domingo, 12 de setembro de 2021

Série os Patriarcas, José - 10. Jacó vai ao encontro de José no Egito

 Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!







GÊNESIS - A X - JACÓ E SUA FAMÍLIA DESCEM AO EGITO - Gn 46: 1 - 34





Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Gênesis 46.1-34 Que nos diz:


1 E partiu Israel com tudo quanto tinha, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao Deus de seu pai Isaque.
2 E falou Deus a Israel em visões de noite, e disse: Jacó, Jacó! E ele disse: Eis-me aqui.
3 E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.
4 E descerei contigo ao Egito, e certamente te farei tornar a subir, e José porá a sua mão sobre os teus olhos.
5 Então levantou-se Jacó de Berseba; e os filhos de Israel levaram a seu pai Jacó, e seus meninos, e as suas mulheres, nos carros que Faraó enviara para o levar.
6 E tomaram o seu gado e os seus bens que tinham adquirido na terra de Canaã, e vieram ao Egito, Jacó e toda a sua descendência com ele;
7 Os seus filhos e os filhos de seus filhos com ele, as filhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua descendência levou consigo ao Egito.
8 E estes são os nomes dos filhos de Israel, que vieram ao Egito, Jacó e seus filhos: Rúben, o primogênito de Jacó.
9 E os filhos de Rúben: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi.
10 E os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma mulher cananéia.
11 E os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari.
12 E os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zerá; Er e Onã, porém, morreram na terra de Canaã; e os filhos de Perez foram Hezrom e Hamul.
13 E os filhos de Issacar: Tola, Puva, Jó e Sinrom.
14 E os filhos de Zebulom: Serede, Elom e Jaleel.
15 Estes são os filhos de Lia, que ela deu a Jacó em Padã-Arã, além de Diná, sua filha; todas as almas de seus filhos e de suas filhas foram trinta e três.
16 E os filhos de Gade: Zifiom, Hagi, Suni, Esbom, Eri, Arodi e Areli.
17 E os filhos de Aser: Imna, Isvá, Isvi, Berias e Sera, a irmã deles; e os filhos de Berias: Héber e Malquiel.
18 Estes são os filhos de Zilpa, a qual Labão deu à sua filha Lia; e deu a Jacó estas dezesseis almas.
19 Os filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim.
20 E nasceram a José na terra do Egito, Manassés e Efraim, que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
21 E os filhos de Benjamim: Belá, Bequer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde.
22 Estes são os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó, ao todo catorze almas.
23 E o filho de Dã: Husim.
24 E os filhos de Naftali: Jazeel, Guni, Jezer e Silém.
25 Estes são os filhos de Bila, a qual Labão deu à sua filha Raquel; e deu estes a Jacó; todas as almas foram sete.
26 Todas as almas que vieram com Jacó ao Egito, que saíram dos seus lombos, fora as mulheres dos filhos de Jacó, todas foram sessenta e seis almas.
27 E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, eram setenta.
28 E Jacó enviou Judá adiante de si a José, para o encaminhar a Gósen; e chegaram à terra de Gósen.
29 Então José aprontou o seu carro, e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. E, apresentando-se-lhe, lançou-se ao seu pescoço, e chorou sobre o seu pescoço longo tempo.
30 E Israel disse a José: Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives.
31 Depois disse José a seus irmãos, e à casa de seu pai: Eu subirei e anunciarei a Faraó, e lhe direi: Meus irmãos e a casa de meu pai, que estavam na terra de Canaã, vieram a mim!
32 E os homens são pastores de ovelhas, porque são homens de gado, e trouxeram consigo as suas ovelhas, e as suas vacas, e tudo o que têm.
33 Quando, pois, acontecer que Faraó vos chamar, e disser: Qual é o vosso negócio?

34 Então direis: Teus servos foram homens de gado desde a nossa mocidade até agora, tanto nós como os nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, porque todo o pastor de ovelhas é abominação aos egípcios.



Estamos de volta dando sequência a uma série de conferências sobre os Patriarcas; Já  falamos sobre Abraão; Isaque e Jacó; agora estamos no quarto e último personagem analisado entre os Patriarcas. Neste seguimento vamos falar de José do Egito filho de Jacó por parte de Raquel.

Já falamos sobre:

  •  A sua biografia;
  •   Os seus sonhos;
  •   A sua ida ao Egito;
  • O intérprete de sonhos;
  • Do cárcere para o palácio;
  • Os filhos de Jacó descem ao Egito;
  • José prova os seus irmãos;
  • José planeja reter Benjamim;
  • José se dá a conhecer aos seus irmãos.




    Agora falaremos sobre " Jacó vai ao encontro de José no Egito ".

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    I. Análise preliminar do texto.



    46.1 - A viagem de Jacó para o Egito iniciou um período de permanência de 400 anos dos israelitas longe de Canaã. Jacó entrou no Egito, onde reuniria todos os filhos, incluindo José. Quatrocentos anos depois os descendentes do patriarca deixariam o Egito como uma grande nação. Jacó rumou ao lugar que fora tão importante para seu avô, Abraão (Gn 21.22-34), e seu pai, Isaque (Gn 26.26-33). No passado, Jacó deixara a sua família em Berseba, indo para Harã (Gn 28.10). Agora, voltava a Berseba, onde ofereceu sacrifícios. Jacó adorou a Deus. Ele consagrou a sua família ao Senhor antes de deixar a Terra Prometida.

    46.2 - Deus apareceu a Israel pela sétima vez (Gn 35.1,9). O fato de os nomes Jacó e Israel serem usados como sinônimos indica que a conotação negativa do nome Jacó não existia mais (Gn 31.11; 32.28; 35.10). Agora, Jacó significava o Senhor vence.

    46.3 — Eu sou Deus, o Deus de teu pai. A auto identificação de Deus é um pouco diferente aqui do que nas vezes anteriores. Ao adicionar as palavras o Deus de teu pai, o Senhor se identifica como o mesmo Deus no qual Isaque creu, o mesmo que dera a grande bênção a este. O Senhor proibiu que Isaque fosse ao Egito anos antes (Gn 26.2), e o pai de Isaque, Abraão, tivera uma experiência desagradável naquela terra (Gn 12.10-20). Apesar dos presentes de José e de suas palavras, Jacó temia o que poderia acontecer-lhe no Egito. Então, o Senhor o apazigua, dizendo: não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.

    46.4 — E descerei contigo ao Egito. Deus prometeu estar com o Seu povo, mesmo em uma terra estrangeira. José porá a sua mão sobre os teus olhos. A vida de Jacó estava próxima ao fim. Contudo, Deus prometeu a ele que, em seu leito de morte, seu amado filho, aquele que ele pensou que havia morrido, estaria com ele.

    46.5-7 — E um estilo comum na prosa hebraica anunciar um acontecimento importante e, em seguida, descrevê-lo como tendo acontecido. Isso acrescenta ao texto solenidade e nobreza. Toda a família e suas posses estavam em território egípcio agora.

    46.8-27 — Estes são os nomes dos filhos de Israel. A listagem com os nomes dos membros da família de Jacó não é apenas um notável documento histórico, mas também uma fonte de orgulho. Desta família se originaria a nação de Israel, o povo de Deus que viria a tomar a posse definitiva da Terra Prometida, conforme a promessa divina (Gn 15.13-21). A ordem em que aparecem os nomes dos filhos de Jacó é estabelecida de acordo com os nomes das mães (como em Gn 35.23-26; a ordem de nascimento dos filhos é dada em Gn 29.31—30.24; 35.16-22).

    46.8-15 — Os primeiros são os filhos de Léia: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, além dos respectivos filhos deles.

    46.8 — A expressão que identifica Rúben, o primogênito de Jacó, 

    que deveria ser um motivo de orgulho, tornou-se um marco de 

    tristeza. Rúben perdeu seus direitos de primogênito por causa de 

    seu pecado com Bila (Gn 35.22; 49.3,4).

    46.9,10 — O casamento com mulheres cananeias não era comum na família de Jacó. Apenas Simeão e Judá tiveram esposas da terra de Canaã (a esposa de José era egípcia).

    46.11 — Os filhos de Levi, Gérson, Coate e Merari, tornaram-se os pais das tribos levíticas (Ex 6.16-19). Os filhos de Coate, em particular, iniciaram a classe sacerdotal, da qual descenderam Arão e Moisés (Ex 6.20-25).

    46.12-14 — A história da família de Judá, incluindo os filhos mortos, Er e Onã, é encontrada no capítulo 38. Selá foi seu único filho de Judá com uma esposa cananeia que sobreviveu. Os outros dois, Perez e Zerá, são filhos de Judá com Tamar.

    46.15 — A triste história de Diná é contada no capítulo 34.

    46.16-26 — O total de pessoas é 66, mas, quando Jacó, José e os dois filhos deste são acrescentados à lista, este número sobe para setenta. [Na Septuaginta consta setenta e cinco. Veja Ex 1.5 e At 7.14.] Na listagem não estão incluídos os nomes das esposas dos filhos de Jacó. Os antigos israelitas consideravam o número setenta como um sinal da bênção especial de Deus sobre eles. Por meio da família de Jacó, Deus formaria uma grande nação (Ex 1.1-7).

    46.27,28 — Jacó tratava Judá como o líder entre os irmãos (Gn 44.18). Contudo, a ordem natural de liderança na cultura antiga privilegiava o primogénito. No caso da família de Jacó, Rúben (Gn 46.8).

    46.2 9 — José, o grande líder do Egito, foi a Gósen, o lugar onde sua família estava assentada, para encontrá-la.

    46.30 — A reunião de toda a família, incluindo o seu filho José, foi o acontecimento que coroou a longa vida de Jacó. O patriarca ainda viveria por mais 17 anos (Gn 47.28).

    46.31-34 — Estes versículos mostram a habilidade de liderança de José. Ele conseguiu atingir seus objetivos mantendo de forma autêntica uma genuína atitude de autoridade para com seus irmãos, sendo sábio ao fazer sugestões e tendo o profundo conhecimento dos costumes do povo. Os egípcios desprezavam os pastores de ovelhas (Gn 43.32). Aqui vemos que esse é o motivo de considerarem os hebreus uma abominação. Deus usou o preconceito dos egípcios como uma forma de preservar a identidade étnica e espiritual de Seu povo. N a família de Jacó já havia casamentos interraciais com os cananeus (cap. 38), contudo, se os hebreus dessem continuidade a esta prática, corriam o risco de perder a identidade como o povo de Deus.

    46.34 — Este versículo finaliza inapropriadamente o capítulo, pois a seção se estende até Génesis 47.12. Há muitos capítulos em Gênesis que não são divididos da melhor forma para a perfeita narrativa (Gn 2.1,4; 27-46; 29.31; 30.25). Nota-se que o lugar mais apropriado para terminar o capítulo 46 seria em Gênesis 47.12. O capítulo 47 poderia começar no versículo 13.


    II. Visão panorâmica do texto.

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    Deus mais uma vez se manifesta, em visões, a Jacó e lhe reafirma suas promessas orientando-o a ir mesmo ao Egito que de lá ele, no tempo certo, retirará seu povo. Em seguida é feita uma listagem do povo que estava com Jacó que seguirá para o Egito para em quatrocentos e poucos anos depois, se tornarem uns 5 milhões de israelitas.
    Israel parte de sua terra conforme instruções de José e todo aparato egípcio com tudo o que tinha e não era pouco porque a família e bens estavam crescendo muito. Ele chega a Berseba, na fronteira ao sul da Terra Prometida.
    Esse foi o lugar de litúrgica importância para Abraão – Gn 21:32-33, plantou tamargueiras e invocou o Senhor; Isaque – Gn 26:23-25, ali Deus lhe aparecera, levantou um altar ao Senhor e cavou um poço e mesmo Jacó – Gn 28:10-15, onde teve aquele sonho da escada com anjos subindo e descendo onde ele estava. Ele chamou aquele lugar de casa de Deus, a porta dos céus.
    Jacó recebera as visões de Deus e teve mesmo muitas experiências teológicas, mas os patriarcas, nenhum deles, exceto José, com seus sonhos e dons e talento.
    A primeira coisa que Deus faz é chamar Jacó pelo seu nome e por duas vezes, Jacó, Jacó... ao que ele respondeu, eis-me aqui! Deus primeiro chama a sua atenção e requer dele uma resposta de que está atento, prestando atenção, para depois lhe falar o que queria falar. Quando Deus nos chamar, devemos ter a mesma prontidão.

    Hoje somos templos do Espírito Santo que habita em nós e que em nós tem a sua morada. Ele também continua a nos chamar e devemos estar prontos para atendê-lo imediatamente e responder ao seu chamado. Deus continua o mesmo!
    Então Deus se identifica como Deus e como o Deus de seu pai Isaque que também, por tabela, vem a ser o Deus de seu avô, Abraão, que mantém com eles uma aliança eterna e que por sua palavra vem dar um conforto a Jacó que estava angustiado de ter de partir e ir para o Egito.
    Aquele local onde Deus estava falando com ele era para ele muito especial por causa principalmente de suas experiências com o próprio Deus que lhe falava e ele estava emocionado e atento ao que Deus lhe falava confortando o seu coração e renovando a sua esperança.
    E nós que temos o Espirito Santo em penhor de nossa salvação? Como iremos chamar a Deus? De Deus de Jacó e também de Deus de Abraão e de Isaque? Ou o chamaremos de nosso Deus e Senhor? Eu creio que de ambos, não é verdade? Reconhecemos as ações e as promessas de Deus aos nossos pais e agora, aqui, em nossas vidas! Não estamos abandonados ao léu.
    Em seguida, Deus lhe reafirma suas promessas e a garantia de que ele será uma grande nação e que estaria com eles no Egito e que de lá os tornaria a tirar no tempo certo. A história do povo de Israel é algo espetacular da interferência e disciplinamento de Deus a um povo em especial. Muito interessante.
    Já a lista dos filhos encerra assim o período patriarcal em Canaã e forma a transição para o êxodo do Egito – Êx 1:1-7.
    Quero destacar os filhos de Judá, entre eles aquele que continuará a transmitir a semente messiânica até chegar ao Cristo, Jesus, pois para mim, a história do Antigo Testamento é a história dessa semente.

    Tudo estava sendo preparado para a chegada do povo e a terra de Gosén estava disponível para o povo crescer e se multiplicar sobremaneira. De 77 para milhões em pouquíssimo tempo... Tudo estava sendo cuidado em detalhes e assim sempre será porque Deus está no controle de tudo!


    III. Um resumo da história do povo de Israel.

    A história do povo de Israel começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9; 13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar.

    Obediente e temente ao Senhor, Abraão foi honrado por Deus, como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6 ) . Nasceu Isaque (Gn 21.1-7), deste veio Jacó( Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a José (Gn 30.22-24), que mais tarde seria vendido como escravo ao faraó  (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus ( Gn 39.2-6,21-23 ) e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito  ( Gn 41.37-46 ). Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome (Gn 46.1-7 ). Do faraó receberam terras, para que as cultivassem ( Gn 47.5-12).

    Assim os israelitas começaram a prosperar.
    Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio.
    Resultado: foram subjugados militarmente e submetidos à escravidão (Ex 1.7-14).
    O faraó ainda não estava satisfeito. Pretendia interromper de forma definitiva sua expansão: decidiu que todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos ( Ex 1.15,16,22). E assim foi feito, e de forma cruel. Às meninas, no entanto, era dado o direito à vida.
    Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos soldados egípcios. Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida do bebê passou a correr perigo iminente, seus pais o colocaram numa cesta e o soltaram no rio Nilo ( Ex 2.1-10 ).
    A filha do faraó viu o cestinho descendo nas águas e o choro do bebê. Ela tratou de resgatá-lo e o menino ganhou o nome de Moisés, ou Moschê, que pode significar “retirado” ou “nascido das águas”( Ex 2.5-9 ).
    A mãe de Moisés tornou-se sua ama ( Ex 2.9 ), ele cresceu e estudou dentro do reino egípcio, sempre muito bem tratado, apesar da filha do faraó saber que ele era filho de hebreus.

    Um dia, enquanto ainda vivia no reino, Moisés foi visitar seus “irmãos” hebreus e viu um deles ser ferido com crueldade por um egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu seu corpo na areia. Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do crime e decidiu mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugir para a terra de Midiã ( Ex 2.15 ).
    Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do sacerdote Reuel , chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o nome de Gerson (que significa “hóspede”)( Ex 2.21,22 ).
    “Porque sou apenas um hóspede em terra estrangeira”, diz Moisés (Ex 2.22)

    Passaram-se os anos, o faraó que perseguia Moisés morreu, mas os israelitas (ou hebreus) continuavam sob o jugo egípcio. Diz a Bíblia que Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu o seu clamor ( Ex 2.24 ).
    Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa sarça em chamas( Ex 3 ), no monte Horebe. E lhe disse:
    “… Eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo “(Ex 3.9-10).
    Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o Egito e contatou o faraó.
    Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos (Ex 5.1-5).
    Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por Deus( Ex 7-12) .Permitiu que o povo finalmente fossem libertos, comeram a páscoa e partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). Era aproximadamente 3 milhões de pessoas.
    Começava a caminhada em direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil (homens, sem contar as mulheres e crianças, eram aproximadamente 3 milhões de pessoas) andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra prometida( Ex 12.37 ).


    Nasce o Judaísmo


    Nas quatro décadas da caminhada no deserto Deus falou diretamente com Moisés ( Ex 14.15 …) e deu todas as leis a serem seguidas por seu “povo eleito” ( Ex 20.1-17 ). Os dez mandamentos, o conjunto de leis sociais e penais, as regras dos alimentos, os direitos sobre propriedades… Enfim, tudo foi transmitido por Deus a Moisés, que retransmitia cada palavra ao povo que o seguia. Era o nascimento do Judaísmo.
    A caminhada não foi fácil. O povo rebelou-se diversas vezes contra Moisés e contra o Senhor. A incredulidade e a desobediência dos israelitas eram tamanhas que, algumas passagens, Deus pondera em destruí-los e a dar a Moisés outro povo (a primeira vez que Deus “lamenta” ter criado a raça humana está em Gn 6.6).
    Mas Moisés não queria outro povo. Clamou novamente a Deus para que perdoasse os erros dos israelitas( Ex 32.9,10 ). Porém todos os adulto que saíram do Egito, exceto Calebe e Josué morreram no deserto.

    Moisés resistiu firme até à entrada de Canaã, infelizmente não pode entrar, apenas contemplou a terra (Dt 34.4,5 ) e foi levado por Deus. Josué tomou a direção do Povo e tomaram posse da terra Prometida.

    “Eis a terra que jurei a Abraão, Isaac e a Jacó dar à tua posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela (disse Deus). E Moisés morreu.” (Dt 34. 4,5).
    “Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face.” (Dt 34.10).
    Foram grandes e difíceis batalhas, até tomarem posse por completo de Canaã. Inicialmente o povo era dirigido pelos juizes ( Gideão, Eli, Samuel, etc). Mas inconformados com esta situação e querendo assemelhar-se aos demais reinos pediram para si reis, Deus os atendeu( 1Sm 8.5 ). Levantou-se Saul o primeiro rei, que foi infiel ao Senhor ( 1Sm 10.24 ), em seguida Davi tornou-se rei, este sim segundo o coração do Pai ( 2Sm 2.1-7 ). Salomão foi o terceiro rei, homem muito sábio e abençoado, construiu o primeiro Templo.
    Após estes, muitos outros reis vieram, alguns fieis outros infiéis. Muitas vezes tornaram-se um povo sem Pátria. Inclusive nos últimos dois milênios eram um povo disperso pela terra. Somente em 1948 foi restabelecido o Estado de Israel.
    Os judeus seguem apenas as leis do Torah (Antigo Testamento) até nossos dias. Jesus Cristo não é aceito como filho de Deus.
    Os livros que o compõe o NT são desconsiderado pela religião judaica. Ainda esperam pelo nascimento do Messias!
    Hoje, e apenas uma Nação a mais no planeta e não detém para si nenhuma das promessas bíblicas. As referências existente na Palavra a respeito de Israel, certamente refere-se ao povo formado pelo Eleitos de Deus, espalhados sobre a terra.



    IV. Jacó desce ao Egito ao encontro de José.

    “E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que morra”. Gn 45.28

    Antes de empreender a longa viagem em direção ao Egito, Jacó se aconselha com Deus. Finalmente, um homem realmente transformado, quantas decepções não teriam sido evitadas na vida de Jacó se ele desde o princípio tivesse consultado a Deus antes de tomar toda e qualquer decisão (Sl. 33.11; 5.8; 25.5; 31.3). Caro leitor, consulte ao Senhor antes de tomar qualquer decisão, saiba que nós podemos fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor (Pv. 16.1). Assim está escrito em Provérbios 14.12 “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. Quer ser bem sucedido em todas as decisões que você tomar, consulte ao Senhor, medite na sua Lei de dia e de noite, tenha prazer nela, aparte-se do caminho dos pecadores (Sl. 1), esse é o segredo para o sucesso.
    Jacó realmente temia ir para o Egito, primeiro devido ao episódio envolvendo seu avô (Gn. 12.10-20), depois porque Deus proibira seu pai de descer ao Egito (Gn. 26.2), ora, os dois eventos aconteceram num momento de fome na terra de Canaã. Outro fator que fazia com que Jacó temesse ir ao Egito era o fato de Deus ter prometido a Abraão que Canaã seria a terra prometida para o estabelecimento da grande nação que adviria dele (Gn. 13.14-18).
    Os planos de Deus eram diferentes, o Senhor queria realmente que Jacó descesse ao Egito. Deus diz para Jacó não temer descer ao Egito, pois ali faria dele uma grande nação, o Senhor estaria com ele em todos os momentos, o Senhor não permitiria que Israel ficasse para sempre em terras estrangeiras, mas o faria tornar a subir à Canaã, e por fim, Deus promete a Jacó, que ele nunca mais seria separado de José. Caro leitor, é normal que o medo nos sobrevenha em momentos de mudanças na nossa vida, entretanto, o medo não pode nos paralisar, pois o Senhor sempre estará contigo onde quer que você for, conquanto que você também não o abandone.
    Todo reencontro é extremamente emocionante, não foi diferente com relação a José e Jacó separados por mais de vinte anos. Houve choro, houve contrição, agora Jacó estava aliviado e em paz para viver seus últimos anos de vida.
    José havia preparado uma terra boa para pastagens para que sua família pudesse habitar, era a terra de Gósen, localizada no delta do Nilo, na fronteira do Egito, um excelente local para manter a família de Israel isolada do paganismo egípcio, ao mesmo tempo em que por ser uma terra fértil, era excelente para a criação do gado.
    As instruções de José eram claras, quando Faraó perguntasse sobre a profissão de sua família, eles deveriam responder que eram pastores de ovelhas e de vacas, profissão que era abominável aos egípcios. Segundo relato de Flávio Josefo sobre esse episódio,
    O soberano mostrou-se muito contente e quis saber de que Jacó e seus filhos gostariam de se ocupar. José respondeu-lhe que eles eram peritos na criação de rebanhos e que essa era a sua principal ocupação. Dizer isso vinha muito a propósito para eles, quer para não separar Jacó de seus filhos, cuja assistência, por causa de sua idade avançada, era muito necessária, quer para evitar que os egípcios, ocupados nos trabalhos de sempre, os invejassem quando vissem os parentes de José empenhados na criação e no cuidado dos rebanhos, atividade na qual aqueles tinham pouca experiência.
    Meu irmão, para onde você for, procure preservar a sua identidade, não permita que as más influências venham te contaminar, não perca o alvo que é Cristo (Hb. 12.2). Deixe de lado às más conversações (I Co. 15.33), as amizades mundanas (II Co. 6.14), não se sente na roda dos escarnecedores (Sl. 1.1). Saiba que você tem a marca de Cristo (Gl. 6.17), e isso te distingue neste mundo tão imenso.
    Gósen é lugar reservado no meio do mundo (Egito), lá não há influências do paganismo, lá há refúgio, lá há pastagens, lá o Senhor pode cuidar de todos nós. Querido irmão, nós estamos no mundo, mas não somos do mundo, enquanto estivermos em Gósen, que é o lugar do centro da vontade de Deus, estaremos preservados (Jo. 17.15,16; Sl. 91.9). Segundo comentário da Bíblia de Estudo Shedd:
    Toda a descendência de Jacó foi para o Egito, em cumprimento do plano divino (cf. v. 3). Dois eram os propósitos: 1) Estabelecendo-se em Gósen, os filhos de Israel estariam isolados das influências paganizadoras, tanto de Canaã como do Egito; 2) Por outro lado, porém, o povo de Deus entrava em contato, daquela maneira, com a mais avançada civilização contemporânea. Entre outros benefícios, encontram-se os seguintes: regime governamental sem o qual a nação nem mesmo chegaria a existir; administração baseada em estatutos legais, além da escrita, sem a qual Moisés jamais poderia ter escrito os cinco primeiros livros da Bíblia.
    Jacó, embora fosse homem de muitas posses, não tinha o mesmo status de Faraó, o rei do maior império então existente. Ao encontrar-se com Faraó, Jacó poderia tê-lo reverenciado como “deus na terra”, pois era assim que os faraós eram tratados, mas não o patriarca preferiu apresentar o seu Deus ao Faraó abençoando-o, a pomposidade do Egito não impressionava em nada ao homem que havia lutado com Deus, Jacó sabia que a sua bênção advinha de Deus, ele era portador da bênção de Deus e estava pronto para abençoar a todos os que o abençoassem (Gn. 12.3). Segundo Mathew Henry,
    Com a seriedade da idade avançada, a piedade do crente verdadeiro e a autoridade de um patriarca e profeta, Jacó suplicou ao Senhor que outorgasse uma bênção ao faraó. Agiu como homem que não se envergonha de sua religião; e que expressa gratidão ao benfeitor seu e de sua família.
    Querido leitor, é promessa de Deus que as bênçãos do Senhor nos seguirão para onde nós formos (Dt. 28.2) conquanto que obedeçamos a voz do Senhor, não precisamos temer a mais nada. Creia nisso!
    Para finalizar, gostaria de transcrever dois comentários da Bíblia de Estudo Shedd sobre “a maravilha da mão do Senhor sobre a vida de Jacó” e as “qualidades essenciais na vida de José”:
    A maravilha da mão do Senhor sobre a vida de Jacó: 1) A grandeza de seu propósito depois de transformá-la em uma poderosa nação, Deus haveria de promover-lhe o retorno à terra de Canaã (46.3,4); 2) A realidade da direção divina – Jacó não podia deixar de certificar-se da não orientadora do Bom Pastor em tudo quanto ocorrera desde o dia em que lhe chegara aos ouvidos o desaparecimento de José, até o instante em que lhe fora dado encontrar-se com ele; 3) A sabedoria do amor divino – Jacó teve de abrir mão, temporariamente, dos bens acumulados na terra da Promessa, a fim de recebê-los outra vez e para sempre de modo centuplicado.
    Qualidades essenciais na vida de José: 1) Sua descrição – desde o princípio até o fim, a sabedoria de que era dotado demonstra que o Espírito de Deus estava sobre ele (41.38); 2) Sua prontidão – sem hesitação, nem dúvidas, nem fraqueza de ânimo – nele se cumpria a admoestação registrada em Cl. 3.23: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor”; 3) A integridade de seu caráter – não fora José portador desta excepcional qualidade, muitas vezes se teriam arruinado. Tais qualidades devem ser mormente atribuídas ao próprio Deus que assim orientara e conferia seu Espírito a José, estando este cercado pelas influências pagãs do Egito.

    1. Os preparativos para o encontro entre Jacó e José 

    (GN 45.5-8)

    Quando viu os carros e os presentes, e ouviu a mensagem que José lhe enviara, seu espírito reviveu e ele começou a desejar um encontro com seu filho no Egito. Foi um dia de conforto e regozijo para alguém que tinha sofrido tanto.

    A alegria do patriarca em reencontrar José - o filho que mais amava - e a providência de Deus na preservação da família da Aliança e a bela recepção de Faraó na sua chegada àquele lugar.


    Finalmente José e seus irmãos fizeram as pazes. Tudo havia acontecido conforme a vontade do Senhor (vs.5-8), para salvar a vida não somente da família de Jacó, bem como, a vida de muitas outras famílias. Chegara o momento de José poder rever seu pai Jacó e isso foi possível através de seus irmãos “Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe assim tem dito o teu filho José Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim, e não te demores;” (Gn 45.9). José havia diligentemente esperado por esse momento. Deus tem tudo sob o seu controle, tivera-o na época de José e sempre o terá (Sl 40.1).
    1-8. José, não se podendo conter... levantou a voz em choro . . . e disse a seus irmãos: Eu sou José. Quando José não conseguia mais reprimir seus sentimentos, ele soltou a sua voz chorando (literalmente ).
    Imediatamente revelou sua identidade e abriu seu grande coração aos seus irmãos. Eles, cheios de confusão e temor, ficaram sem fala. Mas José os confortou. Declarou-lhes: Para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós (v.5).
    Que generoso perdão a seus irmãos; que conforto para esses que tinham pecado; e que fé em Deus por ver sua mão nesses 22 anos de saudades de casa, Deus estava aguardando o momento para o próximo passo no cumprimento de seu plano concernente a Israel e à vinda do Messias para redimir o homem e restaurar o domínio. Os dois anos de escassez e os sete anos de abundância somados aos 30 anos que Jose havia vivido antes de ser levantado perante o Faraó (41.46) mostram que Jose tinha 39 anos quando seus irmãos vieram a conhecê-lo novamente, agora como governador de toda terra do Egito.

    1.1.Enviando seus irmãos (Gn 45.9)
    José insistiu com seus irmãos a que trouxessem seu pai e que viessem morar no Egito. Ele explicou  que a fome ainda duraria mais cinco anos, mas que no Egito ele poderia arranjar um lar e mantimentos ilimitados para Jacó e toda a sua família. Eles podiam se estabelecer na terra de Gósen, que ficava cerca de 64 kms do local da atual Cairo. Situada no delta do Nilo, esta seção era o melhor trecho de terras para o gado e os rebanhos. Ficava perto de Om e também de Mênfis, onde José morava, ficando assim separada dos centros principais da vida egípcia. Ali, os israelitas viveriam isolados dos egípcios e se desenvolveriam como nação.

    1.2. Provendo o sustento para o caminho (Gn 45.20,21)
    Flavio Josefo Historia Judeu do 1º século em seu livro – A Historia dos Hebreus –- diz: Faraó Presenteou-lhes com carros carregados de trigo e grande quantidade de ouro e prata, para levarem ao seu pai. José entregou-lhes também outros valiosos presentes para em seu nome serem oferecidos a Jacó. Igualmente, distribuiu presentes a todos os irmãos, além de alguns em particular a Benjamim.2º Livro Cap 3.79
    Quando os irmãos partiram de volta para casa, José mandou que levassem carros junto com eles para fazer a mudança e encheu-os de cereais, presentes e provisões de todo tipo.

    1.3.O conselho de José (Gn 45.24)
    Uma despedida bem diferente da anterior (44.2). Antes ele estava testando-os, agora ele tinha se revelado e eles haviam obtido benção e presentes para levar a Jacó, como prova de que seu amado filho estava vivo. “E despediu os seus irmãos, e partiram; e disse-lhes: Não*contendais pelo caminho”. (45.24) em hebraico quer dizer: não se excedam, fazendo alusão à possibilidade de eles discutirem no caminho. Eles agora tinham de encarar Jacó E contar-lhe a verdade de sua crueldade para com José e como haviam enganado o próprio pai.


    2. A decisão de Jacó (GN 45.25-28)


     Os filhos de Jacó saíram do Egito e quando chegaram a Canaã foram direto à casa de seu pai. Então foram logo dizendo que José estava vivo e governava todo o Egito. Jacó quase desmaiou e não podia acreditar. Porém, quando lhe contaram tudo que José tinha dito, e viu toda a bagagem que José tinha enviado, Jacó ficou muito animado. E antes que morresse decidiu ir ver José.
    Flavio Josefo Historia Judeu do 1º século em seu livro – A Historia dos Hebreus –- Voltaram eles então ao seu país, e Jacó não teve dificuldade em prestar fé à declaração de que o filho por quem havia chorado tanto tempo estava não somente cheio de vida, mas elevado a tão grande autoridade, governando todo o Egito, abaixo somente do rei. Esse fiel servidor recebeu tantas provas da infinita bondade de Deus que delas não podia duvidar. Foi como se os fatos, durante algum tempo, estivessem como que suspensos. Assim, ele não viu impedimento em partir imediatamente, para dar a José e deste receber, ao mesmo tempo, a maior de todas as consola­ções que um e outro poderiam desejar em vida. 2º Livro Cap 3.79
    Não há registro da reação de Jacó diante da confissão de seus filhos, exceto que ele foi revigorado e se preparou para ir reencontrar com seu filho antes de morrer. Jacó viveu mais 17 anos depois disso. (47.9,28).

    2.1. O reavivamento de Jacó

    Enquanto o velho patriarca Jacó ouvia o relatório dos seus filhos, o coração lhe ficou como sem palpitar (desmaiou, E.R.C.), pois não conseguia crer em tão boas notícias sobre o seu filho que estava a tanto tempo perdido (v. 26). Mas quando viu os carros e os presentes, e ouviu a mensagem que José lhe enviara, seu espírito reviveu e ele começou a desejar um encontro com seu filho no Egito. Foi um dia de conforto e regozijo para alguém que tinha sofrido tanto.

    2.2. A decisão de Jacó

    Ele foi impactado pelas boas noticias e por suas dúvidas sobre a veracidade delas. Ele aprendera quão imprevisíveis seus filhos eram. Ele finalmente se convence da verdade; então disse: “basta. Eu creio. Irei e o verei antes de morrer.”  Note o uso de Jacó quando fraqueza e incredulidade estão envolvidas (v.26,27), e Israel quando se referem à força e à fé (v.28).

    2.3. A oferta de Jacó (Gn 46.1-5)

    Partiu, pois, Israel...e veio a Berseba. De onde Jacó estava  ate Berseba dava uns 40Km. É quase certo que Jacó, nessa ocasião, estivesse morando no Hebrom. Sua primeira parada nessa momentosa viagem ao Egito foi em Berseba. Ali ofereceu sacrifícios, e ali, em uma visão noturna, Deus lhe falou, encorajando-o a fazer essa viagem e assegurando-lhe incontáveis bênçãos.
    Flavio Josefo Historia Judeu do 1º século em seu livro – A Historia dos Hebreus – Quando Jacó chegou aos poços do juramento, ofereceu a Deus um sacrifício, e o seu espírito achou-se então agitado por diversos pensamentos. Isso porque, de um lado, ele temia que a abundância do Egito tentasse os filhos a permanecer lá e os fizesse perder o desejo de voltar à terra de Canaã, da qual Deus lhe prometera a posse, atraindo assim a cólera divina, por terem ousado mudar de país sem consultar ao Senhor. Por outro lado, ele temia morrer antes de ter o consolo de ver José. Livro Cap 4.80

    3. Jacó desce ao Egito.

    Deus movimenta nações em favor do seu povo. José fora autorizado pelo próprio Faraó para que trouxesse Jacó e sua família para o Egito (Gn 45.17-20), e deveria trazer para o Egito tudo o que possuíssem e se instalarem na fértil terra de Gósen. Jacó chegou ao Egito, viu José e se estabeleceu ali. O encontro de Jacó com José foi cheio de emoção e ele se expressou dizendo “E Israel disse a José morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives” (Gn 46.30). Antes ele dissera “com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura. Assim o chorou seu pai” (Gn 37.35). Deus mudara a sorte de Jacó.

    3.1. Deus fala com Jacó
    Deus lhe falou, encorajando-o a fazer essa viagem e assegurando-lhe incontáveis bênçãos. Primeiro, renovou a promessa de que os descendentes de Jacó se tornariam uma grande nação. Tornou claro que o Egito seria a terra onde este desenvolvimento aconteceria.Segundo, ele disse: Eu descerei contigo, garantindo-lhe assim proteção e segurança. Terceiro, ele disse: E te farei tornar a subir.

    3.2. Deus promete estar com Jacó no Egito (Gn 46.34)
    Quando ele lhes perguntasse a respeito de sua ocupação, deviam se apresentar como pastores. Então Faraó lhes indicaria a terra de Gósen para moradia. Gósen tinha excelentes pastos para seus rebanhos e gado. Ficariam todos juntos e, portanto, bem protegidos contra a mistura com os outros povos.
    Ficava a leste de Memfis, satisfatório para pastagem, e próximo de Canaã de forma que eles poderiam ser separados dos maus egípcios. Esse foi chamado de o campo de zoan e foi habitado pelos que não eram egípcios e semitas.

    3.3. Deus faz mais uma promessa a Jacó (Gn 46.4)
    Esta predição seria cumprida depois da morte de Jacó, no Êxodo, quando a poderosa mão de Deus libertaria os Seus escolhidos do poder do Egito e os traria de volta a Canaã. A declaração de que a mão de José fechará os teus olhos era uma profecia de que o ilustre filho realizaria os rituais fúnebres quando da morte do pai.
    Era costume o ente mais próximo da família fechar os olhos e beijar o corpo da pessoa amada no momento da morte. Isto deve ter confortado Jacó em saber que seu filho perdido por tanto tempo, iria fazer isto com ele. (50.1)

    Os Israelitas ficaram morando na terra de Gósen (Gn 46.28,29; 47.1,4,6,11). Além de ser uma região muito fértil, tiveram a segurança de viverem fora do alcance dos egípcios (Gn 46.34). Deus cumpriu a Sua Palavra aos da família da Aliança.


    Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens sobre José quando falaremos sobre " José apresenta Jacó a Faraó".

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