quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Série os Patriarcas. Jacó - 5. A fuga de Jacó

 Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


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Nesta oportunidade  estaremos abrindo a Bíblia Sagrada no  livro do Gn 28.1-22 que nos diz:

 E Isaque chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã;
Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe;
E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos;
E te dê a bênção de Abraão, a ti e à tua descendência contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.
Assim despediu Isaque a Jacó, o qual se foi a Padã-Arã, a Labão, filho de Betuel, arameu, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e de Esaú.
Vendo, pois, Esaú que Isaque abençoara a Jacó, e o enviara a Padã-Arã, para tomar mulher dali para si, e que, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: Não tomes mulher das filhas de Canaã;
E que Jacó obedecera a seu pai e a sua mãe, e se fora a Padã-Arã;
Vendo também Esaú que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque seu pai,
Foi Esaú a Ismael, e tomou para si por mulher, além das suas mulheres, a Maalate filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote.
Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã;
E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;
E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;
E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra;
E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.
Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia.
E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus.
Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela.
E chamou o nome daquele lugar Betel; o nome porém daquela cidade antes era Luz.
E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir;
E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus;
E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.

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Estamos de volta dando sequência a uma série de

conferências sobre os Patriarcas; Já  falamos sobre Abraão;;

Isaque e agora estamos  no terceiro seguimento estamos falando

sobre Jacó.

 Já apresentamos os seguintes temas:
  • sua biografia;
  •  o seu nascimento;
  • Esaú vende a primogenitura;
  •  Isaque abençoa Jacó.
Agora vamos falar sobre a fuga de Jacó.


  
I. Análise preliminar do texto de Gn 28.1-22 .


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A Viagem de Jacó para Harã



A bênção de seus filhos foi a última passagem na vida ativa de Isaque, que depois se retira da cena. Jacó agora se torna a figura principal na história sagrada. Seu caráter espiritual ainda não se revelou abertamente. Mas até agora, podemos discernir a distinção geral na vida dos três Patriarcas. A vida de Abraão é uma vida de autoridade e decisão, de Isaque, uma de submissão e aquiescência, e Jacó, de provação e de luta.

Gn 28.1-5

Isaque tornou-se perceptível ao destino real de Jacó. Por isso, ele chama-o para que Deus o abençoe, e para dar-lhe uma ordem. A ordem é de ter uma esposa, não de Canaã, mas da linhagem de seus parentes. A bênção vem do “Deus Todo-Poderoso” (Gen 17:1). É aquilo que pertencer à semente escolhida, “a bênção de Abraão.” Abrange uma prole numerosa, a terra da promessa, e tudo o mais que esteja incluído na bênção de Abraão. “A congregação dos Povos.” Esta é a palavra para “congregação” (קהל qâhāl), que é depois aplicada ao povo reunido de Deus, e a qual corresponde a palavra grega εκκλησια, ekklesia. Jacó age em harmonia com o conselho de sua mãe e a ordem de seu pai, e, ao mesmo tempo, colhe o fruto amargo de sua fraude contra o seu irmão no sofrimento e traição de um exílio de vinte anos. O idoso Isaque não fica sem sua participação nas consequências desagradáveis de ir contra a vontade de Deus.

Gn 28.6-9

Esaú é induzido, pela carga de seus pais para Jacó, a conformidade destes com os seus desejos, e por sua aversão óbvia para com as Filhas de Canaã, a tomar Maalate, filha de Ismael, além de suas esposas anteriores. “Foi a Ismael”, isto é, à família ou tribo de Ismael, visto que Ismael agora já estava morto há treze anos. A vida de Esaú na caça o colocou em contato com esta família, e passamos a encontrá-lo atualmente estabelecido em um território vizinho.

Gn 28.10-22

O sonho e voto de Jacó. Em seu caminho para Harã, ele foi ultrapassado pela noite, e dormiu no campo. Ou ele estava longe de qualquer habitação, ou ele não quis entrar na casa de um estranho. Ele sonha. Uma escadaria, ou escada, é vista chegar da terra ao céu, pela qual anjos sobem e descem. Este é um meio de comunicação entre o céu e a terra, pela qual os mensageiros passam para lá e para cá em missões de misericórdia. O céu e a terra foram separados pelo pecado. Mas essa escada tem restabelecido o contato. Por isso, é um símbolo belo do que foi reconciliado, João 1:51. Aqui essa imagem serve para trazer Jacó em comunicação com Deus, e ensina-lhe uma lição enfática, ao dizer que ele é aceito através de um mediador. “O Senhor estava em cima dela”, e Jacó, o objeto de sua misericórdia, abaixo. Primeiro, Ele se revela para o dorminhoco como o “Senhor”, Gen 2:4, “o Deus de Abraão, teu pai, e de Isaque.” É notável que Abraão é colocado como seu pai, ou seja, seu avô, e pai da aliança. Segundo, Ele renova a promessa da terra, da semente e da bênção para toda a raça humana. Oeste, leste, norte e sul estão a irromper. Esta expressão aponta para o mundo de universalidade ampla do reino da descendência de Abraão, quando ele passar a ser a quinta monarquia, que deve dominar todos os que vieram antes, e durará para sempre. Isso transcende o destino da semente natural de Abraão. Terceiro, Ele então promete a Jacó estar pessoalmente com ele, para protegê-lo e trazê-lo de volta em segurança. Este é o terceiro anúncio da semente que abençoa o terceiro na linha do descendente Gn 12:2-3; 22:18; 26:4 28:16-19.

Jacó desperta e exclama: “Certamente o Senhor está neste lugar, e eu não sabia.” Ele sabia da Sua onipresença, mas ele não esperava uma manifestação especial do Senhor neste lugar, longe dos santuários de seu pai. Ele fica cheio de temor solene, quando se encontra na casa de Deus e na porta do céu. O pilar é o monumento do que aconteceu. O derrame do óleo em cima, é um ato de consagração a Deus que lhe apareceu ali, Num 7:1. Ele chama o nome do local de Betel, “casa de Deus.” Esta não é a primeira vez que o lugar recebeu esse nome. Abraão também adorou a Deus aqui, e encontrou o nome já existente ali. (Ver em Gn 12:8; 13:3; 25:30.)

Gn 28.20-22

Voto de Jacob. Um voto é um compromisso solene de exercer um certo dever, a obrigação de que se faz sentir no momento ser especialmente vinculativo. É participar, portanto, da natureza de uma promessa ou uma aliança. Ela envolve a sua obrigação, no entanto, só uma parte, e é o ato espontâneo da parte. Aqui, então, Jacó parece dar um passo à frente de seus antecessores. Até aqui, Deus tinha tomado a iniciativa de todas as promessas e a aliança eterna, exclusivamente em seu propósito eterno.

Abraão tinha respondido ao apelo de Deus, acreditou no Senhor, andou diante dEle, entrou em comunhão com Ele, fez intercessão com Ele, e deu o seu único filho para Ele, conforme ordenado. Em tudo isso há uma aceitação por parte da criatura da supremacia do Criador misericordioso. Mas agora o espírito de adoção leva Jacó a um movimento espontâneo para com Deus. Este não é um voto ordinário, referindo-se a resolver algumas coisas especiais ou ocasionais. É a expressão grandiosa e solene da alma livre, plena de aceitação perpétuo do Senhor para ser seu próprio Deus. Esta é a expressão mais franca e aberta da liberdade espiritual, nascido do coração do homem que ainda não aparecia no registro divino. “Se Deus estará comigo.” Esta não é a condição na qual Jacó vai aceitar Deus em espírito mercenário. É apenas o eco e o reconhecimento, e a gratidão da garantia divina, “Eu estou contigo”, que foi dada imediatamente antes. É a resposta do filho para a garantia do pai: “Queres realmente estar comigo? Tu serás meu Deus.” “Esta pedra será casa de Deus”, um monumento da presença de Deus entre seu povo, e um símbolo da habitação do Seu Espírito em seus corações. No seu uso aqui simboliza a aceitação de gratidão e amor que Deus recebe de seus santos. “Um décimo certamente eu te darei.” O convidado de honra é tratado como um membro da família. Dez é o todo: o dízimo é uma parte do todo. O Senhor de todas as coisas recebe uma parte como um reconhecimento de Seu direito soberano de todos. Aqui é representado como a quota total dada ao rei que condescende em habitar com seus súditos. Assim, Jacó abre o seu coração, sua casa, e seu tesouro à Deus. Estes são os elementos simples de uma teocracia, uma instituição nacional da verdadeira religião. O espírito de poder, de amor, e de uma mente sã, começou a reinar em Jacó. Como o Pai é destacadamente manifestado em regenerar Abraão, o Filho em Isaque, e o Espírito Santo em Jacó.




II. Visão panorâmica do texto Gn 28.

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Ameaçado de morte pela ira de Esaú, Jacó saiu da casa de seu pai como fugitivo; mas levava consigo a bênção paterna; Isaque lhe havia renovado a promessa do concerto, e mandara-lhe como herdeiro da mesma, procurar uma esposa na família de sua mãe, na Mesopotâmia. Foi, todavia, com coração profundamente perturbado que Jacó partiu em sua viagem solitária. Apenas com um bastão na mão, teve de viajar centenas de quilômetros através de território habitado por tribos selvagens e errantes. Em seu remorso e timidez, procurou evitar os homens, com receio de que a pista lhe fosse descoberta pelo irado irmão. Temia que houvesse perdido para sempre a bênção que fora o propósito de Deus proporcionar-lhe; e Satanás estava a postos a fim de oprimi-lo com tentações.
A noite do dia seguinte encontrou-o longe das tendas de seu pai. Sentia-se como um rejeitado; e sabia que toda esta inquietação fora trazida sobre ele pelo seu próprio procedimento errado. As trevas do desespero oprimiam-lhe a alma, e atrevia-se dificilmente a orar. Mas achava-se tão completamente só que sentiu necessidade da proteção de Deus, como nunca antes a sentira. Com pranto e profunda humilhação confessou seu pecado, e rogou uma prova de que ele não estava inteiramente abandonado. O coração sobrecarregado não encontrou ainda alívio. Havia perdido toda a confiança em si, e receava que o Deus de seus pais o houvesse rejeitado.
Mas Deus não abandonou Jacó. Sua misericórdia ainda se estendia a Seu servo, e errante e destituído de confiança. O Senhor, com compaixão, revelou precisamente o que Jacó necessitava — um Salvador. Ele tinha pecado; seu coração, porém, se enchera de gratidão, ao ver ele revelado um caminho pelo qual podia ser restabelecido ao favor de Deus.
Cansado da jornada, o viajante deitou-se no chão, tendo uma pedra como travesseiro. Dormindo, viu uma escada, brilhante e resplendente, cuja base repousava na terra, enquanto o cimo alcançava o Céu. Por esta escada, anjos estavam a subir e a descer; por sobre ela estava o Senhor da glória, e dos Céus foi ouvida a Sua voz: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque.” A terra em que estava deitado como um exilado e fugitivo, foi prometida a ele e sua posteridade, com esta declaração: “Em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da Terra”. Gênesis 28:13, 14. Esta promessa tinha sido feita a Abraão e Isaque, e agora foi renovada a Jacó. Então, em atenção especial à sua solidão e angústia, naquele momento, foram proferidas estas palavras de conforto e animação: “Eis que Eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito” (Gn 28:13-15).
O Senhor conhecia as más influências que cercariam Jacó, e os perigos a que estaria exposto. Misericordiosamente patenteou o futuro ante o fugitivo arrependido, para que ele pudesse compreender o propósito divino com relação a si, e estar preparado para resistir às tentações que certamente lhe viriam quando só entre homens idólatras e ardilosos. Sempre estaria diante dele a elevada norma que devia visar; e o conhecimento de que por meio dele o propósito de Deus estava a atingir sua realização, prontificá-lo-ia constantemente à fidelidade.
Nesta visão o plano da redenção foi apresentado a Jacó, não completamente, mas nas partes que para ele eram essenciais naquela ocasião. A escada mística que lhe fora revelada no sonho era a mesma a que Cristo Se referiu em Sua conversa com Natanael. Disse Ele: “Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem”. João 1:51. Até o tempo da rebelião do homem contra o governo de Deus, tinha havido livre comunicação entre Deus e o homem. Mas o pecado de Adão e Eva separou a Terra do Céu, de modo que o homem não podia ter comunhão com seu Criador. Todavia, o mundo não foi deixado em uma solitária desesperança. A escada representa Jesus, o meio designado para a comunicação. Não houvesse Ele com Seus próprios méritos estabelecido uma passagem através do abismo que o pecado efetuou, e os anjos ministradores não podiam ter comunhão com o homem decaído. Cristo liga o homem em sua fraqueza e desamparo, à fonte do poder infinito.
Tudo isto foi revelado a Jacó no sonho. Se bem que sua mente de pronto apreendesse parte da revelação, as grandes e misteriosas verdades da mesma foram o estudo de sua vida toda, e mais e mais se lhe desvendava à compreensão.
Jacó despertou do sono no profundo silêncio da noite. As formas resplandecentes da visão haviam desaparecido. Apenas o obscuro contorno das colinas solitárias, e acima delas, o céu resplendente de estrelas, encontravam agora o seu olhar. Tinha porém, uma intuição solene de que Deus estava com ele. Uma presença invisível enchia a solidão. “Na verdade o Senhor está neste lugar”, disse ele, “e eu não o sabia.  Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos Céus”( Gn 28.16, 17).
Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por sua cabeceira, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela” (Gn 28:18). De acordo com o costume de comemorar acontecimentos importantes, Jacó construiu um memorial da misericórdia de Deus, para que quando quer que passasse por aquele caminho pudesse demorar-se naquele local sagrado para adorar ao Senhor. E chamou o lugar Betel, ou “casa de Deus”. Com profunda gratidão repetiu a promessa de que a presença de Deus seria com ele; e então fez este voto solene: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestidos para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo” (Gn 28:20-22).
Jacó não estava aqui a fazer um contrato com Deus. O Senhor já lhe havia prometido prosperidade, e este voto era o transbordar de um coração cheio de gratidão pela certeza do amor e misericórdia de Deus. Jacó entendia que Deus tinha direitos sobre ele, os quais ele devia reconhecer, e que os sinais especiais do favor divino a ele concedidos exigiam retribuição. Assim, toda a bênção que nos é concedida reclama uma resposta ao Autor de todas as nossas vantagens. O cristão deve muitas vezes rever sua vida passada, e relembrar com gratidão os preciosos livramentos que Deus operou em favor dele, amparando-o na provação, abrindo caminho diante dele quando tudo parecia escuro e vedado, refrigerando-o quando pronto a desfalecer. Deve reconhecê-los todos como provas do cuidado vigilante dos anjos celestiais. Em vista destas bênçãos inumeráveis, deve muitas vezes perguntar, com coração submisso e grato: “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” (Sl 116:12).
Nosso tempo, nossos talentos, nossa propriedade devem ser, de maneira santa, dedicados Àquele que nos confiou estas bênçãos. Quando quer que um livramento especial seja operado em nosso favor, ou novas e inesperadas bênçãos nos são concedidas, devemos reconhecer a bondade de Deus não simplesmente exprimindo nossa gratidão com palavras, mas, como Jacó, por meio de dádiva e ofertas à Sua causa. Assim como estamos continuamente a receber as bênçãos de Deus, assim devemos estar continuamente a dar.

De tudo quanto me deres”, disse Jacó, “certamente Te darei o dízimo” (Gn 28:22). Deveremos nós, que desfrutamos a plena luz e os privilégios do evangelho, estar contentes com dar menos a Deus do que foi dado por aqueles que viveram na dispensação anterior, menos favorecida? Ao contrário, sendo que as bênçãos que fruímos são maiores, não se acham nossas obrigações aumentadas de modo correspondente? Que pequeno o preço! Como é vão o esforço de medir com regras matemáticas, o tempo, dinheiro e amor, em face de um amor e sacrifício imensuráveis e que não se podem avaliar. Dízimos para Cristo! Oh, mesquinha esmola, vergonhosa recompensa daquilo que tanto custou. Da cruz do Calvário Cristo pede uma consagração sem reservas. Tudo que temos, tudo que somos, deve ser dedicado a Deus.




III . Jacó foge para Padã Harã.

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Com medo de que Esaú cumprisse seus planos maldosos, Rebeca, mãe dos dois, alertou Jacó e o aconselhou a partir para Harã e passar um tempo com Labão, irmão dela. Para conseguir o apoio do marido, ela disse a Isaque que não queria que Jacó se casasse com mulheres hititas, como Esaú tinha feito, e sim com alguém do seu clã, pois, segundo ela, suas noras hititas lhe davam muito desgosto (Gn 27.42-46). Isaque concordou e enviou Jacó a Harã.

Jacó era um peregrino em fuga. Seus pecados e virtudes o acompanhavam, por onde quer que ele fosse. Sua história foi um misto de aventuras entre o céu (a escada do sonho) e o inferno (fuga de seu irmão). Sua vida só seria resolvida quando ele encontrasse o caminho da reconciliação com parte da sua família, consigo e com o próprio Deus.


A história da fuga do patriarca Jacó, da cidade Berseba para Padã-Arã, traz à luz detalhes dos desígnios presentes no coração de Deus, desde o tempo antigo.
Desde lá a graça de Deus já se fazia entre os homens.

Esta história, que se passa há longínquos 3800 anos ou 1800 anos antes de Cristo, representa um lindo simbolismo da reflexão interior que o evangelho exerce no coração do homem.

O capítulo 28 de Gênesis trata da fuga de Jacó de seu irmão Esaú. Jacó enganou seu pai para conseguir a bênção em lugar de Esaú; ele começaria, por conseqüência a colher os frutos amargos de seu procedimento. A jornada empreendida por Jacó desde sua saída da casa de seu pai mostra sim um misto, porém um misto formado entre a disciplina e a graça de Deus. Deus utilizar-se-ia das circunstâncias vividas por Jacó para disciplina-lo, porém ao mesmo tempo, Ele manifestaria sua bondade na vida de Jacó, o que culminaria por fim, no retorno de Jacó ao seu lar e na reconciliação com seu irmão Esaú.

Mt 5.23,24: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-se primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta”.

1. Jacó foge para escapar da morte – Jacó precisou fugir porque seu irmão se consolava pensando em matá-lo quando seu pai morresse (Gn 27.41), e ele pensava que isso logo ocorreria pelo estado de saúde de Isaque, mas não foi o que aconteceu, pois quando Jacó voltou de Padã-Arã, Isaque ainda estava vivo (Gn 35.27-29). Jacó recebeu sua bênção por meio de fraude, não pode mais permanecer em sua casa, tornando-se um fugitivo. Quando Rebeca tomou conhecimento da intenção de Esaú, logo percebeu que teria que perder a companhia de Jacó para poder salva-lo.

Conforme foi visto na lição anterior, tendo Isaque envelhecido e os seus olhos escurecidos, ele decidiu abençoar Esaú pensando estar próximo o dia da sua morte ( Gn 27.1-3). Isaque tinha nesta ocasião aproximadamente 138 anos e, apesar dele pensar que estaria próximo o dia de sua morte, ele viveria ainda aproximadamente 42 anos (veja na nota abaixo o cálculo da idade de Isaque por ocasião do engano). Jacó enganou Isaque e por conseqüência, ele foi abençoado no lugar de Esaú (Gn 27.14-29). Quando Esaú chegou a seu pai trazendo-lhe o guisado saboroso, o engano foi descoberto e Esaú entendeu que Jacó havia enganado seu pai ( Gn 27.30-36). Esaú suplicou a seu pai que ele lhe concedesse sua bênção, porém Isaque lhe disse: “Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?” (Gn 27.37). Esaú ainda insiste com seu pai e com lágrimas ele busca a sua bênção, porém Isaque não poderia voltar atrás naquilo que já estava estabelecido sobre a vida de Jacó e seus descendentes ( Gn 27.38). Diante do choro de Esaú, Isaque responde a seu filho, mostrando-lhe o futuro que lhe estaria reservado com as seguintes palavras: “Eis que a tua habitação será longe das gorduras da terra e sem orvalho dos céus. E pela tua espada viverás e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que, quando te libertares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço” (Gn 27.39,40). Conforme pode-se perceber, as palavras de Isaque proferidas diante de Esaú sugere que os descendentes de Esaú viveriam em lugares desertos, fato este que se cumpre mais tarde por sua possessão da região menos fértil que tornou-se conhecida como Edom, e além disto eles seriam guerreiros. Eles tornar-se-iam vassalos dos israelitas, o que vem a se tornar realidade no reinado de Davi ( 2 Sm 8.14), porém um dia se rebelariam contra esse domínio, fato este que também vem a se tornar realidade no reinado de Jeorão, rei de Judá ( 2 Rs 8.20-22). Vendo Esaú a bênção que seu pai havia outorgado a Jacó, ele planeja matar Jacó assim que Isaque morresse e se cumprisse os dias de seu luto: “E aborreceu Esaú a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão” (Gn 27.41). As palavras de Esaú são denunciadas a Rebeca que sugere então que Jacó se refugiasse em casa de Labão, conforme as seguintes palavras descritas em Gn 27.42-45: “Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, propondo-se matar-te. Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz: Levanta-te e acolhe-te a Labão, meu irmão, em Harã; e mora com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão, até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste. Então, enviarei e te farei vir de lá. Por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia?” (Gn 27.42b-45).

Informação suplementar: Quando Esaú e Jacó nasceram Isaque tinha 60 anos (Gn 25.26). Por ocasião do casamento de Esaú com mulheres hetéias, Esaú tinha 40 anos. Então nesta ocasião Isaque já estava com 100 anos. Jacó tinha 130 anos quando ele encontrou com José no Egito (Gn 47.9). Neste período José devia ter 39 anos, pois ele tinha 30 anos quando se apresentou a Faraó (Gn 41.46) e depois disto passaram-se 7 anos de fartura (Gn 41.53) e 2 anos de fome (Gn 45.6). Isto significa que quando José nasceu, Jacó tinha 91 anos. Por ocasião do nascimento de José já tinha passado 14 anos que Jacó estava na casa de Labão (Gn 31.41). Então quer dizer que Jacó tinha de 77 a 78 anos quando fugiu de Esaú. A idade de Isaque neste período era então de 137 a 138 anos (60 anos + os 77 ou 78 anos de Jacó).

2. Jacó foge para Padã-Arã – Jacó estava indo para Padã-Arã, a terra do irmão de sua mãe por ordem de seu pai (Gn 28.2). Estava começando a segunda fase de sua vida, pois até agora, Jacó conseguira tudo que queria não importando os meios utilizados, desde que o fim fosse alcançado. Deve-se aprender com as atitudes de Jacó para que os mesmos erros não sejam cometidos, pois os aparentes sucessos, quando não são pelos caminhos de Deus, podem tornar-nos crentes fugitivos.


Nem Rebeca, nem Jacó confiaram em Deus quanto a promessa feita em relação a Jacó, o que os levou a tomarem atitudes precipitadas. Rebeca pensou que Jacó permaneceria na casa de Labão em Harã, apenas alguns dias, até que o furor de Esaú passasse, e então ela traria Jacó de volta. Rebeca, porém nunca pode fazer isto, o que indica que Esaú alimentou seu ódio durante muito tempo ainda (Gn 27.42-45), e diante disto Jacó permaneceu distante por um longo período de 20 anos. Tal é a conseqüência na vida de Rebeca e de Jacó, provavelmente eles não mais se viram já que depois disto a Bíblia silencia-se a respeito de Rebeca. É uma grande lição para todos os cristãos, para que estes não venham, em quaisquer circunstâncias, utilizar-se de meios escusos para conseguir aquilo que desejam, mas que saibam esperar e confiar no Senhor.

Sl 13.5: “Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação, meu coração se alegrará”.

Sl 37.3-5: “Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará”.

Pv 16.20: “O que atenta prudentemente para a palavra achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado”.

Jr 17.7: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”.

1 Pe 3.10: “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem mais engano; aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males”.
                               
3. Jacó foge com a bênção do pai – Isaque abençoou e despediu Jacó começando uma dolorosa separação de membros da família. A bênção paterna acompanhou Jacó e ele tornou-se o portador da bênção de Abraão e ficou satisfeito pela bênção, mas sofrendo pelas dificuldades da viagem. O ato de abençoar Jacó quando estava saindo de casa, revelou que Isaque parecia concordar com que o portador da bênção divina seria Jacó e não Esaú. Jacó passou a ser o veículo da bênção de Abraão, a promessa de uma numerosa posteridade e a posse da terra prometida. O livro de Provérbios diz: A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores” (Pv 10.22), mas no caso de Jacó vieram muitas dores por causas das atitudes tomadas por ele.

Para justificar a necessidade de Jacó partir, Rebeca diz a Isaque que não gostaria de ver Jacó casado com uma mulher hetéia, como fizera Esaú ( Gn 26.34,35; 27.46). Isaque então chama Jacó e lhe dá sua bênção. Em seguida ele o envia a Padã-Arã, região situada na Mesopotâmia, para ali ele encontrar esposa para si entre os parentes de sua mãe que ali habitavam e não entre os cananeus. Jacó segue debaixo da bênção paterna, sendo-lhe confirmado que seria através de seus descendentes que a promessa de Deus feita a Abraão teria seu cumprimento.

Gn 28.1-4: “E Isaque chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã. Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe. E Deus Todo-poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos; e te dê a bênção de Abraão, a ti e à tua semente contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão”.

IV. O sonho de Jacó (Gn 28.10-17).


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Uma das metáforas da vida espiritual em direção a Deus é a jornada. Mas para se encontrar com o Eterno é necessário mais do que se mover geograficamente. Em essência, todos são peregrinos. Mas nessa peregrinação, homens como Jacó buscaram muito mais que um lugar; eles ousaram e foram mais além, “pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus” (Hb 11.10).

Hb 11.8-10: “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus”.

O texto em apreço de Hb 11.8-10 diz respeito a Abraão e não a Jacó. Apesar de Abraão ter recebido a promessa quanto a terra prometida, ele contemplava pela fé, que sua jornada não estava limitada a possessão desta terra, pelo contrário, ela ia além, ia de encontro a cidade celestial, o local da habitação de Deus, e é diante disto que ele aceita e se conforma em habitar na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó.
Jacó, herdeiro das promessas de Deus feita a Abraão, crê no cumprimento destas promessas, no entanto em sua jornada ele seria ainda levado a compreender que sua vida não estava limitada ao seu retorno à terra das suas peregrinações e à sua possessão, mas ela deveria ir além, deveria ir, em primeira instância, ao encontro do conhecimento de Deus, o Deus de Abraão e de Isaque que estaria com ele em toda sua jornada, não por seus próprios méritos, nem tampouco por aquilo que ele poderia lhe dar em troca, mas unicamente por sua graça a qual aprouve a Ele manifestar em sua vida. 

Em Jacó Deus começa a revelar seus planos de graça e misericórdia. Assim tendo Jacó andado cerca de 100 km, na altura de Betel, a caminho da casa de seu tio Labão, irmão de sua mãe, dorme sobre uma pedra e tem um sonho da visão de uma escada, onde os anjos desciam e subiam, do céu a terra.
Esta visão é futurística e profética. A escada que ele viu, que fazia a ligação entre a terra e o céu era um símbolo de Jesus Cristo:
"E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem".( Jo 1.51).
Jesus é a escada que faz a ligação entre o céu e a terra. Ele é o único intermediador entre Deus e os homens.

Então na sua fuga, originada pela sua fraqueza e seus erros, ou seja, na confissão da incapacidade de Jacó, Deus renova a sua aliança que havia feito com Abraão e Isaque.

1. Um travesseiro de pedra – Uma entrega ao cansaço. Esta é a cena do capítulo vinte e oito do primeiro livro da Bíblia. Após viajar dois ou três dias, saindo de Berseba, Jacó encontrou uma pedra e a fez como seu travesseiro. Essa foi a trajetória que Jacó teve de fazer para encontrar a si mesmo e a Deus.

Gn 28.10,11: “Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi-se a Harã. E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por sua cabeceira, e deitou-se naquele lugar”.

O texto de Gn 28.10,11 mostra o total desamparo em que se encontrava Jacó em sua jornada, sendo que ele nada mais teria, senão pedras em seu caminho, se não fosse a manifestação da graça de Deus em sua vida. A pedra que ele toma daquele lugar e a põe por sua cabeceira não lhe traria conforto algum, pelo contrário, ela com certeza lhe traria dores em seu corpo físico e angústia na sua alma; o conforto, em meio as dores no entanto viria de Deus, que já naquele momento manifesta-se a Jacó revelando-lhe toda sua bondade para que assim, Jacó prosseguisse em sua jornada.

2. Uma escada que toca no Céu (Gn 28.12)


Gn 28.12-15: “E sonhou: E eis que era posta na terra uma escada cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E eis que o Senhor estava em cima dela e disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás deitado ta darei a ti e à tua semente. E a tua semente será como o pó da terra; e estender-se-á ao ocidente , e ao oriente, e ao norte, e ao sul; e em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da terra. E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito”.

O texto de Gn 28.12-15 descreve o sonho de Jacó, sendo que neste Deus revela a Jacó seus propósitos a seu respeito e a respeito de sua descendência. Jacó vê uma escada cujo topo tocava nos céus, e os anjos de Deus que subiam e desciam por ela. Em Jo 1.51, Jesus se refere a esta escada através de suas palavras dita a Natanael quando então Ele diz: “Na verdade, na verdade vos digo que, daqui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem”. A escada do sonho de Jacó mostra, portanto o elo de ligação entre o céu e a terra que se daria a partir da descendência de Jacó, o que literalmente se cumpre com a vinda de Jesus Cristo à terra, pois é Ele, o único elo entre a terra e o céu, ou por assim dizer, o único meio do homem chegar ao céu. A presença dos anjos subindo e descendo a escada tem dupla referência. Ela evidencia a proteção de Deus que seria outorgada a Jacó, e ao mesmo tempo evidencia a presença dos anjos a serviço de Jesus em seu ministério terreno. Deus confirma a Jacó o seu concerto com Abraão e Isaque, sendo este estendido a ele e a sua descendência e lhe garante também a sua presença junto a ele para lhe guardar, dando-lhe ainda a garantia de seu retorno à terra das suas peregrinações.

A escada de Jacó foi uma revelação em um sonho que o patriarca de Israel teve, quando deixou a cidade de Berseba, na região do deserto do Negueve, indo em direção a Arã, onde o seu tio Labão morava.


A certa altura da viagem, ele chegou a um lugar chamado Luz, já dentro da terra de Canaã. Esse era o mesmo lugar onde o avô de Jacó, Abraão, tinha estendido a sua tenda, décadas antes.
E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor.
(Gn 12.8).
Jacó já tinha caminhado aproximadamente 130 km, de Berseba até Betel. Uma boa caminhada, porém o caminho até Arã estava muito distante, pois ainda levaria outros exaustivos 934 km para chegar ao seu destino.
Muitas vezes os nossos caminhos, os nossos destinos parecem tão longe, tão distantes. Nós andamos, nos esforçamos, mas tudo parece longínquo.E Jacó parou naquela cidade porque o sol já tinha se posto, e a estrada estava em total escuridão.


  • Uma pedra como travesseiro.

E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar (Gn 28.11).
Já era noite, Jacó estava cansado da viagem. Estava solitário na escuridão. O cansaço, a escuridão e a solidão, falam de momentos difíceis. Estamos todos sujeitos a passar por problemas que nos façam sentir como Jacó, naquele dia.
O interessante dessa passagem é que ele poderia ter feito um travesseiro de algum material mais macio. Certamente ele viajava com algum tipo de tecido, que poderia encher com grama, folhas, pois Betel não é uma cidade de deserto, possui vegetação.
Mas Jacó escolhe uma das pedras do lugar, para descansar a sua cabeça sobre ela, e passar a noite. É uma linda mensagem que o texto nos passa aqui, pois a pedra é Jesus Cristo!
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;
Efésios 2:20
Descansar a cabeça sobre a pedra, é entregar-se totalmente em confiança ao Senhor, seguro de passar a noite inteira, isto é, seguro para passar todo o momento de provação, mesmo parecendo estar sozinho, mas descansando em Cristo, a nossa rocha firme e inabalável.



  • Uma escada para o céu
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E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela (Gn 28.12).
Jacó então dormiu e sonhou com uma escada, cujo topo tocava no céu. Muitas vezes os sonhos são revelações divinas, assim como foram os sonhos de José do Egito.


A escada de Jacó representava uma ponte que liga a terra ao céu. Isso porque no princípio Deus criou o céu e a terra. E Ele fez separação entre as águas que estavam abaixo da expansão e as águas que estavam acima da expansão dos céus.
Desde que o Eterno fez o mundo, Ele criou essa separação entre a terra e o céu, isto é, há uma separação intransponível ao homem, entre o mundo humano e o mundo divino. Houve um momento na história do Gênesis em que os homens tentaram romper essa separação, mas por meios puramente humanos.
Foi quando tentaram construir a torre de Babel. Liderados por Ninrode, eles construíram um zigurate, uma torre em forma de escada, semelhante a escada de Jacó, para tentar tocar no céu, para tocar no divino. Tentavam ligar o mundo dos homens ao mundo dos deuses.
E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus (Gn 11.4).
Veja a semelhança na linguagem usada na escada de Jacó e na torre de Babel, em ambas as descrições o topo/cume toca nos céus. Os homens buscavam unir os mundo material com o mundo espiritual, só que por seus próprios meios. Eles não possuíam a escada revelada a Jacó.


  • Jesus é a escada de Jacó.

O nosso Mestre Jesus, quando na Galiléia, revelou a Natanael que Ele mesmo era a escada que faz a ligação entre a terra e o céu, entre o mundo físico e o mundo espiritual. Ninguém pode se conectar com Deus, a não ser por meio dessa ponte espiritual.


E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem (Jo 1.51).
É por meio de Jesus que as nossas orações são elevadas deste mundo material até o mundo divino. É por meio dele, a nossa escada, que subimos nas dimensões espirituais para poder falar com Deus.
Ele é a escada que Jacó viu, uma visão, um sonho profético, a verdade que nos mostra que para unir o céu e a terra é necessário uma ponte, um intermediário, um intercessor que tenha o poder e o direito de voltar a nos unir com o Criador.
Jesus conquistou esse direito pois um dia Ele também foi elevado da terra, subindo no monte calvário, e no madeiro, crucificado, comprando os homens para Deus, com preço do Seu sangue derramado em favor de muitos, aqueles que creem e confessam o Seu nome.
A cruz de Cristo é semelhante a uma escada, uma ponte para o céu.



3. Deus de Abraão de Isaque e de Jacó (Gn 28.15)

 As mesmas promessas que o Senhor havia feito a Abraão e a Isaque, neste episódio, foram feitas a Jacó. Porém, na relação que Deus passaria a ter com Jacó, não seria suficiente ser chamado de filho de Abraão e filho de Isaque; chegara a hora de Jacó também ser reconhecido como filho (Jo 1.11,12).

Conforme visto anteriormente, no sonho de Jacó, Deus revela seus propósitos a seu respeito e a respeito de sua descendência. Deus confirma seu concerto com Abraão e Isaque e firma seu concerto também com Jacó e sua descendência. A partir de então Deus seria conhecido como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, nome este que enfatiza a graça de Deus sobre os homens, pois tanto Abraão, como Isaque e também Jacó eram homens falhos e imperfeitos, porém Deus cumpriria seus propósitos através de suas vidas; e a fidelidade de Deus, pois Deus cumpriria suas promessas na vida dos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, a despeito da infidelidade que seria demonstrada ao longo da história do povo de Israel.

2 Tm 2.11-13: “Palavra fiel é esta: Que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo”.

V. O testemunho de Jacó.

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 O salmista tinha razão quando escreveu, momentos depois, que o sofrimento tem um tempo específico na história de um servo de Deus. “Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida; o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5). Naquele dia o Senhor o Senhor revisitou a humanidade.

O Sl 7.11 diz que Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias. A Bíblia mostra que a ira de Deus pode-se acender, mas também ela diz que Deus é tardio em irar-se e que a sua ira é passageira. Assim, a ira de Deus é uma realidade mostrada ao longo de toda Escritura, mas também o é a sua misericórdia.

Sl 103.8,9: “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade. Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira”.

1. Testemunhando em Betel (Gn 28.16-18)

 Quando Jacó acordou do sono, percebeu a visão e testemunhou que aquele lugar se tornara a casa de Deus; era o início de uma nova história para ele. Aquele local se tornou o eixo entre o céu e a terra, e então ele rebatizou o lugar de Betel – casa de Deus  antes conhecido com o nome de Luz.

Gn 28.16-19: Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus. Então levantou-se Jacó pela manhã, de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por sua cabeceira, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela. E chamou o nome daquele lugar Betel; o nome, porém, daquela cidade, dantes era Luz”.

Quando Jacó acorda do sono, ele reconhece aquele lugar como sendo a “Casa de Deus”, porque ali ele teve uma visão da presença de Deus. Também ele reconhece aquele lugar como sendo a “porta dos céus” porque a escada chegava dos céus até aquele lugar. Jacó toma então a pedra que tinha posto por cabeceira e a põe por coluna, como um memorial à experiência que ele tinha tido ali com Deus. Depois disto, Jacó derrama azeite em cima daquela pedra consagrando aquele lugar a Deus, o que indica seu desejo de que aquele lugar viesse a ser um local separado para a eterna comunhão de Deus com o seu povo.

2. Testemunhando com um voto (Gn 28.20-22) – Então Jacó motivado pela revelação que lhe alcançou, fez um voto: Ele diz que se Deus cuidar dele, der comida e roupa, protege-lo da ânsia que seu irmão tinha de matá-lo, então Deus será o seu Deus. E a pedra que ele estava erguendo como um memorial seria um local onde seria uma Templo Sagrado; e por fim seria um dizimista de tudo que ele tivesse. Muitos estudiosos da Bíblia criticam este voto de Jacó por ser condicional. No entanto, vale a pena ressaltar que Deus não criticou o voto de Jacó. O filho de Isaque esteve profundamente impactado pelas promessas de Jeová; e foi sobre a força dessa promessa que ele respondeu. Sua intenção não foi de barganha, mas uma resposta aos favores de Deus sobre sua vida.

Gn 28.20-22: “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.

O texto de Gn 28.20-22 mostra o voto que Jacó fez a Deus depois que ele erigiu a pedra por coluna naquele lugar onde o Senhor tinha se revelado a ele. Jacó não precisaria fazer aquele voto, pois Deus já lhe havia dado a garantia de estar com ele em quaisquer circunstâncias. Apesar de Deus não criticar o voto de Jacó, mais tarde, o próprio Senhor ensinaria a Jacó a respeito de seu caráter e de sua fidelidade, que não está condicionada àquilo que o homem pode lhe dar. Jacó, no entanto, faz o voto. Em troca de tudo o que o Senhor já se comprometera a fazer em sua vida, o Senhor seria o seu Deus, a pedra que ele tinha posto por coluna seria um Templo dedicado ao Senhor, e ele lhe entregaria o dízimo de tudo.

Não importa  o lugar como e aonde estivermos, pois Deus  ali está .



  • Voto ou barganha?


Você se refere ao voto feito por Jacó depois que o Senhor lhe apareceu em sonho (Gênesis 28:2-22). Jacó pediu a companhia, proteção e o cuidado do Senhor durante sua jornada, e prometeu que, se o Senhor lhe desse o que havia pedido, ele O adoraria e Lhe devolveria seus dízimos. Isso não se parece realmente com uma barganha? Antes de examinarmos a experiência de Jacó, porém, deixe-me dizer algo sobre os votos em Israel.
A. Natureza do voto: Na Bíblia, um voto é geralmente uma oração em que o indivíduo se compromete a fazer alguma coisa quando Deus atende suas orações. Isso era realizado principalmente em tempos de intensa necessidade ou perigo. Havia dois tipos de votos: 

(1) o voto incondicional, no qual o povo se comprometia a fazer algo para o Senhor sem pedir nenhuma bênção específica, que era o caso do voto dos nazireus (Nm 6:2); e 

(2) o voto condicional, que seria cumprido se o favor solicitado fosse concedido (1 Sm 1:11). A prática era baseada no princípio da reciprocidade: um favor recebido requer uma expressão de gratidão; a pessoa que recebe algo, por meio de sua oferta, transforma-se em doadora. Isso não era uma tentativa de barganhar com Deus, mas o desejo de ter intimidade e relacionamento com Ele. Deus é considerado Alguém com quem se pode conversar e pedir um favor, e Alguém para quem se pode fazer uma promessa de retribuir Sua bondade. As pessoas sabiam que Deus podia escolher não conceder a petição, o que tornava desnecessário o cumprimento do voto. A prática de fazer votos surgiu em um relacionamento de alianças estabelecido por Deus após salvar Seu povo. Alguns podem ter tentado barganhar com o Senhor. De fato, alguns tentaram utilizar o sistema de sacrifícios de maneira errada, com o objetivo de manipular a Deus (Salmos 50:7-15). Mas isso não funcionou!
B. O voto de Jacó: Voltemos, agora, à sua pergunta. A impressão que tenho pelo texto é que Jacó não estava barganhando. Sua situação era muito mais séria. Deus já havia prometido a Jacó o que ele estava pedindo, e muito mais. Deus já havia prometido a Jacó, em sonho, que lhe daria o lugar em que estava dormindo, que multiplicaria seus descendentes, que todos os povos seriam abençoados por meio dele e que estaria com ele para protegê-lo (Gn 28:13-15). Em seu voto, Jacó pediu a presença divina para protegê-lo e para retornar a salvo. Se isso lhe fosse concedido, o Senhor seria o seu Deus e ele Lhe devolveria os dízimos. Por que Jacó não confiou nas promessas de Deus sem recorrer à “garantia” do voto? Minha resposta: Jacó estava espiritualmente debilitado.
C. O compromisso de Jacó com Deus: Quando Jacó fez seu voto, ele ainda não tinha um compromisso total com o Senhor. No voto, ele disse: “Então o Senhor será o meu Deus” (Gênesis 28:21). Sabendo disso, Deus Se identificou como “o Deus de seu pai Abraão e o Deus de Isaque” (Gênesis 28:13). Ele ainda não era o Deus de Jacó; foi Seu cuidado providencial que resultou na conversão desse patriarca. Deus o abençoou tão abundantemente enquanto trabalhava para Labão que ele disse: “Foi assim que Deus tirou os rebanhos de seu pai e os deu a mim” (Gênesis 31:9). O Senhor também protegeu a Jacó em seus negócios com Labão (Gn 31:22-24) e durante seu encontro com Esaú (Gênesis 33:1-5). Finalmente, o Senhor enviou Jacó de volta à terra de Canaã com a promessa de Sua presença (Gn 31:3). Nesse momento da história, Jacó escolhe o Senhor como seu Deus; o Senhor agora era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Este já não era mais Jacó e sim Israel (Gn 32:24-30). Em Canaã, ele construiu um altar e adorou ao Senhor (Gênesis 33:20). O voto de Jacó foi uma experiência que o levou a assumir um compromisso pessoal com o plano de Deus para ele e seus descendentes. Deus lida conosco de acordo com nossa condição espiritual e, se desejarmos, Ele pacientemente nos conduz a um relacionamento mais profundo e pessoal com Ele como nosso Redentor.
Devemos experimentar a Deus, como Jacó, porque Ele ainda aceita nossos votos. Assim como Ele não rejeita os debilitados espiritualmente, nós também não devemos.
Observe-se “se Deus for comigo”. Ora, o Senhor havia acabado de dizer enfaticamente: ‘... estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra’. E contudo o pobre coração de Jacó não pode ir além de um “se”, nem tão-pouco nos seus pensamentos de Deus pode elevar-se acima de ‘pão para comer, e vestidos para vestir’. Tais eram os pensamentos do homem que acaba de ter a visão magnificente da escada cujo topo tocava nos céus, com o Senhor em cima dela, e prometendo-lhe uma semente inumerável e um possessão eterna. Jacó era evidentemente incapaz de entender a realidade e plenitude dos pensamentos de Deus. Julgou Deus por si próprio, e deste modo falhou completamente em compreendê-lo. Numa palavra, Jacó não havia ainda chegado ao fim de si próprio; e por isso não havia começado realmente com Deus”.

3. Testemunhando com os anjos – Depois de décadas de materialismo e cientificismo, na comunidade ocidental, o interesse pelos anjos estão de volta. Os cristãos já entendem e experimentam essa realidade há muito tempo. Os anjos são mensageiros invisíveis de Deus para assistir os homens e mulheres em tempos difíceis (Hb 1.14). Jacó teve a alegria de contemplá-los de forma milagrosa, em seu sonho, e o resumo dessa experiência, foi que se percebeu que há uma linha de comunicação aberta na terra entre Deus e os homens. O extraordinário foi encontrado, aqui, no ordinário. Este lugar comum foi uma janela do céu para Jacó; foi um lugar temível (Gn 28.17); mas que mudaria para sempre sua história.


  • Acerca dos anjos é interessante de ser considerado:

Os anjos são seres espirituais criados, dotados de juízo moral e alta inteligência, mas desprovidos de corpos físicos. Eles não existem desde sempre; fazem parte do universo que Deus criou (Ne 9.6; Sl 148.2,5; Cl 1.16). Há anjos que as Escrituras dão nomes a eles, a saber: Os Querubins (Gn 3.24; Sl 18.10; Ex 25.22); os Serafins (Is 6.2-7), e os Seres Viventes (Ez 1.5-14; Ap 4.6-8). Eles também não se casam (Mt 22.30; Lc 20.34-36) e só dois anjos são denominados na Bíblia: Miguel (Jd 9; Dn 10.13) e o anjo Gabriel (Dn 8.16; 9.21). É lamentável que muitos crentes têm afirmado conhecer os outros nomes por revelação pessoal. É mister ter muito cuidado com tais revelações e cultos que são orientados nesta direção (Cl 2.18; Ap 19.10)”.

Hb 1.14: “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”.

Cl 2.18: “Ninguém vos domine a seu bel prazer, com pretexto de humildade e culto aos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”.

Deus nunca desampara seu escolhidos, às vezes pensamos que Deus nos esqueceu mas na verdade ele esta trabalhando em nosso favor e no tempo certo a nossa vitória vai chegar, só precisamos confiar Nele.
  Eclesiastes 3 -TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
I Pedro 5:7 - Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós


Para concluir esta parte do estudo vejamos a aplicação do texto:


  • Jacó foi bem sucedido na vida familiar por ter escolhido se casar com pessoas do seu ciclo familiar. Quando Jacó passou a vivenciar as dificuldades da solidão e se tornou um peregrino Logo Deus lhe mostrou uma visão da escada; nela o Senhor sinalizava que o propósito que tinha com Abraão e Isaque, permanecia firme com ele, e que o acesso aos céus estava franqueado. Veja  "E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela ; E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores," ...


  • Jacó saiu da sua casa  e se tornou um forasteiro e peregrino, mas Deus estava com ele. "Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela". São duas coisas que não podem faltar na vida do cristão: a Pedra que simboliza Jesus e o azeite que simboliza o Espírito Santo na nossa vida. "E chamou o nome daquele lugar Betel "Jacó transformou aquele lugar em casa de Deus ou a Igreja do Senhor. Que possamos assim também fazer.




  • Jacó fez um voto no sentido de ser dizimista: "e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo". Que cada um de nós possamos à semelhança de Jacó assumir o compromisso com Deus no sentido de ser um dizimista fiel  na obra do Senhor.



Em breve estaremos de volta para falar sobre A Lei da semeadura.

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