domingo, 12 de setembro de 2021

Série os Patriarcas- José - 5. Do cárcere para o palácio

 Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!



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Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 41.1-57 Que nos diz:



1 E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio.
2 E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado.
3 E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio.
4 E as vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó.
5 Depois dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas.
6 E eis que sete espigas miúdas, e queimadas do vento oriental, brotavam após elas.
7 E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então acordou Faraó, e eis que era um sonho.
8 E aconteceu que pela manhã o seu espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito, e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que lhos interpretasse.
9 Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Das minhas ofensas me lembro hoje:
10 Estando Faraó muito indignado contra os seus servos, e pondo-me sob prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro-mor,
11 Então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, cada um conforme a interpretação do seu sonho.
12 E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhe os nossos sonhos e ele no-los interpretou, a cada um conforme o seu sonho.
13 E como ele nos interpretou, assim aconteceu; a mim me foi restituído o meu cargo, e ele foi enforcado.
14 Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó.
15 E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.
16 E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó.
17 Então disse Faraó a José: Eis que em meu sonho estava eu em pé na margem do rio,
18 E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas à vista, e pastavam no prado.
19 E eis que outras sete vacas subiam após estas, muito feias à vista e magras de carne; não tenho visto outras tais, quanto à fealdade, em toda a terra do Egito.
20 E as vacas magras e feias comiam as primeiras sete vacas gordas;
21 E entravam em suas entranhas, mas não se conhecia que houvessem entrado; porque o seu parecer era feio como no princípio. Então acordei.
22 Depois vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé subiam sete espigas cheias e boas;
23 E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas do vento oriental, brotavam após elas.
24 E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. E eu contei isso aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse.
25 Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
26 As sete vacas formosas são sete anos, as sete espigas formosas também são sete anos, o sonho é um só.
27 E as sete vacas feias à vista e magras, que subiam depois delas, são sete anos, e as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental, serão sete anos de fome.
28 Esta é a palavra que tenho dito a Faraó; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
29 E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito.
30 E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;
31 E não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome que haverá depois; porquanto será gravíssima.
32 E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la.
33 Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito.
34 Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,
35 E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.
36 Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.
37 E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.
38 E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus?
39 Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu.
40 Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu.
41 Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.
42 E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
43 E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.
44 E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.
45 E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito.
46 E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do Egito.
47 E nos sete anos de fartura a terra produziu abundantemente.
48 E ele ajuntou todo o mantimento dos sete anos, que houve na terra do Egito; e guardou o mantimento nas cidades, pondo nas mesmas o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade.
49 Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração.
50 E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome), que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
51 E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai.
52 E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição.
53 Então acabaram-se os sete anos de fartura que havia na terra do Egito.
54 E começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.
55 E tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser, fazei.
56 Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento, e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito.
57 E de todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José; porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.


Estamos de volta dando sequência a uma série de conferências sobre os Patriarcas; Já  falamos sobre Abraão; Isaque e Jacó; agora estamos no quarto e último personagem analisado entre os Patriarcas. Neste seguimento vamos falar de José do Egito filho de Jacó por parte de Raquel.


Já falamos sobre:
  •  A sua biografia;
  •   Os seus sonhos.
  •   A sua ida ao Egito.
  • O intérprete de sonhos


Agora falaremos sobre " Do cárcere para o palácio".

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I. Análise preliminar do texto.


Os meios que Deus utilizou para conduzir José ao poder (41.1-57).

O caso de José parecia não ter solução até que se passaram dois anos inteiros (1). Faraó teve um sonho que desafiou a perícia interpretativa dos melhores adivinhos do Egito. O impasse levou o copeiro-mor a se lembrar de José que, quando levado à presen­ça de Faraó, revelou com precisão o segredo do sonho. Foi recompensado não apenas com a libertação da prisão, mas com a ascensão à posição de poder ao lado do próprio Faraó.
O Sonho Enigmático (41.1-8)
O sonho de Faraó parecia enganosamente simples. Em pé junto ao rio (1), o qual, no Egito, só podia ser o rio Nilo, Faraó viu sete vacas, formosas à vista e gordas de carne(2), saírem da água e pastarem no prado. Outras sete vacas (3) também saíram da água, mas eram feias à vista e magras de carne. O que era incomum foi que estas vacas magras comiam as vacas gordas.
Faraó acordou, mas dormindo outra vez sonhou (5) que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas. A palavra espiga alude a plantas que produzem cereais, como trigo ou cevada, e não a milho. Cheias (5) aqui tem o sentido de serem robustas e saudáveis. Em contraste com esta excelente qualidade, sete (6) outras es­pigas miúdas e queimadas do vento oriental brotaram e consumiram as espigas saudáveis.
Perturbado pelos sonhos, Faraó chamou todos os adivinhadores do Egito e 

todos os seus sábios (8). Contando-lhes os sonhos, Faraó buscava uma 

explicação, mas ninguém sabia interpretar os sonhos. Entendiam que tais 

sonhos continham mensagens ocultas relativas a eventos futuros e era 

importante que fossem decodificados.

A Revelação do Segredo (41.9-36)
Foi nesta conjuntura que o copeiro-mor (9) lembrou seu período na prisão em que ele e o padeiro-mor (10) tinham sonhado e José interpretou os sonhos corretamente.Conforme a interpretação do seu sonho (11) é melhor “com a sua própria significa­ção” (ARA). O copeiro contou a história a Faraó. José foi chamado e, depois de preparado às pressas para uma audiência com Faraó (14), foi introduzido à sua presença. Quando Faraó lhe disse que ele tinha a reputação de ser intérprete de sonhos, José protestou, afirmando que o poder não estava nele, mas em Deus (16). Os adivinhos pagãos se van­gloriavam de possuir poderes próprios, embora quase sempre junto com um deus ou deusa. José, como todos os crentes no verdadeiro Deus, considerava que a predição do futuro era um dom divino. Predições exatas só ocorrem quando Deus escolhe dá-las aos seus servos.' Moffatt traduz a frase: Deus dará resposta de paz a Faraó (16), assim: “É a resposta de Deus que responderá a Faraó”.
Faraó (17) contou os sonhos com alguns toques de reação pessoal. Ele havia ficado particularmente impressionado com o fato de as sete vacas (19) esqueléticas comerem assete vacas gordas (20) sem causar mudança na aparência física. Nenhum dos ma­gos (24) conseguiu decifrar os sonhos.
José (25) não teve dificuldade em interpretar. Mas ao fazê-lo destacou proposital­mente que o único Deus (ha elohim, o termo hebraico tem o artigo definido enfático que denota distinção) verdadeiro estava prestes a agir no Egito. Tratava-se de testemunho surpreendente na presença do monarca, que era considerado pelo povo como o deus sol em forma física, mas que neste caso foi impotente. Este verdadeiro Deus notificou a Faraó o que estava a ponto de fazer.
Os dois sonhos formavam uma unidade com uma mensagem relacionada com as futuras condições de colheita no Egito. As sete vacas formosas (26) e as sete espigas formosas simbolizavam sete anos de safras abundantes. Seus respectivos opostos re­presentavam sete anos de fome (27), que viriam imediatamente depois dos sete anos degrande fartura (29).
A chuva não é fator significativo no clima do Egito, estando quase que completamen­te ausente no Alto Egito. Portanto, a profecia só poderia significar que as inundações do rio Nilo, as quais acontecem nos meses de verão e fertilizam o vale, ocorreriam normal­mente por sete anos. Mas nos sete anos seguintes seriam insuficientes para que as co­lheitas no Egito amadurecessem devidamente. Durante séculos, a provisão de comida no Egito dependeu das inundações do rio Nilo e que nem sempre foram suficientes para as necessidades agrícolas.6
José reparou que, visto que ambos os sonhos significavam a mesma coisa, a situação era urgente, porque a coisa era determinada de Deus (32) e logo aconteceria. José passou a dar a Faraó alguns conselhos práticos que não faziam rigorosamente parte da interpretação. Sugeriu que um varão entendido e sábio (33) fosse incumbido com a responsabilidade de juntar e armazenar todo o excesso das colheitas durante os sete anos de fartura (34) para que houvesse alimento durante os sete anos de fome (36).

Nomeação de Surpresa (41.37-45)

Em reunião deliberativa, Faraó e seus servos (37) chegaram à conclusão de que a interpretação e os conselhos de José eram excelentes. Faraó (38) o caracterizou varão em quem há o Espírito de Deus, e informou a José (39) que resolveram que ele seria o homem indicado para supervisionar o plano de armazenamento de colheitas. Seu cargo estaria ao lado do próprio Faraó em termos de poder e autoridade.
Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava (42), no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro (43), no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela populaça. Em seguida, mudou-lhe onome (45) para Zafenate-Paneia, que quer dizer “abundância de vida ou o deus fala e vive”. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal de Om (45). Os gregos chamavam esta cidade Heliópolis; ainda hoje é um subúrbio da atual Cairo. O nome da moça era Asenate, que significa “alguém pertencen­te à deusa Neith”.7 José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por ele.

O Projeto de Conservação das Colheitas (41.46-57)

José foi levado para o Egito quando tinha apenas “dezessete anos” (37.2). Fazia treze anos que estava no Egito e ainda era jovem de trinta anos (46) quando se tornou o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante os anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades (48) do Egito.Produziu... a mãos-cheias (47) é melhor “produziu abundantemente” (ARA). Durante este tempo, nasceram-lhe dois filhos (50). O primeiro foi chamado Manasses (51, “que esquece”) como testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos tris­tes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de meu pai. O segundo filho foi chamado Efraim (52, “dupla fertilidade”) como testemunho das providências misericordiosas de Deus na terra da minha aflição.
“A Canção do Exílio” é dada em 41.50-52. 1) Esquecimento do trabalho, 51; 2) Frutificação em tempos de adversidade, 52 .

Quando chegaram os sete anos de fome (54), o Egito estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram permissão de com­prar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar (57) alimentos.




II. Visão panorâmica do texto.


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Este capítulo nos fala de como Deus tirou José da prisão para tornar-se o segundo no Egito, estando abaixo somente de Faraó, máxima autoridade egípcia. Tudo aconteceu ou teve o seu desenrolar a partir da interpretação de sonhos de forma precisa e pontual.
Dois anos haviam se passado desde quando aquele padeiro e aquele copeiro-mor tinham passado por ali, na prisão, onde José tinha interpretado os seus sonhos de forma espetacular e mais fantástico ainda foi que tudo havia se cumprido conforme ele tinha falado. O copeiro-mor que ainda vivia tinha na sua mente tudo registrado, mas se esquecera.
Mas Deus não se esqueceu e no tempo certo visita Faraó com dois sonhos que o deixam agoniado e buscando interpretações para eles. Haviam propósitos de Deus naquilo tudo e naquela pessoa escolhida para ser atormentada por sonhos e no intérprete de sonhos que Deus logo levantaria dentro do Egito, dentro da nação.
Administrar, contar, gerenciar, presidir, governar, fazer, executar todos podem, mas interpretar sonhos, quem é este na terra e entre os homens? Como achar um homem de Deus que interprete sonhos estranhos e perturbadores? De Deus são todas as interpretações!
José mesmo diz que tal capacidade não estava nele, mas que Deus daria resposta boa a Faraó daria sim. O incrível aqui é que José sai de uma prisão em um determinado dia, depois de muitos anos de sofrimento, para estar no ambiente da máxima autoridade daquela nação e com a oportunidade de falar e ser ouvido.
Temos de aprender aqui a esperar o tempo certo de Deus, mas sem com isso trazer para nossa alma o stress da espera que pode tornar o objeto ou a coisa esperada na sua realização um peso devido ainda estarmos presos ao passado que não nos deixa viver o presente. Eu vejo José como um homem curado, mas com marcas terríveis em sua alma.
Faraó, antes de chamar a José, havia tentado obter a sua interpretação com os magos do Egito e seus sábios, mas interpretar sonhos, quem o pode? Ele contou isso a José em desabafo e como aquele que conta desesperado crendo que aquele que ouve tem a palavra na sua boca que irá trazer a sua alma alívio.
José então não perde tempo e vai direto na questão e começa a sua interpretação cirúrgica e precisa. Ele interpreta o seu sonho e Faraó tem os olhos desvendados. Ele ao falar não titubeia e fala com autoridade de quem está falando em nome de alguém, de Deus. Quando alguém resolve uma questão e nos mostra a solução não nos parece que ela estava ali conosco o tempo todo?
Assim foi quando José interpretou os sonhos e foi além, dando conselhos do o que fazer doravante. Deu aula de administração propondo para o problema iminente uma solução gerencial muito boa e Faraó e todos que ouviram se encantaram com José. Resultado? Deus o exaltou sobremaneira naquela terra do Egito para ser o segundo após somente Faraó.

III.  Os sonhos de José.

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Todos nós temos sonhos! Principalmente nós, jovens, Deus tem nos ensinado a sermos assim: sonhadores. “Ele tem restaurado os meus e os seus sonhos”. É tremendo! Deus requer isto não só de mim, mas de cada um de nós.

1. Deus nos fala através de sonhos

Há sonhos da alma e sonhos do Espírito. Os sonhos da alma se dividem em psicológicos e os da ansiedade humana natural. Os sonhos psicológicos são os afetivos e aqueles que são da necessidade de extravasar que a nossa alma tem. Por exemplo: se alguém viveu um trauma ou está com saudades de alguém, provavelmente sua mente gerará imagens confusas relacionadas a essa afetividade contida. Os sonhos da ansiedade humana natural são aqueles gerados por desejos, vaidades, ambições ou mesmo virtudes humanas nobres. Por exemplo: ter uma boa família, uma nação próspera, segurança, etc.

Os sonhos do nosso espírito podem ser gerados pelo Espírito de Deus – por outro lado há sonhos que são gerados por opressão maligna. Os sonhos que vêm do Espírito podem vir para avisar, profetizar ou inspirar uma ação ou aproximação maior de Deus. José, também, chamado de sonhador pelos seus irmãos, teve experiências tremendas em matéria de sonhos (a história de José encontra-se no livro de Gênesis, capítulos 37 a 50).

Devemos compartilhar os sonhos de Deus com quem entende essa linguagem

Os irmãos de José, e até seu próprio pai o criticaram quando ele sonhou que um dia sua família se inclinaria diante dele. Anos mais tarde isso aconteceu literalmente pois ele se tornou governador de todo o Egito e livrou sua família da fome e da morte. Antes disto, porém, seus irmãos tiveram inveja e por pouco não o mataram.

Existem pessoas que se dizem nossas irmãs e que são verdadeiras assassinas dos sonhos que Deus coloca em nossos corações. Precisamos estar atento e velar pela profecia que o Senhor nos ministrou: os sonhos de Deus jamais morrerão em nós, pois não deixaremos que o Espírito de Deus seja extingo em nosso ser: “Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19). Só compartilhe os seus sonhos com quem está em aliança ou sob orientação do Espírito Santo.

José desde muito cedo tinha sonhos que eram revelações e promessas de Deus para sua vida. Primeira lição é que Deus não olha idade para usar um vaso seu. O ser humano foi feito para sonhar, os jovens são cheios de "sonhos", seus projetos para a vida, a profissão, o casamento, a família, o ministério, e principalmente sobre os propósitos de Deus para cada um; mas isto não é preferência de uma faixa etária, quando o homem perde seus sonhos, perde o propósito de vida. A Bíblia mesmo relata que nos últimos tempos os jovens teriam visões e os velhos sonhos..... Fazendo já uma menção de que mesmo na velhice quando se pensa que não há mais o que fazer Deus prepara e cuida dos sonhos de cada um.....

2. Os sonhos de Deus jamais serão frustrados.

Os sonhos de Deus, os propósitos de Deus para a sua vida, têm o poder de se tornar realidade porque nenhum dos desígnios do Senhor pode ser frustrado. Aleluia!

Na Bíblia, quando alguém recebia uma profecia, era simples saber se vinha ou não de Deus. Se acontecesse, é porque era de Deus; se não se concretizasse, é porque não era.

3. Os sonhos de Deus se realizam no tempo de Deus.

Você pode descansar, porque se algum sonho é de Deus para sua vida, vai se realizar. Pode parecer que está demorando, que é impossível, que é algo grande demais, mas para Deus todas as coisas são possíveis. Deus sabe a melhor hora para você desfrutar a realização dos seus sonhos. Assim será com o sonho do seu casamento, do seu emprego, da sua faculdade, do seu ministério, enfim, todos os sonhos de Deus se realizarão, no tempo certo, em sua vida.

Existe um intervalo de tempo entre a revelação de Deus e a concretização da Sua promessa em nossas vidas. Vemos a volta por cima que José deu relatada a partir de Gênesis 41:40 a 45 quando o faraó o fez o segundo homem mais importante do Egito.

Um ponto que chama a atenção é que isso não ocorreu de uma hora para outra: entre o sonho e a sua primeira vitória passaram-se mais de treze anos! José tinha em torno de 17 anos quando sonhou (Gênesis 37:2) e só se iniciou a concretização da meta divina aos 30 anos. (Gênesis 41:46) Os propósitos de Deus para nós se cumprem, mas não existe passe de mágica para que isso ocorra e requer um período de tempo para que se concretizem.

Não se impaciente, siga firme e confiante, mantendo os seus olhos em Deus, no lugar onde estiver, pois Deus é com você.

Continue andando com Deus, paute a sua vida na Palavra e será próspero e bem sucedido em tudo o que fizer!

IV.  As tribulações de José.

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Ao destacar o contraste entre o plano de Deus e a realidade aparente a história de José parecia tomar um rumo totalmente oposto aos seus sonhos. Suas experiências seguintes são: o poço, a escravidão, a acusação de adultério e a prisão. Ao invés de melhorar, a situação de José parecia piorar cada vez mais. Entretanto, ele estava sendo conduzido para o lugar onde Deus queria levá-lo. Cada tribulação fazia com que ele chegasse mais perto do propósito final. Muitas vezes Deus não nos fala diretamente, mas nos conduz através das circunstâncias.

Não há cristão sem tribulação. No caminho de Cristo certamente passaremos por tribulações. “… pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4.13-14). 2. Outra certeza é que Deus não nos abandonará e venceremos as tribulações. “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tiago 1:2).



 V. A fidelidade de José.


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José no Egito recebeu os méritos humanos por ter decidido ser fiel ao seu Senhor!

Tinha um diferencial em seu ser era fiel, e por ser fiel recebeu dons divinos para interpretar sonhos.

A fidelidade de José foi testada em tudo e em tudo ele não recuou, permaneceu firme no seu propósito de honrar o nome do senhor, e no inicio das fases de José ele teve um sonho, e anos depois o Senhor realizou os seus sonhos! Quando o homem decide ser fiel ao senhor ele realiza os seus sonhos!!

O segredo da prosperidade de José foi ser fiel!

José, vendido por seus irmãos, ao faraó do Egito Potifar, o qual deposita toda a confiança em José.

José temente a Deus fora sempre fiel à Potifar, José é preso, por um pecado não cometido, na prisão, ele se mostra exemplo a todos os detentos, Potifar o liberta dalí e o faz Rei do Egito,José sempre temente a Deus, em tudo,é exemplo de fidelidade,nos mostra que mesmo em meio a tantas provações Deus é conosco,pense nisso.



VI. A exaltação de José.


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Tendo interpretado os sonhos, e assim terminado de fazer o que o Faraó havia pedido, José poderia ter se calado. Sua natureza, porém, era de ajudar os outros. Ele por isso não se conteve e, dada a gravidade da situação, imediatamente sugeriu que medidas o Faraó deveria tomar para aproveitar os anos de abundância e suavizar os efeitos dos anos de carência:

1. Escolher um homem ajuizado e sábio para governar o Egito.
2. Nomear administradores sobre a terra.
3. Instituir um imposto de 20%, em espécie, sobre as colheitas dos próximos 7 anos.
4. Armazenar sob guarda, debaixo de Faraó, o cereal, produto do imposto, destinado a abastecer as cidades durante os sete anos de fome.

Tanto o Faraó, como seus oficiais, se agradaram do conselho de José, e Faraó declarou que José tinha uma percepção sobrenatural, nele havendo Espírito de Deus, como em nenhum outro homem.

Faraó então seguiu o conselho de José e imediatamente escolheu o governador geral do Egito: o próprio José, pois Deus o havia feito saber tudo aquilo, logo não havia ninguém tão ajuizado e sábio como ele.

Sua autoridade foi definida pelo Faraó: José administraria a casa do Faraó, e teria autoridade absoluta sobre todo o povo egípcio. Somente o Faraó estaria acima dele. Como evidência da autoridade outorgada, José recebeu do Faraó seu anel de sinete: colocado sobre um documento, por exemplo, (usavam documentos de papiro), em uma bolota de cera quente, era como se fora a própria assinatura do Faraó: ele era seu procurador plenipotenciário.

O novo cargo exigia certas vantagens e privilégios: roupas de linho fino (usadas pelos ricos), um colar de ouro no pescoço (símbolo de soberania), um excelente carro (só o Faraó tinha um melhor) e batedores à frente, obrigando o povo a se inclinar diante dele.

O Faraó indicou que não desejava interferir no que José fazia. Talvez para que José não parecesse tão estrangeiro aos egípcios, o Faraó lhe deu o nome Zafenate-Panéia (Revelador de Segredos), e uma esposa egípcia, Azenate (Dedicada a Neiti (deusa egípcia) ou Dom do Deus-Sol) filha de Potífera, sacerdote de Om (Cidade do Sol, ou Heliópolis, que ficava na margem oriental do rio Nilo, um pouco ao norte de Mênfis, perto do Cairo).

A esta altura, José tinha 30 anos de idade, e andou por toda a terra do Egito.

Isto nos lembra que o Senhor Jesus também está glorificado, nos céus, à destra de Deus, tendo recebido dele um novo nome e toda a autoridade nos céus e na terra, e uma noiva gentia que está sendo preparada para Ele. Ele começou seu ministério na terra também aos 30 anos. O que Deus havia anunciado nos sonhos aconteceu, e houve primeiro os sete anos de grande abundância no Egito. José armazenou o mantimento produzido durante esses sete anos, sob guarda, juntando muitíssimo cereal, como a areia do mar.

Sua mulher lhe deu dois filhos durante esses anos, a quem chamou Manassés (Aquele Que Me Faz Esquecer), pois Deus o havia feito esquecer as provações por que havia passado, e a ausência da família de seu pai, e Efraim (Frutífero), por causa da prosperidade que Deus lhe havia dado.

Conforme anunciado, depois vieram os sete anos de fome. Devido à previsão de José, o Egito se encontrava preparado, mas nas terras em redor o povo não tinha cereais.

Primeiro os egípcios, depois os estrangeiros, vinham a José, que abriu seus armazéns, e vendia o que eles continham.

Não obstante ao fato das situações serem igualadas em tempos diferentes, o fim destes acontecimentos foi uma antecipação do que haveria de ser pois os prisioneiros que estavam com José dirigiram palavras a ele, e um foi elevado daquele posição e o outro padeceu condenado, sem expectativa, e com os dois ladrões que estavam ao lado de Cristo na cruz não foi diferente, um foi exaltado tendo acesso no mesmo dia ao Paraíso e o outro morreu sem perspectiva.

Prosseguindo, notamos que em Gênesis 41.55-56 o povo clamava por pão e José lhes abria os celeiros e dava-lhes de comer, quando clamaram para Cristo dar-lhes pão, ele apresenta-se como o pão da vida, suficiente para saciar a fome de todos os povos.

(João 6.34-35) - Disseram-lhe, pois: SENHOR dá-nos sempre desse pão. E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.

Vemos por fim, em Gênesis 41.40 José sendo elevado da situação de humilhado para exaltado, de sentenciado para contentor de todos os direitos, como governador de um poderoso império, erguido da cela, do calabouço para a mão direita do rei, da mesma forma ocorreu com Cristo. De humilhado e desprezado é exaltado como Rei dos reis, Todo Poderoso, vitorioso, Salvador, da vergonhosa masmorra do palácio, da desonrada cruz para o conhecido trono da Divindade, á destra do grande Rei e Senhor.

(Marcos 16.19) - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus.

VII . As lições da exaltação de José.


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José tomou atitudes certas porque tinha uma visão de Deus certa que lhe dava uma visão igualmente correta da vida. Esta visão está clara pelos nomes que deu aos seus filhos egípcios. Diz a Bíblia que antes dos anos de fome, Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, deu a José dois filhos. Ao primeiro, José deu o nome de Manassés, dizendo: "Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu pai". Ao segundo filho chamou Efraim, dizendo: "Deus me fez prosperar na terra onde tenho sofrido" (Gn 41.50-52).
Os nomes Manassés e Efraim não contêm nenhuma referência explícita a Deus, como Daniel, que significa El (Deus) é meu juiz; ou Elias, que significa El (Deus) é a minha salvação; ou Israel, príncipe de El (Deus); ou Samuel, ouvido de El (Deus), entre outros. Quando os egípcios ouviam aqueles nomes não escutavam o nome de Deus, mesmo porque não o reconheceriam, já que Manassés e Efraim eram nomes hebraicos.
No entanto, quando José os pronunciava estava explícito o lugar deles na sua vida e o lugar de Deus nas vidas deles. Manassés significa "aquele que faz esquecer" e Efraim quer dizer "duplamente próspero". José, ao pronunciar estes nomes, ouvia, respectivamente: Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu pai e Deus me fez prosperar na terra onde tenho sofrido.
Esses nomes contêm o segredo de José. Para viver naquela terra, habitação da saudade, ele precisava esquecer a sua própria terra e a sua própria família. Não podia voltar para lá e para eles -- esta era uma impossibilidade. E ele os esqueceu, no sentido que não passou os seus dias lamentando as suas perdas. E ele sabia que foi Deus quem fez isto com ele.
Para prosperar naquela terra, estranha terra, ele precisava que Deus o fizesse prosperar. E Deus o fez.
Quando José precisou esquecer, Deus fez que esquecesse. Quando José precisou prosperar, Deus fez que prosperasse.
José tinha uma visão correta de Deus. Na hora do sofrimento, Deus estava com ele. Na hora da prosperidade, Deus estava com ele.
Quando foi caluniado pela esposa do seu chefe, Deus estava com ele. Quando foi esquecido por um amigo, Deus ainda assim estava com ele. Quando compareceu diante do faraó, Deus estava com ele. Quando ascendeu ao poder máximo, Deus estava com ele. Quando lhe nasceram os filhos, Deus estava com ele e lhes deu estes presentes como mais uma manifestação da Sua graça.

Qual é a atitude certa, portanto, a ser tomada na vida?
1. Aprendamos, com José, a confiar que Deus está escrevendo uma história conosco e, na hora certa, Ele vai agir. Deus é um Deus que age. Tudo pode parecer sem sentido, mas Deus é o sentido da história.
2. Aprendamos, com José, a viver de modo a minimizar a ocorrência de fatos perturbadores. Aprendamos a desenvolver uma atitude saudável diante daqueles que ainda assim nos alcançam.
3. Aprendamos, com José, a reconhecer a sabedoria e a soberania de Deus. O reconhecimento da grandeza de Deus não serve apenas para nos humilhar mas também para nos capacitar a esperar; não tem sentido esperar num Deus do nosso tamanho, mas faz todo sentido esperar num Deus sábio e soberano, magnífico e majestoso. Busquemos sempre Este recurso. Nunca estamos sozinhos.
4. Aprendamos, com José, a nos conduzir de modo certo nas oportunidades que Deus nos oferece. Isto implica em coragem, competência e integridade. Que nos chamem de Zafenate-Panéia, isto é, que vejam em nós pessoas por intermédio de quem Deus fala e vive, por termos o Espírito de Deus consoco, isto é, por vivermos de acordo, não com o nosso espiritio, mas segundo Espírito de Deus.
Sua vida está dura? Veja se não tem vivido de modo a atrair problemas; se está, peça sabedoria a Deus. Se não está, peça a proteção de Deus. Ele estará com você na aflição; Ele estará com você na prosperidade.
Você está sendo caluniado ou injustiçado? Mantenha a sua confiança que Deus está no controle.
Você tem uma causa na justiça, que nunca é julgada, embora pareça que você vai ganhar? Lembre-se que Deus vai agir, porque Ele sempre age. O seu juízo é justo, embora possa parecer tardio.
Há uma grande oportunidade diante de você? Vá em frente, sabendo que tudo dependerá de Deus.


A história de José é muito mais que o simples retrato de um homem de grande caráter e de fé admirável. É também um marco decisivo na história do povo escolhido de Deus e um modelo de conduta para todos quantos desejam sinceramente ser fiéis ao Senhor.
1. Deus faz o bem, por meio de tragédias e sofrimentos.

A verdade de Rm 8.28 é facilmente comprovada pelo estudo da vida de José. Inúmeras coisas ruins que aconteceram a ele, foram transformadas em coisas boas, e revelaram-se como providências divinas, conduzindo Israel pelos caminhos do amor protetor de Deus.

Exemplos:
a) José foi vendido como escravo; Deus o abençoou e ele foi promovido a um cargo de confiança, na casa de um importante oficial do faraó e capitão da guarda.
b) José foi falsamente acusado de estupro; Deus o abençoou e ele conheceu pessoas muito influentes na prisão.
c) O Egito foi afligido por sete anos de seca; Deus utilizou esse tempo para confirmar a habilidade que José tinha para lidar com dificuldades.

Estes são apenas alguns dos exemplos da providência divina, realizando seus propósitos, por meio de situações de extrema dificuldade. Existem outros inúmeros exemplos bíblicos que comprovam esse método de Deus de converter o mal em bem (Gn 50.20). 2. O coração do homem é provado nas dificuldades que tem de enfrentar.

Tiago diz que devemos nos sentir alegres, quando temos de passar por provações, pois estas cumprem o propósito que Deus tem de desenvolver nosso caráter e fazer-nos amadurecer (Tg 1.2-4). Pedro diz que não devemos ficar desapontados, quando somos afligidos por algum sofrimento, pois é justamente por meio do sofrimento que a nossa fé é provada (1Pe 4.12).

Todas as situações de dificuldade que sobrevieram a José estavam carregadas de propósitos divinos, como: conduzir o povo de Israel para uma terra onde eles pudessem ser protegidos e preservados; servir de testemunho da soberania de Deus entre aqueles que não faziam parte da aliança feita com Abraão; e salvar os povos de outras regiões, livrando-os de morrer de fome. Mas é evidente que José desconhecia cada um destes propósitos. A única coisa que José sabia era que devia continuar fiel a Deus, qualquer que fosse a sua situação (Gn 39.9). 3. A providência divina inclui até os pecados que os outros cometem contra nós.

Por duas vezes, pelo menos, a vida de José foi drasticamente mudada por força do ódio e da mentira de outras pessoas. Primeiro, aos dezessete anos de idade, José foi atacado por seus irmãos e vendido como escravo. Isso marcou radicalmente a sua história. Segundo, por resistir às investidas da "mulher do chefe", José foi preso, acusado de tentativa de estupro. Mais tarde, sabemos que a mão de Deus estava por trás dessas duas conspirações. É evidente que o fato desses pecados contribuírem com a vontade e o propósito de Deus, não isenta da culpa aqueles que os provocaram. No entanto, é motivo suficiente para nos livrar dos sentimentos de mágoa e ódio, que podem, muito facilmente, serem abrigados em nosso coração (Ef 4.31; Hb 12.15).

Por duas vezes José reconheceu que essa confiança era uma razão mais que suficiente para que ele perdoasse seus irmãos (Gn 45.8; 50.20). José sabia que as ações protetoras de Deus também visavam preservar a vida daqueles que o traíram (Gn 45.7). Portanto, a sua atitude deveria ser de cooperar com o propósito que Deus tinha de salvar e proteger seus irmãos (Gn 50.21). Estas são apenas algumas, das inúmeras lições que podemos aprender com o estudo da história desse personagem bíblico, cuja biografia ocupa a terça parte do livro de Gênesis. José foi um personagem tão importante e de caráter tão nobre, que a maioria dos estudantes da Bíblia reconhecem em José e em sua missão muitos paralelismos com a vida e a missão de Jesus. Por exemplo:
Ambos foram rejeitados por seus irmãos;
Ambos foram vendidos por prata, como escravos;
Sofreram em países estrangeiros, pelo bem dos que o afligiam;
Demonstraram extrema capacidade de praticar o perdão. Por tudo isso, José é muito mais que um personagem a ser estudado. Ele é um servo de Deus, que deve ser imitado, cujas virtudes devem ser perseguidas por todos os cristãos de hoje.



Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens sobre José quando falaremos sobre "  Os filhos de Jacó descem ao Egito ".

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