Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 35.16-29 Que nos diz:
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 35.16-29 Que nos diz:
E partiram de Betel; e havia ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz Raquel, e ela teve trabalho em seu parto.
E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás.
E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.
Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.
E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
Então partiu Israel, e estendeu a sua tenda além de Migdal Eder.
E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube. E eram doze os filhos de Jacó.
Os filhos de Lia: Rúben, o primogênito de Jacó, depois Simeão e Levi, e Judá, e Issacar e Zebulom;
Os filhos de Raquel: José e Benjamim;
E os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali;
E os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser. Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã.
E Jacó veio a seu pai Isaque, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque.
E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos.
E Isaque expirou, e morreu, e foi recolhido ao seu povo, velho e farto de dias; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram.
Estamos de volta dando sequência a uma série de
conferências sobre os Patriarcas; Já falamos sobre Abraão;
Isaque e agora estamos no terceiro seguimento falando
sobre Jacó.
Já apresentamos os seguintes temas:
- Sua biografia;
- O seu nascimento;
- Esaú vende a primogenitura;
- Isaque abençoa Jacó;
- A fuga de Jacó;
- A Lei da semeadura;
- Os filhos de Jacó;
- A prosperidade de Jacó;
- A 2ª fuga de Jacó;
- Jacó se conserta com Esaú;
- A conversão de Jacó;
- Jacó inverte as prioridades;
- O episódio de Diná;
- Deus exige a purificação da família de Jacó.
Agora vamos falar sobre " Jacó sofre diversas perdas na família" .
I. Análise preliminar do texto.
Vamos aproveitar nesta oportunidade para fazer um resumo da vida de Raquel, a esposa amada e predileta de Jacó.
Morte de Rachel
Nosso terceiro patriarca ergue um monumento sobre seu túmulo e assim conta a Torá: “Cada um dos 11 filhos de Yaacov colocou uma pedra sobre o túmulo de Rachel, e Yaacov colocou uma pedra no topo”. Este é um dos motivos para o costume de se colocar uma pedra sobre um túmulo, após visitá-lo.
Lea esperava que o nascimento de Rúben fizesse com que Jacó a amasse. Mas isso não acontece. E ela ainda tem essa esperança quando do nascimento de Simeão. E Rúben carrega, então, por toda a sua vida, este sentimento ligado à consciência do desprezo que sua mãe recebia, e, ao mesmo tempo, da falta de atenção de seu pai.
18. mantenha contacto com quem se foi ,isto é, quando sentir vontade,
“converse” mentalmente com a pessoa, imagine a opinião dela sobre
certos eventos.
As viagens, sofrimentos e perdas de Jacó (35.16-29).
A presença de Deus não eliminou a tristeza ou a dor da vida de Jacó, mas o preparou e o sustentou durante os tempos de aflição. Agora sua disposição era de bondade e compaixão, revelando extraordinária capacidade de suportar sofrimento.
A Perda da Amada Raquel (35.16-20)
A esposa favorita de Jacó, Raquel (16), teve um segundo filho, mas custou-lhe a vida. Em seu último fôlego de vida, Raquel chamou a criança Benoni (V.18, “filho da minha tristeza”), mas Jacó rompeu o precedente e rejeitou a escolha de Raquel. Chamou o menino Benjamim, que, literalmente, significa “filho da mão direita”. Considerando que, para o povo semítico, a mão direita era lugar de honra e força, há comentaristas que supõem que este novo nome significava “o Filho da Boa Fortuna”.(V.8) Em vista das circunstâncias, outra explicação parece mais provável. Quando um habitante da Palestina designava direções, ele costumeiramente ficava em pé olhando para o leste; por conseguinte, a mão direita ficava no sul. O segundo filho de Raquel foi o único filho na família de Jacó que nasceu ao sul de Harã; portanto, é possível que o nome signifique “o filho do sul ou filho sulista”(V. 9).
Há muito que a tradição afirma que o acompanhamento de Jacó estava situado em um cume de morro distante cerca de três quilômetros ao sul da atual Jerusalém. O lugar ainda leva o nome de Ramat Rahel, ou seja, “Cume do Morro de Raquel”. Atualmente há um edifício pequeno ao lado da estrada para Belém (19), poucos quilômetros ao sul de Ramat Rahel, que é conhecido por “Túmulo de Raquel”. Desconhecemos o fato de este ser o verdadeiro local da coluna (V.20) que Jacó erigiu em honra de Raquel.
A Concupiscência Venceu Rúben (35.21,22a)
Migdal-Éder (21), que significa “Torre de Éder”, só entrou na história como lugar onde foi cometido um pecado vulgar. Caso contrário, o local seria desconhecido. O incidente ali ocorrido aumentou a tristeza de Jacó. Seu filho primogênito, Rúben (22), violou os padrões da moral vigente cometendo incesto com Bila, uma das esposas secundárias de Jacó. O ato não só era flagrante pecado contra a santidade do casamento; era também desdenhoso desafio da autoridade tribal do seu pai. Jacó não puniu Rúben imediatamente, mas não esqueceu . No que dizia respeito a Jacó, o ato descartou Rúben como líder do concerto.
Rúben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.
Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama (Gn 49.3,4)
Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama (Gn 49.3,4)
A Morte de Isaque (35.27-29)
Finalmente, Jacó voltou ao seu idoso pai, a quem muitos anos antes havia enganado. A antiga doença de Isaque (27.1,2) não foi fatal. Fazia tempo que Rebeca tinha morrido. As velhas feridas tinham sido curadas e a volta ao lar foi em paz. Assim também a morte de Isaque ocorreu em paz, pois os dois irmãos, Esau e Jacó (29), uniram-se para sepultar o pai na cova de Macpela.
Esta série de três experiências (19-29) indicava verdadeiro problema para Jacó. Não havia mais filhos, e os membros mais velhos dos doze mostravam sinais infelizes de maldade moral. A geração passada não mais vivia e agora Jacó era o único portador vivo das responsabilidades do concerto. O concerto ia morrer com ele? Se não, quem era digno de ocupar seu lugar?
I. Jacó sofre a perda da sua esposa predileta: Raquel.
Vamos aproveitar nesta oportunidade para fazer um resumo da vida de Raquel, a esposa amada e predileta de Jacó.
Raquel foi esposa de Jacó, mãe de José e Benjamim. Sua história está registrada no livro de Gênesis, e ela é uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia. O nome Raquel significa “ovelha”, do hebraico rahel. Neste estudo bíblico, conheceremos um pouco mais sobre quem foi Raquel na Bíblia.
1. A História de Raquel na Bíblia
Raquel era a filha mais nova de Labão, o irmão de Rebeca, a mãe de Jacó. Logo, Raquel e Jacó eram primos de primeiro grau. A Bíblia descreve Raquel como uma mulher muito formosa (Gn 29:17). Raquel tinha uma irmã mais velha, Lia.
Alguns versículos do livro de Gênesis parecem indicar que Raquel não estava totalmente liberta das influências pagãs e, ao contrário de Sara e Rebeca que prontamente adotaram o Deus de Abraão e Isaque, Raquel furtou os ídolos da casa de seu pai (Gn 31:19,34,35; cf. 30:14).
Raquel e Jacó
Após Jacó ter enganado Esaú, Isaque lhe ordenou que fosse procurar uma esposa entre seus parentes em Padã-Harã (Gn 28:1,2). O primeiro encontro entre Jacó e Raquel foi próximo a um poço. Raquel havia ido ao poço dar água às ovelhas de seu pai, e Jacó tirou a pedra do poço para ela (Gn 29:2-10).
Pode-se dizer que Jacó amou Raquel à primeira vista (Gn 29:11). Ele fez um acordo com Labão para que pudesse se casar com Raquel. O acordo consistia que Jacó deveria trabalhar sete anos por Raquel. A Bíblia descreve o tamanho do amor de Jacó por Raquel nos informando que os sete anos “lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava” (Gn 29:20).
Quando se passaram os sete anos, houve a cerimônia de casamento, porém Jacó foi enganado e casou-se com Lia. Para justificar sua atitude, Labão alegou que não era costume naquelas terras casar a filha mais nova antes da mais velha (Gn 29:15-26).
O curioso que é este não era um costume generalizado no Antigo Oriente Próximo, nem mesmo confirmado por documentos encontrados da época, como os documentos acadianos de Nuzi. Também parece estranho que Jacó não soubesse de tal costume após ter vivido por sete anos naquele lugar.
Com isto, é provável que Labão tenha inventado tudo como um tipo de desculpa para tentar justificar o fato de que tinha enganado Jacó, ou mesmo ter se aproveitado de um costume que de fato existia, mas que não era tão tradicional assim, apesar de não ser possível termos a plena certeza das verdadeiras intenções de Labão.
Quando descobriu que foi enganado, Jacó procurou Labão para tirar satisfação sobre o ocorrido. Então Labão propôs um novo acordo, onde Jacó poderia ter Raquel por mais sete anos de trabalho a favor dele.
Jacó concordou com a proposta de Labão e, passando a semana de festejos decorrentes do casamento com Lia, Jacó teve Raquel por esposa, e continuou servindo Labão por mais sete anos (Gn 29:27-30).
2. A esterilidade de Raquel
Jacó amava mais Raquel do que Lia, e ficou bastante angustiado quando descobriu que Raquel era estéril (Gn 29:30,31). Lia, por outro lado, deu filhos a Jacó, o que causou ciúmes em Raquel.
Naquela região havia um costume de que se uma mulher de classe social elevada fosse estéril, ela poderia ter uma serva (escrava) que daria à luz filhos que seriam legalmente seus. Raquel se aproveitou de tal costume e obrigou Jacó a ter filhos de sua serva Bila (Gn 30:3).
Apesar de seu plano ter funcionado, Raquel ainda buscava desesperadamente a possibilidade de ter um filho biológico. A Bíblia diz que suas orações foram ouvidas e ela concebeu José (Gn 30:22-24).
Raquel parte com Jacó da casa de seu pai
O relacionamento entre Jacó e Labão começou a ficar muito difícil, e Jacó resolveu fugir com sua família. Jacó havia prosperado muito enquanto trabalhava para Labão. Quando fugiu, Jacó levou consigo, além de sua família, os seus rebanhos.
Na ocasião da partida é que ocorreu o episódio do furto dos ídolos por parte de Raquel. A Bíblia também esclarece que Jacó não sabia que Raquel havia feito isto, tanto que ele considerou que o caso do furto foi tão grave que o culpado deveria ser entregue a Labão (Gn 31:32).
3. Porque Raquel furtou os ídolos de seu pai? (Gn, 31.1-21).
Era este tipo de ídolo que a Raquel furtou
Jacó, cansado de ser enganado pelo seu tio e divinamente instruído, decidiu deixar a presença de Labão e retornar à terra de seus pais. Na fuga, Raquel, a esposa de Jacó, aproveitando a ausência do seu pai, furtou os ídolos que ele mantinha em casa.
Jacó, cansado de ser enganado pelo seu tio e divinamente instruído, decidiu deixar a presença de Labão e retornar à terra de seus pais. Na fuga, Raquel, a esposa de Jacó, aproveitando a ausência do seu pai, furtou os ídolos que ele mantinha em casa.
“E tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai.” (Gn 31:19)
Por que Raquel furtou os ídolos? Seria apenas para guardá-los como lembrança da casa do seu pai? Ou será que Raquel era idólatra? Não, Jacó, certamente, havia ensinado à sua esposa a doutrina do Único Deus. Então qual era a intenção de Raquel?
- Terafins eram os ídolos do lar.
Nas Escrituras Sagradas, os ídolos do lar, também chamados terafins, eram deuses domésticos (Gn 31:30) frequentemente associados à adivinhação (Jz 17:7-Jz 18, Ez 21:21) e práticas de espiritismo (2Rs 23:24), por isso são objetos expressamente condenados pelas leis de Deus (1Sm 15:23). Uma escavação arqueológica dirigida pela Universidade de Pennsylvania em 1925 encontrou indícios de que os terafins, além de serem abomináveis deuses pagãos, eram objetos que asseguravam ao genro, a sucessão da propriedade do seu sogro. Isso poderia explicar a ansiedade do materialista Labão em recuperar os ídolos desaparecidos de sua casa, bem como a presença de terafins nos lares de vários hebreus como registrados em Os 3:4, Zc 10:2 e outras passagens já mencionadas acima.
Parece que o tamanho dos terafins era bastante variado: pequenos, a ponto de poder esconder na sela como em Gn 31:34, ou suficientemente grandes para ser confundido com um homem (1Sm 19:13).
Não se sabe como Jacó descobriu o que Raquel tinha feito, mas sabemos que quando Deus ordenou que Jacó voltasse para Betel, ele instruiu a sua família a lançar fora os deuses estranhos que havia entre eles (Gn 35:2).
Na jornada em direção ao encontro com Esaú, mais uma vez podemos perceber a preferência de Jacó por Raquel, ao designá-la a posição de maior segurança, evitando que ela e José sofressem qualquer dano eventual (Gn 33:1,2)
4. A morte de Raquel
Até hoje, na entrata de Belém, encontra-se um monumento que recorda a sua sepultura. Hoje é uma mesquita, meta de peregrinação de muçulmanos, cristãos e judeus.
Após partir de Betel, estando a caminho de Efrata, Raquel deu à luz ao seu segundo filho, Benjamim. Raquel teve um parto muito difícil, e acabou morrendo logo após o nascimento do menino.
Num primeiro instante, o menino foi chamado de Benoni, no sentido de “infortúnio”, refletindo toda angústia que caracterizou seu parto. Entretanto, Jacó chamou o menino de Benjamim, que significa “filho da minha mão direita”.
Raquel foi sepultada no caminho de Belém, e Jacó levantou uma coluna sobre sua sepultura (Gn 35:19). A localização atual dessa sepultura é incerta. A tradição sugere uma distância de aproximadamente 2 quilômetros ao norte de Belém. A localização desse tumulo ainda era conhecida nos dias de Saul, pois Samuel citou sua localização como estando em Zelza (1Sm 10:2).
Raquel é mencionada no livro de Rute como edificadora da casa de Israel, juntamente com Lia (Rt 4:11). O Profeta Jeremias também citou o “pranto de Raquel” se referindo à destruição do Reino do Norte. Essa profecia foi aplicada na matança dos inocentes ordenada por Herodes (Mt 2:18).
5. Veja este documento do Midrash
O túmulo de Rachel, nossa matriarca
De acordo com nossos Sábios, o Eterno determinara que RacheL fosse enterrada num túmulo isolado, e não na Gruta de Machpelá, onde estão enterrados os demais patriarcas e matriarcas, para que o local fosse acessível aos seus descendentes. De seu túmulo isolado, ela testemunharia o sofrimento de seus filhos, o Povo Judeu, assim como sua redenção final.
Edição 88 - Junho de 2015
O túmulo de Rachel, Kever Rachel, em hebraico, localizado ao sul de Jerusalém, na cidade de Bethlehem, é o terceiro local mais sagrado no judaísmo. Segundo o Zohar, seu túmulo perdurará até o dia em que o Santo, Bendito Seja, ressuscitar os mortos.
Kever Rachel sempre será um lugar de oração para o Povo Judeu. Por mais de 3 mil anos, os judeus lá têm ido para despejar suas angústias e pedir à nossa matriarca, Rachel, que interceda por eles junto ao Altíssimo. Os que não conseguem ter filhos pedem para se tornarem pais; os doentes, por saúde; os solteiros, que os ajude a encontrar seus pares; os que sofrem, por consolo e alívio. E assim por diante...
Sabemos que nossa mãe espiritual entenderá nossa dor e nossas atribulações, pois as adversidades não lhe eram estranhas. Rachel foi vítima da traição de seu pai, quando este deu sua irmã, Leah, em casamento a Yaacov. E quando ela se tornou a segunda esposa de Yaacov, durante anos não conseguiu engravidar. Finalmente, teve um filho, mas morreu ao dar luz ao segundo, sabendo que não teria a alegria de vê-los tornarem-se homens.
Na Cabalá, Rachel é retratada como a personificação da Shechiná, aspecto imanente de D’us neste mundo, que “desce” para tomar conta de Seus filhos, seguindo-os até no exílio para Se assegurar de que um dia eles retornariam. As profecias de Jeremias revelam que quando Jerusalém foi destruída pelos babilônios, os judeus foram reunidos em Ramá, antes de serem levados cativos para a Babilônia, e lá invocaram a Misericórdia Divina. “Assim diz o Eterno: Ouviu-se um clamor em Ramá, lamento e choro amargo; Rachel está chorando por seus filhos, ela se recusa a se deixar consolar por sua perda, porque já não existem. Assim, disse, porém, o Eterno: que cesse de chorar tua voz e de verterem lágrimas teus olhos, pois recompensa haverá para tua obra. Teus filhos voltarão da terra do inimigo”. (Jr 31.14)
Morte de Rachel
Segundo consta no Seder Olam, Rachel faleceu no dia 11 de Cheshvan, aos 36 anos. Diz a Torá, em Gênese,35-18, que Yaacov estava levando sua família para Hebron quando Rachel entra em trabalho de parto. Foi um parto difícil, e após ela dar à luz a um menino, Binyamin, 12º filho de Jacob, ela deixa esse mundo. Yaacov, porém, não a leva para o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron, mas a sepulta no local exato onde faleceu, “no caminho de Efrat” (Gn 35-19).
Nosso terceiro patriarca ergue um monumento sobre seu túmulo e assim conta a Torá: “Cada um dos 11 filhos de Yaacov colocou uma pedra sobre o túmulo de Rachel, e Yaacov colocou uma pedra no topo”. Este é um dos motivos para o costume de se colocar uma pedra sobre um túmulo, após visitá-lo.
Yaacov vai revelar a Yossef por que enterrou sua mãe Rachel a caminho de Efrat e não na Gruta de Machpelá, onde estão enterrados os demais patriarcas e matriarcas, quando o chama para fazê-lo jurar que não o sepultará no Egito. Segundo o Midrash, Yaacov lhe diz que D’us assim lhe indicara fazer. Diz ao filho que o Eterno lhe revelara que quando os babilônios levassem os Filhos de Israel ao exílio, eles passariam por seu túmulo. Rachel por eles choraria, implorando a D’us por Sua misericórdia. D’us, então, responderá a Rachel: “Haverá uma recompensa por teus atos, ... teus filhos retornarão para suas fronteiras’” (Rashi, Gênese 48:8). Quando Nebuzaradan, general de Nabucodonosor, levou os judeus ao exílio, eles, de fato, passaram pela tumba de Rachel.
Quando chegasse sua vez, Yaacov e Leah também seriam enterrados na Gruta de Machpelá. Como a esposa preferida, era direito de Rachel ser enterrada ao lado de seu marido. Mas, para socorrer seus filhos, o Povo Judeu, Rachel perdeu sua própria regalia espiritual, o privilégio de ser enterrada na Gruta de Machpelá.
Túmulo de Rachel
Segundo o Midrash, a primeira pessoa a orar no túmulo de Rachel foi Yossef, seu filho mais velho, que tinha apenas sete anos quando a mãe faleceu. Quando ele tinha 17 anos, seus irmãos o venderam como escravo. Estava sendo levado para o Egito, quando conseguiu fugir de seus captores. Correu até o túmulo da mãe e gritou por ela. “Mãe, minha mãe, que me deu à luz, sofrimento. ‘Não temas’, ele ouviu a mãe responder. ‘Vai com eles, e D’us estará contigo’ ”.
As primeiras descrições não bíblicas do local do túmulo de Rachel datam das primeiras décadas do século 4 da Era Comum. A partir do século 5º até meados do século 19, o túmulo de Rachel era assinalado por uma pequena cúpula apoiada por quatro vigas.
A estrutura do domo data do período otomano muçulmano. Em 1841, Sir Moses Montefiore e sua esposa acrescentaram paredes à cúpula e uma longa sala na qual os visitantes podiam descansar e abrigar-se das intempéries.
De acordo com a Partilha da Palestina, determinada em 1947 pelas Nações Unidas, o Kever Rachel deveria ser parte da zona de Jerusalém sob administração internacional, mas após a Guerra de Independência, o túmulo de Rachel Imeinu ficou em mãos da Jordânia. Autoridades jordanianas proibiram os judeus de lá entrar. Os árabes então construíram seu próprio cemitério ao redor do túmulo, e Bethlehem expandiu-se. O túmulo passou a ser parte do centro da cidade.
Somente após 1967, quando Israel reconquistou aquela região, os judeus voltaram a ter acesso ao Kever Rachel. Uma canção popular na época dizia: “Teus filhos voltaram a ti, Mãe Rachel, à frente deles Binyamin e Yossef… Jamais nos afastaremos daqui outra vez, Rachel”.
Porém, em 1995, após o Acordo de Oslo II, a situação mudou. Embora Israel tenha mantido o controle sobre o local do túmulo, a cidade de Bethlehem foi entregue à Autoridade Palestina. Em 1996, face aos incessantes ataques árabes, o ministro das Religiões de Israel construiu uma fortaleza ao redor da pequena estrutura, com duas torres para vigias, grossas paredes de concreto e arame farpado.
Atualmente, somente ônibus e vans à prova de balas têm permissão de passar pelas barreiras de concreto com cinco metros de altura que levam ao Túmulo. Em pequenos intervalos, um ônibus Egged à prova de balas chega ao posto de controle no caminho para Bethlehem e então recebe uma escolta armada. Dois minutos depois, o ônibus chega ao complexo do Túmulo e os passageiros desembarcam dentro de uma estrutura totalmente fechada.
Dentro da fortaleza, a pequena sala antiga em formato de domo, homens e mulheres se aproximam do monumento coberto por panos e sussurram seu segredo e seu sofrimento à Rachel Imeinu. Eles sabem que ela levará suas súplicas ao Altíssimo...
Diz o Midrash
Quando o Templo foi destruído e os judeus estavam sendo conduzidos ao exílio, Abraham postou-se perante D’us e disse: “Mestre do Universo, quando eu tinha 100 anos Tu me destes um filho e, quando este completou 37 anos, Tu me dissestes: ‘Ergue-o em sacrifício diante de Mim’. E eu, vencendo minha natural misericórdia, até consegui amarrá-lo, com minhas próprias mãos. E Tu, não te recordarás de minha devoção, tendo piedade de meus filhos?’ ”
A seguir, veio Itzhak, e disse: “Quando meu pai disse: ‘D’us nos indicará um carneiro para o sacrifício, meu filho’, eu não hesitei e aceitei meu destino; até mesmo estendi o pescoço para ser morto. Não Te lembrarás de minha força tendo piedade de meus filhos?”
Depois veio Yaacov e disse: “Durante 20 anos servi na casa de Labão e, quando parti, Esaú veio para me ferir e eu sofri toda a minha vida para criar os meus filhos. E agora, eles estão sendo levados, como um rebanho, ao sacrifício nas mãos de seus inimigos? Não te lembrarás de minha dor e meu sofrimento, redimindo meus filhos?”.
O próximo foi Moshé, que disse: “Não fui um pastor leal para Israel durante 40 anos? E eu corri à sua frente, no deserto, como um cavalo. E quando chegou a hora de pisar no solo de Israel, Tu decretaste a minha morte, ainda no deserto. E, agora, eles serão exilados - Tu não atenderás meu pranto, por eles?”
Àquela altura, Rachel, nossa matriarca, postou-se diante de D’us e disse: “Senhor do Universo, Tu sabes que era a mim que Yaacov mais amava, tendo servido a meu pai durante sete anos para me desposar. E ao chegar a hora de meu casamento, meu pai me trocou por minha irmã, e eu não guardei rancor por ela e não deixei que a vergonha caísse sobre ela. Se eu, um ser apenas humano, não quis humilhar minha irmã para obter o que tanto desejava, como pudeste Tu, Eterno, D’us vivo e compassivo, ter inveja da idolatria, que não tem real existência, e ordenar o exílio de meus filhos?”
E, de imediato, a Misericórdia Divina foi despertada e Ele assim falou: “Por ti, Rachel, trarei Israel de volta a seu lugar, como está dito: ‘...Não chores e não deixes teus olhos chorarem, pois há recompensa em teus atos... e há esperança para teu futuro que teus filhos retornarão às suas fronteiras’ ”. (Jr 31-15).
II. Jacó sofre a perda da sua concubina pro seu filho Rúben
A perda da sua concubina
O segundo episódio ocorre após a morte de Raquel, a segunda esposa de Jacó. Um incidente obscuro acontece, e que tem consequências trágicas:
"Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém. E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
Então partiu Israel, e estendeu a sua tenda além de Migdal Eder. E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube." Gênesis 35:19-22
Se lido e entendido literalmente, esta passagem sugere que Rúben tomou o lugar de seu pai na cama de Bila, a concubina de Jacó - em uma atitude quase que totalmente embebida de complexos de Édipo, algo semelhante ao que, mais tarde na história de Israel, Absalão faria com as concubinas de seu pai Davi.
"Estenderam, pois, para Absalão uma tenda no terraço; e Absalão possuiu as concubinas de seu pai, perante os olhos de todo o Israel." 2 Samuel 16:22
Já o Rabino Rashi, em seus escritos, traz uma melhor e mais gentil explicação para esta atitude radical que Rúben tomou, movido de muita emoção. Quando Raquel morreu, Jacó, que tinha a sua morada na tenda dela, mudou-se então para a tenda de Bila, a serva de Raquel.
E isto foi para Rúben uma provocação intolerável! Já não era ruim o suficiente que Jacó tenha preferido à Raquel do que à sua mãe Lea, mas ao menos, ainda assim, tratava-se de uma escolha entre duas esposas legítimas de seu pai.
Agora que Raquel havia falecido, o que se esperava de Jacó, era que ele se mudasse finalmente para a tenda de Lea, sua única esposa dali por diante.
Mas o que se vê, é que isso não acontece. Jacó prefere viver com sua concubina, para o desgosto e a amargura de Lea. E isso é algo que fere o coração e os sentimentos de Rúben, o sonho de ver seu pai e sua mãe vivendo juntos, mais uma vez é adiado.
E ele tomado dessa emoção, com esta ferida aberta na alma, toma a cama de Jacó, e a leva para a tenda de sua mãe. E para que seu pai não retornasse, Rúben estabelece a sua morada na casa de Bila.
Mas o que o texto deixa transparecer, é que Jacó não entendeu os motivos de Rúben, e fica a impressão de que ele pensa que o seu primogênito usurpou o seu lugar na sua tenda. Ele nunca esqueceu este fato, e em seu leito de morte, ele relembra a Rúben:
"Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama." Gênesis 49:4
Ao descrever este evento, a Torah utiliza um recurso estilístico não muito usual. Depois das palavras "e Israel o soube", o texto Masorético (o original em hebraico), indica uma quebra de parágrafo no meio de uma sentença. Este recurso era usado para indicar um sinal de silêncio, uma interrupção total na comunicação.
Mas Rúben não estava procurando tomar o lugar de Jacó. Ao invés, ele queria chamar a atenção de seu pai para a tristeza e amargura de sua mãe Lea. Mesmo assim, Jacó nada diz, e não dá oportunidade para Rúben explicar o que ele havia feito, e porque havia feito, o que resulta em uma segunda tragédia.
Naturalmente, somos atraídos a explorar o que seria cronologicamente a primeira cena de todo este drama - o nascimento de Rúben. Ninguém precisa ser um "Sigmund Freud", para entender, a partir desta passagem, a formação do caráter de Rúben.
Temos que relembrar que Lea substituiu Raquel na noite do casamento. Era a Raquel quem Jacó amava e pensava que estava casando, após trabalhar sete anos para Labão. Na manhã seguinte, quando Jacó descobre que havia sido enganado, há uma rancorosa cena entre sogro e genro.
Jacó acaba por se casar com Raquel, uma semana depois. E Lea tem que conviver com a consciência de que ela não havia sido escolhida por seu marido. Daí que se segue esta cena notável:
"E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia e serviu com ele ainda outros sete anos. Vendo, pois, o Senhor que Lia era desprezada, abriu a sua madre; porém Raquel era estéril.
E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou-o Rúben; pois disse: Porque o Senhor atendeu à minha aflição, por isso agora me amará o meu marido." (Gn 29:30-32).
Lea esperava que o nascimento de Rúben fizesse com que Jacó a amasse. Mas isso não acontece. E ela ainda tem essa esperança quando do nascimento de Simeão. E Rúben carrega, então, por toda a sua vida, este sentimento ligado à consciência do desprezo que sua mãe recebia, e, ao mesmo tempo, da falta de atenção de seu pai.
É significante notar que quem dá nome a Rúben e a Simeão é Lea. É como se Jacó não estivesse presente, pois na antiguidade normalmente quem nomeava os filhos era o pai. Isto nos dá um rico e detalhado "quadro" do caráter de Rúben, que começou a ser "pintado" desde o seu nascimento.
Jacó é um dos heróis da fé, o homem de quem a nação de Israel herdou seu nome, o patriarca cujo os filhos permaneceram na aliança entre Deus e Abraão, ainda assim, o seu caráter está muito distante de se comparar com ao dos heróis idealizados da mitologia ou de outras religiões.
Em Jacó nós descobrimos que o mundo da fé não é algo simples ou idealizado. Não por acidente que o seu nome Israel significa "aquele que luta com Deus e com os homens e prevalece". Cada uma de suas virtudes, carrega, juntamente em si, uma de suas fraquezas.
Uma pessoa que é super-generosa, se não tiver sabedoria, pode condenar sua própria família a viver na pobreza. Um indivíduo, como Arão, que busca a paz a qualquer preço, pode acabar autorizando aqueles que estão ao seu redor a construir um bezerro de ouro, tudo em nome da paz.
Não há apenas um único modelo ou herói da fé nas escrituras, ao invés, há diversos: Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Arão, Miriã, Reis, profetas, sacerdotes e muitos outros. Isso porque ninguém pode possuir todas as virtudes, de uma só vez, todo o tempo. Há virtudes e há fraquezas na mesma pessoa.
Jacó amou Raquel profundamente. Esta era a sua força, mas também a sua fraqueza. Seu amor por Raquel, significava que ele não poderia atingir igual favor por Lea. Seu desejo e espera por um filho de Raquel, significava que faltava algo no relacionamento com o primogênito de Lea, Rúben.
Ele deveria ter dividido melhor sua atenção entre seus filhos, mas se tivesse amado menos, não teria sido Jacó.
O resultado disso tudo, é que Rúben carrega consigo mesmo um déficit de autoconfiança, uma incerteza, que em momentos críticos o "rouba" a capacidade de fazer aquilo que ele sabe que é o correto a se fazer. Ele começa bem, mas não consegue concluir, nem chega à realização de suas intenções.
III. Jacó perde o seu pai Isaque.
A vida de Isaque terminou de forma quieta, pelo menos é o que nos diz a Bíblia. Nada mais é mencionado sobre a sua vida desde a bênção roubada por Jacó em Gênesis 27 até o anúncio de sua morte. A vida de Esaú tomou um caminho completamente diferente da de Jacó, e seus descendentes tornaram-se os Edomitas, que viviam na atual Jordânia e mais tarde tornariam-se inimigos de Israel.
Várias referências a Isaque em Gênesis deixam claro que, apesar de sua vida relativamente tranqüila, ele ainda era o filho da promessa na linha sucessória da bênção de Deus para Israel. Por exemplo, tanto em Gênesis 31:42 como em 53, Deus é referido como “o Medo de Isaque”, isto é, o Deus a quem Isaque temia ou adorava. E em Gênesis 42:9, Jacó orou ao “Deus de meu pai Isaque.”
A Bíblia nos mostra quão importante foi Isaque para história do povo de Deus. O seu nome se inclui entre os três patriarcas mais citados no Antigo Testamento e também no Novo. O Deus de Israel é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Que Deus nos abençoe para que nos espelhemos no caráter de Isaque para o fortalecimento da nossa fé no Deus Todo-Poderoso. [Comentário: Pelo que vimos até aqui, podemos destacar algumas características de Isaque, que nos mostram o quanto ele era um homem comum, como nós:
Piedade e paciência – “Certa tarde, saiu ao campo para meditar” (Gn 24:63). Ele estava meditando quando a caravana que trazia Rebeca se aproximou. Sua paciência é indicada pela disposição de esperar 40 longos anos até o tempo de Deus para o seu casamento com Rebeca.
Vida de oração – uma característica que se repete na história dos patriarcas é a dificuldade das esposas engravidarem. Sara, Rebeca e Raquel tiveram que esperar muitos anos para ter filhos. Isaque orou a Deus por sua esposa, e Deus respondeu a sua oração. Esaú e Jacó nasceram depois de uma espera de 20 anos (Gn 25).
Obediência e fé – houve fome na terra (Gn 26) e Isaque deve ter tido a tentação de ir para o Egito a fim de fugir da escassez de alimento como o fez seu pai Abraão (Gn 12:10). Mas Deus lhe apareceu e disse: “Permaneça nesta terra mais um pouco, e eu estarei com você e o abençoarei” (Gn 26:3). Isaque obedeceu e Deus o abençoou de tal maneira que seus vizinhos filisteus tiveram inveja dele. Depois de passar algum tempo em Gerar, Isaque mudou-se para Berseba e novamente Deus lhe apareceu confirmando as promessas feitas (Gn 26:24): “Eu sou o Deus de seu pai Abraão. Não tema, porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes por amor ao meu servo Abraão”.
Fraqueza e egoísmo – ele fingiu que Rebeca era sua irmã quando foi morar em Gerar, porque sendo ela muito bonita, ele temeu por sua vida (Gn 26:7). Agindo assim, ele deixou Rebeca completamente desprotegida em relação ao assédio de outros homens. É marcante a semelhança de sua conduta com seu pai Abraão, que agiu duas vezes assim em relação a Sara: no Egito (Gn 12:10-20), e em Gerar (Gn 20:1-18). Novamente, Deus usou o rei filisteu Abimeleque (“pagão de moral elevada”) para repreender Isaque por mentir movido pelo medo (Gn 10:8-11) “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24-25),
IV. Como superar a perda de um ente querido e continuar com fé.
Precisamos entender a morte do ponto de vista de Deus, pois só assim saberemos como superar a morte de um ente querido através da fé, e assim sermos consolados.
A Bíblia nos ensina como superar a perda de um ente querido com fé em Deus, que é nosso Pai, e, se você está passando por isso, espero que este estudo possa ajudar-lhe a lidar com este momento realmente difícil.
De todas as dores da vida, a dor do luto parece ser a mais aguda. É uma dor que lateja na alma e assola nossa vida. Todos nós, num dado momento da vida, teremos que enfrentar essa dor. Não existe nenhuma família que escape desse drama. Não é fácil ser privado do convívio de alguém que amamos. Não é fácil enterrar um ente querido ou um amigo do peito. Não é fácil lidar com o luto. Já passei várias vezes por esse vale de dor e sombras. Já perdi meus pais, três irmãos e sobrinhos. Sofri amargamente. Passei noites sem dormir e madrugas insones. Molhei meu travesseiro e solucei na solidão do meu quarto. A dor do luto dói na alma, aperta o peito, esmaga o coração e arranca lágrimas dos nossos olhos. Jesus chorou no túmulo de Lázaro e os servos de Deus pranteavam seus mortos. Porém, há consolo para os que choram. Aqueles que estão em Cristo têm uma viva esperança, pois sabem que Jesus já venceu a morte. Ele matou a morte e arrancou seu aguilhão. Agora a morte não tem mais a última palavra. Jesus é a ressurreição e a vida. Aqueles que nele creem nunca morrerão eternamente. Agora, choramos a dor da saudade, mas não o sentimento da perda. Perdemos quem que não sabemos onde está. Quando enterramos nossos mortos, sabemos onde eles estão. Eles estão no céu com Jesus. Para os filhos de Deus, que nasceram de novo, morrer é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Os que morrem no Senhor são bem-aventurados!
O fato de termos esperança não significa que deixamos de sofrer. A vida não é indolor. Nossa caminhada neste mundo é marcada por dissabores, decepções, fraquezas, angústias, sofrimento e morte. Aqui cruzamos desertos tórridos, descemos a vales profundos, atravessamos pântanos perigosos. Nossos pés são feridos, nosso coração afligido e nossa alma geme de dor. Não estamos, porém, caminhando rumo a um entardecer cheio de incertezas. O fim da nossa jornada não é um túmulo gelado, mas a bem-aventurança eterna. Entraremos na cidade celestial com vestes alvas e com palmas em nossas mãos. Celebraremos um cântico de vitória e daremos glória pelos séculos sem fim, ao Cordeiro de Deus, que morreu por nós, ressuscitou, retornou ao céu e voltará em glória para buscar sua igreja. Teremos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. As lembranças do sofrimento ficarão para trás. Na Nova Jerusalém, na Cidade Santa, no Paraíso de Deus, na Casa do Pai, não haverá mais luto nem pranto nem dor. Ali reinaremos com Cristo e desfrutaremos das venturas benditas que ele preparou para nós. Nossa tribulação aqui, por mais severa, será apenas leve e momentânea, se comparada com as glórias por vir a serem reveladas em nós. O nosso choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria virá pela manhã!
Três verdades essenciais do Cristianismo formam as colunas de sustentação da nossa viva esperança. A primeira delas é que Jesus ressuscitou dentre os mortos e triunfou sobre a morte. Agora, a morte não tem mais a última palavra. A morte foi tragada pela vitória! A segunda verdade é que Jesus voltou ao céu e enviou o Espírito Santo, o Consolador, para estar para sempre conosco. Não estamos órfãos. Não caminhamos sozinhos pelos vales escuros da vida. O Espírito Santo consolador está em nós e intercede por nós ao Deus que está sobre nós. A terceira verdade é que Jesus vai voltar gloriosamente para buscar sua igreja. Naquele glorioso dia, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor Jesus nos ares, e assim, estaremos para sempre com o Senhor. Essas verdades enchem o nosso peito de doçura e abrem para nós uma eterna fonte de consolação!
Acredite no Senhor Jesus diante da morte de um ente querido! Ele não está indiferente ao nosso sofrimento, mas nele nós encontraremos paz e consolo para aliviar as tribulações que passamos nessa vida.
Estas coisas eu vos tenho dito para que em mim tenhais paz.
No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (Jo 16:33 )
As vezes pessoas muito queridas a nós adoecem e depois de certa luta vem a falecer.
Ou até mesmo morrem devido um acidente ou outro motivo, daí então superar a dor da perda e morte acaba se tornando uma fase realmente muito triste e difícil de se lidar.
Portanto, valorize cada momento ao lado das pessoas que você ama, e ame-as sem medir esforços!
ame ao próximo como a si mesmo
As vezes pessoas boas morrem e ficamos nos perguntando porque isso aconteceu. Você também já se perguntou isso?
Pois eu digo que, se não tivermos fé nas palavras do Senhor Jesus e de fato colocar essa fé em pratica no momento em que deve ser colocada, nós acabaremos vivendo sem esperança e desanimando da vida neste mundo.
O filho de Jeroboão, Abias, em 1 Reis 14, adoeceu e veio a óbito. Mas é interessante vermos os detalhes dessa situação.
Naquela ocasião a família inteira de Jeroboão estava cometendo grandes pecados de idolatria e apostaria contra o SENHOR.
A sentença divina sobre a família dele então foi certa: todos da casa de Jeroboão seriam assassinados, pois não só desviaram-se da aliança divina como também fizeram pecar todo o Israel com suas idolatrias.
Entretanto, disse Deus, o único que teria uma morte honrosa e seria sepultado era o filho mais novo de Jeroboão, Abias, que estava doente.
Ora, a mãe do rapaz foi até um profeta de Deus rogar pela vida do menino para saber o que iria acontecer com ele.
Veja a resposta do profeta abaixo:
“Aquele que morrer de Jeroboão, na cidade, os cães comerão; e aquele que morrer no campo, as aves do céu comerão; porquanto o Senhor o falou.
Levanta tu, portanto, vai-te à tua própria casa; e quando o teu pé entrar na cidade, a criança há de morrer.
E todo Israel pranteará por ele, e o sepultará; pois de Jeroboão, somente ele virá ao sepulcro, porque nele encontrou-se algo bom para com o Senhor Deus de Israel da casa de Jeroboão.” (1 Rs 14:11-13 )
Analisando essa situação eu comecei a imaginar: Em certos casos na bíblia há ressurreição de mortos ou livramento da morte, mas neste caso, mesmo sendo o menino uma pessoa boa, Deus permitiu que ele morresse.
Imaginando isso comecei a pensar também no salmo que diz:
“Preciosa é a vista do Senhor a morte de seus santos.” (Sl 116:15 )
Isto é, Deus recebe com muito valor a morte de seus escolhidos e daqueles que o temem e tem fé nele, pois a vida neste mundo não é o fim!
E como eu disse no inicio deste estudo, se não colocarmos a fé na salvação de nosso Senhor Jesus em prática, sendo fortes, será difícil demais, ou quase impossível, superar a dor da perda de um ente querido.
Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.
Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? (1 Jo 5:4-5 )
“Então o que acontecerá com meus ente queridos que morreram?”
Saber como superar a perda de um ente querido realmente não é fácil, por isso o Espirito Santo, através do apóstolo Paulo, preocupou-se em nos esclarecer na Bíblia o que acontecerá após partirmos dessa vida.
Não quero que sejais ignorantes, irmãos, acerca dos que dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
Dizemos, pois, isto a vós, pela palavra do Senhor: Que nós, os que estamos vivos e permanecemos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com brado, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os que estamos vivos e permanecemos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (1 Ts 4:13-18 )
Jesus nos deu a verdadeira receita de como superar a perda de um ente querido, por isso, quero lembrar-vos mais ainda de suas fiéis promessas:
Na verdade, na verdade eu vos digo: Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas já passou da morte para a vida. (Jo 5:24 )
Reparou nestes dois textos o quanto é importante acreditarmos no Senhor Jesus e em seu poder?
A morte é um dos momentos mais difíceis de se lidar na vida, eu entendo e já tive grandes perdas na família também, como a maioria das pessoas.
Mas Deus não está alheio ao nosso sofrimento, por falta de conhecimento é que pensamos as vezes que Ele está distante de nós.
Ou porque queremos sentir uma forte emoção sobrenatural confirmando sua presença as vezes.
Não se sinta sem esperança da qual o mundo está ausente, creia no Senhor Jesus, deixe ser consolado pelos outros e console alguém você também, pois é este o valor que Cristo nos transmitiu.
“Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.” (Rm 12:15 )
A vida pode ser dura demais se nós simplesmente não acreditarmos em nada!
Se formos incrédulos e não confiarmos nas palavras do Senhor Jesus e em seu poder numa vida eterna que está nos aguardando ao lado de Deus, nunca saberemos como superar a perda de um ente querido.
E eu ouvi uma grande voz do céu, dizendo:
“Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, e ele habitará com eles, e eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus.
E Deus enxugará todas as lágrimas de seus olhos; e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem haverá mais dor; porque as coisas antigas são passadas.” (Ap 21:3-4 )
Portanto, saiba que não é pecado se entristecer e chorar pela morte de um ente querido, na verdade é bom que você chore para colocar a tristeza para fora.
Homens de Deus na Bíblia também se lamentaram diante de situações difíceis e também diante da morte (Ne 1:4).
Todavia, precisamos ter esperança em Deus, nosso Pai, de que Ele nos ajudará e ensinará como superar a perda de um ente querido com fé, além de não nos isolarmos e nos entregarmos ao “nosso fim do mundo”.
“alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;” (Rm 12:12 )
Como eu disse antes, deixe-se ser consolado pelas pessoas, não fique sozinho neste momento, e se você pode diga palavras de conforto para quem perdeu um ente querido também.
Afinal de contas, como superar a perda de um ente querido se estiver sozinho?
Se você leu com atenção a passagem de 1 Tessalonicenses 4 vai entender que para superar a dor da perda de um pai, uma mãe, um filho, marido, esposa ou qualquer outra pessoa, precisamos nos deixar ser consolados pelos outros e não nos destruir na tristeza.
“Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1 Ts 4:18)
Uma mensagem bíblica para quem perdeu um ente querido baseia-se na fé em Jesus, na ressurreição dos mortos e na vida eterna que o Pai nos preparou.
Etapas da recuperação por parte de quem sofre a perda:
aceitar a perda
- reconhecer as sensações físicas e emocionais do luto
- se adaptar a viver sem a pessoa
- continuar com a vida
O que fazer para lidar com o luto?
1.Dê permissão a si mesmo para sentir o luto
2. Compreenda sua reação (cada um tem seu próprio jeito de reagir)
3. fale sobre seus sentimentos com alguém que o possa ouvir
4. não se critique por não voltar ao normal logo, logo
5. em vez de se perguntar por que? Pergunte “o que vou fazer agora?”
6. reconheça que o sofrimento não vai durar para sempre
7. permita-se parar de sentir a perda com a intensidade anterior
descanse bastante
8. saiba que vai sobreviver
9.cuide de um animal ou planta
10. ajude alguém que precise
11.não tome decisões importantes
12. procure estar com outras pessoas
13. coma regularmente
14. não se esforce demais
15. tente seguir a sua rotina
16.faça coisas agradáveis
17. lembre-se de coisas positivas da pessoa que se foi, dos momentos agradáveis,do bem que ela fez,
18. mantenha contacto com quem se foi ,isto é, quando sentir vontade,
“converse” mentalmente com a pessoa, imagine a opinião dela sobre
certos eventos.
A Morte é um sono, onde não há sofrimento, no entanto, Jesus é o único despertador deste sono, o qual irá despertar por ocasião de Sua volta.
Meus amados irmãos em breve nós estaremos de volta com a sequência deste maravilhoso estudo, e desta feita com tema: " Jacó vai ao Egito se encontrar com José".
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