Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra na carta de Paulo aos efésios 4.16 que nos diz:
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra na carta de Paulo aos efésios 4.16 que nos diz:
Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
Nós estamos de volta para dar continuidade à série de conferências com o tema: "O ajustamento do corpo de Cristo". Já falamos sobre:
- Introdução;
- A Unidade da Igreja;
- A unidade da fé;
- Jesus levou cativo o cativeiro;
- Deus dá os dons Ministeriais;
- O que Deus quer com os dons;
- O propósito dos dons;
- Crescendo em Cristo.
Agora, finamente estaremos falando sobre " O ajustamento em amor".
I. Uma análise preliminar do texto.
O texto que tomamos por base para nosso tema é Efésios, 4.16. Mas, os versículos anteriores (11-15) me parecem fornecer uma espécie de condições pra que se chegue então ao propósito. Vamos ler o texto e refletir sobre essas condições:
1. Multiplicidade de dons (11): Se quisermos ser essa igreja família..., precisamos entender e viver nessa condição. O próprio Jesus, Senhor da Igreja, que a ama e se entregou por ela, designou “alguns” e “outros”, com perfil, chamado e dons diferentes para a igreja. Uma igreja saudável não pode depender apenas de um ministério. Precisamos de uma multiplicidade de ministérios. Não se está falando aqui de cargos, posição hierárquica, ou estrutura denominacional. O que temos aqui são pessoas chamadas e capacitadas por Jesus e dadas a igreja para servi-la.Os ministérios citados são:
a) Apostólico: plantar e dar fundamentos sólidos à igreja;
b) Profético: Receber uma mensagem específica de Deus e transmiti-la a igreja;
c) Evangelístico: Inflama a igreja para que as pessoas expressem Jesus aos perdidos;
d) Pastoral: cuida, alimenta, apóia e conduz as pessoas ao crescimento.
2. Engajamento (12): É um erro pensar que os que são chamados para compor a liderança da igreja de acordo com os ministérios são os únicos responsáveis pelo trabalho da igreja. O versículo 12 deixa claro que a “obra do ministério” deve ser realizada por “todos os santos”. Ou seja, cada membro do corpo tem a responsabilidade de envolver-se com a igreja. A responsabilidade dos líderes, ou dos “ministros” não é a de realizar, mas de preparar os membros do corpo. Esse preparo tem a ver com:
a) Restauração/ Libertação;
b) Cuidado;
c) Orientação;
d) Capacitação.
Portanto, a função dos ministros é colocar os santos em condições de trabalho (a frase do ministro britânico “derretam os santos e ponham-nos em ação”)
3. Crescimento (Maturidade) (13-15): Quando temos ministérios múltiplos atuando, preparando os santos e estes atuando, fazendo sua parte, o corpo cresce em maturidade. Se ficasse somente nisso, poderíamos ter um problema aqui. Ficaríamos nos perguntando “mas, como saberemos que atingimos a maturidade?”. Felizmente o texto diz que essa maturidade está em sermos parecidos com Jesus. A maturidade é todos agindo em favor de todos para que todos fiquem cada vez mais parecidos com Ele. Quanto mais crescermos em sermos parecidos com Ele, menor o risco de sermos instáveis diante das tempestades de doutrinas infantis e até hereges que inundam nosso século, veiculadas a todo instante por todos os meios de comunicação.
Para que isso aconteça, é preciso que todos nós, determinada e destemidamente conheçamos, falemos, vivamos e ensinemos a verdade. É a verdade em Deus, única e absoluta, que produz maturidade e nos torna pessoas parecidas com Jesus.
V.16. Observe a perfeição do corpo. Como o corpo humano foi intricadamente ajustado! Por isso é uma ilustração adequada do corpo de Cristo. Houve quem dissesse que nem todos podem ser os membros maiores, mas as juntas também são muito importantes. Todas as partes trabalham juntas ( I Co 12; Rm 12).
II. Visão panorâmica.
Uma palavra pode ter vários significados que mudam conforme o contexto e que variam com o tempo. A palavra igreja traz significados diferentes, que podem ser perfeitamente corretos em determinados contextos e épocas. Como nosso interesse aqui é a busca constante de maior entendimento das Escrituras, focalizamos a palavra igreja no seu sentido bíblico. Especificamente, pensemos sobre a igreja como um organismo.
Desde os primeiros anos na escola, aprendemos que um organismo é um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo, o sentido principal nos dicionários comuns. Embora as traduções bíblicas mais comuns não empreguem a palavra organismo, a ideia é claramente apresentada em algumas figuras da igreja no Novo Testamento.
A figura mais óbvia da igreja como organismo é a de um corpo com vários membros. É uma imagem da igreja usada para ensinar vários fatos importantes. Consideremos alguns.
Cada membro deve contribuir ao bem do corpo inteiro. O apóstolo Paulo mandou uma carta à igreja na cidade grega de Corinto com o intuito de corrigir diversos problemas doutrinários e práticos. Apesar de terem recebido dons especiais de Deus, os cristãos em Corinto tinham muitas dificuldades em questões de amor e respeito uns para com os outros. Entre outros assuntos, Paulo falou de problemas de partidos e brigas, de processos legais entre irmãos e de abusos de supostas liberdades ao ponto de prejudicar a vida espiritual dos irmãos. Ele empregou o conceito de um corpo composto de diversos membros para corrigir tais condutas e as atitudes por trás delas: “Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas um só corpo” (1 Co 12:14-20). Em outra epístola, Paulo usou a mesma ideia para incentivar a edificação mútua dos cristãos: “de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4:16).
O corpo depende da cabeça, Cristo. O mesmo trecho em Efésios 4 apresenta mais um fato importante sobre esse corpo: a sua dependência da cabeça. Voltemos um versículo para ver este ponto importante: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:15). Embora ninguém gostaria de perder membros do seu corpo, sabemos que muitas pessoas vivem muito bem sem um braço, uma perna ou um olho. Mas nenhum corpo sobrevive sem a cabeça! Quando a igreja se torna em uma organização social que se importa somente com as relações humanas, esquecendo da importância de fidelidade total à cabeça, ela morre!
Uma outra figura que mostra a interdependência de membros vivos ligados a Jesus é de um edifício vivo. Pedro cita alguns textos do Antigo Testamento para apresentar essa figura. Consideremos os comentários desse apóstolo:
A casa espiritual é feita de pedras vivas com base na principal Pedra. “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2:4-5). Mesmo quando Pedro fala da igreja como um edifício, ele não pensa em alguma estrutura sem vida. A principal pedra é Jesus (1 Pe 1:3), e cada pedra acrescentada na construção dessa casa espiritual também vive!
III. Como ajustar o corpo de cristo.
"Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor." (Ef 1:4)
O propósito de Deus ao criar todas as coisas era ter um povo para si, que fosse santo e inculpável:
"... Como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef 5:25-27)
Que fosse feito à imagem de seu Filho:
"Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." (Romanos 8:29)
Deus utiliza a "reconciliação" para realizar esta meta no homem caído:
"Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus. Âquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." (2 Co 5:17-21)
Efésios capítulo 4 versos do 1-16 é um dos trechos das Escrituras que define mais nitidamente esse processo:
Deus tomou judeus e gentios e criou nele mesmo:
"Um novo homem ... em justiça e retidão procedentes da verdade... para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas."
"Isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade." (Ef 2:15-16)
"E a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade." (Ef 4:24)
"Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas." (Ef 2:10)
Somos admoestados a manter a unidade do "novo homem":
"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos." (Ef 4:1-6)
A graça é dada segundo a medida do dom de Cristo, quando ele levou "cativo o cativeiro" e "concedeu dons aos homens":
"Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. Por isso foi dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas." (Ef 4:7-10)
Esses dons que ele deu são os de apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre, para o aperfeiçoamento dos santos:
"E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo." (Ef 4:11-12)
Os remidos devem crescer "à perfeita varonil idade, à medida da estatura da plenitude de Cristo". Isso ocorre "seguindo a verdade em amor", para que "cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo".
O corpo deve estar entrelaçado a fim de contribuir para a edificação do todo:
"Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo; para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor." (Ef 4:13-16)
Apóstolo e profeta são dons de Cristo para revelar a mente de Deus, para que sejamos "co-participantes da natureza divina":
"Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo." (2 Pe 1:3-4)
O evangelista "conta as boas novas"; O pastor apascenta o rebanho; O mestre é todo aquele que também partilha de falar a verdade em amor.
cada um desempenha um papel vital para formar cristo nos santos
A obra dos apóstolos e dos profetas inspirados está completa; temos a mente de Cristo:
"Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (1 Co 2:16)
Mas a obra dos demais continua à medida que continua, em cada um de nós, o processo de aperfeiçoar os santos. Nem mesmo Paulo era ainda "perfeito". Ele aplicava-se em direção ao alvo, para obter o prêmio.
D evemos andar debaixo do mesmo mandamento
"Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo." (Fp 3:12-16)
O alvo é chegar à "medida da estatura da plenitude de cristo;
O prêmio é a transformação do corpo da nossa humilhação para que se assemelhe ao corpo da glória de Cristo
"Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas." (Fp 3:20-21)
A redenção do corpo
"E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos." (Rm 8:23-25)
Cada um dos dons de Cristo destina-se a esse objetivo; devemos fazer uso deles para nosso crescimento e para auxiliar outras pessoas.
Todos devem ser "evangelistas"
Os discípulos perseguidos iam a toda parte "pregando [evangelizando] a palavra":
"No entanto os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra." (Atos 8:4)
Q uem "fala das boas novas" evangeliza:
Até mesmo aquela irmã que se senta na mesa da cozinha compartilhando a mensagem com a vizinha ao lado.
Todos devemos contar a história de cristo
Os pastores receberam dons de Cristo para apascentar o rebanho dele. Eles são homens no "rebanho de Deus que há entre nós" que atingiram um caráter espiritual maduro (que chamamos qualificações), a fim de "governar" (liderar, estar à frente, persuadir):
"Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver." (Hebreus 13:7)
"Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." (Hebreus 13:17)
Sendo homens de qualidade no caráter, servem de exemplo para o rebanho:
"Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." (1 Pedro 5:3)
Sendo capazes de ensinar, podem persuadir e convencer pela sabedoria de Deus:
"Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes." (Tito 1:9)
O s santos precisam de homens sábios para guiá-los
"Presbítero" refere-se a essa pessoa madura; precisam de homens justos que os influencie ("imitai-lhes a fé"); precisam de homens prestativos que cuidem de suas almas ("pastor" e "supervisor" sugerem isso). O retrato que o Novo Testamento apresenta desses homens e o trabalho deles dizem respeito a homens que cuidam tanto da alma dos santos, que desejam a oportunidade de ajudar outras pessoas a crescer espiritualmente.
Representa homens com profundo desejo espiritual de servir e que já estão buscando realizar isso; homens que já se ocupam de edificar o corpo e estão limitados somente pela oportunidade que vem com a ordenação.
Deus quer homens, sim, os santos precisam de homens dispostos a dar a energia, o tempo, o amor e as lágrimas; homens que estejam dispostos dia e noite, em público e de casa em casa; homens que não reterão nada que não seja proveitoso, mas declararão todo o conselho de Deus.
O que Paulo tinha estado fazendo em Éfeso, enquanto esteve lá, deve ser agora a tarefa dos bispos:
"E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.
Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.
De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." (Atos 20:17-35)
Se um homem não ama a alma dos santos, que não se intrometa no papel do presbítero; porque não passará de um mercenário e corromperá o sistema de Deus.
IV. As juntas e ligamentos do corpo de Cristo.
Existem duas palavras as quais nos acostumamos a ouvir, para mim elas tratam de ações, embora pareçam repetitivas, não podemos deixar de ministrá-las: juntas e ligamentos (de discipulado e companheirismo na obra).
A igreja é como um corpo
A palavra nos diz que a igreja é o corpo de Cristo na terra. Se para o corpo humano funcionar bem são necessárias juntas e ligamentos, no corpo de Cristo isto também é verdade, Em Cl 2:18 Paulo fala que o que faz a igreja crescer não são os rituais, encontros ou palavras de fé (isto pode até ajudar). O crescimento que vem de Deus não significa um salão superlotado. Quando uma criança cresce, todos os seus membros crescem com ela. O senhor quer isto na igreja. Quando Cristo chamou a igreja de corpo, foi pensando nisto.
Juntas e ligamentos – O que são?

São relacionamentos (relações fortes e resistentes entre os membros). Através destes vínculos recebemos o alimento que vem de Deus, somos supridos.
“do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.” Ef 4:16.
Se a igreja não for instruída assim, por meio das juntas e ligamentos, será apenas um saco cheio de membros soltos!
Juntas e ligamentos e a igreja local
Seguir a Cristo também significa integrar-se a uma igreja local, de forma prática é estar fazendo parte de uma congregação. Fazer parte de uma congregação é muito mais do que ter um nome em uma lista. É mais do que participar de reuniões dominicais. É ter vínculo uns com outros através das juntas e ligamentos.
É verdade que nosso relacionamento em Cristo é individual e pessoal, mas Deus não nos projetou para sermos uma ilha e sim para participarmos de sua família
“assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.” Rm 12:5.
Nos relacionamentos, nas juntas e ligamentos, temos que demonstrar atitudes práticas, porém nem sempre é tão fácil. Às vezes é mais fácil ter uma atitude prática com pessoas cujos relacionamentos são superficiais.
Jesus e as juntas e ligamentos
Jesus desenvolveu um relacionamento (discipulado) com os doze em 03 anos, por 24 horas, neste tempo eles descobriram virtudes e defeitos uns dos outros (companheirismo). Entre eles, só Jesus era perfeito, todos os outros pecaram. Jesus amou de forma prática cada um deles.
Unidos à igreja local
Há quem ache possível que se possa estar unido a Jesus sem estar unido a igreja. Quando nos decidimos por Jesus, imediatamente o senhor nos convoca a estarmos juntos, ligados à igreja, sendo pastoreados. Pois através da igreja somos livres de uma vida egoísta.
Na igreja eu aprendo a me relacionar como um povo de Deus e não como num clube social. Na igreja temos o privilégio de conviver com todos os tipos de níveis sociais: desde os cultos até os iletrados.
Na igreja aprendo a compartilhar experiências, a me interessar por outras pessoas. O senhor nos convoca a viver como igreja, pois nela ele nos amadurece em todas as áreas de nossas vidas.
A bíblia é cheia de expressões como: “uns aos outros”: amar – Jo 15:12, servir – Gl 5:13, perdoar – Ef 4:32, orar, admoestar, submeter uns aos outros. Estas são algumas das nossas responsabilidades no Reino de Deus devemos praticá-las, a começar por nossas casas. Este serviço diário nos faz crescer e amadurecer.
Tapando as brechas
Na igreja encontramos poder para as nossas vidas. Satanás adora pessoas que vivem isoladas do corpo, esta é uma brecha. Onde tem brecha satanás entra.
Quando uma criança nasce, automaticamente torna-se participante de uma família universal: a raça humana, e também faz parte de uma família, recebendo o seu sobrenome. Esta família cuidará dela para o resto da vida.
O mesmo acontece com quem recebe o novo nascimento: ele participa da igreja universal (em todo o mundo), e precisa fazer parte de uma congregação, de onde receberá cuidado e alimento. Não existe uma congregação perfeita, e Deus nos chama a participar com pessoas imperfeitas, como você e eu.
V. Como ajustar o corpo de Cristo.
Como a Igreja está organizada?
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também… Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo… Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12:12, 18-20, 27-28) .
Para fazer a obra que Deus lhe deu, a Igreja está organizada para funcionar como uma unidade. Em 1 Co 12, Paulo a comparou ao corpo humano, como muitas partes e funções diferentes, cada uma sendo necessária para seu bom funcionamento. Paulo ainda chama a Igreja de o Corpo de Cristo (Colossenses 1:24). Todos os membros desse Corpo devem falar “uma mesma coisa” (1 Co 1:10) e fazer tudo com decência e ordem (1 Co 14:40).
Quem é o cabeça da Igreja?
“E Ele [Cristo] é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl 1:18).
“E sujeitou todas as coisas a Seus pés e, sobre todas as coisas, O constituiu como cabeça da igreja, que é o Seu corpo, a plenitude Daquele que cumpre tudo em todos” (Ef 1:22-23).
Paulo explicou que o papel de Cristo, como líder da Igreja, não é apenas ser a cabeça desse corpo, mas ser como um marido que “amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela” (Ef 5:25). Cristo alimenta e trata com carinho a Igreja; Ele se sacrificou por ela. Por isso, a Igreja O serve para demonstrar o quanto agradece e admira Seu sacrifício.
Quais as responsabilidades estabelecidas para aqueles que servem na Igreja?
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4:11-13).
As responsabilidades desses servos são para o benefício de toda a Igreja, para ajudar a equipar, edificar e unir o Corpo. Uma pessoa ordenada para tais responsabilidades geralmente é chamada de “ministro”, que significa servo. Nas Escrituras, eles também são chamados de anciãos ou presbíteros.
Como os anciãos cumprem suas funções?
“Aos presbíteros [anciãos] que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero [ancião]… apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5:1-3).
Ao seguir o exemplo de serviço de Cristo podemos evitar o mau uso do poder, como naturalmente acontece nos governos humanos (Mt 20:2428; Lc 22:2426). Os líderes a serviço de Deus são ordenados a trabalhar em benefício daqueles que servem numa atmosfera de respeito e amor mútuo.
De que maneira todos os membros podem participar efetivamente na obra do Corpo de Cristo?
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4:15-16).
“Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele” (1 Co 12:24-26).
Deus chama e coloca cada membro individualmente no Corpo, onde esse membro pode melhor crescer e servir para benefício de todo o Corpo.
Que outras analogias mostram como Deus sustenta e alimenta os membros através da Igreja?
“Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós” (Gl 4:26).
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em Mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto… Estai em Mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer. Se alguém não estiver em Mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em Mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado Meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos” (Jo 15:1-8).
Deus, por meio de Sua Igreja, cuida de cada um dos Seus filhos. Paulo se referiu à Igreja como “a mãe de todos nós”. Como uma mãe que alimenta, veste, ensina e conforta cada um de seus filhos, a Igreja presta a assistência espiritual que cada membro necessita.
Jesus também comparou esse relacionamento com uma videira. Cada membro ligado à videira recebe o alimento e o suporte dela e, assim pode produzir bons frutos. Mas se esse relacionamento estreito for quebrado, então esse galho vai secar. Se a comparação é com um corpo ou uma videira, a mensagem continua a mesma: os membros da Igreja devem estar ligados a Jesus Cristo para que possam crescer e prosperar. A Igreja é uma das maiores bênçãos que Deus entregou a seus filhos.
Os membros devem participar e serem ativos na obra e funcionamento da Igreja?
“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?… E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós” (1 Co 12:13-16, 21).
Quando Deus nos dá o seu Espírito, então nos tornamos membros do Corpo de Cristo, Sua Igreja. Ele espera, uma vez que somos membros do Seu Corpo espiritual, que O sirvamos e que participemos no exemplo deste Corpo [da Igreja] ao mundo e na sua obra de divulgação do evangelho. Ele também espera que conheçamos, amemos e sirvamos uns aos outros. E nos declara: “Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).
Nós podemos fazer isso apenas se formos participantes ativos em Sua obra e serviço. As Escrituras admoestam: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia” (Hebreus 10:24-25). Cristo espera que os membros do Seu Corpo estejam unidos, trabalhando ativamente e cooperando uns com os outros para cumprir a missão que Ele deu a Sua Igreja.
VI. A justa operação de cada parte.
Os versículos 12 a 15, de Efesios 4, de modo geral, ensinam que o cristão deve crescer simetricamente “em tudo”, em todos os aspectos, na sua relação com Deus, nas relações sociais e consigo mesmo. O texto fala que este é o caminho da “verdade” e do “amor”. É um desenvolvimento não somente na mente e no entendimento da verdade, mas também no coração, nos sentimentos e na sensibilidade.
Chegando ao versículo 16, somos estimulados a funcionar numa perfeita cooperação com as demais partes do Corpo. Aqui está o maravilhoso funcionamento da unidade de todos os membros do Corpo de Cristo. “Ainda que tenha sua distinção e função no Corpo, trabalha em cooperação, para a unidade; unidade essa comandada pela cabeça. O corpo inteiro depende do Senhor do corpo. O crescimento e movimento do corpo estão na obediência à cabeça”.
Portanto, no corpo, nenhum membro pode se individualizar, nem se isolar, nem buscar seus próprios interesses, mas buscar o bem de todos, pois o corpo é um. O crescimento de um deve ser o crescimento de todos, o contrário, não seria um crescimento “em amor”. É o amor que propicia a cooperação e ajuda mútua; o amor trabalha para a edificação de todo o corpo. O nosso crescimento deve ser comunitário, juntos; no mesmo ritmo, com a mesma espécie de maturidade, para que o Corpo demonstre agradável proporção e beleza estética, tenha uma perfeição de forma e sem nenhum tipo de desarmonia entre a cabeça (Cristo) e as outras partes do corpo (Igreja).
1. A dinâmica da cooperação mútua Toda organização, incluindo a igreja, só alcança o sucesso em suas ações quando tem alvos bem definidos e seus membros se esforçam, com o melhor de si, para alcançá-los. Isto requer que, todas as partes do corpo, “bem ajustado”, estejam operando harmoniosamente. É tanto a prática do envolvimento pessoal como algo contínuo. Todavia, temos que levar em conta que um dos maiores problemas enfrentados por quem exerce qualquer cargo de liderança, numa igreja local, é conseguir fidelidade na participação dos seus liderados em suas respectivas atividades, com as quais tem responsabilidade, seja no louvor, na educação, na evangelização, etc. Pois o que se vê hoje é apatia, comodismo e até a indiferença.
Para haver cooperação mútua é indispensável um ambiente de liberdade. Liberdade é ter direito a opções. Uma igreja ou equipe só promove resultados saudáveis quando seus membros estão em harmonia em suas ações e seus direitos de opções garantidos. Indo um pouco mais longe, a verdadeira liberdade consiste na possibilidade situacional de escolher e manifestar opiniões no processo de realização de algo.
“Liberdade é o direito inalienável de todo ser humano, e o valor maior de sua existência como tal. Liberdade é sua capacidade de viver e atuar de forma plena como pessoa, sem imposições arbitrarias. Ela se estende até o ponto em que o direito dos outros de serem também plenas e completas”.
A palavra “ajustado” significa “atado” ou “mantido unido”. Ajustados a quê? Primeiramente, na Cabeça, Cristo e depois, uns aos outros. É isto que significa unidade orgânica, verdadeira e indispensável ao Corpo. Quando crescemos nesta área o resultado é o “poder operante”, “energia que faz algo”.
Isto implica em avaliar sempre o crescimento em relação às nossas práticas. Sabemos que o amor é à base de tudo. Sem ele nada será aceitável diante de Deus. O próprio cristão deve se avaliar, quanto ao crescimento real de sua vida pela prática do amor.
Talvez você esteja pensando: “tudo isto que acabei de ler é muito utópico!” Se você está pensando assim, eu ouso lhe dizer que, em relação à Igreja, a utopia é possível! Talvez você me contra argumente: “mas, hoje, o que está acontecendo, não caminha nem um pouco nessa direção!” Então, eu lhe afirmo que a nossa geração, tem a responsabilidade de, em meio aos encontros e desencontros, sonhos e pesadelos, ousar querer mudar este quadro.
Com a palavra “antes”, Paulo está indicando que o versículo 15, de Efesios 4, deve ser interpretado de modo que ressalte o contraste do ensino no versículo 14, ou seja: que ao invés de sermos crentes “cata-ventos”, girando em todas as direções, de acordo com os “ventos”, devemos ser firmes e estáveis na verdade.
Paulo deixa bem claro que a maturidade espiritual cristã é resultado de um crescimento mensurável que é notado através de atitudes adultas.
2. Superando opiniões divergentes e cooperando uns com os outros Um dos principais pontos de tensões em nossos relacionamentos é, certamente, as opiniões divergentes. Como podemos superar isso? Vejamos dois princípios básicos:
Não agradar a nós mesmos; Renunciar aos nossos direitos. A nossa tendência é sempre de esperar que os outros mudem, mas nos textos acima aprendemos que suportar e perdoar uns aos outros, implica em renunciar a alguns direitos e concentrar-nos em atitudes e comportamentos que conduzem à edificação.
A Bíblia não ordena apenas a colocar os interesses dos outros acima dos nossos, mas a colocarmos a vontade de Deus antes de tudo! Na prática, significa que devemos fazer distinção entre a pessoa e o que ela faz. Deus valoriza as pessoas acima das coisas!
O alvo de tudo isso é a unidade do Corpo de Cristo, ou seja: a Igreja! A unidade é essencial para a própria sobrevivência da igreja. É por esta razão que temos que nos esforçar para superarmos nossas diferenças, tendo em vista a unidade como produto final.
Todavia, a unidade não é o mesmo que unanimidade. Você pode estar unido com o irmão em questões essenciais (como a inspiração verbal da Bíblia, a depravação humana, a salvação só através Cristo, e etc), e discordar em pontos não essenciais, sem, contudo, estar dividido com ele espiritualmente.
As nossas igrejas estão cheias de pessoas fracas, sobrecarregadas e abatidas; pessoas que carecem de um irmão-suporte; alguém que se coloque ao seu lado no sentido de ajudá-las a superarem seus fardos, ansiedades, medos e inúmeras indagações acerca da vida.
“Muitos de nós, para sermos sarados, temos de enfrentar uma verdadeira batalha interior. É que ser curado implica abrir mão de todas as ‘vantagens’ que a doença nos traz. E tem gente que simplesmente não sabe viver sem a sua enfermidade… E há aqueles que fazem da doença a única maneira de se relacionar com os outros… Ser curado implica assumir toda a responsabilidade pela própria vida e, naturalmente, isso não é fácil”.
Uma das formas de possibilitar este tipo de ajuda é através da consolação que provém das Escrituras Sagradas. É por isto que o objetivo final desta relação positiva de suporte é a edificação (Rm 15.2c).

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