Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da SerraPastor Presidente: Eliseu Cadena
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Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Bíblia Sagrada no livro do Gn 32. 22-31:
“E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o VAU DE JABOQUE”.
Jacó, porém ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu.
Porém ele disse: Não te deixarei ir, se me não abençoares. E disse-lhe: QUAL É O TEU NOME? E ele disse: Jacó.
Então disse: Não mais se chamará o teu nome Jacó, mas ISRAEL, pois, como príncipe, lutaste com Deus, com os homens e prevaleceste.
E chamou Jacó o nome daquele lugar PENIEL, porque dizia: TENHO VISTO A FACE DE DEUS, e a minha alma foi salva.”
conferências sobre os Patriarcas; Já falamos sobre Abraão;;
Isaque e agora estamos iniciando o terceiro seguimento pra falar
sobre Jacó. Neste primeiro estudo vamos tratar da sua biografia.
Abraão, Isaque e Jacó estão entre as pessoas mais importantes do Antigo Testamento. É preciso notar que esta importância não esta baseada no caráter pessoal de cada um deles, mas no caráter de Deus. Estes homens conquistaram grande respeito e até mesmo temor de seus conhecidos. Eram ricos e poderosos, e, contudo, egoístas, capazes de mentir e enganar. Não se tratava de heróis perfeitos, como podíamos esperar; ao contrario, eram pessoas como nós, tentando agradar a Deus mas sempre tropeçando.
Jacó era o terceiro elo no plano de Deus para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais “apesar de” do que “em razão da” vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão gêmeo, Esaú. Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas. Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até a morte, vemos a mão de Deus trabalhando.
A vida de Jacó possui quatro estágios, cada qual marcado por um encontro pessoal com Deus.
1. Jacó corresponde à expectativa do seu nome, que significa “ele agarra o calcanhar” (de forma figurada “ele engana”). Ele agarrou o calcanhar de Esaú ao nascer e, quando fugiu de casa, também agarrou a bênção e a primogenitura do irmão. Durante sua fuga, Deus lhe apareceu no caminho, não apenas lhe confirmando a bênção, mas também despertando nele um conhecimento pessoal sobre si mesmo.
2. Jacó experimentou a vida pelo outro ângulo ao ser manipulado e enganado por Labão. Então ocorre uma mudança curiosa: o Jacó do primeiro estágio teria simplesmente abandonado Labão, porém o Jacó do estágio dois, após ter decidido partir, aguardou seis anos pela permissão de Deus.
3. Jacó estava em um novo papel como agarrador. Desta vez, às margens do rio Jordão, ele agarrou-se com Deus e não queria deixá-lo partir. Ele percebeu sua dependência do Deus que continuara a abençoá-lo. Seu relacionamento com Deus tornou-se essencial para a sua vida, e seu nome foi mudado para Israel, que significa “ele luta com Deus”.
4. O último estágio da vida de Jacó foi ser agarrado – Deus realmente o segurou. Ao responder o convite de José para ir ao Egito, Jacó demonstrou claramente não querer tomar nenhuma decisão sem a aprovação de Deus.
Você consegue lembrar-se de alguns momentos em que Deus se revelou a você? Você se permite encontrar a Deus enquanto estuda a sua Palavra? Que diferença essas experiências têm feito em sua vida? Você é mais parecido com o jovem Jacó, forçando Deus a seguí-lo no deserto de seus próprios planos e enganos? Ou você é mais parecido com o velho Jacó, que apresentou seus desejos e planos a Deus, buscando sua aprovação antes de tomar qualquer atitude?
I. Um resumo da vida do Patriarca Jacó.
1. Pontos positivos:
Pai das 12 tribos de Israel.
Terceiro na linhagem abraâmica do plano de Deus.
Determinado, era disposto a trabalhar muito pelo que desejava.
Bom homem de negócios.
2. Fraquezas e erros:
Ao enfrentar conflitos, confiava em seus próprios recursos ao invés de buscar ajuda em Deus.
Tendia a acumular riquezas para seu próprio bem.
3.Lições de vida:
A segurança não está no acúmulo de bens.
Todas as atitudes e intenções humanas – para o bem ou para o mal – são tecidas por Deus no decurso de seu plano.
4. Informações essenciais:
Local: Canaã.
Ocupações: Pastor e proprietário de gado.
Familiares: Pais – Isaque e Rebeca; irmão – Esaú; sogro – Labão; esposas – Raquel e Léia; doze filhos e uma filha são mencionados na Bíblia.
Versículo-chave:
“E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito” (Gn 28.15).
A história de Jacó pode ser encontrada em Gn 25-50. Ele é também mencionado em Os 12.2-5; Mt 1.2; 22.32; At 7.8-16; Rm 9.11-13; Hb 11.9,20,21.
A experiência de Jacó no Vau de Jaboque é um dos mais extraordinários relatos de quem se encontra com Deus e sofre de maneira permanente uma transformação radical. A história é de fuga, mas se transforma em encontro, num achar a si mesmo e ver Deus. É Deus quem vai ao encontro do Jacó que tem uma história de fugas, para neste encontro ser o Deus que ele, Jacó, vê.
Um fato comum a todo ser humano é que ele é um ser em fuga. Estamos sempre fugindo de alguma coisa, de fatos da vida, de realidades, de verdades, de nós mesmos e de Deus. Geralmente o ser humano pensa em encontro com Deus, quando pensa que vai morrer, quando sente a presença da morte, por alguma razão, já que ela é a travessia inegociável para a prestação de contas com Deus.
Existe, no entanto, um "lugar-momento" que é único na vida quando teremos que decidir fazer a travessia que Deus nos chama, sem a presença da morte, muito embora escolher atravessar ou não, também seja uma escolha de vida ou de morte. É o momento em que Deus nos dá a oportunidade para avaliar nossas vidas, a nós mesmos, nosso caráter e Deus. Neste momento devemos ter a coragem de olhar para dentro de nós mesmos e descobrir quem somos de verdade.
II. Vau de Jaboque, a palavra em destaque vida de Jacó.
1.Definição de Vau de Jaboque
VAU DE JABOQUE – é lugar de tratamento de caráter. Lugar de ficar a sós com Deus; lugar de confronto e submissão; lugar de se render à vontade de Deus. É lugar de receber o “selo - marca” da promessa para um novo caminhar com Deus. O “Vau de Jaboque “ é lugar de luta pessoal, entre você e o Senhor; lugar onde Deus transforma a maldição em benção. É PENIEL: local de “VER DEUS FACE A FACE e sua alma ser salva”; é lugar de mudança de vida e TROCA DE NOME.
Jaboque! Isso pode ter significado nada para você até agora - mas após esta mensagem, deverá se tornar uma das mais importantes palavras de seu vocabulário espiritual.
Jaboque é o lugar onde Jacó lutou com o Senhor. É onde ele fez sua rendição total a Deus. É onde recebeu um novo caráter, e um novo nome: Israel. É onde deitou abaixo seu último ídolo, ele mesmo, e teve sua maior vitória.
Jaboque quer dizer: "lugar da travessia". Também representa luta; esvaziar e transbordar. Que tremenda verdade é revelada nesse local chamado Jaboque.
- Não pode haver vitória gloriosa sobre o ego e o pecado enquanto você não for ao Jaboque. Chega uma hora em que precisamos "resolver as coisas com Deus". Temos de enfrentar a nós mesmos, e nos esvaziar de todos maus desejos e ambição própria.
UM NOVO CICLO Israel passou a vivenciar após passar pelo vau de Jaboque.
O nome Jacó significa:
“Jacó ou Jacob deriva do latim Jacobus, o nome hebreu significa literalmente ‘aquele que segura pelo calcanhar”. Sabe-se que Jacó teria nascido segurando o calcanhar de seu irmão gêmeo Esaú. O mesmo termo poderia também ter o sentido de suplantar
JACÓ suplantou a benção da primogenitura de seu irmão ESAÚ.
Suplantar significa: Por debaixo dos pés; derrubar, prostrar, pisar.
ESAÚ vendeu a sua benção de primogenitura a Jacó por um prato de lentilhas. (Gn 25:24-34)
JACÓ e REBECA enganam Isaque que já não podia ver (Gn 27: 14 – 29). Jacó levou o guisado saboroso feito por sua mãe e levou até seu pai. Sua mãe, para enganar Isaque, colocou em Jacó, “os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho. E com as peles dos cabritos, cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço; Seu pai disse: a voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.”
ISAQUE ABENÇOOU JACÓ COM A BENÇÃO DA PRIMOGENITURA – Após sentir o cheiro de campo, dos vestidos que eram de Esaú:
“Assim, pois, te dê o Deus, do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-se povos, e nações se encurvem a ti; sê Senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a t; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.” (Gn 27:28-29)
Jacó fez planos para encontrar seu irmão Esaú, mas estava com tanto medo, que montou táticas especiais para ir ao encontro dele, dividiu sua gente, bem como os animais em grupos estratégicos. Pensando evidentemente se um grupo fosse atacado o outro poderia escapar. E, para impressionar ainda mais seu irmão, preparou um grande número de animais para dar de presente a ele. Podemos ver:
A Prudência com o bando. Gn. 32:7 (“Então Jacó temeu muito e angustiou-se; e repartiu o povo que com ele estava, e as ovelhas, e as vacas, e os camelos, em dois bandos.”)
A Prudência em enviar o presente ao irmão Esaú. Gn. 32:13 (“E passou ali aquela noite; e tomou do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão Esaú”)
A Prudência na sua Oração a Deus. Gn. 32:10-11 (“Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos. Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú; porque eu o temo; porventura não venha, e me fira, e a mãe com os filhos.”).
III. A biografia do personagem Jacó e como ele teve o seu nome e a vida transformada, no encontro com Deus.
1. O Exército de Deus. (Gn 32.1)
Quando voltava para sua terra natal, Jacó teria que atravessar o território de Esaú, e não pensava que poderia evitar esse encontro. Precisava tomar a rota comum, e não desviaria o caminho para o deserto. Jacó elaborou planos de acordo com os seus limites, e confiou que sairia como planejado. Continuava a confiar na sua astúcia e traçou inteligentemente um plano para agradar a seu irmão. Ele queria ficar livre de qualquer surpresa desagradável e para não fugir à sua marca, ficou para trás caso algo desse errado.
1.1. Anjos de Deus vêm ao encontro de Jacó (Gn 32.1)
Jacó estava continuando sua viagem quando alguns anjos de Deus foram se encontrar com ele. Era uma cena impressionante e Jacó se sentiu privilegiado. Eram os mensageiros de Deus em ação para cuidar mais uma vez do peregrino. Em Gênesis 32:1,2, Deus mostrou a Jacó Seu exército para deixá-lo crente que Seu exército o protegia em todos os seus caminhos. Em Betel, Ele apareceu para Jacó, quando ele estava fugindo de Esaú, seu irmão, no caminho para Padã-Arã (Gênesis 28), e prometeu: “Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo de que te hei referido.” (Gn 28:15). Deus lembrou Sua promessa a Jacó, mas Jacó sempre se esquecia. Enquanto ele amou Raquel e cuidou das ovelhas de Labão, ele se tornou ocupado com sua própria vida, longe da promessa de Deus. Deus, contudo, esteve sempre com Jacó, protegendo-o e conduzindo-o, até nos dias mais difíceis, como Ele havia prometido. No capítulo 31 dos Gênesis, Labão perseguia Jacó, mesmo que Deus apareceu para ele através de um sonho e o comandou para que não machucasse Jacó. Apesar da consistente proteção e condução para Jacó, suas situações visíveis pareciam ser maiores que o Deus invisível. Quando Jacó viu o exército de Deus, ele somente disse com a sua língua: “Este é o acampamento de Deus. Este lugar deverá se chamar Maanaim.” Mas ele logo esqueceu sobre o acampamento apesar de Sua constante presença e proteção, embora não fosse sempre visto por ele. O acampamento de Deus já não estava na mente de Jacó. Este era o problema. A maioria do pensamento humano é baseado no que eles enxergam. Existe um provérbio coreano, que diz: “ver é querer” nossa mente cai facilmente sobre aquilo que podemos ver, posto que, achamos difícil nos inclinar para o que não podemos ver; as promessas de Deus ou o acampamento de Deus. Assim Deus mostrou a Jacó Seu exército em Maanaim, para que ele pudesse se lembrar que Ele estava o protegendo e o guiando. “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”(Hebreus 13:5).
1.2. Jacó chama o local de Maanaim (Gn 31.2)
Maanaim (em hebraico: מחנים, "dois campos") é um lugar próximo a Jaboque, mencionado diversas vezes na bíblia. Sua localização exata é muito incerta, sendo que os dados bíblicos são inconclusivos. Apesar de dois possíveis locais terem sido identificados, o mais amplamente aceito estima-o a aproximadamente dez milhas a leste do rio Jordão. O outro está localizado nove milhas a mais do montante no rio Jaboque em si. Maanaim foi na mesma área geral de Jabes-Gileade. O local é mencionado pela primeira vez a bíblia como o lugar onde Jacó, retornando de Padã-Arã para o sul de Canaã, teve uma visão de anjos (Gênesis 32:2). A concepção de Jacó de que aquele lugar fosse "o campo de Deus", o levou a chamá-lo de Maanaim - Dois Campos ou Duas Companhias, para lembrar a ocasião do compartilhamento de sua própria companhia com o lugar de Deus. Mais tarde na história, Jacó é movido pelo medo com a aproximação de seu irmão (o qual tinha razões para temer) e como resultado, sua comitiva foi dividida em duas tropas (duas companhias), daí a cidade construída no local levou como nome duas tropas. Isto é considerado como um caso claro de etimologia popular para o nome do local, pela maioria dos acadêmicos críticos, e, embora a forma do nome parecer ser dupla (duas, dois ...), desta forma muitos estudiosos nos dias de hoje preferem considerar a terminação neste caso como uma adulteração de um encerramento mais breve. Do ponto de vista dos acadêmicos críticos, o nome do lugar era originalmente tropa e isto e a presença dos anjos na história é pensado, em vez de derivar de Maanaim ter sido um santuário de tempos muito antigos. Segundo a narrativa bíblica, tornou-se uma cidade levítica (Josué 13:26, Josué 13:30, Josué 21:38; 1 Crônicas 1:80), embora de acordo com estudiosos críticos tinha sido sempre uma cidade associada com a santidade. A dança de Manaaim é mencionada em Cânticos de Salomão 6:13. – posicionamento critico.
1.3. Jacó põe em prática o seu plano (Gn 31.2-21)
Jacó viu os anjos de Deus e pôde lembrar que quando saíra de casa, fugindo da face de seu irmão, contemplou anjos no seu sonho, e ao retornar, os anjos novamente foram vistos por ele. Mas ele tinha um encontro familiar que não podia esperar e assim coloca em prática seu plano.
2. O anjo do Senhor luta com o anjo (Gn 32.22-32)
Após ter enviado, na frente, presentes ao seu irmão Esaú, o velho Jacó teve a oportunidade de isolamento. Ele ficou na solidão da noite, e misteriosamente começou a lutar com um homem desconhecido nas margens do rio Jaboque. A luta durou a noite inteira e marcou, mais uma vez, a história de vida do patriarca.
2.1. Um homem lutou com ele (Gn 32.22-26)
Jacó entendeu a sua necessidade de ter um momento a sós com Deus. E assim o fez. Gn. 32:22-24a (“E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque. E tomou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar tudo o que tinha. Jacó, porém, ficou só”). É interessante notar que Jacó fez passar tudo que tinha, tudo que possuía para ficar a sós com Deus. Ele entendeu que o Vau de Jaboque era a oportunidade da sua vida.
É curioso, significante, observar que só no momento que estava a sós com Deus, o varão apareceu a Jacó. Quanto é grande o número de pessoas que não tiveram ainda seu encontro, sua experiência própria (pessoal) com Deus. Cada um em caráter particular precisa ter, viver, buscar sua experiência individual com Deus.
As referências a "o Anjo do Senhor" (note o artigo definido "o", e não o indefinido "um"; e note a inicial maiúscula em "Anjo") ou a "O Anjo de Deus" (idem), no Velho Testamento, são convenções de grafia para indicar teofanias (aparições de Deus em forma humana) ou, mais técnica e precisamente falando, para indicar cristofanias (aparição do Verbo eterno, a segunda pessoa da Trindade, em forma humana, antes de Sua encarnação, antes de tomar carne no ventre de Maria). A prova disso é que, nesses contextos, tal "Anjo" é diretamente dito ser Deus, ou é dito ter os atributos (ou exercer as ações) prerrogativas, exclusivas, identificatórias de Deus.
Vamos analisar mais uma vez o texto de Gênesis 32:
24. Jacó, porém, ficou só; e ali lutou com ele um Varão, até a aurora subir.
25 E vendo Este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com Ele.
26 .E o Varão disse: Deixa-Me ir, porque já a aurora subiu. Porém ele disse: Não Te deixarei ir, se não me abençoares.
27. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.
28. Então o Varão disse: Teu nome não mais será chamado Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
29. E Jacó Lhe perguntou, e disse: Dize-me, peço-Te, o Teu nome. E disse: Por que perguntas pelo Meu nome? E abençoou-o ali.
30.E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha vida está preservada.
31. E saiu-lhe o sol, quando atravessava Peniel; e manquejava da sua coxa.
32. Por isso os filhos de Israel não comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até ao dia de hoje; porquanto o Varão tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido.
2.2. A luta durou toda a noite (Gn 32.26-28)
Vemos nesta passagem o quanto Jacó foi perseverante na luta pela sua benção. Gn. 32:24-26 (“Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.”)
Jacó não desistiu em nenhum momento da luta. Jacó não parou, lutou a noite toda e pela manhã estava com a mesma disposição. Vemos sem dúvida nenhuma o valor predominante desta virtude na conquista desta grande vitória de Jacó. Nem os quatro períodos da noite, nem o cansaço, nem a intensidade da luta, nem o deslocamento da coxa, nem a insistência do Anjo pôde barrar ou impedir Jacó de receber sua benção.
O que tem te impedido de ser abençoado, de ser vitorioso? O que tem conseguido tirar você da luta? O que tem roubado a sua perseverança na obra de Deus? Muitos não estão rompendo porque não são perseverantes. Que Deus nos Ajude!
2.3. Jacó ferido (Gn 32.25)
Jacó recebeu o Toque Divino Gn 32:25 (“E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele.”). Muitos servos de Deus receberam o Toque de Deus (O Toque Divino). ISAIAS recebeu esse Toque Divino Is. 6:6-7 (“Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado.”). JEREMIAS recebeu esse Toque Divino Jr. 1:8-9 (“Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o SENHOR. E estendeu o SENHOR a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;”). PEDRO e os demais Apóstolos receberam esse Toque Divino At 2:1-3 (“E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.”). PAULO recebeu esse Toque Divino At 9:3-4 (“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”).
JACÓ recebeu o Toque Divino da Mudança e recebeu transformações importantes:
Física – Quando o Senhor tocou no seu corpo (Coxa);
Moral – Quando o Senhor tocou no seu caráter – o Senhor tocou no coração de Jacó, na identidade dele, mudou seu procedimento completamente;
Espiritual – Seu novo viver confirmou-se ao ser-lhe mudado o nome. Jacó passou a ser outro servo de Deus depois desse Toque. Muitos precisam receber esse toque para ter sua vida espiritual mudada.
Muitos precisam receber esse toque:
Para ser renovado.
Para ser transformado.
Para ser usado por Deus na sua obra.
Você não pode continuar sua vida sem passar o Vau de Jaboque, você não pode prosseguir sem antes passar uma noite com Deus no Vau de Jaboque.
3. DEUS MUDA O NOME DE JACÓ (Gn 32.27-30)
Jacó passou a ser chamado de Israel que significa “o que luta com Deus”. O fraco Jacó torna-se o poderoso Israel, pois o seu nome também pode ser traduzido como “aquele que luta com Deus e prevalece”. Até aquele momento, ele era Jacó o agarrador de calcanhar, e podia ter até alguma espiritualidade, mas era apenas Jacó, mas Deus veio para torná-lo Israel, o que tem as promessas eternas de Deus.
3.1. Deus mudou Jacó / 3.2. Israel, nome dado por Deus (Gn 32.28)
A experiência de Jacó no Vau de Jaboque é um dos mais extraordinários relatos de quem se encontra com Deus e sofre de maneira permanente uma transformação radical. A história é de fuga, mas se transforma em encontro, num achar a si mesmo e ver Deus. É Deus quem vai ao encontro do Jacó que tem uma história de fugas, para neste encontro ser o Deus que ele, Jacó, vê.
Um fato comum a todo ser humano é que ele é um ser em fuga. Estamos sempre fugindo de alguma coisa, de fatos da vida, de realidades, de verdades, de nós mesmos e de Deus. Geralmente o ser humano pensa em encontro com Deus, quando pensa que vai morrer, quando sente a presença da morte, por alguma razão, já que ela é a travessia inegociável para a prestação de contas com Deus. É diante dela que temos a coragem de rever nossos conceitos, avaliar nossas motivações e pesar a vida. A morte é tão forte que o autor de Provérbios quando quer citar a força do amor se inspira na força da morte, ao escrever que “...o amor é tão forte como a morte...” (Ct 8:6).
Existe, no entanto, um "lugar-momento" que é único na vida quando teremos que decidir fazer a travessia que Deus nos chama, sem a presença da morte, muito embora escolher atravessar ou não, também seja uma escolha de vida ou de morte. É o momento em que Deus nos dá a oportunidade para avaliar nossas vidas, a nós mesmos, nosso caráter e Deus. Neste lugar-momento devemos ter a coragem de olhar para dentro de nós mesmos e descobrir quem somos de verdade. Este é um momento sem engano, sem mentiras e onde temos que trabalhar com nossa ganância, nosso egoísmo, nossa futilidade. É o momento em que o nosso secreto vem à luz. Este é o Momento Jaboque: momento de nos acertarmos com Deus.
O Jaboque era um afluente do rio Jordão e quer dizer “lugar de travessia”. Era um lugar abandonado, ermo. O momento Jaboque precisa ser enfrentado a sós. Mais do que um lugar Jaboque é um tempo, um tempo de luta pessoal e com Deus. É um tempo especial onde Deus trata conosco não apenas em relação ao nosso pecado, mas em relação ao nosso caráter.
Jacó já não era o moço e seu amadurecimento veio de várias maneiras, inclusive por intermédio de suas constantes fugas. Jacó sempre foi um homem com problemas e em desespero e em constante processo de conciliação. Ele precisava de tratamento no seu caráter. Como a maioria dos seres humanos, Jacó sempre negociava, tentava o apaziguamento, cedia ao perigo. Como seu próprio nome significava era alguém que se acostumara a enganar, suplantar, a negociar. Jacó era alguém que mantinha uma resistência secreta no fundo do seu coração à vida e a Deus.
Jacó havia tido uma experiência muito interessante em Padã-Arã, quando estava a procura de uma esposa entre seus parentes. Ele tem um sonho que é contado assim na Bíblia: E sonhou: e eis uma escada era posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, ta darei a ti e à tua semente; e a tua semente será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da terra. (Gn 28:12-14). Ele fica tão impressionado com a experiência que dá o nome àquele lugar de Betel, que significa “Casa de Deus”. O que mais impressiona Jacó, no entanto, não é a presença de Deus e sim a benção prometida, pois sua experiência é apenas religiosa. Ele confunde religiosidade com espiritualidade, e, por isso trata logo de fazer uma proposta bastante interessante, para ele Jacó: E Jacó votou um voto, dizendo: Se Deus for comigo,e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestidos para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo (Gn 28:20-22).
É muito fácil perceber a familiaridade dessas palavras de Jacó. Elas ecoam em nossa consciência como uma acusação. Quantas vezes tentamos fazer um acordo com Deus nos mesmos termos: Senhor, me abençoe! Faça-me prosperar em todos os meus projetos! Dá-me muito alimento! Vista-me muito bem! Cuida muito bem de mim! Aí, então, te servirei, te darei o dízimo! Dá-me para que eu possa te devolver, me abençoa, para que eu possa te abençoar!
No sonho de Jacó a cena é incrivelmente impressionante: Deus está presente, o céu aberto, anjos estão à mostra, Deus fala. Que cena maravilhosa e tremenda e tudo que Jacó vê é uma oportunidade para ser próspero, se dar bem na vida. Tudo o que fala é sobre terra, alimento, roupas, prosperidade e sucesso em tudo. Sua experiência foi puramente religiosa. Esse é um lugar comum nos nossos dias. Corações cheios de cobiça estão em Betel, interpretando o relacionamento com Deus como bênçãos materiais. Nosso vocabulário é vasto. Conhecemos os termos religiosos, muitos até clamam pelo sangue de Jesus sem nunca ter sido lavado por ele. Só vemos o que podemos tirar disso tudo. Para muitas pessoas a obra de Jesus no Calvário significa somente riqueza, prosperidade e com isto ignoram o verdadeiro significado da vitória de Cristo na cruz. Não queremos suportar as dificuldades e tudo o que for necessário para ganhar a riqueza incorruptível. Existem multidões em Betel reclamando seus direitos, reivindicando. Para muitos Betel é um lugar apenas da religião. Ignoram que na verdadeira Casa de Deus uma luta interior é travada. Há luta na alma, no coração, uma luta íntima, pois é com isso que o Senhor trata. É isto que ocorre em Jaboque.
Jaboque é transformação do caráter. Isso acontece por pelo menos três razões: Primeiro porque Jaboque é um lugar de desespero. É um lugar de vida e de morte. E um milagre precisa acontecer dentro de nós, pois é nele que vemos como somos, sem blefe, sem máscara, onde somos feridos e nossa realidade é exposta. Segundo porque Jaboque é um lugar de transformação, onde Deus nos pergunta o nome, quem somos, não porque não saiba, por desconhecer, para nos chamar atenção para nosso verdadeiro caráter. Ao perguntar o nome a Jacó, deseja fazê-lo enxergar quem ele é, enganador, suplantador. Deus estava na verdade dizendo: Jacó olhe para você mesmo, veja no que você se tornou. Não invente desculpas dessa vez. Pelo menos uma vez na vida, enfrente a realidade. Enfrente a verdade, seja honesto. Não pode haver vitória se você continuar mentindo a si mesmo. É aqui, como Jacó, que nos descobrimos irremediavelmente religiosos, que descobrimos nossa própria farsa e tentamos justificar nosso pecado. Por fim, Jaboque pode ser um ponto final, a fronteira última, onde nos encontramos com a justiça e o juízo de Deus e nos vemos completamente carentes e necessitados do amor e da misericórdia de Deus. Nunca venceremos sem isso. No Jaboque temos que enfrentar nossa própria mentira.
É no Jaboque que confessamos nosso pecado, dizendo que somos adúltero, mentirosos, enganadores, que já não acreditamos em Deus, que vivemos uma fé falsa e uma teologia descaracterizada e humanizada. Que nossos valores precisam mudar. Que não amamos a Deus, não amamos sua obra, não amamos sua igreja. Não temos apego às coisas celestiais. Somos pessoas que precisam ser transformados. No Jaboque temos a oportunidade de dizer que estamos cansados de representar ser espiritual e abençoado. No Jaboque, nosso encontro é espiritual e muda nosso caráter. Deus quer nos transformar em novas pessoas, de corações puros, de mãos limpas e não apenas nos dar coisas materiais.
Jacó precisou de uma noite de combate com sua própria natureza. Isso mudou não só seu corpo, mas sua alma. Ele acertou sua conta com o Senhor. Quando o Senhor tocou Jacó, o deixou frágil, quebrado, enfraquecido. Não existe encontro com Deus sem que saiamos feridos, expostos e marcados para sempre. Eu acredito que este é um dos maiores milagres que Deus pode fazer conosco: Destruir nossa arrogância, nossa presunção. Aleijar nossos esforços humanos e nos tornar totalmente dependentes dEle. Saímos do Jaboque mancando, humilhado e aleijado.
Sua experiência foi tão transformadora que Jacó muda o nome daquele lugar de Jaboque para Peniel, “tenho visto a Deus face a face e a minha alma foi salva”. Ele já não fala mais de acordo para bênçãos materiais, sua voz se refere a Deus e a sua bondade em Cristo. Só agora Jacó compreende seu sonho: O céu aberto significa acesso irrestrito a Deus, o Pai. Um novo caminho lhe aberto. Sentar-se nos lugares celestiais é uma benção maior do que as riquezas materiais. Significa que Deus tem algo mais excelente para nós. Podemos ter uma alegria imensurável, ouvir a voz do Senhor em meio as mais variadas e terríveis circunstâncias e abraçar os valores celestiais que nos conduzem a uma de vitória plena.
3.3 O significado de Peniel (Gn 32.30)
No Vau de Jaboque Jacó teve uma real visão de Deus. Gn. 32:29-31 (“E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”). Aquela visão mudou a mentalidade de Jacó, mudou o sentimento de Jacó, mudou a personalidade de Jacó, mudou a identidade de Jacó, aquela visão mudou o caráter de Jacó.
Jacó chamou o nome daquele lugar Peniel que significa “A FACE DE DEUS”
Quando a pessoa tem a visão da face de Deus de duas uma acontece, ou a pessoa morri ou muda de vida ( é transformado ). Em Gn 32:31 (“ E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”) mostra que Jacó “Passou a Peniel”, Ele passou pelo Peniel de Deus e você? já teve essa visão de Deus? Já passou pelo Peniel de Deus? Peniel espiritualmente falando, fala do lugar, da fase ou da situação que Deus usa para nos transformar e mudar nosso caráter e nossa identidade. Peniel representa o lugar, o momento ou a circunstância em que temos um encontro verdadeiro com Deus.
Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel. Gn 32:27, 28.
Madrugada em Jaboque...
Duas figuras engalfinhadas numa luta estranha.
Os primeiros albores da aurora já rompem a escuridão do vale.
Os montes circundantes contemplam a cena em reverente silêncio.
Em meio a duas tremendas emoções – a fuga de Labão e o encontro com Esaú – Jacó, o usurpador, encontra-se face a face com Deus.
Ali estava ele... No vale de Jaboque... Na encruzilhada de dois terríveis caminhos.
Lutando, lutando, até o romper do dia.
Olhos desavisados e sem discernimento olhariam aquele quadro com horror.
Mas, ali se desenrolava o encontro decisivo que nortearia uma família, um povo, e a própria História.
Ali, o enganador transformava-se em príncipe.
Ali, um simples mortal lutava com Deus e prevalecia.
Ali, traçava-se a linha-mestra das grandes transformações espirituais do mundo.
Jacó, edificador de colunas, ungidor de pedras, neto de um construtor de altares.
Jacó, o sonhador.
Jacó, o homem-misterioso, o aproveitador de oportunidades, o ladrão de bênçãos.
Ladrão de bênçãos?
Sim. Para ele, a benção teria de vir, mesmo usando o engodo, a mentira e o fingimento.
Incrível, tremendo, porém glorioso paradoxo!
Para ele, a bênção teria de vir, mesmo que, para isto, tivesse de aproveitar-se de um caçador fraco, cansado e incapaz de raciocinar.
Para ele, a bênção teria de vir, mesmo que fosse necessário usar de violência. Mesmo que fosse necessário lutar.
Em plena madrugada.
No vale de Jaboque.
- Não te largarei!
- Larga-me, mortal!
- Não te largarei!
- Que queres te faça?
- Não te largarei, enquanto não me abençoares.
Onde estão as esposas, por quem trabalhara duramente durante catorze anos?
Onde estão as crianças que, com lutas, delas nasceram?
Onde estão os servos que, debaixo da proteção de Deus, foram gerados?
Nada interessa, a não ser a bênção.
-Não te largarei, enquanto não me abençoares!
-Abençoar-te-ei, Israel, príncipe do Senhor, porém não andarás mais à vontade como dantes.
E Jacó atravessou o vale manquejando de uma perna.
Aleijado para sempre!
No entanto, conquistara a bênção!
Na travessia do mar vermelho Moisés não passou só mais com ele uma grande multidão de remidos que deixava o Egito.
Na travessia do Jordão Josué não atravessou só mais, com os sacerdotes e um grande exército.
Na teologia do vau de Jaboque não podemos passar acompanhados. Não dá para levar amigos. "Jacó porém ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia" (Gn 32:24).
Na teologia do vau de Jaboque não se pode esconder nada, temos que ser transparentes.
É lá que confessamos tudo que somos.
É lá que nos rendemos a Deus.
É lá que nosso nome é mudado, nosso modo de andar é alterado. Chega uma hora em que precisamos "resolver as coisas com Deus". Chega a hora que temos que enfrentar a nós mesmos, nos esvaziar de toda a nossa ambição, de todo o nosso ego.
Jaboque é onde o Jacó em nós dá o último suspiro. É onde Deus trata conosco não apenas em relação ao pecado, mas em relação ao nosso próprio caráter.
O grande problema hoje é que, muitos já não estão mais preocupados com o que Deus pensa ao seu respeito e sim, com que os outros pensam. Não importa se a mensagem não vem de Deus mais sim se agradou ao público, pois é a platéia que o faz um “grande pregador, líder, pastor, superintendente, dirigente” ou qualquer outra coisa desse tipo.
Pra que descer ao vau de Jaboque, mudar pra que? Tudo esta indo muito bem!
Esquecem que se o Jacó que há em nós não for mudado para Israel, mais na frente vamos nos encontrar com Esaú e ai só Deus sabe o que vai acontecer.
IV. Vejamos agora as dez Lições do Vau do Jaboque.
1. Se você quer vencer é preciso confiar nas promessas de Deus.
(v.9 ) Disse mais Jacó: Deus de meu Pai Abraão e Deus de meu Pai Isaque, ó Senhor, que tinha me dito; torna a tua terra e a tua parentela, e far-te-ei bem”
2. Lição do Vau Jaboque – Precisamos sempre reconhecer as nossas deficiências e confiar na eficiência do Senhor.
(V.10) Menor sou eu em todas as beneficências e que toda fidelidade que tivesse com teu servo.
3. Orar com objetivo bem definido.
(V.11) “ Livra-me, peço te, da mão do meu irmão, da mão de Esaú, porque tenho medo dele, para que não venha ferir a mãe junto com os filhos.
4. Ter prazer de estar a sós com o Senhor. (V24)
“ Jacó. Porém ficou só, e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
Nós saímos muito rápido da presença do Senhor.
Nós não perseveramos na oração com o Senhor.
5. Quem obedece e pratica o que Deus pede Recebe as recompensas (v28-29).
Então, disse: Não chamara mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe lutasse com Deus e com os homens prevalecestes. E Jacó perguntou e disse: Dai-me peço- te, a saber, o teu nome. E disse: por que perguntas pelo meu nome? E abençoou ali.
6. Em um encontro com Deus o alvo não é o que você tem, mas o que precisa ser (v.24).
1.No versículo 24 Jacó diz: “passa as mulheres, passa as empregadas, passa os 11 filhos, passa os bens, passa as posses”. Depois que tudo e todos passam, na sequência fica apenas ele e Deus.
7. Em um encontro com Deus a pessoa é posicionada e projetada, para ser transformado e abençoado (v.24).
O versículo 24 diz: “e lutava com ele um homem”, e o versículo 26 diz: “eu só te largo quando me abençoares”.
8. Em um encontro com Deus não há resistências que fiquem de pé.
O versículo 25 diz: “tocou-lhe na articulação da coxa, deslocando a junta”.
Na anatomia, a articulação é um dispositivo orgânico que ligam dois ou mais ossos entre si. É justamente ali que se centraliza a força de um lutador quando este está em posição de luta, permitindo que o mesmo possa está bem apoiado em sua resistência.
“DEUS SABE COMO DESARTICULAR O HOMEM.”
9. Em um encontro com Deus, enxergamo-nos, quem realmente somos.
No versículo 26, Deus pergunta a Jacó: “como te chamas? “qual é o teu nome?
Quando ele responde Jacó, ele declara de fato, quem realmente é (mentiroso, enganador, malandro, trapaceiro...)
10. Em um encontro com Deus a sua vida e o seu caráter são alterados pra melhor.
No versículo 28 Deus disse: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel”
“Deus estava dizendo – “Jacó, você não vai mais precisar viver como Jacó, a sua vida e caráter vai ser alterado pra melhor.”
Não pode haver vitória alguma contra qualquer pecado que assedia, sem que haja o enfrentamento no ponto final em Jaboque! Hoje seu Jaboque é aqui, Deus marcou uma briga com você hoje aqui, e se Ele tiver que te fazer tombar ferido no chão Ele o fará, mais o propósito Dele cumprirá em tua vida. Ele foi Liberto de si mesmo. "Então, disse: Já não te chamarás Jacó e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste" (Gn 32:38). Você vai sair mancando de Jaboque, humilhado e aleijado – mais bradando: "Ó Senhor-- fiz minha rendição total. O meu ídolo foi esmagado. Um dos maiores milagres que o Senhor pode operar a nosso favor, é aleijar nossos esforços humanos e nos tornar totalmente dependentes dEle. Jacó mudou o nome de Jaboque para "Peniel". Peniel significa "a face de Deus".
V. O que aprendemos com a vida de Jacó?
Devemos buscar as bençãos de Deus independente das circunstâncias e obstáculos que estão diante de nós.
Devemos honrar o que Deus coloca em nossas mãos e trabalhar com diligência. Deus abençoa quando honramos nosso trabalho.
Nas dificuldades temos que confiar em Deus, nos achegar a Ele e lembrar de suas promessas e agradecer por tudo que Ele é para nós.
Deus quer que reconhecemos nossos erros. É como se Deus dissesse: Você quer ser abençoado? Mas quem é você? Qual o seu nome? É quando olhamos para nós mesmos e vemos quem somos. Jacó significava enganador, Jacó respondeu quando Deus o perguntou. Assim Deus mudou seu nome e o abençoou. Deus não nos julga pelo o que fizemos ou fazemos mas pelo que Ele é. “Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.”…( Sl 106.1)
Que esse mesmo Deus que transformou a vida de Jacó em Israel possa mudar o curso da nossa trajetória espiritual. Pois assim acontecendo poderemos contemplar permanentemente a face do Senhor em sUa presença nas mansões celestiais, amém!
Em breve estaremos de volta falando sobre Jacó.
Em breve estaremos de volta falando sobre Jacó.
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