Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus
em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do
Senhor!
Série de mensagens sobre o Filho pródigo
1. Introdução
2. O filho pródigo do Antigo e do
Novo Testamento
3. As sete virtudes do pai do filho pródigo
4. Os 7 Erros e os 3 acertos do Filho Pródigo
5. As 3 Dádivas que o Filho Pródigo
Recebeu.
6. A parábola do filho pródigo que
ficou em casa
7. A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei
8. Os Sete passos do filho pródigo para a vitória
9. As seis Lições Extraídas da
Parábola do Filho Pródigo
Nesta
oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no evangelho
de Lucas 15.11-32 que nos diz:
E disse: Um certo homem tinha dois
filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a
parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo,
ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus
bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra
uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela
terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas
que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de
meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e
dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho;
faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando
ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo,
lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e
perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa
a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos,
e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu,
tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
E o seu filho mais velho estava no campo; e
quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era
aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão
1. Introdução a série sobre o filho prídigo
As parábolas bíblicas já são bem
familiares para os cristãos e nem precisa ser um há muito tempo para se deparar
com elas principalmente ao ler os evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas.
Pois ali é possível encontrar várias parábolas ensinadas por Jesus sobre
diferentes temas, objetos e personagens.
Muitas pessoas veem as parábolas
como simples histórias terrenas com significados celestiais, apesar de existir
um pouco de verdade sobre essa afirmação, ela não é suficiente para definir
todas as parábolas, já que muitas são muito mais que ilustrações, e embora
algumas tratem de escatologia, não estão falando apenas da vida futura mas sim
sobre a vida nessa era. Essa redução que se faz de uma parábola bíblica a uma
simples história é definida como um reducionismo.
O objetivo das Parábolas
As parábolas são como lentes que
ao ver através delas nos é possível enxergar a verdade para assim conseguirmos
corrigir aquilo que outrora não era possível. O objetivo imediato de uma
parábola é ser algo bastante atraente para assim chamar a atenção do leitor,
seu objetivo final é despertar uma compreensão mais aprofundada sobre ela e
assim estimular o leitor a uma mudança de ação. As parábolas bíblicas revelam o
caráter de Deus e a sua maneira de agir. Revelam também como a sua criação deve
agir.
As parábolas não simples histórias
informativas. Elas capturam a atenção do leitor, provocam a reflexão e geram a
mudança, elas buscam voltar as pessoas para atitudes dignas do evangelho e
exigidas no Reino de Deus. Elas não ensinam passividade, mas nos instigam a
fazer algo, buscam uma resposta radical das pessoas para serem imitadores de
Cristo.
Portando, uma parábola não é
simplesmente uma analogia. Uma parábola é uma figura de linguagem ilustrativa
com fins de comparação e tem como fim ensinar uma lição espiritual. Ela pode
ser grande ou pequena. Podem ocorrer diversos tipos de figuras de linguagem,
metáforas, provérbios, entre outros. Mas ele sempre faz uma comparação de algo
comum a realidade a alguma verdade espiritual mais profunda.
A parábola pode estender a
comparação e a transformar em uma história mais longa. Ou em uma metáfora mais
complexa, e o significado (sempre alguma verdade espiritual) não é
necessariamente óbvio. A maioria das parábolas de Jesus exigia algum tipo de
explicação.
A parábola do filho pródigo
é a última de três parábolas que Jesus contou em Lucas 15 sobre coisas ou
pessoas perdidas. O pastor regozija-se quando encontra sua ovelha perdida
(15:4-7), a mulher regozija-se quando ela encontra sua moeda perdida (15:8-10)
e o pai regozija-se quando seu filho perdido volta para casa. Para ter certeza,
há uma progressão nas parábolas, mas regozijar ao “achar” algo é o tema que
liga estas três lições.
Nesta comparação ou parábola, a linguagem figurada usada é a seguinte:
a) O pai, significa no sentido
espiritual que é o próprio Deus (vers. 12);
b) Vivendo dissolutamente (vers.
13), quer dizer que vivia os prazeres deste mundo;
c) Depois de ter gasto tudo, o
texto quer dizer que ele passou necessidades (vers. 14), isto é, sua alma
sentiu fome e sede de Deus, pois se desviou de Deus;
d) O jovem foi ao campo cuidar de
porcos e procurava se alimentar-se da comida dos porcos (vers. 15 e 16), o
jovem buscou outras fontes e não a Deus para saciar a fome da sua alma, e foi
lhe oferecido comida suja a ele, comida não provida do pai, mas do diabo, do
mundo;
e) O filho mais novo refletiu,
pensando nos empregados do pai dele que comiam bem, e ele como filho voltou ao
seu pai (vers. 17-21), ou seja, os servos de Deus, alimentam-se do maná de Deus
e jamais terão fome e sede de Deus. E este filho, voltou arrependido aos braços
de Deus, reconhecendo que não era digno das bênçãos de Deus, mas que Deus
tivesse misericórdia, pois sabia ele, que desviado não era digno do Reino de
Deus.
f) O pai cheio de compaixão e
misericórdia, recebe o filho matando um novilho e fazendo festa na sua
recepção, pois estava morto este filho e reviveu (22-24), espiritualmente Jesus
quis dizer que este desviado se tornou filho de Deus novamente e foi recebido
por Deus com festa e alegria, pois estava morto espiritualmente e reviveu, passando
a servir a Deus.
g) A inveja e ciúme tomou conta do
irmão mais velho. Mas o pai traz conforto ao filho dizendo que a ele já
pertencia a herança, pois era fiel e trabalhador ao pai (26-32). Quantos
crentes não perdoa, não usa de misericórdia para pregar e receber de volta os
desviados ou aqueles que estão no mundo. Sabemos que todos têm oportunidades
iguais para converter-se a Deus, seja ímpio ou desviado da presença de Deus, o
Pai está de braços abertos esperando aqueles que reconhecem e arrependem-se de
seus atos pecaminosos e passe a servir ao Deus
Verdadeiro.
·
Repartiu a
herança entre os dois filhos
É sabido que parábola significa
comparação, ou seja, história curta com o fim de ensinar lições a respeito do
reino de Deus, ou de sabedoria ou moral. Isto não quer dizer que foi uma
história real, mas sim, algo ilustrativo da parte do Senhor Jesus, para que
entendamos sua mensagem e profundeza.
Esta parábola inicia dizendo que
havia um homem com dois filhos, o qual dividiu suas propriedades como herança
aos mesmos. O filho mais novo, pegou sua parte, vendeu e foi curtir o mundo lá
fora, gastando em deleites desta vida. A Bíblia Nova Versão Internacional diz
no versículo 13, que o jovem viveu de forma irresponsável.
Na parábola do semeador vemos que
Jesus nos mostra uma grande realidade, ao qual afirma que a palavra de Deus,
que é comparada a uma semente é lançada na terra que é o mundo, e os espinhos
que são os deleites deste mundo, sufocam a semente, isto é, sufocam a Palavra
de Deus, tornando-a infrutífera para o Reino de Deus (Lc 8:14). Os deleites
deste mundo, assim como este filho que abandonou o Pai, tem feito muitos
cristãos saírem da presença de Deus, para viver dissolutamente* nesta vida
terrena, principalmente neste últimos dias da igreja na face da terra (2 Tm
3:1-5).
(Lc 8:14)
E a que caiu entre espinhos, esses são os que
ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites
da vida, e não dão fruto com perfeição;
(2 Tm 3:1-5 )
1 Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2 Porque haverá homens amantes
de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes
a pais e mães, ingratos, profanos,
3 Sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os
bons,
4 Traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 Tendo aparência de piedade, mas
negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
(Tg 4:3)
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para
o gastardes em vossos deleites.
·
O pai é o próprio
Deus (vers. 11 e 12)
Deus tem seu reino celestial, a
salvação e vida eterna e quer repartir com todos os seus filhos. Muitos por aí
dizem serem filhos de Deus, mas a Bíblia afirma que não. Todos os seres humanos
são criaturas (Mc 16:15; 2 Co 5:17), exceto, os que servem ou se convertem a
Deus (Rm 8:14-16; Jo 1:12-13; Rm 9:8; Gl 3:26).
(Mc 16:15)
E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
(2 Co 5:17)
Assim que, se alguém está em
Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo.
(Rm 8:14-16)
14 Porque todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 Porque não recebestes o
espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o
Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 O mesmo Espírito testifica com
o nosso espírito que somos filhos de Deus.
(Jo 1:12-13)
12 Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no
seu nome;
13 Os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
(Rm 9:8)
Isto é, não são os filhos da carne
que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como
descendência.
(Gl 3:26)
Porque todos sois filhos de Deus
pela fé em Cristo Jesus.
Deus é nosso Pai (Is 63:16; Is
64:8), ao qual, esta parábola nos ensina, e se um pai físico tem uma propriedade
aqui na terra, a herança será para seus filhos, quanto mais o nosso Pai
espiritual que é o nosso Deus, o qual também dará por herança o seu Reino
Celestial.
(Is 63:16) Mas tu és nosso Pai,
ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és
nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome.
(Is 64:8) Mas agora, ó SENHOR, tu
és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas
mãos.
O filho pródigo vendeu sua parte e
viveu dissolutamente (v. 13)
O texto fala que o filho recebeu a
sua parte na herança de seu pai, mas vendeu tudo para viver dissolutamente*, em
outras palavras, este filho resolveu viver sozinho, tanto é que o texto fala
"uma terra longínqua" a sua vida de forma libertina*, curtindo os
prazeres carnais e vaidosos deste mundo.
Quantos são os crentes que outrora estava na presença de Deus, na igreja, e resolveram de uma hora pra outra, sair de presença do Pai Celestial e viver uma vida desregrada*, uma vida carnal e não mais espiritual (Tg 5:19-20). Há uma luta entre a carne e espírito do homem (Gl 5:17), devemos vencer a nossa natureza pecaminosa (Gl 5:24-25; Gl 2:20). Para vivermos para Deus é necessário morrer para o mundo e desejos da carne, caso contrário, o homem que viver conforme a natureza carnal, morrerá espiritual e por fim morrerá eternamente no inferno.
(Tg 5:19-20)
19 Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado
da verdade, e alguém o converter,
20 Saiba que aquele que fizer
converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e
cobrirá uma multidão de pecados.
(Gl 5:17)
Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que
não façais o que quereis.
(Gl 5:24-25)
24 E os que são de Cristo
crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos em Espírito, andemos
também em Espírito.
(Gl 2:20)
Já estou crucificado com Cristo; e
vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a
na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.
(I Pe 2:11) Amados, peço-vos, como
a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que
combatem contra a alma; gastou tudo,
e teve fome, passando por necessidade (vers. 14)
Este filho, gastou toda a sua
herança em vaidades do mundo, em coisas fúteis* e acabou padecendo necessidades
e fome. No sentido espiritual, analisamos que o crente que abandona o Pai, e
passa a voltar ao mundo, ele acaba sendo sufocado pelas coisas deste mundo (Mc
4:19) e perde toda a sua herança que antes tinha de Deus e começa a padecer
fome e necessidade espiritual (Is 55:1-2). Deus afirma que serão fartos todos
aqueles que tem fome e sede de Deus (Mt 5:6), portanto, não é motivo da alma do
homem padecer necessidades, basta se esforçar e buscar a presença de Deus,
através da sua Palavra, pois Ele é o Pão da Vida, o alimento espiritual (Jo
6:35).
(Mc 4:19)
Mas os cuidados deste mundo, e os
enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a
palavra, e fica infrutífera.
(Mt 5:6) Bem-aventurados os que
têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
(Jo 6:35)
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão
da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
(Is 55:1-2 1)
Ó vós, todos os que tendes sede,
vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim,
vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é
pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me
atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
O filho vendeu tudo quanto tinha
para angariar vaidades e vaidades passageiras deste mundo, mas a Bíblia nos dá
uma prescrição* de como seria o ideal para o cristão viver, que é o oposto do
que este filho viveu, nos mostrando a parábola do tesouro escondido (Mt
13:44-46), ou seja, vendeu tudo quanto tinha para granjear* este tesouro ou pérola
escondida que havia no campo encontrado por ele.
No sentido espiritual, esta
parábola ou comparação, quer dizer que o cristão deve abandonar este mundo, sua
vida, seus ideais e passar a viver conforme os pensamentos de Deus, que é as
Escrituras, enfim, abandonar todos os desejos egoístas e particulares do homem
e passar a viver para Deus (Mc 8:34), morrer para si e para o mundo e viver
para Deus, que por fim, conquistar este tesouro que é a salvação eterna lá no
céu.
(Mt 13:44-46)
44 Também o reino dos céus é
semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e,
pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
45 Outrossim, o reino dos céus é
semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
46 E, encontrando uma pérola de
grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.
(Mc 8:34)
E chamando a si a multidão, com os seus
discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e
tome a sua cruz, e siga-me.
O jovem cuidou de porcos e alimentou-se da comida dos porcos (Vers. 15 e 16)
No entendimento espiritual, este
jovem passou a conviver com a imundícia do mundo, a pecaminosidade passando a
alimentar seu espírito e alma com as porcarias ou sujeiras deste mundo e de
satanás (I Jo 5:5; I Jo 4:4; I Jo 2:17; Is 55:1-2). Enfim, ele buscou outras
fontes alimentar da alma e não a Deus, visto que Jesus é Pão da Vida, quem se
alimenta Dele, não terá fome e sede, como já supracitado em João 6:35, mas quem
vive no mundo e para o mundo, colhe o que é estragado, imundo para o espírito e
alma (II Co 7:1). Quando um crente se desvia da presença de Deus, a situação é
pior do que quando entrou no Evangelho (Mt 12:43-45; I Ts 4:7).
(Mt 12:43-45)
43 E, quando o espírito imundo tem
saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra.
44 Então diz: Voltarei para a
minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada.
45 Então vai, e leva consigo
outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os
últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a
esta geração má.
(2 Co 7:1) Ora, amados, pois que
temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do
espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
I Ts 4:7 Porque não nos chamou
Deus para a imundícia, mas para a santificação.
I Jo 5:5
Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê
que Jesus é o Filho de Deus?
I Jo 4:4 Filhinhos, sois de Deus,
e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no
mundo.
I Jo 2:17 E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
(Is 55:1-2) 1 Ó Vós, todos os que
tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e
comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
2 Por que gastais o dinheiro
naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode
satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite
com a gordura.
·
O filho
arrependeu-se e voltou a casa do pai (Vvs. 17-21)
Após a decepção que teve lá no
mundo com sua experiência catastrófica*, ele volta para a casa do seu pai. Pois
pensava ele nos empregados que tinha o que comer, no conforto que ele teria,
nem que não fosse a mesma coisa como antes, mas que pelo menos o básico e
fundamental tivesse para sobreviver. O filho pródigo sabia que não era digno de
ir até a presença do pai, pois havia deixado e perdido sua herança. Em
paralelo, vemos quantos são os crentes que abandona o Pai Celestial e depois da
decepção no mundo quer voltar a presença de Deus, após arrepender-se.
(Gl 6:7-8 7)
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque
tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia na sua
carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito
ceifará a vida eterna.
(Ez 33:14-18)
14 Quando eu também disser ao
ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e praticar juízo
e justiça,
15 Restituindo esse ímpio o
penhor, indenizando o que furtou, andando nos estatutos da vida, e não
praticando iniquidade, certamente viverá, não morrerá.
16 De todos os seus pecados que cometeu
não se terá memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente viverá.
17 Todavia os filhos do teu povo
dizem: Não é justo o caminho do Senhor; mas o próprio caminho deles é que não é
justo.
18 Desviando-se o justo da sua
justiça, e praticando iniquidade, morrerá nela.
Devemos procurar nunca se desviar,
porque ao se desviar é pior, há consequências e sequelas que ficam, para
recuperar, talvez demore muito tempo ou nunca se recupere (Gl 6:7-8). Veja um
exemplo das consequências do que se desvia da presença de Deus e o que volta
para Deus (Ez 33:14-18). Ao voltar-se arrependido para Deus, pode ter certeza
que Ele perdoará, porque a sua misericórdia não tem fim (Lm 3:22; At 3:19).
(Lm 3:22)
As misericórdias do SENHOR são a
causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
(At 3:19)
Arrependei-vos, pois, e
convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os
tempos do refrigério pela presença do SENHOR,
Ao avistar o filho, o pai teve
grande misericórdia e recebeu-o de volta a sua presença, assim é Deus com
aqueles que se arrependem (Ap 2:16).
(Ap 2:16)
Arrepende-te, pois, quando não em breve virei
a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
Jesus ensinou que devemos perdoar
o nosso irmão sete vezes setenta quando o mesmo pecar contra e nós e vier
arrependido, quanto mais o Deus Eterno e misericordioso (Mt 18:21-22).
(Mt 18:21-22)
21 Então Pedro, aproximando-se
dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe
perdoarei? Até sete?
22 Jesus lhe disse: Não te digo
que até sete; mas, até setenta vezes sete.
Festa no retorno a casa do pai (Vvs.
22-24)
Houve grande compaixão e
misericórdia por parte do pai, o qual recepcionou com uma festa na recepção,
pois o filho até que enfim, reconheceu que era melhor viver na presença de Deus
do que viver lá fora segundo seus desejos carnais e mundanos. Deus fala em sua
Palavra que há alegria no céu quando alguém se arrepende (Lc 15:7).
(Lc 15:7)
Digo-vos que assim haverá alegria
no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos
que não necessitam de arrependimento.
A alegria no céu é devido a mais uma alma ser
resgatado do reino das trevas para o Reino de Deus, do poder de satanás ao
poder de Deus (At 26:18).
O filho pródigo estava morto
espiritualmente, mas tornou a reviver. Serviu ao pecado e tornou a viver com
Cristo (Rm 6:10-13). O homem que anda desviado do caminho do entendimento, na
congregação dos mortos repousará (Pv 21:16).
(At 26:18) Para lhes abrires os
olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim
de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados
pela fé em mim.
(Rm 6:10-13)
10 Pois, quanto a ter morrido, de
uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos
como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.
12 Não reine, portanto, o pecado
em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
13 Nem tampouco apresenteis os
vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a
Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos
de justiça.
A inveja e ciúme do irmão mais
velho (Vvs. 26-32)
A inveja e ciúme tomou conta do
irmão mais velho. Mas o pai traz conforto ao filho dizendo que a ele já
pertencia a herança, pois era fiel e trabalhador ao pai (26-32). Quantos
crentes não perdoa, não usa de misericórdia para pregar e receber de volta os
desviados ou aqueles que estão no mundo. Sabemos que todos têm oportunidades
iguais para converter-se a Deus, seja ímpio ou desviado da presença de Deus, o
Pai está de braços abertos esperando aqueles que reconhecem e arrependem-se de
seus atos pecaminosos e passe a servir ao Deus Verdadeiro.
Na igreja, os cristãos mais velhos
e firmes na fé, jamais devem agir de acordo este irmão na parábola agiu, tendo
inveja ou ciúme por alguém que outrora servia a Deus, se desviou e novamente
retornou a casa de Deus, pensando que aquele que retornou não tem direito a
herança celestial. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia (I Co
10:12), se pois a Bíblia diz isto, a Palavra quer nos revelar que qualquer um
que está firme na presença de Deus, num momento de vacilo ou falta de
vigilância poderá cair e voltar ao mundo como o filho pródigo, por isto a
Palavra orienta-nos como cristãos a vigiar e orar (Mt 26:41).
(Mt 26:41) Vigiai e orai, para que
não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é
fraca.
Inveja é algo condenável da parte de Deus,
reprovado na sua Palavra (Tg 3:16; Gl 5:21), o conselho é: Não sejamos
cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos
outros (Gl 5:26). Se estivermos firmes na casa de Deus, é motivo de
glorificarmos a Deus e corrermos atrás daqueles que não vieram na Presença ou
aqueles que vieram e abandonaram, pois a ordem foi dada a igreja, E disse-lhes:
Ide por todo o mundo, pregue o evangelho a toda criatura (Mc 16:15).
(Tg 3:16)
Porque onde há inveja e espírito
faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.
(Gl 5:21) Invejas, homicídios,
bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o
reino de Deus.
Jesus nos deixou o exemplo de que
o cristão deve se preocupar muito mais em correr atrás das almas perdidas e
desviadas do que as almas firmes na presença de Deus (Mt 18:11-14), isto não
quer dizer abandonar as firmes, mas mantê-las, alimentando-as espiritualmente,
mas dedicando nas perdidas.
(Mt 18:11-14)
11 Porque o Filho do homem veio
salvar o que se tinha perdido.
12 Que vos parece? Se algum homem
tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes,
deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?
13 E, se porventura achá-la, em
verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove
que se não desgarraram.
14 Assim, também, não é vontade de
vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.
O pecado do filho pródigo:
afastar-se do pai, indo em busca dos prazeres mundanos. A consequência do
pecado: miséria, fracasso, solidão. O prazer deu lugar ao sofrimento. Um filho
junto aos porcos. É a condição do pecador longe de Deus. O arrependimento:
“Caindo em si” (v. 17-19). Arrependimento significa reconhecimento do pecado,
mudança de pensamento e opinião em relação ao pecado. Aquilo que parecia bom é
reconhecido como maligno. Arrependimento implica em sentimento (tristeza pelo
pecado) e decisão de mudar: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai”.
A conversão: “Levantou-se, pois, e
foi” (v. 20). É a ação correspondente ao arrependimento.
O pai tem o coração cheio de amor
e os braços abertos para receber os filhos arrependidos. Arrependa-se e volte
para a casa do pai.
Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens.
sobre o tema: O filho pródigo do Antigo e do Novo Testamento
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