terça-feira, 31 de agosto de 2021

Série os Patriarcas - Isaque - 4. A simbologia do seu casamento

 


Por Jânio Santos de Oliveira


 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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O texto da Palavra de Deus se encontra no Livro do Gênesis capítulo 24, completo que nos diz:

"Ora, Abraão era já velho e de idade avançada; e em tudo o Senhor o havia abençoado.

 E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher dentre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque. Perguntou-lhe o servo: Se porventura a mulher não quiser seguir-me a esta terra, farei, então, tornar teu filho à terra donde saíste? Respondeu-lhe Abraão: Guarda-te de fazeres tornar para lá meu filho. 

O Senhor, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: Â tua o semente darei esta terra; ele enviará o seu anjo diante de si, para que tomes de lá mulher para meu filho. 

Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não farás meu filho tornar para lá. 9Então pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio.

Tomou, pois, o servo dez dos camelos do seu senhor, porquanto todos os bens de seu senhor estavam em sua mão; e, partindo, foi para a Mesopotâmia, à cidade de Naor. 

Fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto ao poço de água, pela tarde, à hora em que as mulheres saíam a tirar água. E disse: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje, peço-te, bom êxito, e usa de benevolência para com o meu senhor Abraão.

 Eis que eu estou em pé junto à fonte, e as filhas dos homens desta cidade vêm saindo para tirar água; faze, pois, que a donzela a quem eu disser: Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela responder: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; seja aquela que designaste para o teu servo Isaque. Assim conhecerei que usaste de benevolência para com o meu senhor.

Antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, saía com o seu cântaro sobre o ombro. 

A donzela era muito formosa à vista, virgem, a quem varão não havia conhecido; ela desceu à fonte, encheu o seu cântaro e subiu. Então o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Deixa-me beber, peço-te, um pouco de água do teu cântaro. 

Respondeu ela: Bebe, meu senhor. Então com presteza abaixou o seu cântaro sobre a mão e deu-lhe de beber.

 E quando acabou de lhe dar de beber, disse: Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de beber.

 Também com presteza despejou o seu cântaro no bebedouro e, correndo outra vez ao poço, tirou água para todos os camelos dele. 

E o homem a contemplava atentamente, em silêncio, para saber se o Senhor havia tornado próspera a sua jornada, ou não.


Depois que os camelos acabaram de beber, tomou o homem um pendente de ouro, de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as mãos dela, do peso de dez siclos de ouro; e perguntou: De quem és filha? dize-mo, peço-te.

 Há lugar em casa de teu pai para nós pousarmos? Ela lhe respondeu: Eu sou filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor. Disse-lhe mais: Temos palha e forragem bastante, e lugar para pousar. 

Então inclinou-se o homem e adorou ao Senhor; e disse: Bendito seja o Senhor Deus de meu senhor Abraão, que não retirou do meu senhor a sua benevolência e a sua verdade; quanto a mim, o Senhor me guiou no caminho à casa dos irmãos de meu senhor.

A donzela correu, e relatou estas coisas aos da casa de sua mãe. Ora, Rebeca tinha um irmão, cujo nome era Labão, o qual saiu correndo ao encontro daquele homem até a fonte; porquanto tinha visto o pendente, e as pulseiras sobre as mãos de sua irmã, e ouvido as palavras de sua irmã Rebeca, que dizia: Assim me falou aquele homem; e foi ter com o homem, que estava em pé junto aos camelos ao lado da fonte. 

E disse: Entra, bendito do Senhor; por que estás aqui fora? pois eu já preparei a casa, e lugar para os camelos.

 Então veio o homem à casa, e desarreou os camelos; deram palha e forragem para os camelos e água para lavar os pés dele e dos homens que estavam com ele.

 Depois puseram comida diante dele. Ele, porém, disse: Não comerei, até que tenha exposto a minha incumbência. Respondeu-lhe Labão: Fala. Então disse: Eu sou o servo de Abraão.

 O Senhor tem abençoado muito ao meu senhor, o qual se tem engrandecido; deu-lhe rebanhos e gado, prata e ouro, escravos e escravas, camelos e jumentos.

 E Sara, a mulher do meu senhor, mesmo depois, de velha deu um filho a meu senhor; e o pai lhe deu todos os seus bens. 

Ora, o meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito; irás, porém, à casa de meu pai, e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho.

 Então respondi ao meu senhor: Porventura não me seguirá a mulher. Ao que ele me disse: O Senhor, em cuja presença tenho andado, enviará o seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho; e da minha parentela e da casa de meu pai tomarás mulher para meu filho; então serás livre do meu juramento, quando chegares à minha parentela; e se não ta derem, livre serás do meu juramento.


E hoje cheguei à fonte, e disse: Senhor, Deus de meu senhor Abraão, se é que agora prosperas o meu caminho, o qual venho seguindo, eis que estou junto à fonte; faze, pois, que a donzela que sair para tirar água, a quem eu disser: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água do teu cântaro, e ela me responder: Bebe tu, e também tirarei água para os teus camelos; seja a mulher que o Senhor designou para o filho de meu senhor.

Ora, antes que eu acabasse de falar no meu coração, eis que Rebeca saía com o seu cântaro sobre o ombro, desceu à fonte e tirou água; e eu lhe disse: Dá-me de beber, peço-te.

 E ela, com presteza, abaixou o seu cântaro do ombro, e disse: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; assim bebi, e ela deu também de beber aos camelos. Então lhe perguntei: De quem és filha? E ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que Milca lhe deu. 

Então eu lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras sobre as mãos; e, inclinando-me, adorei e bendisse ao Senhor, Deus do meu senhor Abraão, que me havia conduzido pelo caminho direito para tomar para seu filho a filha do irmão do meu senhor. 


Agora, pois, se vós haveis de usar de benevolência e de verdade para com o meu senhor, declarai-mo; e se não, também mo declarai, para que eu vá ou para a direita ou para a esquerda.
Então responderam Labão e Betuel: Do Senhor procede este negócio; nós não podemos falar-te mal ou bem. Eis que Rebeca está diante de ti, toma-a e vai-te; seja ela a mulher do filho de teu senhor, como tem dito o Senhor.


Quando o servo de Abraão ouviu as palavras deles, prostrou-se em terra diante do Senhor: e tirou o servo jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos, e deu-os a Rebeca; também deu coisas preciosas a seu irmão e a sua mãe. Então comeram e beberam, ele e os homens que com ele estavam, e passaram a noite. 

Quando se levantaram de manhã, disse o servo: Deixai-me ir a meu senhor. Disseram o irmão e a mãe da donzela: Fique ela conosco alguns dias, pelo menos dez dias; e depois irá.

 Ele, porém, lhes respondeu: Não me detenhas, visto que o Senhor me tem prosperado o caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu senhor.

 Disseram-lhe: chamaremos a donzela, e perguntaremos a ela mesma. 

Chamaram, pois, a Rebeca, e lhe perguntaram: Irás tu com este homem; Respondeu ela: Irei. Então despediram a Rebeca, sua irmã, e à sua ama e ao servo de Abraão e a seus homens; e abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: Irmã nossa, sê tu a mãe de milhares de miríades, e possua a tua descendência a porta de seus aborrecedores!

Assim Rebeca se levantou com as suas moças e, montando nos camelos, seguiram o homem; e o servo, tomando a Rebeca, partiu.

Ora, Isaque tinha vindo do caminho de Beer-Laai-Rói; pois habitava na terra do Negebe.

 Saíra Isaque ao campo à tarde, para meditar; e levantando os olhos, viu, e eis que vinham camelos.

 Rebeca também levantou os olhos e, vendo a Isaque, saltou do camelo e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? respondeu o servo: É meu senhor. Então ela tomou o véu e se cobriu. 

Depois o servo contou a Isaque tudo o que fizera. Isaque, pois, trouxe Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe; tomou-a e ela lhe foi por mulher; e ele a amou.

 Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe."


Nós estamos de volta para dar continuidade a série "Os Patriarcas" nesta nova sequência estamos falando sobre o segundo deles que é Isaque. Remos a seguinte sequência:
  • A sua biografia;
  •  O seu nascimento;
  • Isaque um tipo de Cristo.


Agora vamos falar sobre "A simbologia do seu casamento". Vamos ao estudo!

I. Visão panorâmica do texto.


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Gênesis 24

24.1-67 — Este capítulo relata como o servo mais velho na casa de Abraão encontrou uma esposa para Isaque. O texto é marcado por um estilo prolongado de narrativa, com a riqueza de detalhes típica dos contadores de história da tradição hebraica. Acima de tudo, registra a bondosa orientação do Senhor em relação ao Seu povo.

24.1 — O Senhor havia abençoado a Abraão em tudo. Este é o cumprimento da promessa, revelada inicialmente em Génesis 12.2,3.

24.2 — Alguns estudiosos acreditam que o servo mencionado aqui é Eliézer (Gn 15.2), por causa de sua posição de destaque em relação aos outros servos de Abraão.

24.3 — Jurar pelo Senhor indica quão extraordinária era esta questão para Abraão. Ele não queria tomar para Isaque mulher dentre as filhas dos cananeus. Não por racismo, mas por motivos religiosos, pois o povo cananeu adorava falsos deuses, como Baal e Aserá (Gn 15.16; compare com Dt 7.3).

24.4-7 — Deus dos céus. Esta expressão usada para se referir a Deus é extremamente rica e demonstra não só a grande fé do patriarca Abraão, como também a fé de seu servo. Abraão repetiu um importante tópico da aliança de Deus com ele: sua semente (descendência) herdaria aquela terra (Gn 15.1-21). Deus haveria de enviar Seu Anjo adiante de seu servo, a fim de assegurar sucesso na missão. O Anjo do Senhor é uma maneira de aludir à presença dele (Gn 16.7; 22.11; 48.16).

24.8-10 — A posse de camelos nos tempos bíblicos era um sinal de extraordinária riqueza. A palavra Mesopotâmia significa entre dois rios. Esta região se localiza ao norte da Síria, além do rio Eufrates (compare com a localização da terra natal de Balaão, em Nm 22.5;23.7). Já a cidade de Naor é conhecida como Harã (Gn 11.31).

24.11 — Tradicionalmente, as mulheres se dirigiam às fontes para buscar água nas primeiras horas da manhã ou à tardinha, pois o calor intenso tornava essa árdua tarefa ainda mais penosa.

24.12-14 — Senhor, Deus de meu senhor Abraão. Esta expressão não significa que o servo não acreditasse no Deus vivo. Ao contrário, era por causa de sua fé que ele orava desta maneira. O servo estava clamando a Deus baseado na aliança do Todo-poderoso com Abraão, o que pode ser observado no apelo à beneficência do Senhor (Seu pacto de lealdade, Gn 21.23). Nos Salmos, essa é a principal palavra que descreve a bondade de Deus (Sl 100.5).

24.16-18 — Comentários a respeito da beleza física de uma mulher são raros na Bíblia (veja a descrição de Sarai, em Gn 12.11; de Raquel, em Gn 29.17; e de José em Gn 39.6. Compare com 1 Sm 16.12). Sua castidade foi notada. A palavra traduzida como donzela não remete a um termo preciso. Por causa disso, há o esclarecimento: a quem varão não havia conhecido.

24.19 — Tirarei também água para os teus camelos. Este gesto estava muito além dos deveres sociais de Rebeca; e este foi o sinal que o servo havia pedido ao Senhor.

24.20-22 — A jovem deve ter se perguntado o que estava acontecendo com ela para receber presentes tão valiosos, tais como um pendente e duas pulseiras de ouro, coisas que normalmente não são oferecidas por um estranho.

24.23 — De quem és filha? Na época, a identidade de uma mulher solteira estava estreitamente relacionada à identidade de seu pai (Rt 2.5), e a identidade de uma mulher casada à de seu marido. Após declarar sua progenitura (v. 24;22.20-23), Rebeca respondeu que havia bastante espaço para alojá-los em sua casa (v. 25).

24.24-26 — O servo de Abraão reconheceu a abundante graça de Deus e inclinou-se aquele varão, e adorou ao Senhor. Ele se inclinou ao chão, o que significa que adorou a Deus (Gn 19.1;22.5). Não é de se admirar que Abraão houvesse depositado grande confiança neste servo, que temia ao Senhor (v. 1-9).

24.27 — Bendito seja o Senhor. Ao usar estas e as palavras seguintes, o servo de Abraão orou verdadeira e publicamente ao Senhor, como será visto mais adiante no livro de Salmos (Sl 105.1,2). Os substantivos beneficência e verdade, juntos, indicam a total e permanente lealdade de Deus. A declaração do servo — o Senhor me guiou no caminho — demonstra que ele tinha percepção de que Deus não guiava uma pessoa que não sabia o que estava fazendo, mas alguém que já estava realizando a Sua vontade.

24.28,29 — Quando lemos esses versículos, a tendência é lembrarmos de Labão por causa de sua relação com Jacó (capítulos 29-31). Contudo, aqui ele é retratado como um gentil servo do Senhor, oferecendo a sua hospitalidade ao servo de Abraão (v. 31).

24.30-49 — Não comerei, até que tenha dito as minhas palavras. Este discurso mostra o entusiasmo do servo. O Senhor tinha operado de maneira sobrenatural, e o servo queria adiar o momento de comer para contar a sua história extraordinária à família de Rebeca. Assim, ele relatou comovido tudo o que se passara, não se esquecendo de detalhes acerca de fatos e tempo.

24.50,51 — Então, responderam Labão e Betuel e disseram: Do Senhor procedeu este negócio; não podemos falar-te mal ou bem. Diante desta resposta e das primeiras palavras de Labão ao servo de Abraão (v. 31), podemos concluir que a família de Betuel e Labão também adorava ao Deus vivo (Gn 11.27— 12.4; Js 24.2). O irmão e o pai da jovem reconheceram ali a obra do Senhor e responderam imediatamente: Eis que Rebeca está diante da tua face.

24.52 — Antes de fazer qualquer outra coisa, o servo de Abraão inclinou-se até o chão para adorar a Deus, declarando publicamente seu agradecimento pela provisão divina (v. 26).

24.53-57 — De acordo com a tradição do Oriente, utilizando parte das posses de Abraão, o servo deu presentes valiosos e joias de ouro a Rebeca, bem como à família dela tempos depois. Novamente, o pai, Betuel, não é mencionado.

24.58 — Até este momento, nada é dito a respeito dos desejos de Rebeca, mas a palavra irei demonstra a vontade dela.

24.59 — Não foi fácil para a família deixar a amada irmã e filha seguir com o servo de Abraão. Este foi um ato de coragem e fé no Senhor.

24.60 — Abençoaram Rebeca. Segundo o costume do antigo Oriente Médio, a família dava uma bênção formal ao matrimónio (Rt 4-11,12). As palavras ditas a Rebeca não expressavam apenas um sentimento ou um rito qualquer, mas representavam uma oração para que Deus abençoasse a sua vida: Sejas tu em milhares de milhares. Estas duas expressões poéticas ecoam a promessa de Deus para Abraão e Sara (Gn 17.15,16). O termo traduzido como milhares significa inumerável, incontável. Também pode ser um trocadilho com o nome Rebeca, pois a pronúncia deste soa em hebraico como tal. A semelhança da promessa de Deus a Abraão (Gn 22.17), a posse da porta da cidade de um inimigo indica a dominação sobre este.

24.61-63 — Ao deixarem a cidade, Rebeca e suas servas devem ter atraído um séquito de pessoas que as acompanhava até a saída de Harã. Enquanto isso, Isaque tinha voltado de Laai-Roi (Gn 24.62; 16.13,14).

24.62 — A terra do Sul aqui é o Neguebe (Gn 12.9;13.1).

24.63,64 — O significado preciso do termo traduzido como orar é incerto. Talvez seja caminhar em algum local com o intuito de pensar.

24.65 — De acordo com a tradição do Oriente Médio, usar um véu era um comportamento apropriado para uma jovem mulher solteira que estava prestes a ficar na companhia de um homem.

24.66 — Levando em consideração a prévia e exaltada narrativa do servo à família de Rebeca a respeito de sua missão, podemos imaginar a conversa entusiasmada que este teve com Isaque.

24.67 — Isaque levou Rebeca para a tenda da mãe dele, o que era um ato público, e ela foi-lhe por mulher, e [ele] amou-a. Raramente lemos na Bíblia a respeito do amor romântico ou conjugal. Mas, o Cântico dos Cânticos fala sobre este tema. A tristeza de Isaque por causa da morte de sua mãe agora era substituída pela alegria do casamento com amor. Esta história é adorável, um retrato da boa providência de Deus para o Seu povo.
Chamaram, pois, a Rebeca, e lhe perguntaram: Irás tu com este homem? Respondeu ela: Irei.” (Gn 24:58)

II. Abraão providencia o casamento de Isaque.


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Isaque estava com quarenta anos, Sara sua mãe, já tinha morrido. Abraão tomou a decisão de arranjar uma esposa para o filho. Chamou seu servo de maior confiança, Elezier, e deu-lhe, sob juramento, a grande responsabilidade de buscar uma noiva para Isaque.

 Abraão havia decidido que Isaque não se casaria com uma mulher cananéia. Conforme o sistema patriarcal mandou Elezier, aos seus parentes, em Harã, na Mesopotâmia, para escolher uma jovem entre as mulheres de sua família, que também adorasse ao Deus de Abraão (Gn 24:1-9). Essa missão tinha que ser bem sucedida.

Elezier tomou dez camelos do seu senhor e partiu para a Mesopotâmia, a cidade de Naor (Gn 24:10). Chegando ao seu destino ajoelhou seus camelos fora da cidade, junto ao poço, na hora em que as mulheres saiam para tirar água (Gn 24:11). Colocando-se junto a fonte orou e pediu sabedoria a Deus, dizendo: “Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje, peço-te, bom êxito, e usa de benevolência para com o meu senhor Abraão. Eis que estou em pé diante a fonte, e as filhas dos homens desta cidade vêm saindo para tirar água; faze, pois, que a donzela a quem eu disser: Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela responder: Bebe, e também darei de beber a teus camelos; seja aquela que designastes para o teu servo Isaque. Assim conhecerei que usaste de benevolência para com o meu senhor” (Gn 24:12-14). Esta foi uma das orações mais destacadas da Bíblia, não sô pela grande fé que mostrou, mas porque foi respondida antes de ser terminada. Elezier suplicou a Deus que lhe indicasse a jovem que desejava para Isaque.

Aconteceu que antes de Elezier acabar de falar, eis que Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, saia com seu cântaro sobre o ombro (Gn 24:15). Era uma moça muito formosa e não havia conhecido varão (Gn 24:16).

 Então Eliezer se aproximou e pediu para beber da água de seu cântaro. E ela disse: Bebe meu senhor, e abaixou o cântaro sobre sua mão e deu-lhe de beber (Gn 24:17-18). E acabando ela de dar-lhe de beber, disse: Tirarei água também para seus camelos até que acabem de beber (Gn 24:19).

 Eliezer não estava em busca de qualquer mulher. Colocou-se a observar atentamente as características da moça. Contudo ele contava com a providência divina a fim de não se enganar. Rebeca pertencia a uma boa família, era virgem e formosa, demonstrava bondade e disposição para o trabalho (Gn 24: 17-20).

 Depois que os camelos saciaram a sede, tomou Eliezer um pendente e duas pulseiras de ouro e deu-os a Rebeca e perguntou-lhe de quem era filha. Ela respondeu: “Sou filha de Betuel, filho de Milca, o qual deu a Naor” e convidou-o para pousar em sua casa (Gn 24:23-25).

Então Eliezer inclinou-se e adorou o Senhor: “Bendito seja o Senhor de meu senhor Abraão que não retirou sua beneficência e a sua verdade de meu senhor e meu guiou até a casa dos irmãos de meu senhor” (Gn 24:27).

Posteriormente o servo de Abraão foi apresentado por Rebeca à sua mãe e seu irmão Labão. Elezier informou-os de sua missão e da surpreendente resposta de oração. Quando o assunto do casamento foi abordado o pai e o irmão de Rebeca concordaram (Gn 24:34-49), Chamaram Rebeca que aceitou seguir com Elezier e ficar noiva de Isaque (Gn 24:58).

O dote de Rebeca foi o de maior proporção e riquezas da época. Além do pendente e das pulseiras de ouro que havia recebido de Elezier (Gn 24;47), foram-lhe oferecidos dez camelos (Gn 24:10), vários utensílios de prata e ouro, vestidos e o resto do tesouro foi para o seu pai Betuel, seu irmão e sua mãe (Gn 24:53).


Rebeca, prima de Isaque, escolhida por Deus, deixou voluntariamente seus parentes e sua família para acompanhar a caravana que retornou à terra do Negebe (Gn 24:61). Quando Rebeca e Elezier chegaram próximo a casa de Abraão, Isaque veio encontrá-los, “e trouxe Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe; tomou-a e ela lhe foi por mulher; e ele a amou. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe” (Gn 24:67).

Isaque casou-se com sua bela prima Rebeca, que foi sua única esposa e, aproximadamente, vinte anos mais tarde ela deu a luz a dois filhos: Esaú e Jacó.


III. Os personagens do casamento e o arrebatamento da Igreja.


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  • Casamento de Isaque e Rebeca.


Esta história do casamento de Isaque e Rebeca é uma figura do Propósito Eterno de Deus, e das Núpcias do Cordeiro Jesus e sua Noiva, a Igreja. Por isso, neste texto encontramos quatro personagens que são representações de Deus Pai, do Filho Jesus, do Espírito Santo e da Igreja: Abraão representa Deus Pai; Isaque, o Filho, Jesus; Eliézer é uma figura do Espírito Santo; e Rebeca representa a Noiva, a Igreja de Cristo.

Que fique muito claro que Abraão não é Deus, Isaque não é Jesus, Eliézer não é o Espírito Santo e Rebeca não é a Igreja; todos foram pessoas reais que viveram num tempo específico. Mas, mesmo sendo pessoas normais (pecadoras e limitadas), são figuras que representam o Pai, o Filho, o Espírito Santo e a Igreja.

1. Abraão (Deus Pai)

Em primeiro lugar, é Abraão, o Pai, que toma a decisão de casar o filho!

Rm 8.28-30: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”.

Deus tem um propósito que é eterno, ou seja, um propósito que existe muito antes da criação do mundo (Ef 1.3-10; Gn 1.26-28), e existirá por toda a eternidade, para além da extinção deste mundo!

E sabemos que esse propósito consiste em Deus ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, para a sua glória! Tudo começa e termina em Deus, na Sua vontade. Ele é o centro de todas as coisas, e tudo é por Ele e para Ele (Rm 11.36; Cl 1.15-19).

Mas Deus não tem apenas um propósito – a vontade de ter uma família; ele tem também os meios! Ele não quer apenas que seu Filho se case, mas também já determinou com quem ele se casará! Será alguém com a mesma natureza do Filho, já que a família será de semelhantes!

Gn 24.2-8: Por isso, vemos Abraão mandando seu servo buscar uma noiva para Isaque dentre os seus parentes. Essa noiva não poderia vir de povos estranhos.

A recomendação aqui é “cautela”! Ser cauteloso é ser cuidadoso, prudente, é não ser precipitado. Deus tem tudo sob o seu controle e não abre mão do governo dos céus, da terra, da nossa vida, da sua igreja!

As vezes queremos sugerir algo a Deus; temos muitas boas ideias; pensamos em dar uma “ajudinha”, modificando, acrescentando, tirando alguma coisa que consideramos mais apropriada para a situação. Mas Deus nos diz: “Cautela!”. Temos que agir, sempre, de acordo com a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Para isso, é aconselhável que sempre busquemos direção do Senhor em oração e no conselho dos irmãos. Agir precipitadamente, por conta própria, será um risco e poderá trazer consequências sérias que, as vezes, nos acompanharão por muito tempo, se não por toda a vida!

2. Eliézer (Espírito Santo)

Gn 24.2,4: “Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo que possuía […] irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho.”.

Que fique claro que o Espírito Santo não é apenas um servo de Deus, Ele é Deus! Ele serve a Deus, assim como o Filho serve, por causa de sua natureza. Ele não é um servo como nós somos!

O Espírito Santo é quem está na terra governando as coisas de Deus, e é Ele quem executa e executará todas as obras de Deus na terra, inclusive, usando os instrumentos que Ele quiser! Então, o Espírito Santo está, nestes dias, buscando e preparando uma noiva adequadamente escolhida por Ele próprio para apresenta-la, sem mancha ou ruga, ao Noivo, Jesus.

Ele não abrirá exceções, Ele agirá de acordo com a Palavra e a vontade de Deus Pai!

Outro ponto interessante a observar é a vontade de Abraão, neste caso, de que Isaque não volte para o lugar de onde o Senhor havia mandado Abraão sair: uma terra idólatra. Abraão sabia que ele e sua descendência haviam recebido uma ordem de mudar para uma terra nova, aonde serviriam a Deus; e Deus não mudaria de opinião depois da morte de Abraão! Deus nunca agirá contrariando seus próprios princípios!

É importante notar também que mesmo que Eliézer tenha orado pedindo direção ao Senhor sobre a moça que viria a ser a esposa de Isaque, assim que orou, ele agiu: Gn 24.12-21. Agimos erroneamente (principalmente os homens!) quando oramos e não tomamos os passos práticos no sentido da resposta à oração feita!

3. Rebeca (Igreja)



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Gn 24.11: “Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde, hora em que as moças saem a tirar água.”.

A noiva que o Espírito Santo vai levar para o Noivo Jesus é formada por aqueles que estão fazendo aquilo que se espera de cidadãos do reino! Eles não estão distraídos, não estão ociosos; ao contrário, estão andando com diligência e zelo, remindo o tempo porque os dias são maus.

Gn 24.21: “O homem a observava, em silêncio, atentamente, para saber se teria o Senhor levado a bom termo a sua jornada ou não.”.

O Espírito Santo nos assiste e nos observa; tanto está operando em nosso favor, como também está nos avaliando e provando para que estejamos aptos para nos apresentarmos adequadamente ao nosso amado noivo, Jesus. Aliás, Ele é fundamental, segundo a parábola das Dez Virgens, para discernir entre as prudentes e as néscias!

Outra coisa interessante é que Ele levará a noiva ao Noivo, e não trará o Noivo para a noiva! Atualmente a igreja tem agido como se preferisse que o Noivo viesse habitar aqui, já que ela pensa que tem tudo o que precisa aqui mesmo, se agrada do mundo, tenta imitá-lo e torna-lo “gospel”. Na verdade, segundo Ap 3.15-20, a noiva nem se apercebe que já não tem sido mais nem “uma coisa”, nem “outra”, já virou “uma coisa”, e nem sente mais a falta do noivo que está do lado de fora, batendo constantemente à sua porta!

Gn 24.54-58: “Depois, comeram, e beberam, ele e os homens que estavam com ele, e passaram a noite. De madrugada, quando se levantaram, disse o servo: permiti que eu volte ao meu senhor. Mas o irmão e a mãe da moça disseram: Fique ela ainda conosco alguns dias, pelo menos dez; e depois irá. Ele, porém, lhes disse: Não me detenhais, pois o Senhor me tem levado a bom termo na jornada; permiti que eu volte ao meu senhor. Disseram: Chamemos a moça e ouçamo-la pessoalmente. Chamaram, pois, a Rebeca e lhe perguntaram: Queres ir com este homem? Ela respondeu: Irei.”.

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Embora, num primeiro momento, haja festa, comida e bebida; de repente, de madrugada, o Espírito Santo pode surpreender a noiva: É agora! Chegou a hora! Tu estás pronta para ir comigo ao encontro do teu noivo? Estás vestida adequadamente e tens o óleo necessário na tua lâmpada? E o mais importante: Tu queres ir comigo?

As vezes estamos pensando que podemos ter uns dez dias a mais para pormos em ordem algumas coisas, para nos arrependermos de outras, etc. Mas a hora é agora: “Queres ir com este homem?”, foi a pergunta que fizeram à Rebeca.

E a atitude dela deve ser a da Igreja também: “Irei”!

Gn 24.64,65: “Também Rebeca levantou os olhos, e, vendo a Isaque, apeou do camelo, e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? É o meu senhor, respondeu. Então, tomou ela o véu e se cobriu.”.

Ao encontrar Isaque, Rebeca tomou uma atitude que a Igreja também deve tomar: cobriu-se com um véu. Isto representa a atitude de quem entende a bênção de submeter-se à autoridade!

E mais, antes mesmo de encontrar Isaque, ela já demonstrava essa atitude de serva, de um espírito humilde e discreto:

“Ela levantou os olhos”: isto nos fala de uma posição de humildade, pois só levanta os olhos quem está numa posição inferior.

“Apeou do camelo”: parece contraditório, estar no alto de um camelo e levantar os olhos para ver alguém! Mas, isto demonstra a atitude esperada por Jesus, o noivo, dos que pretendem ser seus discípulos, dos que querem ser sua noiva: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” (Lc 14.33).

4. lsaque (o Filho Jesus)

Gn 24.66,67: “66 O servo contou a Isaque todas as coisas que havia feito. 67 Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou…”.

Isaque, prontamente, submeteu-se à vontade de seu pai! Para Isaque o seu casamento cumpriria um propósito maior, não era meramente para o seu prazer, sua felicidade própria! Mas, submetendo-se à vontade de seu pai, como Jesus submeteu-se à vontade de Deus, Isaque amou aquela que seu pai lhe havia escolhido e amado primeiro!

Isaque também pode ser visto como uma figura de Jesus noutras atitudes dele e de Abraão:

Gn 25.5: “Abraão deu tudo o que possuía a Isaque.”. Assim como Deus fez com seu Filho, Jesus; Abraão deixou sua herança (espiritual, carnal e material) para Isaque (Fp 2.9-11; Hb 1).

Gn 26.2-6: Assim como Abraão, seu pai, Isaque creu em Deus e isto ficou claro em sua obediência. Mesmo em meio à fome, Ele creu que aquela terra aonde seu pai lhes havia trazido era a terra de Deus para eles, e ali permaneceu. Não desceu ao Egito!

Gn 26.7-11: Como é séria e verdadeira a Palavra do Senhor com relação aos homens, aos maridos quanto a serem cabeças, os responsáveis e os modelos de sua família. Nossos filhos serão o que somos não o que falamos! Transmitimos a eles toda nossa herança, seja boa ou má!

Nossas esposas também são afetadas pela nossa vida, afinal, como disse Jesus: “… já não são mais dois, porém uma só carne” (Mt 19.6)! Como é sério isso.

Gn 25.21-28: Ainda sobre os maridos e suas esposas, vemos aqui que são os maridos os responsáveis pela saúde física, mental e principalmente a saúde espiritual de suas esposas! Se nossas esposas andam estéreis, somos nós que temos que buscar a cura, em Deus, para elas.

Outro aspecto muito interessante é vermos em Esaú e Jacó as figuras de Israel e os gentios! Embora Jacó seja Israel (literalmente), aqui podemos ver a nação de Israel na figura de Esaú, o filho mais velho, amado pelo pai, mas que desprezou sua primogenitura e a seu pai também (Gn 26.34,35).

Por outro lado temos Jacó, o mais novo, que segundo os costumes da época não seria herdeiro como o filho mais velho era, representando os gentios e a Igreja, que acaba tomando o lugar do mais velho: “11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1.11-13; Rm 9.6-13).

Deus ama a todos os homens (judeus ou gentios) e os incluiu a todos em seu propósito eterno; e a história de Abraão, Isaque e Rebeca demonstram isso!



IV. Os bastidores do encontro de Isaque com Rebeca segundo o Midrash


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Segundo o Midrash, Eliezer jurou novamente lealdade a Abrãao e iniciou os preparativos para partir rumo a Aram. Preparou dez camelos, que viajaram levando os presentes preciosos de seu mestre. Abrãao deu-lhe também um documento no qual afirmava que todos os seus bens pertenciam a Itzhak. O Todo-Poderoso então mandou dois anjos para acompanhar Eliezer. Um tinha como missão escoltar o servo fiel e o outro, atrair no momento certo Rebeca (Rivka, em hebraico) até o poço no qual Eliezer pararia para beber água.

Assim, relata o Midrash, com a ajuda de D’us através de Seu anjo, a viagem de Hebron a Aram, que normalmente duraria 17 dias, foi feita em apenas um dia.

A Torá nos relata como, ao chegar em Aram, Eliezer pede a ajuda Divina para encontrar a mulher certa para Itzhak: “Senhor, D’us do meu mestre Abrãao, Seja misericordioso permitindo que eu cumpra minha missão ainda hoje. Eu permanecerei parado no poço esperando as jovens da cidade que costumam vir buscar água. Faça com que aquela que está destinada a Itzhak responda ao meu pedido para beber água, dizendo: ‘Beba e então eu darei de beber a seus camelos’. Pois aquela que tiver a bondade de oferecer água a mim e a meus animais, fará jus à bondade e hospitalidade que reinam na casa de Abrãao”. Mal acabara de falar, surge Rebeca.

Segundo o Midrash, Rebeca, filha de Betuel, não costumava ir à fonte para buscar água. Geralmente mandava suas servas, pois, além de modesta e recatada, seu pai era o rei de Aram-Naharaim. Mas o anjo enviado por D’us fez com que ela se dirigisse naquela tarde ao poço, ao encontro de seu destino – ser a esposa de Itzhak.

Parado no local, Eliezer observava as jovens. Queria ver a jovem destinada a ser a futura esposa de Itzhak longe da influência de sua família. Segundo o Midrash, quando Rebeca chegou ao poço com um cântaro nos ombros, Eliezer imediatamente notou que ela não se abaixava para pegar a água, como as demais, mas esta brotava milagrosamente das profundezas em sua direção, indicando ser ela possuidora de uma especial santidade.

Dirigindo-se a ela, ele então perguntou: “Permita-me tomar apenas um gole da sua jarra?” E ela respondeu gentilmente, sorrindo, apesar de não o conhecer: “Beba quanto desejar, meu mestre” (Gênese 24:18). Depois que ele estava saciado, Rebeca acrescentou: “Eu também darei de beber a seus camelos até que estejam satisfeitos”. Novamente ela se aproximou do poço e encheu a jarra para servir os animais, não apenas de um gole, mas em quantidade suficiente para que satisfizessem o estômago. É sabido que os camelos têm capacidade de armazenar água para vários dias. E Rebeca os serviu dez vezes, observada por Eliezer. Além de extremamente linda, ela exalava bondade. Eliezer então teve certeza de que o Todo-Poderoso respondera a seu pedido: ele estava diante da jovem destinada a ser a esposa de Itzhak. Segundo alguns sábios, na época Rebeca tinha apenas 3 anos de idade, enquanto outros acreditam que ela já tivesse 14 anos.

Eliezer então tirou de seu bolso um aro e duas pulseiras de ouro e a enfeitou, perguntando-lhe quem era seu pai e se havia em sua casa um quarto para hospedá-lo por uma noite. Dizendo ser filha de Betuel – filho de Milcá e de Nachor, irmão de Abraão – ela afirmou que havia abrigo para os camelos e também um quarto para hospedá-lo por quanto tempo ele quisesse. Agradecendo ao Todo-Poderoso por tê-lo feito encontrar a jovem adequada, Eliezer exclama: “Abençoado seja o Senhor, D’us de meu mestre Abraão, que me guiou diretamente para a família de meu mestre”.

Rebeca correu para casa para contar à mãe o que havia acontecido, sendo ouvida por seu irmão Labão, que o convidou para sua casa. Eliezer, então, ao reunir-se com toda a família, falou de sua missão e de que maneira o Todo-Poderoso o conduzira até Rebeca. Tanto Labão quanto Betuel concordaram com o pedido de casamento, dizendo: “Isto é obra de D’us” (Gênese 24:50). “A questão foi pré-determinada e não podemos impedi-la. Leve Rebeca para ser a esposa do filho de seu mestre”. Ao ouvir a concordância de Labão e Betuel, Eliezer prostrou-se ao chão, para agradecer a D’us, e entregou a Rebeca jóias e enfeites de ouro e prata como presentes de casamento.

No dia seguinte, Labão, irmão de Rebeca, e a mãe tentam impedi-la de partir com Eliezer, argumentando que Rebeca devia esperar um ano para preparar o enxoval e o casamento. Ao ver o anjo esperando por ele fora da casa, Eliezer afirmou que deveria partir imediatamente. A família então disse que a decisão cabia a Rebeca. Mesmo sabendo que seu irmão e sua mãe não concordariam, a jovem afirmou: “Eu irei”. Assim, como Abraão, ela estava pronta para deixar sua família, sua terra natal para tornar-se esposa de Itzhak. Rebeca desabrochara como “uma rosa entre espinhos”, entre pai e irmão corruptos. Apesar de serem ambos perversos, ela permaneceu pura e boa.

Rebeca e Eliezer partiram de Aram ao meio-dia e chegaram a Beersheva na mesma tarde. Mais uma vez, segundo o Midrash, o Todo-Poderoso reduzira milagrosamente o tempo de viagem. Quando eles se aproximavam, Itzhak foi aos campos orar no local onde sentira a Presença Divina. Foi Itzhak quem instituiu o Minchá – a reza da tarde. Foi lá que Rebeca o viu pela primeira vez, envolto pela luz da Presença Divina e, sobre ele, um anjo a protegê-lo. E disse: “Este deve ser um grande homem. Quem é?” Ao que Eliezer respondeu: “É o meu mestre”. Imediatamente Rebeca agradeceu ao Senhor por ter sido destinada a ele. Segundo o Midrash, ao mesmo tempo, porém, teve a visão de que geraria um filho malvado (Esaú), estremecendo e caindo do camelo. Eliezer a recolhe do chão e a leva a Abrãao e Itzhak.

V. As lições bíblicas da história de Isaque e Rebeca.


Isaque soube esperar o momento e a pessoa certa para casar-se e foi abençoado. Hoje em dia, tem muita gente casando errado por ter pressa e ficar ansioso/a demais sobre esse assunto.
O melhor é ter confiança no Pai celestial que sabe de tudo o que cada um precisa. Jesus diz: Buscai primeiro o Reino de Deus e todas as demais coisas vos serão acrescentadas. E a vontade dele na vida de cada um se manifestará e será o melhor, tenha certeza disso. Deus quer abençoar a sua vida sentimental. Deus quer que você seja feliz no seu relacionamento, seja o namoro, noivado ou o casamento.

Jovem, o Espírito do Senhor já planeja sua felicidade conjugal. Lembre-se: Foi Deus quem preparou Eva para Adão, Ester para Assuero, Rute para Boaz, Isaque para Rebeca. Jesus fez o seu primeiro milagre durante uma festa de casamento. Ele manifestou sua atenção para com a vida sentimental da mulher samaritana, dizendo: Você teve cinco maridos, e agora o que você tem não é seu. E Jesus ministrou àquela vida e ela foi abençoada.



VI. A simbologia do casamento de Isaque e Rebeca


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Vejamos um caso bem conhecido no Antigo Testamento, quando 
Isaque tomou a Rebeca como a sua noiva (Gn 24.67).

E Isaque trouxe Rebeca para tenda da sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe ela por mulher, e amou-a. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.

 Essa passagem maravilhosa é uma alusão a Jesus e sua Igreja, na festa das bodas.
          
Lendo o capitulo 23 e 24, percebemos que ao morrer Sara (Esposa de Abraão e mãe de Isaque), agora Abraão chama ao ser servo Eliezer, e faz com que ele ponha a mão debaixo da sua coxa como um sinal de confiança, que não iria trai-lo. E manda que ele viaje pela sua parentela, e busque uma moça de sua linhagem para se casar com Isaque o seu filho.
            
Mostrando dessa forma uma simbologia da Igreja de hoje. Enfatizando que o mordomo Eliezer é a figura do Espírito Santo, que levará a Igreja para Jesus Cristo.
            
Quanto a historia que começamos com a partida do fiel mordomo, a Bíblia faz menção que ele vagou por Padã Harã, exatamente em Naor, e se dirige a uma fonte para dar de beber aos seus camelos, e fez um voto. Se fosse a vontade de Deus, naquele a primeira moça que aparecesse e oferecesse água aos seus animais certamente seria a esposa de Isaque.
            
Assim sucedeu; vindo uma moça por nome Rebeca, filha de Betuel, a qual deu de beber a Eliezer e a sua tropa de animais.
            
Aconteceu como Abrão recomendara, em que Rebeca era da linhagem de Isaque. E naquele momento ambos trocaram presentes e Rebeca disse que seria esposa de Isaque. A mesma seguiu viagem em companhia das suas virgens, até que a amada noiva chega às terras de Abraão, e bem perto de Laai-Rio, de longe ela avista um rapaz que vinha da oração, e pergunta para Eliezer, quem era o tal? O mordomo responde que é Isaque o seu amado. De imediato ela cobre o rosto conforme costume da sua terra, que a virgem só tirava o manto no momento da consumação do casamento.
            
Vaticinando dessa forma o retrato da Igreja que o Espírito Santo a preparou para Jesus, desfrutando a núpcias que está preparada desde o principio da criação. Conquanto quero ressaltar que esse casamento e de ordem espiritual e não carnal como acontece aqui na terra.

Assim como Eliézer, servo de Abraão, foi enviado para buscar uma esposa para seu filho, Isaque, Deus Pai enviou o Espírito Santo para buscar uma noiva para seu filho, Jesus Cristo (At 2.1). À semelhança do servo que não falou por si mesmo, o Espírito não fala por sua própria conta, mas fala acerca do Filho da promessa (Jo 16:13-15). Da mesma forma que o servo presenteou a Rebeca com coisas preciosas como uma antecipação das riquezas de Isaque, o Espírito concede dons e penhor do Espírito à Igreja (2 Co 1:22).

Sabemos que Isaque  ficou com Abraão enquanto Eliézer foi em busca de Rebeca. Assim, sabemos que O Filho, Jesus Cristo hoje está assentado á direita de Deus Pai (At 2.33; 5.31; Hb 8.1), enquanto o Espírito Santo prepara a noiva do Cordeiro que é a Igreja de Cristo (Jo 3.29; Ap 19.7;22.17;).

Eliézer orou ao Senhor para que lhe ajudasse a encontrar a noiva certa para o filho do seu senhor (Gn 24.12). O Espírito também intercede pela igreja de Cristo (Rm 8.28).  Rebeca era belíssima e virgem (Gn 24.16). Sabemos que virgindade simbologicamente refere-se á pureza, santidade. A igreja que o Espírito vai apresentar a Jesus é santa, pura e irrepreensível (Ef 5.27; Hb 12.24). Como Rebeca creu em Isaque e o amou sem havê-lo visto, o crente crê em Cristo sem vê-lo, ama-o e se alegra com alegria inefável e gloriosa (I Pe 1:8). Finalmente, vê-se na longa viagem que Rebeca tinha de fazer, a imagem da jornada do cristão para seu lar celestial.

Isaque vai ao encontro de Eliézer com sua noiva

Outro fato que me chama a atenção e me deixa maravilhado, é que Isaque estava orando no campo. Provavelmente ansioso para ver sua futura noiva (Gn 24.61). Isaque encontrou Rebeca e Eliézer no meio do caminho. É maravilhoso encontrar nas Escrituras que Cristo virá buscar a sua noiva entre os céus e a terra, isto é, no meio do caminho, nos ares:

(I Ts 4:17) -  Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

Imagino a alegria e o amor de Isaque e Rebeca ao cruzarem seus olhos no campo. Da mesma forma, grande será o amor de Cristo para com a sua noiva, a igreja do Senhor. (Gn 24:67) - E Isaque trouxe-a... e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a...

O que está reservado para nós naquele grande dia?

(I Co 2:9) -  Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.



VII. Algumas dicas para as jovens irmãs solteiras.

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1. Busque ter as qualidades da MULHER que estamos estudando.
2. NUNCA chame a atenção de forma errada, com olhares, roupas curtas...
3. Não fique ANSIOSA, sendo assim você irá tomar decisões sem o consentimento de DEUS e poderá errar outra vez...
4. Não se preocupe com a beleza, já vimos aqui que a MULHER V não é apenas um rostinho bonito...
5. Deixe DEUS escolher por você. Não vá atrás de pessoas do mundo...
6. Seja sincera, não faça nada com segundas intenções...
7. Descanse em Deus, Ele tem o melhor pra você!



VIII. O que Deus nos ensina com o casamento de Isaque e Rebeca.



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Seguindo o princípio de não se prender a um jugo desigual (II Co 6.14), Abraão se esforça para que o filho não se case com uma mulher que fosse da tribo pagã dos cananeus – que representa pessoas sem a fé no Único e Soberano Deus, atualmente, os que creem em Jesus Cristo (v 3-4).

Então o servo coloca uma possibilidade para ser avaliada: “se porventura não quiser seguir-me a mulher a esta terra?”.  Esta colocação mostra que, a possível garota, continuaria tendo a possibilidade de não aceitar a vontade de Deus para casar-se com Isaque e também mostra uma certa incredulidade do servo, em duvidar que Deus honraria, dessa forma, seu senhor Abraão (v 5).

Abraão mostra mais uma vez que é um homem de fé e que confia plenamente no Senhor, nosso Deus. De forma alguma, quis retroceder. Deus o havia tirado da terra de sua parentela e lhe prometido a terra onde estava. Por isso não queria que seu filho retrocedesse. Desejava que seu filho continuasse no centro da vontade de Deus, no local da promessa. Essa é a prática do princípio de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar (Mt 6.33). Abraão desejava que seu filho continuasse seguindo este princípio sempre. Por isso, não queria que ele se preocupasse em conseguir sua esposa, pois essa preocupação poderia acabar o levando a deixar de buscar a vontade de Deus e começar a priorizar a sua própria vontade (v 6-8).

O servo partiu para sua missão. Desenvolveu uma prova/teste para poder reconhecer a mulher que Deus escolhera. Neste momento, expressa o desejo de ver Deus agindo em bondade ao seu senhor Abraão (v 9-14).

Então o maravilhoso cuidado de Deus fica nítido a todos! Eis que surge, Rebeca. Ela vem com o cântaro sobre seu ombro. Vinha pronta para servir. Pronta para trabalhar. Isso mostra que ela não era uma mulher preguiçosa, mas sim, uma mulher pronta para ser auxiliadora do seu esposo, no que fosse necessário (v 15).

Rebeca era uma donzela “mui formosa à vista, virgem, a quem homem não havia conhecido.”. Isso demonstra que ela cuidava da própria aparência física e também de sua dignidade e honra. Essa é uma lição para as mulheres se atentarem para zelar pela sua beleza exterior e também pela interior (v 16).

O servo viu em Rebeca uma boa possibilidade, mas faltava saber se ela era a mulher que Deus havia separado para Isaque. Então dá início ao seu teste, sua prova com Rebeca. Pede a ela que lhe dê de beber e, para sua surpresa, ela dá de beber a ele e também se oferece para dar de beber aos seus dez camelos e à caravana! Isso mostra que ela estava disposta a servir, mesmo a um estranho (v 17-20).

Este comportamento de Rebeca deixa o servo admirado e desejoso de que realmente fosse ela, a mulher separada por Deus. Mas, precisa ainda de uma informação para garantir que Isaque não estaria em jugo desigual com ela. Precisava saber se ela servia ao mesmo Deus que seu senhor Abraão e seu filho Isaque. O que se confirma quando ela fala de sua família e se dispõe a hospedá-lo. Ao ver este incrível milagre do Senhor, o servo não resiste e se prostra para adorá-LO (v 21-27).

O servo estava focado em cumprir a sua missão: encontrar a mulher de Deus para o filho do seu senhor. Até mesmo comer, vinha depois de cumprir a sua missão (v 33).

Abraão foi o homem chamado por Deus para ser benção a todas as nações (Gn 12.2-3). E para alcançar este objetivo, precisou viver pela fé. O primeiro de muitos outros (Hb 10.38-39). Esse caminhar de fé, lhe rendeu a benção do Senhor, que era perceptível a todos ao seu redor (v. 35).

Após apresentar o resumo do motivo e de sua jornada, o servo vê a conclusão de sua missão nas mãos dos familiares de Rebeca. E nesse ponto, honra o princípio de ser submisso à vontade dos pais. Ou seja, se ela for mesmo a mulher separada por Deus para o filho do seu senhor Abraão, seus pais deverão concordar em entregá-la e abençoar o seu casamento. Este princípio está expresso em Ef 6.1-3. Deus, mais uma vez, opera um milagre e os familiares de Rebeca creem em tudo, escolhendo verem a vontade de Deus sendo realizada. Abençoam assim, Rebeca para que se case com Isaque (v 36-51).

Então chega o momento em que a fé de Rebeca é provada. Para que ela não estivesse em jugo desigual com Isaque, precisava demostrar uma fé capaz de auxiliar Isaque no caminhar da promessa de Deus. Para isso, ela precisava deixar sua família, terra e conforto; seus sonhos e planos. Precisava demostrar maturidade para se casar com um homem desconhecido, estando disposta a ser submissa a ele e auxiliá-lo na caminhada dos planos de Deus (v 54-57).

Ela então é aprovada. Decide viver pela fé e assim, demonstra estar capacitada para ser companheira de Isaque (v 58).

Diante de tamanho agir de Deus e da demonstração de fé de Rebeca, a família decide despedir e abençoar Rebeca para a sua nova vida ao lado de Isaque. Então parte Rebeca, junto ao servo de Abraão, para a sua nova vida de fé (v 59-61).

Isaque seguia sua vida trabalhando e cuidando dos negócios. É então que essa história nos mostra a característica de Isaque que lhe fez seguir confiante em Deus. Ele desenvolvia sua intimidade com Deus por meio da oração! Isso ele aprendeu com seu pai, Abraão (que ouviu a voz de Deus e O seguiu pela fé). Abraão havia ensinado bem o seu filho. Penso no que Isaque poderia estar conversando com Deus… Talvez estivesse lançando sobre o SENHOR sua ansiedade quanto a uma companheira (I Pe 5.6-7), quem sabe? Então quando ele levanta os olhos, vê ao longe, uma caravana se aproximando (v 62-63).

Rebeca também percebeu que, ao longe, vinha um homem ao seu encontro. Ao perguntar para o servo quem era, fica sabendo que quem se aproxima é Isaque, seu futuro esposo. Então, mais uma vez, demonstra a sua virtude e pureza, se cobrindo com o véu antes de se encontrar com ele. Símbolo usado nos casamentos até os dias de hoje (v 64-65).

Um detalhe interessante dessa história é contado no versículo posterior. O servo conversa com Isaque e explica todas as coisas que fizera. O que nos faz imaginar que, até então, Isaque não sabia desse agir de seu pai. Isaque esperava pacientemente pelo prover do Senhor, quanto à sua mulher. E esse dia chega. O servo vem trazendo, Rebeca, a mulher separada por Deus para se unir a Isaque em sua caminhada de fé. Então é consumado o plano de Deus, Isaque e Rebeca se tornam uma só carne (v 66-67).

Cabe a nós, meditarmos nesse exemplo de fé e confiança em Deus de Isaque e Rebeca, tirando lições práticas para a nossa caminhada até o casamento.

IX.  Sempre haverá um Isaque  para cada Rebeca.

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A história de Isaque e Rebeca é uma ilustração para o ensino sobre Jesus e a Igreja. Abraão é um tipo perfeito do Pai celestial. O Pai que prepara as bodas para seu amado filho (Mt 22:2); Isaque é o tipo perfeito de Jesus Cristo e igual a este foi oferecido em sacrifício. A semelhança de Cristo foi lhes dado  todas as coisas (Fl 2:9-10) e amou sua esposa como Cristo ama a Igreja (Ef 5:25); Eliezer é o tipo perfeito do Espírito Santo. Foi a Harã buscar uma esposa para Isaque e o Espírito Santo no Pentecostes veio com o propósito de adquirir uma esposa para o Filho (At 2:1-4). Enquanto o Filho está no céu, o Espírito vem a terra para buscar a igreja (Jo 15:26) o servo Eliezer honrou o pai e o filho e atualmente o Espírito Santo faz o mesmo; e, Rebeca é o tipo perfeito da Igreja, respondeu positivamente a escolha de Deus. (Gn 24:58).


Venho por meio deste estudo falar com os Isaques e com as Rebecas da nossa geração.  Deus teve exclusividade para escolher Rebeca para Isaque. Vejo que é muito difícil deixar Deus escolher, nós vemos o presente com tanta ansiedade que olhamos alguém que nos chama a atenção e só comunicamos a Deus: “Ah Senhor, o fulano é uma benção, é a pessoa certa e amém”. A pessoa pode até ser uma benção, mas foi você quem escolheu, baseado apenas nos seus próprios sentimentos. Deus sabe de tudo, ele não vê só o aqui e o agora, Ele vê o futuro.


O seu futuro depende de suas escolhas e se você deixar Deus escolher seu conjugue, certamente você vai desfrutar da plenitude dos sonhos de Deus pra sua vida. Eu vejo muita gente escolhendo e porque a pessoa é uma benção já diz que é de Deus. Cuidado, pois o coração é enganoso. Mas você pode dizer: “Eu já entreguei tudo pra Deus, mas Ele está demorando!”. Entenda que Deus não se atrasa, Ele trabalha no tempo certo. Você Rebeca, já parou pra pensar se está pronta pra receber o seu Isaque? E você Isaque, já tem estrutura pra encontrar a sua Rebeca?


Algo interessante que eu percebi nesta história e já tinha lido sobre esse assunto é que quem foi ao encontro de Rebeca foi alguém em nome de Isaque. Rebeca tinha um brilho especial, tinha características únicas que fizeram dela a escolhida por Deus para Isaque. Ela estava no lugar certo, na hora certa. Muitas meninas acham que é por ser a mais bonita, a mais atraente ou a mais popular que vão encontrar o seu Isaque e assim elas fazem de tudo pra chamar a atenção, pra serem vistas, é como se existisse um “caça-Isaque”. Entretanto, você não precisa correr atrás e nem ser algo que você não é de verdade. Cada uma tem a sua personalidade, o lugar certo e a hora certa pra que o teu Isaque te encontre é no centro da vontade de Deus.


E aos Isaques, buscar uma rebeca não é uma tarefa fácil, não se escolhe pelas emoções. Orando e buscando direção de Deus, você vai encontrar a escolhida de Deus para você no lugar certo e na hora certa. Não tome decisão sob pressão, porque os outros acham que você deve namorar alguém, ou porque você está ansioso. Se você estiver ligado com Deus, orando, pedindo que Ele escolha alguém para você, Ele vai confirmar no seu coração. Você precisa ter um coração limpo e sincero diante de Deus.


Isaque conheceu Rebeca logo após a morte de sua mãe, e a Bíblia fala que com o amor de Rebeca ele foi consolado. Um Isaque e uma Rebeca se unem com propósitos, um pra ser benção na vida do outro. Um casal formado por Deus tem objetivos comuns e não brincam com os sentimentos alheios. Preste atenção! Você só vai colher aquilo que plantar, então semeie uma vida de compromisso com Deus, pois certamente Deus vai ter compromisso com todas as áreas da sua vida.

E aí, você é uma Rebeca ou um Isaque? Eu acredito que pra toda Rebeca tem um Isaque e vice-versa, pois Deus tem prazer em relacionamentos saudáveis e duradouros. Você não precisa contar com a sorte ou com os padrões deste mundo. Você pode contar com o grande Deus, a sua vontade é boa, perfeita e agradável.


Em breve estaremos de volta, dando continuidade a esta série sobre os patriarcas, desta vez falando sobre Isaque, com o tema: 
As dificuldades do Patriarca Isaque.

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