quinta-feira, 28 de julho de 2022

Série o Filho pródigo. 7. A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei

 Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!  

 

Série de mensagens sobre o Filho pródigo

1. Introdução

2. O filho pródigo do Antigo e do Novo Testamento

3. As sete virtudes do pai do filho pródigo

4. Os 7 Erros e os 3 acertos do Filho Pródigo

5. As 3 Dádivas que o Filho Pródigo Recebeu. 

6. A parábola do filho pródigo que ficou em casa

7. A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei

8. Os Sete passos do filho pródigo para a vitória

9. As seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo

 


Nesta mensagem nós mostraremos como o pecador tem a sua participação no plano divino da salvação. Baseado na parábola do filho pródigo; vamos acompanhar. Os passos para a salvação.


“Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei - vos, porque é chegado o reino dos céus” ( Mt 4.17 ).

 

 “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças de modo algum entrareis no reino dos céus” ( Mt 18.3) . Cristo chegara ao mundo, vindo do seio do Pai. Podia descrever as glórias do céu para comover os homens. Mas a sua mensagem era a mesma: Arrependimento e Conversão.

 

I) Arrependimento - O verdadeiro arrependimento envolve a pessoa toda, todo o seu ser, toda a sua personalidade. Arrependimento não é apenas mudança de pensamento, é novo nascimento e mudança de vida. João diz: “Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (Jo 3.3) “Nascer do novo” significa "um novo ser, uma nova pessoa, ou seja, uma nova personalidade".

O arrependimento na personalidade: Intelecto, Sensibilidade, Volição.

> Intelecto

Intelectualmente falando, o arrependimento é uma mudança na maneira de pensarmos: Em Deus, em nosso pecado, em nossa relação com o próximo. Antes do arrependimento, o seu pensamento estava voltado para as coisas materiais, agora consiste em coisas espirituais e eternas.

> Sensibilidade

O prazer e a alegria deixam de fixar-se nas coisas terrenas deste mundo para fixar-se nas coisas espirituais. No arrependimento o homem pensa e sente mais em relação a Deus do que em relação ao pecado. No Salmo 51 Davi, chora por seus pecados, mas lamenta muito mais a sua infidelidade diante de Deus. "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões segundo a multidão das tuas misericórdias. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que mau à tua vista, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares".

> Volição

Antes do arrependimento o homem quer fazer a sua própria vontade, quer dirigir-se a si mesmo, quer andar no seu próprio caminho. Através do arrependimento o homem passa a querer fazer a vontade de Agora o jovem tem dinheiro e com isso faz muitos amigos, e consegue muitas mulheres, e prazer não é o problema para ele, Deus e quer ser dirigido por Ele, porque está convencido de que a direção de Deus lhe é o melhor. Esta mudança na vontade do homem é, de fato, o elemento mais importante no arrependimento.

II) Conversão - Conversão é uma palavra usada para exprimir o ato do pecador, abandonando o pecado, para seguir a Jesus. A conversão pode e deve repetir-se todas as vezes que o homem pecar e afastar-se de Deus, porque ela consiste no ato de abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. Emprega-se, geralmente, a palavra conversão para significar aquela primeira experiência do homem, abandonando o pecado paras seguir a Cristo.

O filho pródigo estava longe da casa do pai pois seu dinheiro compra suas companhias, ele nunca esta só. Mas se satanás tem o laço do passarinheiro numa mão, o meu Deus tem o laço da misericórdia na outra mão, e na hora certa Jeová irá apertá-lo.

 

Mas voltemos para o feliz garoto, que tem dinheiro e amigos, e por falar em dinheiro, ele começa se acabar, pois a bíblia relata que ele viveu dissolutamente, ou seja, devassamente, corruptamente, e agora os amigos começam a ir embora, as mulheres já não vêm graça no jovem, e ele começa a se perguntar por que isso está acontecendo. Saiba de uma coisa meu amado, não existe felicidade longe do Senhor, se a bíblia diz que o mundo jaz no maligno (I Jo 5.19), então o maligno veio para roubar, matar e destruir, este é o ministério do diabo (Jo10. 10).

 


Quando o dinheiro acaba também acontece que uma grande fome começa a assolar aquela terra, mas eu acredito que a fome talvez já existisse, mas como ele ainda tinha dinheiro não percebeu. É assim quando chegamos ao mundo, tudo parece maravilhoso, um cigarro entre os dedos parece ser lindo, ou um copo de bebida em um bar é o máximo, mas tudo ilusão. Mas o mais interessante que mesmo longe sua família intercedia por ele, os choro era o mesmo de quando da sua partida.



Mas o laço da justiça vai se apertando, e o inimigo tentado matá-lo, então ele agora tem que se sujeitar ao ridículo. Talvez você não saiba, mas o porco para os judeus era um animal imundo, e aquele jovem vai cuidar de porcos, olha quando souberam que ele era judeu só lhe deram o serviço que com certeza ele odiaria, e sabemos que o mundo nos odeia, pois somos luz quando estamos em Jesus. O diabo não só nos quer matar, ele que antes nos humilhar, mas maior é aquele que esta conosco do que aquele que está no mundo (I Jo 4:4).

Ele passa fome desejando comer a comida dos porcos, começa a emagrecer, toda sua beleza juvenil se vai suas vestes apodrece no corpo, seu cabelo cresce sua barba também, até suas unhas ficam demasiadamente grande, quase irreconhecível, um bicho, um boneco nas mãos do diabo. Não se engane, estando no mundo você será FEIO, beleza só em Jesus.

Diante daquela terrível e degradante situação ele começa a se lembrar da casa de seu pai, onde tinha boa comida feita pela mamãe, roupas novas e limpas, tinha companheiros e uma cama macia e quente, pois até então ele dormia com os porcos em um chiqueiro cheio de estrumes. Então as lembranças vão he dando forças, e ele então busca o resto de uma força que parece não mais existir, mas existe, e propõe em seu coração “voltarei para a casa de meu pai”.

Mas a volta é sempre mais longa e extremamente cansativa isso é o preço do erro, mas ele propôs dizer ao pai que não se importaria ser servo na fazenda, era melhor, com certeza era melhor! E posto no coração as palavras que diria ao pai, ele volta, arrebentado, destruído, envergonhado, humilhado, mas reconhecendo que o amor do pai não morre.

Dias de caminhada, e seu peso fica ainda menor, parece um esqueleto coberto por peles, feridas pelo corpo, bichos entre os dedos dos pés.

Então ele vai chegando e quando parecia que não iria mais aguentar ele começa a ver de longe uma fumaça que saia de uma chaminé, e mais perto pode notar que o cheiro era de um bolo de milho verde, era a mamãe cozinhando. Seus olhos estão fracos e embaçados, mas o caminho estava certo ele estava bem próximo de casa.

De volta pra casa
O cansaço parece que iria vencer, mas a ânsia da chegada era maior, então aquele maltrapilho vê um velhinho debruçado sobre a varanda olhando para o céu, parecia estar orando, talvez fosse isso mesmo que ele fizesse toda tarde.

Mas o pai logo percebe a aproximação daquele resto de gente, mas mesmo com um olhar cansado ele conhece o jeito de andar, então uma lágrima começa a brotar em seus olhos, um nó na garganta. Seu coração começa a acelerar, e ele tem que admitir é seu filho que há muito tempo foi embora deixando vários corações partidos, ele estava retornando.

Embora suas pernas não obedecessem, ele tenta um caminhar e então mesmo vagarosamente ele começa a correr em direção do jovem andarilho, mas o rapaz fica estático vendo aquele velhinho correndo, chorando, sorrindo, tudo ao mesmo tempo, e alguém dentro da casa escutou um grito de choro e começa a sair chamando a tensão de todos na grande casa da fazenda, e antes que chegasse à porta seu coração de mãe já sabia de que ou de quem se tratava o fato, e ela já vêm chorando, e quando sai na porta a velhinha vê seu marido dependurado no pescoço do rapaz que ela bem conhecia, pois o havia levado dentro de si por longos nove meses, dando o melhor de si para ele todo tempo.

Mas o jovem havia proposto em seu coração em dizer ao seu pai:

18. Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai; pequei contra o céu e diante de ti; 19. Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. Ele realmente começa a proferir suas palavras, aquelas descritas nos versículos 18 e 19, mas é interrompido pelo pai, antes que possa dizer qualquer besteira, pois os beijos do pai parecem desconhecer o mau cheiro que vinha do rapaz.

Verdadeiramente o verdadeiro amor é cego para isso, e logo mais alguém se aproxima com seu andar calmo e macio, é a velha mamãe trazendo os braços abertos e regados por lágrimas.

Será que alguém que trouxe tanta dor, deixando e desprezando tudo o que o pai com amor conquistou deve merecer tão grande tratamento ao retornar para o lugar de onde nunca deveria ter saído?

Talvez o jovem da parábola de Jesus não esperasse tamanho tratamento, mas ele começa, a saber, que amor verdadeiro não morre. Agora ele tem um novo visual, roupas novas, anel no dedo, e sandálias nos pés, coisas que só teremos quando voltarmos para casa do Pai. E como para pai e mãe filho não cresce, teve bolos, suco, doces e salgados naquele dia, pois o que se havia perdido foi achado, o que estava morto reviveu, e uma festança se fez naquela fazendo durante toda noite.

Volte para casa do Pai, onde você esta não é lugar de filho ficar, pois aquele jovem poderia ter morrido em terra distante e verdadeiramente estaria perdido para sempre, lembrando de casa você terá a força, pois os que esperam no Senhor renovarão suas forças; subirão com asas de águias; correrão e não se cansarão; andarão e não se fadigarão (Is 40:31).

O pai lhe deu um tríplice presente
Esta atitude do pai do rapaz nos deixa uma grande revelação, e isto é para aqueles que voltam para casa do Papai, pois só o Papai pode dar estas coisas.

A. As roupas 

 


“Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” 1 Co 15.53.

Jesus se importa com as roupas que usamos?

Aparentemente, sim. De fato, a Bíblia nos diz exatamente que é o guarda-roupa que Deus deseja.

“Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” Rm 13.14. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo” Gl 3.26.27.

Estas roupas nada têm a ver com vestidos, jeans e ternos. A preocupação de Deus é com o nosso vestuário espiritual. Ele oferece um manto que apenas o céu pode ver, e apenas o céu pode dar.

O capítulo 61 de Isaías mostra Jesus como o Ungido de Deus proclamando libertação aos cativos de satanás.

Quando na sinagoga, lendo esse texto, Jesus exclamou: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”. Lc 4:21.

A vida perfeita de Jesus é colocada como sendo nossa. A Sua vitória sobre o pecado, como sendo a nossa vitória. Deus seja louvado!

Usar as vestes da salvação significa ser um instrumento de Deus como Jesus o foi quando por aqui andou.

Nossa missão no uso das vestes da salvação é transmitir ao mundo a misericórdia, a graça e a salvação de Deus.

Elas representam a restituição da integridade, tirando a vergonha daquele que errou, pecou, mas voltou reconhecendo seu erro.

B. O anel
Ele representa a restituição da autoridade, que foi perdida, mas só aquele que tem autoridade pode dar autoridade.

Podemos encontrar na Bíblia sagrada várias passagens em que vamos perceber claramente que anel é símbolo de autoridade. Faraó deu o seu Anel a José. O Rei Assuero deu o seu anel para Mordoqueu. Todos os documentos selados com o anel do Rei eram aceitos em todas as províncias e respeitados.

Quando o pai coloca o anel no dedo do seu filho, ele está dizendo: filho, a tua palavra é a minha palavra. Você não é servo, você é filho. Eu te dou a sua autoridade de volta, vá e assuma a posição que sempre foi sua.

C. As sandálias


Estas representam a restituição da estabilidade e prosperidade que o mundo rouba, mas o dono de todo ouro e toda prata devolve para o filho.

Você pode observar que quando ele retorna ao lar, o seu pai manda os seus criados calçar os pés do seu filho com sandálias. Hora, se ele manda calçar os pés, é porque ele estava descalço. Naquela época somente os escravos andavam descalços. Você pode observa ainda que no Antigo Testamento, quando uma pessoa possuía um direito e quisesse abrir mão dele para outro, era costume a pessoa tirar as sandálias dos pés na presença de algumas testemunhas, dizendo com esse gesto que naquela situação ele passava o seu direito ao outro. ( Boaz quando deseja casar com Rute).

Quando o Pai lhe dá a sandália para os pés, ele está dizendo: filho, você não é escravo, você é filho. Você pode observar a disposição mental do filho, ele diz: voltarei ao meu pai para ver se ele me recebe como um dos seus criados. Mas o Pai o recebeu como filho e não como escravo. Sandálias para os pés é liberdade, é aceitação, é restituição.

Em Pv 24:16, o Senhor diz que “sete vezes cairá o justo e se levantará.”

Se você cair, o Pai celestial te levantará, e você voltará a caminhar porque o cair é do homem, mas o levantar é de Deus!

Você pode até cair, mas só não pode ficar prostrado. Você precisa se levantar e voltar à prática das primeiras obras, arrepender-se. Na história do filho pródigo, o moço caiu vergonhosamente. Saiu de casa para viver, com todo o dinheiro da herança, uma vida imoral, perversa. Perdeu o nome, a dignidade, a pureza, perdeu tudo.

 

 

 Passou a viver entre porcos. Mas pela bondade de Deus, os olhos daquele jovem foram abertos, e ele se arrependeu, a ponto de dizer a si mesmo: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai pequei contra o céu e perante ti, já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um de seus trabalhadores.” (Lucas 15.18). Ele se arrependeu e manifestou o arrependimento quando ele disse: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai”.



O arrependimento começa quando você se levanta. Para caminhar sobre as águas primeiramente é preciso sair do barco. No caso do arrependimento, não é diferente. A pessoa precisa se levantar e não ficar prostrada. A Palavra revela que “o pecado não terá domínio sobre vós”. Interessante o que Davi afirmara em um de seus salmos: “Se eu atender a iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá.” (Salmo 66.18). Muitas vezes, guardamos o nosso coração por causa do orgulho e pensamos: “O que os outros irão pensar ao meu respeito?” Muitas vezes o orgulho humano, diabólico, nos leva à destruição. Mas o arrependimento precisa passar pela cabeça e chegar ao coração, pois o arrependimento não é uma doutrina. 

 

A única pessoa que conhece o coração do homem é Deus. O Espírito Santo é o único que sonda os corações. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”, escreveu Davi (Sl 139.23-24).

 

Deus não nos chamou para sermos religiosos, mas para sermos filhos. Entretanto, para vivermos e desfrutarmos da vida que Deus tem para cada um de nós, é preciso haver arrependimento dos pecados. “Arrependei-vos por que está próximo o reino dos céus”, pregava João Batista (Mt 3.3). Arrependimento é a mensagem. Arrependimento é o caminho, é a porta. “Arrependei-vos, arrependei-vos”, pregava enfaticamente João. 

 

Arrepende-se, quem sabe, da indiferença em sua vida. Talvez você não tenha pecados obscenos, “filosóficos”, religiosos, mas você percebe a indiferença no seu coração. Ore e arrependa-se. Esta é a hora do marido voltar-se para a esposa e dizer: “Perdoe-me”. De o pai dizer para o filho: “Perdoe-me”. De o filho voltar-se para o pai e dizer: “Me perdoe”.

Eu não me dirijo somente ao não convertido, porque sou daqueles que crêem que a igreja precisa se arrepender muito antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo. Acredito firmemente que o baixo padrão de vida cristã está mantendo muita gente no mundo e nos seus pecados. Se o incrédulo vê que o povo cristão não se arrepende, não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa.

 

 

Assim, quero pregar tanto para os cristãos como para os não-convertidos, tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador.

Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento:

 


1. Convicção

 

Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem em suas velhas vidas. Nos últimos anos tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números. 

 

 

Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, eles serão carregados de volta para o mundo.

 


Creio que é um erro lamentável conduzirmos tantas pessoas à igreja que nunca experimentaram a verdadeira convicção de pecados. O pecado no coração do homem é tão negro hoje quanto o foi em qualquer outra época. Às vezes penso que está mais negro. Porque quanto maior a luz que uma pessoa tiver, maior sua responsabilidade, e, por conseguinte maior a sua necessidade de profunda convicção.

 

Até que a convicção de pecados nos faça cair de joelhos, até que estejamos completamente humilhados, até que tenhamos perdido toda esperança em nós mesmos, não podemos encontrar o Salvador.

Há três coisas que nos levam à convicção: (1) A Consciência; (2) A Palavra de Deus; (3) O Espírito Santo. Todos os três são usados por Deus.

Muito antes de existir a Palavra escrita, Deus tratava com o homem através da consciência. Foi por isto que Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor Deus entre as árvores do Jardim do Éden. Foi isto que convenceu os irmãos de José quando disseram: "Na verdade, somos culpados, no tocante o nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos. Por isso", disseram eles (e lembre-se, mais de vinte anos haviam se passado depois que eles o venderam como cativo), " por isso nos vem essa ansiedade".

É a consciência que devemos usar com nossos filhos antes de atingiram uma idade onde podem entender a Palavra e o Espírito de Deus. E é a consciência que acusa ou inocenta o ímpio. A consciência é "uma faculdade divinamente implantada no homem, que o pede a fazer o que é certo". Alguém disse que ela nasceu quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, quando seus olhos foram abertos e "conheceram o bem e o mal". 

 

Ela julga, mesmo contra nossa vontade, os nossos pensamentos, palavras, e ações, aprovando ou condenando-os de acordo com a sua avaliação de certo ou errado. Uma pessoa não pode violar sua consciência sem sentir a sua condenação.

 

Mas a consciência não é um guia seguro, porque frequentemente ela só dirá que uma coisa é errada depois de você a praticar. Ela precisa ser iluminada por Deus porque faz parte de nossa natureza caída. Muitas pessoas fazem o que é errado sem serem condenadas pela consciência. Paulo disse: "Na verdade, a mim me parecia que muitas cousas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno" (At 26:9).

 

A própria consciência precisa ser educada. Outra vez, a consciência frequentemente é como um relógio despertador, que a princípio desperta e acorda, mas com o tempo a pessoa se acostuma com ele, e então perde o seu efeito. A consciência pode ser asfixiada. Creio que cometemos um erro em não dirigirmos as pregações mais para a consciência.

 


Portanto, no devido tempo a consciência foi suplantada pela Lei de Deus, que no seu tempo foi cumprida em Cristo. Neste país cristão, onde as pessoas têm Bíblias, a Palavra de Deus é o meio que Deus usa para produzir convicção. A Bíblia nos diz o que é certo e o que é errado antes de você cometer o pecado, e assim o que você precisa é aprender e apropriar-se de seus ensinos, sob a direção do Espírito Santo. A consciência comparada à Bíblia é como uma vela comparada ao sol lá no céu.

Veja como a verdade convenceu aqueles judeus no dia de Pentecostes. Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou que "este Jesus que vós crucificastes Deus o fez Senhor e Cristo". "Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos irmãos?" (At 2. 36, 37).

Em terceiro lugar, enfim, o Espírito Santo convence. Algumas das mais poderosas reuniões de que já participei foram aquelas em que houve uma espécie de quietude sobre o povo e parecia que um poder invisível se apoderava das consciências. Lembro-me de um homem que veio à reunião e no momento em que entrou, sentiu que Deus estava lá. Um senso de reverência veio sobre ele, e naquela mesma hora sentiu convicção e se converteu.

2. Contrição


A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humilhação de coração por causa do pecado. Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos.

Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mãe, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: "Mãe, sinto muito. Perdoe-me".

Mas logo há outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou. O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salvo os de espírito oprimido." "Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: "Arrependam-se! Arrependam-se!"

3. Confissão de pecado

 

Se tivermos verdadeira contrição, ela nos levará a confessarmos nossos pecados. Creio que nove décimos dos problemas em nossa vida cristã são resultado de não fazermos isso. Tentamos esconder e cobrir nossos pecados. Há muito pouca confissão deles. Alguém disse: "Pecados não confessados na alma são como uma bala no corpo".

 

Se você não tiver poder, talvez seja porque há algum pecado que precisa ser confessado, alguma coisa em sua vida que necessita ser removida. Não importa quantos salmos você cante, ou a quantas reuniões você compareça, ou o quanto você ore e leia a sua Bíblia, nada disso encobrirá esse tipo de problema. 

O pecado deve ser confessado, e se o meu orgulho me impede de confessar, não devo esperar misericórdia de Deus nem respostas às minhas orações. A Bíblia diz: "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará" (Pv 28:13). Pode ser um homem no púlpito, um sacerdote por trás do altar, um rei no trono  não me importo quem ele seja. 

 

O homem está tentando fazer isso há seis mil anos. Adão o tentou e falhou. Moisés o tentou quando enterrou o egípcio que matou, mas falhou. "Sabei que o vosso pecado vos há de achar." Por mais que você tente enterrar o seu pecado, este tornará a aparecer mais cedo ou mais tarde, se não for apagado pelo Filho de Deus. Se o homem nunca conseguiu fazer isso em seis mil anos, é melhor você e eu desistirmos de tentar.

Há três maneiras de se confessar pecados. Todo pecado é contra Deus, e a Ele deve ser confessado. Há pecados que eu não preciso confessar a pessoa alguma no mundo. Se o pecado foi entre mim e Deus, devo confessá-lo sozinho no meu quarto. Não preciso cochichá-lo no ouvido de nenhum mortal. "Pai, pequei contra o céu e diante de Ti." "Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos."

Mas se fiz algo errado a alguma pessoa, e ela sabe que a prejudiquei, devo confessar o pecado não somente a Deus, mas também a esta pessoa. Se o meu orgulho me impede de confessar meu pecado, não preciso ir a Deus. 

 

Posso orar, posso chorar, mas isso não adiantará. Primeiro confesse àquela pessoa, e depois a Deus, e veja com que rapidez Ele lhe ouvirá e lhe enviará a paz. "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta." (Mt 5: 23, 24). Esse é o caminho bíblico. Há outra classe de pecados que devem ser confessados publicamente. Suponha que fui conhecido como um blasfemador, um alcoólatra ou um depravado.

 

 Se me arrependo de meus pecados, devo ao público uma confissão. A confissão deve ser tão pública quanto foi a transgressão. Muitas vezes uma pessoa dirá algo maldoso a respeito de outra na presença de terceiros, e então tentará apaziguar isso indo somente à pessoa prejudicada. A confissão deve ser feita de forma que todos os que ouviram a transgressão possam ouvir a confissão.

 

Somos bons em confessar o pecado de outras pessoas, mas se experimentarmos um verdadeiro arrependimento ficaremos mais que ocupados cuidando dos nossos próprios pecados. Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo.

 


"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" ( 1 Jo 1:9 ). Obrigado Senhor pelo Evangelho! Crente, se há algum pecado em sua vida, resolva confessá-lo, e seja perdoado. Não deixe nenhuma nuvem entre você e Deus. Garanta o seu título para a mansão que Cristo foi preparar para você.

4. Conversão

 

A confissão leva à verdadeira conversão, e não pode haver uma verdadeira conversão, até que se tenha dado esses três passos.

Agora a palavra conversão significa duas coisas. Dizemos que uma pessoa é "convertida" quando nasce de novo. Mas conversão também tem um significado diferente na Bíblia. Pedro disse: "Arrependei-vos... e convertei-vos" (At 3.19). Existe uma versão que traduz assim: "Arrependei-vos e voltai-vos". Paulo disse que não foi desobediente à visão celestial, mas começou a pregar a judeus e gentios para que se arrependessem e se voltassem para Deus. Certo teólogo de outra época disse: "Todos nós nascemos de costas para Deus. O arrependimento é uma mudança de trajetória. É uma volta de cento e oitenta graus."

 

Pecado é afastar-se de Deus. Como alguém disse, é aversão a Deus e conversão para o mundo; enquanto que o verdadeiro arrependimento significa conversão a Deus e aversão ao mundo. Quando há verdadeira contrição, o coração está entristecido por causa do pecado; quando há verdadeira conversão, o coração fica liberto do pecado. Deixamos a velha vida, somos transportados do reino das trevas para o reino da luz. Maravilhoso, não é ?

A não ser que nosso arrependimento inclua essa conversão, não vale muito. Se alguém continua em pecado, é a prova de uma profissão inútil. E como bombear água para fora do navio, sem tampar os vazamentos. Salomão disse: "Se o povo orar... e confessar teu nome, e se converter dos seus pecados..." (2 Cr 6.26).

Oração e confissão não seriam de proveito nenhum enquanto o povo continuasse em pecado. Vamos prestar atenção à chamada de Deus. Vamos abandonar o velho caminho perverso. Voltemos ao Senhor, e Ele terá misericórdia de nós, e ao nosso Deus, porque Ele perdoará abundantemente.

 

5. Confissão de Cristo

 

Se você é convertido, o próximo passo é confessar isso abertamente. Ouça: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" ( Rm 10:9, 10 ).

A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento. Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstração, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso.

Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo!

Se você saiu da casa do pai e está sofrendo e parece não ver, já está desejando comer as bolotas dos porcos, vivendo uma vida abaixo da média, eu quero te deixar uma palavra, VOLTE PARA CASA.

Hoje é o Dia de Voltar Arrependido para os Braços do Pai. O Mundo: Escraviza, e Mata. JESUS: Restaura, Liberta e Salva.

 

Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens.

sobre o tema: Os Sete passos do filho pródigo para a vitória

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