Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 30.1-25
Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro.
Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?
E ela disse: Eis aqui minha serva Bila; coabita com ela, para que dê à luz sobre meus joelhos, e eu assim receba filhos por ela.
Assim lhe deu a Bila, sua serva, por mulher; e Jacó a possuiu.
E concebeu Bila, e deu a Jacó um filho.
Então disse Raquel: Julgou-me Deus, e também ouviu a minha voz, e me deu um filho; por isso chamou-lhe Dã.
E Bila, serva de Raquel, concebeu outra vez, e deu a Jacó o segundo filho.
Então disse Raquel: Com grandes lutas tenho lutado com minha irmã; também venci; e chamou-lhe Naftali.
Vendo, pois, Lia que cessava de ter filhos, tomou também a Zilpa, sua serva, e deu-a a Jacó por mulher.
E deu Zilpa, serva de Lia, um filho a Jacó.
Então disse Lia: Afortunada! e chamou-lhe Gade.
Depois deu Zilpa, serva de Lia, um segundo filho a Jacó.
Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada; e chamou-lhe Aser.
E foi Rúben nos dias da ceifa do trigo, e achou mandrágoras no campo. E trouxe-as a Lia sua mãe. Então disse Raquel a Lia: Ora dá-me das mandrágoras de teu filho.
E ela lhe disse: É já pouco que hajas tomado o meu marido, tomarás também as mandrágoras do meu filho? Então disse Raquel: Por isso ele se deitará contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
Vindo, pois, Jacó à tarde do campo, saiu-lhe Lia ao encontro, e disse: A mim possuirás, esta noite, porque certamente te aluguei com as mandrágoras do meu filho. E deitou-se com ela aquela noite.
E ouviu Deus a Lia, e concebeu, e deu à luz um quinto filho.
Então disse Lia: Deus me tem dado o meu galardão, pois tenho dado minha serva ao meu marido. E chamou-lhe Issacar.
E Lia concebeu outra vez, e deu a Jacó um sexto filho.
E disse Lia: Deus me deu uma boa dádiva; desta vez morará o meu marido comigo, porque lhe tenho dado seis filhos. E chamou-lhe Zebulom.
E depois teve uma filha, e chamou-lhe Diná.
E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre.
E ela concebeu, e deu à luz um filho, e disse: Tirou-me Deus a minha vergonha.
E chamou-lhe José, dizendo: O Senhor me acrescente outro filho.
E aconteceu que, como Raquel deu à luz a José, disse Jacó a Labão: Deixa-me ir, que me vá ao meu lugar, e à minha terra.
Estamos de volta dando sequência a uma série de
conferências sobre os Patriarcas; Já falamos sobre Abraão;;
Isaque e agora estamos no terceiro seguimento estamos falando
sobre Jacó.
Já apresentamos os seguintes temas:
- Sua biografia;
- O seu nascimento;
- Esaú vende a primogenitura;
- Isaque abençoa Jacó;
- A fuga de Jacó.
- A Lei da semeadura.
- Agora vamos falar sobre "os filhos de Jacó."
I. Análise preliminar do texto de Gn 29.1-30 .
1. A Esposa Amada fica Desesperada (30.1-8)
Embora fosse bonita e amada, Raquel (V.1) logo descobriu que fortes sentimentos de inveja incitavam seu coração contra Léia. Os valores daqueles dias davam elevada importância ao fato de ter filhos e ela não tinha nenhum. Irracionalmente, ela exigiu que Jacó lhe desse filhos, diante do que ele respondeu furiosamente: Estou eu no lugar de Deus?(V.2). Mas Raquel se lembrou, como Sara (16.2), que a lei da região permitia a esposa sem filhos ter posteridade por meio de uma esposa substituta. Impulsivamente, ela deu a Jacó a serva Bila (V.4), que logo teve um filho — um filho que Bila não podia dizer que era dela, pois legalmente pertencia a Raquel. Quando chamou o menino Dã (V. 6), que significa “juiz, justificação ou defesa”, ela não estava pensando que Deus a condenava, mas que a julgava digna de misericórdia.
O nome que Raquel deu ao segundo filho de Bila, Naftali (V.8), quer dizer “lutando” e está baseado em com lutas... tenho lutado. Pelo fato de a primeira parte da frase ser literalmente “lutas de Deus” (naphtaley elohim), há quem afirme que Raquel estava se perdendo em magias. Mas não há razão para crer que ela estava fazendo algo que não fosse orar com fervor a Deus, embora suas emoções estivessem tingidas de inveja.
2. A Contrapartida (Cap. 30.9-13)
Léia também tinha uma serva, que ela prontamente deu a Jacó como outra esposa substituta. Zilpa, por sua vez, deu à luz dois filhos. Embora o nome Gade (V. 11) queira dizer “tropa”, seu significado mais comum é “boa fortuna”, o que se ajusta muito melhor neste contexto e é aceito na maioria das mais recentes traduções bíblicas. O nome do próximo menino, Aser (V.13, “feliz ou bendito”), também era exclamação da extrema satisfação de Léia e sua serva estarem gerando mais que Raquel.
Não por Mágica, mas é Deus que dá Vida (Cap. 30.14-24)
Sendo criança, Rúben (V.14) inocentemente trouxe mandrágoras dos campos de trigo para sua mãe. Os bagos amarelos desta planta eram altamente reputados por ter a capacidade mágica de produzir fertilidade. Quando Raquel os viu, ela caiu na tentação de obtê-los para cura de sua esterilidade.' Para isso, fez uma barganha sórdida com a irmã. A tônica que o paganismo dava em superstições mágicas atraía as mulheres em práticas repulsivas. Jacó não contestou, nem resistiu.
Apesar da implicação de valores morais distorcidos, Deus concedeu fertilidade a Léia, e Raquel descobriu que a magia não resolvia seu problema. Léia pelo menos reconhecia a atividade de Deus, embora entendesse mal a razão da misericórdia de Deus. Seu equívoco está incrustado no nome do quinto filho, Issacar (V.18), que significa “aluguel ou pagamento”. O nome estava baseado no acordo feito entre Léia e Raquel. O sexto filho (V. 19), Zebulom (V. 20, “habitação”), reflete o desejo ardente e permanente que Léia tinha pelo afeto do marido, que nem sequer seis filhos lhe deram. Este nome é o único dos doze filhos que têm paralelo mesopotâmico. O termo acádio zubullu significa “presente de noivo” e, assim, liga-se à expressão boa dádiva (V. 20).
Só uma filha (V.21) é atribuída a Jacó. Seu nome é Diná, que significa “julgamento”, mas nenhum testemunho pessoal foi ligado ao nome. Mais tarde, esta moça iria figurar em cena trágica (cap. 34).
Para Raquel (V. 22), as mandrágoras foram inúteis. Quando finalmente deu à luz um filho ela entendeu que foi um ato especial da misericórdia divina. Lembrou-se Deus é termo associado com oração respondida. O nome que ela deu ao garoto foi José (24, que significa “adição, acréscimo”). Pela fé, ela esperava outro filho como presente de Deus. Para ela, a superstição pagã perdeu sua atração.
II. A disputas das mulheres de Jacó por filhos.
As mulheres de Jacó entram em disputa acirrada por filhos. Jacó ao final vence Labão e prospera muitíssimo na terra de Harã. Assim, eu resumiria este capítulo de Gênesis que acabo de ler e meditar.
Jacó já tinha tido 4 filhos com Lia, e entre eles, estava aquele que o Senhor escolheu, Judá, que será o portador da semente messiânica. Não que Judá dentre os doze filhos e uma filha de Jacó fosse o mais nobre, perfeito e valoroso homem, mas por pura eleição de Deus. Assim como ele escolheu Jacó no ventre, assim, escolheu Judá, sem que obra alguma tivesse feito para isso.
Também não se baseou Deus numa pré-ciência que avaliaria todo o seu futuro comportamento e depois de pesadas todas as ações de todos os doze, escolheria Judá por melhor ser o representante dos doze. Isso é ridículo! A escolha de Deus vai além de nosso fraco juízo e razão medíocre.
A história do Antigo Testamento, assim chamada, nada mais é que a história que gira em torno desta semente e de eventos próximos a ela que dizem respeito ao Messias que ainda demoraria um pouco para vir, mas viria, como veio e hoje é história.
Jesus, o Messias, que aqui estou falando que veio e que se tornou página da história, do mesmo jeito que foi anunciado, no presente tempo, também é anunciada a sua vinda e ele virá e será o dia que ele vier, seja hoje, nos próximos dias, ou mais pra frente, um dia da história que se chamará hoje.
Quem não aguarda a volta anunciada de Jesus é louco e desvairado e nada entende de Bíblia, nem de Antigo Testamento, nem de Novo Testamento, nem de Deus, nem de Reino de Deus. Jesus veio uma vez e cumpriu o que dele estava escrito e virá outra vez, como ele prometeu, para cumprir o que dele ainda está escrito que falta cumprir.
Quando Lia acabou de dar seu quarto filho a Jacó, Raquel, por inveja, teve a ideia de dar sua serva para Jacó para por meio dela ter filhos de Jacó e ela lhe deu dois filhos. Depois foi a vez de Lia que lhe deu sua serva e Jacó teve mais 2 filhos. Ai Rubén achou mandrágoras, que se cria, tornava as mulheres férteis e por elas negociou Lia e Raquel.
Lia tornou a lhe dar mais dois filhos e uma filha e, finalmente, depois de 11 filhos nascidos, sendo um deles uma mulher, Raquel fica grávida de José e depois, no outro capítulo de Benjamim.
Os filhos na ordem que nasceram foram assim: de Lia: Rubem, Simeão, Levi e Judá; de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali; de Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser; de Lia, novamente: Issacar, Zebulom e Diná; finalmente, de Raquel:José e Benjamim. Eles irão forma as 12 tribos de Israel e muita história há ainda para rolar ou desenrolar, como elucubrou Agostinho.
O que dizia a Lei do código de Hamurábi sobre a primeira esposa de um nobre lhe gerar filhos de sua escrava.
Vejamos o que dizia o famoso código de Hamurabi, datado em algum período entre 1792 e 1750 a .C.: “Quando a primeira esposa de um nobre lhe gerar filhos e sua escrava também lhe gerar filhos, se o pai em vida declarar: “[estes] são meus filhos' - referindo-se aos filhos que ele teve com a escrava - então estes serão contados com os filhos de sua primeira esposa quando ele morrer. E os filhos da primeira esposa e os filhos da escrava terão direitos iguais, salvo o primogênito da primeira esposa: este terá a preferência na partilha dos bens.
Contudo, se o pai em vida não declarar: “[estes] são meus filhos' - referindo-se aos filhos que ele teve com a escrava - então, após a sua morte, os filhos da escrava não receberão a partilha junto com os filhos da primeira esposa. Tanto a escrava quanto seus filhos terão direito à liberdade e os filhos da primeira esposa não terão o direito de reclamar os filhos da escrava para serem seus servos.”
Esse costume pode parecer estranho à nossa compreensão, mas devemos nos lembrar que Abraão estava apenas seguindo uma tradição cultural de uma época. Por que, então, Deus não o impediu de praticar aquilo, isto é, deserdar Ismael? Ora, se lermos os mandamentos dados por Moisés, veremos que Deus, aos poucos, foi corrigindo algumas dessas e de outras práticas através das leis dadas ao povo hebreu. Afinal, a história nos mostra que as mudanças culturais demoram algum tempo para se concretizar na mente dos povos, pois a humanidade tem uma grande resistência às mudanças de paradigmas, mesmo quando tais mudanças têm como objetivo o bem-estar de todos.
Leis do concubinato
A tática legal de oferecer escravas ao marido para aumentar sua descendência ou compensar a esterilidade da esposa pode também ser vista na competição ferrenha entre Lia e Raquel pelo amor de Jacó, seu marido (Gn 30:l-26). Ao contrário do que poderia acontecer hoje, elas não se sentiam ameaçadas por ter uma serva grávida de seu próprio marido, pois códigos como o de Hamurabi prescreviam que uma mulher estéril tinha o direito de oferecer uma escrava virgem ao seu marido para conceber um filho através dela (uma espécie da “barriga de aluguel” daquela época). Com isso, evitava-se legalmente que o marido pudesse buscar outra esposa legítima para dar-lhe descendentes. (V.5)
A Bíblia ainda revela que ambas as filhas de Labão tinham recebido de seu pai uma escrava particular - como presente de casamento, que trabalhava como mucama - atendendo exclusivamente às vontades de sua senhora (Gn 29:24, 29).
O código de Hamurabi determinava que qualquer mucama dada pela esposa para se deitar com seu marido e que extrapolasse sua posição de serva por haver engravidado dele, poderia, por lei, ser punida e marcada como escrava comum, mas não poderia ser vendida por sua senhora. Nesse caso, é possível que Abraão incorresse num risco legal ao atender o pedido de Sara. Por outro lado, códigos legais como o de Lipit-Ishtar também diziam que “se um homem desposar uma mulher que lhe dê filhos que ainda estejam vivos, e se uma escrava também lhe der filhos, o senhor (pai) poderá outorgar liberdade à escrava e a seus filhos [para que] os filhos da escrava não participem da propriedade com os filhos [legítimos] do senhor”.
III. As mulheres e os filhos de Jacó.
Capítulo 29:1 - 30:24
Jacó chegou a um poço num campo, onde os pastores de Harã levavam seus rebanhos para beber água (não era o mesmo poço onde o servo de Abraão encontrara Rebeca, que estava na entrada da cidade - capítulo 24:11).
Havia uma grande pedra cobrindo a boca do poço, que precisava ser removida para tirar água, e colocada outra vez depois. Talvez para maior comodidade, os pastores esperavam até que todos os rebanhos estivessem ali, para abrir e fechar o poço uma vez só.
Eles lhe disseram de onde eram, e que conheciam seu tio Labão (que ele chamou de filho de Naor: era neto dele - capítulo 24:15,29 - mas na linguagem daquele tempo filho eqüivalia também a descendente), e que sua filha Raquel estava chegando com as ovelhas de seu pai.
Jacó quis que eles dessem logo água às suas ovelhas e fossem embora, talvez para assim poder falar a sós com sua prima. Mas eles insistiram em esperar, conforme seu costume.
Raquel (que significa ovelha) chegou logo a seguir, e, ao vê-la e ao rebanho que conduzia, Jacó apressou-se em tirar a pedra do poço ele próprio, e a dar de beber ao rebanho do seu tio: uma cortesia para começar bem seu relacionamento.
A seguir, Jacó beijou Raquel, uma saudação própria para parentes chegados, e chorou de emoção: sua viagem chegara ao fim de uma maneira tão feliz! Ele então explicou quem era, e ela partiu correndo para contar ao seu pai.
Labão também correu ao encontro de Jacó quando soube, abraçou-o, beijou-o, e o levou para casa. Foi uma recepção das mais carinhosas, e, ao ouvir sobre sua experiência no caminho, Labão declarou "de fato, és meu osso e minha carne", expressão usada naquele tempo nos rituais de adoção.
Durante um mês Jacó ficou com Labão, na condição de hóspede. Foi o tempo necessário para se recuperar da viagem longa que havia feito, adaptar-se ao ambiente, conhecer melhor seus parentes (especialmente suas primas), e se fazer conhecido por eles.
Sem dúvida Jacó não ficou ocioso, mas ajudava especialmente naquilo que gostava mais: o pastoreio. Seu tio propôs contratá-lo, pagando pelos seus serviços. Jacó aparentemente havia chegado com suas mãos vazias (não lemos que ele tenha dado algum presente ao chegar, ao contrário do servo de Abraão). É curioso lembrar que Labão devia estar com uns 120 anos de idade, e embora não saibamos a idade de suas filhas nesta ocasião, é improvável que fossem muito novas. Jacó estava com uns 75 anos.
O segundo objetivo de Jacó ao ir para lá era obter para si uma esposa das filhas de Labão (capítulo 28:2); após essa convivência, Jacó amava a mais nova, e mais bonita, Raquel. Ele queria casar com ela, mas não tinha com que pagar o dote que, conforme os costumes da época, deveria ser pago à família, em compensação pela perda dela.
Para resolver o problema, ele propôs trabalhar por sete anos para Labão como pagamento por ela. Labão aceitou a proposta: o casamento se faria ao se completarem os sete anos de trabalho. Era tal o amor de Jacó que os sete anos lhe pareceram como sete dias!
Mas, terminados os sete anos, Labão o enganou dando-lhe a mais velha Lia ao invés de Raquel, o que Jacó só veio a descobrir depois de consumado o casamento. Como Jacó queria mesmo Raquel, ele foi obrigado a trabalhar mais sete anos por ela. Assim o suplantador foi por sua vez enganado.
Desta vez, para "adoçar a pílula", Labão concordou que o casamento se fizesse em antecipação aos sete anos de trabalho, logo após a semana de lua de mel com Lia. Labão também deu uma serva para cada uma de suas filhas: como Hagar, elas eram escravas para servirem suas filhas em tudo, mesmo para lhes darem filhos através de Jacó se suas senhoras assim o desejassem.
Apesar de ter sido logrado por Labão, Jacó manteve sua parte do contrato e trabalhou para ele por mais sete anos sem nada receber além de Raquel. Durante esse tempo, sua família aumentou com os filhos que vieram, e o relato bíblico é bem detalhado a respeito das circunstâncias mediante as quais as servas também deram filhos a
Jacó.
Em resumo, os filhos foram:
De sua primeira esposa Lia:
Rúben (que significa eis um filho)
Simeão (escuta)
Levi (apego)
Judá (louvor)
Issacar (alugado, ou recompensa)
Zebulon (habitação)
Também Lia lhe deu uma filha que foi chamada Diná (justificada).
Da sua serva Zilpa:
Gade (boa sorte)
Aser (feliz)
De sua segunda esposa Raquel:
José (Ele tirou, ou possa Ele acrescentar)
Mais tarde Raquel teve outro filho, Benjamim (filho da minha mão direita): ela morreu no parto.
Da sua serva Bila:
Dã (justiça)
Naftali (luta).
Na antigüidade a mãe escolhia os nomes de seus filhos, muitas vezes em função da situação em que ocorria o nascimento, como vemos acima. Às vezes, seu nome era mudado mais tarde para refletir alguma característica especial daquela pessoa. Deus mesmo modificou os nomes de alguns, como já vimos no caso de Abraão e no de Sarai.
IV. Um resumo da vida de Raquel a principal esposa de Jacó.
Raquel foi esposa de Jacó, mãe de José e Benjamim. Sua história está registrada no livro de Gênesis, e ela é uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia. O nome Raquel significa “ovelha”, do hebraico rahel.
1. A História de Raquel
Raquel era a filha mais nova de Labão, o irmão de Rebeca, a mãe de Jacó. Logo, Raquel e Jacó eram primos de primeiro grau. A Bíblia descreve Raquel como uma mulher muito formosa (Gn 29:17). Raquel tinha uma irmã mais velha, Lia.
Alguns versículos do livro de Gênesis parecem indicar que Raquel não estava totalmente liberta das influências pagãs e, ao contrário de Sara e Rebeca que prontamente adotaram o Deus de Abraão e Isaque, Raquel furtou os ídolos da casa de seu pai (Gn 31:19,34,35; cf. 30:14).
2. Raquel e Jacó
Após Jacó ter enganado Esaú, Isaque lhe ordenou que fosse procurar uma esposa entre seus parentes em Padã-Harã (Gn 28:1,2). O primeiro encontro entre Jacó e Raquel foi próximo a um poço. Raquel havia ido ao poço dar água às ovelhas de seu pai, e Jacó tirou a pedra do poço para ela (Gn 29:2-10).
Pode-se dizer que Jacó amou Raquel à primeira vista (Gn 29:11). Ele fez um acordo com Labão para que pudesse se casar com Raquel. O acordo consistia que Jacó deveria trabalhar sete anos por Raquel. A Bíblia descreve o tamanho do amor de Jacó por Raquel nos informando que os sete anos “lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava” (Gn 29:20).
Quando se passaram os sete anos, houve a cerimônia de casamento, porém Jacó foi enganado e casou-se com Lia. Para justificar sua atitude, Labão alegou que não era costume naquelas terras casar a filha mais nova antes da mais velha (Gn 29:15-26).
O curioso que é este não era um costume generalizado no Antigo Oriente Próximo, nem mesmo confirmado por documentos encontrados da época, como os documentos acadianos de Nuzi. Também parece estranho que Jacó não soubesse de tal costume após ter vivido por sete anos naquele lugar.
Com isto, é provável que Labão tenha inventado tudo como um tipo de desculpa para tentar justificar o fato de que tinha enganado Jacó, ou mesmo ter se aproveitado de um costume que de fato existia, mas que não era tão tradicional assim, apesar de não ser possível termos a plena certeza das verdadeiras intenções de Labão.
Quando descobriu que foi enganado, Jacó procurou Labão para tirar satisfação sobre o ocorrido. Então Labão propôs um novo acordo, onde Jacó poderia ter Raquel por mais sete anos de trabalho a favor dele.
Jacó concordou com a proposta de Labão e, passando a semana de festejos decorrentes do casamento com Lia, Jacó teve Raquel por esposa, e continuou servindo Labão por mais sete anos (Gn 29:27-30).
3. A esterilidade de Raquel.
Jacó amava mais Raquel do que Lia, e ficou bastante angustiado quando descobriu que Raquel era estéril (Gn 29:30,31). Lia, por outro lado, deu filhos a Jacó, o que causou ciúmes em Raquel.
Naquela região havia um costume de que se uma mulher de classe social elevada fosse estéril, ela poderia ter uma serva (escrava) que daria à luz filhos que seriam legalmente seus. Raquel se aproveitou de tal costume e obrigou Jacó a ter filhos de sua serva Bila (Gn 30:3).
Apesar de seu plano ter funcionado, Raquel ainda buscava desesperadamente a possibilidade de ter um filho biológico. A Bíblia diz que suas orações foram ouvidas e ela concebeu José (Gn 30:22-24).
Raquel parte com Jacó da casa de seu pai
O relacionamento entre Jacó e Labão começou a ficar muito difícil, e Jacó resolveu fugir com sua família. Jacó havia prosperado muito enquanto trabalhava para Labão. Quando fugiu, Jacó levou consigo, além de sua família, os seus rebanhos.
Na ocasião da partida é que ocorreu o episódio do furto dos ídolos por parte de Raquel. A Bíblia também esclarece que Jacó não sabia que Raquel havia feito isto, tanto que ele considerou que o caso do furto foi tão grave que o culpado deveria ser entregue a Labão (Gn 31:32).
Não se sabe como Jacó descobriu o que Raquel tinha feito, mas sabemos que quando Deus ordenou que Jacó voltasse para Betel, ele instruiu a sua família a lançar fora os deuses estranhos que havia entre eles (Gn 35:2).
Na jornada em direção ao encontro com Esaú, mais uma vez podemos perceber a preferência de Jacó por Raquel, ao designá-la a posição de maior segurança, evitando que ela e José sofressem qualquer dano eventual (Gn 33:1,2).
4. A morte de Raquel.
Após partir de Betel, estando a caminho de Efrata, Raquel deu à luz ao seu segundo filho, Benjamim. Raquel teve um parto muito difícil, e acabou morrendo logo após o nascimento do menino.
Num primeiro instante, o menino foi chamado de Benoni, no sentido de “infortúnio”, refletindo toda angústia que caracterizou seu parto. Entretanto, Jacó chamou o menino de Benjamim, que significa “filho da minha mão direita”.
Raquel foi sepultada no caminho de Belém, e Jacó levantou uma coluna sobre sua sepultura (Gn 35:19). A localização atual dessa sepultura é incerta. A tradição sugere uma distância de aproximadamente 2 quilômetros ao norte de Belém. A localização desse tumulo ainda era conhecida nos dias de Saul, pois Samuel citou sua localização como estando em Zelza (1 Sm 10:2).
Raquel é mencionada no livro de Rute como edificadora da casa de Israel, juntamente com Lia (Rt 4:11). O Profeta Jeremias também citou o “pranto de Raquel” se referindo à destruição do Reino do Norte. Essa profecia foi aplicada na matança dos inocentes ordenada por Herodes (Mt 2:18).
V. Um resumo da vida de Léia.
Possivelmente aparentada com uma palavra acadiana que significa “vaca”, ou com uma palavra árabe que significa “vaca selvagem”.
Filha mais velha de Labão, sobrinho-neto de Abraão. Labão era irmão de Rebeca, mãe de Jacó, de modo que Léia era prima de Jacó. (Gn 22:20-23; 24:24, 29; 29:16) Léia não era tão bonita como sua irmã mais nova, Raquel; em especial, foi registrado que seus olhos não brilhavam, ou eram embaciados (fracos). (Gn 29:17) No caso das mulheres orientais, olhos brilhantes ou lustrosos são especialmente considerados como evidência de beleza ( Ct 1.15; 4.9; 7.4).
Léia se tornou a primeira esposa de Jacó porque, de noite, Labão enganou Jacó dando-lhe Léia como esposa, em vez de Raquel, a quem Jacó amava. Jacó protestou por ter sido enganado, mas Labão argumentou que não era costume local dar a filha mais nova em casamento antes da primogênita. Léia provavelmente usava um véu, segundo o costume oriental de cobrir a noiva com um espesso véu, e isto, sem dúvida, contribuiu para o sucesso do estratagema. Jacó servira sete anos com Raquel em mente, mas, por tal trabalho, recebeu Léia. Raquel lhe foi concedida depois de ele celebrar uma semana de sete dias com Léia, mas Jacó teve de trabalhar outros sete anos como paga por Raquel (Gn 29.18-28).
O relato nos diz que Léia era “odiada”. (Gn 29:31, 33) Mas narra também que, depois de ter finalmente obtido Raquel, Jacó “expressou . . . mais amor por Raquel do que por Léia”. (Gn 29:30) Sem dúvida, Jacó não sentia ódio maldoso por Léia, mas encarava Raquel de forma mais amorosa, como esposa preferida. Ele continuou a cuidar de Léia e a ter relações sexuais com ela. Ser Léia “odiada”, portanto, significaria simplesmente que Jacó a amava menos do que a Raquel.
Léia tornou-se mãe de sete dos filhos de Jacó, seus seis filhos homens, Rubem, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulão, e uma filha, Diná. (Gn 29:32-35; 30:16-21) Assim, em Rute 4:11 Léia é citada, junto com Raquel, como uma das pessoas que “construíram a casa de Israel”. Léia teve a honra de dar à luz Levi, que se tornou fundador da tribo sacerdotal de Israel, e de Judá, que se tornou o pai da tribo real da nação.
Léia e seus filhos acompanharam Jacó quando ele deixou Padã-Arã e voltou a Canaã, sua terra natal. (Gn 31:11-18) Antes de encontrar-se com Esaú, no caminho, Jacó dividiu os filhos de Léia e os de Raquel e os de suas servas, de maneira protetora, colocando as servas e seus filhos em primeiro lugar, seguidos por Léia e os filhos dela, e Raquel e José na retaguarda. (Gn 33:1-7) Os filhos de Léia acompanharam Jacó em sua ida para o Egito, mas o relato da Bíblia não diz que ela o tenha feito. (Gn 46:15) A época, o local e as circunstâncias de sua morte não são fornecidos, mas é possível que ela tenha falecido em Canaã. Seja como for, o patriarca fez com que seu corpo fosse levado para a sepultura da família, a caverna situada no campo de Macpela. As instruções de Jacó quanto a seus próprios restos mortais indicam que seu desejo era ser sepultado onde Abraão e Sara, Isaque e Rebeca, e Léia, haviam sido sepultados ( Gn 49.29-32).
As virtudes de Leia
Ela não é muito comentada quando se fala das mulheres da Bíblia, mas, ainda assim, é uma mulher digna de admiração. Ela sofreu rejeição, humilhação e solidão, contudo, ao invés de se voltar contra Deus, ela voltou-se para Ele, tornando-se uma mulher de Deus!
Ela tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista” Gn 29: 16-17 As inseguranças e tristezas dela:
* Não encontrar um companheiro;
* Como primogênita ver a irmã caçula casando-se primeiro;
* Ter sobrinhos antes de seus próprios filhos.
A história dela tem início quando seu pai, com a intenção de enganar Jacó, a dá em casamento no lugar de sua irmã “E aconteceu que pela manhã, viu (Jacó) que era Lia” “E disse Labão... cumpre a semana desta; então te daremos também a outra, pelo serviço que ainda outros sete anos comigo servires” (Gn 29. 25-27).
As inseguranças e tristezas dela aumentavam:
* Falta de consideração, de amor, de apreço (tanto do pai quanto do marido)
* Medo de ser mal vista caso o marido a abandonasse
* Qual seria seu futuro aos olhos dos outros? “E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia e serviu a Labão ainda outros sete anos.” (Gn 29. 30) Jacó casa com Raquel
Jacó dedicava a maior parte de seu tempo livre com Raquel (Gn 29. 31)Pela submissão ao marido, ela encontrou-se mais próxima de Deus. Raquel tinha uma boa aparência, o amor e a preferência de Jacó. Mas coube a Deus honrar a sua irmã Lia.
(Gn 30. 1-2) Ela ganhou a graça de ser mãe primeiro que sua irmã! Nasceu Ruben (para atender sua aflição) Nasceu Simeão (para atender seu sentimento de desprezo) Nasceu Levi (para atender sua expectativa) Nasceu Judá (continuou louvando a Deus) Raquel oferece sua serva Bila: nasceu Dã e Naftali. Ela oferece sua serva Zilpa: nasceu Gade e Aser. Deus novamente abre a madre dela: nascem Issacar e Zebulom e Diná Finalmente Raquel foi mãe: nascem José e Benjamin ela tem a vantagem de viver mais tempo com Jacó e teve sepultamento familiar.
Quantas vezes nos sentimos sozinhas? Quantas vezes nos sentimos humilhadas? Quantas vezes há um vazio dentro de nós? Sentimos falta do amor de um companheiro... Desprezadas pela falta de beleza exterior ou pela falta de uma posição de trabalho, de estudo.
A mulher de Deus pode passar por momentos muito difíceis, mas sempre manterá a sua integridade! O Deus co impossível não se esqueceu de ti !
Aplicação
o amor de Jacó não foi suficiente para Raquel. Ela era estéril e era infeliz. Enquanto sua irmã Lia dava muitos filhos a Jacó, ela não podia ter filhos. O seu desespero se tornou tão intenso que ela chegou junto a Jacó e disse: "Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto do teu ventre?" (Gn 30:1b-2).
Assim como Sara que deu sua serva Agar para ter um filho com Abraão, Raquel não esperou no Senhor e deu sua serva Bila a Jacó. Ele, então, teve dela dois filhos - Dã e Naftali.
Muitas vezes, nós fazemos como Raquel e Sara. Não esperamos o tempo do Senhor e procuramos resolver nossos problemas com nossa "sabedoria". Achamos que não precisamos do Senhor e, quando tudo dá errado, é que nos lembramos que temos um Deus que tem um plano perfeito para a nossa vida. Não sejamos, irmãs, impetuosas mas tenhamos um espírito que descansa no Senhor e que entrega todas as coisas em Suas mãos.
Mas, apesar da impaciência de Raquel, a Bíblia nos diz: "E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre" (Gn 30.22).
Raquel, finalmente, pôde dar um filho a Jacó que, no futuro, seria uma bênção para toda a sua família. O seu nome era José.
Vendo este quadro da vida de Raquel, podemos ver quão grande é o amor de Deus por nós. Apesar da nossa desobediência, da nossa infidelidade, Deus é fiel, nos ama e dá a Sua graça. E, podemos ver, que Ele nos ama, não porque somos bons mas porque Ele é bom e fiel.
Irmãs, não é bom sermos filhas deste Deus maravilhoso?
Raquel teve uma vida de espera. Ela esperou:
1- Quatorze anos para se casar com o homem da sua vida;
2- Muitos anos, até Deus, no Seu tempo, abrir a sua madre.
Talvez estes momentos de tribulação da sua vida fizeram-na se achegar mais ao Senhor. Por causa do sofrimento, podemos olhar para a sua vida e aprender com ela duas coisas que devem fazer parte da vida da mulher crente que deseja ser segundo o coração de Deus:
1- Ela teve uma vida de oração que deve ser seguida por cada uma de nós. A oração nos leva até o trono de Deus, onde podemos derramar nossas preocupações, problemas e amarguras que são transformados em uma canção de júbilo e louvor ao Senhor.
A oração nos faz depender do Senhor e nos transforma em mulheres humildes e carentes do Senhor.
2- Ela teve uma vida de fé que deve ser seguida por cada uma de nós.
Colocar no seu primeiro filho o nome de José que significa 'Deus acrescentará' é, realmente, um ato de fé, uma vez que ela tinha dificuldade de engravidar.
A Bíblia nos diz em Hebreus 11:1 o seguinte: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem."
E você, minha irmã, está tendo aqueles momentos de comunhão com o Senhor através da oração?
A sua fé é a mesma daqueles homens e mulheres de Deus que fazem parte da galeria da fé?
Será que Deus está lá no céu acrescentando o seu nome nesta galeria dos heróis da fé?
"Senhor, aumenta a minha fé! Fazei com que eu confie que estás sempre no controle de toda a minha vida. Não importa o que possa acontecer, pois sei que tens um plano maravilhoso para a minha vida.
Que em momento algum da minha vida, eu Te decepcione mas que eu, um dia, atinja a posição de mulher segundo o Teu coração. Amém!"
Raquel, mulher de oração, de fé, teve o seu pedido de ter mais um filho respondido pelo Senhor. Este seu pedido custou a sua vida, pois ao dar à luz o seu segundo filho, ela teve dificuldade. Ele morreu chamando seu filho de Benoni mas Jacó o chamou de Benjamim.
Meus amados irmãos em breve nós estaremos de volta com a sequência deste maravilhoso estudo, e desta feita com tema:
"A prosperidade de Jacó".
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