quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Série os Patriarcas - Jacó - 14. A purificação na família de Jacó

 Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 35.1-15  Que nos diz:

Depois disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu, quando fugiste da face de Esaú teu irmão.
Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes.
E levantemo-nos, e subamos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho que tenho andado.
Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.
E partiram; e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó.
Assim chegou Jacó a Luz, que está na terra de Canaã (esta é Betel), ele e todo o povo que com ele havia.
E edificou ali um altar, e chamou aquele lugar El-Betel; porquanto Deus ali se lhe tinha manifestado, quando fugia da face de seu irmão.
E morreu Débora, a ama de Rebeca, e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho cujo nome chamou Alom-Bacute.
E apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o.
E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.
Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos teus lombos;
E te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a Isaque, e à tua descendência depois de ti darei a terra.
E Deus subiu dele, do lugar onde falara com ele.
E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com ele, uma coluna de pedra; e derramou sobre ela uma libação, e deitou sobre ela azeite.
E chamou Jacó aquele lugar, onde Deus falara com ele, Betel.



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Estamos de volta dando sequência a uma série de

conferências sobre os Patriarcas; Já  falamos sobre Abraão;

Isaque e agora estamos  no terceiro seguimento falando

sobre Jacó.

  Já apresentamos os seguintes temas:
  1. Sua biografia;
  2.  O seu nascimento;
  3. Esaú vende a primogenitura;
  4.  Isaque abençoa Jacó;
  5.  A fuga de Jacó;
  6. A Lei da semeadura;
  7. Os filhos de Jacó;
  8. A prosperidade de Jacó;
  9. A 2ª  fuga de Jacó;
  10. Jacó se conserta com Esaú;
  11. A conversão de Jacó;
  12. Jacó inverte as prioridades;
  13. O episódio de Diná.

Agora vamos falar sobre  " Deus exige a purificação da família de Jacó " . 


I. Análise preliminar do texto.


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Jacó Volta a Betel (35.1-15)


Jacó tinha permanecido por alguns anos em Siquém como vimos na lição anterior, talvez por causa de vantagens econômicas. Mas parece que foi preciso outra profunda experiên­cia (mística) espiritual, para fazê-lo voltar à sua terra, Hebrom (Gn 37.1). Voltaria para casa, mas antes faria uma parada em Betel, onde edificaria outro altar e receberia mais instruções divinas. Quase trinta anos antes, Jacó tinha feito um voto e uma promessa em Betel (Gn 28.20,21). Agora, ele deveria renovar seus votos e seus propósitos espirituais. Jacó havia comple­tado um ciclo, indo de Berseba a Padã-Arã, e, então, voltou à área de Berseba ou Hebrom, lugares esses onde Abraão e Isaque tinham residido, os quais ficavam a cerca de sessenta quilômetros um do outro. Ver Gn 28.10 quanto à partida de Jacó de Berseba. Jacó havia completado suas peregrinações pelo estrangeiro, e agora era instruído a voltar para casa, cena de uma nova missão.


“Dois temas percorrem o capítulo trinta e cinco: término e correção. Temos aqui uma história de término, porque Jacó estava de volta à Terra Prometida, com sua família e com todas as suas riquezas; a vitória tinha sido ganha, o alvo tinha sido atingido, e a promessa divina tinha tido cumprimento. Mas também temos aqui uma história de correção, porquanto seus familiares não se tinham apegado completamente ao andar de acordo com a fé: ídolos tiveram de ser enterrados, e Rúben precisou ser disciplinado”.


Parece que Betel se tinha tornado um santuário, um lugar de peregrinação, e que era um dos centros da crescente nova fé, o Yahwismo.


35.1 Disse Deus. Isso pode ter ocorrido de várias maneiras: 
1. por meio de um sonho; 
2. mediante algum tipo de experiência mística ou extática, como uma visão; 3. através de uma experiência intuitiva; 
4. ele vira o Anjo do Senhor; 
5. ou como uma manifestação do Logos, no Antigo Testamento. Por diversas vezes, no decorrer da vida de Jacó, a orientação divina lhe foi dada sob a forma de uma intervenção, por estar ele na linha do Pacto Abraâmico (Gn 15.18). Depois dele, Judá (filho de Lia) tornar-se-ia o próximo elo na corrente que resultou no Messias. O que sucedia a Jacó, pois, era importante para o surgimento da nação de Israel e da linhagem messiânica. Daí por que ele foi homem de muitas visões e de uma iluminação divina específica, alguém que recebia uma orientação toda especial.


As palavras-chave, “disse Deus”, são reiteradas por muitas vezes no livro de Gênesis, provendo um dos motivos mais centrais desse livro, o qual destaca continuamente a providência divina. O nome divino, aqui usado, é Elohim.


Uma Obediência Tardia. Jacó tinha descido de Padã-Arã a fim de voltar para sua terra. Mas acabou demorando-se em Siquém, talvez por razões pecuniárias vantajosas. Então ocorreu o infeliz episódio que envolveu Diná, bem como a horrenda matança dos súditos de Hamor, pelos filhos de Jacó. Jacó poderia ter evitado esse triste lance de sua vida, se tivesse obedecido prontamente, voltando diretamente para sua terra, depois que deixara o territó­rio de Labão.


De Volta a Betel. (Gn 12.8; 13.3; 28.19 e 31.13) Jacó tivera uma poderosa experiência mística ali, quando deixava sua terra para ir ter com Labão (Gn 28.11 ss.). Talvez o lugar se tivesse tornado um santuário e lugar de peregrinações. A volta de Jacó ao lugar foi uma espécie de volta às suas raízes espirituais. Foi ali que ele recebeu a confirma­ção do Pacto Abraâmico, e agora haveria de receber outra confirmação desse pacto. Mui provavelmente, Betel se tinha tornado um centro de promoção da nova fé, o Yahwismo. A fé messiânica estava em desenvolvimento, juntamente com a nação de Israel.


Agora, Jacó corria perigo em Siquém, motivo pelo qual era sábio, mesmo à parte de qualquer diretiva divina, abandonar aquele lugar. Jacó havia feito um voto solene em Betel, e embora já se tivessem passado quarenta e dois anos desde então, ele não o esquecera (Gn 31.13). Jacó pode ter caído em um lapso em Siquém, mas nem por isso abandonara o seu propósito. Betel ficava a apenas vinte e quatro quilômetros de distância de Siquém. A indiferença de Jacó para com seu voto (pelo menos por algum tempo) pode ter sido a causa espiritual do incidente que envolveu Diná (Gn 34).


Jacó Tinha Fugido de Esaú. Jacó tinha deixado o lar paterno, em Berseba, por ter furtado de Esaú a bênção de Isaque, e correra o perigo de ser assassinado pelo indignado Esaú (Gn 27.43.). Aquela tinha sido uma crise da qual Jacó escapara sem sofrer represálias, porquanto a presença do Senhor estava com ele. Cada marco importante de sua vida ficou assinalada pela presença de Deus.


35.2 Disse Jacó à sua família. Foi o patriarca, sob orientação do Senhor, que exigiu que houvesse mudanças para melhor. E também foi ele quem disse: “Va­mos a Betel”. Deus estava transformando cada vez mais Jacó, para que ele pudesse avançar espiritualmente.


Lançai fora os deuses estranhos. Terá, pai de Abraão, tinha sido um ho­mem idólatra (Js 24.2). Raquel furtara os terafins ou ídolos do lar de Labão (Gn 31.19). Assim, formas de idolatria prosseguiram paralelamente à adoração a Elohim, a despeito do surgimento gradual da nova fé, o Yahwismo. Porém, haveria de chegar o tempo de romper definitivamente com os costumes antigos. Esses costumes só morrem aos poucos, lentamente. A Reforma Protestante foi uma época em que certos segmentos da Igreja abandonaram certas formas de idolatria, embora novas formas não tivessem demorado a tomar o lugar das mais antigas.


Purificai-vos, e mudai as vossas vestes. Isso serviu de símbolo da renovação espiritual que estava prestes a ocorrer. Houve um novo começo em Betel. Todo ser humano, sem importar quão espiritual já seja, e sem importar seus empreendi­mentos espirituais, precisa de renovações ocasionais, de novos votos, de um zelo renovado, de uma nova determinação, de novos projetos, de novos costumes e de novas ideias. É fácil para o homem ficar estagnado em velhos costumes, velhas ideias, velhas bases, velhas realizações. Algumas vezes, o que é novo requer uma mudança de localização geográfica, conforme foi o caso de Jacó, neste passo bíblico. Declarou Sêneca: “O que precisamos é de uma mudança de mentalidade, e não de uma mudança de ares (ou seja, de uma nova localização geográfica)”. Todavia, algumas vezes o que é novo também requer uma mudança de ares.


Purificai-vos. Talvez indicando a necessidade de alguma espécie de rito puri­ficador, o que, sem dúvida, fazia parte das práticas religiosas de Jacó. Um costu­me do hinduísmo é que as pessoas devem mudar de roupa antes de adorarem. As roupas de trabalho são trocadas por roupas de adoração.


As coisas aqui mencionadas foram institucionalizadas sob a legislação mosaica (Êx 19.10; Jz 8.24).


A renúncia aos deuses estranhos (Js 24.14-18,23) incluía os terafins ou ­ídolos do lar (Gn 31.19). É natural que incorporemos costumes e ideias à nossa religião. O sincretismo sempre fará parte da fé religiosa, e todos estamos envolvidos nessa prática, reconheçamos ou não esse fato. A fé religiosa no Brasil é um exem­plo significativo de várias formas de sincretismo. Mas fatalmente chega o dia em que os estrangeirismos, injetados em nossa fé religiosa, precisam fenecer. As roupas precisam ser trocadas. Corpo, alma e espírito (mente) precisam ser purificados.


35.3 Subamos a Betel. Ver Gn 28.11 ss. quanto às experiências passadas de Jacó naquele lugar. Fora em Betel, nos dias de sua pior aflição, que ele teve o sonho-visão da escada cujo topo chegava ao céu (veja na ajuda 1), por onde subiam e desciam anjos de Deus. Jacó tinha erigido ali um altar naquele dia, jurando que se dedicaria ao Senhor. Mas isso havia acontecido muitos anos atrás. As primeiras intenções tinham-se tornado vagas. Ele tinha ido residir no território de Labão; mas, apesar disso, segundo se supõe, não havia abandonado a sua fé. Contudo, não se importara muito com a pureza da fé entre seus familiares, a ponto de tolerar a existência de ídolos. “E quando voltou à sua terra, não foi para Betel, e, sim, para Siquém, um lugar mais ameno”. Mas agora ele partia para Betel; agora partia para casa; agora haveria purificação e mudança. Se isso tivesse acontecido sete ou oito anos antes, talvez Diná tivesse sido poupada da desgraça pela qual passou, e nunca tivesse havido a matança de Hamor e sua gente, uma desgraça para Jacó e toda a sua família.


No dia da minha angústia. Uma alusão aos dias em que Esaú queria matá-lo, se tivesse permanecido em Berseba, por haver-lhe furtado a bênção de Isaque, por meio de um golpe astucioso (Gn 27.6 .). Jacó tinha fugido de Berseba em grande angústia de alma, mas não demorou a ser encorajado por meio de seu encontro com a presença divina, em Betel (Gn 28.11 .).


35.4 Os deuses estrangeiros… e as argolas. Ou seja, os terafins que Raquel havia furtado (Gn 31.19), juntamente com os amuletos, os objetos mágicos (as argolas faziam parte da coleção). Alguns estudiosos dizem que não se tratava de argolas usadas pelas mulheres (e por alguns homens hoje em dial), pois seriam argolas para serem postas nas imagens, ou então argolas especiais, usadas pelos idólatras quando se ocupavam em suas cerimônias, mediante as quais honravam a certas divindades. O Targum de Jonathan alude às “argolas usadas nas orelhas dos habitantes da cidade de Siquém, que tinham formas parecidas com os seus ídolos”. Nesse caso, na casa de Jacó tinham sido adotadas essas formas de idolatria. Alguns eruditos incluem aqui cartas astrológicas, mas a astro­logia pertencia mais ao Egito e à Babilônia, requerendo habilidades matemáticas que a família de Jacó dificilmente possuiria.


Agostinho mencionou brincos (argolas) tanto de homens quanto de mulheres, que eram usados em certas formas de idolatria e de demonismo.


Aarão fabricou o bezerro de ouro a partir de brincos (e, sem dúvida, de outros objetos), segundo se lê em Êxodo 32.2-4, e a idolatria, eliminada em uma época, é renovada em outra. Israel nunca se viu inteiramente livre, nem está livre a Igreja atual, nem mesmo os crentes individuais.


Debaixo do carvalho. O próprio carvalho (ou um carvalhal) fora transforma­do em lugar de adoração idolátrica, onde presumivelmente se reuniam as divinda­des e onde poderiam ajudar os homens a resolver os seus problemas. É provável que esteja em pauta o carvalho ou carvalhal de Moré,( Gn 12.7.;Dt 11.30). Alguns estudiosos não identifi­cam os carvalhos de Gn 12.6,7 com o deste texto. Não há como ter certeza sobre a questão. O carvalho era uma árvore que “com frequência permanecia por muitos anos, antes de ser cortado e usado com propósitos religiosos; pois, como eram tidos em grande veneração, raramente eram cortados” .


35.5 O terror de Deus. Jacó e seus familiares fugiram, como que para poupar a vida, por haverem os filhos de Israel liquidado os heveus de Siquém. O trecho de Gn 34.30 mostra-nos que Jacó temia ataques, por ter-se tornado “odioso” aos olhos de seus vizinhos. Mas a providência de Deus havia trazido alguma forma de terror sobrenatural que impunha temor aos habitantes da região, os quais também não atacavam a Jacó. Gn 23.6 e 30.8. Quão frequentemente precisamos de jornadas misericordiosas, mediante a proteção de Deus.


O terror de Deus é “uma expressão derivada da guerra santa (Êx 23.27; Js 10.10), e era um pânico misterioso que paralisava o inimigo” .


35.6 Luz. Esse era o nome antigo de Betel.


Terra de Canaã. (Gn 23.19) Quanto à experiência anterior de Jacó naquele lugar. O trecho de Juízes 1.26 mostra que os hititas ou heteus tinham ali um centro seu.


Em Betel, Jacó fora livrado de ataques por parte de seus inimigos, e agora estava passando para uma nova fase de sua vida. A obediência aos seus votos haveria de produzir um novo dia.


35.7 E edificou ali um altar. Essa questão de altares tem grande importância no Gênesis. ( Gn 8.20; 12.7,8; 13.4,18; 22.9; 26.25; 33.20; 35.1,3,7). Mais de quarenta anos antes, Jacó havia erigido um altar naquele lugar. Teria ele soerguido o mesmo altar, ou erigido um novo altar? Tal pergunta fica sem resposta.


El-Betel. No hebraico, Ei-Beth-el, ou seja, “o Deus da casa de Deus”. Jacó havia sido admitido à casa de Deus, e ali viu as maravilhas de Sua graça e providência, além de ter recebido os alicerces para a nova fé. Esse título Deus adotara para Si mesmo (Gn 31.13).


Deus. No hebraico, Elohim. Ali o Senhor tinha aparecido a Jacó. Temos aqui um plural de majestade, que não tem por intuito apontar para o politeísmo.


35.8 Morreu Débora. Ela figura pela primeira vez na Bíblia, sem a menção de seu nome, em Gn 24.59. Ela foi uma escrava de Rebeca, que lhe fora dada para acompanhá-la, desde que viera para casar-se com Isaque. A história de Débora tinha começado em algum ponto não mencionado. Vinha acompanhando a jovem Rebeca, talvez desde o nascimento desta. Nunca se separaram. E, então, ela acompanhou a família patriarcal à Terra Prometida, e, talvez, tivesse sido incorporada à casa de Jacó. É estranho que não tenha sido registrada a morte de Rebeca (embora o seja o seu sepultamento, em Gn 49.31). No entanto, o autor sacro inseriu esta nota sobre a morte de Débora na história da segunda visita de Jacó a Betel. Por quê? Porque ela era amada por todos, porquanto era grande em sua posição humilde.


Débora esteve com a família patriarcal por nada menos de duas gerações completas. Assim, fizera sua contribuição e cumprira a sua missão. Se Débora estivesse presente, talvez Raquel não tivesse morrido no parto de Benjamim.


A ama de Rebeca. Uma ama cuidava das mulheres e de seus filhos.


Uma ama ou enfermeira treinada é o coração mesmo dos cuidados médicos; elas recebem ordens e cuidam dos enfermos e dos moribundos. Essa ocupação tem-se profissionalizado, mas o espírito de serviço humilde (por muitas vezes com pagamento insuficiente) faz-se presente até hoje. Cuidar das pessoas, quando estão doentes e até infectadas, é um ato de amor, de obediência à lei do amor.


Alom-Bacute. No hebraico, esse nome significa “carvalho do pranto”. Era a árvore ao pé da qual Débora, a ama de Rebeca, foi sepultada (Gn 35.8), e, depois, Raquel. Alguns eruditos pensam que temos aqui alguma deslocação de material, e que a juíza Débora é que estaria em foco, ou seja, que o memorial era dela. Mas esse seria um erro grosseiro demais para um compilador ter feito. Pessoas humildes também têm um papel humilde a desempenhar no registro sacro. A fidelidade delas é relembrada, embora não trouxessem as marcas que os homens pensam que os grandes devem ter.


Betel Novamente (35.9-15)


Alguns críticos veem aqui alguma “mistura de tradições”, supondo que a história original de Betel (Gn 28.11) teria sido combinada (neste ponto) com elementos do relato sobre a luta de Jacó com o anjo (Gn 32.24), quando seu nome foi mudado de Jacó para Israel. Os estudiosos conservadores não veem por que novas experiências não poderiam conter elementos de antigas experiên­cias. Seja como for, o material desta pequena seção é uma duplicação essencial de coisas sobre as quais já tínhamos comentado, incluindo certas provisões do Pacto Abraâmico (ver em Gn 15.18). “Em Betel, Deus confirmou a promessa que tinha feito antes (Gn 32.28). A mudança do nome de Jacó serviu de prova da bênção prometida”.


35.9 Vindo Jacó de Padã-Arã. Ou seja, a caminho de volta para casa, especificamen­te, em Betel (v. 14 ,15). Sua experiência anterior em Betel teve lugar quando ele estava indo para Padã-Arã. E esta experiência ocorreu quando ele estava saindo dali. Ambas as ocasiões foram marcos em sua vida.


Outra vez lhe apareceu Deus. Jacó era homem de muitas experiênci­as místicas. A presença de Deus guiava Jacó em todos os marcos importantes de sua vida. A providência de Deus acompanhava Jacó de uma maneira especial.


35.10 E lhe chamou Israel. Ver Gênesis 32.28 quanto à mudança do nome de Jacó para Israel.


35.11 O Deus Todo-poderoso. El-Shaddai é aquele que nos supre quanto a todas as necessidades, conforme parece ser uma das implicações desse nome. A primeira parte do nome, El, mostra que há poder capaz de fornecer um suprimento abundante. “O Senhor é meu Pastor; nada me faltará.” As promessas são confirmadas. O nome divino, El-Shaddai, é aquele que prefacia a repetição do Pacto Abraâmico a Abraão (Gn 17.1 ss.). Esse mesmo Deus garantia agora, a Jacó, a continuação do pacto.


Multiplicação e Grandeza. Uma companhia de nações descenderia de Abraão, o que é dito por diversas vezes nas repetições do Pacto Abraâmico. Ver Gênesis 28.3, onde a expres­são usada é “uma multidão de povos”. Ali, a declaração faz parte da bênção dada a Jacó por Isaque. Além disso, reis descenderiam de Jacó, como Saul, Davi, Salomão etc. ( Gn 17.6), culminando no Rei-Messias, descendente de Judá, através de Lia, uma das esposas de Jacó. Nesse ponto, seria atingida a dimensão espiritual do pacto, de tal modo que aquilo que era bênção material tornar-se-ia em bênção espiritual, incluindo a questão da salvação da alma (Gl 3.14).


35.12 A terra. A aquisição de um território pátrio era necessária para que se desen­volvesse a nação de Israel, o que levaria ao cumprimento maior do próprio pacto. As notas em Gn 15.18 mostram as dimensões desse território.


35.13 Elevando-se do lugar. Provavelmente devemos pensar no “céu”, em algum lugar acima da terra, como se vê em Gn 11.4; 21.17; 22.11,15; 28.12. Tendo-se manifestado, vindo dali, Deus agora para ali voltava. A presença divina algumas vezes manifesta-se aos homens de uma maneira que eles são capazes de com­preender, pelo menos em parte, e de uma forma que possam suportá-la. Isso sucede mediante as experiências místicas como as visões, os sonhos, as visitas angelicais etc.


Os trechos de Gn 17.22 e 18.33 têm a mesma expressão que se vê neste versículo. Deus “elevou-se de onde estava Abraão”. Mas Gn 18.33 diz algo levemente diferente: “retirou-se o Senhor”.


35.14 Este versículo é parecido com o de Gn 28.18, exceto pelo fato de que aqui temos a primeira menção a uma libação na Bíblia. Provavelmente foram empregados vinho, água ou mesmo ambas as coisas. Mas alguns eruditos pensam que foi usado azeite. Também é possível que o “azeite” entornado em Gn 28.18 fosse uma libação, embora isso não seja dito especificamente. As oferendas, como as deste versículo, reconheci­am o poder divino e a visitação da presença divina. Era uma espécie de participa­ção dos bens materiais de alguém, em reconhecimento da graça e do suprimento divino, na esperança de maior recebimento dessa graça e suprimento.


As libações eram algo comum em muitos países. As libações originais eram feitas com água, mas depois passou-se a usar o vinho ( Lv 7.1). Gratidão e devoção eram expressas por meio desses atos. Ademais, sem dúvida, essas oferendas serviam de pedidos quanto à continuação do suprimento e do poder divinos junto ao adorador, por estar sendo reconhecida, por este, a presença divina. As libações, acima de tudo, eram atos de adoração que reconheciam a providência de Deus.


Colunas Memoriais. Naturalmente, essas colunas tornaram-se objetos vene­rados pelos descendentes dos patriarcas, motivo pelo qual a legislação mosaica veio a proibir tal prática. ( Lv 26.1 ; Dt 16.22). Cerca de quarenta anos separavam as duas colunas erigidas por Jacó. Ele continuava a ser um homem de altares e de devoção espiritual.


35.15

Esse lugar chamava-se Betel, pois o trecho é paralelo a Gn 28.17-19. Betel tornou-se um dos santuários da nova religião, a fé de Abraão, um lugar de pere­grinação do Yahwismo. Estava sendo formada a fé religiosa distintiva da nação de Israel.





II. O retorno  de Jacó a Betel (Gn 35.1-7).


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- Para entender a mensagem é imperativo que voltemos a Gênesis 27. Esaú em seu momento de fraqueza vendeu a sua primogenitura a Jacó. Jacó através do engano e com a ajuda de sua mãe foi a Isaque e recebeu a primogenitura. Esaú finalmente chega à conclusão do que ele fez e agora ele está tão irado que ele faz a afirmação de que ele iria matar seu irmão Jacó. Rebeca diz a Jacó para ir para a casa de Labão até que Esaú se acalmasse. Neste momento eu acredito que Jacó era um homem muito assustado.

- Jacó começa sua jornada para Harã, mas tem que parar durante a noite em um lugar chamado Luz. Ele reúne algumas pedras para um travesseiro e vai dormir e então o Senhor começa a se mover em seu coração. Jacó tem um sonho de uma escada que ligava a terra e o céu e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E o Senhor estava sobre ela e proclamava (Gênesis 28:13) “Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque, a terra em que estás deitado, eu ta darei, a ti e a tua descendência".

- Jacó é movido por essa experiência, então, tomou a pedra que ele usou como travesseiro e ungiu como um memorial.

- Ele chamou o nome daquele lugar, Betel, que significa "casa de Deus"

- Avançando 30 anos depois e o assunto da minha mensagem "Voltando a Betel"

- Muitas pessoas hoje são como Jacó, eles foram ao local onde se encontraram com Deus e fizeram uma promessa a ele que se ele ajudasse-os com isto ou aquilo, iriam viver para Ele para sempre. No entanto, as dificuldades, provações e o pecado os fez esquecer a promessa.

- 30 anos depois e a família de Jacó estava uma bagunça e ele precisava de Deus.

- No versículo 1 do nosso texto: "Deus disse a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão"

1. Betel é um lugar de conhecimento

A. Este é o lugar onde Jacó se encontrou com Deus. B. Há muita gente hoje que sabe menos sobre Deus do que eles sabiam quando foram salvos

1. 2 Pedro 1:9 “Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora”.

C. A razão para isto é que eles se esqueceram de sua experiência em Betel

D. Jacó encontrou Deus durante um tempo de angústia em sua vida

E. Ele estava com medo e estava basicamente correndo por sua vida.

F. Muitos de nós hoje precisamos voltar ao lugar onde conhecemos o Senhor

G. Betel é o lugar onde você pode voltar e encontrar poder, pureza e paz.

H. É o lugar onde você pode voltar e renovar seu amor pelo Senhor mais uma vez

2. Betel é um lugar de afirmação.

A. Você consegue se lembrar de todas as vezes que você prometeu a Deus que se ele o ajudasse você faria isso ou você nunca mais faria tal coisa?

B. Lembra-se do voto que você fez na noite em que foi salvo e prometeu ao Senhor que se ele te salvasse então você viveria para ele

C. Jacó se lembrou do voto que ele fez ele fez, em Gênesis 28:20-22

D. Gn 28:20 “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista”

E. (Gn 28:21) “de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus;”

F. (Gn 28:22) “e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo”

G. Nós precisamos voltar a afirmar a nossa graça. Não é para questionar a nossa salvação, mas para afirmar a graça de Deus em nossa vida.

H. Nós precisamos voltar a afirmar a nossa meta. A razão pela qual fomos salvos. Que acontecimento em nossa vida nos ajudou a receber a salvação?

I. Nós precisamos voltar a afirmar o nosso Deus. Eu acho que muitas vezes as pessoas se esquecem de Deus é quem ele diz que é.

3. Betel era um lugar de altares.

A. No verso 1 do nosso texto, “Deus disse a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali, e faze ali um altar ao Deus que te apareceu”

B. Jacó tinha fugido de Betel e se estabelecido entre os povos pagãos e agora estava colhendo os dividendos.

C. Em Gênesis 34:2 Diná, sua filha tinha saído para ver as filhas da terra. Ela estava se misturando com o mundo.

D. Siquém a viu e eventualmente a profanou. Agora, há uma crença que diz que ela foi levada contra sua vontade. No entanto, a palavra profanou não significa isso, significa simplesmente contaminar ou sujar.

E. Tem muitas pessoas hoje que estão se contaminando.

F. (Gn 34:7-26) Ouvindo o que tinha acontecido, os filhos de Jacó ficaram absolutamente furiosos com o incidente. Hamor propôs uma solução de casamentos mistos entre os israelitas e Cananitas com plenos direitos para os israelitas.

G. Os filhos de Jacó não tinham intenções de deixar Diná casar, mas mentiram e concordaram que, se os cananeus passassem pelo rito da circuncisão. Eles concordariam.

H. Enquanto os homens estavam se recuperando os filhos de Jacó mataram e tomaram a Diná da casa deles.

I. Por fim, em Gênesis 35:2 Jacó teve de dizer a sua casa para lançar fora os seus deuses estranhos.

J. Voltar a sua Betel espiritual requer duas coisas:

1. Arrependimento - "lançar fora os deuses estranhos". Gn 35:4 2. Reedificação – “Purificai-vos e mudai as vossas vestes”


III. Jacó faz de Betel a Casa de Deus.


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Em sua fuga para Harã (Gn 28:10 a 22), resolve passar a noite em certo lugar, tendo em vista que já era tarde. Faz uma pedra de travesseiro e se deitou para dormir. Ali teve um sonho, onde via anjos subindo e descendo por uma escada. O Senhor lhe aparece como o Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque e lhe faz promessa de lhe dar a terra em que está deitado e que através de sua descendência seriam abençoadas todas as famílias da terra.
Jacó estava tendo sua primeira experiência com Deus. Ao acordar Jacó reconhece a presença de Deus naquele lugar e diz: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus (Betel), a porta dos céus. Levanta, pega a pedra que lhe servirá de travesseiro e a coloca como coluna, e sobre o topo derrama azeite. Muda o nome do local de Luz para Betel e faz um voto com Deus.

 Primeira experiência de Jacó com Deus. É importante notar que apesar de viver num lar “cristão”, Jacó não conhecia a Deus, pois diz em Gênesis 28:21 - ...então, o Senhor será o meu Deus”.

  •  Sonha com os anjos e tem a presença manifesta de Deus.
  •  Recebe uma promessa.
  •  Registra aquela experiência como uma marca na sua vida, ao fazer da pedra uma coluna e derramar azeite sobre ela. A sua experiência com Cristo tem uma marca na sua vida?
  •  Muda o nome do local de Luz para Betel – isso fala de mudança. Quais as áreas da sua vida que precisam de mudança?
  •  Faz um voto de que o Senhor será o seu Deus. Nesse voto ele menciona que voltará para a casa de seu pai e promete dar o dízimo de tudo quando ganharia.
  • Jacó chega a Harã, na casa de seu tio. Trabalha 14 anos por suas duas mulheres (Lia e Raquel) e mais seis anos pelos rebanhos de seu sogro (Gn 31.38 -42). 
Teve seu salário mudado 10 vezes. Foi enganado por seu sogro.
Gênesis 31:13 – “Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai dessa terra e volta para a terra de tua parentela”. – Após vinte anos chega o momento de retornar, o que aliás fazia parte do seu voto com Deus. Jacó mais uma vez, literalmente, tem que fugir de seu sogro. Em seguida eles têm um encontro e acertam as contas.
Porém, é interessante notar algo que acontece nesse encontro. Labão reivindica a devolução dos seus deuses (ídolos do lar) 

(Gn 31.19, 30 -32)“Tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai. E agora que partiste de vez, porque tens saudade da casa de teu pai, porque me furtaste os meus deuses? Respondeu Jacó: Porque tive medo; pois calculei não suceda que me tome à força as suas filhas. Não viva aquele com quem achares os teus deuses; verifica diante de nossos irmãos o que te pertence e que está comigo e leva-o contigo. Pois Jacó não sabia que Raquel os havia furtado”.
Jacó segue em frente, de volta a sua terra. Porém, tem uma pendência que tem que ser acertada – a reconciliação com seu irmão Esaú, que o havia prometido de morte quando fugiu.
Muitas vezes desejamos viver uma vida com Deus, sermos abençoados, mas não queremos acertar as pendências da nossa vida. Preferimos fugir que solucionar. Precisamos ser pessoas resolvidas em todas as áreas se quisermos desfrutar da vida abundante que Deus nos promete.
Mensageiros informaram a Jacó que seu irmão vinha ao seu encontro com 400 homens. Jacó teve medo. Prepara a estratégia dos presentes.
Tem lutas, situações que teremos que enfrentar que somente o faremos com a intervenção de Deus, e para que isso aconteça precisamos buscá-lo de todo o coração. Foi o que Jacó fez no vau de Jaboque. Nesse episódio ele tem um encontro sobrenatural com Deus. Todo encontro sobrenatural deixa uma marca em nossa vida. Jacó foi marcado inclusive fisicamente. Aquele lugar se chamou Peniel – face a face com Deus. Nesse local Jacó tem seu nome mudado para Israel. A mudança de nome tem um significado muito especial, pois notifica que há uma nova identidade que vai requerer uma nova mentalidade, uma nova forma de ver as coisas.
Foi isso que Jesus fez quando o recebemos como Senhor. Ele nos fez novas criaturas.
Como resultado de seu encontro com Deus ele reconcilia-se com seu irmão de uma forma muito abençoada.


(Gn 33:18 – “Voltando de Padã-Harã, chegou Jacó são e salvo à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã; e armou a sua tenda junto da cidade. A parte do campo, onde armara a sua tenda, ele a comprou dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro. E levantou ali um altar e lhe chamou Deus, o Deus de Israel”.
É importante notar que Jacó deseja se estabelecer em Siquém, porém o destino que Deus dera a ele era Betel.
Em Siquém Jacó enfrenta uma situação gravíssima. Sua filha Diná é violentada por Siquém filho do príncipe daquela terra, que deseja casar com ela. Os filhos de Jacó propuseram que todo o homem fosse circuncidado, o que foi aceito. Entretanto, quando os homens estavam sentindo fortes dores Simeão e Levi entraram na cidade e mataram a todos os homens. Saquearam a cidade levando, os rebanhos, bois, jumentos e o que havia na cidade e no campo, todos os seus bens, e todos os seus meninos, e as suas mulheres levaram cativos e pilharam tudo o que havia nas casas, e provavelmente levando os deuses que o povo adorava. Essa situação trouxe aflições e perigo de vida para Jacó e sua casa. Novamente ele tem que sair de onde estava. Deus fala com ele.
Gênesis 35:1 – “Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú teu irmão”.
Creio que Deus estava dizendo para Jacó: - Aqui não é o lugar que eu te mandei ficar. Eu te disse para ires para Betel e habitares ali. Volta para o lugar da tua primeira experiência, da tua origem, da essência do encontro que eu tive contigo, do teu primeiro amor.
Gênesis 35:2 – “Então disse Jacó à sua família e a todos que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes; levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei”.
O que podemos notar é que após a experiência de Jacó com Deus em Betel, na sua caminhada ele se deixou contaminar por muitas coisas. Para fazer a retomada com Deus, voltar a intimidade, desfrutar da sua presença e da sua manifestação, algumas coisas precisam ser consertadas, tais como:


1.“Então  disse Jacó à sua família e a todos que com ele estavam:” – Deus havia falado com Jacó. Ele é o homem que vai liderar, nortear e orientar a sua família e a todos por quem é responsável. O que temos visto em nossos dias são homens que entregaram a liderança da família para a esposa, para os filhos. Está acontecendo caso interessante: filhos que não estão satisfeitos na igreja onde congregam com seus pais e procuram outra igreja. O pai então acompanha o filho. Estamos vendo uma inversão do princípio bíblico, pois o homem é aquele que como cabeça se posiciona e dá direção. Isso traz segurança para a família, pois tem um esposo/pai que assume a sua responsabilidade como sacerdote do lar. Por isso temos visto tantos lares cristãos desestruturados, pois a inversão na cadeia de comando estabelecida por Deus está totalmente alterada.



2. “Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio”- Vimos que sua esposa Raquel tinha roubado os ídolos (deuses) do lar de seu pai (Gn 31:19) e os tinha escondido. Penso que quando saquearam a cidade de Siquém e pilharam tudo o que havia nas casas, certamente carregaram também os deuses adorados pelos siquemitas.
Se desejamos ter uma vida de intimidade com Deus precisamos lançar fora os deuses estranhos que carregamos. A palavra lançar, ou tirar, tem o significado de desertar, manter distante, ser removido, fazer partir.
Qual o deus estranho que há na tua vida que te impede de voltares para Betel?
Em nossa mente evangélica quando pensamos em deuses, em ídolos, isso nos remete para imagens de santos, de entidades, entretanto deuses/ídolos é tudo aquilo que toma o lugar do Deus verdadeiro em nossa vida.

Será que existe algum deus estranho que pode nos proporcionar tudo isso? Sim. O dinheiro, o poder, o estudo (conhecimento), a família, a profissão, o status, ...
Esta é a primeira condição para voltar à intimidade com Deus. Ele diz em I Pe 2:9 que ele salvou, curou e libertou um povo para que fosse “povo de propriedade exclusiva de Deus”.


3. “Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos”.
A segunda ordem é que toda a impureza deveria ser removida. Como igreja não podemos nos deixar contaminar pelas coisas do mundo.
Sl 24:3 a 5 – “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a benção e a justiça do Deus da sua salvação”.
Davi lança a pergunta quem é apto para entrar na intimidade do Senhor e dá a resposta dizendo que aquele que limpeza nas mãos e pureza no coração, este obterá do Senhor a benção.
I Ts 4:7 – “porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação”.
2 Co 7:1 – “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”.
Fomos chamados para a santidade e não para a impureza. Quando se fala de purificação atenta-se mais para o aspecto interior da pessoa – sua consciência, intenções do coração, temperamento.
A purificação nos conduz a sermos cheios do fruto do Espírito Santo, que nada mais é do que a ação do Espírito Santo através da palavra de Deus em nossas vidas.


4. “Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes”.
Entendo que quando está se falando de mudar as vestes, trata-se de mudar coisas que estão fora de nós. A igreja em nossos dias está cada vez mais parecida com o sistema do mundo. Criam se coisas com nome de gospel, mas na verdade são imitações das coisas que no mundo há. A exemplo do mundo que tem os seus ídolos (cantores, jogadores,) a igreja tem criado as suas celebridades. A igreja reconhece e segue as celebridades e despreza os santos que existem na igreja, pagando um preço alto para deixar um legado para a próxima geração. Valoriza aqueles que estão na mídia, mas desonram seus pastores, os irmãos e irmãs que são guerreiro de oração e que são aqueles que sustentam a igreja através da intercessão.
Pessoas que no templo são uma coisa, mas quando saem daqui são outras, a essas chamamos de hipócritas.
O apóstolo Paulo fala da impureza da carne. Gente que está dentro da igreja, se dizendo crente, tomando ceia, mas está em pecado de adultério, fornicação, prostituição, pornografia, endividado, com segundas intenções, cheio de má fé, fofoqueiro, maldizente, murmurador, mentiroso, ladrão, mau testemunho. Esse tipo de gente não tem como voltar para Betel, se não se arrepender com choro, sentindo dor pelo pecado.


5. “LEVANTEMO-NOS E SUBAMOS A BETEL”.

Jacó estava dizendo para sua família e a todos os que com ele estavam: - Nós estamos nos mudando para Betel, a Casa de Deus. Vamos voltar para a origem onde tudo começou. Chega de vivermos desse jeito, de estarmos fora do propósito de Deus.


6. “Farei ali um altar ao Deus que me apareceu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde eu andei”.
Levantar um altar significa renovar propósitos, votos, a vida espiritual e empreender uma nova caminhada com o Senhor. Ele nunca te deixou em todo o caminho por onde você tem andado, porém ele não pode abençoar e manifestar-se, pois a única coisa que causa separação entre nós e o nosso Deus é o pecado.



IV. O perfil que a Bíblia  taça entre Jacó e Betel (Gn 35.11-22).


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 A trajetória da vida de Jacó nos ensina preciosas lições sobre a eleição incondicional de Deus. Apesar de todos os seus problemas familiares, a bênção do Senhor permaneceu na sua vida. Mesmo Jacó não merecendo, Isaque o abençoou com a bênção que Deus havia dado a Abraão, v.1-3 (que o Senhor te faça fecundo, que possuas a terra, que sejas uma multidão de povos). Os dons e as vocações do Senhor são irrevogáveis afirma a Palavra de Deus,Rm 12.29. Na sua fuga dos problemas, ele teve realmente um encontro com o Deus de Israel, agora não mais algo contado por seus pais, mas sim, um encontro que o converteu, porque foi uma experiência genuína de fé. Esse encontro se deu num lugar muito especial de forma tão tremenda que por causa disso o nome do lugar foi mudado passando a ser chamado Betel, Casa de Deus. Esse lugar nos ensina preciosas lições nós que somos convidados a termos também, em Betel, não mais uma experiência, mas sim uma vida constante no sobrenatural de Deus.

1.      Betel, Um lugar de pedras que servem de travesseiros, (V. 11)

·            Há um momento na vida que é preciso parar.
·            Há um momento na vida que é preciso descansar.
·            H[á um momento na vida que somente uma pedra pode servir de  Travesseiro.
·            No hebraico a ideia é de que a pedra serviu para proteger a cabeça.

2.      Betel, Um lugar de sonhos espirituais,( V. 12)

·            Deus se revela na Sua Palavra.
·            Deus se revela em sonhos.
·            Deus dá sonhos proféticos aos seus filhos.

3.      Betel, Um lugar de escadas que atingem o Céu,( V.12a)

·            Esta escada é a nossa vida de oração.
·            Esta escada fala de Cristo que liga terra e céu.
·            Esta escada é a nossa vida de comunhão com Deus.

4.      Betel, Um lugar de anjos que sobem e descem, (V.12b)

·            Anjos são mensageiros de Deus.
·            Anjos são espíritos ministradores aos Santos.
·            Anjos falam da glória de Deus.

5.      Betel, Um lugar de sublimes revelações,( V.13a)
·            O Senhor é o Eu sou o que Sou.
·            O Senhor é o Deus de Abraão, Deus Fiel.
·            O Senhor é Deus abençoador.

6.      Betel,Um lugar de renovação de promessas divinas, ( V.13b-15)

·            Deus renovou com Jacó as Suas promessas.
·            Deus renovou com Jacó a Sua Aliança.
·            Deus prometeu a Jacó a posse daquele Lugar.
·            Deus prometeu abençoar a Jacó por ele andasse.
·            A Bênção era para Ele e seus descendentes.

7.      Betel, Um lugar de magníficas declarações, (V.16-17)

·            Jacó temeu ao Senhor por causa da Sua presença.
·            Jacó confirmou a presença do Senhor naquele lugar.
·            Jacó declarou o lugar temível (tremendo) por causa da presença de Deus.
·            Jacó declarou que era a Casa de Deus por causa da visitação do Senhor.

8.      Betel, Um lugar de adoração, (V.18)

·            A pedra que serviu de coluna era um altar ao Senhor.
·            A pedra era um ato memorial por causa da revelação de Deus.
·            O azeite derramado, um ato de consagração.
·            A reverência ao lugar um símbolo de conversão e quebrantamento.

9.      Betel, Um Lugar de Compromisso, (V. 20- 22)

·            Jacó fez um voto ao Senhor por causa das bênçãos.
·            Prometeu ser fiel porque o Senhor seria com Ele.
·            Prometeu fazer daquele lugar a Casa de Deus.
·            Prometeu ser um dizimista fiel se tivesse prosperidade..
·            Prometeu  ser leal pela proteção do Senhor na jornada da vida.
   
10.   Betel,Um lugar chamado CASA DE DEUS,(V.19)

·            O nome da cidade foi mudado.
·            A presença de Deus muda todas as coisas.
·            Betel é Casa de Deus, Porta do Céu.
·            Betel é o lugar onde Deus renova suas promessas e aliança.


V. O que significou para Jacó voltar a Betel?


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A. Ele teve que lançar fora os seus ídolos.

1. Jacó esteve ausente de Betel, talvez uns trinta anos.

2. Durante esse tempo ele havia construído altares para Deus, mas ele também havia tolerado a falsa adoração de ídolos.

3. O que aconteceu com ele foi que ele tinha desenvolvido uma filosofia de adoração que abraçou o mundo, enquanto tentava manter um relacionamento com Deus.

4. Não funcionou para Jacó, e não vai funcionar para nós!

B. Ele tinha que limpar e fazer uma mudança.

1. Isso tem a ver com arrependimento.

2. Muitos querem ficar perto de Deus, sem limpar-se da sujeira deste mundo.

3. Se estivermos verdadeiramente arrependidos, vamos virar as costas para o pecado e voltar-se para o Deus santo e justo.

C. Ele levou sua família de volta para Deus.

1. Sua família tinha seguido o seu exemplo antes.

a. Seus filhos se tornaram enganosos e assassinos.

b. Suas esposas estavam envolvidas com a idolatria.

c. Cada passo para longe de Deus, levou a sua família consigo.

2. Agora era a hora de ele voltar para Deus e levar sua família com ele.

3. Deus constituiu o marido e pai para ser o líder espiritual em casa, e muitas vezes eles levam suas famílias para longe de Deus, em vez de leva-los na direção dele.

4. A menina olhou para o pai, sentado no seu colo e perguntou: "Papai, Deus está morto?" O pai disse: "Porque você está fazendo essa pergunta?" Sua filha respondeu: "Bem, eu nunca ouvi você falar com ele”.

5. Jacó assumiu a liderança e trouxe a família com ele quando ele voltou para Betel.


VI. Deus exige a mudança das vestes ( Is 52.1,2; 61.1-3). .


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Deus para falar conosco, por muitas vezes em sua palavra usa simbolismos. Exemplo: Egito= mundo, Faraó=Satanás,Canaã=Vida Eterna. A igreja = é chamada de noiva, corpo, lavoura, edifício, exército. Os simbolismos na bíblia são constantes para exemplificar algo que: aconteceu, está acontecendo ou que irá acontecer. Eu quero falar nesta noite sobre alguns simbolismos proféticos que Deus usa em nossas vidas para falar conosco, tratar conosco, e em muitas situações nos levar a novos níveis em Deus. 

Vestes é um símbolo profético que anuncia muitas coisas em nossa vida. Quando há necessidade de mudarmos de níveis, estágios, ciclos, Deus vai agir em nossas vidas trocando nossas vestes.
Essa mudança pode acontecer em dois níveis:
Nós decidimos mudar nossas vestes ou Deus nos forçara a mudar nossas vestes.
Há muitas pessoas com vestes de choro, Veste de vergonha, Vestes de fracasso, Vestes de derrota,Vestes de incapacidade, Vestes de enfermo, 

Vestes de opressão, de depressão, de solidão.

Alguns exemplos bíblicos:

1. José (Gn 37.23-34).

 1ª Troca de vestes através da ação divina.   A bíblia diz que eles rasgaram suas vestes. Eles não sabiam o que estavam fazendo. Eles estavam profetizando uma mudança, um agir novo de Deus na vida de José.

José. 2ª Troca de vestes através da ação divina (Gn 39:7-12).De uma forma profética, a esposa de Potifar deu encima de Jose, ele escapou das garras dela, mas foi parar no Carandiru. Só que a esposa achou que ela estava fazendo algo para se poupar, se proteger, mas ela estava profetizando. Ela estava declarando, Jose, Deus quer te levar para outro nível. Tire as vestes.


José 3ª Troca de Vestes. Atitude de José (Gn 41.14).
Desta vez não arrancaram as vestes de José, e sim ele decidiu trocá-las. Por quê? Porque estou indo para outro nível. Estou indo para o palácio.

José 4ª Troca de Vestes. Ação divina ( Gn 41.38-41).Colocaram em José vestes de rei. Quatro momentos proféticos na vida de José em que ele trocou as suas vestes. Quatro momentos que foram proféticos e mudaram a sua história. Na vida espiritual também é assim. Quando algo está para acontecer Deus quer que mudemos de vestes.


 2. Joaquim, rei de Judá ( 2 Rs 25.27).

Rei Joaquim estava anos aprisionado. Ninguém nem se lembrava mais dele. Só que no primeiro ano, o filho de Nabucodonosor decide dar anistia e libertar especificamente o rei Joaquim que é rei de Judá. A bíblia diz que ele mudou suas vestes, porque sua festa estava para começar. Essa história de Isaias fica bem clara, quando o Espírito Santo vem ele troca às vestes dos que estão em luto e dá vestes de louvor. Há muitos que estão vestidos de luto, mas nesta noite a tua festa está chegando.


 3. Ester. Havia uma trama diabólica para destruir todos os hebreus (Et 5.1). 

Ela entra em jejum, não tinha ainda entrado no palácio. Havia um decreto do rei que se alguém entrasse sem audiência marcada oficialmente, poderia ser morto pelos guardar. A não ser que se o rei estendesse o cedro de misericórdia, os guardas não matam. Ela coloca vestes reais, porque ela sabia que algo ia começar acontecer. Antes que aconteça, ela já estava de vestes reais.

 4. Eliseu e Elias. Ambos trocaram as vestes (2 Rs 2.12-13)
Elias rasgou suas vestes, pois ele estava dizendo, chegou a minha vez. Não posso mais andar com essas vestes, porque chegou o meu dia. Ele rasga as suas vestes e coloca a que Elias deixou cair, pois Elias também estava trocando de vestes.

5. Davi. Quando as esposas e crianças foram levadas ao cativeiro (1 Sm 30-7).

Ele se reanimou em Deus, mandou trazer a estola sacerdotal.

 6. O que diríamos dos levitas, sacerdotes.
Nos santos do santos. Havia um decreto de Deus, eles têm que trocar de vestes. Ninguém entrava lá, sem trocar de roupa.

7.O cego Bartimeu. Vestes falam de identidade (Mc 10.49-50).
Suas roupas falam de quem você é. Como sei que a pessoa é bombeiro, médico, policial, promotor da justiça, enfermeira. Bartimeu tinha uma roupa especial para mendigar. No dia que Jesus o chamou, ele primeiro tirou de si a capa lançou fora. Ele estava dizendo: -Chegou a minha vez,não posso ir com esse traje à presença do Rei.

8. Rute e Noemi. Perderam tudo ( Rt 3.1)

A história de Rute nunca mais foi a mesma. Começou com mudança de vestes. Não é para mostrar sua beleza, mas para Rute é uma declaração de mudança de vida. Antes da mudança acontecer, troque as roupas.

9. Jacó ( Gn 27:1,14-16 , 22).

Qual a razão principal ao colocar a melhor roupa para se apresentar ao pai cego? Posicionamento, declaração, momento profético.

 10.  Jesus. E o que diremos do próprio Senhor.
Jesus se despiu de sua Glória. Ele tirou sua roupa de glória e vestiu roupas de servo.
 É tremenda essa parte da tradição, pois é exatamente como a bíblia diz em Isaías 52:1 -2; Isaías 61:1-3.

As vestes apontam para algo que deve acontecer em nosso interior. Em alguns momentos o Senhor nos força a trocar de vestes, em outros, nós que decidimos trocar as vestes como o Bartimeu, Davi, Eliseu, Rute, Ester. Nós somos filhos do Rei, e o Senhor já liberou vestes reais para nós. Muitos filhos de Deus ainda não tomaram posse das vestes reais e muito menos lançaram fora as vestes antigas que podem ser muitas: Vestes de rancor, ingratidão, depressão, medo, mentira, lascívia, incapacidade, pessimismo, esterilidade, ira. Eu te convido a permitir o Espírito Santo revelar quais são as vestes que precisam ser lançadas fora para as novas vestes de sacerdote, realeza, santidade passarem a ser constantes em sua vida.

Como anda as suas vestes diante do Senhor hoje? Compartilhe.
O que você estaria disposto a fazer para trocar as suas vestes, diante do Senhor?
Pra você o que significa trocar as vestes no Senhor?


Mudai as vossas vestes; aquele que é santificado no seu interior exterioriza em toda sua maneira de ser, certamente muitos até concordam com os dois imperativos anteriores, mas quando se trata de vestes as emoções afloram... Escute: Outro dia ouvi um debate num rádio sobre isso, alguém dizendo: “tem gente que tem só aparência, tem roupa de crente, mas não é crente”; note; que todos sabem que “tem roupa de crente”. No entanto preferem assemelhar-se ao mundo; calma! Eu sei que roupa não salva ninguém!, entretanto também sei que aquele que é salvo não pertence mais a este mundo (Jo 17:14 - Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.), nossa Pátria está nos céus, somos peregrinos neste mundo, e quando encontramos alguém de uma outra Pátria detectamos linguajar, sotaque, costumes e vestes diferentes; sempre digo que quem se veste como crente, em todo lugar será reconhecido como irmão ou irmã; sempre será lembrado do parentesco com Cristo; já o contrário; raramente será identificado, pois as roupas quase sempre chamam atenção para sua sensualidade. Ouça: Quem ama vai além do esperado! E certamente encontrará resposta a altura do seu esmero.

VII. Deus exige uma purificação na família de Jacó em Betel.




Seria Raquel, esposa de Jacó, idolatra?


“Então disse Jacó à sua família,
e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os
deuses estranhos que há no meio de vós,
e purificai-vos e mudai as vossas vestes.” (Gn 35:2)

Betel é a cidade mais mencionada na Bíblia, depois de Jerusalém.

Foi em Betel que Abraão armou a sua tenda e edificou o seu primeiro altar (Gn 12:8; 13:3). Jacó foi quem denominou o lugar. Foi neste lugar que Jacó teve a visão de uma escada que atingia o
céu, por onde anjos subiam e desciam. Anteriormente, era chamado de Luz e tinha um antigo santuário cananeu (Gn 28:19).

Betel era o lugar onde Deus confirmou que as promessas feitas a Abraão e Isaque passariam a ele e à sua descendência (Gn 28:13). Jacó esteve acampado em Siquém por dez anos, mas depois da tragédia em que exterminaram a população daquela cidade, por seus filhos Simeão e Levi, não podia ficar mais naquele lugar. Jacó estava numa situação difícil e embaraçosa e não sabia aonde ir. Porém, Deus impediu que os cananeus perseguissem e afligissem o povo de Jacó, ao causar terror às cidades que estavam ao redor (Gn 35:5).

Deus mandou que Jacó fosse habitar em Betel e fizesse um altar para Ele (Gn 35:1). Então, Jacó instruiu a família e todos que estavam com ele, para que destruíssem os ídolos, se limpassem e mudassem suas roupas para prepararem-se para a viagem a Betel. Jacó e seu povo não necessitavam de ídolos, amuletos ou deuses estranhos. Eles tinham a proteção do Deus verdadeiro. Jacó deu a ordem. Os ídolos foram recolhidos e enterrados sob uma árvore perto de Siquem (Gn 35:4). Jacó mandou que todos se levantassem e partissem com ele a Betel, onde fez um altar ao Deus que o atendeu em sua angústia e o acompanhou por onde andou (Gn 35:5). Foi o primeiro avivamento registrado na Bíblia.

A decisão de Jacó teve três significados: Primeiro a eliminação total de crendices, amuletos e deuses estranhos que se interpõem na vida pessoal e do povo de Deus. A ordem foi “lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós”; o segundo significado é o arrependimento, e o perdão dos pecados mediante a confissão a Deus ou à pessoa ofendida. Para adorar e servir o Deus verdadeiro é necessário “purificar-se”, uma mudança interior (2 Co 7:1); e, terceiro, “mudar as vestes” fazendo uma mudança concreta na vida, deixando as obras das trevas e vestindo a couraça da fé, uma mudança exterior, testemunhar o que crê (Rm 13:12; Ef 6:11).

As expressões “lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós”, “purificar-se” e “mudar as vestes”, mostram mudança de vida, de propósito, busca ao Senhor e compromisso com Ele. Como resposta da decisão de Jacó, Deus fez com que os inimigos ficassem apavorados diante dele e não o perseguissem (Gn 35:5).

Não basta destruir os ídolos, se no lugar deles nada for construído.  Edificar um altar significava praticar atos de busca ao Senhor, tais como a oração e o jejum.

Chegando a Betel Jacó edificou um altar e denominou aquele lugar de El-Betel, que significa “o Deus da casa de Deus”. A fé egocêntrica de Jacó transformou-se numa fé teocêntrica. A partir dali percebeu que viveria pela glória de Deus. Naquele lugar Deus reconheceu a fé de Jacó e o abençoou novamente (Gn 35:9). "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou lhe Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica, e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairão de ti, e reis procederão dos teus lombos; a terra que dei a Abraão e a Isaque, a ti a darei; também à tua descendência depois de ti a darei." (Gn 35:10-12).

A extensão da bênção de Deus a Jacó consistiu em mudar o seu ser, produzir frutos espirituais e ser usado como benção e a confirmação da posse da terra para a posteridade.

Infelizmente nesta época Jacó perdeu três entes queridos: Débora, a ama de Rebeca sua mãe, que vivia com Jacó após a morte de Rebeca (Gn 35:8); sua amada esposa Raquel, na ocasião do nascimento de Benjamim (Gn 35:16-20); e, seu pai Isaque, que morreu aos cento e oitenta anos de idade e foi sepultado por Esaú e Jacó, na cova de Macpela, junto com Abraão (Gn 35:27-29).

“Então Jacó erigiu uma coluna no lugar onde Deus lhe falara, uma coluna de pedra; e sobre ela derramou uma libação e deitou-lhe também azeite”. Erigir uma coluna de pedra ou um monumento, era marcar um acontecimento memorável para ser lembrado na posteridade; uma libação significava uma oferta de vinho sobre o sacrifício para cheiro suave ao Senhor (Nm 15:5,7), era sempre derramado, nunca bebido (Fl 2:17); e, deitar azeite de oliva do mais alto preço, qualidade e pureza era a maneira de mostrar como o objeto ungido era precioso. Jacó estava externando o maior respeito ao lugar onde se encontrou com Deus.
Com isso, Jacó tomou a decisão de que dedicaria totalmente a si mesmo para Deus, e viveria segundo a vontade divina. A vida de Jacó começou em Betel (Gn 28:19), fez uma curva, e voltou para Betel (Gn 35:1). Deus, tornando-se Deus em Betel, guiou Jacó.


Foi em El-Betel a primeira oferta de libação (Gn 35:14) e a primeira referência a Belém (Gn 35:19), onde nasceu Benjamim, o filho da mão direita de Jacó. Séculos depois um virgem daria luz um menino que seria conhecido como o filho da mão direita de Deus – Jesus Cristo.


VIII. O que Deus nos ensina através deste estudo?



A. Significa voltar ao primeiro amor.

1. O Senhor repreendeu a igreja de Éfeso, porque eles tinham deixado o seu primeiro amor.

2. Lembre-se da alegria e a emoção que você conheceu quando você se tornou um Cristão?

3. O desejo que você tinha de passar tempo na Palavra de Deus, na Casa de Deus, e com o povo de Deus?

4. Você se esfriou para as coisas de Deus? Volte a Betel.

B. Significa abandonar nossos ídolos.

1. Não se engane; qualquer coisa que ocupa o lugar de Deus é um ídolo.

2. Isso pode ser um trabalho, uma família, ou bens materiais.

3. Onde é que colocamos as nossas prioridades? Isso vai nos dizer muito sobre o que são ídolos em nossas vidas.

4. Jacó enterrou todos os ídolos debaixo de uma árvore, devemos pôr de lado qualquer coisa que impede nosso relacionamento com o Senhor e voltar a Betel.

C. Significa voltar ao serviço ativo para o Senhor.

1. Não há lugar de parada para o filho de Deus, quando se trata de servir ao Senhor.

2. Você pode se aposentar de sua ocupação, mas não de servir ao Senhor.

3. Deus não nos salvou para ficar sentados... Ele nos salvou para servir!

4. Precisamos voltar a Betel!

Vejo o Senhor falando com Jacó e ele deve ter ficado muito honrado e envergonhado pois a sua reação foi corrigir os desvios que ele havia tolerado no meio de seus filhos. Ordenou que tirassem todos os deuses estranhos, limpassem o seu coração e trocassem suas vestes. Jacó via que estava tudo errado e era necessário um recomeço um novo tempo pois agora estavam prestes a andar Contigo. Sem deuses estranhos, com um coração purificado, totalmente entregue a Ti e para finalizar não mais as roupas antigas.
Primeiro deveriam arrancar as abominações, tudo aquilo que afronta ao Senhor. Depois deveriam se purificar, pois estavam contaminados com a idolatria dos povos estranhos. Depois de purificado era necessário trocar as vestes para que todos aqueles que viram seus pecados saibam que agora tudo mudou em suas vidas. Com isso todo os povos vizinhos começaram a temer a Deus por verem a mudança. Eles jogaram fora todos os Deuses estranhos que para aqueles povos ninguém poderia viver sem.
Assim deve ser a minha vida. Preciso primeiramente identificar as abominações que existem na minha casa. Depois me purificar pois as abominações que nos sujam conquistam o nosso coração e se apegam a nós. Depois é necessário um testemunho público com uma mudança visível para aqueles que testemunharam a abominação vejam a mudança. E os inimigos vão temer agora, pois viram a mudança que Deus realizou e não imaginam como pode alguém viver sem as abominações.

Jacó nos alerta de 3 atitudes necessárias para nossa vida. A primeira é tirar os deuses estranhos de nosso meio, isto implica muitas vezes tirar de nós o orgulho, a vaidade, o temperamento incontrolável, nosso falar e muitas coisas que o Espirito de Deus enquanto você estiver lendo esta palavra irá revelar ao seu coração. É preciso “purificar” nosso espírito, nossa vida, pois enquanto estivermos com vestes sujas não é possível Deus nos abençoar, no livro de Salmos 66.18 diz que: “Se eu atender a iniqüidade do meu coração, o Senhor não me ouvirá”, isto significa que enquanto estivermos sujos com a iniqüidade de nosso coração não é possível o agir de Deus! Por isso Jacó deixa claro que é preciso “mudar as nossas vestes”! Mudar as vestes implica em deixar o erro, o pecado. Eclesiastes 9.8 diz: “Em todo tempo sejam alvas as vossas vestes”, estamos vivendo um tempo final, em Apocalipse 16.15 diz: “Eis que venho como ladrão . Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas”, significa que vigiar e guardar nossas vestes é preciso! Pare para pensar: Será que você não está mostrando sua nudez? Como cristão, devemos ter atitudes de cristão! Mas no seu dia-a-dia, suas vestes são de cristão? Se não forem, faça o que Jacó disse: Tire os deuses estranhos, purifique-se e troque suas vestes!
 
 Nós temos falado sobre a importância de voltar a Deus esta noite. Mas, talvez haja alguns aqui hoje que nunca conheceram o Senhor pessoalmente. Você pode hoje! Deus te ama e deseja ser seu Senhor e Salvador, você vai vir e confiar nEle hoje?
 

Irmãos, Deus mostrou-lhe que você precisa voltar a Betel? Por que esperar? Volte para o lugar de bênçãos. Volte para o lugar de serviço. Volte para o lugar onde Deus quer que você esteja. Faça-o hoje!


Meus amados irmãos em breve nós estaremos de volta com a sequência deste maravilhoso estudo, e desta feita com tema: " Jacó sofre diversas perdas na família".


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