quarta-feira, 7 de julho de 2021

Série Gideão.5- Gideão pede provas e Deus confirma

 Por Jânio Santos de Oliveira





 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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E todos os midianitas e amalequitas, e os filhos do oriente se ajuntaram, e passaram, e acamparam no vale de Jizreel.

Então o Espírito do SENHOR revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele.

E enviou mensageiros por toda a tribo de Manassés, que também se ajuntou após ele; também enviou mensageiros a Aser, e a Zebulom, e a Naftali, que saíram-lhe ao encontro.

E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste,

Eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste.

E assim sucedeu; porque no outro dia se levantou de madrugada, e apertou o velo; e do orvalho que espremeu do velo, encheu uma taça de água.

E disse Gideão a Deus: Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a terra haja o orvalho.

E Deus assim fez naquela noite; pois só o velo ficou seco, e sobre toda a terra havia orvalho (Jz 6.33-40)


 Nós estamos apresentando uma série de estudos bíblicos especiais sobre a vida de Gideão. 
Inicialmente falamos sobre :


  1. "A sua biografia de Gideão";  
  2.  As circunstâncias da chamada de gideão; 
  3. Deus encoraja a Gideão.
  4. Derrubando os altares de Baal
  • agora estaremos  apresentando o seguinte tema: 
  • Gideão pede provas e Deus confirma. 


I. Analisando o texto preliminarmente

6.32-34 — Gideão passou a ser chamado de jerubaal [provavelmente, dado por seu pai, Joás, ] , para zombar daqueles que confiavam no deus pagão, tendo em vista que este nome significa Baal contenda contra ele e reflete o que foi dito no versículo 31. Assim, Gideão tornou-se um memorial vivo da impotência de Baal. O trecho de 2 Samuel 11.21 faz referência a Gideão como Jerubesete [a terminação da palavra foi substituída por besete, que significa vergonha]. Mudanças como esta também ocorrem com outros termos que incorporam o nome Baal, como Esbaal, que quer dizer homem de Baal (1 Cr 8.33; 9.39), pelo nome Isbosete, o qual significa homem de vergonha (2 Sm 2.8), e Meribe-Baal, que indica Baal contende (1 Cr 8.34; 9.40) pelo termo Mefibosete, que significa expressão de vergonha (2 Sm 9.6). Portanto, qualquer alusão negativa a Baal no texto bíblico é uma tentativa de condenar a adoração ao ídolo.

6.35 — Gideão enviou mensageiros para os territórios de quatro tribos do norte, adjacentes umas às outras: Manassés, Aser, Zebulom e Naftali.

6.36-40 — Antes da batalha, Gideão pediu sinais para “testar” a orientação divina mais uma vez.

6.39 — Rogo-te que só esta vez faça a prova. A palavra traduzida como prova é a mesma usada quando Deus testou Israel (Jz 2.22; 3.1). O desejo de Gideão de testar os sinais divinos poderia ter sido uma violação da lei que proibia as pessoas de colocarem o Altíssimo à prova (Dt 6.16 — a palavra tentar é o mesmo termo hebraico traduzido como prova [nacah] neste contexto). O próprio Gideão estava ciente de que fazia uma coisa pouco sábia, senão ofensiva, visto que pediu que Deus não acendesse Sua ira contra ele.


6.40 — Apesar da falta de fé de Gideão, Deus assim o fez naquela noite, isto é, atendeu aos pedidos de Gideão. Muitas pessoas fiam-se no exemplo de Gideão como uma maneira de buscar orientação do Senhor, pedindo uma confirmação de Deus. Em algumas ocasiões, Deus escolhe responder a tais pedidos, como no caso de Gideão. Não obstante, este já sabia da vontade de Deus para sua vida (Jz 6.14-16,36). Seus pedidos apenas tornaram evidente a sua fé fraca. Isaías deu o exemplo de uma resposta adequada à nítida revelação divina: Eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6.8). Assim também fizeram os discípulos, que deixaram imediatamente suas redes e seguiram a Jesus (Mc 1.18-20).



 II. O Espírito do Senhor revestiu a Gideão.


 Em meio ao chamado de Gideão, Deus toma a iniciativa.
Quando Ele chama, Ele capacita.
Gideão não poderia agir e se tornar um vitorioso contra os seus inimigos, levando em conta somente o seu chamado.
Muitos cristãos precisam, prudentemente, buscar como "preparar-se" adequadamente para viver o seu testemunho cristão em santidade.
Nós podemos ter certeza de que Ele não nos desampara, pois fornece-nos o batismo com o Espírito Santo como a nossa maior arma de guerra, um legítimo revestimento de poder.
Conforme podemos ler no capítulo 2 do livro de Atos, o enchimento do Espírito tem um efeito atrativo.
As multidões se ajuntaram. Não há nada mais fenomenal do que a ação do Espírito Santo.
Além disso, o batismo com o Espírito Santo produz coragem. "Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação." 2Tm 1:7
O Espírito Santo produz, em nós, trabalho organizado.
Ele sempre levanta um homem para conduzir Seu povo.
Deixemos fluir em nós o Espírito Santo e gozemos da plenitude de Suas bênçãos para as nossas vidas.

Assim, também se cumprirão em nossas vidas as palavras de Jesus: "E recebereis poder... e sereis minhas testemunhas" At 1:8.




1. O que a Bíblia fala sobre o revestimento de poder

Em Lc 23.49 – Jesus recomendou aos discípulos para ficarem em Jerusalém até que fossem revestidos do poder do Espírito para depois saírem pelo mundo proclamando a mensagem da salvação, a cidade de Jerusalém representa a Igreja onde Deus nos quer reunidos orando, jejuando e adorando ao Senhor para que ele possa derramar o Espírito e nos revestir de poder. Os discípulos de Jesus obedeceram permaneceram reunidos e foram cheios do Espírito Santo e a Igreja cresceu agregando cerca de três mil pessoas. Entendemos que permanecermos na Igreja buscando a Deus com intensidade em fervente oração, a promessa do revestimento se cumprira em nós. Não é por força, nem por violência, é pelo poder de Deus buscado com perseverança, numa expectativa de confiança e convicção de que Deus é fiel no cumprimento de sua palavra que é a verdade e Deus vela pela sua palavra para cumpri-la. Jr 1.12. O revestimento do poder do Espírito é necessário a Igreja para fazer as obras de Deus At 1.8. Jesus disse: Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra.


  2. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo é poderosa.


 As portas do inferno não pode prevalecer contra ela em sua ação missionária, mas precisa do revestimento do Espírito, para que através do amor possa liberar perdão, derrubando as barreiras do preconceito e o muro das inimizades entre as nações e assim dar o testemunho da verdade, anunciando o Evangelho em toda a terra. Os discípulos que receberam o batismo com o Espírito Santo no dia do pentecostes foram revestidos de poder e ousadia para fazer as obras de Deus, e a partir dessa data não foram mais o mesmo, foram transformados pelo poder de Deus e foi assim que a Igreja primitiva cresceu e se espalhou pelo mundo. O revestimento de poder é uma preparação do crente para enfrentar as lutas e batalhas espirituais do dia a dia na obra de Deus; em primeiro lugar contra o nosso inimigo interno que é a nossa natureza carnal. Por mais espiritual que sejamos, habitamos em um corpo que possui uma alma e um espírito e temos que cuidar das necessidades básicas desse corpo(1 Co 6.19) e mantê-lo saudável para que Deus possa operar através dele. Também temos que cuidar da nossa alma nos caminhos do Senhor, para mantermos os nossos sentimentos vivos para Deus (Pv 4.23). E do nosso espírito para produzir fruto para Deus (Gl 5.22-23). 


3. O revestimento espiritual de poder é uma armadura de Deus.

 Paulo em Efésios 6.10-18  diz que o cristão é revestido para enfrentar e vencer as batalhas espirituais na guerra contra o mal. O mundo espiritual é dividido entre duas forças: Uma do bem e outra do mal, ao aceitarmos a Cristo, passamos para o lado do bem contra o mal, no mundo espiritual passamos a brilhar como soldados de Jesus. A força e o poder é espiritual Ef 6.10; é o próprio Deus que nos dá fortaleza, Sl 18.1-2; Sl 27.1-3; Sl 46.1-7; Sl 91.1-2; Deus é a fonte de nossa força Sl 84.5-7. Ef  6.11,12,13. Cingindo os lombos com a verdade, Ef 6.14 – O cinto do soldado romano tinha cerca de 15 a 20 cm de largura, era de couro e toda armadura estava presa a ele. Era  o cinto que dava firmeza e permitia o soldado movimentar-se com agilidade. Conhecimento: Firmar-se na verdade, João 17.17; o nosso Deus é o Deus da verdade, Sl.31.5; Jesus é o caminho, a verdade e a vida João 14.6; a sua verdade é escudo e broquel Sl 91.4; nada podemos contra a verdade 2 Co13.8; devemos nos firmar na verdade Ef 4.15; 3 João 4. Não há firmeza na mentira Sl 101.7; o diabo é pai da mentira (Jo 8.44; Ef 6.14b) – E vestida a couraça da justiça – que era uma peça composta de duas chapas de bronze, forrada com couro, para proteger o peito e as costas. A couraça da justiça é a proteção espiritual que cobre as áreas vitais da vida do cristão abrangendo todo o seu viver e o coração. A couraça da justiça é a nossa vida em Cristo, nele somos feitos justiça de Deus! 2 Co 5.21. Ele é a nossa justiça! Jr 33.16; Rm. 10.4. Vestir a couraça da justiça é ter a certeza que em Cristo estamos livres de toda condenação! Rm 8.1. Em Cristo, somos perdoados, inocentados e tornados justos pela fé. Rm 3.21-26; 4.25; 1 Jo 1.9; Is 53.11. A nossa justificação é exclusividade de Cristo Rm 5.1,19; pela sua graça Rm 3.23,24; 5.17; Tt.3.5-7; Somos salvos pela graça, mediante a fé Ef.2.8-9; Rm 4.5; Gl 2.16; Fp.3.9. A couraça da justiça é a mais bela vestimenta do Cristão. Jó 29.14; Is.61.10. 


4.  E calçado os pés na preparação do Evangelho da paz (Ef. 6.15).


 Os pés tem duas funções importantes: Eles são as bases ou alicerce do corpo e servem para conduzir o corpo com firmeza e mobilidade, calçados com a verdade que é a palavra de Deus, que dá sustentação e firmeza na pregação do Evangelho, resistindo o diabo e fazendo a oração da fé, para salvação das almas, com autoridade espiritual delegada por Jesus em Mt 28.18-20 e Mc 16.15-20. A finalidade do revestimento de poder do alto, está vinculado ao compromisso da pregação do Evangelho Lc 24.49; At 1.8. O Evangelho é o poder de Deus para a salvação Rm 1.16; Rm  10. 13-15. A pregação do Evangelho é um mandamento que deve ser obedecido com entusiasmo, para que haja salvação de almas (At.4.13,31,33; 5.42; 8.4; 9.20,29; 13.49,52; 18.9-11). 


5.   Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno (Ef 6.16). O escudo do soldado romano tinha o tamanho considerável para protege-lo dos golpes do inimigo, quando bem manejado, o protegia de dardos, flechas, lanças e golpes de espada. E se ajoelhado, podia proteger-se de projeteis flamejantes lançados pelo inimigo. Satanás tenta de todas as formas nos atingir, porem se não damos brechas ele não consegue, porque o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Sl 37.7; então ele tenta nos atingir de longe,  com seus dardos inflamados ou setas. 2 Co 4.4; o dardo da incredulidade, que anda junto com a perversidade Mt 17.17; que impede a operação de milagres, Mc 6.4-6; impedindo assim entrar no descanso do Senhor Hb 3.18-19. O dardo do medo, Mt 14.30; quando a situação se torna incontrolável e ameaçadora clamamos ao Senhor e ele nos socorre, apesar de nossa pequena fé, Mt 14.31; o dardo da dúvida vem junto com o medo, a duvida é a principal ferramenta de Satanás usada para que duvidemos da veracidade de Deus (Gn 3.1-5); do amor de Deus, Jó 2.7-10; de nossa experiência com Deus, Mt.4.3. A duvida diminui a nossa fé e nos coloca em perigo, Mt 14.28-32; a duvida nos faz inconstantes nos caminhos do Senhor, Tg 1.6-8; através do louvor podemos ter vitória sobre a duvida, Rm 4.19-21; Jesus disse que se tivermos fé em Deus, obteremos tudo o que quisermos, Mc 11.22-24; pois tudo é possível ao que crê! Mc 9.23. O dardo da Culpa, Ap. 12.10 Satanás tenta nos imobilizar pela estratégia da acusação sobrecarregando a nossa consciência com o peso da culpa, trazendo a nossa memória os erros e pecados do passado, cujo propósito é roubar a nossa paz e confiança no Senhor fazendo-nos sentir rejeitados por Deus. Ap. 12.11 nos livra da culpa, pela fé na eficácia do Sangue do Cordeiro.(1 Jo 1.7; Hb.9.14; Ef.2.13-14); fé no testemunho da palavra, quando confessamos o que a palavra diz a nosso respeito, vencemos todos os dardos inflamados do maligno. A incredulidade, a duvida, o medo e a culpa caem por terra, e perdem o poder de nos afetar. Este é o escudo da fé: Redenção completa a Deus, deixando de confiar em nós mesmos , porque já estamos mortos e a nossa vida está escondida com Cristo em Deus! Cl 3.3. Tomando o escudo da fé, por meio da confissão da palavra. Temos de conhecer a nossa posição espiritual em Cristo Jesus, para saber quem somos, o que temos e onde estamos. Em poucas palavras eu posso dizer que somos os escolhidos de Deus, João 15.16; somos justificados por Deus, Rm 8.33-34. Somos mais que vencedores por aquele que nos amou, Rm 8.37. O que temos? Temos Deus, se Deus é por nós, quem será contra nós Rm 8.31; Temos a palavra de Deus na pessoa de Jesus Cristo o verbo de Deus encarnado João 1.1; Temos o Espírito Santo que nos foi dado no dia de pentecostes (At 2.4;) Temos a garantia da salvação eterna no nome de Jesus Jo 1.12; At 4.12; Rm 10.8-13. Onde estamos? Estamos na Igreja, que é o corpo de Cristo, Cl 1.24; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt. 16.18). 


6.   – Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito que é a palavra de Deus (Ef 6.17).



 Após revestido o corpo, o capacete era entregue ao soldado, por seu escudeiro, assim como o escudo e a espada. Espiritualizando: Capacete da Salvação: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós; é dom de Deus. Ef 2.8; Escudo da fé, Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligencia acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Jd 3; A palavra – Dei-lhes a tua palavra, e o mundo vos aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. João 17.14. O capacete da salvação, era um elmo para proteger a cabeça, a área vital mais exposta do corpo humano, é na cabeça que se situa a mente, onde fluem os pensamentos, as imaginações e a memória, as faculdades mentais são áreas visadas pelo inimigo. Satanás sabe que se ele puder semear pensamentos na mente de uma pessoa, ela ficará sob seu domínio. O capacete da salvação é para guardar a mente da ação do inimigo. O que é o capacete da salvação? O capacete da salvação é a convicção de que somos salvos por Cristo. É a certeza de que através dele herdamos a vida eterna. O inimigo tenta por todos os meios roubar-nos esta convicção, imputando-nos pecados imperdoáveis. O capacete da salvação é o conhecimento da doutrina cristã; dos fatos que nos propiciaram a salvação em Cristo. Este é um antídoto eficaz contra as astutas ciladas do diabo Ef 6.11. Pontos fundamentais: A salvação é um dom gratuito de Deus, independente de obras humanas, é fruto exclusivo da graça de Deus! Rm 3.24; 6.23; Tt 2.11. A base ou fundamento da nossa salvação é o sangue de Jesus, (Rm.3.25; Hb 9.12-14; 10.11,12,14,19,20; I Pe 1.18,19). 


7.  A Espada do Espírito que é a palavra de Deus (Ef 6.17)


Ela é a ferramenta mais importante e eficaz para vencer as lutas e batalhas espirituais. Destacamos alguns símbolos importantes da palavra de Deus empregados pelas sagradas escrituras: Luz, Sl 119.105; A palavra de Deus ilumina a mente e o coração do homem, com o entendimento espiritual. Espelho, Tg 1.23; A palavra de Deus é comparada a um espelho porque ela mostra quem somos. Água, Jo 15.3; Ef 5.26; nos lembra a pia em que os sacerdotes se lavavam antes de entrar no santuário para ministrarem ao Senhor, e do poder da palavra para nos purificar. Alimento, Jó 23.12; Jr 15.16; 1 Pe 2.2. A palavra de Deus nutre a nossa alma e nos dá crescimento espiritual; representando alimentação. Ex. Leite, 1 Co 3.2; 1 Pe. 2.2; Pão Dt  8.3; sólido mantimento, Hb 5.12-14; Mel, Sl 19.10. Fogo e martelo, Jer. 23.29; expressa o poder da palavra para purificar e quebrantar corações. Tesouro, Sl 119.72; Esse tesouro vem pela revelação do Espírito, primeiramente. Para que o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Glória, vos de em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação. Ef 1.17. Somente O Espírito Santo conhece as coisas de Deus em profundidade 1ª Co 2.10. Segundo consta, a Bíblia possuí 32.000 promessas, em cujas riquezas está a formação do caráter cristão, para melhor diretriz da conduta humana, modelam nossa vida nos caminhos do Senhor. Espada, revela a eficácia da palavra de Deus, para desmantelar os projetos malignos. Devemos deixar que a palavra de Deus domine todas as ares de nossa vida, os nossos pensamentos, nossas emoções e assim moldem o nosso viver diário. Tendo o Espírito Santo este instrumento implantado em nosso interior, poderá operar eficazmente em nosso viver, e as promessas se cumprirão, mediante a permanência da palavra em nós. João 15.7. Quando conhecemos o texto bíblico o Espírito Santo nos fará lembrar, Jo 14.16. O conhecimento da palavra evita o fanatismo religioso e a presença do Espírito Santo anula as formalidades. O Senhor já nos entregou a sua palavra, João 17.14; que é a espada do Espírito, instrumento do Espírito Santo, para vencer batalhas espirituais e conquistar a vitória no nome de Jesus. Devemos tê-la sempre conosco Dt17.19; assim como o soldado nunca se aparta da sua espada, Ne 4.16-17. Devemos tê-la sempre em nossos lábios, Js 1.8; A palavra de Deus só funciona quando pronunciada. Deus determinou três coisas a Josué: 1º Medita nele de dia e de noite; (ter a palavra na mente). Segunda: Tenhas o cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito, (apelo a obediência). Terceira: Então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido. ( falando segundo a palavra). A espada tem que ser manejada para funcionar. Devemos maneja-la corretamente, 2 Tm 2.15; manejar em grego é orthotomeo, que significa: cortar reto, endireitar. Precisamos estar alerta contra falsos ensinos,   falsos mestres e falsos profetas, 1 Tm. 4.1; 2 Tm. 4.3-4; 2 Pe 2.1-3. Devemos conhecer sua eficácia e confiar no seu poder, Hb 11.3; precisamos crer que a palavra de Deus é uma arma eficaz e poderosa. A Igreja de Deus só trabalha com a palavra viva de Deus, não com hipóteses; nem com sofismas ou filosofia humana, mas somente com a verdade.




III. Gideão pede provas pra saber se Deus estava lhe chamando.


Gideão foi visitado pelo anjo do Senhor, cumpriu as ordens recebidas, fez sua maior oferta (o segundo boi de seu pai) e foi revestido de poder por Deus. Chegou a hora de agir. Depois de ser designado para libertar Israel das mãos dos midianitas e de outros povos que oprimiam Israel, Gideão tocou a buzina e os israelitas começaram a chegar de várias tribos atendendo a convocação de Gideão.

A buzina era o instrumento de convocação da assembleia dos israelitas e o que fez Gideão foi começar a agir sua fé. A situação não mudou desde que o anjo do Senhor apareceu a Gideão, os midianitas continuavam fortes, Israel continuava pobre e, portanto, sem condições de montar um exército à altura do desafio e Gideão continuava a ser o menor da casa de Joás, seu pai.

E o que fez Gideão tocar a buzina? A certeza de que Deus quando manda se responsabiliza pelas consequências. Gideão agiu sua fé, deixou de ser passivo diante das circunstâncias. A única coisa que mudou do cenário original foi o coração de Gideão. O milagre começa sempre pelo coração, de dentro para fora e, neste caso, o milagre começou a se mover para o mundo real.

Muita gente atendeu à convocação de Gideão, mas ele ainda precisava ter certeza absoluta de que Deus estava à frente da batalha e que daria vitória a Israel. Isso acontece com todos nós. Por mais que Deus fale ao nosso coração e use vasos variados para demonstrar Sua vontade, sempre queremos uma resposta pessoal Dele.

1. A 1ª prova que Gideão fez com Deus.




Neste contexto Gideão resolveu conversar com Deus e disse: “Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste, eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste.” (Juízes 6:36-37). Você entendeu? É o seguinte, Gideão pediu uma prova de que Deus estava com ele e de que livraria Israel por suas mãos, então ele propôs colocar um velo de lã na eira e, pela manhã, somente o velo deveria estar molhado de orvalho e em volta a terra estaria seca.

Deus aceitou o pedido Gideão e provar que Ele estaria à frente de Israel e no dia seguinte o velo de lã estava encharcado do orvalho do céu e a terra em volta estava sequinha da Silva. Gideão não se deu por satisfeito e tornou a falar com Deus: “Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a terra haja o orvalho.” (Jz 6:39). Desta vez Gideão queria o contrário do que pediu na noite anterior, que a terra estivesse molhada e o velo seco.



Deus respondeu ao velo de Gideão, mas a Bíblia em nenhuma parte promete que Deus responderá outros "testes de velo de lã", feitos por qualquer pessoa.
Testes do velo de lã são inseguros, mas a Palavra de Deus é firme e segura! (2 Pe 1:19-21; Jo 20:29-31).

“19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. 20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1:19-21)

“29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. 30 Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. 31 Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20:29-31)

2.  A 2ª prova que Gideão fez com Deus.


(Jz 6.39) Depois de ver o milagre do velo úmido, por que pediu Gedeão outro milagre? Possivelmente pensou que o resultado da primeira prova podia ter acontecido em forma natural. Um velo grande de lã podia reter umidade muito tempo depois de que o sol tivesse secado a terra que o rodeava. O "colocar velos" é um método deficiente para tomar decisões. Aqueles que o fazem põem limitações a Deus. Pedem-lhe que encha suas expectativas. Os resultados de tais experimentos ficam pelo comum inconclusos e por onde nos fazem mais desconfiados a respeito de nossas decisões. Não permita que um "velo" se volte um substituto para a sabedoria de Deus que provém através do estudo da Bíblia e da oração.

Sem julgar Gideão, vemos que não é necessário, nem sequer útil, pedir sinais. Deus se mostrou misericordioso para com Gideão. Não reprovou Seu servo em nada e lhe permitiu ver a realização de seus rogos. No primeiro sinal, não lhe deu apenas um pouco de água no velo, mas uma medida transbordante, uma taça cheia de água. E no segundo sinal, não lhe deu apenas um pouco de água sobre a terra, mas “sobre toda a terra havia orvalho” (6.40). Essa é a soberana graça de Deus, da qual somente podemos nos maravilhar; mas, ao mesmo tempo, não ignoremos o fato de que faltou a confiança e o poder da fé a Gideão. Estejamos seguros de que Deus quer nos guiar mediante Seu Espírito ao nos dar Sua paz em nosso coração para a decisão correta. Não devemos exigir nem pedir sinais; com isso não ganhamos nada no processo de decisão. Isso vale ainda mais para nós, [cristãos], porque temos o Espírito de Deus morando em nós, diferentemente de Gideão, que era um crente do Antigo Testamento. Seria um desprezo a Deus se nos deixássemos dirigir por sinais exteriores em vez de deixar que Seu Espírito trabalhe em nós.



IV. Devemos hoje repetir o que faz Gideão?

Devemos consular a Deus sobre todas as coisas referentes à nossa vida. Mas, tem gente querendo manipular os pretensos sinais de Deus. Não adianta mesmo, porque logo a verdade ficará patente. Devemos ter alguns cuidados especiais para não sermos enganados por pessoas e até pelas nossas impressões. Entenda, pedir sinal a Deus é uma prática bíblica, mas não deve substituir o estudo ou orientações das Escrituras Sagradas.

  

“O SENHOR Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. O SENHOR Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí” (Is 50:4-5).


 Gideão queria ter a certeza de que era realmente a voz de Deus que estava ouvindo e que entendia bem as Suas instruções. Ele pediu a Deus por um sinal para provar que esta era realmente a vontade dEle. Sendo assim, ele colocou um pedaço de lã durante a noite e pediu a Deus para torná-lo molhado, ao mesmo tempo mantendo o chão ao redor seco. Deus graciosamente fez como pediu Gideão, e na manhã seguinte, a lã estava molhada o suficiente para produzir uma bacia de água quando torcida.

No entanto, a fé de Gideão era tão fraca que ele pediu a Deus por um outro sinal - desta vez para que a lã permanecesse seca e o chão ao redor, molhado. Mais uma vez, Deus atendeu, e Gideão finalmente ficou convencido de que Deus estava falando sério e que a nação de Israel teria a vitória que o anjo do Senhor havia prometido em Juízes 6:14-16. Colocar a lã foi a segunda vez que Gideão pedira por um sinal de que Deus estava realmente falando com ele e faria o que Ele disse que faria.

Há várias lições para nós na história de Gideão. 


1.  Deus é incrivelmente gentil e paciente conosco, especialmente quando a nossa fé é fraca. Gideão sabia que estava pisando em terreno perigoso e estava testando a paciência de Deus ao pedir por vários sinais. Após o primeiro sinal de lã, ele disse: "Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez" (Juízes 6:39). Mas o nosso Deus é um Deus misericordioso, amoroso e paciente e que conhece as nossas fraquezas. No entanto, a história de Gideão deve ser para a nossa instrução e não para servir como um modelo ao nosso próprio comportamento. Jesus disse em duas ocasiões que "Uma geração má e adúltera pede um sinal" (Mateus 12:39; 16:1-4). Ele tinha o objetivo de ensinar que os sinais que os tinha dado – o Seu cumprimento da profecia do Antigo Testamento, as curas e os milagres - eram suficientes para guiá-los à verdade, se a verdade fosse aquilo pelo qual estivessem procurando. Claramente, esse não era o caso.

2. Aqueles que pedem por sinais estão exibindo uma fé fraca e imatura que, no fim das contas, não vai ser convencida pelos sinais!

 Gideão já tinha recebido mais do que suficiente informação sem o sinal da lã. Deus lhe dissera que teria a vitória (v. 14), e Ele já tinha respondido a um pedido anterior por um sinal com uma exposição miraculosa de poder no fogo (v. 16). Ainda assim, Gideão pediu por mais dois sinais por causa da sua própria insegurança. Da mesma forma, mesmo quando Deus provê o sinal pelo qual pedimos, isso não nos dá o que desejamos porque a nossa fé vacilante ainda duvida. Isso muitas vezes nos leva a pedir por vários sinais, nenhum dos quais nos dá a certeza de que precisamos, porque o problema não é com o poder de Deus, mas com a nossa própria percepção.

Um problema em seguir o exemplo de Gideão é que não leva em conta que a nossa situação e a dele realmente não são muito comparáveis. Como cristãos, temos duas ferramentas poderosas que Gideão não tinha. Em primeiro lugar, temos a completa Palavra de Deus que sabemos que é "inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3 :16-17). Deus deu-nos a certeza de que a Sua Palavra é tudo de que precisamos para sermos "completamente habilitados" para tudo e qualquer coisa na vida. Nós não precisamos de prova experimental (sinais, vozes, milagres) para verificar o que Ele já nos disse em Sua Palavra. A nossa segunda vantagem é que cada cristão tem o Espírito Santo, o qual é o próprio Deus, vivendo em seu coração para orientar, dirigir e incentivar. Antes de Pentecostes, os crentes tinham apenas o Antigo Testamento e só foram dirigidos externamente pela mão providencial de Deus. Agora temos a Sua Bíblia completa e a Sua presença habitando em nossos corações.

3. Ao invés de procurar por sinais através de lã, devemos nos contentar em conhecer a vontade de Deus para nós em cada situação a cada dia.

 "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo" (Cl 3:16), "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5:16-18), "E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Cl 3:17). Se estas coisas caracterizarem as nossas vidas, as decisões que tomamos serão de acordo com a vontade de Deus, Ele nos abençoará imensamente com a Sua paz e segurança, e não será preciso colocar a lã ou pedir por sinais.



V. Como Jesus via o " colocar Deus à prova".

Jesus disse: "Não ponha à prova o Senhor teu Deus" - Lc 4:12

Você já colocou Deus à prova? Lucas diz: “O diabo o levou a Jerusalém, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui. Pois está escrito: 'Deus dará ordens a seus anjos para lhe guardarem; com as mãos eles os segurarão, para que você não tropece em alguma pedra'. Jesus disse: Não ponha à prova o Senhor teu Deus”.

Jesus foi tentado a colocar as promessas de Deus à prova. Afinal, o próprio diabo usou umas das promessas de Deus do Salmos 91:11 e 12: "Ele dará ordens aos seus anjos a seu respeito, para te proteger", e "Em suas mãos eles te levarão, para que você não tropeces em alguma pedra".

Acredito que uma das maneiras de colocar Deus à prova é através da oração. Jesus disse, em Mateus 21:22 "Tudo o que pedirdes na oração com fé, você receberá". Muitas vezes pedimos algo em oração, e quando não recebemos a resposta que queríamos, ficamos decepcionados com Deus, criamos uma certa expectativa quanto a resposta que esperamos. Deus responde nossas orações, mas às vezes não obtemos a resposta exatamente como nós queremos. Não devemos usar as promessas de Deus “contra” ele e a nosso favor. Estas promessas servem para que a nossa fé esteja plenamente na confiança que Deus fará o melhor para nós. Precisamos acreditar que ele tem o melhor, e que muitas vezes, esse melhor não é a nossa vontade, mas a vontade de dele para nós.

Jesus disse: Não ponha à prova o Senhor teu Deus.


Para concluir veja Três dicas de como devemos agir:



1. A Palavra de Deus é suficiente para nos orientar sobre o caminho que devemos trilhar. Ela é o mapa que nos conduzirá ao nosso salvador Jesus Cristo. Não podemos ignorar a Bíblia e ficarmos pedindo sinais sendo que, para o assunto em questão, já temos as respostas reveladas. Então consulte sempre a Deus, a cada dia, pela Bíblia.

2. Quando você não conseguir encontrar a orientação necessária para o seu problema, não desista, continue rogando a Deus e clamando pelo Seu conselho. Deus fala também por meio de uma música, pregação, livros, amigos piedosos e de muitas outras maneiras.

3. Faça uso do jejum. É uma ferramenta poderosa para limpar a mente e permitir que o Espírito Santo fale de forma mais clara ao seu coração.

Em breve estaremos de volta com a sesta parte com o tema: " Gideão pede provas e Deus confirma". Até breve na Paz do Senhor Jesus! 

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