Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da SerraPastor Presidente: Eliseu Cadena
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Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Bíblia Sagrada no livro do Gn 27.1-45; Hb 12.16,17 que nos diz:
E ele disse: Eis que já agora estou velho, e não sei o dia da minha morte;
Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça.
E faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; para que minha alma te abençoe, antes que morra.
E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú. E foi Esaú ao campo para apanhar a caça que havia de trazer.
Então falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo:
Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do Senhor, antes da minha morte.
Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:
Vai agora ao rebanho, e traze-me de lá dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta;
E levá-lo-ás a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte.
Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso;
Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção.
E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos.
E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava.
Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor;
E com as peles dos cabritos cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço;
E deu o guisado saboroso e o pão que tinha preparado, na mão de Jacó seu filho.
E foi ele a seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui; quem és tu, meu filho?
E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te agora, assenta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe.
Então disse Isaque a seu filho: Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro.
E disse Isaque a Jacó: Chega-te agora, para que te apalpe, meu filho, se és meu filho Esaú mesmo, ou não.
Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou, e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.
E não o conheceu, porquanto as suas mãos estavam cabeludas, como as mãos de Esaú seu irmão; e abençoou-o.
E disse: És tu meu filho Esaú mesmo? E ele disse: Eu sou.
Então disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu filho; para que a minha alma te abençoe. E chegou-lhe, e comeu; trouxe-lhe também vinho, e bebeu.
E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu.
E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou;
Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.
Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.
E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça;
E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.
E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú.
Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.
Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai.
E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.
Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?
Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?
E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou.
Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus.
E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço.
E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.
E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; e ela mandou chamar a Jacó, seu filho menor, e disse-lhe: Eis que Esaú teu irmão se consola a teu respeito, propondo matar-te.
Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz, e levanta-te; acolhe-te a Labão meu irmão, em Harã,
E mora com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão;
Até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste; então mandarei trazer-te de lá; por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia?
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura.
Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou .
Estamos de volta dando sequência a uma série de
conferências sobre os Patriarcas; Já falamos sobre Abraão;;
Isaque e agora estamos no terceiro seguimento estamos falando
sobre Jacó.
Já apresentamos os seguintes temas:
- sua biografia,
- o seu nascimento.
- "Esaú vende a primogenitura"
Agora vamos falar sobre Isaque abençoa Jacó .
I. Análise preliminar do texto.
Gênesis 27
27.1-3 — Isaque envelheceu. Apesar de velho, Isaque ainda viveu muitos anos (Gn 35.27-29), e a idade avançada não impediu que ele continuasse agindo com cautela. Seus olhos se escureceram. A visão debilitada de Isaque permitiu que Jacó e Rebeca o enganassem (v. 11-29). [Para saber mais sobre outras bênçãos relacionadas à visão de Isaque, veja Gn 48.8-22.] Normalmente, um pai daria a bênção principal ao primogênito, neste caso Esaú (Gn 25.29-34). Mas Deus operou de forma contrária às expectativas culturais e ao favoritismo de Isaque (Gn 37.4). O Senhor já havia abençoado o mais novo'; Jacó.
27.4 — Isaque desejava celebrar a sua bênção a Esaú comendo um guisado saboroso (Gn 27.30). A expressão minha alma — em para que minha alma te abençoe, antes que morra — substitui o pronome eu. É provável que o anseio do pai de abençoar Esaú tenha feito com que Isaque ignorasse, por certo tempo, o acordo entre seus dois filhos, segundo o qual Esaú vendeu o direito à primogenitura a Jacó, seu irmão mais novo (Gn 25.29-34). Porém, as palavras de Esaú a seu pai no versículo 36 — abençoa-me também a mim, meu pai — sugerem que o patriarca soube posteriormente do ocorrido. Talvez Isaque desejasse que a perda dos direitos de primogênito de seu filho fosse abrandada pelo poder das palavras de uma grande bênção. Mas, como se pode observar no versículo em análise, Jacó ficou com a primogenitura e com a principal bênção paterna.
27.5 — A mãe agiu com o intuito de favorecer um dos filhos, neste caso, Jacó. A falta de comunicação e de concordância entre os pais é um dos fatores que contribuem para o que chamamos hoje de família disfuncional.
27.6,7 — Falou Rebeca a Jacó, seu filho. Rebeca tinha dois filhos, mas o pronome usado aqui (seu) indica a relação especial dela com Jacó.
27.8-10 — Filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando. Rebeca queria evitar que a bênção que seu marido planejava dar a Esaú fosse recebida por este. Aqui, Rebeca parece manipuladora e desonesta, mesmo sabendo que seu filho mais novo, Jacó, teria precedência sobre o mais velho, pois Deus já falara a ela sobre isso (Gn 25.23).
27.11,12 — Jacó queria saber como ele se faria passar pelo irmão, pois Esaú era cabeludo desde que nascera (Gn 25.25). Ao dizer me apalpará o meu pai, e serei, a seus olhos, enganador, Jacó demonstra que temia ser descoberto pelo pai; no entanto, não menciona em momento algum que a sua atitude era errada.
27.13-20 — E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito. Jacó mentiu para receber a bênção principal (espiritual) invocada por Isaque. Isso indica o quão longe Jacó era capaz de ir para atingir seus objetivos.
27.21-27 — Ora, chega-te e beija-me, filho meu. Isaque teve de apalpar Jacó (v. 21,22), ouvi-lo (v. 22), questioná-lo (v. 24), beijá-lo e cheirá-lo (v. 26,27) para confirmar sua identidade e, finalmente, acreditar nas mentiras que o filho contava. Para cada uma das mentiras que Jacó falava, era preciso outra para encobrir a anterior e conferir veracidade ao discurso.
27.27-29 — Ironicamente, Isaque começou a sua bênção descrevendo o cheiro rústico das vestimentas de seu filho, sinal de que Jacó conseguira enganá-lo trajando as roupas de Esaú. Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti. Isaque predisse que os descendentes de Jacó obteriam supremacia sobre todos os povos. Jesus, como o Rei dos reis e descendente de Jacó, cumpriu essa predição (1 Tm 6.14-16). Sê senhor de teus irmãos. O termo em hebraico gebir, traduzido como senhor (também aparece no v. 37), está relacionado ao significado da palavra herói (Js 1.2; Is 9.6) e descreve aquele que é valente e corajoso. Quando mencionou de teus irmãos, Isaque tinha a intenção de que Jacó se curvasse diante de Esaú. Mas, por causa do engano, Isaque abençoou Jacó em vez de Esaú. Inconscientemente, o patriarca o fez usando as palavras pronunciadas pelo Senhor a Abrão (Gn 12.3), malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem. Como resultado dessa bênção, Jacó se tornou o herdeiro da aliança eterna entre os descendentes de Abraão e o Senhor.
27.30-32 — E disse-lhe Isaque, seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito, Esaú. Certamente Isaque reconheceu a voz de seu filho mais novo.
27.33 — Profundamente abalado, Isaque se deu conta de que fora enganado por Jacó. Mesmo assim, disse a Esaú que Jacó também seria bendito, visto que, na cultura daquela época, os compromissos estabelecidos e as palavras pronunciadas não podiam ser revogados, como acontece hoje. A bênção de Isaque era muito poderosa, pois estava respaldada na promessa do Senhor (v. 27- 29). Por isso, não poderia ser retirada.
27.34 — Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai. São visíveis o sofrimento intenso e o desespero de Esaú. Por ser o filho amado de Isaque, certamente este o abençoaria também. Contudo, a bênção principal fora dispensada a Jacó.
27.35 — Jacó apropriou-se da bênção destinada a Esaú, utilizando meios ardilosos. Neste diálogo entre Esaú e seu pai, este descobre o engodo e conta ao filho como isso aconteceu, dizendo: veio o teu irmão com sutileza e tomou a tua bênção. Em Gênesis 29.25, constatam os que, tempos depois, Jacó estaria sujeito aos mesmos sentimentos que Esaú ao ser enganado por seu tio Labão.
27.36-38 — Então, disse ele [Esaú]: Não foi o seu nome justamente chamado Jacó?Neste momento, Esaú alude ao significado do nome Jacó, aquele que agarra o calcanhar, para insinuar que este, mais uma vez, teria feito jus ao nome que recebera, tomando a bênção do verdadeiro primogénito. Esaú provavelmente esperava superar a perda do seu direito à primogenitura (Gn 25.29- 34) por meio da bênção poderosa de Isaque. Mas, usando de astúcia, Jacó conseguiu obter também a bênção que Esaú receberia de seu pai, que era irrevogável (v. 37). Totalmente angustiado, Esaú insistiu com Isaque para este o abençoar, repetindo nos versículos 36 e 38 a seguinte pergunta: tens uma só bênção, meu pai?
27.39 — A bênção proferida a Esaú teve muito menos intensidade do que a proferida a Jacó (para ler acerca da bênção reservada a Ismael, veja Gn 16.11,12).
27.40 — A bênção a Esaú afirmava que ele serviria a seu irmão. Contudo, por fim, ele se libertaria desse jugo.
27.41 — Os sentimentos de Esaú agora eram transparentes. Ele passou a odiar seu irmão. Assim, pensou num plano para matar Jacó, fato que se assemelha à passagem do assassinato de um irmão pelo outro em Génesis 4.
27.42-45 — Aparentemente, Esaú revelou sua decisão perversa a alguém. De novo, Rebeca interferiu em favor de seu filho preferido, Jacó, ordenando a este que fosse para a casa de Labão, tio dele, em Harã (cap. 24) Anos antes, em sua cidade, Labão servira de anfitrião ao servo de Abraão (Gn 24.29). Inicialmente, a intenção da matriarca era enviar seu filho por um curto período de tempo. Contudo, alguns dias se converteram em 20 anos (Gn 31.38,41). Por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia? A preocupação de Rebeca era ficar sem ambos os filhos se Esaú matasse Jacó: este morreria, e aquele, como Caim, seria exilado de seu povo. Infelizmente, ela morreu antes do retorno de Jacó (Gn 31.18; 35.27-29).
27.46 — Se Jacó tomar mulher das filhas de Hete. Rebeca falou com Isaque a respeito da viagem de Jacó, reforçando sua preocupação com a escolha da futura esposa de seu filho mais novo. O casal já sentira o pesar do casamento de Esaú com as mulheres hititas (Gn 26.34,35). Além disso, Isaque encontrara Rebeca em Harã, o que significa que nesse lugar Jacó também poderia encontrar uma esposa que adorasse o Senhor, e não outros deuses.
II. A estratagema de Rebeca e a benção de Isaque
Isaque já estava velho e os seus olhos mal podiam ver. Ele chamou Esaú e lhe falou:
– Esaú, meu filho, prepara uma caça para mim, um ensopado de carne como eu gosto. Depois vem até aqui para que eu te abençoe antes que morra.
Quando Rebeca escutou Isaque falando com Esaú, procurou por Jacó e contou o que havia escutado. Então pediu que Jacó matasse dois cabritos do rebanho e trouxesse para que ela preparasse um ensopado para Isaque:
– Assim teu pai vai te abençoar também!
Jacó respondeu:
– Mas Esaú é homem peludo e eu sou homem liso, meu pai vai notar a diferença e ao invés de me abençoar, irá me amaldiçoar.
– Meu filho, confia em mim. Apenas faça o que eu te digo.
Rebeca preparou o ensopado e vestiu a Jacó com casacos de Esaú, de modo que este parecesse ter mais pelos. E Jacó foi encontrar-se com seu pai.
– Meu filho, quem és tu? – disse Isaque
– Sou Esaú, teu primogênito.
– Mas como você achou a caça tão rápido?
– O Senhor me abençoou para que eu achasse.
– Chega mais perto filho, para que eu te apalpe e veja se és mesmo Esaú.
Isaque continuou:
– A voz é de Jacó, mas as mãos são de Esaú.
Mas Isaque não reconheceu a fralde e o abençoou dizendo:
Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou; Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem. Gênesis 27:27-29
Depois disso Jacó se retirou e, em seguida, seu irmão Esaú se aproximou com a caça.
Isaque perguntou:
– Quem és tu?
– Teu filho Esaú, o teu primogênito.
Então Isaque estremeceu por dentro e exclamou:
– Então quem era aquele que estava aqui?! Ele me deu a caça eu comi e o abençoei com a benção da primogenitura!
E Esaú gritou com grande força:
– Abençoa também a mim pai!
– Teu irmão nos enganou e tomou a tua benção.
Esaú chorou e clamou a seu pai:
– Não sobrou para mim nenhuma benção?
E Isaque respondeu:
Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus. E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço. Gn 27:40
Esaú odiou Jacó pelo que este lhe fizera e prometeu para si mesmo: “quando meu pai morrer, matarei meu irmão”.
A intenção de Esaú chegou aos ouvidos de Rebeca que advertiu a Jacó:
– Foge para as terras do meu irmão Labão Jacó, porque se não, teu irmão te matará. Mora com Labão até que passe a fúria de Esaú.
III. Com a ajuda de Rebeca Jacó engana o seu irmão.
Rebeca tinha certeza que Jacó era o verdadeiro herdeiro da benção de Deus, pois soubera ela interpretar a profecia "o maior servirá ao menor" (Gn 25;23). Jacó era bom cozinheiro e preparou um saboroso guisado vermelho que despertou o apetite de Esaú que voltava cansado de uma caçada (Gn 25:29). Jacó vendo uma oportunidade para fazer um bom negócio, revelou-se aproveitador e oportunista, serviu-se do momento de fraqueza do irmão e propôs compra-lhe a primogenitura (Gn 25:31). Esaú era um materialista e não lhe importava a primogenitura (Gn 25:32), mas este direito envolvia autoridade e superioridade sobre a família, porção dobrada da herança paterna e benção especial do pai. Sem perda de tempo, Jacó fez Esaú jurar que abdicava desse direito, em favor dele (Gn 25:33). Por um pedaço de pão e um guisado de lentilhas Jacó adquiriu o direito de primogenitura de seu irmão (Gn 25:34). Jacó dava muito valor ao direito de primogenitura e pagaria bastante por ele.
Aos cento e trinta e sete anos de idade, Isaque, quase cego e recolhido a sua tenda, achando que iria morrer, instruiu seu filho Esaú que fosse caçar e preparasse uma comida para ele e depois o abençoaria antes de morrer (Gn 27:1-4).
Rebeca ouviu a conversa e, juntamente com Jacó, elaborou um plano para enganar Isaque com a finalidade de obter a benção para Jacó. Rebeca tinha certeza que estava fazendo a vontade de Deus e aconselhou a Jacó a se passar por Esaú e receber a benção (Gn 27:5-29). O plano era preparar um saboroso guisado como Isaque gostava, depois vestir-se como Esaú e presentear Isaque com a comida (Gn 27:6-10).
Jacó sentiu-se desconfortável ao entrar na tenda de seu pai cego, vestindo as roupas de Esaú e cheirando ao campo, para declarar: "Eu sou Esaú, teu primogênito" (Gn 27:19). Isaque ficou na dúvida, mas abençoou Jacó pensando ser Esaú (Gn 27:23-29).
Jacó beijou a seu pai. Este foi o primeiro dos três beijos de traição que a Bíblia descreve (Gn 27:26).
Os outros beijos de traição foram o de Joabe ao matar seu irmão (2 Sm 20:9)
e quando Judas beija a Cristo, para enganá-lo (Mt 26:49).
Os outros beijos de traição foram o de Joabe ao matar seu irmão (2 Sm 20:9)
e quando Judas beija a Cristo, para enganá-lo (Mt 26:49).
Em seguida chega Esaú de sua caçada e descobre a fraude (Gn 27:30-34). Duas vezes Jacó enganou Esaú. Tirou-lhe o direito da primogenitura e a benção paterna (Gn 27:36). Esaú chorou amargamente por ter sido enganado, mas também foi bendito pelo pai (Gn 27:38-40). O fato criou uma inimizade grande entre os gêmeos. Esaú se propôs a matar seu irmão após a morte do pai (Gn 27:41). Jacó tentou suplantar seu irmão por meios errados, desviando-se da vontade de Deus para sua vida.
Esaú, embora primogênito, não era merecedor da herança. O texto bíblico simpatiza por Jacó. Ele é digno de herdar a seu pai. Ele carregará honradamente a pira da verdade de Abraão. É ele o merecedor das bênçãos que Isaque herdou de seu pai, e não Esaú, o "perito caçador, homem do campo" (Gn 25:27). Pois lá, nos campos onde Esaú vivia, reinavam outras leis, diferentes das leis herdadas de Abraão.
Do texto do capítulo 27, de Gênesis, pode-se extrair valiosas lições. O inimigo conhece os momentos de fraqueza do ser humano. E naquele momento, assim como fez Jacó a Esaú, ele oferecerá exatamente aquilo que se precisa; a mentira é um pecado especialmente incentivado por Satanás, é ele o pai da mentira (Jo 8.44); e, os prazeres mundanos causam renúncia da benção de Deus.
Apesar do engano Isaque abençoou Jacó confirmando assim a atitude equivocada de Rebeca, que passou por cima da autoridade paterna.
É perceptível que, Esaú não vendeu qualquer coisa. Certamente deveria pensar, ou “pensou muito bem” antes de vender sua primogenitura. No final, o seu padecimento, evocando o seu instinto, falou mais alto.
IV. Apesar das falhas e mentiras Deus perdoou e amou a Jacó.
Os versos 29-34 do capítulo 25 nos mostram a venda da primogenitura de Esaú a Jacó. Embora mais tarde Esaú alegue que foi enganado (27.36), a verdade é que foi ele mesmo que desvalorizou o seu direito de primogenitura e o vendeu por um guisado de lentilhas.
Segundo escavações arqueológicas do período patriarcal, é conhecido que o direito de primogenitura era negociável e poderia ser transferido através de um acordo.
“Por exemplo, um contrato de casamento do décimo quinto século de Alalajh, no norte da Síria (onde a população foi durante muito tempo hurriana), indica que o pai podia desdenhar a lei da primogenitura e designar o filho que seria o ‘primogênito’”
Foi isso que Jacó fez com Esaú, um acordo: – “Eu te dou este guisado em troca do seu direito de primogenitura”, ao que Esaú concordou, pronto, negócio fechado; não há qualquer engano aqui, Esaú é que foi precipitado e inconsequente por vender seus direitos por desejo de saciar momentaneamente sua fome. Ser primogênito dava vários direitos ao possuidor; na ausência do pai o primogênito era o responsável pela família; ainda tinha direito à porção dobrada da herança sobre qualquer outro irmão.
Jacó usurpou a bênção de Esaú além de mentir, porém, o próprio Esaú vendeu o seu direito de primogenitura por uma sopa de lentilhas. Isso demonstra que a humanidade é falha e carece da graça divina! Tanto Jacó quanto Esaú erraram. Devemos lembrar ainda que, ao nascer, já fora profetizado que Jacó seria o herdeiro das bênçãos divinas: “um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço” (Gênesis 25:23). Ao usurpar a bênção, Jacó quis dar um “jeitinho”, um atalho, tentando adiantar as bênçãos de Deus.
Lembremos rapidamente do ocorrido. Esaú, ao voltar da caça, descobriu a mentira que seu irmão tinha feito, e, pior: viu que perdera o direito à primogenitura (Gênesis 27:34-36). A mentira foi revelada e demonstrou ter mesmo “pernas curtas”. Como resultado de sua escolha, Jacó viveu errante por muito tempo. Pagou o preço da mentira ao levar consigo uma angústia insaciável, até que teve um encontro com Cristo numa luta de madrugada no Vale de Jaboque (Gênesis 32:22-32). Ali, seu coração estava desnudado, reconhecia seu erro cometido no passado e sabia que isso poderia lhe custar a vida. Ele desejava ter a certeza do perdão divino, e naquele encontro noturno disse à Pessoa com quem lutava: “Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes” (Gênesis 32:26). A resposta veio em seguida: “Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu” (Gênesis 32:28). Jacó descobriu que, sempre quando “lutamos” com Deus (e não contra Deus), saímos vencedores. Seu caráter foi transformado a ponto de ser chamado “Israel”.
A história de Jacó revela que existe graça para os pecadores e que o plano de Deus continua o mesmo para a nossa vida. Jacó foi perdoado pela graça divina, porque Deus teve misericórdia dele, mediante arrependimento e confissão. Que bênção maravilhosa! Podemos ter a certeza de que “se confessarmos os nossos pecados, Ele (o Senhor) é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).
Sabe, a história de Jacó revela muito sobre a natureza humana e quão perversa ela pode ser. A Bíblia diz em Jeremias 17:9: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” A palavra “enganoso”, empregada neste versículo, possui a mesma raiz do nome “Jacó”. Assim, de certa forma, podemos dizer que todos já tivemos alguma semelhança com Jacó. O nosso maior inimigo tem nome: “eu”. Por natureza o ser humano tem a tendência de mentir e enganar. Ao contrário do que pensamos, não somos naturalmente bons, verdadeiros e sinceros. Mas afinal, quem realmente somos? A resposta é trazida à tona somente quando olhamos para Cristo e para a Sua santa lei. Ali, nossa verdadeira identidade é revelada e nossas máscaras caem no chão. Somos tão necessitados da graça de Cristo, assim como Jacó! A boa notícia é que se aceitamos o Senhorio de Cristo em nossa vida, em arrependimento e confissão, somos perdoados e purificados de todos os pecados. Isso é graça. Não merecemos, mas Deus a oferece, por Seu amor e misericórdia.
V. Esaú perdeu a bênção por ter sido profano.
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura.
Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou (Hb 12.16,17).
O autor aos Hebreus,nos instrui a não ser como Esaú,que trocou o que ele tinha de importante e que era por toda a vida,para alimentar a sua fome física,passageira.
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú. (v. 16a)
Nós já vimos o que significa primogenitura e que vínculo ela tem com a igreja hoje,mas precisamos antes contextualizar o verso 16,o contexto começa no capítulo 12:1,que diz: “ corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.
Deus nos propôs uma carreira,um caminho,uma missão,esta carreira se caracteriza por representar DEUS na terra,ser embaixador do reino de DEUS onde vivemos,mas o autor nos informa,que uma “ grande nuvem de testemunhas”,ou seja todos os heróis da fé,que nos antecederam,nos rodeiam,ou seja é como se eles estivessem nos informando,que ao exercermos nosso ministério,ou ao desenvolvermos nossa carreira,não estamos sós,DEUS está dentro de nosso coração e o trabalho desenvolvido pelos servos de DEUS do passado,nos estimulam a continuar representando DEUS na terra,enfrentando todas as lutas e provas,os servos de DEUS no passado venceram,portanto podemos vencer também.
O verso 1,nos diz que devemos que devemos nos desvencilhar de todo o peso e pecado,e que devemos olhar firmemente para JESUS,o “ autor e consumador da nossa fé”,e diz que em nossa luta contra o pecado,não resistimos até o sangue ( ou seja não sofremos como JESUS na cruz e nem passamos por provas que outros servos passaram e passam)
O autor também informa no verso 6,que na carreira que DEUS nos propôs,DEUS nos ensinará como pai,nos corrigindo quando necessário,pois DEUS corrige e açoita (disciplina) a todo filho que recebe(observe que ser filho de Deus é um status conseguido quando reconhecemos JESUS como filho de Deus,antes deste reconhecimentos,somos seres criados ou criatura de DEUS,esta disciplina segundo o verso 10 é para que sejamos “ participantes de sua santidade “.
No verso 12,DEUS nos instrui a sermos firmes,resolutos,determinados,” restabelecendo as mãos descaídas e os joelhos trôpegos “.
No verso 13,lemos que o servo de Deus que segue a carreira que DEUS propôs,deve: “ fazer caminhos retos”,nada de um pé na igreja e outro fora,nada de vida de pecado um dia e vida de santidade no outro,nada de confiar um dia e desconfiar de DEUS no outro.Deus requer caminhos retos,seguir em frente,com objetivos bem definidos.
No verso 14,está o maravilhoso segredo para quem quer viver se relacionando perfeitamente com DEUS e com as pessoas.Veja o conselho: “ segui a paz com todos “.A orientação de DEUS não é seguir a paz somente com a família ou com os amigos,mas com todos,quem faz parte deste grupo que a bíblia chama de todos?todos,os irmãos que fazem parte de outras denominações,com as pessoas de outras religiões,pois como podemos desejar que estas pessoas façam parte da família de DEUS,se em vez de amá-las e viver em paz com elas,guerreamos contra eles?Paulo já nos ensinou que nossa luta não é contra carne e sangue.
Outro importante conselho do verso 14 é: segui a santificação “,mas porque devemos seguir a santificação,como a própria bíblia se auto explica,a próxima frase dá a resposta: “ sem a qual ninguém verá o Senhor “
VI. Os Pais devam evitar preferências filiais.
A abençoada família de Isaque, porém, permitiu que a divisão se instalasse em seu seio. Isso sempre traz consequências terríveis, pois é na força da união familiar que os projetos se realizam (Gn 11.6; Dt 32.30). Isaque certamente entendeu que a preferência de Abraão por ele, em relação ao seu irmão Ismael, aconteceu por ordem do Senhor. Mas o Altíssimo não determinou que houvesse predileção dos pais em relação a qualquer dos filhos; aliás, a única coisa que se sabia sobre o futuro das crianças era uma revelação que Deus dera a Rebeca, dizendo que o maior serviria ao menor (Gn 25.23). Entretanto, como a palavra não fora dirigida a Isaque, talvez ele não levasse a profecia muito a sério. À proporção que a vida foi passando, Isaque se afeiçoou sobremaneira por Esaú e Rebeca por Jacó (Gn 25.28). Pelo que se depreende do texto bíblico, essas preferências não eram em nada discretas, sussurradas nos corações, mas claramente perceptíveis. Era uma situação incomodamente colocada. Os pais faziam questão de tomar partido.
Depois da morte de Sara, estando Abraão já muito velho, era necessário tomar providências quanto à continuidade da família da aliança, pois Isaque ainda era solteiro. Diante disso, Abraão chamou o seu servo mais antigo e de grande confiança (Gn 24.1-5), muito provavelmente Eliézer, o damasceno (Gn 15.2-3), para encontrar uma esposa dentre sua parentela para Isaque.
O relato sobre a busca e a escolha de uma esposa para Isaque é muito bonito e demonstra o governo soberano do Senhor sobre a vida. O servo de Abraão orou: “Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: inclina o cântaro para que eu beba; e ela me responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste para o teu servo Isaque; e nisso verei que usaste de bondade para com o meu senhor” (24.12-14). E, assim sucedeu. Uma moça formosa apareceu onde ele estava, deu água a ele e aos seus camelos. Era Rebeca (24.15-51).
O encontro de Isaque e Rebeca também demonstra o estabelecimento dos desígnios do Senhor e o casamento (Gn 24.52-67) como havia plena harmonia entre a vontade de Deus e o sentimento que nasceu em seus corações: “Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou…”(v. 67).
1. A relação entre Isaque e Rebeca em família.
Apesar de essa união ter sido realizada por Deus, devemos nos lembrar de que se tratava de duas pessoas diferentes, que viveram sob a influência do pecado e, portanto, passíveis de cometer erros e de ter de lidar com suas dificuldades.
Na história deste casal encontramos algumas características marcantes que, certamente, os ajudaram na administração de seus conflitos.
A. Um casal monogâmico
Tudo indica que Isaque só teve Rebeca como esposa. Isto significa que eles tiveram um casamento segundo o padrão estabelecido por Deus, ou seja, monogâmico.
Não encontramos na Bíblia qualquer indício que seja de que Isaque tenha se relacionado com outra mulher. O texto aponta apenas para Rebeca. Em sua genealogia, por exemplo, encontramos apenas os nomes dos gêmeos Esaú e Jacó, como seus filhos.
B. Um casamento movido por oração
O casamento de Isaque e Rebeca continuava sendo dirigido por Deus. Diante da esterilidade de Rebeca, que era um obstáculo ao desenvolvimento da família da aliança, Isaque se colocou diante de Deus em oração por sua esposa. Essa atitude não apenas demonstra sua fé em Deus, como também seu amor por sua esposa (Gn 25.21). O resultado disto foi que Deus os abençoou, ouvindo e atendendo essa oração. Rebeca, então, concebeu.
Rebeca também orou a Deus para a resolução de um problema. Quando ela já se achava grávida dos gêmeos, diante de sua agonia com a inquietação dos bebês no seu ventre, ela se dirigiu a Deus. A resposta obtida foi reveladora, apontando para o futuro dos seus filhos: “Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço” (25.23).
C. Um casal afetuoso
Isaque e Rebeca talvez formem o casal mais romântico das Escrituras. Desde o seu primeiro encontro, eles são apresentados de modo bastante romântico (Gn 24.62-67).
No capítulo 26 de Gênesis é narrado o período que Isaque passou na terra dos filisteus por causa da seca e fome que sobreveio à terra (v. 1). Nessa narrativa, observamos que Isaque, temendo por sua vida, apresentou Rebeca, sua esposa, como sendo sua irmã (26.7) – a exemplo do que Abraão fizera com Sara anteriormente (12.13; 20.2).
Permanecendo Isaque naquela região por um tempo razoável e, antes que alguém tomasse Rebeca por sua mulher, Abimeleque, rei dos filisteus, “viu que Isaque acariciava a Rebeca” (26.8). Embora a palavra traduzida por “acariciar”, no hebraico signifique “brincar”, ela denota uma atitude de intimidade que não podia ser aplicada a irmãos, por exemplo. Tanto é assim, que, quando Abimeleque viu aquela cena, mandou chamar Isaque e disse: “…é evidente que ela é tua esposa” (26.9). Esta atitude demonstra afetuosidade entre Isaque e Rebeca. Eles demonstravam carinho um pelo outro.
2. Administrando conflito em família.
Como já dissemos, apesar desta união ter sido planejada por Deus, estavam envolvidas pessoas com suas naturezas pecaminosas, entre as quais os conflitos surgiam e que deveriam ser administrados. Isso não quer dizer que esses conflitos foram necessariamente criados por eles. Um, em especial, não tinha a ver com eles propriamente, mas com os seus filhos, Jacó e Esaú. Esse conflito iniciou-se desde o ventre de Rebeca (25.22).
A. Esaú – O primogênito sem o direito de o ser
Esaú, em hebraico, significa “peludo”. Ele também foi chamado de Edom, que, em hebraico, significa “vermelho”. Ele foi o pai dos edomitas, que habitaram em uma região que hoje é conhecida por Aqaba. Esaú nasceu ruivo e peludo. Ele era um perito caçador, um homem viril, do campo, destemido e agitado, completamente oposto a Jacó. Eles eram muito diferentes, tanto na aparência quanto no temperamento.
Esaú era o primogênito. Na cultura hebraica “o filho mais velho tinha o direito de ser o herdeiro principal da fortuna da família (27.33; Dt 21.17; 1Cr 5.1-2). A herança paterna era dividida pelo número de filhos, e o primeiro sempre tinha direito a duas partes. Por exemplo, se fossem nove filhos, o primeiro receberia duas partes e os outros oito dividiriam as sete partes restantes. Se fossem apenas dois filhos, o primeiro herdava as duas partes sem deixar nada para o irmão. Ao primogênito também cabia a responsabilidade de ser o protetor da família. Na família da aliança, essa fortuna incluía a promessa do Senhor de dar a Abraão uma descendência na terra que abençoaria todas as nações. A primogenitura era transferível, como nos casos de Judá/Rúben, Efraim/Manassés e Salomão/Adonias” . Em outras palavras, a primogenitura era algo que não se podia dispensar. Era tida como ação graciosa de Deus para um propósito divino e, portanto, considerada uma bênção imensurável.
Esaú, entretanto, rejeitou esta bênção quando a trocou por um prato de lentilhas: “Tinha Jacó feito um cozinhado, quando esmorecido, veio do campo, Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom. Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? (…) Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura” (Gn 25.29-32,34).
Esaú demonstrou total desprezo pelas coisas de Deus quando rejeitou sua primogenitura, vendendo-a. Essa atitude o caracteriza como um homem profano, imediatista e soberbo, contrapondo-se ao caráter de um servo de Deus: “…nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura” (Hb 12.16). Ele pagou um preço muito alto por este desprezo, pois, mais tarde, quando tentou recuperar a bênção, foi rejeitado.
Não houve lugar para arrependimento: “…querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado” (Hb 12.17).
B. Jacó – O primogênito de fato e de direito
Pode soar estranho o que nasceu depois ser considerado o primogênito de fato e de direito, mas, não é. A primogenitura de Jacó não se dá pela ordem do nascimento, mas pela eleição soberana de Deus.
Jacó, diferentemente de seu irmão, era pacato, tranquilo, gostava da casa e de seus afazeres (Gn 25.27). O nome de Jacó pode ter dois significados: “aquele que segura o calcanhar” ou “astuto, suplantador”. Além da aparência física e do caráter, Jacó era diferente de seu irmão, Esaú, também na ambição e na ação:
• Jacó queria a bênção da primogenitura desde o ventre de sua mãe e, isto, é demonstrado quando a narrativa bíblica dá ênfase no modo como eles nasceram – Jacó segurava o calcanhar de Esaú (25.26), numa demonstração de que ele queria ser o primeiro.
• Jacó almejava a bênção de Deus (primogenitura), mesmo sabendo que isto poderia ser impossível. Quando lemos o texto à impressão que fica é que Jacó estava sempre atento às oportunidades. Assim, quando Esaú chega esmorecido e com fome, Jacó simplesmente oferece um acordo – a comida pela primogenitura (25.29-34).
• Jacó também não mediu esforços nem as consequências para conseguir o que queria. Quando soube que o seu pai, já muito velho, abençoaria ao seu irmão, orientado pela mãe, ele se passou por Esaú e foi receber a bênção de Isaque. Havia no coração de Jacó intensidade em querer as bênçãos do Senhor (27.1-29).
Além disso, precisamos entender que Jacó era o herdeiro da promessa desde a sua concepção, eleito soberanamente pelo próprio Deus. Entendendo isto, saberemos que Jacó não usurpou a bênção de Esaú, mas se apropriou, ainda que de forma astuta, daquilo que era seu. Basta olharmos para a resposta que Deus deu a Rebeca no capítulo 25.23: “Respondeu-lhe o SENHOR: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço.”
Portanto, o que podemos avaliar destes dois personagens é que o conflito que havia entre eles ia além de suas diferenças físicas e características essenciais, mas, se dava por causa da bênção do Senhor. Um deles queria muito ser o herdeiro da promessa e, o outro, tratou com descaso tão grande privilégio.
3. O agravamento do conflito
O conflito familiar já existia frente as rivalidades dos irmãos Jacó e Esaú. Entretanto, os posicionamentos que os pais tomaram na tratativa deste conflito foi, de fato, um agravante. Não devemos definir quem estava certo ou errado, mas é prudente pensar que todos tiveram sua parcela de culpa.
A Bíblia nos fala que existia uma preferência dos pais pelos seus filhos: “Isaque amava a Esaú, porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó” (Gn 25.28). Esse favoritismo explícito dificultou ainda mais as coisas, principalmente, porque Deus já havia estabelecido a sua preferência. Livre e soberanamente, Deus havia escolhido Jacó como o herdeiro da promessa e, Isaque, por maior amor que tivesse por Esaú, não poderia contrariar o que Deus já havia estabelecido.
Temos aqui um sério alerta sobre o perigo da predileção entre os filhos. Dar atenção especial a um filho, em detrimento do outro – ainda que em alguns casos isso seja necessário – pode causar sérios problemas: ciúme, ódio, falta de cordialidade. Cabe aos pais edificar um lar de amor, disciplina e aceitação mútua. É preciso combater a rivalidade e a competição entre irmãos. Todos devem sentir-se acolhidos e amados, ainda que considerando a peculiaridade de cada filho.
Mas, o ápice do conflito familiar se deu no momento em que Isaque foi dar sua bênção. O tema desse conflito familiar agora se manifestou plenamente na busca da bênção patriarcal e os equívocos e fraquezas vêm à tona:
a. Isaque se escora em seus sentidos falíveis e não na orientação de Deus (27.4, 21-27);
b. Isaque errou em não se impor como líder espiritual de sua casa e, possivelmente, em não dar ouvidos à Rebeca, sua esposa. Aqui há um paralelo contrastante com 21.8-14;
c. Rebeca contribui para o problema familiar posicionando sua preferência em Jacó; ele usa de astúcia, mas, apesar do seu método não ser o correto, os seus valores espirituais são bons (25.23; 26.35; 27.46);
d. Esaú quebrou o seu juramento a Jacó, pois já havia aberto mão de sua bênção na troca pelo prato de comida (25.31-33); Esaú mostrou seu desprezo pelas bênçãos da aliança ao se casar com as mulheres cananeias (24.3-4; 26.34-35), desapontando inclusive aos seus pais (26.35);
e. Jacó mentiu descaradamente (27.19-20).
VII. A aplicação deste episódio na nossa vida.
Amado leitor,qual foi o objetivo da vinda dos profetas e servos do Senhor do passado?certamente,foi fazer com que as pessoas pudessem ver ao Senhor,e ao vê-lo,pudessem amá-lo,reverenciá-lo, servi-lo, adorá-lo.Qual foi o objetivo da vinda de JESUS a terra e de sua morte na cruz?certamente o mesmo objetivo dos profetas e servos do Senhor de todos os tempos,fazer com que todos os que estavam longe de DEUS,pudessem ver a DEUS.Amado leitor,me responda biblicamente então,de que forma alguém pode ver a DEUS?a resposta está no texto que diz,que é seguindo a santificação.
Mas palavras precisam de esclarecimentos,então precisamos aprender o que é santificação para seguir e ensinar a outras pessoas.Basicamente a palavra santificação significa: ‘ separação “ e ela ocorre em três fases.Como DEUS é um ser separado mais ao mesmo tempo se aproxima de seu povo,as pessoas tem a oportunidade de a cada dia se aproximar mais de DEUS,esta aproximação contínua é chamada de santificação.
Quando nos convertemos a JESUS,um processo espiritual ocorre conosco,somos santificados,ou seja separados provisoriamente por JESUS,para que Deus possa operar em nós e agir através de nós,o Espírito Santo entra em nosso coração,derrama o amor de DEUS em nós,e passamos a compreender a bíblia e o mundo espiritual.JESUS nos separa mais continuamos morando na terra,no meio dos pecadores,sendo tentados diariamente.Alguns talvez perguntem,mas porque DEUS ao nos salvar,não nos arrebata como fez com Elias e Enoque,porque DEUS quer mudar a vida de outras pessoas,e infiltrando no meio da humanidade caída,a igreja,a tendência é que as pessoas que mantenham contato com os servos de Deus sejam influenciados pelo comportamento e vida destas pessoas.Portanto a primeira etapa da santificação é realizada por JESUS.
O plano de Deus para nós é que todos sejamos abençoados, tenhamos uma vida santa, em intimidade com Ele, que sejamos prósperos e cheios da Sua vida. Para isso, desde que o homem pecou no Jardim do Éden, Deus vem levantando na terra homens obedientes a Ele, que O temem e O amam, para formar um povo santo, destemido e temente a Ele. Levantou a Noé, depois a Abraão e continuou o Seu projeto com Isaque, que gerou Esaú e Jacó. Esaú perdeu a bênção por ter dado mais valor a um prato de comida do que ao que Deus lhe tinha dado por ser o primogênito (filho mais velho).
Muitas vezes agimos como Esaú. Damos mais valor às coisas do mundo do que às bênçãos que Deus preparou para nós. Gostamos mais de ir ao Shopping, ao cinema, brincar com os amigos, do que estar com o Senhor, ir ao culto, ler a Bíblia, orar. Se quisermos ser bem sucedidos em tudo o que fizermos, se quisermos ser homens e mulheres de êxito, abençoados, não podemos ser como Esaú, que preferiu a comida à bênção, e nem como Jacó, que enganou a seu pai e a seu irmão para receber a bênção, tendo que fugir e passar muitas situações difíceis.
Você consegue identificar a influência e os prejuízos que os conflitos causam em seu lar? As decisões que você toma têm resolvido ou agravado esses conflitos?
Considere sempre que, mesmo andando na presença de Deus, por sermos pecadores, sempre teremos de lidar com conflitos. Procure conduzir sua família sob a instrução divina e não segundo a inclinação do coração, que é enganoso. Isso ajudará a resolver e amenizar os efeitos dos conflitos em sua casa.
Como verdadeiro cristão, procure viver em paz com todos que estão ao seu redor; ore por eles e com eles. Esforce-se para melhor interagir com as pessoas, não sendo partidarista ou egocêntrico.
Se Esaú cresse, poderia até desmaiar de fome mas não venderia o seu direito a primogenitura e as promessas de Deus ao seu irmão .
Apesar de Jacó ter sido desonesto, chamou atenção de Deus pela luta dele e empenho em se passar por Esaú, correndo o risco de ser amaldiçoado pelo seu pai que estava velho e cêgo e queria dar a sua benção ao primogênito antes de falecer .
Quem crê e luta pela fé Agrada a Deus, a indiferença é sinal de nenhuma fé.
Deus viu e amou mais a Jacó e aborreceu-se de Esaú por isso,
Deus na qualidade de Deus quer ser valorizado e não trocado por um punhado de lentilhas,
E tem um detalhe para Deus o que vale mais do que um primogênito de nascimento é um primogênito de fé e coragem!
E eu realmente duvido que Esaú teria acreditado nas bençãos de Deus se acaso fosse abençoado pelo seu pai e Deus fica impossibilitado de abençoar a vida de qualquer pessoa que seja se o próprio abençoado não acredita
Os descendentes de Isaque experimentaram as consequências de uma semente de discórdia plantada pelos próprios pais. Fica o exemplo. É preciso haver equilíbrio no tratamento dos filhos, confiança no caráter de Deus, que sempre cumpre as suas promessas, e um profundo desejo de construir um lar que glorifique ao Senhor, que faça a diferença na terra. Esse é o plano de Deus para os jovens que esperam nEle!
Em breve estaremos de volta para falar sobre "a fuga de Jacó".
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