quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Série os Patriarcas- Jacó -13. O episódio de Diná

 



Por Jânio Santos de Oliveira


 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 34.1-31  Que nos diz:

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E saiu Diná, filha de Lia, que esta dera a Jacó, para ver as filhas da terra.
E Siquém, filho de Hamor, heveu, príncipe daquela terra, viu-a, e tomou-a, e deitou-se com ela, e humilhou-a.
E apegou-se a sua alma com Diná, filha de Jacó, e amou a moça e falou afetuosamente à moça.
Falou também Siquém a Hamor, seu pai, dizendo: Toma-me esta moça por mulher.
Quando Jacó ouviu que Diná, sua filha, fora violada, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se Jacó até que viessem.
E saiu Hamor, pai de Siquém, a Jacó, para falar com ele.
E vieram os filhos de Jacó do campo, ouvindo isso, e entristeceram-se os homens, e iraram-se muito, porquanto Siquém cometera uma insensatez em Israel, deitando-se com a filha de Jacó; o que não se devia fazer assim.
Então falou Hamor com eles, dizendo: A alma de Siquém, meu filho, está enamorada da vossa filha; dai-lha, peço-vos, por mulher;
E aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas, e tomai as nossas filhas para vós;
E habitareis conosco; e a terra estará diante de vós; habitai e negociai nela, e tomai possessão nela.
E disse Siquém ao pai dela, e aos irmãos dela: Ache eu graça em vossos olhos, e darei o que me disserdes;
Aumentai muito sobre mim o dote e a dádiva e darei o que me disserdes; dai-me somente a moça por mulher.
Então responderam os filhos de Jacó a Siquém e a Hamor, seu pai, enganosamente, e falaram, porquanto havia violado a Diná, sua irmã.
E disseram-lhe: Não podemos fazer isso, dar a nossa irmã a um homem não circuncidado; porque isso seria uma vergonha para nós;
Nisso, porém, consentiremos a vós: se fordes como nós; que se circuncide todo o homem entre vós;
Então dar-vos-emos as nossas filhas, e tomaremos nós as vossas filhas, e habitaremos convosco, e seremos um povo;
Mas se não nos ouvirdes, e não vos circuncidardes, tomaremos a nossa filha e ir-nos-emos.
E suas palavras foram boas aos olhos de Hamor, e aos olhos de Siquém, filho de Hamor.
E não tardou o jovem em fazer isto; porque a filha de Jacó lhe contentava; e ele era o mais honrado de toda a casa de seu pai.
Veio, pois, Hamor e Siquém, seu filho, à porta da sua cidade, e falaram aos homens da sua cidade, dizendo:
Estes homens são pacíficos conosco; portanto habitarão nesta terra, e negociarão nela; eis que a terra é larga de espaço para eles; tomaremos nós as suas filhas por mulheres, e lhes daremos as nossas filhas.
Nisto, porém, consentirão aqueles homens, em habitar conosco, para que sejamos um povo, se todo o homem entre nós se circuncidar, como eles são circuncidados.
E seu gado, as suas possessões, e todos os seus animais não serão nossos? Consintamos somente com eles e habitarão conosco.
E deram ouvidos a Hamor e a Siquém, seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e foi circuncidado todo o homem, de todos os que saíam pela porta da sua cidade.
E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todos os homens.
Mataram também ao fio da espada a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram a Diná da casa de Siquém, e saíram.
Vieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade; porquanto violaram a sua irmã.
As suas ovelhas, e as suas vacas, e os seus jumentos, e o que havia na cidade e no campo, tomaram.
E todos os seus bens, e todos os seus meninos, e as suas mulheres, levaram presos, e saquearam tudo o que havia em casa.
Então disse Jacó a Simeão e a Levi: Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra, entre os cananeus e perizeus; tendo eu pouco povo em número, eles ajuntar-se-ão, e serei destruído, eu e minha casa.
E eles disseram: Devia ele tratar a nossa irmã como a uma prostituta?






Estamos de volta dando sequência a uma série de

conferências sobre os Patriarcas; Já  falamos sobre Abraão;

Isaque e agora estamos  no terceiro seguimento falando

sobre Jacó.

  Já apresentamos os seguintes temas:
  1. Sua biografia;
  2.  O seu nascimento;
  3. Esaú vende a primogenitura;
  4.  Isaque abençoa Jacó;
  5.  A fuga de Jacó;
  6. A Lei da semeadura;
  7. Os filhos de Jacó;
  8. A prosperidade de Jacó;
  9. A 2ª  fuga de Jacó;
  10. Jacó se conserta com Esaú;
  11. A conversão de Jacó;
  12. Jacó inverte as prioridades.

Agora vamos falar sobre  " O episódio de Diná " . 


I. Análise preliminar do texto.


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Diná era a única filha de Jacó com Lia. Ela não tinha outras jovens para conversar e as mulheres que conhecia já estavam em idade avançada

A sedução de Diná e as consequências(34.1-31)

Diante de nós temos uma história de culpa e de insensatez. A culpa foi de Siquém, filho de Hamor; a insensatez foi de dois dos filhos de Jacó, que preferi­ram o homicídio ao casamento. Esta turbulenta história é uma daquelas estranhas mesclas de bem e de mal. Há muita comoção na violação de uma garota; e também há terror, assassínio e violência. Essa é a vida “crua”, que a Bíblia nunca esconde de nós. Siquém cometeu um grande mal, mas procurou corrigir seu ato mediante o amor e o casamento. Mas a ira de dois dos irmãos de Diná transfor­mou uma tragédia em uma tragédia maior ainda. As teias do pecado apanharam todos eles, causando desgraças para todos os lados. Temos nisso uma triste lição acerca do poder do pecado, o qual tratamos com tanta negligência. Dificilmente pecamos sozinhos. De alguma maneira, outras pessoas são envolvidas em nos­sos pecados ou em seus resultados. Duas tribos sofreram nessa oportunidade, porque um jovem permitiu-se ser arrebatado por suas paixões. A vida humana diária é repleta de paixões que avassalam, e a destruição torna-se descontrolada.

Havia fortes sentimentos contra casamentos com os cananeus, o que é ilus­trado no capítulo vinte e quatro do Gênesis, onde o servo de Abraão viajou por cerca de mil e quinhentos quilômetros (ida e volta), a fim de buscar uma noiva para Isaque. Outro tanto sucedeu a Jacó, o qual foi até Padã-Arã (por ordem de sua mãe, Rebeca), a fim de obter uma noiva dentre a família de Labão (Gn 29). Assim, se os irmãos de Diná continuaram com o espírito de Abraão acerca dessa questão (também ficaram indignados diante da violação de Diná), parece que o problema poderia ter sido solucionado sem a necessidade de apelar para o homicídio. Até Jacó ficou profundamente perturbado diante da “solução” violenta de Simeão e Levi (vs. 30).

A Amarga Colheita. “Jacó estava colhendo o que tinha plantado em seus anos maus (Gl 6.7,8)”

34.1  Diná. Ela era a única filha de Jacó (por meio de Lia), de que se tem notícia na Bíblia. Sendo filha única, sem dúvida era muito amada por seu pai, por sua mãe e por seus irmãos. E esse sentimento sem dúvida foi um dos ingredientes na violência que resultou do defloramento da jovem.

Talvez Jacó e sua família já estivessem agora em Siquém por cerca de oito anos, conforme pensam alguns eruditos. Pelo menos Diná havia chegado à idade de casar-se, estando talvez com catorze anos.

Uma Visita Amigável. Diná saíra para visitar amigas. Foi um ato inocente. Os intérpretes imaginam daí mil coisas. Alguns chegam a objetar à visita, pensando que a família de Jacó deveria tê-la guardado melhor. Mas o registro do Gênesis mostra-nos que Abraão mantivera relacionamento amistoso com aqueles vizi­nhos, não havendo indicação alguma de que os patriarcas se separavam de seus vizinhos, exceto no tocante à questão do casamento. Alguns intérpretes (como Josefo) supõem que Diná tenha ido a uma festa dos cananeus, embora o texto faça silêncio a esse respeito. O Targum de Jonathan diz que ela estava curiosa para saber que tipos de vestes e de costumes as mulheres das circunvizinhanças usavam. AbenEzra ajunta que ela foi sem o  consentimento de seus pais, embora tais detalhes sejam meras conjecturas.

34.2  Siquém, filho do heveu Hamor. Não dispomos de informes sobre esse homem, exceto o que podemos depreender do texto sagrado, embora as tradi­ções adicionem detalhes duvidosos. Ele era “filho de Hamor, o heveu que desvirginou Diná, filha de Jacó e Lia, e foi morto por Simeão e Levi” (Gn 34; Js 24.32; Jz 9.28). Siquém viveu por volta de 1730 A. C. Hamor era um príncipe, portanto temos aqui o filho de um príncipe que se aproveitou de uma menina inocente, um ato de violência e sensualidade pelo qual ele precisou pagar muito caro. Seu pai era um chefe, e por isso Siquém pensava que poderia fazer o que bem entendesse, com impunidade.

Hamor. No hebraico, asno. Esse era o nome de um príncipe de Siquém, pai do jovem Siquém (nome que, de acordo com Josefo, significa rei). Siquém desvirginou Diná. Ela era a filha única de Jacó (Gn 34.2). Desse homem, Jacó tinha comprado um campo (Gn 33.19), que posteriormente serviu de lugar do sepultamento de José (Js 24.32). Atos 7.16 diz que a compra foi feita por Abraão. Hamor era um heveu. O povo assim chama­do descendia de Canaã, constituindo uma das várias populações que ocupavam o território de Canaã. Não temos nenhuma outra informação sobre Hamor além do que este texto nos sugere, exceto alguns poucos detalhes tradicionais duvidosos.

Humilhação e aflição era uma descrição judaica comum para a violação sexual de uma mulher.

34.3  Sua alma se apegou a Diná. Não foi alguma paixão trivial. Siquém fez algo que não devia, mas quis corrigir o seu erro. Esse será sempre um sinal autêntico de arrependimento, requerido sempre que possível. Siquém quis reparar seu ato errado mediante casamento. Ele estava apaixonado por Diná. Sua alma se tinha apegado a ela. Tinha errado gravemente, mas agora queria reparar o seu erro. Implorou que seu pai conseguisse Diná como sua esposa. Procurou corrigir seu erro falando ternamente com ela, na esperança de eliminar a desgraça dela e obter o seu amor. Ele tinha usado a força, mas agora tentava obter amor.

34.4  Um Pedido Especial. Siquém não estava apenas tentando melhorar uma situação errada, nem fingia amar a jovem Diná. Seus sentimentos eram tão pro­fundos por Diná como os de Jacó por Raquel. Poderia ser outra grande história de amor, mas o pecado havia estragado tudo de forma irreparável.

“Siquém, como fazem muitos homens em qualquer tempo, havia cometido uma grande maldade, não de forma deliberada, mas através de um im­pulso súbito e da falta de autocontrole, que podem transformar um homem em um desvairado moral” (Walter Russell Bowie, in loc.). Conheci o filho de um pastor que, em uma súbita paixão, violentou uma mulher em um hospi­tal, onde ele trabalhava. Em resultado de seu ato tresloucado, passou vári­os anos em uma prisão, enquanto seus familiares agonizavam por causa da questão.

O versículo vinte e seis deste capítulo indica que houve algum progresso nas negociações, parecendo que ia haver casamento. Diná chegou a ficar na casa de Hamor, não se sabe dizer por quanto tempo.

34.5  Quando soube Jacó. De coração confrangido, ele ouviu a notícia estarrecedora. E então transmitiu a péssima notícia a seus filhos. Naquele mo­mento, Siquém era um homem morto, para todos os efeitos práticos.

Jacó poderia tentar vingar-se ou poderia mostrar-se moderado. Mas ele não era adversário à altura para os heveus. Aos irmãos de Diná caberia o dever de efetuar a vingança. Pacientemente, Jacó suportou sozinho toda a dor, sem acusar Lia por haver permitido que sua filha andasse à vontade pela vizinhança, e sem se deixar arrebatar pela ira.

34.6  Hamor. (Gn 34.2. Na qualidade de pai de Siquém, ele tomou sobre si o dever de tentar acalmar as coisas, buscando conseguir Diná como esposa para seu filho. E tentou arranjar o casamento com Jacó, pai de Diná, conforme era costumeiro. E Hamor tomou a iniciativa, atenden­do ao pedido de seu filho (vs. 4).

34.7  A Ira dos Filhos de Jacó. O costume dizia que os irmãos de uma jovem violentada deveriam vingar-se por ela; e agora eles ansiavam por cumprir o seu papel. Estavam revoltados e consternados, uma combinação de emoções que facilmente desandaria em violência.

Siquém praticara um desatino em Israel. Uma expressão muito usada no Antigo Testamento para indicar pecados de natureza sexual. Ver Dt 22.21; Jz 19.23,24; 20.6,10; II Sm 13.12,13; Jr 29.23. A expressão é usada em Js 7.15 para aludir à impiedade de Acã, ao ficar com certos objetos, por ocasião da captura de Jericó, contra uma estrita proibição divina.

Em Israel. O pessoal de Jacó, assim chamado, porque estes registros foram compilados quando Israel já era uma nação, e esse vocábulo foi aqui inserido como um anacronismo.

O que se não devia fazer. De acordo com qualquer julgamento da razão, da moralidade ou da civilidade, Siquém havia praticado algo grosseiro e cruel.

‘Tolo é aquele que se recusa a reconhecer suas obrigações para com a comunidade à qual pertence. A insensatez, ato de um insensato, por conseguinte, é um ato criminosamente irresponsável, que contribui para a desintegração social e individual”.

34.8  A alma de meu filho... está enamorada. Portanto, que Siquém e Diná se casassem, e todos ficassem em paz. Essa foi a mensagem simples e direta de Hamor. Mas havia obstáculos que ele não antecipara, sobretudo que o mal tinha de ser punido. Ademais, a família de Jacó não se casava com os cananeus, e essa atitude dificilmente se modificaria. Hamor tentou simplificar um problema complexo. Alguns problemas não têm solução fácil.

Peço-vos. Estão aqui em foco Jacó e seus filhos. Na antiguidade, os casa­mentos eram contratados entre os chefes das famílias, o que já vimos em Gn 24.50,51,55,59.

34.9  Aparentai-vos conosco. Hamor pensava que era boa a ideia de casamen­tos entre os filhos de Israel e os cananeus. Ele estava propondo uma mescla de tribos, e não somente um casamento. Este seria apenas um começo. Haveria então uma cooperação de recursos, de natureza social e comercial, e todos se beneficiariam daí. Ele estava simplificando um problema complexo. Em primeiro lugar, deveria haver vingança pelo erro cometido; em segundo lugar, a família de Jacó, desde duas gerações atrás, não se casava com cananeus. Quando Esaú fizera isso, caíra em desfavor. Gn 26.34,35. Abraão fizera um grande esforço para evitar que Isaque se casasse com alguma donzela das tribos locais (Gn 24.3,4), e Jacó e Raquel e Lia tinham seguido esse exemplo (Gn 28.1 ss.). Posteriormente, tentando corrigir seu erro, Esaú casou-se com uma neta de Abraão, uma filha de Ismael.

Essa forma de exclusivismo passou para o povo de Israel, quando este se organizou como nação, ainda que a regra tenha sido violada por muitas vezes. Isso também tornou-se parte da lei de Moisés (Dt 7.3). No cristianismo prosse­gue o princípio, embora não sobre bases raciais. Deve haver compatibilidade espiritual entre os crentes (2 Co 6.14 ss.). Antigas distinções raciais e nacionais foram obliteradas no cristianismo (Gl 3.28,29).

Filha Única. Por essa altura, Diná era filha única de Israel (Jacó). E teria sido um mau precedente se essa única filha se tornasse esposa de um cananeu.

34.10         Paz e Comércio. Quando duas tribos habitam um mesmo território mas se hostilizam, os negócios e a prosperidade não somente empacam, como até são destruídos. A paz produz a prosperidade, pois as energias vitais de uma pessoa não são dilapidadas em atos violentos. Hamor sabia do que estava falando. A história das tribos daquela região era continuamente coalhada por sangue e vio­lência. O vs. 23 mostra uma certa duplicidade. Hamor estava querendo vantagens para si mesmo e para sua gente, e não apenas um benefício mútuo para cananeus e israelitas. Ou, então, falou como falou a fim de garantir um acordo, na esperan­ça de que ele redundasse em benefício mútuo, por fim.

Fim do Nomadismo. A família de Abraão seguia um regime de seminomadismo. O oferecimento de Hamor permitiria uma maneira de vida estável, voltada para a agricultura, as artes e as ciências. Eles seriam donos de propriedades, e não apenas criadores de gado, sempre vagueando. O esforço por obter uma propriedade sempre foi um dos principais motivos da vida humana. O fato de que a maioria dos homens nunca é capaz de prover casa própria para seus familiares (ou que precisam trabalhar por trinta anos para conseguirem essa provisão) demonstra a pobreza em que se debate a raça humana. As propostas de Hamor eram aparentemente honrosas, sábias e generosas. Ele estava oferecendo uma boa barganha, que operaria mediante casa­mentos mistos; mas também estava querendo simplificar um problema muito complexo.

34.11         E o próprio Siquém disse. Portanto, o próprio Siquém fez adições ao que seu pai já havia proposto. Seu pai havia prometido muita coisa. Agora o próprio Siquém fez sugestões, aproveitando o ensejo para falar com Jacó e seus filhos. Ele compraria Diná por meio de um vultoso dote, tal como Jacó havia feito, porquanto havia trabalhado por catorze anos a fim de adquirir Lia e Raquel (Gn 29.20,27; 31.15). As atitudes de Siquém demonstraram o quanto ele amava Diná. Ele não estava negando coisa alguma.

34.12         Majorai de muito o dote. No hebraico, dote é mohar. Esse era o preço pago por uma noiva aos seus pais. Outros parentes da noiva também podiam esperar ganhar alguma coisa (Gn 24.53). Além disso, era usual que o noivo desse um ou mais presentes (no hebraico, matthan) à noiva. E, em outras ocasiões, o dote era dado inteiramente à noiva. Esse dote podia ser pago sob a forma de trabalho, o que ficou demonstrado no caso de Jacó.

A questão da sedução de donzelas foi regulamentada sob a legislação mosaica (Êx 22.16,17).

34.13         Responderam com dolo. Concordaram dos lábios para fora, mas em seu coração eles já haviam planejado o assassinato em massa. Esse plano estava baseado na ira e no desgosto, diante do estupro de Diná. A maioria dos homens de pouco precisa para sentir-se inspirada a enganar ao próximo. Basta um pouco de vantagem própria. As palavras “com dolo”, aqui usadas foram traduzidas por com sabedoria, por Onkelos, Jonathan e Jarchi, mas isso é uma distorção do texto sagrado.

34.14         A Circuncisão é Exigida. Esse era o sinal externo do Pacto Abraâmico ( Gn 17.10)

Isso nos seria ignomínia. Não ter sido circuncidado era não fazer parte do Pacto Abraâmico, e era desobedecer à aliança que Deus fizera com Abraão sobre essa questão. Nisso os filhos de Abraão estavam com a razão. “Mas fazer desse princípio santo uma capa para seus propósitos dolosos e assassinos era o cúmulo da iniquidade” .

34.15         Circuncidando-se todo macho entre vós. Essa foi a condição imposta pelos filhos de Jacó aos homens da tribo de Hamor. Isso não lhes conferiria a fé de Abraão, mas removeria deles o estigma da incircuncisão. Mas talvez, na mente dos filhos de Jacó, isso nada lhes conferiria, pois, desde o começo, a questão inteira era um artifício.

34.16         Seremos um só povo. Os casamentos mistos, depois de algum tempo, criariam um único povo. Todavia, a última coisa que os filhos de Jacó queriam era ser um só povo com os cananeus. Os filhos de Jacó falavam em tom razoável (vs. 18), mas a violência ocultava-se por trás de palavras agradáveis. Somente em Cristo é que todas as nações tomam-se uma só (Gl 3.28,29). O rito da circunci­são não pode fazer isso, nem casamentos mistos. Para que dois sejam um, é mister que haja unidade de alma, e não só de condições externas. Podemos entender, todavia, que os filhos de Jacó queriam dizer que, mediante a circunci­são, os cananeus tornar-se-iam religiosamente orientados, o que os prepararia para aceitar as doutrinas e as práticas de Abraão, mas o próprio texto não aponta para nenhuma revolução dessa natureza. Mas para que entrar em detalhes sobre um plano ardiloso, que visava a enganar?

34.17         E nos retiraremos embora. “Se vocês não concordarem, partiremos daqui”, ameaçaram eles. A ameaça era somente levar Diná dali; mas isso constituía uma grande ameaça, por causa do grande amor de Siquém por ela. O vs. 26 mostra-nos que Diná estava na casa de Siquém. Por que ela não havia retomado, não é explicado. É difícil crer que ela tivesse ficado ali retida à força. Talvez ela tivesse concordado em casar-se com Siquém, dependendo de negociações com seu pai, pelo que estava hospedada na casa de seu futuro sogro, até que as negociações tivessem sido concluídas.

“E retiraremos nossa filha à força.” Esse é o fraseado do Targum de Jonathan, o que talvez indique que Diná estava sendo retida na casa de Hamor contra a sua vontade.

34.18         Tais palavras agradaram. Hamor e Siquém não fizeram exigências descabi­das, mas somente aquilo que contribuía para seu próprio interesse, não impondo condições impossíveis ou mesmo difíceis de cumprir.

E provável que o rito da circuncisão não fosse desconhecido à tribo de Hamor, e que até fosse encarado de modo favorável, embora não praticado por eles. Pelo menos, eles não se ofenderam nem sentiram repugnância. A circuncisão era prati­cada por muitos povos antigos.

34.19         Não tardou o jovem. Siquém não perdeu tempo. Mais tarde haveria necessi­dade de a tribo inteira concordar em receber o rito. Isso seria conseguido median­te um apelo indireto à cobiça deles (vs. 2), o que pode ter sido dito com seriedade ou não. Mas tudo não passava de outro ardil.

Era o mais honrado. Em um momento de desvario, ele havia desvirginado Diná. Mas fora de certos impulsos desastrosos, ele era, normalmente, o mais honrado elemento da tribo de seu pai. Portanto, ele cumpriu prontamente a parte que lhe cabia, começando a corrigir o erro para poder casar-se com Diná, por causa do grande amor que lhe votava.

34.20         À porta da sua cidade. Hamor e Siquém reuniram os anciãos da cidade a fim de discutir sobre a questão, exortando outros a concordar com o trato que tinham acabado de firmar com Jacó. Quanto a consultas e a negócios efetuados na porta de uma cidade (Gn 19.1 e 23.10. ; 2 Sm 15.2; Ne 8.1; Sl 69.12).

À porta. “Era ali que se efetuavam os tribunais de julgamento, bem como se resolviam todas as questões públicas acerca do interesse comum dos habitantes da cidade" .

34.21         Estes homens são pacíficos. Até ali, Jacó com seus familiares e os habi­tantes da região tinham sido bons vizinhos. Eram criadores de gado, seminôma­des, e não guerreiros. Coisa alguma tinham jamais furtado, nem provocado con­tenção alguma. Isso os recomendava para que se fizesse com eles um pacto de amizade e casamentos mistos, a fim de que os dois povos, os heveus e Israel (este ainda em formação), pudessem tornar-se um só povo. O território era espa­çoso o bastante para ambos, fazendo contraste com o caso de Abraão e Ló, que precisaram separar-se (Gn 13.8 ss.), e também em contraste com a situação que, ainda recentemente, surgira entre Jacó e Esaú (Gn 36.7 ss.).

A Troca de Filhas. Ver os vs. 9 e 16 deste capítulo, quanto à questão dos casamentos mistos, que inclui a relutância dos membros da família de Abraão em misturar-se por casamento com as tribos cananeias, que viviam à sua volta. Nem os heveus nem a família de Jacó eram numerosas na época, e, conforme parecia a Hamor e a Siquém, seria benéfico para ambos os grupos que eles fortalecessem seus recursos humanos e materiais.

34.22         Consentirão os homens em habitar conosco. Mas o acordo dependia da circuncisão dos homens heveus, sinal do Pacto Abraâmico. Pode-se presumir (embora o próprio texto sagrado nada diga a esse respeito) que os heveus have­riam de seguir a nova fé, que se estava desenvolvendo no Yahwismo. Ver os vss. 14 e 15 quanto a essa condição, que foi proposta de modo ardiloso. O assassina­to em massa estava no coração dos filhos de Jacó, e não as ideias de incorpora­ção e de unificação.

34.23         Seus animais não serão nossos? Os heveus estabeleceriam com os filhos de Israel uma aliança e, sendo mais numerosos que eles, haveriam de absorvê-los, incorporando Jacó e sua família. Desse modo, eles se tornariam heveus, e não israelitas. Assim, a barganha, que começara como estrada de duas mãos, terminaria favorável a eles. Este versículo mostra-nos que os heveus também estavam promovendo uma armadilha, tal como o tinham feito os filhos de Jacó, embora segundo um método pacífico, e não violento. Alguns eruditos, porém, pensam que essa declaração servia apenas de isca, para obter a cooperação de toda a comunidade dos heveus, não envolvendo nenhuma proposta séria de incorporação e dominação. Não há como saber o que eles, realmente, pretendi­am. Mas se este versículo não contém um ardil, então as ideias do vs. 21 são aqui contraditas.

Consintamos. Com a dupla finalidade de manter a paz e de agradar o jovem Siquém, o mais honrado dentre os heveus, ao qual todos os heveus respeitavam (vs. 19).

34.24         Houve Cooperação Geral. Todos os varões foram circuncidados, sem nenhu­ma exceção. O poder dos chefes asiáticos era quase absoluto, e os povos da região estavam acostumados a prestar obediência passiva. Além disso, haviam sido apresentados argumentos convincentes, e todos queriam honrar Siquém. Ninguém entre os heveus haveria de desapontá-lo.

34.25         E mataram os homens todos. Foi uma matança completa. Lemos que so­mente Simeão e Levi estiveram ocupados nessa tarefa sangrenta. Isso indica que os heveus não eram numerosos. Os homicídios foram cometidos quando os súditos de Hamor mais estavam sofrendo. Portanto, o ardil foi seguido por traição. Muitos estudiosos pensam que só Simeão e Levi são mencionados por terem agido como líderes na matança, e não porque somente eles usaram da espada. Essa ideia é razoável, embora o texto sacro não explicite isso. Simeão, Levi e Diná tinham a mesma mãe (Lia); e foram eles dois, naturalmente, que assumiram a liderança no massacre. Rúben, que também era irmão de Diná, opunha-se ao derramamento de sangue (Gn 37.22), e provavelmente por isso mesmo não participou do morticínio. Em uma ocasião posterior, Jacó manifestou-se sobre o que acontecera naquele dia, em termos da mais decisiva desaprovação (Gn 49.5-7).

“Ainda que a provocação tenha sido muito grave (e sem dúvida assim foi), esse foi um ato sem paralelo de traição e de crueldade” .

Josefo retrata os heveus como quem não só estava sofrendo por causa da recente operação da circuncisão, mas também como quem sofria devido às suas muitas festas e pesada ingestão de vinho. Nesse caso, mostraram-se vítimas fáceis.

“Assim, Siquém havia praticado um desvario, e tornara-se culpado do fato. Merecia ser castigado, e os filhos de Jacó estavam resolvidos a ser os agentes castigadores. Mas o que fizeram foi pior do que a ofensa original, mais cruel, mais odioso e mais arruinador. Seus detalhes feios ficaram registrados no relato bíbli­co, incluindo as palavras de ludibrio calculado, e então a traição, e, finalmente, a matança sem dó" .

Simeão e Levi mostraram como homens carnais costumam defender o seu alegado direito de maneiras violentas e destrutivas, e também como homens radicais pretendem defender Deus e a verdade usando métodos irracionais e pecaminosos. Esses homens, estribando-se em uma alegada superioridade espi­ritual, golpeiam e queimam outros seres humanos.

34.26

Os Alvos Centrais da Violência. Siquém merecia ser punido. Mas que dizer sobre o pai dele? E mereceria ele esse tipo de punição? O texto bíblico não esclarece por que Diná continuava na casa de Siquém. Também não há nenhum indício de que estivesse sendo forçada a isso. Talvez ela continuasse ali, espe­rando pelo resultado das negociações. Talvez estivesse envergonhada e temero­sa de voltar à casa paterna. Ou, então, fora até ali, após ter sido feito o acordo em torno da circuncisão dos homens heveus.

“Siquém era o principal ofensor, e seu crime fora hediondo. Mas considerando que, em seguida, fez o quanto pôde para corrigir seu erro e para recompensar pela injúria causada, ele merecia outro tratamento; pelo menos, deveria ter-lhe sido de­monstrada misericórdia” (John Gill, in loc.). Hamor talvez se tenha mostrado por demais indulgente com seu filho, mas dificilmente o ato era passível de morte.

34.27         Os filhos de Jacó. Talvez isso aponte para todos os filhos de Jacó que tinham idade suficiente. Nem todos participaram do homicídio, mas todos partici­param do saque.

Saquearam a cidade. A mente criminosa geralmente ofende de três manei­ras: a. ela atenta contra a integridade física de outra pessoa; b. rouba; e c. o que não consegue roubar, destrói insensatamente. Simeão e Levi agiram como crimi­nosos comuns. O saque sempre foi um corolário da guerra. Neste caso, fez parte da vingança. O autor sacro precisou de três versículos (vss. 27-29) para narrar os horrendos detalhes dos atos covardes e criminosos dos dois irmãos. E eles haveriam de tornar-se patriarcas de Israel!

Aos mortos. Somente um deles, Siquém, tinha cometido o crime de estupro, mas todos os heveus, indistintamente, foram considerados culpados pelos filhos de Jacó.

34.28         Levaram Tudo. A pilhagem foi completa. Moisés enumerou as várias coisas que eram tidas como valiosas, ou seja, as riquezas dos antigos, que se compu­nham principalmente de animais, vestes, terras, metais preciosos, vinhas e outras plantações. O que pôde ser levado, os filhos de Jacó levaram. Provavelmente também confiscaram suas terras, plantações e vinhas. O vs. 29 diz, “todos os seus bens”.

34.29

O Terror. Não somente apossaram-se de todos os bens” dos heveus, mas também levaram suas mulheres e suas crianças, e “limparam” as suas casas. O autor sagrado retratou os feios detalhes desse ato condenável em que se envol­veram os patriarcas de Israel!

Assim como Jacó desaprovou os atos injustos, cruéis, sanguinolentos e pérfidos de seus filhos, assim também, sem dúvida, deixou os cativos em liberda­de, devolvendo-lhes seu gado e seus bens , que assim expres­sou uma nobre esperança, da qual o texto sagrado nada fala).

34.30         Jacó sob Suspeita. Quem confiaria nele de novo? Quem haveria de que­rer residir perto dele novamente? As pessoas nunca parariam de falar sobre Jacó e seus filhos traiçoeiros. Outros haveriam de querer tirar vingança. Jacó ver-se-ia apertado por todos os lados. Seus filhos haviam reagido exageradamente, para dizer o mínimo. E outros haveriam de reagir com exa­gero e em termos iguais.

“...por causa de sua ira desenfreada, eles [Simeão e Levi] haveriam, mais tarde, de ser deixados para trás, na bênção de Jacó (Gn 49.5-7)” (Allen P. Ross, in loc.).

Declarou Jacó: “Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura". (Gn 49.7)

Esses filhos de Jacó e seus descendentes, ao que parece, continuaram com seus atos violentos. O incidente que envolveu Siquém não foi um ato isolado. Jacó avaliou corretamente os seus atos, e corretamente falou contra eles, negan­do-lhes a sua bênção maior.

Aquele ato de violência, que ameaçou as boas relações entre a família de Jacó e os cananeus, reflete eventos que forçaram Simeão e Levi a abandonar a área, e que levaram ao seu declínio em poder (Gn 49.5-7) .

34.31

Responderam. Os filhos de Jacó tinham um motivo justo para tirarem vin­gança. Mas não para aquela vingança que tinham efetuado.

Prostituta. Essa é a primeira menção à palavra, na Bíblia. Não há que duvidar de que a prostituição é uma das mais antigas profissões humanas, exce­tuando talvez a agricultura. O termo hebraico zonah indica uma mulher que se prostitui por dinheiro ou por alguma vantagem material. O trecho de Pv 7.10 ss. adverte contra esse mal. Diná era uma donzela inocente, e não deveria ter sido tratada como uma mulher de má vida. Talvez, conforme têm pensado alguns intérpretes judeus, ela tivesse ido a uma festividade pagã, estando deslocada de seu lugar apropriado. Ou, então, conforme têm pensado alguns escritores, Jacó e Lia não deveriam tê-la autorizado a ir. Fosse como fosse, ela não merecia o tratamento que recebeu da parte de Siquém. Ainda assim, a vingança praticada por seus irmãos foi diabólica e não há argumento que a possa justificar.




II. Visão panorâmica.

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 A família tem sofrido os mais ferozes ataques de todos os lados. Mas apesar das estatísticas, apesar das crises, apesar de tudo que ouvimos em contrário, Deus continua interessado em manter um padrão sadio e harmonioso da família. O plano que Ele implementou no Jardim do Éden e que foi resgatado na cruz do Calvário continua em pé hoje. Uma das características que distingue os judeus de outros povos, é o valor que dão aos filhos  e o cuidado de ensiná-los a        amar e a servir a Deus (Dt 6.7-9). Eles aprenderam bem a proibição de Jafé de sacrificar os filhos ( Dt 12.31,32).


Diná, filha de Lia saiu para conhecer as mulheres que se encontravam naquela terra. Mas o príncipe daquele lugar  sequestrou Diná e deitou-se com ela, violando-a.
Depois disso, sua alma se apegou a de Diná e falou com afeto com ela. Pediu para que seu pai a desse como esposa para ele.
Jacó ficou sabendo deste acontecimento e o pai de Síquem, Hamor, foi falar com ele dizendo:
A alma de Siquém, meu filho, está enamorada da vossa filha; dai-lha, peço-vos, por mulher; E aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas, e tomai as nossas filhas para vós; E habitareis conosco; e a terra estará diante de vós; habitai e negociai nela, e tomai possessão nela. Gênesis 34:8-10
Os irmãos de Diná ouviram essa proposta e disseram:
– Tudo bem ela ser dada em casamento para ele, mas não podemos oferecê-la sem que o príncipe seja circuncidado. E não podemos nos juntar como povo sem que todos vocês se circuncidem.
Essas palavras foram boas ao rei daquele cidade que propôs que o seu povo se circuncidassem e em troca eles se misturariam com o povo de Jacó.
No terceiro dia em que todos já estavam circuncidados e sentiam a dor mais aguda, dois dos filhos de Jacó, Levi e Simeão, foram  a cidade e mataram todos os homens inclusive o príncipe e o rei. E tomaram Diná do palácio.
Levaram presas as mulheres e saquearam a cidade.
Jacó ao saber disso disse-lhes:
Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra, entre os cananeus e perizeus; tendo eu pouco povo em número, eles ajuntar-se-ão, e serei destruído, eu e minha casa. Gênesis 34:30
Eles responderam:
– Eles não deviam ter desonrado nossa irmã, tratando-a como uma prostituta.


III. A curiosidade de Diná e o descuido de Jacó conduziram ao desastre familiar.


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Aumenta de um modo alarmante o número moças que, ansiosas por uma mudança e querendo ver algo do mundo, abandonam a proteção de um bom lar e nunca mais dão notícias. Muitas delas acabam em pecado, crime e degradação (Gn 34.1-15;24-29).


Diná, a filha de Jacó, sentia-se aborrecida e tinha muita razão para isso. A vida numa tenda não oferecia muita atração para uma jovem, particularmente porque os seus pais já eram idosos e ela só tinha irmãos com quem falar.
Diná não tinha tido muita oportunidade para se divertir. A sua vida fora sempre nômade, portanto, de constante movimento. Tendo emigrado originalmente da cidade de Harã, na Mesopotâmia (Gn 31.18) – cerca de 400 milhas para nordeste – a sua família continuava a vaguear. Vez após vez, eles paravam durante algum tempo, armavam as tendas no solo e prosseguiam depois. De novo se punham em marcha, avançando lentamente, a par com os animais.
Chegaram então a Canaã. O pai armou as tendas perto de Salém, que pertencia à cidade de Siquém, e comprou um bocado de terreno (Gn 33:18-20). É evidente que ele desejava fixar-se na terra que Deus tinha prometido aos seus antepassados Abraão e Isaque, pois através dessa promessa a terra também lhe pertencia.
É de notar, entretanto, que Jacó não avançou mais algumas milhas até Betel. Aí tinha feito uma promessa a Deus, 30 anos antes, quando estava prestes a sair de Canaã (Gn 28:19-22; 31:13). Teria arrefecido o seu amor a Deus?
Siquém ficava situada num caminho estratégico que atravessava as montanhas de Ebal, Efraim e Gerizim e controlava as estradas para o norte e oeste. Gozando duma bela localização e cultura elevada, Siquém nunca se tornava maçadora. Diariamente chegavam mercadores e emigrantes que seguiam do oriente para o Egito, vestidos com trajes exóticos.
Diná cansou-se de estar só. Sentia-se impaciente.


Ansiava por algo mais agradável e excitante do que as tendas do pai. Queria encontrar-se com outras moças e tinha ouvido dizer que as jovens de Siquém ofereciam um aspecto colorido por causa dos seus lindos trajes orientais. Desejando ver com os seus próprios olhos esses vestidos, deixou a tenda paterna e foi andando na direção de Siquém.
Será que os pais souberam da partida de Diná? Não haveria ninguém que a advertisse ? Não teria a mãe ou o pai posto em evidência os perigos que a ameaçavam? No passado, a sua bisavó Sara e a avó Rebeca tinham enfrentado muitos problemas quando despertaram a atenção dos reis da terra que haviam visitado (Gn 12:14-20; 26:7-11). Só uma intervenção de Deus e a presença dos maridos as haviam livrado da tragédia. Mas Diná encontrava-se só, era jovem e inexperiente.
Assim chegou a Siquém. Se conseguiu ver alguma ou muitas das beldades da terra, não sabemos. Mas ela acabou na cama do príncipe da região. O príncipe Siquém, filho de Hamor, viu-a, tomou-a e violou-a. Desconhece-se também se Diná consentiu em entrar no palácio ou se fez tudo o que estava ao seu alcance para o impedir. Entretanto, dentro daquelas paredes, ela perdeu a sua pureza, a sua virgindade. Como qualquer outra moça que tenha passado por essa experiência, Diná perdeu algo de muito precioso, algo que jamais poderia reaver.
A sua breve viagem, inspirada pela curiosidade e impulso, desencadeou uma reação de tragédia que terminou com crime e luto. A grande mágoa que Diná causou foi de efeitos terríveis, que não se puderam controlar depois de estarem em movimento.
Esta situação revelou-se ainda mais grave do que a princípio parecia. Diná era membro de uma família que havia feito um pacto com Deus. Ela devia ter sido mais cuidadosa, não só por si mesma, mas também porque a sua família representava a tribo do povo de Deus.
Enquanto Diná permanecia no palácio real com Siquém, cujo nome era idêntico ao da cidade, Jacó e os seus filhos ouviram o que tinha acontecido. O rei Hamor, pai de Siquém, antecipou-se à reação de Jacó e visitou-o: "O meu filho está realmente apaixonado pela tua filha", disse ele. "Por favor, deixa-o casar com ela" (Gn 34:8).
Depois chegou o próprio Siquém. Sendo um príncipe pagão, ele não tinha sido ensinado a pensar em Deus quanto aos seus planos. Embora tivesse andado mal com Diná, ninguém podia duvidar dos seus planos sérios a respeito dela.
O povo amava-o e ele era bastante apreciado. "Por favor, seja bom para mim", suplicou ele. "Dê o seu consentimento para que ela se torne minha esposa. No que diz respeito ao dote, pode indicar o que deseja. Pagarei o que pedir" (vv. 11-12). Era evidente que Siquém se sentia muito preso a Diná. Amava-a verdadeiramente. E ela? Ela não era indiferente ao amor dele. Gostava da maneira como lhe falava.
Com o fim de agradar o mais possível à família da moça, Hamor sugeriu que Jacó e a sua tribo fizesse uma aliança com o povo de Siquém, de modo que pudessem realizar casamentos entre si, bem como negócios. Mas Simeão e Levi, irmãos de Diná, estavam furiosos, e com razão. Eles pertenciam a uma tribo que havia feito um pacto com Deus e, portanto, tinham de satisfazer exigências mais elevadas. De acordo com a lei que possuíam, o fato de uma jovem perder a sua virgindade era considerado um crime flagrante (Dt 22:20-21). Eles estavam demasiado chocados e irados para deixarem passar o insulto, pois tratava-se de um ultraje a todos eles. "Tu não podes fazer tal coisa!" exclamaram eles irritados.

Usando Moisés como Seu porta-voz, Deus, prometeu mais tarde aos israelitas que continuaria a abençoá-los enquanto eles Lhe obedecessem e guardassem os Seus mandamentos (Êx 19:5-6, 20).

A sua fúria era justificada, mas a maneira como eles se vingaram não o foi. Simeão e Levi atuam de uma maneira desonesta e hipócrita. Fingindo concordar com a proposta do rei Hamor para misturar os dois povos, eles estabeleceram a condição de que todo o macho habitante de Siquém teria de se sujeitar à circuncisão, um rito obrigatório entre os homens hebreus. A sua exigência mostrava até que ponto os dois irmãos consideravam superficialmente a religião. Confundiam o seu autêntico significado com o correspondente sinal externo. E o pior de tudo é que usaram a religião para dar cobertura a um assassínio premeditado.
Depois de Hamor e Siquém haverem convencido os seus súditos de que o pedido dos hebreus era razoável, a cerimônia teve lugar. Simeão e Levi entraram então na cidade, no terceiro dia, armados com espadas. Enquanto toda a população masculina gemia com dores, incapaz de se mover por causa do ferimento, Simeão e Levi mataram todos os homens da cidade. Com as espadas, decapitaram ou apunhalaram homem após homem. Não hesitaram mesmo em sacrificar Hamor e Siquém, homens com quem haviam fingido discutir a aliança alguns dias antes, apenas. O que começou com a paixão da sensualidade, acabou por se tornar em assassínio.
O crime hediondo perpetrado por Simeão e Levi contra pessoas indefesas não foi suficiente para fazer arrefecer o seu ódio. Saquearam também a cidade, apoderando-se de todos os rebanhos e gados e capturando as mulheres e crianças como sua presa.
Aquela pequena viagem, aparentemente inocente, que Diná empreendera, tinha levado os seus irmãos a cometer um crime que não tinha qualquer relação com o mal que o príncipe Siquém havia praticado. Simeão e Levi tinham-se tornado assassinos, detestados por todo o mundo. Tinham acarretado uma mancha sobre eles próprios, a qual jamais desapareceria. Homens sem conta morreram por causa da sua crueldade, mulheres e crianças ficaram viúvas e órfãs, sem terem nada mais do que tristezas.
Por meio destas circunstâncias, não só ficou arruinada a reputação de Diná e dos irmãos, mas o seu pai sofreu também.
"Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra", lamentou ele. "Sendo eu pouco povo em número, ajuntar-se-ão e ficarei destruído eu e a minha casa" (v. 30).
De fato, foi o nome de Deus – tão intimamente ligado com o nome de Jacó e do Seu povo (Gn 32:28-29) – que realmente sofreu. Jacó esqueceu-se de mencionar esse fato. Seria possível que ele estivesse mais preocupado com o seu próprio nome, do que diriam dele por trás, do que na honra de Deus? Seria esta fraqueza temporária do pai a causa do mau comportamento dos filhos?
A sua atitude para com a família também não foi muito impressiva. Repreendeu Simeão e Levi pela maneira como lhe tinham causado toda aquela desgraça, mas não mencionou o pecado que haviam cometido contra Deus e contra os seus semelhantes.
A Bíblia nem mesmo menciona qualquer preocupação e autoridade paternal por parte de Jacó em relação a Diná. Ela não recebeu dele a atenção de que necessitava nessa dolorosa situação. Aquele amor que se mostra mesmo numa repreensão, parece que não lhe foi expressado Prov. 3:12). Jacó pensava apenas em si mesmo.
A Bíblia também não diz se a mãe de Diná a compreendeu e confortou, ou não. E todavia, quem mais do que Léia – que tinha sofrido tanto por causa do amor – poderia ter sido mais compreensiva para com a dor da filha ? Diná era uma jovem simpática, e o homem que a tinha amado estava morto, por causa da sua ação impulsiva. A sua terrível aventura não a tinha desgraçado só a ela fisicamente, mas podia-lhe ter deixado feridas morais. As escaras dessas feridas poderiam nunca mais ficar completamente saradas.
Depois destes tristes acontecimentos, Jacó, sob a ordem de Deus, seguiu com a sua família do lugar do crime para Betel. Aí, mais uma vez se tornou o homem que devia ter sido mais cedo, pai que dirigia a família no culto a Deus.

Cerca de 2000 anos mais tarde, Paulo advertiu Timóteo de que as viúvas jovens que facilmente se aborrecem, começam por ir de casa, entregando-se à maledicência e a outros pecados. Deste modo, opõem-se a Deus e facilitam o trabalho de Satanás (1 Tim. 5:13-15). Paulo deu também instruções específicas a Tito a respeito das mulheres novas, com o objetivo de impedir que lançassem o descrédito sobre a Palavra de Deus (Tt 2.4-5).

A história de Diná ocorreu cerca 1900 anos antes do nascimento de Cristo. Mas os perigos que ela encontrou não se restringem simplesmente a esse período ou ao Livro de Gênesis. O problema que Diná enfrentou é universal As cidades modernas continuam a seduzir as jovens ansiosas por "experimentar a vida". Todavia, quantas vezes essa experiência da vida por parte de uma jovem numa cidade estranha acaba por se tornar um encontro com as amargas realidades do pecado, de que, tanto ela como a família, talvez jamais se venham a recuperar plenamente.




IV. Sete coisas que todo pai precisa saber e praticar (Gn 34; 35.1-15).

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1. Você é imperfeito e incapaz de evitar todo o mal que possa ser produzido 

contra ou por tua família. (Gn 34)
Você não é totalmente responsável:
a) Por tudo de bom que acontece com teus filhos ou por todas as suas boas ações e práticas; ou,
b) Por tudo de mal que acontece com teus filhos ou por todos os seus maus comportamentos.
Porém, você tem muita influência nisso, quer através do teu exemplo pessoal, quer através da forma com que você se relaciona com eles!
Diná (Gn 30.21; 46.15) é a personificação do mal do mundo sobre a tua família.
“Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou.” (Gn 34.1-2)
Depois de Jacó e sua família viajarem cerca de 800 Km chegaram à cidade de Siquém, uma terra estrangeira com gente desconhecida. Ali habitando, a curiosidade ingênua da jovem Diná resultou em uma tragédia inesperada.
De quem é a culpa de tragédias familiares como essa? Falta de orientação dos pais? Imprudência dos filhos?
– O jovem Siquém serve de alerta para o perigo de gente movida por impulso, que primeiro faz e depois pensa como remediar a situação.
– A jovem Diná serve para alertar que gente nova precisa saber que a curiosidade às vezes mata ou deixa sequelas indeléveis.
– Essa tragédia serve para alertar que gente madura precisa ajudar a formar anticorpos sociais nos mais novos.
Os riscos da nossa época são menores?
– Creio que não. Nossos filhos nem precisam sair para ver; os maus comportamentos e armadilhas entram, sem pedir licença, nas nossas casas, pela porta da TV, Telefone, Internet .
Simeão e Levi (Gn 34.25-27) são a personificação do mal da tua família sobre o mundo.
“Ao terceiro dia, quando os homens sentiam mais forte a dor, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos. Passaram também ao fio da espada a Hamor e a seu filho Siquém; tomaram a Diná da casa de Siquém e saíram. Sobrevieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade, porque sua irmã fora violada.” (Gn 34.25-27)
Inconformados com o estupro da irmã, Simeão e Levi tramaram uma terrível vingança. Convenceram, maliciosamente, o jovem estuprador e seu pai de que dariam sua irmã em casamento se ele, seu pai e todos os homens da sua cidade fossem circuncidados, como os judeus. Eles não somente concordaram, como também conseguiram convencer os seus patrícios a se circuncidarem. No terceiro dia após, a circuncisão, os dois filhos de Jacó atacaram, conforme relata o texto bíblico acima.
De quem é a culpa de comportamentos como esse? Falha na criação dos filhos?
Às vezes a culpa é mesmo dos pais!
– Filhos criados com excesso de atenção tendem a se tornar parasitas e eternos dependentes.
– Filhos criados sem atenção e sem limites tendem a se tornar verdadeiros monstrengos.
Entretanto, quem pode dominar a natureza humana?
– Diná era a filha caçula de Lia, primeira esposa de Jacó, e tinha seis irmãos. Se Absalão não sossegou enquanto não vingou o estupro de sua irmã Tamar pelo seu meio irmão Amnon, imagina o estado de revolta desses seis irmãos mais velhos de Diná e dos seus outros meio irmãos, com Siquém?
– A vingança foi praticada com requintes de crueldade. Por isso, eles perderam o direito a herança, por ocasião da divisão das terras conquistadas (Gn 49.5-7; 48.22).


2. Você precisa viver em comunhão com Deus. (Gn 35.1)

Vejamos alguns flashes do relacionamento de Jacó com Deus:
Em Betel, indo para Harã, fugindo de Esaú:
“Perto dele estava o SENHOR, e lhe disse:…” (Gn 28.13)
Em Harã, passando por momentos difíceis no relacionamento com seus cunhados e sogro:
“E disse o SENHOR a Jacó: Torna à terra de teus pais e à tua parentela; e eu serei contigo.” (Gn 31.3)
“E o Anjo de Deus me disse em sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui!” (Gn 31.11)
Em Peniel, voltando para Berseba, a terra de seus pais:
“Também Jacó seguiu o seu caminho, e anjos de Deus lhe saíram a encontrá-lo.” (Gn 32.1)
“ Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.” (Gn 32.30)
Em Siquém, depois da atrocidade cometida pelos seus filhos:
“Disse Deus a Jacó:…” (Gn 35.1)
Jacó não é exatamente um modelo de pai ou de conduta. Antes, porém, é alguém humano e imperfeito como qualquer outro ser, com altos e baixos na sua história de vida. Entretanto, é interessante observar o seu relacionamento com Deus. É certo que se quisermos manter comunhão com Deus precisamos dizer não ao pecado. “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Is 59.2).

3. Você precisa ser guiado pela Palavra de Deus. (Gn 35.1; Jr 15.16)

“Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão.” (Gn 35.1)
Quem vive em comunhão com Deus, necessariamente é impelido a se orientar pela sua santa palavra. Jacó tinha o privilégio de ouvir diretamente a voz de Deus. Nós, temos hoje o grande privilégio de ouvir a voz de Deus através da Bíblia, a revelação completa de Deus aos homens.
Mais uma vez Jacó vivia um momento crítico em sua vida, devido à desgraça provocada por seus filhos, massacrando os moradores de Siquém. Algo precisava ser feito e não podia ser adiado. Naquelas circunstâncias, a palavra de Deus chegou até aquele pai e, perpassando os séculos, chega também até nós com as seguintes instruções (versículo 1):
a) Levanta-te: Saia imediatamente desse atoleiro ou dessa zona de conforto. Abandone esse estado de inércia, de acomodamento, de conformismo, como se você fosse uma estátua no cume de um monte ou um carro com os quatro pneus arriados. Mexa-se! Faça o que vou te dizer!
b) Sobe a Betel: Betel é o lugar do encontro com Deus. Lugar onde você chega extenuado da caminhada da vida, cansado dos seus próprios esforços, impossibilitado de continuar a caminhar pela densa escuridão da noite existencial que te envolve e te aperta e te sufoca. É o lugar onde você se prostra diante de Deus,  com todas as tuas crises e frustrações, fobias e apreensões, e ali, o Senhor estende uma escada de escape que liga o teu inferno existencial ao céu da graça e glória de Deus-Pai. E essa escada tem nome: Jesus Cristo, o Filho de Deus, Senhor e Salvador. Jacó tinha passado por ali em situação aflitiva, quando fugia do seu irmão Esaú e feito um voto. Esse voto precisava ser agora cumprido (Gn 28.20-22).
c) Habita ali: Deus não quer que Betel seja apenas um lugar de passagem. Betel não pode ser apenas lugar de abrigo e refúgio temporários em momentos de turbulência na caminhada da vida. Betel tem que ser lugar para estar sempre, para morar ali, pois “é a casa de Deus, a porta do céu” (Gn 28.16).
d) Faze um altar: O lugar onde Deus está e onde Deus quer que também nós estejamos é lugar de adoração. Não é possível imaginar estar com Deus e não adorá-lo em espírito e em verdade.
Betel ficava aproximadamente a 24 Km ao sul de Siquém. Para os caminhantes daquela época era logo ali. Quando Jacó foi para Harã ele viajou aproximadamente 90 Km de Berseba a Betel e 830 Km de Betel a Harã. Betel é lugar de confirmação de aliança e renovação de promessas; lugar de bênçãos (Gn 28.10-19). É muito perto de onde você está agora! Muito mais perto do que todos os caminhos que muitos pais têm trilhado na tentativa de fazer o melhor para a sua família confiando apenas no seu próprio esforço.

4. Você precisa exercer os papéis de profeta, sacerdote e pastor da tua família. (Gn 35.2)

“Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes;” (Gn 35.2)
Profeta no AT era aquele que ouvia a palavra de Deus e a transmitia ao povo. Portanto, ele ficava de costas para Deus e de frente para o povo. Era um mensageiro de Deus em nome de Deus: “Assim diz o SENHOR…..”
Sacerdote no AT era aquele que levava as transgressões das pessoas diante de Deus e intercedia por elas com vistas ao  perdão divino. Portanto, ele ficava de costas para o povo e de frente para Deus. Além de mediador e intercessor era também um ensinante (ver também Ml 2.6-7).
Pastor no AT, o de ovelhas era aquele que guiava e cuidava do rebanho.
Quando Jacó ouviu as palavras de Deus e a transmitiu à sua família ele estava desempenhando o seu papel de profeta. Além de revelar os mistérios de Deus, um profeta denuncia o pecado. Vejamos as ações de um profeta, sacerdote e pastor na sua família:
a) Santificação: É a decisão de separação efetiva de qualquer outra divindade ou objeto de culto, para uma dedicação e entrega, totais e incondicionais, ao Deus único, vivo e verdadeiro.
b) Purificação: É o processo de limpeza, de retirada da nossa vida de tudo aquilo que contamina o nosso ser e, além de desagradar e nos afastar de Deus, nos é prejudicial. Começa com a confissão de pecados por pensamentos, obras, ações e omissões. Continua com o firme propósito de não viver pecando (1 Jo 3.9). Se efetiva com a expiação pelo sangue e o perdão de Deus.
c) Mudar as vestes: É a atitude de substituir o velho pelo novo, o sujo pelo limpo. Veste, na bíblia, é símbolo de justiça. Então, mudar as vestes é substituir a velha justiça e as velhas práticas, pela nova justiça de Cristo e por novas obras “preparadas por Deus para que andássemos nelas antes da fundação do mundo”. Não basta romper com o erro; é preciso praticar o que é certo!
Essas três etapas eram necessárias e seriam complementadas pelo profeta-sacerdote-pastor Jacó diante do altar, lá em Betel.

5.  Você precisa saber conduzir tua família a obedecer a Deus (Gn 35.4)

“Então, deram a Jacó todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.” (Gn 35.4)
Isso deve ser feito com muita sabedoria, dedicação e oração, nunca por decreto ou por força ou por violência. Não é eficaz obrigar os filhos pequenos a participar de culto doméstico, ler a bíblia e ir à igreja. Conduzir não é obrigar! Antes de tudo é preciso viver uma vida cristã tão linda que contagie os outros membros da família a amar a Deus, obedecê-lo e fazer sua vontade. É preciso respeitar sempre a individualidade de cada um.

6. Você e tua família são protegidos pelo Senhor quando obedecem à sua voz (Gn 35.5-7)

“E, tendo eles partido, o terror de Deus invadiu as cidades que lhes eram circunvizinhas, e não perseguiram aos filhos de Jacó.” (Gn 35.5)
Por temor ou por tremor a família de Jacó obedeceu à voz de Deus. Então, o Senhor infundindo terror, impediu que os cananeus vingassem o massacre do povo de Siquém. Lembre-se: Deus não tem compromisso com ímpios!


7. Você é alguém que é alvo de um propósito de Deus. (Gn 35.9-15)


Deus tinha um propósito grandioso na vida de Jacó. Dele sairia a nação de Israel, o povo escolhido de Deus. Dessa nação nasceria Jesus Cristo, o salvador do mundo. Nele, em Jesus, todas as famílias da terra seriam abençoadas, conforme sua promessa a Abraão (Gn 22.18).
Eu não sei, você talvez não saiba, mas Deus sabe de todas as coisas. “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jr 29.11). Ele tem um propósito para cada vida e para cada família. Cuide de realizar a tua parte, o teu papel, na liderança da tua família e o Senhor cumprirá o seu propósito.
Você que é Pai, anda na presença do Senhor e sê perfeito! Sê tu uma bênção! Toma posse dessa palavra a Jacó:
“Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo,  tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei,  não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Is 41.8-10)


V. Como Deus quer que educamos os nossos filhos.

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Dt 27:9
“Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo: Guarda silêncio e ouve, ó Israel ! Hoje, vieste a ser povo do SENHOR, teu Deus. Portanto, obedecerás à voz do SENHOR, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos e os estatutos que hoje te ordeno. ”
Dt 11:18-19
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos. Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos.”
Primeiro Deus nos quer diante Dele, a seguir, que nós levemos nossos filhos a estar diante Dele!
Pv 22:6
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Aqui temos uma ordem e uma promessa.
Pv 23:13
“Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.” Aqui mais uma ordem e uma promessa.
Pv 29:15
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.” Aqui temos o fruto da correção e o fruto do descuido dos pais.


Se os pais trabalham fora, os irmãos ou a vovó assumem essa responsabilidade? Não! Os pais não podem transferir essa responsabilidade!
Primeiro Deus nos quer diante Dele, a seguir, que nós levemos nossos filhos a estar diante Dele !
Ef 6:1-4
“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),  para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.”
Este texto, como eu já falei, deve ser nosso tema de conversa familiar.
Quando nossos filhos são pequeninos tudo é mais fácil, mas eles crescem, não podemos adormecer, pois o mundo mau em que vivemos vai oferecer de tudo para que eles errem o caminho.
Quando os filhos entram na adolescência, começam a fazer escolhas próprias, começam a experimentar independência, pensam que sabem das coisas, isto porque “o mundo” vende esta ideia, que ser jovem é curtir a vida, experimentar coisas novas, etc.
A responsabilidade de mostrar o caminho é dos pais!
Deus nos manda ensinar o caminho a nossos filhos!
Deus não daria uma ordem que nós não tivéssemos condições de cumprir ! É isto que eu tenho que ter em mente!
Não sei o que fazer ? Tg 1:5 “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.”



VI.  Os deveres dos pais.

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No Salmo (128.3) fala que os filhos, são bênçãos do Senhor. Este  salmo é chamado do “ Salmo do Construtor ”, para os Israelitas, o lar é uma oportunidade de sagrada de “construir” filhos. Esse conceito retrata o que o Criador deseja, pois os pais devem empenhar-se exibindo diante deles os fundamentos da fé por meio de uma vida cristã genuína, honrando a Jesus,  e  envolvendo os filhos na oração e o ensino da Palavra. Os padrões de família são copiados, os filhos herdam toda a  influencia, cultural e espiritual  vivenciada na sua vida familiar. Se o pai é honesto, espiritual, fiel, esse padrão servirá de espelho diante dos filhos que com certeza copiará o seu exemplo. Agora se o filho cresce envolvido no ambiente de discórdias, brigas, mentiras, contendas, reproduzirá  esse comportamento doentio. Se por exemplo o telefone toca, o filho atende e fala: “ Pai, é fulano de tal “. O pai fala baixinho: “ Diz que eu não estou”. O que o filho vai aprender? A ser mentiroso. O que alguns dizem ser maldição hereditária, eu entendo ser padrão familiar doentio, são comportamento sendo reproduzido no lar, infelizmente observamos isso na vida do patriarca Abraão no capítulo vinte e vinte e seis, o mesmo problema que aconteceu com Abraão se repetiu com Isaque seu filho. Isaque seguiu o mesmo padrão de seu pai: O capítulo vinte do livro de Genesis situa o episódio em Gerar, uma espécie de vila localizada perto da antiga cidade de Gaza, mais precisamente entre o Egito e a Palestina. Neste lugar, um casal de seminômades – Sara e Abraão – teve que se apresentar ao rei local como irmãos e não como marido e mulher. Abraão temia que o rei Abimelque o matasse para tomar a sua esposa, pois esta era uma pratica comum dos monarcas antigos. Por isso, Abraão suplicou à sua mulher que falasse a todos que ele era seu irmão. No capítulo vinte e seis a história se repete  na integra por seu filho Isaque.

1. Exercer autoridade

No  processo de construir o caráter do filho, os pais tem de se valer de autoridade , não se confunde com autoritarismo nem tampouco rigidez obsessiva. Alguns pais para impor autoridade acabam provocando a ira dos filhos, (Cl 3. 11). Rigidez e  exigências de espiritualidade acima da média podem gerar nos pais a expectativa irrealista de que os filhos se comportem de maneira impecável. Davi foi um rei inesquecível de Israel, mas após o adultério e homicídio, sua autoridade paternal se perdeu,  seu lar ficou conhecido diante do povo com contendas, inimizades e vergonha, (2 Sm 13.22-28). A autoridade paternal é dever dos pais, e não do colégio, do pastor e muito menos da Igreja.
 A reportagem da revista VEJA  intitulada “Eles é que mandam” trata do novo modelo de educação de filhos. Em que os pais não tem mais controle sobre os filhos, principalmente os  adolescentes; por esta razão eles estão cada vez mais cedo tendo contato com alcoolismo, droga e iniciação da vida sexual. A reportagem  aponta  que o problema deste descontrole reside na  culpa dos pais, em não saber dizer o velho, bom e sonoro “ NÃO”. Para os pais o não equivale a um castigo físico. A psicanalista infantil Anna Lise Scapatticci afirma que os pais comumente viram reféns do filho, a criança vira um pequeno ditador. Há uma inversão de papéis na família, conseqüência do despreparo dos pais em impor sua autoridade. A criança tem necessidade de ser guiada por regras senão, fica perdida!


2. Cuidado espiritual 

A história de Jó, não aponta apenas para sua fidelidade a Deus, mas sua  preocupação com a vida espiritual dos filhos, (Jó 1.5). Os pais sábios como Jó tem ciência da responsabilidade de criá-los para uma vida segundo a vontade de Deus. A salvação dos filhos deve ser o maior interesse e anseio em relação à sua descendência, ela deve estar acima de questões da vida secular, profissional,  social ou mesmo cargos na igreja, (Pv 22.6; At 16.31).
Cuidado ao tratar de problemas de igreja à vista dos filhos, comentário e piadas negativas com o pastor. Conta-se a história que uma criança da igreja adoeceu pois  queria de todo jeito ver o pastor. Então a família pediu que o pastor comparecesse em sua casa para de algum modo cessasse esta enfermidade na criança. Chegando na casa o pastor assentado ao sofá a criança ficou olhando o pastor de um lado e de outro, até que ela uma hora perguntou aos pais. Ué pai vocês falam que o pastor tem duas caras, eu só consigo enxergar uma nele!Por isso há filhos que não se convertem. Noé foi o patriarca que dá grande lição familiar, ele  não ganhou com a mensagem de juízo de Deus nenhum homem ou  mulher da sua geração, mas salvou toda a sua família do Dilúvio, (Hb 11.7)

3.  promover cuidado material

Na Segunda Carta aos Corintios (12.14) “ Porque não devem os filhos entesourar os pais, mas os pais para os filhos”. Há pessoas que acarretaram prejuízos na vida porque não tiveram a instrução secular, alguns sob a  alegação de ser pecado. Jesus cresceu em todas dimensões da vida, (Lc 2.40;52). Os pais devem preocupar-se com a formação educacional, provendo as condições necessárias para uma boa escolaridade e futuro igualitário a todos os filhos.O profeta morreu e deixou os filhos desprovidos, (2 Rs 4.1).




VII. Os deveres dos filhos.



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A Bíblia é o manual por excelência da família. Se seus magníficos ensinos forem obedecidos, a família terá paz, felicidade, principalmente os filhos. Na cultura moderna os princípios e padrões de obediência são rechaçados.
Esse respeito esta em falta nos americanos de forma trágica. Na África as crianças respeitam os mais velhos de um jeito maravilhoso. Eles os reverenciam, ouvem. Os mais velhos comem primeiro, enquanto isso as crianças aguardam do lado de fora da cabana, esperando eles terminarem, sem ousar entrar ou interromper.



1. Honrar os pais

É tão importante o dever de honrar os pais que nos Dez Mandamentos,  o único mandamento ligado a uma condição de promessa  é o mandamento dos filhos honrarem aos pais. Este mandamento não está apenas no AT, ele é ratificado no Novo,( Mt 15.3-9; Mc 7.6-13) Jesus insistiu que honrar a Deus compreende também honrar aos pais. Tal honraria não esta ligado ao  grau intelectual ou financeiro dos pais, mas independente disto. Há filhos que os pais são motivos de vergonha.

2.  Ouvir os pais

O livro de Provérbios trata de um manancial de sabedoria, cujo discursos iniciam  com orientação de uma boa audição aos filhos “  filho meu ouve a instrução de teu pai” . Pois o pregador considera ser sábio o filho que é bom ouvinte. Sansão mostrou ter grande força, e pouca audição, pois não ouviu os conselhos de seus pais, (Pv 5.1).  quanto suas escolhas amorosas, (Jz 14.3)
Muitos filhos em depoimentos de terapia familiar confidenciam que poderiam ter evitado muitas experiências amargas na vida, se tivessem ouvido seus pais. Muitas grávidez indesejadas, más companhias teriam sido evitadas se tivessem atentado para palavra de Deus “ Daí ouvido a teu pai”.
        
3.  Respeitar os pais 

Jesus deu grande exemplo de respeito aos pais, ( Lc 2.51). Embora soubesse a razão porque veio ao mundo, e que era o Filho de Deus, Ele se submeteu à autoridade de seus pais. Agressões verbais e físicas tem feito parte do comportamento de jovens em relação aos pais nesta geração, para tais filhos seus dias estão sendo abreviados e de grande tormento, (Pv 3.2). Mesmo casado,  milionário e influente no mundo os filhos devem  prestar respeito aos pais, (Pv 23.22).



VIII. Os bons hábitos que toda a família deve conservar.


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Criar filhos nos caminhos do Senhor e nutri-los com o alimento da dispensa de Deus, é uma tarefa difícil nestes dias. A exploração da sensualidade na mídia e a perda dos valores e referências pessoais tornam esta tarefa cada vez mais difícil, que demanda sabedoria para cultivar bons hábitos que enriqueçam a família.
A família vem antes da Igreja, pois não há Igrejas sem famílias. Não podemos ser felizes na Igreja sem sermos felizes em nossa família. Façamos da nossa família uma Igreja, utilizando-se de todos os meios bíblicos possíveis para alcançarmos esta felicidade. O cultivo de bons hábitos é um dos fatores decisivos do sucesso do lar.

1.     Diálogo no lar

O termo lar é proveniente do “latim” lare, que significa a parte da cozinha onde se acende o fogo. Daí deriva a palavra “lareira”, onde as famílias se reuniam para conversar ao redor do fogo. Hoje os hábitos e costumes familiares cada vez mais alterados e cada membro  estão envolvidos com a programação da televisão ou internet nos quartos e quase não se reúnem para conversar, famílias vivendo sobre o mesmo teto, mas distantes uns dos outros.
Conta-se que Suzana Wesley, a mãe do famoso evangelista John Wesley, avivalista, escritor e líder evangélico destacado no século XVIII, passava uma hora por semana a sós com cada um dos seus filhos, conversando e explicando a Palavra de Deus. Infelizmente hoje boa parte dos lares não existe mais o dialogo,  e sim monólogo. São palavras monossilábicas. E aí como você esta? Bem! Você vai? Sim! Oi,Tudo bem? Tá .Ok. Ram. Ram. É importante pararmos e refletirmos um pouco sobre isso, pois existem famílias vivendo debaixo do mesmo teto, mas ao se comunicarem trocam mensagem de texto do celular, rádio e e-mails. Muitos filhos trocariam muitos presentes caros por um período de conversa sincera com seus pais, o contrario também é verdadeiro. Outros dariam tudo o que tem só para voltar ao tempo e poder falar aos seus pais: eu te amo. Mãe, a senhora é a minha heroína, o quanto te admiro, o quanto a respeito. Pai o senhor é importante para mim.Vale ressaltar que vivemos  num pais em que 50% das mulheres dizem que os maridos não se comunicam, 86% dos divórcios dizem que a causa foi uma falha na comunicação “dialogo” e 25% dos jovens dizem que nunca tiveram uma conversa significativa com seu pai.

2.  Culto doméstico

Para muitos o culto doméstico é tido como algo ultrapassado em completo desuso. A conseqüência disto é que muitas crianças crescem sem qualquer experiência da fé cristã no lar. Jesus disse que o homem não pode viver só de pão, mas também do alimento espiritual diário. O culto doméstico, não é uma opção, mas uma ordenança Divina, (Dt 6.1-7).  Timóteo tirou lições desta pratica, (2 Tm 3.14,15). Trata-se de um investimento inestimável a família. Este culto elaborado com criatividade visa cultivar a presença de Deus no lar. Quando a presença de Deus não é cultivada no lar, outras prioridades surgem.
Especialistas do comportamento infantil entendem que a televisão tem sido chamada a babá eletrônica, uma vez que as crianças  ficam horas a fio na frente do aparelho, especialmente se estiverem assistindo a  programas como novelas, filmes e desenhos. Muitos programas aparentemente inofensivos apresentam constantemente violência, introduzindo à criança num mundo de bruxaria, fantasma e duendes. Palavras como magia, maligno, sangue, força das  trevas, escuridão e outras vão povoando a mente das crianças.


3. Compartilhar refeições e projetos

          O salmo (128 .3) “ os teus filhos, como plantas de oliveira, a roda da tua mesa” essa comparação remete para importância das refeições na mesa. Raramente  as famílias tem a oportunidade de fazer  refeições juntas.As refeições são oportunidades das famílias se olharem, darem graças juntos e compartilharem suas vitórias. Compartilhar uma refeição para o judeu é um momento de profunda comunhão, não era jogar tempo fora, é dizer nós estamos em comunhão.

IX. A Bíblia nos dá a orientação como os pais e filhos devem ser edificados.

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A Bíblia é rica em ensinamentos para família. Jesus começou seu ministério público numa reunião que marca o inicio da família, o casamento. Paulo  dá ênfase  a importância  da família. Deus tem interesse no sucesso da família.

1.  invista tempo para seus filhos

 A família é a célula “ mater ” da sociedade, por isto sofre os maiores ataques de Satanás. Mas ela conta com a proteção e bênção do Todo Poderoso: "O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás os bens de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel", (Sl 128.5,6).   O sucesso do convívio familiar além de estarem na casa de Deus, requer investimento de tempo para o diálogo e um bom programa familiar. Lamentavelmente existem pais que não dedicam tempo para assistirem o crescimento dos filhos, por estarem demasiadamente envolvidos com a obra de Deus ou a carreira profissional. Quando os pais não exercem seu papel, Satanás prepara alguém para desempenhá-lo. Negligenciar a família, é negligenciar a palavra de Deus, (1 Tm 3:4). Nenhum sucesso na vida  justifica o fracasso familiar. A escala de importância na vida de uma pessoa é assim:1) Deus, 2) família e 3)Igreja e/ou ministério, se esta ordem for alterada com certeza tudo poderá estar comprometido. Muitas pessoas envolvidas demasiadamente com o trabalho, carreira e ministério e distante até de Deus e da família.

2.  não viva de aparências

 Jesus em seu ministério certa vez amaldiçoou  uma figueira, ( Mc 11.12-14),  porque  tinha aparência de ter frutos.  Existem famílias vivendo um tremendo faz de conta, aparentando uma harmonia de fachada, vivendo um verniz religioso,  mas no recôndito da casa só Deus sabe como as coisas estão. “põe em ordem a sua casa", (Is 38.1).

3.    não inverta os valores

A bíblia é o livro que dá o devido valor as coisas, e neste parâmetro que a Bíblia dá a tudo, não se pode errar e inverter os valores bíblicos. Pois o mundo passa  constantemente por mudanças de valores e costumes, nesta inversão vão surgindo diversos tipos de família.
 Os terapeutas familiar tem definido  diversos tipos de família: 1)Família Nuclear por exemplo, é  formada pelo marido, mulher e o cachorro, esses casais não gostam de filhos, mas tratam os animais de estimação como se fossem filhos. 2)Família do Divórcio: pais que já ultrapassaram o terceiro casamento e tem filhos com todas mulheres, e quando todos se encontram, é a maior bagunça, pois não sabem o que cada um é do outro no grau de parentesco. 3)Familia dos Afeminados: crianças que são criados por casais homossexuais. 4)Família do Piercing e tatuagens: esses pais patrocinam tudo isso, achando tudo muito bonitinho.
Nós temos o que o mundo não tem, um Pai que nos ensina e nos capacita.
Quem sabe tu te achas fraco! 2 Co 12:9 “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”
O Sl 127:3 “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.”
Teu filho é uma herança do Senhor para ti, é um presente! Não é um presente ruim.
Precisamos olhar com olhos espirituais! Devemos orar conforme a palavra! Deus meu filho é Teu.




Meus amados irmãos em breve nós estaremos de volta com a sequência deste maravilhoso estudo, e desta feita com tema: " Deus exige a purificação da família de Jacó".

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