiação. Mas no sentido do serviço, onde Israel e a Igreja também estão envolvidos, tudo tem como base o mesmo princípio. Se voltarmos para Is 52:13, que descreve o destino final do Servo, vamos nos lembrar de Filipenses 2, onde o apóstolo Paulo faz menção a respeito do Servo obediente e exaltado.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:5-8). Veja o fim do Senhor em Is 53: Ele será exaltado, verá o fruto do Seu trabalho, será satisfeito, isso está estabelecido deste o começo.
O mesmo princípio se aplica a nós – os também Servos:
“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17).
“Se perseveramos, também com ele reinaremos” (1 Tm 2:12) Há 3 palavras em destaque no capítulo de Is 53: iniquidade, transgressão e pecado, nos fazendo lembrar de Levítico 16:16,21. Jesus foi o bode expiatório.
“O braço do Senhor não se separa da cruz! O suporte, a presença, o poder do Senhor, tudo só pode acontecer no terreno da cruz do Senhor Jesus” O Braço do Senhor opera pela cruz – “Cristo crucificado, poder de Deus”. Não pode operar na nossa independência e individualismo.
Deus vindica o Filho – o viver é Cristo – esse foi o segredo de Paulo. Se tomarmos alguma parte na obra para que ela tenha sucesso, Deus vai nos deixar ter toda a responsabilidade. A obra é Dele, e Dele somente!!!
1- O braço do Senhor manifesta-se para salvar.
Salvar: Livrar de perigo grave e eminente. Libertar, redimir, por em lugar seguro.
a) O braço do Senhor manifestou-se para salvar o povo de Israel no grande mar vermelho. Ex. 14.31. b) O braço do Senhor manifestou-se salvando a família de Ló da destruição. Gn 19.16. c) O braço do Senhor manifestou-se na fornalha salvando os três jovens hebreus. Dn 3.1-30. d) O braço do Senhor manifestou-se dando livramento a Daniel na cova dos leões. Dn 6. 1-28.
A mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar. Is.59.1.
2- O braço do Senhor manifesta-se para curar os enfermos.
Curar: Livrar de doença, restabelecer a saúde e dar vida plena.
a) A cura de um leproso. Lc 5.13. A cura é instantânea quando Jesus toca no homem. b) A cura de uma mulher paralitica. Lc 13.13. Esta foi uma cura solicitada, concedida á medida da fé e da persistência em cultuar a Deus durante dezoito anos mesmo debaixo da enfermidade. Todo problema deve levar-nos a procurar a casa do Senhor, onde O encontramos, e com Ele, a sua libertação.
3- O braço do Senhor manifesta-se para nos dar poder.
A mão do Senhor: Significa a parte ativa da personalidade de Deus. Sua atividade no mundo. Estas mãos estão prontas a conceder poder aos seus servos.
a) Poder para realizar prodígios. At 6.8. c) Poder ara testemunhar. At 4.33. d) Poder para pregar. Mc 16.15.
Braço é ação e poder, tanto que quando alguém se refere a uma pessoa dizendo que ela é o braço direito de alguém, você quer dizer que ela é responsável pela ação!
A ação de libertação dos israelitas do Egito é um ato de Deus feito por intermédio do seu braço.
Porque esse antropomorfismo? Isso só faria sentido se existir alguém corpóreo. Quem é o braço? Afinal sabemos que Deus não tem aparência humana nem mesmo um corpo como nós!
Reparem na beleza desse texto agora:
Isaías 40:10 - "Eis que o Senhor Deus virá com poder e seu braço dominará por ele; eis que o seu galardão está com ele, e o seu salário diante da sua face."
Ou seja, Deus vem com seu poder e o seu braço dominará.
Agora, no Salmo seguinte o braço é o Gaal Israel ou seja , o remidor , vai pagar o preço:
Salmos 77:15 - "Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José."
Quem é o braço? Jesus é o braço! É isso que diz a principal profecia messiânica em Isaías 53:1
- "QUEM deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?"
Logo Jesus manifestou o braço do Eterno e o seu braço dominará...
Isaías 51:5 - "Perto está a minha justiça, vem saindo a minha salvação, e os meus braços julgarão os povos; as ilhas me aguardarão, e no meu braço esperarão."
Em Jesus esperamos a salvação. Ele julgará!
E finalmente, concluindo , saiba que você leu esse artigo até agora, é porque o senhor revelou o mistério, veja:
Isaías 52:10 - "O Senhor desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus."
A boa mão do Senhor está sempre pronta para agir a favor do homem que o busca.
“Que tenhamos uma paixão pela Honra, Glória e o Nome do Filho de Deus e Ele fará o resto”
"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir;" Is. 59:1
Meditando neste versículo, duas palavras despertou minha atenção: SALVAR, salvar do que? Se estou em Cristo e nova criatura sou... OUVIR, ouvir o que? se o Senhor é oniciente...
No entanto, as duas palavras sugerem ação. Ação do Deus vivo, e não minha. eu poderia isolar este versículo e fazer uma apologia sobre o consolar de Deus, mas, insitui em ler o versículo seguinte: "mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça." Is.59:2 Então, pude entender que pelas minhas ações impeço a ação de Deus sobre minha vida. Vou mais longe, sobre a minha família, minha igreja, minha nação.
O profeta, nos alerta que as nossas ações nos separam de Deus, mesmo que sejamos hiperativos, doutrinados, zelosos, piedosos, irreprensíveis aos olhos do homem, porque assim era o procedimento da época, dava-se dízimo até da hortelã. A lei era levada ao pé da letra, o ritualismo religioso era praticado e motivo de orgulho por quem o fazia. Mas Deus estava enojado de um povo que o adorava apenas de palavras. Suas ações eram ruins, o pecado era algo impregnado em suas mentes cauterizadas, podia-se fazer diversas atrocidades (não digo, matar, roubar ou coisas muito impactantes) mas sim, mentir, esconder, ocultar, trapacear, prostituir, adulterar, maldizer e uma série de obras ditas da carne ou da natureza humana. Essas ações eram corriqueiras no dia a dia do povo de Deus, não muito diferente os dias de hoje. Temos testemunhado vidas fracassadas, destruídas, oprimidas pela obra da carne e fortalecida pela ação demoníaca. Temos visto a insubmissão, a rebeldia contra as autoridades eclesiais constituídas, a murmuração contra o irmão, contra o líder, contra o pastor e assim por diante. E duro é, verificar que muitos irmãos se acham espirituais, certos e cheios do Espírito Santo. Mas não passam de obtusos, murmuradores e praticantes da obra da carne. Revestem-se de um estereótipo santo ou legalista ou os dois, para encobrir o que de verdade está no coração. E este tipo de ação, impede que Deus ouça nossas petições, orações, interceções, inclusive nossa adoração. Não muito, parece que nossas orações não passam do teto (expressão usada para definir oração fraca) se é que existe uma oração fraca, segundo o versículo acima, entendo que ela não é ouvida, porque nossas acões e pecados impedem que Deus nos ouça e fique junto de nós.
No versículo seguinte o profeta, nos revela o porque que Deus tem dificuldade em nos ouvir e ficar juntos de nós. "Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam a mentira, a vossa língua pronuncia perversidade." Is. 59:3. Oramos e as coisas não acontencem, o Poder de Deus não se manifesta, " E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." Mc 16: 17-18.
Aplicação. • Cristo de fato é o servo sofredor, relatado no Capítulo 53 do livro do profeta Isaías. • Cristo não poderia ter aparência, e nem muito menos ser Reconhecido pelos homens, Mas de fato Ele nos amou incondicionalmente. • Cristo sofreu foi ferido rejeitado, mas triunfou sobre a morte, sobre o pecado. • O castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras nós fomos sarados. Sarados de que? do pecado, da iniquidade e das nossas transgressões. • Poucos são os que dão crédito a pregação, mas aqueles que assim fizerem terão direito a vida eterna.
Por isso meu irmão, reflita sobre esta palavra, medite nela e tome uma atitude. Você sabe o que tem que se fazer, faça. Se perdão, perdoe; se pecado, confesse; se murmurava, não murmure mais, se maldizia, não maldiga mais, se mentia, passe falar somente a verdade; se andava na obra da carne, rompa com ela e viva a plenitude do Espírito Santo e verá a Glória de Deus ser manifestada em tua vida. Lembre-se o seu passado o condena, mas Jesus Cristo derramou o sangue por ele. O teu futuro está intacto, nada aconteceu lá ainda. Então, peça direção e graça de Deus para que você prossiga santificando-se dia a dia e erre o menos possível. Porque se você errar " Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." I Jo. 1:9
E assim, Ele nos salvará e nos ouvirá quando clamarmos por Ele. E verás que a mão de Deus, jamais está encolhida.
Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série.
Portanto o capítulo 52.13-53.12 trata-se de mais um dos cânticos proféticos de Isaías.
I. Por que Cristo teve que sofrer a Ira e a cólera de Deus à luz de Isaías 53?
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A história da humanidade apresentada pelas Escrituras é primordialmente a história sua, num estado de pecado e rebeldia contra Deus.
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Antes que fôssemos remidos por Cristo, não só cometíamos atos pecaminosos e tínhamos atitudes pecaminosas, mas também éramos pecadores por natureza. Paulo diz em Rm 5:08: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo ainda pecadores”.
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Paulo explica os feitos dos pecados dizendo: Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram (Rm 5:12)
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Não é certo dizer que algumas partes de nós são pecaminosas e outras puras. Antes, cada parte de nosso ser está maculada pelo pecado. Paulo diz em Rm 7:18- 19: Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
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Aqueles que não aceitaram a Cristo, que dão suas ofertas a orfanatos, hospitais, asilos, através de seus esforços acham que estão agradando a Deus e serão justificados, estão enganados. Em Rm 8:08 Paulo diz: “Portanto, os que estão na carne não podem agradar à Deus”.
II. Por Que os Judeus Não Receberam O Senhor Jesus?
Na terra de Israel, num determinado dia em que ninguém estava alerta, surge a assombrosa notícia de que em Belém da Judéia nascera um menino todo especial, chamado Jesus.
E a notícia causa tanto maior espanto, quanto era certo haver testemunhas de que um anjo do Senhor descera lá dos céus a anunciar aos pastores que guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite que na cidade de Davi, havia nascido o Salvador, que é Cristo, o Senhor - o Messias prometido aos israelitas.
E o anjo deu-lhes um sinal, dizendo: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens.
A presença desse menino mostrara-se de tal maneira prodigiosa logo de início, que a simples notícia de seu nascimento pusera o rei Herodes em pânico e toda a Jerusalém com ele.
Sem que os judeus se dessem conta, tinha nascido verdadeiramente o Messias que lhes fora prometido pelos profetas, desde Moisés a Malaquias.
Esse menino assim tão prodigioso cedo começou a não ser compreendido.
Quando já tinha doze anos, por conseguinte, um rapazinho já crescido, seus pais o encontraram no Templo no meio dos doutores da lei.
Depois de algumas palavras de reprovação da parte de sua mãe, por Ele ali ter ficado sem lhes dizer palavra, Jesus respondeu: Não sabeis que me convém tratar dos negócios do meu Pai? E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.
E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.
Entretanto, quando Ele, aos trinta anos, se apresentou publicamente perante os judeus, o seu povo, os seus não O receberam.
Ali estava verdadeiramente o Messias!
Contudo, o Messias que os judeus aguardavam era todo diferente daquele que agora se lhes apresentava. Eles não estavam interessados em um libertador de ordem puramente espiritual.
Queriam um libertador que se apresentasse com as características de um Ciro, de um Josué, de um Sansão, de um Nabucodonosor, ou ainda de um Pompeu. Um homem destro na guerra e corajoso, capaz de vencer todos os impérios da terra, sem que alguém mais pudesse levantar a cabeça debaixo do seu domínio.
Quanto a Jesus, os judeus nenhuma beleza viram nele para que o desejassem.
- O Messias que se lhes apresentava nascera numa manjedoura onde animais mal-cheirosos eram alimentados, quando aquele por quem esperavam deveria nascer infalivelmente num palácio real rodeado de pompas e de honras, e nunca duma forma assim desprezível - numa estrebaria.
- Quando menino, brincara com e como qualquer garoto de rua, e não num jardim dum palácio, com aios escolhidos a vigiá-lo.
Depois, quando se apresentou publicamente aos judeus, a sua mensagem dirigida a todos, incluindo uma classe sacerdotal que se fazia passar por muito santa, era esta:
VINDE A MIM... Expressão que os judeus religiosos tomaram como uma afronta atrevida.
E por cima de tudo isto, em vez de se dirigir aos doutores da lei e aos escribas e fariseus, fez-se rodear dum grupo de doze discípulos escolhidos entre a "ralé", o povo humilde, incluindo pescadores, e até mesmo de um publicano (um odiado cobrador de impostos).
E não gostavam do que ouviam da boca de Jesus, que lhes dizia:
Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Eu e o Pai somos um.
Ora, se o testemunho que Jesus, humanamente, podia dar de si mesmo não agradava aos judeus, quanto mais dizer: Eu e o Pai somos um. Isso não podia ser tolerado e nem aceito. Isto equivalia a fazer-se igual a Deus!
Que blasfêmia! Por isso, mais uma vez pegaram em pedras para o apedrejarem.
Isto fala-nos da maneira como Jesus era escutado pelos cabeças religiosos judeus; ainda que muitos dentre o povo o ouviam com agrado.
Todavia, seu ministério provou ser poderoso e bom, desde o princípio até o fim.
Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama corria por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos... e ele os curava. E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e de além do Jordão.
Se, por um lado, os dirigentes do povo rejeitavam Jesus e a sua palavra, multidões de povo humilde, beneficiadas por seu poder, o seguiam atraídas pela sua presença.
Mas isso não é tudo. Por duas vezes a multidão que o seguia não tinha comida para se alimentar, e havia muito tempo que não comia, pois a sua palavra era tão doce aos corações sedentos de amor e compaixão, que as pessoas preferiam ouvi-lo e segui-lo a irem em busca de alimentos para matar a fome.
Então, em ambas as ocasiões, Jesus tomou os poucos pães e peixes que foram achados na posse de alguém entre a multidão e, depois de os ter abençoado, partiu-os e ordenou aos seus discípulos que distribuíssem aquele alimento pela multidão que, segundo a ordem emanada de Jesus, se havia assentado ordenadamente sobre a relva. E as milhares de pessoas que foram alimentadas por aqueles poucos pães e peixes ficaram fartas e ainda sobejou em abundância.
Mas Jesus também ressuscitou mortos! - o filho da viúva de Naim (cidade onde ocorreu o milagre), a filha de Jairo, e a Lázaro (irmão de Marta e Maria).
Estes feitos de Jesus apavoraram de tal maneira os principais dos sacerdotes e os fariseus, pois receavam perder as suas posições recebidas das mãos dos dominadores do povo, que logo formaram conselho e disseram: Que faremos? porquanto este homem faz muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação. E dali em diante planejaram matá-lo.
Ora, esta conjuração dos judeus contra Jesus veio a produzir os efeitos mais extraordinários e funestos que alguma vez tiveram lugar na história dos filhos de Israel e bem assim na história da humanidade.
Porquanto aquele homem que só tinha feito o bem a todos quantos tinham vindo a ele, sem exceção de pessoas ou níveis sociais, veio a ser crucificado e morto, como se tratasse de um malfeitor!
Todavia, o homem que dissera a Marta - Eu sou a ressurreição e a vida - confirmou definitivamente estas suas palavras, quando, ao terceiro dia após a sua crucificação, ressuscitou de entre os mortos.
Os judeus, porém, ludibriados e cegamente acorrentados pelos sacerdotes e príncipes do povo, não creram na ressurreição de Jesus e, implicitamente, também não o reconheceram como o Messias que esperavam.
E nesta sua cegueira espiritual, tinha já acontecido um ato do julgamento de Jesus, que os mesmos judeus haviam ditado contra si e seus filhos esta horrível sentença! - O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos - e foi assim que os judeus, com exceção de um pequeno número, rejeitaram o seu Messias.
Jesus iniciara o seu ministério terreno, dizendo ao povo que o escutara: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
A sua Igreja, por sua vez, não dirigida por Pedro (como alguns falsa e erroneamente ensinam), nem por qualquer outro homem, mas tão somente pelo Espírito Santo que estava em Pedro (e nos demais discípulos) dizia a quantos ouviam a sua mensagem: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus, para perdão dos pecados; e muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.
Aconteceu, porém que, do mesmo modo que Jesus fora rejeitado e perseguido, também os seguidores e continuadores da sua obra foram rejeitados e perseguidos. A cegueira dos judeus que rejeitaram a Jesus foi tão grande, que tudo entre eles se passou como que se o Messias não tivera vindo! Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
O apóstolo Paulo também movido pelo mesmo Espírito que movia Isaías escreveu ao seu jovem amigo e pastor Timóteo, alertando-o e extensivamente a toda a Igreja acerca do perigo que rondaria a seara do Senhor nos últimos dias, a mornidão espiritual, a apatia e desprezo à mensagem da Palavra de Deus.
Todos os dias em nosso Brasil e no mundo temos centenas de pregadores, professores de Teologia e Escola Dominical, pastores, bispos, diáconos etc. pregando a mensagem da cruz e tentando através de exortações com lágrimas guiar a igreja até as portas dos céus, onde Jesus a aguarda de braços abertos, no entanto a grande questão é: quantos estão dispostos a ouvir a voz de Deus através desses mensageiros?
São tantas mensagens pregadas que acredito, se a igreja desse ouvidos seriam suficientes para levar aos céus todos aqueles que carregam Bíblias e que são chamados Cristãos.
Mas a grande pergunta é: Quem deu crédito a pregação?
Quem se importa de ouvir mensagens bíblicas, doutrinárias, de salvação e escatologia? Pouquíssimas pessoas.
Na verdade Paulo tinha razão ao dizer que nos últimos dias muitos não dariam mais ouvidos à verdade, mas tendo couceiras nos ouvidos levantariam para si mestres que falassem apenas aquilo que agradasse a multidão. E verdade é que isso está acontecendo em totalidade nos nossos dias.
É só observar os cultos de doutrina para constatar essa dura realidade, e o que dizer então dos pregadores que pregam mensagens de exortação e censura? São estigmatizados e demonizados como se fossem inimigos da igreja. Quando na verdade são eles que na maioria das vezes têm a palavra de Deus que pode curar esse câncer maligno que está corroendo o ceio da comunidade evangélica brasileira.
A minha grande preocupação em relação a esse quadro é que se não damos ouvidos à mensagem da Bíblia, se não praticamos o que ouvimos e lemos nela, se não estamos preocupados em aprender aquilo que Deus quer nos ensinar através da sua palavra; então o que nos resta como igreja? Teremos êxito desprezando os conselhos e admoestações do Senhor?
Jesus conta a história de dois homens que construíram suas casas, uma sobre areia (aqueles que desprezam a mensagem da Bíblia), e o que edificou a casa sobre a rocha (aqueles que ainda ouvem, guardam e praticam a palavra ouvida) e você sabe o resultado? Mt 7.24-27.
III. A rejeição do Messias
- Parábola relata a rejeição de Israel aos profetas de Deus até Jesus Cristo. v. 1 – 9.
- Jesus: pedra angular. v. 10 – 11.
- Lideres religiosos se descobrem na parábola. v. 12.
- Unidos contra Jesus. v. 13.
- Falso elogio antecede cilada. v. 14.
- Jesus identifica a hipocrisia, mas aceita o desafio. v. 15.
- Jesus responde com pergunta. v. 16.
- A autoridade divina e a humana devem receber o que lhes é devido. v. 17.
Jesus conta uma parábola na qual expõe a atitude da liderança religiosa e da nação de Israel em relação aos mensageiros enviados por Deus ao longo da história até a chegada do Messias.
Após esse ensino os fariseus e herodianos através de uma pergunta ardilosa tentaram colocar Jesus contra o povo e as autoridades romanas que dominavam a Palestina nessa época.
A mesma coragem revelada por Jesus ao denunciar a dureza de coração dos israelitas ao rejeitarem a mensagem e os mensageiros de Deus do início da nação até aquele momento se juntou à sabedoria no tratamento de temas da vida comum.
Após o constrangimento dos líderes religiosos que não conseguiram responder a pergunta de Jesus sobre a origem e a autoridade do batismo de João, o Senhor Jesus continuou ali no templo ensinando o povo. Ele jamais recuou diante daqueles que se fizeram seus inimigos. Sabia, porém, que já ultimavam os preparativos para Sua prisão, falso julgamento e morte. A expulsão dos vendedores que comercializavam em frente ao templo apenas incentivou a mobilização dos inimigos do Reino de Deus contra Jesus.
Nesse ambiente de extrema tensão emocional, o Senhor Jesus trouxe à lembrança dos israelitas que a atitude de violência dos líderes religiosos e da nação contra a mensagem e os mensageiros de Deus não era nova. Através de uma parábola contou que após Deus ter estabelecido e abençoado o povo de Israel na terra prometida para que ali permanecesse em prosperidade, entregou a responsabilidade do pastoreio espiritual aos líderes religiosos visto que tinham mais contato com as Escrituras e poderiam levar o povo a uma comunhão sadia com Deus. Infelizmente esses homens ao invés de se colocarem como servos de Deus a serviço do povo na condição de conselheiros e atendimento de suas necessidades espirituais tornaram-se opressores. Deixaram de anunciar e ensinar as Escrituras e passaram a dominar o povo com suas exigências e tradições. Muitas delas estavam em oposição às Escrituras e por isso receberam a censura de Jesus.( Mc 7. 1 – 13; Jo 9. 20 – 22; 12. 42).
O fato dos religiosos não associarem o conhecimento da verdade que conheciam à prática em sua vida pessoal, fez com que se tornassem obstinadamente incrédulos, duros de coração e hipócritas. Hoje essa atitude é reproduzida por crentes que proclamam sua fé sem as obras preparadas por Deus para que andassem nelas.( Ef 2. 10). Com esse caráter ímpio os judeus religiosos passaram a rejeitar a Palavra de Deus e os Seus mensageiros. Jesus denunciou o tratamento desonroso, humilhante e violento dispensado aos servos fiéis ao longo da história de Israel. Depois dessa nação ser amorosamente tratada e protegida por Deus e alertada sobre as conseqüências de sua rebeldia, o Senhor, o dono da vinha, decidiu substituir a paciência e a misericórdia pelo juízo. (Sl 89. 14).
Deus é Criador e Pai. O Seu amor não descarta a disciplina quando ela se faz necessária. No exercício da soberania usa até ímpios para disciplinar o Seu povo. As várias derrotas diante das nações vizinhas e os inúmeros exílios e cativeiros eram provas visíveis da pronta ação divina contra os rebeldes. A situação vivida por Israel na época do ministério de Jesus sob o duro domínio romano era a prova mais recente de que até aquele momento a nação ainda não havia aprendido as lições de humildade, obediência e respeito a Deus, a Sua Palavra e aos Seus mensageiros.
A vinda de Jesus Cristo ao mundo representou a providência divina para a restauração espiritual de Israel e sua recondução à honra entre as nações conforme o desejo de Deus expresso em Êxodo 19. 5 – 6.
A cegueira espiritual e a insistência em permanecer nas trevas fizeram com que a nação israelita rejeitasse o Messias. Leia João 1. 11 – 13; 2 Co 4. 4 – 6. Apenas um remanescente dentre os judeus e os gentios O acolheu como Senhor e Salvador. Dessa forma, em Cristo, surgiu o povo de Deus da Nova Aliança. O descendente de Abraão, Jesus Cristo, constituiu em Si a Sua igreja. Mt 16. 18; Gl 3. 16, 22. Esse novo povo não foi formado como se fizesse parte de um plano B divino. Deus não chamou os gentios (não judeus) porque os judeus rejeitaram Seu Filho, mas porque a rejeição de Israel ao Messias trouxe à superfície o amor de Deus pela humanidade desde a eternidade e que foi manifesto com a encarnação do Verbo, Jesus Cristo, não aceito em Sua divindade pelos judeus. Jo 1. 14; 3. 16; Ap 13. 8. O povo da Nova Aliança, a igreja, recebeu a honra que pertencia a Israel na Antiga Aliança. 1 Pe 2. 9 – 10; Ap 1. 5 – 6. Deus usa Seus filhos para trazer novos filhos ao Seu Reino.
Os judeus religiosos tinham inveja de Jesus porque o Evangelho anunciado se mostrou a solução divina para suprir as necessidades espirituais das pessoas. A prova era o seu acolhimento. Onde estava o Pão da Vida as multidões O procuravam. Sendo assim, a cada dia sentiam que sua influência sobre o povo diminuía e isso os deixava incomodados. Sem frutos brevemente secariam, a exemplo da figueira, e seriam arrancados do espaço que ocupavam. Isso verdadeiramente aconteceu. Jo 11. 47 – 53.
No pensamento dos religiosos a única solução para a reconquista da simpatia do povo e o domínio da consciência da nação seria a morte de Jesus e nisso se empenharam. O que tramaram nos bastidores foi trazido à luz pelo Senhor Jesus em conversa com os discípulos e as multidões. Jo 1. 29; 8.12 - 59.
Jesus declarou à nação de Israel que era a pedra angular, isto é, a referência única estabelecida pelo Pai para a reconstrução espiritual da nação de acordo com os propósitos de Deus. Jo 14. 6.
Com o estabelecimento da Nova Aliança a liderança religiosa, seus seguidores e agregados ficaram sem função religiosa. Os odres e o tecido antigo foram substituídos pelos novos odres e vestimentas novas. A Graça de Deus pela suficiência de Jesus Cristo ocupou o lugar da Lei. Agora a lei da Graça ou a Lei do Espírito de Vida é que prevalece. Romanos 8.
Esse plano de salvação elaborado por Deus na eternidade é maravilhoso aos nossos olhos como disseram os antigos profetas.
Os religiosos tentaram prender Jesus, mas ainda não era chegada a Sua hora. Ninguém poderia tocar no Filho sem a permissão do Pai. Diante disso os religiosos, remoendo o seu ódio deixaram o local. Jesus, porém, permaneceu ensinando a multidão.
Mais tarde, dois grupos se uniram para tentar inviabilizar o ministério de Jesus. A estratégia era colocá-Lo ao mesmo tempo contra o povo e as autoridades romanas. Os fariseus e herodianos se aproximaram de Jesus com aparência de humildade, reverência e reconhecimento. Eles se auto-condenaram em suas palavras. Depois do falso elogio lançaram o laço.
Jesus era humilde, mas não ingênuo e de imediato detectou o comportamento vil desses homens habituados a todo tipo de rapinagem. Eles sabiam que os judeus detestavam pagar impostos ao opressor romano porque essas taxas realimentavam o domínio. É certo que os romanos utilizavam parte da arrecadação no atendimento dos serviços públicos. Por outro lado, o templo, tão amado pelos judeus, era resultado dos impostos cobrados de Israel. Herodes I ao construí-lo procurou se redimir de suas maldades a fim de aplacar a ira divina e manter o seu domínio, apoiado pelos romanos. Beneficiar a religião e os religiosos tem sido uma antiga tática de domínio do poder político. Esse mesmo Herodes I foi quem tentou matar o Messias quando ainda era um bebê e pelo fato de não encontrá-Lo cometeu um infanticídio em Belém e arredores.
Se o imposto não fosse imposto ninguém o pagaria!
De sua parte os religiosos também cobravam o imposto para a manutenção do templo e sustento dos sacerdotes. Aliás, essa cobrança foi estabelecida por Deus quando Israel ainda estava no deserto. Êx 30. 11- 16; 2 Cr 24. 9; Ne 10. 32. Até de Jesus os religiosos cobraram indevidamente esse imposto! Mt 17. 24 – 27.
Ao ser questionado pelos fariseus e herodianos sobre o dever de pagar ou não o imposto a Cesar, o Senhor Jesus pediu um denário, perguntou de quem era a efígie inscrita na moeda e deu uma resposta objetiva e abrangente que foi além do que imaginavam: “Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Com essas palavras Jesus mostrou a todos que o governo divino e o governo humano precisam receber o que lhes é devido. A sonegação do que Deus estabeleceu para a manutenção de Sua igreja e servos ou a sonegação de impostos ao governo humano é atitude grave e reprovável. Os sonegadores não ficarão impunes. Nenhum direito tem a exigir ou a receber quem não cumpre os seus deveres. É injusto querer a bênção e não abençoar. A Graça de Deus não incentiva a infidelidade dos agraciados. Se nos alegramos com a fidelidade de Deus às Suas promessas por que o entristeceríamos com nossa infidelidade? Amar a Deus é antes de tudo obedecê-Lo. João 14. 15, 21, 23. Por outro lado, não se deve dar a César o que pertence a Deus e muito menos dar a Deus o que pertence a César. É certo que o governo divino atua sobre o governo civil por direito de criação, mas o Criador não deseja para Si o que pertence ao governo humano. A igreja de Jesus Cristo precisa estar atenta para esse princípio.
Ao ouvirem as palavras de Jesus os religiosos deixaram o local admirados com o discernimento e a inteligência espiritual do Filho de Deus. A pergunta ardilosa não teve o efeito esperado em Jesus.
- A leitura, estudo e vivência das Escrituras nos dão discernimento e inteligência espiritual nos impasses.
- Jesus jamais fugiu ao diálogo com aqueles que se fizeram seus inimigos e pelo diálogo, além das lições preciosas, buscou reconciliá-los com Deus.
- Diante de exagerados elogios a vigilância deve estar em alta. .
- Dar a Deus e ao governo civil o que lhes é de direito.
Deus disponibiliza aos Seus filhos a melhor resposta.
“...Dai pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
IV. A rejeição do Messias pelos religiosos
Jesus foi Rejeitado pelos Líderes Religiosos
Deus aqui na terra! A vinda de Jesus Cristo ao mundo não foi nada menos do que isso. Deus vivendo como homem no meio dos seres humanos!
A presença do Deus de amor no meio dos homens, sem dúvida, seria o suficiente para levar todos à conversão, certo? Como poderia algum mero homem resistir à presença do seu Criador?
Mas o apóstolo João afirma: “Veio para o que era seu, e os
seus não o receberam” (Jo 1:11). Jesus foi rejeitado pelos
homens que ele mesmo criou!
Rejeitado pelos Líderes Religiosos
Imaginamos que os líderes religiosos seriam as pessoas mais próximas de Deus. Realmente deveriam ser.
Pessoas em posições de liderança religiosa frequentemente alimentam estas ideias de uma posição especial, mais perto de Deus. Jesus descreveu tais pessoas como as que “praticam . . . todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens”, se vestem de maneiras especiais, “amam o primeiro lugar” em atividades sociais e reuniões religiosas, e gostam de ser chamados por títulos de destaque (Mt 23:5-7).
Hoje, apesar das advertências de Jesus, muitos homens defendem seus títulos (reverendo, pastor, padre, apóstolo, etc.) e afirmam ter um lugar especial que mereça um respeito maior. É comum ouvir líderes religiosos abusarem da palavra "ungido" como defesa para esconder suas falhas, rejeitando qualquer questionamento ou crítica com afirmações de uma posição isenta de avaliação: “Não toque no ungido de Deus”. Mas, assim como os fariseus e escribas criticados por Jesus, os religiosos que, hoje, roubam e abusam das ovelhas são os reais culpados. São eles que estão “tocando nos ungidos de Deus”, pois a palavra de Deus mostra que todos os cristãos – e não somente os pastores – são seus ungidos (1 João 2:20).
Mesmo quando Jesus andava aqui na Terra, sua presença mostrou como estes líderes estavam vazios e longes de Deus. Quando aquele que realmente está cheio da glória de Deus passou perto, a podridão dos hipócritas ficou evidente.
Jesus ensinou seus servos a se comportarem de uma maneira totalmente diferente, não agindo para serem vistos por homens, seja nos seus atos de caridade ou nas suas orações (Mateus 6:1-8).
Quando o Senhor observou o comportamento dos líderes dos judeus, ele criticou a sua religião por contrariar a vontade do Pai: “Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? . . . E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. . . . E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15:3-9).
Com certeza muitos destes líderes se sentiram ofendidos quando Jesus falou que seriam rejeitados por Deus. Os discípulos perceberam que os fariseus se escandalizaram, mas Jesus não amenizou a sua mensagem. Ele continuou: “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco” (Mt 15:12-14).
Na sua censura mais forte, Jesus chamou estes líderes de hipócritas e avisou o povo do perigo de os seguir (Mt 23:8-12).
Se Jesus tivesse agido como um político esperto, falando palavras suaves para ganhar o apoio dos homens influentes, se tivesse oferecido para eles posições de influência no seu reino ou se tivesse procurado fazer acordos entre partidos para evitar ofensas, certamente a reação dos líderes teria sido bem mais favorável. Se ele tivesse participado do “clube dos pastores” e respeitado todos como colegas, estes não teriam motivo para se voltar contra Jesus. Mas quando ele falou a verdade sem acepção de pessoas, trouxe sobre si a ira dos religiosos mais influentes.
Rejeitado pelo Povo Escolhido
A rejeição pelos líderes conduziu muitas das “ovelhas” de Israel a também rejeitarem o Senhor. Da mesma maneira que observamos hoje, muitas pessoas naquela época tinham receio de contrariar os líderes (Jo 9:22; 19:38).
Os judeus tiveram muitas vantagens em poder conhecer de perto o Deus do universo, recebendo mais informações sobre seus planos e vivendo numa posição privilegiada entre as nações. Mas Jesus viu a rejeição provinda do próprio povo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23:37). Anos depois, Paulo também lamentou o fato dos judeus terem rejeitado Jesus (Rm 9:1-6; 10:3).
Rejeitado pelas Multidões
Em várias situações, Jesus foi rejeitado pelas multidões que ouviram suas pregações e presenciaram suas grandes obras. Quando demonstrou seu poder sobre os servos do próprio diabo, os gerasenos não queriam que Jesus ficasse na sua terra (Marcos 5:16-17). Quando Jesus não correspondeu às expectativas materialistas da multidão, pregando sobre temas celestiais para pessoas carnais, o povo o abandonou (João 6:66). E quando chegou o momento de decisão sobre o Filho de Deus que andou no seu meio, a multidão chegou a gritar e insistir na morte de Jesus (Lc 23:18-23).
V. A Justiça Divina obrigou Deus fazê-lo sofrer.
Não era do desejo de Deus que o mal ocorresse em Sua criação. Mas com a entrada do pecado veio todo o império de morte, incluindo a natureza depravada do ser humano. Como consequência disso, os homens se tornaram naturalmente maus, inclinados ao pecado, trazendo males a si e ao próximo. Por causa do pecado, o mundo passou a sofrer. Mas será que nesse mundo esse sofrimento deveria ser rejeitado? Será que os filhos de Deus não deveriam sofrer?
O capítulo 52, e o Capítulo 53 do livro do profeta Isaías, na verdade é um poema interligado.
No capítulo 52, Deus faz lembrar ao seu povo os lugares por onde passaram a muito tempo atrás.
Os israelitas foram para o Egito pela própria vontade, porém depois, foram conduzidos ao cativeiro assírio, e em seguida ao cativeiro babilônico, mas no versículo 6 do capítulo 52, nos diz o texto; – virá o dia em que o meu povo conhecerá o meu nome e saberá que eu sou o eterno. Também relata que um mensageiro vem correndo pelas montanhas trazendo notícias de paz, notícias de salvação; – ele diz o seu Deus e Rei.
Mas de fato o que me chama atenção no capitulo cinquenta e dois, é que nos versículos 13, até o Versículo 15, os mesmos serviram de introdução para o capítulo cinquenta e três. nestes versos o próprio Deus fará duas citações. Primeira citação refere-se à exaltação do servo sofredor, diz o texto; – Ele agirá com sabedoria, será engrandecido, elevado e muitíssimo exaltado, segunda citação, fala da morte do servo sofredor. Ele diz; – Muitos que ficaram pasmado diante de sua aparência por estar tão desfigurada, tornando-se irreconhecível, a ponto de não parecer com um ser humano, calaram a boca.
Proposição: Cristo é o assunto principal da pregação do profeta Isaías.
já no capítulo 53 o profeta avisa à Nação de Israel a não esperar que o primeiro advento de Cristo seja como o dia de um grande general ou de um grande soberano terreno. Antes seria como a raiz de uma terra seca (V.2) Ele não teria parecer e nem formosura, seria desprezado, rejeitado pelo seu próprio povo (V. 3) Isso fala da sua humildade e mostra até que ponto Ele haveria de sofrer.
Frase interrogativa: Quem deu Credito a minha pregação?
Frase exclamativa: Este versículo em evidencia se encontra em três lugares, no livro de Isaías 53,1; fazendo referencia a Cristo o servo sofredor, nos evangelhos de João 12. 38; fazendo menção dos milagres que Cristo realizou e na carta aos romanos 10, 16. Fazendo menção a pregação do evangelho de Cristo.
Nunca vi uma época tão difícil para que as pessoas acreditasse na pregação do evangelho de Cristo, como na época do profeta Isaías, talvez assemelha-se aos nossos dias. Porém a pregação expositiva mencionada pelo profeta Isaías a respeito do servo sofredor, nos trará três revelações cruciais para cremos de fato no poder salvífico do evangelho.
Este segmento do livro portanto, trata-se de um cântico conforme o seguinte gráfico:
Vemos muito dessa resposta na pessoa do Filho unigênito de Deus: Jesus Cristo. Ele era plenamente santo, imaculado, sem pecado, justo, irrepreensível. Mas viveu uma vida humilde, pobre, sofreu, derramou sua vida em martírio por todos nós. Ele poderia ter nascido nos palácios dos grandes reis, mas decidiu nascer em uma simples manjedoura. Ele poderia ter morado em um castelo, junto aos grandes e poderosos da terra, mas disse que não tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9:58).
Ele poderia ter escolhido expiar nossos pecados vivendo uma vida sem sofrimento, pautada puramente pelo conforto e sossego, mas preferiu viver como um servo sofredor: desprezado pelos judeus, humilhado pelos romanos, zombado por Herodes, escarnecido pelo mundo. Morreu nu, ao lado de dois ladrões, com uma coroa de espinhos na cabeça. Foi severamente açoitado, teve seus punhos e seus pés pregados, uma lança penetrou-lhe o lado.
Qualquer um que olhasse para ele pensaria que ele era apenas mais um condenado que estava morrendo pelos seus próprios pecados, e não que era o Salvador do mundo, morrendo pelos pecados da humanidade. Como a ovelha que é levada ao matadouro, ele não abriu sua boca para retrucar as ofensas que recebia. Embora pudesse deixar milagrosamente a cruz e evitar todo o sofrimento, aceitou todas as humilhações e derramou sua vida até a morte.
E ele já explicava aos discípulos que “era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia” (Mt 16:21). Era preciso que “o Filho do homem sofra muito e seja rejeitado com desprezo” (Mc 9:12). Ele desejou comer a Páscoa com os discípulos antes de sofrer (Lc 22:15), disse que devia sofrer antes de entrar na glória (Lc 24:26), teve seus sofrimentos preditos pelos profetas (1Pe 1:1).
Ele soava gotas de sangue de tanta angústia que sentia antes de morrer (Lc 22:42). Seu sofrimento foi tanto que ele chegou a pensar que Deus o havia desamparado (Mc 15:34). Ele até pediu para que, se fosse possível, o Pai afastasse dele aquele cálice, mas que fosse feita a vontade dele, e não a sua (Lc 22:42). Ele sabia que tinha que passar por um batismo, e estava angustiado até que ele se realizasse (Lc 12:50). Esse batismo era o batismo no sofrimento. Esse cálice era de gotas de sangue derramadas em martírio. E a única coisa que o motivava a passar por isso era o amor. Por mim e por você. Seu sofrimento foi voluntário, por livre e espontânea vontade (Jo 10:18). Ele não foi levado à cruz contra a própria vontade, mas pensando em cada um de nós.
Como o Filho unigênito de Deus, a forma que Jesus viveu na terra deveria servir de exemplo para aqueles que afirmam que o cristão tem que parar de sofrer. Afinal, nós devemos “andar como ele andou” (1 Jo 2:6), seguindo os seus passos, sua forma de viver. Ele não viveu adornado de regalias, nem livre dos sofrimentos, mas no menor de todos os povos (Dt 7:7), junto aos mais pobres e humildes. Toda a sua vida foi pautada por uma missão: de perder essa vida para ganhar a próxima (Lc 24:26; 9:23-25), abrindo as portas da salvação para muitos que seguiriam suas pisadas e andariam conforme ele andou.
Muitos não irão querer seguir o mesmo caminho trilhado por alguém que sofreu tanto. Querem uma vida livre de aflições e cheia de bênçãos e vitórias. Outros, por sua vez, aceitam qualquer tribulação que possam passar nesta vida, pois sabem que algo mais excelso e elevado os espera na ressurreição: uma vida eterna. A estes, a recompensa por perderem suas vidas terrenas será uma glória eterna com Deus, para todo o sempre. A aqueles, essa vida será toda a recompensa que terão (Mt.6:2,5,16).
VI. Dissipando as dúvidas sobre quem é o servo sofredor.
Talvez a maior de todas as profecias messiânicas no Tanakh (as Escrituras Hebraicas/o Antigo Testamento) sobre o advento do Messias judeu seja encontrada no capítulo 53 do profeta Isaías. Esta seção dos Profetas, conhecida como o "Servo Sofredor", tem sido por muito tempo enxergada pelos rabinos históricos do Judaísmo como falando do Redentor que um dia viria a Sião. Aqui está uma amostra do que o Judaísmo tem tradicionalmente acreditado sobre a identidade do "Servo Sofredor" de Isaías 53:
O Talmude babilônico diz: "O Messias, qual é o seu nome? Os rabinos dizem: o Estudioso de Aflições, assim como se diz, 'verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido...'" (Sinédrio 98b).
Midrash Rabbah Ruth diz: "Uma outra explicação (de Rute 2:14): Ele está falando do rei Messias; 'Achega-te para aqui,' aproxima-te para o lugar real; e ‘come do pão', isto é, o pão do reino; e ‘molhe no vinagre o teu bocado’, isto se refere aos seus sofrimentos, como se diz: 'Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades’".
O Targum Jonathan diz: "Eis que o meu servo Messias prosperará; ele será exaltado, elevado e será extremamente forte."
O Zohar diz: “‘Ele foi ferido pelas nossas transgressões’, etc... Há no Jardim do Éden um palácio chamado de Palácio dos Filhos da Doença; o Messias entra então neste palácio, e convoca cada enfermidade, cada dor e cada castigo de Israel; todos esses vêm e repousam sobre ele. E se ele não tivesse aliviado esse peso de Israel e colocado-os sobre si, não haveria nenhum outro homem capaz de suportar os castigos de Israel pela transgressão da lei: e isso é o que está escrito: 'Certamente nossas enfermidades ele carregou’".
O grande (Rambam) Rabi, Moisés Maimônides, diz: "Qual seria a forma do advento do Messias.... erguer-se-á um que ninguém conhecia antes, e sinais e prodígios que testemunharão sendo realizados por ele serão as provas de sua verdadeira origem; porque o Todo-Poderoso, quando nos declara a sua mente sobre este assunto, diz: ‘Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo do Senhor’ (Zacarias 6:12). Isaías fala da mesma forma da época em que ele se manifestará, sem conhecer-se pai nem mãe ou a família, Ele surgiu diante dele, como renovo e raiz de uma terra seca, etc... nas palavras de Isaías, ao descrever a maneira em que essas coisas lhe são reveladas, para ele os reis fecharão a sua boca; pois viram aquilo que não lhes tinha sido dito, e o que nunca tinham ouvido entenderam."
Infelizmente, os rabinos modernos do Judaísmo acreditam que o "Servo Sofredor" de Isaías 53 talvez se refira a Israel, ou ao próprio Isaías, ou mesmo a Moisés ou outro dos profetas judeus. Mas Isaías é claro - ele fala do Messias, como muitos antigos rabinos concluíram.
O segundo versículo de Isaías 53 confirma essa clareza. A figura cresce como "um renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca." O renovo brotando com certeza é uma referência ao Messias e, na verdade, é uma comum referência messiânica de Isaías e outros lugares. A dinastia davídica era para ser cortada no julgamento como uma árvore derrubada, mas Israel tinha a promessa de que um renovo surgiria do tronco. O Rei Messias era o que brotaria.
Além de qualquer dúvida, o "Servo Sofredor" de Isaías 53 refere-se ao Messias. Ele é altamente exaltado e diante do qual os reis fecharão a boca. O Messias é o renovo que surgiu da caída dinastia davídica. Ele se tornou o Rei dos Reis. Ele forneceu a expiação final.
Isaías 53 deve ser entendido como se referindo à vinda do Rei Davi, o Messias. O Rei Messias foi profetizado para sofrer e morrer para pagar por nossos pecados e depois ressurgir novamente. Ele serviria como um sacerdote para as nações do mundo e aplicaria o sangue da expiação para purificar aqueles que acreditam. Há apenas Um a quem isso pode estar se referindo -Jesus Cristo!
Aqueles que o confessam são os Seus filhos, Sua descendência prometida e os despojos da Sua vitória. Segundo o testemunho dos apóstolos judeus, Jesus morreu por nossos pecados, ressuscitou, ascendeu à mão direita de Deus e agora serve como o nosso grande Sumo Sacerdote que nos limpa do pecado (Hebreus 2:17; 8:1). Jesus, o Messias judeu, foi o previsto por Isaías.
O rabino Moshe Cohen Ibn Crispin disse: "Este rabino descreve aqueles que interpretam Isaías 53 como uma referência a Israel como aqueles que abandonaram o conhecimento de nossos Mestres, e inclinaram-se de acordo com a 'teimosia de seus próprios corações', e da sua própria opinião; tenho o prazer de interpretá-lo, de acordo com o ensinamento de nossos rabinos, sobre o Rei Messias. Esta profecia foi proferida por Isaías por ordem divina com o propósito de dar-nos a conhecer algo sobre a natureza do futuro Messias, o que estava por vir e libertar Israel, e sobre sua vida, do dia em que chegou discretamente até o seu advento como um redentor, a fim de que se alguém surgisse afirmando ser o Messias, pudéssemos então refletir e olhar para ver se podemos de fato observar nele qualquer semelhança com as características descritas aqui; se houver alguma semelhança, então podemos acreditar que ele seja o Messias nossa justiça; mas se não, então não podemos fazê-lo."
VII. A pregação do profeta Isaías nos revela com detalhes a vida do servo sofredor.
1. como ele surgiu.
• Ele cresceu como um broto tenro, ou seja, ele virar como inocente, como filho, brando, fazendo referência ao nascimento e a chegada de Cristo na terra.
• Ele surgiu como uma raiz saída de uma terra seca, fazendo referência ao local e o estado e a devida situação onde Jesus viveu. Pois o local a onde Jesus viveu, e a época era muito difícil. Jerusalém estava Sobre o domínio do império romano e a Bíblia vai denominar esta época como terra seca.
2. qual era a sua aparência.
• Ele não tinha qualquer beleza.
• Ele não tinha nenhuma Majestade que nos atraísse.
• Nada havia em sua aparência para que o desejássemos.
• Revelando que é puro mito, a imagem propaganda de Cristo como sendo um homem de cabelos compridos e olhos verdes, a Bíblia diz não havia beleza alguma para que o desejássemos.
3. Que apreciação ele tinha entre os homens.
• Nenhuma, ele foi desprezado.
• Ele foi rejeitado pelos homens.
• Ele foi alguém de quem os homens cobriam o rosto, porque alguém cobre o rosto ao olhar para a face de outrem? É evidente, quando cobrimos o rosto é porque não queremos olhar para pessoa, isto me faz pensar no momento em que Cristo foi espancado e sangrando caminha para Cruz, sua aparência está tão desfigurada que ele se tornou irreconhecível entre os homens. A Bíblia nos revela que ele nem parecia com um ser humano.
4. qual era a sua experiência.
• Homem de Dores, notermos que o texto escreve a palavra dores no plura,l não é dor, mas homem de dores.
• Um homem experimentado no sofrimento, Cristo desde o seu nascimento em uma manjedoura fui perseguido ainda quando criança pelo rei Herodes trabalhou duramente na carpintaria de seu pai ele sabe o que é sofrer O que é um trabalho pesado durante seu ministério foi chamado de belzebu e por várias vezes ameaçado de morte. Jesus um homem experimentado no trabalho um homem que sabe o que é sofrer
Não resta dúvida de que o texto de Isaías 53 era uma profecia que apontava para o Messias prometido. Isso teve apoio dos Rabinos, até o 12º século; depois disso, estudiosos judeus passaram a interpretar a passagem como uma descrição dos sofrimentos de Israel como nação. Porém, como Israel poderia ter morrido por seus pecados (v. 8)? E quem disse que era inocente do pecado e, dessa forma, fora condenada injustamente (v.9)? Não; o profeta escreveu sobre um indivíduo inocente, não sobre uma nação culpada. Deixou bem claro que esse indivíduo morreu pelo pecado da culpa para que os culpados pudessem ser libertos. Não há dúvida de que o servo que Isaías descreve é o Messias; e, não, Israel. O Novo Testamento afirma que tal Messias Servo é Jesus de Nazaré, o Filho de Deus (Mt 8:17; Mc 15:28; Lc 22:37; Jo 12:38; At 8:27-40; 1 Pe 2:21-24). Há quatro cânticos, no livro de Isaías, que descrevem o Servo do Senhor. No primeiro, é retratado como um mestre, ensinando com mansidão, dotado do Espírito e alcançando os povos (Is 42:1-40). No segundo, ele é retratado como um evangelista (Is 49:1-6). No terceiro, um discípulo (Isaías 50:4-9). Por fim, ele é pintado como o Salvador Sofredor (Is 52:13 – 53:12). Analisemos seus passos. Exaltação (52:13): Nesse versículo, que é o início da profecia, Isaías informa que o Servo do Senhor agiria com prudência; seria exaltado, elevado e muito sublime. O texto comprova que a profecia não está se referindo a Israel, pois sabemos muito bem como era o procedimento dessa nação. Eis um quadro sublime, profundo e preciso do Messias. O Servo de Deus teria a sabedoria para realizar eficazmente o que Deus pediu-lhe para realizar. Isso resultará em uma exaltação suprema, expressada pela repetição tripla ( 6:3): Ele será “engrandecido” (como Deus é exaltado, 2 Sm 22:47), “elevado”, e colocado em posição “mui sublime” (6:1 - a mesma exaltação é aplicada a Deus). O servo sofreu e morreu, mas não permaneceu morto. Foi “exaltado e elevado e [foi] mui sublime”. A expressão “proceder com prudência” significa “ser bem-sucedido na empreitada”. O que parecia uma humilhante derrota foi, na verdade, uma grande vitória aos olhos de Deus (Colossenses 2:15). “Eu te glorifiquei na Terra”, disse Jesus a seu Pai, “consumando a obra que me confiaste para fazer” (Jo 17:4). Jesus não apenas foi ressurreto dentre os mortos, mas também seu corpo foi glorificado. Ele ascendeu ao céu, onde está assentado à direita do Pai. Possui toda a autoridade (Mt 28:18), pois tudo foi colocado a seus pés (Ef 1:20-23). Não há ninguém no universo que seja maior que ele. Que grande surpresa para aqueles que o consideraram o menor dos menores! Espanto (52.14): O versículo anterior fala da exaltação e elevação do servo; contudo, antes, ele seria humilhado, desfigurado a ponto de não se parecer com um homem. Seu sofrimento seria tanto que as pessoas ficariam espantadas com sua aparência. Quanto sofrimento nosso Jesus suportou! Quanta injustiça! Quando foi interrogado diante de Anás, Jesus foi esbofeteado por um dos guardas (Jo 18:22). Na audiência perante Caifás, cuspiram nele, esbofetearam e socaram sua cabeça (Mt 26:67; Marcos 14:65; Lc 22:63). Pilatos açoitou-o (Jo 19:1; Mt 27:26; Mc 15:15), e os soldados romanos espancaram-no (Jo 19:3). O açoite era tão terrível que provocava a morte de alguns prisioneiros. "Ofereci as costas aos que me feriam", disse o Servo de Deus, "e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” (ls 50:6). Tudo o que fizeram ao filho de Deus deveria ter sido feito a Barrabás e a nós! Sacrifício por todas as nações (52:15): O relato do verso 14 é chocante, porém o verso 15 enche-nos de alegria ao saber que a morte de Jesus mudaria a História da humanidade. A palavra “borrifar ” é frequentemente usada a respeito de espargir o sangue de um sacrifício. Em linha com a mensagem de salvação de Isaías, disponível para todos, o significado parece ser que “muitas nações” beneficiar-se-iam com o sacrifício do servo e com o derramamento do seu sangue. “Os reis fecharão a boca”; isso é, eles seriam surpreendidos e ficariam respeitosamente calados, subjugados pela grandeza da salvação — algo que eles, sendo gentios, não tinham entendido, ou até mesmo considerado antes. Jesus não morreu por um povo, mas seu sacrifício foi em favor de toda a humanidade. O Servo desprezado (Is 53:1-3): O capítulo 53 de Isaías descreve, do verso 1 a 4, a vida e o ministério de Jesus; do 5 a 8, sua morte; no 9, seu sepultamento; sua ressurreição e a exaltação são descritas nos versos 10 a 12. Há tantos detalhes sobre Jesus que poderíamos chamar o texto de “O Evangelho de Jesus segundo Isaías”. Há três focos de desprezo nesse capítulo. Desprezaram sua Palavra, suas obras, e a própria pessoa de Cristo. Vejamos com mais cuidado tais focos: Desprezo por sua mensagem: Isaías começou a profecia falando do desprezo dos ouvintes quanto à sua mensagem. A incredulidade dos judeus, na época do nosso Salvador, é mencionada expressamente como sendo o cumprimento dessa Palavra (Jo 12:38). E ela é aplicada, da mesma maneira, ao pouco sucesso que a pregação dos apóstolos encontrou entre judeus e gentios (Rm 10:16). Desprezo por suas obras e por sua pessoa: Israel não era um paraíso quando Jesus nasceu; em termos políticos e espirituais, era um deserto. Cristo não veio como uma grande árvore; mas, sim, como “um rebento”. Nasceu na pobreza, em Belém, e cresceu numa carpintaria, na desprezada cidade de Nazaré (Jo 1:43-46). Por causa de suas palavras e ações, atraiu uma multidão, mas não havia nada em sua aparência física que o diferenciasse de qualquer outro judeu. Jesus não nasceu em uma família rica e não tinha prestigio social, nem reputação. Tudo isso era muito importante para os judeus da época; por isso o trataram como mais um escravo, desprezando-o, depreciando-o. Venderam-no por 30 moedas, depois de ele ter feito tantos milagres. Quando Deus fez o universo, usou seus dedos (Salmos 8:3). E, quando libertou Israel do Egito, foi por sua mão forte (Êx13:3). Porém, para salvar os pecadores perdidos, teve de mostrar seu braço poderoso! No entanto, as pessoas ainda se recusam a crer nessa grande demonstração do poder de Deus. O Servo Ferido (Is 53:4-6): Por que um homem inocente como Jesus Cristo morreu dessa forma terrível na cruz? Esses versículos explicam a razão disso: ele tomou o nosso lugar. 1 Pe 2:24 fazendo uma alusão ao texto de Isaias, disse: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”. Ele foi ferido, transpassado, moído para que nós tivéssemos vida. Observe o preço que ele pagou:
1) transpassado ou ferido refere-se à morte dele na cruz, transpassado por pregos — Jo 19:37; Zc 12:10;
2) moído, o que significa ser "esmagado" sob um fardo, o peso do pecado que foi depositado sobre ele;
3) castigo ou punição como se ele tivesse quebrado a lei, nesse caso com o vergão do açoite. No entanto, esses sofrimentos físicos não foram nada comparados com os sofrimentos espirituais da cruz, quando ele tomou sobre si nossas transgressões (vv. 5,8), nossa rebelião e quebra deliberada da Lei do Senhor; nossa iniquidade (vv. 5-6); a desonestidade da nossa natureza; nossas enfermidades e dores (v. 4); nossas misérias e o resultado infeliz de nossos pecados. Somos pecadores por nascimento "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas") e por escolha ("cada um se desviava pelo caminho". (Sl 58:3 e Rm 5:12s). O versículo 6 começa com o "todos" de condenação, mas termina com o "todos" de salvação. Ele morreu por todos nós. Esses versículos são o cerne do evangelho — "Cristo morreu por nossos pecados". O verso cinco deste capítulo é interpretado de forma errada, muitas vezes. Certos pregadores ensinam que não podemos aceitar qualquer tipo de enfermidade, pois Cristo já as levou na cruz. É importante ressaltar que o cumprimento dessa profecia ocorreu durante o ministério de Jesus na Terra, onde muitos milagres de cura foram feitas pelo Senhor. Claro que isso não significa que ele não vai curar nossas enfermidades de hoje. Cremos em um Deus poderoso, capaz de curar toda e qualquer doença de quem pede com fé, mas não podemos exigir, com base neste texto, que nos cure de todos os nossos males. Devemos lembrar que ele é soberano; a vida e a morte estão em suas mãos. A boa-nova é que a maior enfermidade, chamada pecado, ele já levou sobre a cruz. Infelizmente, muitas pessoas gostam dessa doença maldita, pois vivem nela. O Servo Calado (Isaías 53 7-9): Poucas pessoas conseguem permanecer caladas quando são caluniadas, agredidas e injustiçadas, mas estamos falando de um servo. Servos não retrucam; antes, são obedientes e submissos aos senhores. Cristo permaneceu calado diante dos acusadores, bem como dos que o afligiram. Ele calou-se diante de Caifás (Mt 26:62 63), dos principais sacerdote e anciãos (Mt 27:12), de Pilatos (Mt 27:14; João 19:9) e de Herodes Antipas (Lc 23:9). Não falou quando os soldados zombaram dele e espancaram-no. No texto de 1 Pe 2:23 diz-se: “O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente”. O que dizer do julgamento de nosso Mestre, descrito nos evangelhos? É simples e puramente o cumprimento do versículo 8 deste capítulo. Feito na calada da noite, com testemunhas falsas e compradas, que deferiram acusações falsas contra aquele que é a Verdade. E por que ele permaneceu calado? Porque não veio para se defender; mas, sim, para morrer pelos nossos pecados. O Sepultamento de Jesus é tão importante quanto sua morte, pois é a prova de que ele morreu. As autoridades romanas não teriam entregado o corpo a José de Arimatéia e a Nicodemos se de fato Jesus não tivesse morrido. Foi pretendido que sua sepultura fosse “com os ímpios”, ou seja, com os criminosos condenados e crucificados com ele. No entanto, quando Jesus de fato morreu, foi enterrado com honra por um homem rico. Essa era a garantia de Deus de que as acusações quanto a ser violento e enganador eram falsas. Ele era manso com os pecadores, e as suas palavras eram verdadeiras. O servo recompensado (Is 5310-12): Vimos o servo desprezado, ferido, calado. Finalmente, nos versículos finais, veremos o servo sendo recompensado. O servo triunfou. Deus o recompensaria ricamente. Toda a grandeza e o poder dos seus inimigos estariam entre os despojos da sua vitória. Tudo acontece porque Jesus estava disposto a passar pela morte e ser identificado com os seres humanos, os quais estavam em estado de rebelião ( Mc 15:28). Embora Jesus se deixasse ser “contado com os transgressores”, ou seja, tratado como um rebelde, ele estava livremente intercedendo pelos rebeldes e continuaria a fazê-lo dessa forma ( Lc 23:34; Rm 8:34; Hb 7:25; 1 Jo 2:1). Está claro, a partir disso, que não era uma vítima das circunstâncias, não meramente um mártir, não simplesmente o nosso exemplo, não somente um mestre. De boa vontade, e obedientemente, levou o fardo dos pecados e a culpa de toda a raça humana, triunfando sobre tudo isso, de modo que nós podemos entrar livremente na presença de Deus e estar em perfeita relação com ele. Satanás ofereceu a Jesus um reino glorioso em troca de adoração (Mt 4:8), porém Jesus foi fiel até a morte. O texto de Filipenses 2:8-10 expressa muito bem sua obediência e a recompensa por isso: “E, achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”.
1) transpassado ou ferido refere-se à morte dele na cruz, transpassado por pregos — Jo 19:37; Zc 12:10;
2) moído, o que significa ser "esmagado" sob um fardo, o peso do pecado que foi depositado sobre ele;
3) castigo ou punição como se ele tivesse quebrado a lei, nesse caso com o vergão do açoite. No entanto, esses sofrimentos físicos não foram nada comparados com os sofrimentos espirituais da cruz, quando ele tomou sobre si nossas transgressões (vv. 5,8), nossa rebelião e quebra deliberada da Lei do Senhor; nossa iniquidade (vv. 5-6); a desonestidade da nossa natureza; nossas enfermidades e dores (v. 4); nossas misérias e o resultado infeliz de nossos pecados. Somos pecadores por nascimento "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas") e por escolha ("cada um se desviava pelo caminho". (Sl 58:3 e Rm 5:12s). O versículo 6 começa com o "todos" de condenação, mas termina com o "todos" de salvação. Ele morreu por todos nós. Esses versículos são o cerne do evangelho — "Cristo morreu por nossos pecados". O verso cinco deste capítulo é interpretado de forma errada, muitas vezes. Certos pregadores ensinam que não podemos aceitar qualquer tipo de enfermidade, pois Cristo já as levou na cruz. É importante ressaltar que o cumprimento dessa profecia ocorreu durante o ministério de Jesus na Terra, onde muitos milagres de cura foram feitas pelo Senhor. Claro que isso não significa que ele não vai curar nossas enfermidades de hoje. Cremos em um Deus poderoso, capaz de curar toda e qualquer doença de quem pede com fé, mas não podemos exigir, com base neste texto, que nos cure de todos os nossos males. Devemos lembrar que ele é soberano; a vida e a morte estão em suas mãos. A boa-nova é que a maior enfermidade, chamada pecado, ele já levou sobre a cruz. Infelizmente, muitas pessoas gostam dessa doença maldita, pois vivem nela. O Servo Calado (Isaías 53 7-9): Poucas pessoas conseguem permanecer caladas quando são caluniadas, agredidas e injustiçadas, mas estamos falando de um servo. Servos não retrucam; antes, são obedientes e submissos aos senhores. Cristo permaneceu calado diante dos acusadores, bem como dos que o afligiram. Ele calou-se diante de Caifás (Mt 26:62 63), dos principais sacerdote e anciãos (Mt 27:12), de Pilatos (Mt 27:14; João 19:9) e de Herodes Antipas (Lc 23:9). Não falou quando os soldados zombaram dele e espancaram-no. No texto de 1 Pe 2:23 diz-se: “O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente”. O que dizer do julgamento de nosso Mestre, descrito nos evangelhos? É simples e puramente o cumprimento do versículo 8 deste capítulo. Feito na calada da noite, com testemunhas falsas e compradas, que deferiram acusações falsas contra aquele que é a Verdade. E por que ele permaneceu calado? Porque não veio para se defender; mas, sim, para morrer pelos nossos pecados. O Sepultamento de Jesus é tão importante quanto sua morte, pois é a prova de que ele morreu. As autoridades romanas não teriam entregado o corpo a José de Arimatéia e a Nicodemos se de fato Jesus não tivesse morrido. Foi pretendido que sua sepultura fosse “com os ímpios”, ou seja, com os criminosos condenados e crucificados com ele. No entanto, quando Jesus de fato morreu, foi enterrado com honra por um homem rico. Essa era a garantia de Deus de que as acusações quanto a ser violento e enganador eram falsas. Ele era manso com os pecadores, e as suas palavras eram verdadeiras. O servo recompensado (Is 5310-12): Vimos o servo desprezado, ferido, calado. Finalmente, nos versículos finais, veremos o servo sendo recompensado. O servo triunfou. Deus o recompensaria ricamente. Toda a grandeza e o poder dos seus inimigos estariam entre os despojos da sua vitória. Tudo acontece porque Jesus estava disposto a passar pela morte e ser identificado com os seres humanos, os quais estavam em estado de rebelião ( Mc 15:28). Embora Jesus se deixasse ser “contado com os transgressores”, ou seja, tratado como um rebelde, ele estava livremente intercedendo pelos rebeldes e continuaria a fazê-lo dessa forma ( Lc 23:34; Rm 8:34; Hb 7:25; 1 Jo 2:1). Está claro, a partir disso, que não era uma vítima das circunstâncias, não meramente um mártir, não simplesmente o nosso exemplo, não somente um mestre. De boa vontade, e obedientemente, levou o fardo dos pecados e a culpa de toda a raça humana, triunfando sobre tudo isso, de modo que nós podemos entrar livremente na presença de Deus e estar em perfeita relação com ele. Satanás ofereceu a Jesus um reino glorioso em troca de adoração (Mt 4:8), porém Jesus foi fiel até a morte. O texto de Filipenses 2:8-10 expressa muito bem sua obediência e a recompensa por isso: “E, achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”.
Contextualizando A riqueza de detalhes concernentes a Jesus, presente nesta profecia, é ímpar. A vida de Jesus, seus milagres, a rejeição que sofreu, a forma que o mataram, seu sepultamento, ressurreição... Quando comparamos os relatos dos evangelhos do Novo Testamento à luz de Isaías 53 vemos claramente que a Palavra de Deus cumpriu-se e continuará a se cumprir até a segunda vinda do Messias. Contudo, o que mais chama a atenção é ver que algumas reações com relação ao Servo Sofredor podem ser vistas em nossos dias! Os versículos 13 a 15 do capítulo 52 descrevem como viria o Senhor Jesus a esta Terra: de forma humilde, nascido em uma família pobre, sem atraente aparência física, sem status. Então, o que poderia atrair as pessoas a ele? Ah, se todos soubessem quem ele era, o poder que possuía e o que veio fazer, com certeza correriam para ele. Infelizmente, em nossos dias, muitas pessoas ainda não aceitam Jesus pela simplicidade do Evangelho e do próprio Cristo. As pessoas querem coisas que tenham mais status, aparência. Enquanto isso, rejeitam aquele que deu a vida por nós. Isaías lamentou, no início do capítulo 53, a dureza de coração das pessoas quanto à sua pregação. Isso também se cumpriu, e ainda se cumpre. Porém, atualmente, não é apenas o coração das pessoas que está endurecido, mas, lamentavelmente, a pregação está deturpada. Muitos não pregam o que de fato a Bíblia ensina. Não se tem pregado sobre o sofrimento do Messias a fim de perdoar nossos pecados. O que vemos é falsos profetas pregando prosperidade e um evangelho que não exige renúncia. Onde estão as pregações que falam da cruz, dos cravos, dos açoites, do quanto sofreu nosso Jesus para que pudéssemos ter vida? Infelizmente, muitos preferem questionar todo o amor de Deus, derramado na cruz, assim como os grupos religiosos da época de Jesus, ao invés de aceitarem com gratidão tamanha prova de amor.
VIII. A pregação proposta pelo profeta Isaías nos revelará em detalhes o amor incondicional do servo sofredor.
Amor incondicional, significa Amor pleno, completo e absoluto, que não impõe condições ou limites para se amar. isso vamos ver neste segundo aspecto da mensagem do profeta Isaías. Amor incondicional
1. o seu amor incondicional é demonstrado em Atos.
• O seu amor incondicional é demonstrado quando ele tomou sobre si as nossas enfermidades.
• O seu amor incondicional é demonstrado quando ele levou sobre si as nossas doenças.
2. o seu amor incondicional o levou ao castigo.
• Pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus estava lhe castigando, quando o texto diz; – reputávamos por aflito ferido de Deus e oprimido.
• Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões.
• Mas ele foi esmagado por causa das nossas iniquidades atitudes imorais.
• Castigo que ele sofreu nos trouxe paz.
• E as feridas pelas quais foi ferido, somos curados.
3. o seu amor incondicional o levou a morte.
• À semelhança de um Cordeiro mudo conduzido ao matadouro.
• Semelhança de uma ovelha diante dos seus tosquiadores.
4. o seu amor incondicional o levou ao sepulcro.
• Ele foi sepultado entre os criminosos.
• Ele foi sepultado entre os ricos. Fazendo referência a José de Arimatéia.
Era oriundo de Arimateia (Armathahim, em hebreu), um povoado de Judá — a atual Rentis — situado a 10 km a nordeste de Lida, que por sua vez é o provável lugar de nascimento de Samuel (1Sam. 1,1). Homem rico (Mt. 25,57) e membro ilustre do Sinédrio (Mc. 15,43; Lc. 23,50), José tinha em Jerusalém um sepulcro novo, cavado na rocha, próximo do Gólgota. Era discípulo de Jesus, mas mantinha isso em segredo, tal como Nicodemos, por temor às autoridades judaicas (Jo 15,38).
Nos diz o texto que, contudo, foi a vontade do Senhor esmaga-lo e fazê-lo sofre, porém, os seus dias serão prolongados.
IX. A pregação feita pelo profeta Isaías nos revelará com detalhes o triunfo do servo sofredor.
O servo sofredor de Isaías 53 é inocente e sem pecado e "não tinha cometido iniquidade, nem houve engano na sua boca". Em contraste, Isaías descreve Israel como uma "nação pecadora, povo carregado de iniquidade" (Isaías 1:4)
O servo sofredor de Isaías 53:3 mostra que o servo não foi estimado por Israel ("não havia nada nele que nos agradasse"). Já Israel diz de si mesmo como povo diariamente nas suas orações:
"Louváveis são aqueles que habitam em tua casa! Que eles possam sempre te louvar, Louvável é o povo, para quem isto é assim, louvável é o povo cujo Deus é o Senhor!"
O servo sofredor de Isaías 53:8 sofre a pena da transgressão, no lugar do "meu povo"
[Israel] "a quem a maldição era devida". Este não pode ser Israel.
O servo sofredor morre, é sepultado, e é chamado de rico na sua morte (ver. 9) E a nação
de Israel nunca morreu ou foi enterrada.
O servo sofredor de Isaías 53 serve como uma "oferta pela culpa" .
Pode o sofrimento de uma nação pecadora servir para expiar os seus próprios pecados e muito menos os pecados de outras nações? Não.
O servo sofredor de Isaías 53 não é o povo de Israel, o servo sofredor de Isaías 53 é Yeshua, o filho unigênito de YHWH, o filho do Único Elohim verdadeiro que habita na luz inacessível.
• quando sua alma se puser por expiação do pecado, Ele verá a sua descendência.
• prolongará os seus dias.
• a boa vontade do Senhor prosperará na sua mão.
• Ele verá o fruto do trabalho da sua alma e ficará satisfeito.
• com o seu conhecimento justificará a muitos. Porque a iniquidade deles levará sobre si.
• com os poderosos repartirá o despojo.
X. A manifestação do braço do Senhor.
Se o braço do Senhor não tivesse se manifestado, não haveria sentido tantas dores! Aquele que está descrito em Isaías 53 é quem iria ver o braço do Senhor. Ele foi objeto da tragédia, aflição e incompreensão.
Manifestar: O mesmo que patente, claro, evidente, em ação.
O Servo mencionado nos capítulos 42, 52 e 53 de Isaías é uma referência clara de Cristo. Vemos também Ele assim sendo chamado 11 vezes no Novo Testamento. Mas, além de Cristo, O Senhor chama também de Servo a Israel (Is 41:8 / 44:1,2,21 – Israel falou) e a Igreja (Is 54:17 / 65:13,14 – Crentes fiéis no plural).
O servo Jesus Cristo é único – e só Ele poderia levar a termo a obra da expiação. Mas no sentido do serviço, onde Israel e a Igreja também estão envolvidos, tudo tem como base o mesmo princípio. Se voltarmos para Is 52:13, que descreve o destino final do Servo, vamos nos lembrar de Filipenses 2, onde o apóstolo Paulo faz menção a respeito do Servo obediente e exaltado.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:5-8).
Veja o fim do Senhor em Is 53: Ele será exaltado, verá o fruto do Seu trabalho, será satisfeito, isso está estabelecido deste o começo.
O mesmo princípio se aplica a nós – os também Servos:
“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17).
“Se perseveramos, também com ele reinaremos” (1 Tm 2:12)
Há 3 palavras em destaque no capítulo de Is 53: iniquidade, transgressão e pecado, nos fazendo lembrar de Levítico 16:16,21. Jesus foi o bode expiatório.
“O braço do Senhor não se separa da cruz! O suporte, a presença, o poder do Senhor, tudo só pode acontecer no terreno da cruz do Senhor Jesus”
O Braço do Senhor opera pela cruz – “Cristo crucificado, poder de Deus”. Não pode operar na nossa independência e individualismo.
Deus vindica o Filho – o viver é Cristo – esse foi o segredo de Paulo. Se tomarmos alguma parte na obra para que ela tenha sucesso, Deus vai nos deixar ter toda a responsabilidade. A obra é Dele, e Dele somente!!!
1- O braço do Senhor manifesta-se para salvar.
Salvar: Livrar de perigo grave e eminente. Libertar, redimir, por em lugar seguro.
a) O braço do Senhor manifestou-se para salvar o povo de Israel no grande mar vermelho. Ex. 14.31.
b) O braço do Senhor manifestou-se salvando a família de Ló da destruição. Gn 19.16.
c) O braço do Senhor manifestou-se na fornalha salvando os três jovens hebreus. Dn 3.1-30.
d) O braço do Senhor manifestou-se dando livramento a Daniel na cova dos leões. Dn 6. 1-28.
A mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar. Is.59.1.
2- O braço do Senhor manifesta-se para curar os enfermos.
Curar: Livrar de doença, restabelecer a saúde e dar vida plena.
a) A cura de um leproso. Lc 5.13.
A cura é instantânea quando Jesus toca no homem.
b) A cura de uma mulher paralitica. Lc 13.13.
Esta foi uma cura solicitada, concedida á medida da fé e da persistência em cultuar a Deus durante dezoito anos mesmo debaixo da enfermidade.
Todo problema deve levar-nos a procurar a casa do Senhor, onde O encontramos, e com Ele, a sua libertação.
3- O braço do Senhor manifesta-se para nos dar poder.
A mão do Senhor: Significa a parte ativa da personalidade de Deus. Sua atividade no mundo.
Estas mãos estão prontas a conceder poder aos seus servos.
a) Poder para realizar prodígios. At 6.8.
c) Poder ara testemunhar. At 4.33.
d) Poder para pregar. Mc 16.15.
Braço é ação e poder, tanto que quando alguém se refere a uma pessoa dizendo que ela é o braço direito de alguém, você quer dizer que ela é responsável pela ação!
A ação de libertação dos israelitas do Egito é um ato de Deus feito por intermédio do seu braço.
Porque esse antropomorfismo? Isso só faria sentido se existir alguém corpóreo. Quem é o braço? Afinal sabemos que Deus não tem aparência humana nem mesmo um corpo como nós!
Reparem na beleza desse texto agora:
Isaías 40:10 - "Eis que o Senhor Deus virá com poder e seu braço dominará por ele; eis que o seu galardão está com ele, e o seu salário diante da sua face."
Ou seja, Deus vem com seu poder e o seu braço dominará.
Agora, no Salmo seguinte o braço é o Gaal Israel ou seja , o remidor , vai pagar o preço:
Salmos 77:15 - "Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José."
Quem é o braço? Jesus é o braço! É isso que diz a principal profecia messiânica em Isaías 53:1
- "QUEM deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?"
Logo Jesus manifestou o braço do Eterno e o seu braço dominará...
Isaías 51:5 - "Perto está a minha justiça, vem saindo a minha salvação, e os meus braços julgarão os povos; as ilhas me aguardarão, e no meu braço esperarão."
Em Jesus esperamos a salvação. Ele julgará!
E finalmente, concluindo , saiba que você leu esse artigo até agora, é porque o senhor revelou o mistério, veja:
Isaías 52:10 - "O Senhor desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus."
A boa mão do Senhor está sempre pronta para agir a favor do homem que o busca.
“Que tenhamos uma paixão pela Honra, Glória e o Nome do Filho de Deus e Ele fará o resto”
"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir;" Is. 59:1
Meditando neste versículo, duas palavras despertou minha atenção: SALVAR, salvar do que? Se estou em Cristo e nova criatura sou... OUVIR, ouvir o que? se o Senhor é oniciente...
No entanto, as duas palavras sugerem ação. Ação do Deus vivo, e não minha. eu poderia isolar este versículo e fazer uma apologia sobre o consolar de Deus, mas, insitui em ler o versículo seguinte: "mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça." Is.59:2 Então, pude entender que pelas minhas ações impeço a ação de Deus sobre minha vida. Vou mais longe, sobre a minha família, minha igreja, minha nação.
O profeta, nos alerta que as nossas ações nos separam de Deus, mesmo que sejamos hiperativos, doutrinados, zelosos, piedosos, irreprensíveis aos olhos do homem, porque assim era o procedimento da época, dava-se dízimo até da hortelã. A lei era levada ao pé da letra, o ritualismo religioso era praticado e motivo de orgulho por quem o fazia. Mas Deus estava enojado de um povo que o adorava apenas de palavras. Suas ações eram ruins, o pecado era algo impregnado em suas mentes cauterizadas, podia-se fazer diversas atrocidades (não digo, matar, roubar ou coisas muito impactantes) mas sim, mentir, esconder, ocultar, trapacear, prostituir, adulterar, maldizer e uma série de obras ditas da carne ou da natureza humana. Essas ações eram corriqueiras no dia a dia do povo de Deus, não muito diferente os dias de hoje. Temos testemunhado vidas fracassadas, destruídas, oprimidas pela obra da carne e fortalecida pela ação demoníaca. Temos visto a insubmissão, a rebeldia contra as autoridades eclesiais constituídas, a murmuração contra o irmão, contra o líder, contra o pastor e assim por diante. E duro é, verificar que muitos irmãos se acham espirituais, certos e cheios do Espírito Santo. Mas não passam de obtusos, murmuradores e praticantes da obra da carne. Revestem-se de um estereótipo santo ou legalista ou os dois, para encobrir o que de verdade está no coração. E este tipo de ação, impede que Deus ouça nossas petições, orações, interceções, inclusive nossa adoração. Não muito, parece que nossas orações não passam do teto (expressão usada para definir oração fraca) se é que existe uma oração fraca, segundo o versículo acima, entendo que ela não é ouvida, porque nossas acões e pecados impedem que Deus nos ouça e fique junto de nós.
No versículo seguinte o profeta, nos revela o porque que Deus tem dificuldade em nos ouvir e ficar juntos de nós. "Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam a mentira, a vossa língua pronuncia perversidade." Is. 59:3. Oramos e as coisas não acontencem, o Poder de Deus não se manifesta, " E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." Mc 16: 17-18.
Aplicação.
• Cristo de fato é o servo sofredor, relatado no Capítulo 53 do livro do profeta Isaías.
• Cristo não poderia ter aparência, e nem muito menos ser Reconhecido pelos homens, Mas de fato Ele nos amou incondicionalmente.
• Cristo sofreu foi ferido rejeitado, mas triunfou sobre a morte, sobre o pecado.
• O castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras nós fomos sarados. Sarados de que? do pecado, da iniquidade e das nossas transgressões.
• Poucos são os que dão crédito a pregação, mas aqueles que assim fizerem terão direito a vida eterna.
Por isso meu irmão, reflita sobre esta palavra, medite nela e tome uma atitude. Você sabe o que tem que se fazer, faça. Se perdão, perdoe; se pecado, confesse; se murmurava, não murmure mais, se maldizia, não maldiga mais, se mentia, passe falar somente a verdade; se andava na obra da carne, rompa com ela e viva a plenitude do Espírito Santo e verá a Glória de Deus ser manifestada em tua vida. Lembre-se o seu passado o condena, mas Jesus Cristo derramou o sangue por ele. O teu futuro está intacto, nada aconteceu lá ainda. Então, peça direção e graça de Deus para que você prossiga santificando-se dia a dia e erre o menos possível. Porque se você errar " Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." I Jo. 1:9
E assim, Ele nos salvará e nos ouvirá quando clamarmos por Ele. E verás que a mão de Deus, jamais está encolhida.
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