quinta-feira, 28 de julho de 2022

Série o Filho pródigo. 3. As sete virtudes do pai do filho pródigo

 Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!  

 

Série de mensagens sobre o Filho pródigo

1. Introdução

2. O filho pródigo do Antigo e do Novo Testamento

3. As sete virtudes do pai do filho pródigo

4. Os 7 Erros e os 3 acertos do Filho Pródigo

5. As 3 Dádivas que o Filho Pródigo Recebeu. 

6. A parábola do filho pródigo que ficou em casa

7. A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei

8. Os Sete passos do filho pródigo para a vitória

9. As seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo

 


As sete virtudes do pai do filho pródigo

 

A parábola do Filho Pródigo, aborda o perdão e a reconciliação. Nas linhas que virão, abordarei outros temas e situações dentro da história, mais precisamente a atuação da personagem coadjuvante, o pai, suas ações, atitudes, posições e o sentimento que plantou e nutriu em sua família e naqueles mais próximos. É sobre a forma de agir deste homem que convido você para juntos mergulharmos na composição desta parábola e encontrar ao final nossa propositura de leitura e reflexão.

 

Pai de dois filhos, num momento inesperado é pego de surpresa quando o mais moço pede a partilha dos bens que lhe cabe para ir embora de casa. Literalmente ganhar o mundo. A primeira pergunta que chega é: Quem era esse pai? Pelo início do relato podemos observar que se tratava de um homem muito rico, homem de posses e que tinha vários servos trabalhando para ele. Por outro lado, veremos o comportamento do filho, que da forma como surge, através da imposição, denota uma atitude de rebeldia. Apesar de possuir tudo que alguém desejaria, todas as regalias imagináveis, praticamente coloca o pai numa situação delicada passando a exigir parte do que lhe cabia como herança. É provável que na venda das terras tenha ocorrido prejuízo. Talvez pela safra que estaria chegando ou a entre safra, ou por alguma desvalorização pelo momento que atravessavam.  Contudo, apesar das delicadas situações o pedido foi atendido.

 

“E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda”. Lucas 15:12

 

Neste primeiro embate surge a primeira atuação que transmite uma das virtudes do pai: O respeito que esboçou ante a decisão do filho. Com certeza ele aconselhou, mostrou as mais variadas situações de que o filho estaria fazendo, o que não era certo e o que poderia acarretar para sua vida. No entanto, como não conseguiu demover o filho da ideia, ele concordou, atendeu ao pedido do filho e o abençoou. Analisando este fragmento da história veremos que como pais, devemos ter o controle de nossos filhos, mas chegarão ocasiões de acordo com o crescimento deles que este controle começará a ser diminuído, até pela própria vida e as decisões que terão que tomar.  Os filhos não ficarão grudados a nós pelo resto de suas vidas. Não! Devemos lembrar que um dia alçarão voos maiores em busca de seus futuros e melhorias pra suas vidas, aconteceu conosco e devemos entender e saber respeitar as decisões deles. A parábola mostra esta situação de uma forma bem mais contundente, um tanto quanto constrangedora. A exigência, a imposição, entretanto, sobrepôs a tudo isto o respeito do pai pela decisão do filho.

 

“E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.” Lucas 15:13

 

Ajuntando tudo, partiu. O jovem rapaz não levou na bagagem apenas seus utensílios e dinheiro, levou também tudo o que seu pai ensinou, ele construíra uma grande e forte base de amor em ambos os filhos. A ocasião era delicada, mas chegava a hora de que o que passou começasse a surtir efeito.  Ensinou sobre sua maneira de viver, deu-lhes o que melhor dispunha: atenção, respeito, afeto e amor, mostrando sempre que era um bom pai, compreensivo, por demais amigo e que todos os dias  plantava e regava cada uma das sementes citadas nas linhas anteriores. Apesar de batalhar para manter seu patrimônio, mas em momento algum se esqueceu de estreitar a cada manhã e no decorrer dos dias o maior e melhor de todos os tesouros, o relacionamento com suas crias. A extensão do caráter deste pai começa a refletir e a impactar o filho, digamos, rebelde, quando ele destrói tudo que possuía e vai trabalhar de empregado. Vivendo uma experiência que jamais imaginária passar, longe de tudo e de todos a passar por necessidades, especialmente comida, ele cai em si e lembra do seu velho pai, mas veja, não lembra como pai, mas sim  como patrão e senhor. Note em suas palavras:

 

“E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” Lucas 15:17.

 

A primeira grande lembrança que lhe chega do pai era de que era um homem de bom coração, tão bom, que seus servos tinham fartura de pão. Ou seja, não era ranzinza, um homem de “barriga cheia”, excelente patrão, um bom senhor que assistia seus empregados e os tratava dignamente. Um homem de respeito. Mais uma virtude que cercava o pai do filho pródigo. O filho não vislumbrava na memória um pai ruim, mesquinho ou irado por ter gastado com ele parte de seu patrimônio. Na sua memória chegavam os momentos fraternos que dividira com o velho, o carinho que recebeu quando viveu ao seu lado, as palavras de conforto e mais ainda as frases de: “eu te amo meu filho” que o pai dizia quando o abraçava. Estas lembranças ferviam em sua cabeça, perturbavam-no de forma tal que ficava horas a pensar como voltaria e o que diria. À proporção que seus pensamentos fervilhavam ao mesmo chegava também o refrigério por lembrar que existia alguém no mundo que apesar de ter sido por ele ofendido, mas o amava intensamente. Era seu pai. Tanto que tomou a decisão de retornar e pedir perdão e que se contentaria em ficar apenas, simplesmente apenas, como um de seus trabalhadores, pois na pior das hipóteses teria seu pai como patrão, e se como patrão ele era bom, então estaria de bom tamanho.

 

Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;

Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros”. 

Lucas 15:18-19

 

 

A cena que surge com esta parte da leitura é o ápice desta belíssima história. O jovem decide voltar para casa de seu genitor. Em seu pensamento acreditava que ouviria poucas e boas, merecidos sermões sobre seu precipitado gesto e algo mais, mas tinha a consciência de que era merecedor.  A passagem diz que ele ainda estava longe quando o pai o avistou e dentro dele seu coração se moveu de íntima compaixão. Seus olhos brilharam e não esperando melhor hora ou momento, saiu correndo em busca do filho e ao encontrá-lo lançou-se a seu pescoço e o beijou.

Este pai esperava pelo retorno deste filho, e pelo que ele plantou no seu coração, algo dizia que voltaria. Note que foi ele quem viu e reconheceu o filho. E não o filho pai.

Movido de intima compaixão. O modo como avistou o filho, a saudade, o amor, pensando nas dificuldades que passara. O estado deplorável que retornava aquele rapaz. Cabeludo, barbudo, maltrapilho e maltratado, sujo, a dias sem tomar um banho, caminhando a pé a não sei quantos dias de viagem, pois dinheiro não tinha. O filho retornava: sem diploma, derrotado, humilhado, envergonhado, desprezado, arruinado e abandonado. Penetrando na narrativa, o estado daquele jovem era horrível.

O pai correu e abraçou, não parou para ver seu estado, não parou para saber se tinha ou não tomado banho e colocado perfume, não! Ele o abraçou de forma forte, carinhosa, amorosa, sem medir consequências, um abraço do íntimo da alma, do fundo do coração, atrelado a uma alegria sem medidas. Uma história de amor resgatada num abraço, num apalpar de mãos a bater nas costas junto ao resfolegar da respiração.

O pai o beijou. Quantos beijos? Não sabemos, mas o fato de abraça-lo e beijá-lo dentro do estado que se encontrava, transpõe o que nossa imaginação possa criar e palavras faltarão para narrar. O pai não viu um homem, uma pessoa, ele viu seu filho, fruto de suas entranhas, ele viu a herança que Deus lhe dera (Eis que os filhos são heranças do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Salmo 127:3). Talvez esta cena tenha acontecido com ele dizendo: “Meu filho amado, que bom que você voltou”!

 

No primeiro momento e primeiras palavras, o jovem homem fita seu pai e ainda meio sem entender diz que não é digno de ser chamado de filho, mas o pai pouco estava se importando para as desculpas que trouxera. Nada do que dissesse faria efeito algum, nada, absolutamente nada removeria o sentimento de amor que inundara seu coração. Deste modo aconteceu, pois nada disse, nenhuma palavra negativa sobre seu estado e sua volta. Um pai sábio que ao ver o filho derrotado não parou para lhe passar sermões de derrota, nem discursos derrotistas que apenas diminuem e baixam a alto estima. Não! Um pai sábio que soube apreciar desde o primeiro momento quando o vira de longe o que de melhor lhe acontecera. O filho retornara intacto, estava ali para recompor a família, estava ali à peça que faltava.

 

Contrapondo todos os planos que o jovem pensara desde o encontro e suas palavras de perdão a pedir para trabalhar como empregado, o pai surpreende mais uma vez e faz uma linha direta do momento presente com o passado quando vivia sob sua tutela. No mesmo instante que escuta o discurso do filho, ele se volta para onde estão seus servos e diz uma ordem em tom de muita felicidade:

 

 “Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.” Lucas 15:22-24

 

A pressa com que pediu aos servos transmitia também sua pressa em recompor o filho, dar-lhe um novo visual, anel, alparcas, roupas novas, mostrá-lo dignamente aos que chegariam para a grande comemoração. O primor pelo melhor continua: trazer um bezerro cevado, para por fim regozijar-se com o retorno do jovem.

 

O pai do filho pródigo, um homem que impactava todos a sua volta com seu caráter, sua personalidade, seus gestos, virtudes e atitudes de um modo tão abrangente, que quando o filho mais velho ao aproximar-se da casa e vê algo diferente não entende o que está acontecendo. Imediatamente procura um dos servos e pergunta que festa seria aquela. Talvez fosse um dia no meio da semana e nada justificaria o festejo e tudo que se passava. No entanto, as palavras do servo transmitem o quanto aquele homem, o pai do filho pródigo era dotado de ricos sentimentos. Note bem o modo como o servo responde e como fecha a pergunta:

 

“E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.” Lucas 15:27

 

O Pai do filho pródigo, um homem rico em amor, atitudes, caráter. Um pai rico em amor, que ensinou e amou como ninguém seus filhos. O Pai do filho pródigo, descrito por Nosso Senhor Jesus Cristo numa de suas mais belas parábolas. Do mesmo modo o Senhor Nosso Deus faz conosco, seu amor para com o homem é infindo, renasce todas as manhãs e sempre nos dá o melhor, nos despe de todo o pecado e nos veste da sua Glória.

Finalizando. Não espere melhores momentos para abraçar e beijar seu filho, faça agora.  Diga-lhe todos os dias que o ama, ao acordar, antes de deitar, traga esta frase nos lábios e a profira com o coração. Abrace-o, abrace-o forte, deixe ele sentir o latejar de seu coração junto ao dele, sentir a proteção que só um pai dá a um filho. Faça isto todos os dias de sua vida independentemente de idade, lugar ou situação. Os filhos são extensões nossas e nós como seres humanos necessitamos de afeto, de atenção e de gestos simples que traduzem amor. O ter não tem medida, mas também o dar não deve ter medida quando damos amor.

 

Vejamos agora "As sete virtudes do pai do filho pródigo":

 

I. Reconheceu o direito de seu filho de escolher seu próprio caminho.

A. A coisa mais difícil de fazer é deixar nossos filhos tomarem suas próprias decisões 
B. Deus nos permite escolher nosso próprio caminho 
C. Se escolhermos o caminho errado, devemos pagar o preço, esperamos que nos leve aos nossos sentidos. 
D. V. 13-16 - O filho pródigo foi tão longe no pecado quanto uma pessoa poderia ir 
1. Desperdiçou sua herança 
2. Sentado em um chiqueiro querendo comer as sobras 
E. Este é o lugar que o pecado acabará por levar, mas há sempre uma saída. Filhos rebeldes sempre precisam saber que podem voltar para casa. 

 

II. O Pai Celestial concedeu o livre-arbítrio aos seus filhos – v. 11-20a

 

Ainda que isso o magoe, se volte contra Ele mesmo – O filho mais novo pediu sua parte na herança antes de o Pai morrer. Essa atitude demonstrou falta de consideração para com o Pai, deve ter magoado seu coração (v. 12)

Ainda que isso traga tristes consequências para os filhos que fizerem as escolhas erradas– Escolhas erradas sempre trazem tristes consequências (v. 13,14)

Ainda que isso lhes cause grande humilhação – A pior humilhação que poderia haver para um judeu era cuidar de porcos (animal que eles consideram imundo). Além disso, o filho pródigo teve desejo de comer da comida dos porcos, mas mesmo assim ninguém lhe dava nada! (v. 15,16)

Ao fazer as escolhas erradas, Deus permite o sofrimento aos seus filhos, para que estes se voltem a Ele – Imagine se o filho pródigo não tivesse passado pelo sofrimento; ele jamais teria voltado para o Pai! (v. 17-20 a) Infelizmente, mesmo em meio ao sofrimento, muitos não se voltam para o Pai, pelo contrário se rebelam ainda mais contra Ele!

 

III.O Pai Celestial nos ama com amor incondicional – v. 20b-24

 

> O amor incondicional do Pai Celestial nos é revelado pelo amor demonstrado pelo pai do filho pródigo nesta parábola:

Pelo Seu perdão – mesmo tendo sido desprezado por seu filho que pediu a sua parte na herança antes da morte do Pai, este o perdoou. Mesmo quando “desprezamos” o nosso Pai Celeste, Ele está disposto a nos perdoar, Ele nos perdoa!

Pela Sua espera – “… quando seu pai o avistou …” (v. 20). O texto dá a impressão que o pai estava continuamente à espera de seu filho. Assim o Pai Celeste está continuamente à nossa espera!

Pela Sua compaixão – “… compadecido dele …” (v. 20). O Pai se compadece de nós!

Pela Sua iniciativa de ir ao encontro daqueles que dão um sinal de arrependimento – “… Vinha ele ainda longe … correndo, o abraçou, e beijou” (v. 20). Ao primeiro sinal de arrependimento genuíno, ainda que estejamos longe, o Pai Celeste corre ao nosso encontro! Mas é necessário um sinal de arrependimento!

Pela Sua afeição – “… correndo, o abraçou, e beijou” (v. 20). Quando nos voltamos ao Pai, Ele nos abraça, nos “beija”, nos dá do seu afago!

Pela Sua restituição à nossa posição de filhos (v. 22).

Pela Sua festa e alegria (v. 23,24) – Lc 15.7,10.

 

IV. O Pai Celestial nos trata com grande longanimidade.

 

(paciência, misericórdia, graça) – v. 25-32

Apesar de nossa indignação sem justificativa– “Ele se indignou …” (v. 28)

Apesar de nosso orgulho – “… e não queria entrar” (v. 28)

O Pai nos ensina a humildade – Ele demonstrou aqui o que C. S. Lewis chama de “humildade divina” – “… saindo, porém, o pai …” (v. 28)

O Pai procura nos conciliar com Ele, com os outros e conosco mesmo – “… procurava conciliá-lo” (v. 28)

> Apesar de nossa justiça própria (como se por nossa própria justiça, que não passa de trapos imundos, pudéssemos alcançar o favor de Deus, ter direitos diante de Deus) – “… Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua …” (v.29 a)

Apesar de nosso egoísmo – “… nunca ME deste um cabrito sequer para alegrar-ME com MEUS amigos” (v. 29). Temos sido muito egoístas. Às vezes achamos que sofremos! Na verdade não sabemos o que é sofrimento!

Apesar de nosso ciúmes, de nossa inveja – v. 30

Apesar de o acusarmos injustamente, de questionarmos (injustamente) os seus caminhos– A acusação do filho mais velho era injusta, pois tudo que pertencia ao pai era dele também (v. 29-31)

 

V.  O pai deixou ‘a porta aberta’ para o filho.

 

Uma história antiga conta que uma filha se rebelou contra os pais, e resolveu sair de casa. Quando saía ao portão, a mãe a chama e lhe diz: “minha filha, você já é de maior e, não posso impedi-la de ir. 

Todavia, quero lhe dar esta rosa branca, pois ao passar pelos caminhos da vida, lembre-se de que as portas de casa estarão sempre abertas para te receber.” O tempo passou, e em um dia chuvoso, a moça pensou em dar cabo de sua vida. Ela estava em Londres, sobre a ponte do rio Tâmisa. Um cristão passou por ali, e trazia em seu bolso uma rosa branca. Parou e lhe fez um convite para ir à igreja naquela noite. Deu-lhe a rosa, e naquela noite ela lembrou-se da mãe. Foi à igreja e chorou muito, decidiu voltar para casa. A rosa branca, foi o elo que a fez relembrar que havia uma segunda chance.

 

O pai havia feito provisão para a volta do filho: tinha roupas do tamanho do manequim, tinha de pronto um anel e sandálias para os pés.

 

Não seja inflexível. Nunca diga: “Nunca mais quero te ver, falar com você”.

Deixe uma porta aberta. As árvores que enfrentam as tempestades e as vencem, são aquelas que se dobram, que beijam o chão. Pontes e prédios balançam, pois do contrário suas estruturas ruiriam. Aprenda a perdoar e a pedir perdão quando necessário.

Faça provisão para a restauração de sua família, do seu relacionamento!

 

VI . O sacerdote da família.

A. Apontou a família na direção certa 
B. Liderou a família em adoração 
C. Os pais devem passar seus conhecimentos e experiências para seus filhos 
1. Isaias 38:19 “...o pai aos filhos faz notória a tua verdade”. 
D. V. 17 - Quando o filho pródigo caiu em si, ele se lembrou de seu pai e, acima de tudo ele sabia que seu pai ainda o amava. 
E. Hoje, os pais precisam ser o sacerdote da casa, dando orientação espiritual e amor. 

 

VII. Não condenou ou julgou seu filho.

 

A. O filho pródigo voltou para casa com um coração arrependido 
1. Ele estava verdadeiramente arrependido por suas ações e não foi à procura de uma mão para fazer tudo de novo 
B. A atitude do pai não foi... 
1. Você é o culpado de tudo isso que aconteceu com você – Duro 
2. Não venha chorar de volta para mim 
C. V. 20 - Ele teve compaixão de seu filho 
1. Os pais precisam ser homens de compaixão 
D. Ele estava agradecido porque seu filho tinha voltado para casa 
E. Honrou seu retorno com uma celebração 
F. Ele restaurou-o de volta para a família como um filho em vez de um servo. 

A Parábola do Filho Pródigo é realmente uma bela e profunda parábola, mas Jesus não a apresentou para ser uma espécie de resumo do que seja a vida  cristã, mas para ilustrar uma parte do que significa esta vida. Por exemplo: ela não faz qualquer alusão à expiação do pecado pelo sangue de Cristo, mas sabemos que foi esta expiação que possibilitou que o pai, que representa Deus na parábola, corresse para o filho e pudesse perdoá-lo e recebê-lo para estar reconciliado com ele, apesar de toda a sua dívida de faltas e pecados cometidos contra o seu pai.

Fazer portanto, desta parábola um resumo de todo o cristianismo é incorrer em grande erro, porque o amor de Deus pelos pecadores perdidos não se fundamenta em mero sentimento ou emoção. Seu amor se funda na eleição incondicional na qual não conta qualquer mérito da nossa parte.

O pai não recebeu o filho pelo fato de reconhecer que havia algo de valor no rapaz, ou então porque houvesse da sua parte bons atos praticados no passado que deveriam ser recompensados com o seu acolhimento. Ele fora filho no coração do pai antes mesmo de ter sido criado, mas importava que esta filiação se confirmasse pelo arrependimento e busca do pai para compartilhar da sua intimidade.

Isto a parábola revela, ainda que não de modo direto.

Esta verdade está ali nela contida, sublinhada com a declaração do pai de que o pródigo se achava morto e perdido, antes de retornar ao lar.
E o que permitiu o seu acolhimento foi o arrependimento e fé na bondade e misericórdia do seu pai. Outro ponto essencial do cristianismo que não é citado nesta parábola é a ação do Espírito Santo na nossa conversão e transformação, e o esforço empreendido por Deus na sua busca incansável dos perdidos. Por isso, temos nas duas outras parábolas que nosso Senhor apresentou na mesma ocasião (Ovelha Perdida e Drama Perdida), o esforço anteriormente citado.

Sem o todo da revelação que temos em outras partes das Escrituras, e caso nosso Senhor tivesse contado a Parábola do Filho Pródigo para ser um resumo do cristianismo, o que não é o caso, nós poderíamos afirmar que se alguém está afastado de Deus, por sua própria iniciativa, como foi o caso do pródigo, então estaríamos autorizados a não fazer qualquer esforço com nossas orações intercessoras, e outros meios, para trazer o perdido de volta à vida.

Todavia, sabemos claramente que não temos nenhuma autorização das Escrituras para adotarmos este tipo de comportamento.
Por isso o propósito da parábola é exatamente o de demonstrar que há grande alegria no céu pela conversão dos pecadores, e que Deus está plenamente disposto a receber todos os perdidos que vierem a Ele em busca de reconciliação.

 

A parábola tem este grande objetivo de incentivar os pecadores a buscarem refúgio em Deus, com plena confiança de que não serão rejeitados.
Nosso Senhor havia afirmado em outra ocasião que não rejeitaria a qualquer pessoa que viesse a Ele em busca de salvação, e que jamais a lançaria fora.

Nada e ninguém poderá impedir que o pai receba o filho no lar celestial, nem mesmo os que tentarem impedi-lo sob a alegação de estarem servindo a Deus fielmente, como se destaca na parábola no procedimento do irmão mais velho do pródigo. Um pecador pode ser muito vil para toda e qualquer outra coisa, mas ele não pode ser muito vil para a salvação. Estas verdades podem ser vistas de modo muito claro na Parábola do Filho Pródigo.

 

Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens.

sobre o tema:Os 7 Erros e os 3 acertos do Filho Pródigo

 

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