terça-feira, 6 de julho de 2021

Série: As guerras na Bíblia e a batalha espiritual (P.7) As guerras representativas dos reis de Israel

 


Por: Jânio Santos de Oliveira

     Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em cristo Jesus, a PAZ DO SENHOR!



O COLO DO PAI: Meditação/Nadia Malta/AQUIETEMO-NOS: O SENHOR ...
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra nos textos de 2 Crônicas 20.1-27 que nos diz: 





1 E sucedeu que, depois disto, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles outros dos amonitas, vieram à peleja contra Jeosafá.
2 Então vieram alguns que avisaram a Jeosafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.
3 Então Jeosafá temeu, e pôs-se a buscar o Senhor, e apregoou jejum em todo o Judá.
4 E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao Senhor; também de todas as cidades de Judá vieram para buscar ao Senhor.
5 E pôs-se Jeosafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do Senhor, diante do pátio novo.
6 E disse: Ah! Senhor Deus de nossos pais, porventura não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força e potência, e não há quem te possa resistir.
7 Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo?
8 E habitaram nela e edificaram-te nela um santuário ao teu nome, dizendo:
9 Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.
10 Agora, pois, eis que os filhos de Amom, e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste passar a Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram,
11 Eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da tua herança, que nos fizeste herdar.
12 Ah! nosso Deus, porventura não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.
13 E todo o Judá estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos.
14 Então veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe,
15 E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá; assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus.
16 Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel.
17 Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.
18 Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o.
19 E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas, e dos filhos dos coratitas, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, com voz muito alta.
20 E pela manhã cedo se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, ao saírem, Jeosafá pôs-se em pé, e disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis;
21 E aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem à Majestade santa, saindo diante dos armados, e dizendo: Louvai ao Senhor porque a sua benignidade dura para sempre.
22 E, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados.
23 Porque os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores das montanhas de Seir, para os destruir e exterminar; e, acabando eles com os moradores de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se.
24 Nisso chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou.
25 E vieram Jeosafá e o seu povo para saquear os seus despojos, e acharam entre eles riquezas e cadáveres em abundância, assim como objetos preciosos; e tomaram para si tanto, que não podiam levar; e três dias saquearam o despojo, porque era muito.
26 E ao quarto dia se ajuntaram no vale de Beraca; pois ali louvaram ao Senhor. Por isso chamaram aquele lugar o vale de Beraca, até ao dia de hoje.


27 Então voltaram todos os homens de Judá e de Jerusalém, e Jeosafá à frente deles, e tornaram a Jerusalém com alegria; porque o Senhor os alegrara sobre os seus inimigos.






Série de conferências  "As guerras na Bíblia e a batalha espiritual"
Introdução

I. A origem da batalha se dá no reino angelical

1. Quem é o Diabo?
2. A origem do diabo
3. A origem do mal no mundo

II. O início da batalha entre as duas sementes

1. A queda do homem
2. A tentação
3. O pecado
4. A consequência
5.Onde o Diabo está?
6. O que o Diabo sabe?
7. O que o Diabo pode fazer?
8. O Diabo e os demônios
9. O que o Diabo quer?
10. A verdade e a mentira
11.  Como vencer o inimigo dentro de nós
12. Quem deva dominar a nossa mente?

III. As guerras representativas nos dias de Moisés

1.Israel x Amaleque
2. Israel x Balaque rei dos moabitas
3. Deus ordena a destruição de todos os moradores de Canaã

IV. As guerras representativas nos dias de Josué

1. Conhecendo melhor os cananeus e os seus costumes
2. Conhecendo um pouco da vida do comandante Josué
3. A destruição de Jericó
4. A vitória dos Judeus dependia da sua obediência a Deus
5.Josué socorre a Gibeão e derrota diversas Nações pelo Senhor
6. Deus ajuda a Josué a destruir uma confederação de reis
7. O que A vida de Josué nos ensina 

V. As guerras representativas nos dias dos Juízes

1.As conquistas e as negligências dos Judeus, e o cativeiro.
 2.  A negligência de Israel e o livramento de Deus por meio de Otniel
3. A Opressão de Cusã-Risataim e a Libertação Efetuada por Otniel.
4. A Opressão de Eglom e a Libertação Efetuada por Eúde. 3:12-30.
5. Deus usa a profetisa Débora como Juíza  para dar livramento a Israel diante  do rei de Hazor
6. Deus derrota os midianitas por meio de Gideão
7. Deus dá livramento a Israel através de Jefté

VI. As guerras representativas nos dias de Samuel

1.  A batalha dos deuses: Deus x Dagom
2. Davi vence Golias, numa batalha representativa

VII. As guerras representativas dos reis de Israel

1. Deus concedeu vitória ao rei Asa
2. Deus concedeu vitória ao rei Josafá
3.Deus concedeu vitória ao rei Amazias
4. Deus concedeu uma grande vitória ao rei Ezequias

VIII. Como vencer a batalha espiritual

1. O que Bíblia diz sobre a Batalha Espiritual !
2. A batalha espiritual na Bíblia
3. O papel do crente na batalha espiritual





Neste sétimo seguimento falaremos sobre :

 As guerras representativas dos reis de Israel

BLOG DE SANDOVAL "O PROTESTANTE": É PRECISO ESTAR NA BATALHA



1. Deus concedeu vitória ao rei Asa

Asa (911-870 a C) clamou a Deus por ajuda na guerra (14:11-12), como seu pai, Abias, havia feito (13:14-15) e foi vitorioso. Mas depois (16:1-14) ele contou com a ajuda de Arão (ou Síria), não de Deus (16:7). Maressa (14:10), situada a meio caminho entre Jerusalém e Gaza, era uma das fortalezas de Roboão (11:8). Gerar (14:13) estava situado a cerca de 14 quilômetros a nordeste de Gaza.


Quando Abias morre, seu filho Asa assume o reino de Judá. Asa mantém Judá no caminho certo. Ele se livra de todas as referências a deuses estrangeiros e encoraja as pessoas a seguirem a lei de Deus. Ele também constrói as defesas e o exército de Judá em várias cidades. Mesmo que não haja guerras por 10 anos, esta é uma jogada inteligente, porque eventualmente os etíopes atacam Judá. Zerah, o etíope, chega a eles com um milhão de soldados. Judá tem cerca de 300.000. Totalmente em desvantagem numérica, Asa lidera o exército na batalha e faz praticamente a única coisa que ele pode fazer naquele momento - ele ora. Deus ajuda os fortes e os fracos. O Todo-Poderoso ouve os gritos de pânico do rei e responde com uma vitória arrebatadora. Eles não apenas expulsam o exército de um milhão de homens, mas Judá consegue matar até o último. Os guerreiros em Judá são capazes de obter todos os tipos de saques dos etíopes, por isso é uma grande vitória para eles.



Os dois estados do rei asa

2 Crônicas 14

1 E Abias dormiu com seus pais, e o sepultaram na cidade de Davi, e Asa, seu filho, reinou em seu lugar; nos seus dias esteve a terra em paz dez anos.
2 E Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor seu Deus.

Durante os reinados de Roboão (cap. 12) e Abias (cap. 13; 1 Rs 15.1-8), decresceu em Israel a verdadeira adoração a Deus, enquanto que a idolatria aumentou. Surgiram vários locais de culto idólatra (1 Rs 14.21-24; 15.3). Ao assumir o reino, Asa iniciou a tarefa de expurgar a idolatria e de conclamar Judá a buscar a Deus e a obedecer aos seus mandamentos (vv. 3-5).
3 Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos; e quebrou as imagens, e cortou os bosques.
4 E mandou a Judá que buscasse ao Senhor Deus de seus pais, e que observasse a lei e o mandamento.


Parte essencial de qualquer renovação espiritual ou avivamento entre o povo de Deus é a busca da face do Senhor ( 7.14 ). O escritor de Crônicas emprega o verbo "buscar [ao SENHOR]" oito vezes nos caps. 14-16 (14.4,7; 15.2,4,12,13,15; 16.12) e trinta vezes ao todo nos dois livros de Crônicas. Significa desejar e buscar com fervor a presença do Senhor, sua comunhão, seu reino e sua santidade (1 Cr 16.11). Buscar ao Senhor inclui:

1. voltar-se de todo o coração para Deus, em oração fervorosa (Is 55.6; Jr 29.12,13);

2. ter fome e sede de justiça e da presença do Senhor (15.2; Sl 24.3-6; Is 51.1;  Mt 5.8; Jo 4.14; Mt 5.6);

3. dedicar-se resolutamente a fazer a vontade de Deus e abandonar a prática de tudo que possa ser ofensivo a Deus (vv. 2-7; 7.14) e

4. crer em Deus e depender dEle como nosso verdadeiro socorro (Hb 13.6), na certeza de que Ele é "galardoador dos que o buscam" (Hb 11.6; 2 Cr 14.11 )


5 Também tirou de todas as cidades de Judá os altos e as imagens; e sob ele o reino esteve em paz.
6 E edificou cidades fortificadas em Judá; porque a terra estava quieta, e não havia guerra contra ele naqueles anos; porquanto o Senhor lhe dera repouso.
7 Disse, pois, a Judá: Edifiquemos estas cidades, e cerquemo-las de muros e torres, portas e ferrolhos, enquanto a terra ainda é nossa, pois buscamos ao Senhor nosso Deus; buscamo-lo, e deu-nos repouso de todos os lados. Edificaram, pois, e prosperaram.
8 Tinha Asa um exército de trezentos mil de Judá, que traziam pavês e lança; e duzentos e oitenta mil de Benjamim, que traziam escudo e atiravam com arco; todos estes eram homens valentes.
9 E Zerá, o etíope, saiu contra eles, com um exército de um milhão e com trezentos carros, e chegou até Maressa.
10 Então Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale de Zefatá, junto a Maressa.
11 E Asa clamou ao Senhor seu Deus, e disse: Senhor, nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força; ajuda-nos, pois, Senhor nosso Deus, porque em ti confiamos, e no teu nome viemos contra esta multidão. Senhor, tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem.
12 E o Senhor feriu os etíopes diante de Asa e diante de Judá; e os etíopes fugiram.
13 E Asa, e o povo que estava com ele os perseguiram até Gerar, e caíram tantos dos etíopes, que já não havia neles resistência alguma; porque foram destruídos diante do Senhor, e diante do seu exército; e levaram dali mui grande despojo.
14 E feriram todas as cidades nos arredores de Gerar, porque o terror do Senhor veio sobre elas; e saquearam todas as cidades, porque havia nelas muita presa.
15 Também feriram as malhadas do gado; e levaram ovelhas em abundância, e camelos, e voltaram para Jerusalém.



Asa, filho de Abijão (Abias), tornou-se Rei de Judá no 20.º ano de Jeroboão I. Reinou por 41 anos. Asa foi o terceiro Rei de Judá após a divisão das tribos de Israel; Asa governou durante os períodos de 910-869, dando início a uma grande reforma em Judá. Ele era muito jovem quando seu pai morreu, isto explica o porquê de sua mãe Maaca continuar agindo como rainha mãe durante 5 anos do seu reinado. Na descrição de sua vida e reforma, o Cronista diz, “... O coração de Asa foi perfeito todos os seus dias” (2Cr 15.17). No Livro dos Reis lemos: “o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do Senhor” (1Rs 15.14).

A palavra “perfeito” (shalem) significa integridade, algo completo, justo (Dt 25.15; 1Rs 8.61;1Cr 28.9; Pv 11.1). A palavra é empregada para se referir à pedra bruta, tosca (Dt 27.6; Js 8.31), apresentando a idéia de integralidade, não artificialidade; Asa tinha de fato um coração perfeito...

Porem, Asa tinha seus pecados como qualquer outro líder antes ou depois dele. Durante os dez primeiros anos do seu reinado Asa foi irrepreensível em sua conduta, mas depois de ser confrontado por Baasa, rei de Israel, Asa resolveu estabelecer alianças abomináveis a Deus com nações estrangeiras. Asa fez acordo com Ben-Hadade I, rei de Damasco, e entregou a ele todos os tesouros do templo e da casa real. Após subornar o rei sírio, Asa pensou que os anos de hostilidade entre ele e o rei do Norte, Baasa, desapareceriam e seus projetos de edificar Mispa e Geba (fortalezas militares) seriam concretizados com a bênção de Deus: ledo engano!

Ø      Seu erro foi não ter confiado em Deus para que seus projetos, de fato, fossem levados a bom termo; não aceitou a repreensão de Deus por meio do profeta Hanani (Deus confrontou o mal intento de Asa, II Cro 16:7-10);

Ø      Passou a perseguir, oprimir e prender todos aqueles que iam contra seus intentos e ainda lançou na prisão o profeta Hanani, descarregando sobre ele sua ira.
Ø      Seu maior fracasso foi não ter aceitado com humildade a correção de Deus. Asa poderia ter sido honrando pelo Senhor durante todos os dias da sua vida, mas sua obstinação em continuar no erro o levou ao leito, onde foi afligido por uma enfermidade nos pés, provavelmente uma hidropisia.

Nos últimos três anos de sua vida, Asa foi disciplinado por Deus. Todavia, não buscou a ajuda do Senhor, antes preferiu depender inteiramente dos médicos. E mesmo procurar os médicos foi uma atitude de afronta a Deus, já que a palavra hebraica para médicos é “curandeiros”. Assim, ao invés de procurar o Médico dos médicos, Asa limitou-se a ajuda dos homens. E embora tenha sido grandemente estimado pelo povo de Judá e pelo Senhor, Asa teve que aprender que a recusa de reconhecer os seus erros e pecados tornaram-se um grande empecilho para a saúde espiritual do seu povo e do seu reino.


  •  No início do seu reinado Rei Asa foi fiel a Deus: (14.2)

Rei Asa | Homens ao Máximo

Por muitos anos "Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor seu Deus. Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos, e quebrou as estátuas, e cortou os bosques. E mandou a Judá que buscassem ao Senhor Deus de seus pais, e que observassem a lei e o mandamento. Também tirou de todas as cidades de Judá os altos e as imagens do Sol; e o reino esteve quieto diante dele". Versículos 2-5.

    A Fé deve ser correta: O agir correto de Asa partia de uma compreensão correta a respeito de Deus (2Cr 14.11). Os nossos atos devem ser resultantes de uma compreensão adequada da realidade... Uma má teologia é sempre geradora de uma ética errada e de uma fé supérflua... Asa sabia quem era o seu Deus, daí a sua reforma: Aboliu os altares (3,5). Conduziu seu povo à fidelidade religiosa e moral (4) (15.12-15). Buscou o Senhor (7)



  •  Deus lhe concedeu muitas oportunidades: (14.6-8). 


               Para alguns, o rei poderia parecer que estava com mania de guerra; o reino estava em paz, mas ele não esquecia a guerra... Na realidade Asa tinha o senso de oportunidade... Ele sabia discernir o tempo.


Ø      No período de paz é que devemos nos preparar para a guerra, para que não sejamos tomados de surpresa e destruídos... Asa compreendeu bem isso e edificou as cidades, construiu muros, torres, fortaleceu as portas, equipou o seu seleto exército...
Ø      O texto diz que edificaram e prosperaram (14.8).
Ø      É necessário que nós também tenhamos o legítimo senso de oportunidade, aproveitando as circunstâncias que Deus nos dá para o nosso fortalecimento espiritual... Muitas vezes só lembramos de Deus durante as guerras espirituais e não nos momentos de paz. Precisamos cultivar uma reserva espiritual para as grandes batalhas... Isso só é possível se mantivermos diariamente um contato constante com o nosso Pai...
Ø      Hoje é sempre o momento oportuno para buscarmos a Deus: Israel havia se esquecido de Deus durante muito tempo... (15.1-4).
Ø      A Palavra de Deus nunca nos faz desafios para amanhã; ela sempre nos fala do hoje; de começarmos hoje, agora... “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações como foi na provocação” (Hb 3.15).
Ø      Asa, ao mesmo tempo que usava de todos os recursos fornecidos por Deus, confiava intensamente em Deus. Sabia que a vitória estava em Deus. Diz o texto: “Zerá, o etíope, saiu contra eles, com um exército de um milhão de homens e trezentos carros, e chegou até Maressa. Então, Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale de Zefatá, perto de Maressa. Versículo 11, diz: Clamou Asa ao SENHOR, seu Deus, e disse: SENHOR, além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois, SENHOR, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra esta multidão. SENHOR, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem” (2Cr 14.9-11).



A prosperidade do Rei Asa se deu por vivenciar a Palavra de Deus: (15.8)

               Conforme a palavra de estímulo do Senhor, Asa cobrou ânimo e continuou a sua reforma...

O testemunho de Asa e as bênçãos de Deus eram tão evidentes que pessoas de outras tribos de Israel buscaram abrigo em Judá (2Cr 15.9).
Nesta condição depôs a sua mãe, Maaca, da dignidade de “rainha-mãe”, visto que ela era idólatra, tendo confeccionado uma imagem em homenagem ao poste-ídolo Aserá   (15.16)(1Rs 15.13).
Diante da clareza da Palavra de Deus, todas as nossas relações de fidelidade tornam-se secundárias, mesmo as mais caras...
O alimentar-se da Palavra, refletiu-se em sua atitude, bem como na de todo o povo: “Entraram em aliança de buscarem o Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração, e de toda a alma” (2Cr 15.12).
Devemos estar atentos à Palavra de Deus. Paulo escreve aos tessalonicenses: “Não apagueis o Espírito, não desprezeis profecias” (1Ts 5.19-20).  Devemos estar sinceramente atentos ao que o Espírito diz à Igreja através da Palavra, a fim de praticar os Seus ensinamentos. E isto é válido tanto para quem ouve como para quem prega...
As reformas de Asa foram modeladas pela Palavra; do mesmo modo devemos pautar a nossa vida pela Palavra de Deus...
Devemos nos alimentar da Palavra: “Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação todo dia” (Sl 119.97).


 Porém, nos últimos dias passou a viver em crises:

Ao longo do relato do fiel serviço de Asa, vemos que não existe perfeição absoluta nesta existência, pois seu testemunho foi mareado por alguns erros, cometido nas vezes em que ele deixou de pôr sua confiança inteiramente em Deus.

Quando, certa ocasião, o rei de Israel entrou no reino de Judá e capturou Ramá, uma cidade fortificada distante apenas uns oito quilômetros de Jerusalém, Asa procurou livramento fazendo uma aliança com Ben-Hadade, rei da Síria.

Esta falha em não confiar somente em Deus nos tempos de necessidade foi severamente reprovada por Hanani, o profeta, que apareceu perante Asa com a mensagem: "Porquanto confiaste no rei da Síria, e não confiaste no Senhor teu Deus, portanto o exército do rei da Síria escapou da tua mão. Porventura não foram os etíopes e os líbios um grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros? Confiando tu, porém, no Senhor, Ele os entregou nas tuas mãos. Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a Terra, para mostrar-Se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele; nisto, pois, procedeste loucamente, porque desde agora haverá guerras contra ti." 2 Cr 16:7-9.

Ø      Em lugar de humilhar-se perante Deus por causa de seu erro, "Asa se indignou contra o vidente, e lançou-o na casa do tronco, porque disto grandemente se alterou contra ele; também Asa no mesmo tempo oprimiu a alguns do povo". 2 Cr 16:10.
Ø      "E caiu Asa doente de seus pés no ano trinta e nove do seu reinado; grande por extremo era a sua enfermidade, e, contudo na sua enfermidade não buscou ao Senhor, mas antes aos médicos." 2 Cr 16:12. O rei morreu no quadragésimo primeiro ano do seu reinado, e foi sucedido por seu filho Josafá.
Ø      Dois anos antes da morte de Asa, Acabe começou a reinar em Israel. Seu reinado foi marcado desde o início por uma estranha e terrível apostasia. Seu pai, Onri, o fundador de Samaria, tinha feito "o que parecia mal aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele" (I Rs 16:25); mas os pecados de Acabe foram ainda maiores. Ele "fez muito mais para irritar o Senhor Deus de Israel do que todos os reis de Israel que foram antes dele", agindo "como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate". I Rs 16:33 e 31. Não contente com encorajar as formas de adoração seguidas em Betel e Dã, ousadamente levou o povo a grosseiro paganismo, substituindo o culto a Yahweh pelo de Baal.




 O perigo do perfeccionismo: Há segundo se diz exemplos de santos que levaram vida perfeita, como Noé, Jó e Asa, Gn 6.9; Jó 1.1; 1 Rs 15.14. Mas seguramente, exemplos que tais não provam ser valido o perfeccionismo cristão, pela simples razão de que eles não são exemplos de perfeição sem pecado. Mesmo os santos mais notáveis da Bíblia são retratados como homens que tiveram seus deslizes e pecaram, nalguns casos, gravemente. Isto vale para Noé, Moisés, Jó, Abraão e todos os demais. É certo que isto não prova que as sua vidas continuaram sendo pecaminosas enquanto viveram na terra, mas é notável o fato de que não nos é apresentado um único personagem sem pecado. A interrogação de Salomão ainda é pertinente: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” – Pv 20.9. Ademais, diz João: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”, 1 Jo 1.8.
Ø      Por mais distantes que estejamos de Deus, se nós O buscarmos de todo o coração Ele Se deixará encontrar: “Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei. Mas quando na sua angústia eles voltaram ao Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, foi por eles achado” (2Cr 15.3-4).
Ø      Devemos aproveitar as oportunidades que Deus nos concede para nos firmar ainda mais na Sua Palavra, nos preparando para os grandes combates da fé.
Ø      O reinado de Asa, que durou quarenta e um anos, foi um contraste marcante com os dois reinados anteriores tanto em pureza como no vigor. Durante vários anos, ele usufruiu de profunda paz, a qual ele acentuou eliminando os altares e as imagens pagãs e reorganizando a adoração ao Senhor Deus de Israel.
Ø      A nossa fé se reflete em atos: o nosso agir está diretamente ligado à nossa compreensão de Deus.
Ø       A invasão de Zerá, o etíope: A paz no reinado de Asa foi interrompida por uma invasão de um milhão de etíopes chefiados por Zerá. Asa entrou em combate com uma fervorosa oração a Deus, e venceu de maneira tão decisiva que Judá não sofreu outra invasão daquela parte por trezentos anos. Asa comemorou a vitória numa grande assembléia, na qual a aliança nacional foi renovada e a obra da reforma foi ainda mais promovida.
Ø      Quais atenções temos dado à Palavra de Deus? De Deus não se zomba. A Sua mensagem nos torna responsáveis diante Dele. O rei Asa “fez o que era reto diante do Senhor” (1 Rs15:11), Asa entendia muito bem a proibição de Deus contra a idolatria e não  procrastinou em obedecer ao Senhor, não se furtou da sua integridade quando retirou da própria mãe, Maaca, a dignidade de rainha-mãe, quando viu que ela venerava uma imagem de escultura. Logo depois de apear sua progenitora, “Asa destruiu essa imagem e a queimou no vale de Cedron” (1Rs15:13). A idolatria é um dos pecados que a Bíblia indica ser especialmente repugnante ao Senhor. É designada pelo termo hebraico to‘evah, que significa “coisa abominável, detestável, ofensiva”. Algumas passagens bíblicas deixam reconhecer muito bem essa repugnância: “A madeira cortada da floresta, trabalhada pelo cinzel do artista, ornamentada com ouro e prata, é fixada com pregos e martelo para não vacilar. Esses ídolos são como um espantalho num campo de pepinos; não falam, e é necessário carregá-los, pois não andam. Todo ourives é envergonhado pela imagem que esculpiu: suas estátuas são mentiras, não há espírito nelas; são absurdidades, produtos ridículos: perecerão na hora do ajuste de contas” (Jr 10:3-5,14,15). Cada uma dessas estátuas idolatradas clama a maldição que recai sobre os escultores e, não por último, sobre os incentivadores de tão grande abominação: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice” (Dt 27:15). Todos eles “trocaram a glória do Deus incorruptível por figuras representativas do homem corruptível” (Rm 1:23).

Ø      O nosso serviço a Deus deve ser feito sempre com integridade, da melhor forma possível... Deus deseja a nossa inteireza, daí Ele rogar:  "Dá-me filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos” (Pv 23.26).

2. Deus concedeu vitória ao rei Josafá

LIÇÃO 10 ADORANDO A DEUS EM MEIO A CALAMIDADE - ppt carregar


Josafá foi um rei de Judá que sucedeu seu pai, Asa. O reinado de Josafá está registrado nos livros de 1 Reis (22:42-50) e 2 Crônicas (17-21). Antes de falarmos sobre quem foi Josafá, precisamos saber que existem outros homens com esse nome além do rei Josafá.




Apesar de ter um relato oficial de seu reinado no livro de 2 Reis (22:41-50) é no livro de 2 Crônicas (17-21) que estão os registros mais detalhados sobre sua história. No livro dos Reis , Josafá também é citado outras vezes, porém nessas ocasiões o foco da narrativa é o reino do norte, e não o seu reinado.

Quando tinha 35 anos, Josafá se tornou co-regente com seu pai, Asa, até o ano de 870. O rei Josafá reinou por 25 anos. No começo de seu reinado, ele se concentrou nas questões referentes à segurança de seu reino contra possíveis ataques externos, principalmente em relação ao reino do norte (Israel).

Ele tratou de fortalecer as defesas ao longo da fronteira norte, designando soldados que ficavam de forma permanente nas aldeias próximas a fronteira com Israel. Os filisteus e os árabes lhe pagaram tributo durante seu reinado.

Aproximadamente no terceiro ano de reinado, Josafá tomou algumas medidas com o intuito de melhorar a situação religiosa do reino. Além de instruir o seu povo, ele enviou levitas com os livros da Lei para ensinar nas cidades de Judá (2Cr 17:7-9).

Entretanto, mais tarde Josafá foi persuadido por Acabe e se propôs a solucionar o problema de inimizade com Israel, um conflito que já perdurava desde seus antecessores. Essa aproximação com Israel ocorreu através de uma aliança de casamento com a casa de Onri (1Rs 22:44).

Na verdade, esse acordo de paz era muito mais vantajoso para Israel do que para Judá, pois ao invés de possuir um inimigo em sua fronteira sul, teria um aliado que, talvez, poderia ser útil frente às constantes ameaças que sofriam por parte da Síria.

O casamento ocorreu entre o filho do rei Josafá, Jorão, com a filha do rei Acabe e Jezabel, Atalia. Esse casamento trouxe terríveis consequências para Judá, como a abertura posterior à adoração a Baal e os graves conflitos que levaram a descendência de Davi à beira da extinção.

Muitos comentaristas entendem que Judá se tornou praticamente subordinado a Israel após a aliança que firmaram. Esse entendimento deriva do comportamento aparentemente inferior do rei Josafá em relação a Acabe na batalha contra Ramote-Gileade (1Rs 22:4,30). Muitos também consideram o papel desempenhado por Jeorão na campanha contra Moabe, como mais uma prova de que Judá dependia de Israel.

Apesar disso, a verdade é que não há qualquer evidência realmente clara de que Judá se subordinava a Israel, ou seja, não existem provas satisfatórias para tirarmos tal conclusão.

Por sua associação com Acabe, Josafá foi duramente repreendido pelo Profeta Jeú (2Cr 19:1,2). Depois, Josafá mais uma vez encorajou o povo a adorar ao Senhor (1Cr 19:4).

Com o fortalecimento das fronteiras de Judá, e com o controle sobre Edom durante seu reinado (2Cr 17:1-2; 1Rs 22:47), o rei Josafá detinha o comando das rotas de caravanas da Arábia (2Cr 17:5; 18:1), o que lhe rendia boas riquezas.

Aliado a Acazias, rei de Israel, Josafá tentou construir um frota de navios de Tarsis para Ofir por causa do ouro, mas os navios acabaram destruídos em Eziom-Gebe e o acordo comercial fracassou. Por conta desse tratado, Josafá novamente foi repreendido através da profecia de Eliézer (2Cr 20:37).

Em Judá, o rei Josafá foi um grande administrador, conhecido como um homem de eminente piedade. Ele reorganizou o poder judiciário, designando juízes para todas as cidades importantes de Judá, e estabeleceu uma importante corte de apelações especiais em Jerusalém, composta por levitas, sacerdotes e anciãos, sob a liderança do sumo sacerdote (2Cr 19:5-11).

A vitória do rei Josafá sobre Moabe e Amom
Já próximo do fim de seu reinado, os moabitas, os amonitas e os edomitas, se uniram com o objetivo de invadir Judá, cruzando o que é hoje a região do mar morto. Nesse momento, a Bíblia relata que o rei Josafá sentiu medo e buscou ao Senhor (2Cr 20:3).

O rei Josafá proclamou um jejum no reino de Judá, e todo o povo se comprometeu em buscar o auxílio do Senhor. Josafá então reuniu a todos, homens, mulheres e crianças (até as de colo), e, em frente ao pátio novo, no Templo do Senhor, ele orou a Deus (2Cr 20:6-12).

A resposta do Senhor veio por meio de Jaaziel, filho de Zacarias, neto de Benaia, bisneto de Jeiel e trineto de Matanias, levita e descendente de Asafe (2Cr 20:14). Deus disse a Josafá e ao povo que eles deveriam se acalmar, e apenas contemplar a salvação do Senhor a favor deles, pois Deus é quem iria pelejar aquela batalha (2Cr 20:15-17).

O rei Josafá fez conforme o Senhor lhe havia ordenado. Josafá nomeou alguns homens para cantar cânticos de louvor ao Senhor à frente do exército. Enquanto cantavam, o Senhor preparou emboscadas contra os inimigos de Judá, de modo que destruíram-se uns aos outros (2Cr 20:20-30).

Quando as outras nações souberam o que o Senhor fez em favor de Seu povo, temeram profundamente. Então, o reino de Josafá se manteve em paz, pois Deus lhe concedeu paz em todas as fronteiras de Judá (2Cr 20:29).

O reino de Josafá pode ser considerado como tendo sido um período de prosperidade em Judá. A Bíblia nos diz que “ele andou nos caminhos de Asa, seu pai, e não se desviou deles; fez o que o Senhor aprova” (2Cr 20:32).

Entretanto, o rei Josafá não conseguiu acabar com os altares idólatras, e durante seu reinado o povo ainda não havia firmado o coração em fidelidade a Deus (2Cr 20:33).


Nos últimos cinco anos de seu reinado, o rei Josafá teve seu filho, Jeorão, como co-regente (2Rs 8:16). Josafá morreu com a idade de sessenta anos, e foi sepultado na cidade de Davi (1Rs 22:50).


ESTA BATALHA NÃO É TUA! | ESTA PELEJA É DO SENHOR! | Palavra de ...




2 Crônicas 20

1 E sucedeu que, depois disto, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles outros dos amonitas, vieram à peleja contra Jeosafá.
2 Então vieram alguns que avisaram a Jeosafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.
3 Então Jeosafá temeu, e pôs-se a buscar o Senhor, e apregoou jejum em todo o Judá.
4 E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao Senhor; também de todas as cidades de Judá vieram para buscar ao Senhor.
5 E pôs-se Jeosafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do Senhor, diante do pátio novo.
6 E disse: Ah! Senhor Deus de nossos pais, porventura não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força e potência, e não há quem te possa resistir.
7 Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo?
8 E habitaram nela e edificaram-te nela um santuário ao teu nome, dizendo:
9 Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.
10 Agora, pois, eis que os filhos de Amom, e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste passar a Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram,
11 Eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da tua herança, que nos fizeste herdar.
12 Ah! nosso Deus, porventura não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.
13 E todo o Judá estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos.
14 Então veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe,
15 E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá; assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus.
16 Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel.
17 Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.
18 Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o.
19 E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas, e dos filhos dos coratitas, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, com voz muito alta.
20 E pela manhã cedo se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, ao saírem, Jeosafá pôs-se em pé, e disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis;
21 E aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem à Majestade santa, saindo diante dos armados, e dizendo: Louvai ao Senhor porque a sua benignidade dura para sempre.
22 E, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados.
23 Porque os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores das montanhas de Seir, para os destruir e exterminar; e, acabando eles com os moradores de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se.
24 Nisso chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou.
25 E vieram Jeosafá e o seu povo para saquear os seus despojos, e acharam entre eles riquezas e cadáveres em abundância, assim como objetos preciosos; e tomaram para si tanto, que não podiam levar; e três dias saquearam o despojo, porque era muito.
26 E ao quarto dia se ajuntaram no vale de Beraca; pois ali louvaram ao Senhor. Por isso chamaram aquele lugar o vale de Beraca, até ao dia de hoje.
27 Então voltaram todos os homens de Judá e de Jerusalém, e Jeosafá à frente deles, e tornaram a Jerusalém com alegria; porque o Senhor os alegrara sobre os seus inimigos.


O Deus da guerra



Nenhum indivíduo está isento de contrair inimizades, principalmente quando há conflitos envolvendo lideranças.

Jeosafá foi surpreendido no momento inesperado, e pelo que nos mostra o texto ele estava despreparado para o confronto militar, pois o seu contingente era muito menor do que o dos inimigos (2 Cr 20.1,2) foi isso que levou Jeosafá a temer (2 Cr 20.3).

Vejamos a reação de Jeosafá, a atitude, oração e vitória que ocorreu quando:.

 Josafá temeu, buscou ao Senhor por meio de jejum e oração, pedindo-Lhe socorro.
 Há oração e jejum, o Espírito do Senhor começa a agir no meio da congregação.
 O Senhor escolheu para usar um levita, um dos cantores do Templo: Jaaziel, cujo nome significa Deus vigia sobre mim. Este levita, inspirado pelo Espírito Santo, profetizou palavras de consolação divina, demonstrando o poder da verdadeira profecia.
 Primeiramente, Deus tirou o temor do coração de Josafá, mostrando-lhe que a peleja é d`Ele ( Cr 20:3, 15).
 Depois, o Senhor começou a traçar as estratégias, demonstrando a Sua onisciência, onipresença e onipotência, porquanto:
 (A) - Sabia onde o inimigo se encontrava;
 (B) - O que estava fazendo;
 (C) - Haveria vitória sem haver luta corporal;
 (D) - O Senhor era com eles (2 Cr 20.16-17)
 (1) - Josafá reverenciou Deus, confiou no Seu poder e agradeceu, antecipadamente, pela vitória prometida ( 2 Cr 20:18);
 (2) - Josafá não levou armas carnais; só espirituais: a fé e o louvor ( Cr 20:19);
 (3) - Josafá exortou o povo a crer em Deus para alcançar segurança, e confiar nos profetas do Senhor, para que prosperidade fosse alcançada ( Cr 20:20);
 (4) - O poder da verdadeira profecia foi tão grande, que Josafá ordenou cantores para o Senhor, que saíram marchando à frente do exército, louvando a Deus, e dizendo: Rendei graças ao Senhor porque a sua misericórdia é para sempre! Ou seja: A batalha já estava ganha pelo poder da verdadeira profecia! ( Cr 20:21)
 (5) - Bastou o louvor ter início para Deus começar a agir! O Senhor pôs emboscadas contra os inimigos, que foram totalmente desbaratados, não havendo nenhum sobrevivente ( Cr 20.22-24)
A Reação do Rei Josafá

A reação de Jeosafá foi de grande medo, isso é muito natural acontecer quando o sujeito encontra-se ameaçado, ora os seus inimigos eram em grande número e mais forte do que ele, mas em toda ação uma reação, seja ela de covardia ou de coragem (2 Cr 20.3).

“As 3 táticas de Josafá para alcançar a vitória”

1. Atitude
A atitude de Jeosafá foi a mais correta, buscar o Senhor, ele enfrentou de maneira exemplar conduzindo o povo a ter a melhor saída para a situação.
a) Reuniu o povo; (2) Buscou o Senhor com jejum;
b) Reuniu outras pessoas para orar;
c) Confessou ser incapaz para vencer aquela batalha;
d) Obedeceu a voz do Espírito Santo;
e) Creu e confiou inteiramente na sua palavra (2 Cr 20.3-12).



2. Oração

No texto encontramos cinco verdades principais nas quais Jeosafá expressa a sua confiança no Senhor;
a. Ele sabia que Deus tem poder sobre as pessoas em qualquer situação;
b. Para ele o Senhor tinha sido fiel no passado, presente e seria no futuro;
c. Ele sabia que sem o Senhor jamais alcançaria vitória;
d. Sabia que as promessas de Deus jamais falhariam, e que era um fundamento para a sua fé;
e. Sabia que a presença do Senhor resultaria numa grande vitória (2 Cr 20. 6,7,14-17,20).
3. Louvor

Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o Senhor, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus, dizendo: Rendei Graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre. (2 Cr 20.21).

Irmãos, harpas e flautas não são as armas mais potentes para se levar ao campo de batalha! Por outro lado poderia ter sido uma boa oportunidade para se livrar dos que cantam muito alto ou tocam desafinado! A orientação estranha de Deus tinha a finalidade de mostrar a Josafá que a vitória só vem por seu Espírito, não por armas ou exércitos.

À medida que os cantores começaram a cantar, vejam só o que aconteceu com os inimigos: Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados. (2 Cr 20.22).

O segredo da nossa vitória sobre qualquer circunstância da nossa vida está exatamente neste ponto: louvar e cantar! Essa vitória memorável ensinou ao povo daquela época e também a nós nesta manhã, que o louvor e a adoração são elementos vitais na batalha espiritual.

Através do louvor e de uma vida de louvor, Deus pode alcançar uma pessoa. Este mundo não tem nada parecido com a música de louvor e adoração que cantamos. Talvez você pergunte: por quê? Porque Deus habita no meio dos louvores de seu povo! Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel. (Sl 22.3).

A multidão pode cantar o hino nacional juntos num campeonato de qualquer modalidade ou pode cantar junto uma canção antiga e conhecida num concerto. Mas, a música de louvor e adoração ao nosso Deus é prerrogativa exclusiva da igreja que foi comprada com o sangue do Cordeiro. Irmãos, quando falo em superar as circunstâncias, não estou falando em usar a inteligência para resolver um problema.

Estou falando de fé além das circunstâncias. Estou dizendo que não importa qual seja a situação, Deus está no controle de cada detalhe de sua vida como cristão. O nosso Pai sabe o que está fazendo.

Ele nos prometeu que: Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. ( Rm 8.28b).

Quando a nossa confiança é depositada em Deus, ela nos leva ao caminho da vitória, essa confiança deve ser permanente e em todas as circunstâncias. Deus sempre quer nos ajudar nas batalhas, mas devemos nos organizar espiritualmente como fez Jeosafá naqueles dias. Não devemos nos curvar e nem entristecer diante das situações, por mais danosa que ela seja, devemos crer que superaremos, essa é a garantia da nossa vitória. A vitória de Jeosafá aconteceu de forma milagrosa, porque a peleja não era dele, mas do Senhor (2 Cr 20.17), foi cantando e adorando que eles alcançaram a vitória.

Ele ainda é o mesmo, acreditemos sempre, porque nEle não há sombra, nem variação “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros” (2 Cr 20.20b).

Se quisermos ser vitoriosos jamais deveremos recorrer à ajuda ou recursos humanos e sim divinos; não é lutando fisicamente que obteremos a vitória, e sim tomando a atitude certa. Vivendo uma vida de constante oração e principalmente louvando a Deus.

Assim fazendo por certo que as barreiras cairão , os ferrolhos serão destruídos e as cadeias do cárcere se romperão, em nome de Jesus. Amém!



3.Deus concedeu vitória ao rei Amazias





Após o reinado de Joás, Amazias, seu filho reinou em seu lugar. O que o texto relata sobre este rei é que ele serviu ao Senhor, não porém com inteireza de coração. O que isso nos dá a entender é que Amazias servia a Deus, mas tinha sempre na vida dele uma capa, algo que o impedia de ser totalmente do Senhor. Muitos estão seguindo este mesmo caminho. Estão na igreja, muitas vezes até possuem funções na Casa do Senhor, lêem a Bíblia, mas têm em suas vidas algum pecado do qual não se desgrudam, não buscam se libertar, talvez seja uma magoa, uma ira, uma mentira que não foi revelada, dentre muitas outras coisas. Amazias também não servia ao Senhor de coração, e, certo dia desviou-se totalmente do Senhor.
Certa vez, quando os edomitas saíram à guerra contra Judá, Amazias separou sua tropa e buscou de Israel cem mil homens valentes, pagando por eles cem talentos de prata. Todavia, o povo de Israel vivia em uma época de idolatria muito grande e o Senhor estava longe deles, por isso, enviou um profeta para falar ao rei Amazias que não buscasse em Israel ajuda, pois eles estavam em pecado. Com isso aprendemos lições: muitas pessoas ao invés de buscarem ajuda nas pessoas do Senhor, buscam soluções no pecado ou em pessoas que vivem em pecado, Deus não habita com o pecado, se você quer ter a vitória, busque-a no Senhor.
Amazias até relutou para não despedir as tropas, pois já havia lhes dado dinheiro, mas a resposta do profeta foi sábia: Muito mais do que isso pode dar-te o Senhor. Muitas vezes erramos nas nossas decisões porque olhamos com a visão mundana sobre o que vamos deixar de ganhar, ao passo que, se procurássemos no Senhor todos os benefícios que teremos em seguir o que Ele manda, com certeza mudaríamos nossa visão.
Assim, Amazias seguiu a ordem do Senhor e despediu o povo de Israel, que não gostou da atuação de Amazias. Isso ocorre também conosco, não é fácil seguir o que o Senhor manda, mas podemos fazer com a certeza que isso será sem dúvida o melhor. E foi o que aconteceu: os edomitas foram derrotados e Judá saiu vitorioso.
Todavia, Amazias não soube agradecer o Senhor, e trouxe os deuses dos edomitas para Judá e os adorou. Como podemos imaginar tamanha ingratidão com Deus que lhe fora tão fiel, lhe concedendo a derrota dos seus inimigos? Quando um profeta tentou abrir os olhos de Amazias, este não lhe deu ouvidos, procedendo semelhante ao seu pai Joás.

Ao final, como longe dos caminhos do Senhor o homem só “mete os pés pelas mãos”, Amazias procurou uma briga desnecessária com o rei de Israel Jeoás e foi derrotado. A Bíblia diz que isso vinha de Deus, por ele ter se desviado buscando outros deuses. Não se deixe enganar, longe de Deus, você só pode buscar derrota. Amazias terminou seus dias exilado em Laquis, onde foi perseguido e morto. Tinha tudo para ser sempre vitorioso, mas por não seguir ao Senhor de todo o coração, acabou se desviando cada vez mais. E você, tem seguido a Deus de todo o seu coração, ou tem algo em sua vida lhe impedindo deste ato. Se há, procure hoje mesmo em Deus a libertação e seja inteiramente do Senhor.


2 Crônicas 25

1 Era Amazias da idade de vinte e cinco anos, quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Joadã, de Jerusalém.
2 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, porém não com inteireza de coração.
3 Sucedeu que, sendo-lhe o reino já confirmado, matou a seus servos que mataram o rei seu pai;
4 Porém não matou os filhos deles; mas fez segundo está escrito na lei, no livro de Moisés, como o Senhor ordenou, dizendo: Não morrerão os pais pelos filhos, nem os filhos pelos pais; mas cada um morrerá pelo seu pecado.
5 E Amazias reuniu a Judá e os pôs segundo as casas dos pais, sob capitàes de milhares, e sob capitàes de cem, por todo o Judá e Benjamim; e os contou, de vinte anos para cima, e achou deles trezentos mil escolhidos que podiam sair à guerra, e manejar lança e escudo.
6 Também de Israel tomou a soldo cem mil homens valentes, por cem talentos de prata.
7 Porém um homem de Deus veio a ele, dizendo: Ó rei, não deixes ir contigo o exército de Israel; porque o Senhor não é com Israel, a saber com os filhos de Efraim.
8 Se quiseres ir, faze-o assim, esforça-te para a peleja. Deus, porém, te fará cair diante do inimigo; porque força há em Deus para ajudar e para fazer cair.
9 E disse Amazias ao homem de Deus: Que se fará, pois, dos cem talentos de prata que dei às tropas de Israel? E disse o homem de Deus: Mais tem o Senhor que te dar do que isso.
10 Então separou Amazias as tropas que lhe tinham vindo de Efraim, para que se fossem ao seu lugar; pelo que se acendeu a sua ira contra Judá, e voltaram para as suas casas ardendo em ira.
11 Esforçou-se, pois, Amazias, e conduziu o seu povo, e foi ao Vale do Sal; onde feriu a dez mil dos filhos de Seir.
12 Também os filhos de Judá prenderam vivos dez mil, e os levaram ao cume da rocha; e do mais alto da rocha os lançaram abaixo, e todos se despedaçaram.





4. Deus concedeu uma grande vitória ao rei Ezequias

A Biografia dos grandes personagens bíblicos: A biografia do rei ...

Ezequias foi um dos mais notáveis reis de Judá. O rei Ezequias governou por vinte e nove anos entre aproximadamente 715 e 686 a.C. Sua história ficou conhecida na Bíblia não apenas por causa de seu reinado, mas também pela forma como sua vida foi prolongada milagrosamente pelo Senhor após uma grave doença.

O nome Ezequias significa “Javé é [minha] força”, do hebraico Hizqiyah ou Hizqiyahu. Ele era filho de Acaz, seu predecessor no trono de Judá. O rei Ezequias também foi contemporâneo do profeta Isaías. Três relatos bíblicos no Antigo Testamento contam a história de Ezequias (2 Reis 18-20; 2 Crônicas 29-32; Isaías 36-39). Ele é citado brevemente no Novo Testamento na genealogia de Jesus (Mt 1:9,10).



Ezequias assumiu o trono que havia sido ocupado por seu pai. A cronologia do reinado de Ezequias é um tanto quanto complicada de ser determinada. Para responder algumas dificuldades nesse sentido, muitos estudiosos consideram que possível que ele tenha sido co-regente com o rei Acaz por mais de uma década.

Se isso estiver correto, então talvez ele tenha começado a governar ao lado de seu pai desde 729 a.C., até assumir o reinado sozinho em cerca de 716 a.C. Quando seu pai recebeu o trono, ele manteve uma política pró-assíria, com uma posição de amizade ou submissão à Assíria; enquanto outros reinos como a Síria e Israel (Reino do Norte) acabaram conquistados pelos assírios.

Mas a aliança com a Assíria trouxe influência pagã para dentro de Judá. Isso levou a uma contaminação da vida religiosa da nação que passou a ser marcada por práticas que afrontavam a vontade de Deus.



Logo que assumiu o trono, o rei Ezequias tentou corrigir essa questão. Ele sabia que a queda do Reino do Norte tinha a ver diretamente com a desobediência à Lei de Deus. Então rapidamente ele promoveu uma grande reforma religiosa em Judá.

Ele lutou para eliminar a idolatria dentre o povo. Também reabriu e purificou o Templo em Jerusalém, e tratou de fazer com que a verdadeira adoração ao Senhor fosse restabelecida. Durante seu reinado a celebração da Páscoa foi a maior desde o tempo de Salomão quando o reino ainda estava unificado. Inclusive, muitos israelitas se envolveram na celebração da Páscoa em Jerusalém.

No aspecto militar, Ezequias também foi um rei muito bem sucedido. Ele fortificou Jerusalém e fez uma grande obra de engenharia para garantir o abastecimento de água na cidade pelo que se tornou o Tanque de Siloé mesmo em tempos de crise.

Quando Senaqueribe concentrou suas forças a pressionar Judá, Ezequias contou com ajuda do Senhor para resistir. Inclusive, quando Ezequias recebeu um ultimato do rei assírio, prontamente ele recorreu a Deus confiante que Ele salvaria seu povo.

Ezequias e a Oração do Justo – igreja de Cristo

A resposta do Senhor veio indicando que os assírios tão logo retornariam pelo mesmo caminho que vieram. De forma milagrosa, o numeroso exército assírio foi destruído e o rei Senaqueribe nunca mais ameaçou o rei Ezequias e seu reino.

Depois disso, o reino de Judá sob a liderança do rei Ezequias desfrutou de um período tranquilo e próspero. Sua fama como o monarca que resistiu às pressões assírias, cresceu grandemente, a ponto de ele ser congratulado por outros povos. Mas nesse ponto ele acabou errando. Ele aceitou para si todo aquele reconhecimento, mas não testemunhou que aquilo só havia sido possível através da proteção divina.

Por isso ele foi repreendido pelo Senhor através do profeta Isaías que, entre outras coisas, deixou claro que os mesmos babilônios que o estavam saudando haveriam de conquistar Jerusalém. Porém, isso não aconteceria durante a vida de Ezequias.


Conhecendo um pouco sobre o rei Senaqueribe


II REIS 18 – O REINADO DE EZEQUIAS E A INVASÃO DE JUDÁ | Blog do ...


Senaqueribe foi o rei do Império Assírio entre 705 e 681 a.C. Ele sucedeu Sargão II, seu pai.
O nome Senaqueribe significa “Sin, o deus da lua, tem aumentado os seus irmãos”. Senaqueribe era um habilidoso guerreiro, mas também ficou conhecido por ser um homem cruel e orgulhoso. Seu comportamento inconsequente muitas vezes prejudicou a política de seu governo.

Senaqueribe ascendeu ao trono assírio após o assassinado de seu pai, Sargão II, em 705 a.C. Antes de se tornar rei, Senaqueribe servia como governador da fronteira norte do Império Assírio.

Os registros disponíveis acerca do rei Senaqueribe são provenientes de três fontes principais: as crônicas de Senaqueribe nos registros dos reis assírios; os textos bíblicos; e os escritos do historiador grego Heródoto.

Senaqueribe herdou um império muito bem estruturado por seu pai. Quando Senaqueribe subiu ao trono, a Assíria já era um reino consolidado no antigo Oriente Próximo. Principalmente a partir de 750 a.C. o domínio assírio foi marcado por uma forte expansão. O Reino do Norte de Israel, por exemplo, foi progressivamente invadido por forças assírias até culminar na queda da capital Samaria em 722 a.C.


A história de Senaqueribe na Bíblia é registrada principalmente nos livros de 2 Reis, 2 Crônicas e Isaías; mas o profeta Miquéias também profetizou sobre os avanços militares de Senaqueribe. Os textos bíblicos se concentram na tensão entre Senaqueribe e o rei Ezequias de Judá.

Ezequias se envolveu numa coalizão contra o Império Assírio, que inclusive contou com o apoio do Egito. Foi nesse contexto que o rei assírio começou sua campanha militar descendo pela costa da Fenícia e capturou Sidom, Serepta e outras cidades. Rapidamente os reis de Moabe, Edom e outras terras próximas se submeteram a Senaqueribe e lhe trouxeram significativos tributos.

Mas algumas cidades da Filístia resolveram resistir ao domínio de Senaqueribe, assim como também fez Judá. Uma grande força militar formada pelo exército egípcio e pela cavalaria etíope não foi párea para as tropas assíria. Mesmo com toda oposição, no geral Senaqueribe continuou seus avanços militares e tomou muitas cidades estratégicas. Ele fez cair Asquelom, Sidqia e Ecrom.

Por causa das alianças feitas com outros povos, o rei Ezequias de Judá se tornou o principal governante da Palestina, e contra quem Senaqueribe direcionou sua ofensiva militar. Os registros de Senaqueribe afirmam que o imperador assírio tomou 46 cidades fortificadas e incontáveis aldeias de Judá. Os registros assírios dizem que mais de duzentas mil pessoas foram levadas cativas e muito despojo foi tomado.

Uma das principais cidades judaicas fortificadas que foram tomadas por Senaqueribe foi Laquis. Essa cidade tinha um papel importante na economia do reino de Judá e também protegia a estrada que levava ao lado sul de Jerusalém. Tento tomado a maior parte do território de Judá, o exército assírio cercou Jerusalém. As crônicas de Senaqueribe dizem que ele enjaulou Ezequias em Jerusalém como uma ave numa gaiola.




Senaqueribe a figura típica de Satanás

O exército assírio tinha passado sobre a Síria e Israel como um rolo compressor, e depois atacou Judá, conquistou todas as suas cidades fortificadas e cercou Jerusalém. Senaqueribe, o rei assírio, escreveu em suas próprias crônicas que tinha fechado Ezequias (rei de Judá) como um pássaro numa gaiola. A conquista assíria de Jerusalém, capital de Judá, parecia inevitável. Contudo, uma vez que o monarca assírio precisava lutar em outras frentes de batalha, ele preferiu simplesmente intimidar os israelitas para que se rendessem. Ele enviou Rabsaqué, seu principal oficial, a Jerusalém para começar uma campanha de propaganda destinada a persuadir os homens de Judá a desistir sem lutar. Três capítulos registram o discurso de Rabsaqué: 2 Reis 18; 2 Crônicas 32 e Isaías 36. O discurso foi engenhado para motivar os cidadãos de Jerusalém e os dirigentes da cidade a julgar sua situação sem esperança e permitir aos assírios tomar a cidade. A tática assíria se parece com as técnicas que Satanás usa conosco em suas tentativas para nos levar a ceder e a servi-lo. Observemos as técnicas que Senaqueribe usou com os judeus para ganharmos compreensão de nossas batalhas espirituais modernas.

Se declarou o rei dos reis e invencível

Os assírios engrandeceram seu próprio poder e grandeza. "Então, Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da Assíria. Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar. Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no Senhor, dizendo: O Senhor certamente nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria" (Is 36:13-15). Observe que Rabsaqué chamou o rei da Assíria "o sumo rei". Ele queria que os judeus acreditassem que seu poder era irresistível e portanto entregassem a luta.

Do mesmo modo o diabo procura nos convencer que seu poder é maior do que nossa capacidade de resistir. Exagerando sua força, Satanás nos leva a desculpar nossos atos e a negar responsabilidade pessoal pelo que fazemos: "Afinal, dada a força da tentação, como poderia eu esperar fazer melhor?" Para derrotar a tentação precisamos ver o poder de Deus. Como Pedro, quando começamos a olhar para o vento e para as ondas, nós caímos; mas quando mantemos olhos fixos em Jesus, ficamos firmes (Mt 14:22-33). "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8:31). Deus nos equipa para ficarmos firmes e resistirmos aos avanços do diabo: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo" (Ef 6:11). A fé em Deus nos escuda contra "todos os dardos inflamados do Maligno" (Ef 6:16). Não há tentações irresistíveis (1 Co 10:13), porque Deus é mais forte do que Satanás: o Senhor é "o sumo rei".

Tentou confundir o rei Ezequias

Ezequias instituiu amplas reformas na adoração. Ele baniu a idolatria e se opôs à adoração nos lugares altos porque Deus queria que a adoração fosse oferecida somente em Jerusalém (Dt 12). Senaqueribe usou estas reformas como ponto de partida para atacar e desacreditar Ezequias. Talvez o departamento de inteligência assírio tivesse detectado descontentamento entre os israelitas pelas reformas de Ezequias. Sua oposição a adoração (de ídolos e nos lugares altos) certamente deixou alguns dos judeus se sentindo inseguros. Assim, Rabsaqué argumentou: "Acaso, não vos incita Ezequias, para morrerdes à fome e à sede, dizendo: O Senhor, nosso Deus, nos livrará das mãos do rei da Assíria? Não é Ezequias o mesmo que tirou os seus altos e os seus altares e falou a Judá e a Jerusalém, dizendo: Diante de apenas um altar vos prostrareis e sobre ele queimareis incenso?" (2 Cr 32:11-12).

Ainda hoje Satanás ataca as tentativas de volta ao padrão de Deus e de oposição a falsa religião. Ele inspira os modernos conceitos de tolerância, segundo os quais todos os caminhos são certos, toda adoração é boa, e toda crença é válida. Ele faz com que aqueles que se opõem a religião humana e a doutrina dos homens pareçam maus sujeitos. O diabo é mestre na arte de chamar de mau o que é bom, e de bom o que é mau (Isaías 5:20). Precisamos ter a coragem de nos opormos ao erro mesmo quando somos difamados por fazermos isso.
Usou o nome de Deus em vão

Os assírios declararam que Deus os tinha enviado para vencer Ezequias: "Acaso, subi eu, agora, sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? Pois o Senhor mesmo me disse: Sobe contra a terra e destrói-a" (2 Rs 18:25). Os falsos mestres afirmam tipicamente que têm autorização de Deus. Nos dias de Jeremias, o falso profeta Hananias predisse com confiança a volta dos cativos e falou com autoridade pela "palavra do Senhor": "Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia" (Jr 28:2-4). A ousadia e especificidade desta "profecia" tinha ares de verdade; ela foi dita no estilo das verdadeiras palavras de Deus e era por demais convincente. Mas era falsa.

Satanás é convincente e é o mestre do disfarce ( Mt 7:15-16; 2 Co 11:13-15). Ele afirma suas mentiras tão ousada e precisamente que são facilmente acreditadas. Precisamos não permitir que a confiança dos falsos mestres nos engane. Todos os mestres e ensinamentos precisam ser testados à luz da palavra de Deus (1 Jo 4:1; Gl 1:8-9). Nenhum Rabsaqué que venha ousadamente afirmando que o Senhor o enviou é verdadeiramente de Deus. A Bíblia é nosso modelo e qualquer ensinamento que não está à sua altura deve ser rejeitado, não importa quão autorizado possa parecer.

As falsas promessas do rei

Rabsaqué estava tentando fazer com que os israelitas quisessem render-se. Ele poderia ter declarado que a rendição deles não levaria ao cativeiro, mas eles não teriam acreditado nele porque a política assíria de exilar as nações conquistadas era bem conhecida. Assim, ele fez uma abordagem diferente. Ele argumentou que seria um cativeiro maravilhoso do qual eles realmente gostariam! "Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da Assíria: Fazei as pazes comigo e vinde para mim; e comei, cada um da sua própria vide e da sua própria figueira, e bebei, cada um da água da sua própria cisterna. Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras e de mel, para que vivais e não morrais..." (2 Reis 18:31-32). Basicamente, os assírios estavam dizendo que quando os israelitas se rendessem e fossem levados ao exílio, eles o achariam um lugar maravilhoso para viverem. O cativeiro seria mais ou menos uma estada numa idílica estância de férias.

O diabo ainda tenta fazer o pecado e suas conseqüências parecerem atraentes. Seu ardil mais velho é negar o castigo pelo pecado e exagerar os benefícios dele ( Gênesis 3). Pense nos anúncios da televisão promovendo bebidas alcoólicas: eles nunca mostram o bêbedo trombando seu carro, destruindo sua família ou morrendo de doença do fígado; em vez disso, mostram a glória, o encanto e o prazer. Satanás faz isto com todo pecado. Ele recorta cuidadosamente a fotografia do pecado para que mostre somente os aspectos mais atraentes e não revela as amargas conseqüências. Conforme Pedro escreveu: "prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção..." (2 Pe 2:19).

Solapou a fé

Os assírios buscavam corroer a confiança do povo no Senhor. "Não vos engane Ezequias, dizendo: o Senhor nos livrará. Acaso, os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Acaso, livraram eles a Samaria das minhas mãos? Quais são, dentre todos os deuses destes países, os que livraram a sua terra das minhas mãos, para que o Senhor livre a Jerusalém das minhas mãos?" (Isaías 36:18-20). Era irônico que Rabsaqué argumentasse deste modo, porque ele tinha acabado de afirmar que o Senhor era aquele que o tinha enviado a conquistar Jerusalém. Mentirosos precisam de boa memória!

Satanás quer influenciar-nos a crer que o Senhor não é confiável, que os meios de Deus não darão certo. Ele sabe que, sem confiança no Senhor, agiremos independentemente e tentaremos resolver nossos problemas sozinhos. Não admira que Paulo insistisse que o único meio para apagar as setas incendiadas do mal é usar o escudo da fé.

 O fracasso de Senaqueribe em Jerusalém

Apesar de ter devastado Judá e cercado Jerusalém, a capital do Reino do Sul não foi tomada. Conforme havia sido profetizado pelo profeta Miquéias, o exército assírio chegou até os portões de Jerusalém, mas não conseguiu invadi-la (Mq 1:9).

A ofensiva Assíria, primeiro contra o Reino do Norte e depois contra o Reino do Sul, fez parte do julgamento de Deus por causa do pecado de seu povo (Is 10:5-11; Mq 1:2-16). A Assíria foi um instrumento nas mãos de Deus para cumprir os Seus planos (Is 37:26-28). Mas apesar de Samaria (a capital do Reino do Norte) ter caído, Jerusalém foi milagrosamente poupada da invasão dos assírios, e o exército de Senaqueribe sofreu importantes baixas.

A Bíblia diz que numa intervenção direta do Senhor grande parte do exército assírio foi dizimado, e Jerusalém foi preservada (2 Rs 18:17-19:37). A preservação dos judeus em Jerusalém tipificou a preservação dos remanescentes que sobreviveram ao exílio babilônico que ocorreu tempos depois.

De fato Ezequias ficou encurralado em Jerusalém. Ele até tentou convencer Senaqueribe a desistir de invadir Jerusalém lhe oferecendo um tributo muito grande. Para pagar o tributo a Senaqueribe, Ezequias usou os tesouros do Templo e do palácio em Jerusalém (2 Rs 18:14-16).

Mas Senaqueribe, através de seu enviado Rabsaqué, afrontou a Ezequias e ao Senhor. Ele basicamente afirmou que assim como os deuses das cidades que ele havia conquistado não puderam impedi-lo, o Deus de Israel também não poderia impedir que ele tomasse Jerusalém (2 Rs 18:19-37; Is 36:4-22).

Diante dessa ameaça, Ezequias confiou no Senhor e apresentou em oração aquela situação diante de Deus clamando por Sua misericórdia. Então o Senhor lhe respondeu através do profeta Isaías e prometeu livrar o Seu povo e julgar a Assíria (Is 37:21-38).

A derrota do exército assírio e a morte de Senaqueribe
Através do profeta Isaías, Deus anunciou a derrota do exército assírio. Ele disse: “Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arrogância subiu até os meus ouvidos, eis que porei o meu anzol no teu nariz, e o meu freio, na sua boca, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste” (Is 37:29).

Esta foi uma explicita declaração da soberania de Deus contra os assírios; pois os assírios tinham por costume construir monumentos em que seus cativos eram representados presos com anzóis e argolas.

Então a Bíblia diz que veio o Anjo do Senhor e feriu no arraial dos assírios cento e oitenta mil homens durante a noite. Os soldados que sobreviveram partiram com Senaqueribe pela manhã e retornaram à cidade de Nínive (2 Rs 19:35,36).

Artigos | Ezequias: a carta da Afronta

Os escritores bíblicos conectaram a derrota de Senaqueribe no cerco de Jerusalém ao evento de seu assassinato. Provavelmente o propósito disso foi indicar que a morte de Senaqueribe ainda era parte do juízo de Deus sobre ele e os assírios. A derrota de Senaqueribe ao tentar invadir Jerusalém ocorreu em 701 a.C. Já o seu assassinato em Nínive ocorreu em 681 a.C.

Os textos bíblicos dizem que enquanto Senaqueribe estava no templo de um deus chamado Nisroque, o qual ele cultuava, dois de seus filhos o feriram à espada e depois fugiram para a terra de Ararate. Registros da Assíria relatam que em 681 a.C. houve um conflito pelo trono e Senaqueribe foi morto por um de seus filhos. Após a morte de Senaqueribe, Esar-Hadom, que também era seu filho, reinou em seu lugar. 


Os israelitas se  recusaram a dar atenção à propaganda de Rabsaqué. Eles permaneceram silenciosos em sua presença, depois se voltaram e oraram pela ajuda do Senhor. O Senhor prometeu que poria um anzol no nariz dos assírios e os mandaria diretamente de volta a sua casa. E de fato, uma noite, um único anjo matou 185.000 soldados assírios, incluindo todos os oficiais, e Senaqueribe decidiu retirar suas tropas. Assim como o Senhor venceu Senaqueribe, ele derrotará Satanás. Sejamos surdos à propaganda de Satanás e fiquemos com o vencedor! 

2 Crônicas 32

1 Depois destas coisas e desta verdade, veio Senaqueribe, rei da Assíria, e entrou em Judá, e acampou-se contra as cidades fortificadas, e intentou apoderar-se delas.
2 Vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha, e que estava resolvido contra Jerusalém,
3 Teve conselho com os seus príncipes e os seus homens valentes, para que se tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram.
4 Assim muito povo se ajuntou, e tapou todas as fontes, como também o ribeiro que se estendia pelo meio da terra, dizendo: Por que viriam os reis da Assíria, e achariam tantas águas?
5 E ele se animou, e edificou todo o muro quebrado até às torres, e levantou o outro muro por fora; e fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez armas e escudos em abundância.
6 E pôs capitàes de guerra sobre o povo, e reuniu-os na praça da porta da cidade, e falou-lhes ao coração, dizendo:
7 Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele.
8 Com ele está o braço de carne, mas conosco o Senhor nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.
9 Depois disto Senaqueribe, rei da Assíria, enviou os seus servos a Jerusalém (ele porém estava diante de Laquis, com todas as suas forças), a Ezequias, rei de Judá, e a todo o Judá que estava em Jerusalém, dizendo:
10 Assim diz Senaqueribe, rei da Assíria: Em que confiais vós, para vos deixardes sitiar em Jerusalém?
11 Porventura não vos incita Ezequias, para morrerdes à fome e à sede, dizendo: O Senhor nosso Deus nos livrará das mãos do rei da Assíria?
12 Não é Ezequias o mesmo que tirou os seus altos e os seus altares, e falou a Judá e a Jerusalém, dizendo: Diante de um único altar vos prostrareis, e sobre ele queimareis incenso?
13 Não sabeis vós o que eu e meus pais fizemos a todos os povos das terras? Porventura puderam de qualquer maneira os deuses das nações daquelas terras livrar o seu país da minha mão?
14 Qual é, de todos os deuses daquelas nações que meus pais destruíram, o que pôde livrar o seu povo da minha mão, para que vosso Deus vos possa livrar da minha mão?
15 Agora, pois, não vos engane Ezequias, nem vos incite assim, nem lhe deis crédito; porque nenhum deus de nação alguma, nem de reino algum, pôde livrar o seu povo da minha mão, nem da mão de meus pais; quanto menos vos poderá livrar o vosso Deus da minha mão?
16 Também seus servos falaram ainda mais contra o Senhor Deus, e contra Ezequias, o seu servo.
17 Escreveu também cartas, para blasfemar do Senhor Deus de Israel, e para falar contra ele, dizendo: Assim como os deuses das nações das terras não livraram o seu povo da minha mão, assim também o Deus de Ezequias não livrará o seu povo da minha mão.
18 E clamaram em alta voz em judaico contra o povo de Jerusalém, que estava em cima do muro, para os atemorizar e os perturbar, para que tomassem a cidade.
19 E falaram do Deus de Jerusalém, como dos deuses dos povos da terra, obras das mãos dos homens.
20 Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu.
21 Então o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada.
22 Assim livrou o Senhor a Ezequias, e aos moradores de Jerusalém, da mão de Senaqueribe, rei da Assíria, e da mão de todos; e de todos os lados os guiou.


23 E muitos traziam a Jerusalém presentes ao Senhor, e coisas preciosíssimas a Ezequias, rei de Judá, de modo que depois disto foi exaltado perante os olhos de todas as nações.



  • Deus impõe uma flagrante derrota ao rei Senaqueribe pelo rei Ezequias.





Durante aqueles tempos estrênuos, quando a Assíria arrasava tudo em seu caminho, Ezequias confiava em Jeová, o Deus de Israel. Rebelou-se contra o rei da Assíria e golpeou as cidades filistéias, que evidentemente se haviam aliado à Assíria. — 2Rs 18:7, 8.

A Pressão Assíria sobre Judá.

Foi no quarto ano de Ezequias (742 AC), que Salmaneser, rei da Assíria, iniciou o sítio de Samaria. Samaria foi tomada no sexto ano de Ezequias (740 AC). O povo do reino das dez tribos foi deportado, e os assírios trouxeram outros para ocupar o país. (2Rs 18:9-12) Isto deixou o reino de Judá, representando o governo teocrático e a adoração verdadeira de Deus, como uma pequena ilha cercada por inimigos hostis.

Senaqueribe, filho de Sargão II, teve a ambição de acrescentar aos seus troféus de guerra a conquista de Jerusalém, especialmente visto que Ezequias se havia retirado da aliança feita com a Assíria pelo seu pai, o Rei Acaz. No 14.° ano do reinado de Ezequias (732 AC), Senaqueribe veio “contra todas as cidades fortificadas de Judá e passou a tomá-las”. Ezequias ofereceu pagamento a Senaqueribe, a fim de salvar a ameaçada cidade de Jerusalém, exigindo então Senaqueribe a enorme soma de 300 talentos de prata (c. US$1.982.000) e 30 talentos de ouro (c. US$11.560.000). Para pagar esta soma, Ezequias se viu obrigado a dar toda a prata encontrada no templo e no tesouro real, além dos metais preciosos com que o próprio Ezequias fizera revestir as portas e as ombreiras do templo. Isto satisfez o rei da Assíria, mas apenas temporariamente. — 2Rs 18:13-16.

Obras de Construção e de Engenharia. Em face do iminente ataque do cobiçoso Senaqueribe, Ezequias demonstrou sabedoria e estratégia militar. Tapou todas as fontes e mananciais de água fora da cidade de Jerusalém, a fim de que, no caso dum sítio, os assírios sofressem de escassez de água. Reforçou as fortificações da cidade e “fez armas de arremesso em abundância, bem como escudos”. Mas, não depositava confiança neste equipamento militar, porque, ao reunir os chefes militares e o povo, incentivou-os, dizendo: “Sede corajosos e fortes. Não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados por causa do rei da Assíria e por causa de toda a massa de gente com ele; pois conosco há mais do que os que estão com ele. Com ele há um braço de carne, mas conosco está Yehowah, nosso Deus, para nos ajudar e para travar as nossas batalhas.” — 2Cr 32:1-8.

Uma das mais notáveis façanhas de engenharia dos tempos antigos foi o aqueduto de Ezequias. Ia desde a fonte de Giom, ao L da parte setentrional da Cidade de Davi, num trajeto bastante irregular, por uns 533 m, até o reservatório de água de Siloé, no vale do Tiropeom, abaixo da Cidade de Davi, mas dentro duma nova muralha acrescentada à parte meridional da cidade. (2Rs 20:20; 2Cr 32:30) Os arqueólogos encontraram uma inscrição em antigos caracteres hebraicos na parede do túnel estreito que tinha a altura média de 1,8 m. A inscrição reza, em parte: “E esta foi a maneira em que foi perfurado: E quando o túnel foi aberto, os cavouqueiros cortaram (a rocha), cada homem em direção ao seu companheiro, machado contra machado; e a água fluiu da fonte em direção ao reservatório por 1.200 côvados, e a altura da rocha acima da(s) cabeça(s) dos cavouqueiros era de 100 côvados
De modo que o túnel foi cortado na rocha de ambas as extremidades, encontrando-se no meio — uma verdadeira façanha de engenharia.

Fracasso de Senaqueribe em Jerusalém. Conforme as expectativas de Ezequias, Senaqueribe decidiu atacar Jerusalém. Enquanto Senaqueribe, com seu exército, sitiava a bem fortificada cidade de Laquis, ele enviou uma parte do seu exército, junto com uma representação de chefes militares, para exigir a capitulação de Jerusalém. O porta-voz do grupo era Rabsaqué (que não era seu nome, mas seu título militar), que falava fluentemente o hebraico. Em voz alta, ele zombava de Ezequias e escarnecia de Yehowah, gabando-se de que Yehowah não podia livrar Jerusalém do rei da Assíria, assim como tampouco os deuses das outras nações puderam salvar as terras dos seus adoradores. — 2Rs 18:13-35; 2Cr 32:9-15; Is 36:2-20.

Ezequias ficou muito aflito, mas continuou a confiar em Jeová e a apelar para Ele no templo, enviando também alguns dos cabeças do povo ao profeta Isaías. A resposta de Isaías, da parte de Deus, foi que Senaqueribe ouviria uma notícia e voltaria à sua própria terra, onde por fim seria morto. (2Rs 19:1-7; Is 37:1-7) No ínterim, Senaqueribe havia partido de Laquis para Libna, onde soube que Tiraca, rei da Etiópia, saíra para lutar contra ele. Não obstante, Senaqueribe enviou por mensageiros cartas a Ezequias, continuando com suas ameaças e escarnecendo de Yehowah, o Deus de Israel. Ao receber as cartas muito vituperadoras, Ezequias as estendeu perante Yehowah, o qual novamente lhe respondeu por meio de Isaías, escarnecendo por sua vez de Senaqueribe e assegurando que os assírios não entrariam em Jerusalém. O Senhor disse: “Eu certamente defenderei esta cidade para a salvar por minha própria causa e por causa de Davi, meu servo.” — 2Rs 19:8-34; Is 37:8-35.

Durante a noite, Yehowah enviou seu anjo, o qual destruiu 185.000 da elite das tropas de Senaqueribe, “todo homem poderoso, valente, e todo líder e chefe no acampamento do rei da Assíria, de modo que ele retornou com face envergonhada à sua própria terra”. Assim se eliminou eficazmente a ameaça de Senaqueribe contra Jerusalém. Mais tarde, “sucedeu que, curvando-se ele na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus próprios filhos, golpearam-no com a espada”. — 2Cr 32:21; Is 37:36-38.


Descobriram-se inscrições descrevendo a derrota infligida por Senaqueribe às forças etíopes. Rezam: “Quanto a Ezequias, o judeu, ele não se submeteu ao meu jugo, eu sitiei 46 de suas cidades fortes . . . e conquistei[-as] . . . A ele mesmo fiz prisioneiro em Jerusalém, sua residência real, como a um pássaro numa gaiola.” Ele não afirma ter capturado Jerusalém. Isto apóia o relato bíblico da revolta de Ezequias contra a Assíria e o fracasso de Senaqueribe quanto a tomar Jerusalém. Segundo o costume das inscrições de reis pagãos, de se enaltecerem, Senaqueribe, nesta inscrição, exagera o montante de prata pago por Ezequias como tendo sido 800 talentos, em contraste com os 300 da Bíblia.

Aplicação

Nosso Deus é o mesmo. Sua Palavra permanece para sempre porque Deus é eterno, imutável. Assim:

1- Em face de situações difíceis, desafiadoras, podemos confiar no seu cuidado, no seu socorro. Todos os atos de justiça e de poder dos tempos passados podem ser operados hoje. Muitas coisas acontecem hoje. Nós é que não atentamos para elas.

2- Face aos desafios, ameaças, insultos, provocações devemos evitar o revide com atrito, as reações impróprias. Ezequias e seus oficiais procederam com prudência: oração, confiança no Senhor, na sua justiça, no seu agir por nós (Sl 37.1-7).

3- Devemos orar e pedir que Deus nos dê líderes piedosos, que busquem ao Senhor na sua administração. Líderes que reconheçam, valorizem os servos (ministros) de Deus e os consultem para tomar decisões na administração pública. Como seria nosso país se tivéssemos presidentes como Ezequias, ministros como Daniel, governadores como José e homens de Deus como Isaías?


Em breve estaremos de volta para a conclusão desta matéria

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