sábado, 28 de agosto de 2021

Série os patriarcas - Abraão 3 - As duas fases da chamada de Abraão

 



Por Jânio Santos de Oliveira


 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


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At 7.1-4: Gn 12.1-9 At 7.1

1 - E disse o sumo sacerdote: porventura é isto assim?
2 - E ele disse: varões, irmãos, e pais ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, 
3 - E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar.
 4 • Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu. Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora.
Gn 12. l - Ora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
 2 - E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 
3 - E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. 
4 - Assim partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã. 
5 - E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão e toda a sua fazenda, que haviam adquirido; e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã. 
6 - E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de More; e estavam então os cananeus na terra. 
7 - E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera. 
8 - E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betei, e armou a sua tenda, tendo Betei ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor. 
9 • Depois caminhou Abrão dali, seguindo ainda para a banda do sul.


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 Na primeira matéria falamos sobre a biografia de Abraão; na segunda, falamos sobre descrição bíblica que compreende um resumo da sua trajetória entre os capítulos 11.28- final do capítulo 22 de Gênesis; agora nós estaremos falando nesta terceira parte sobre " As duas fases da chamada de Abraão "


As experiências espirituais de Abraão, a sua íntima comunhão com Deus, e a sua sempre crescente fé, fez dele o pai de todos os que crêem, de todos os que andam nas pisadas daquela mesma fé (Rm 4.10.11). A historia de Abraão, um dos maiores personagens da Bíblia, é rica em maravilhosos exemplos. Estudá- la é sempre edificante.


I. ABRAÃO, SUA FAMÍLIA E SEU LOCAL DE NASCIMENTO.




Abraão era natural da cidade caldéia de Ur, próspera metrópole situada na terra de Sinear, perto da atual confluência dos rios Eufrates e Tigre. Estava situada a cerca de 240 km a SE da outrora cidade real de Ninrode, Babel ou Babilônia, tão notória por sua inacabada Torre de Babel.

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Enquanto Abraão ainda vivia em Ur, “antes de fixar residência em Harã”, Yehowah ordenou que se mudasse para uma terra estranha, deixando para trás amigos e parentes. (At 7:2-4; Gên 15:7; Ne 9:7) Lá naquele país que Ele mostraria a Abraão, Deus disse que faria dele uma grande nação. Nessa época, Abraão era casado com sua meia-irmã, Sara, mas não tinham filhos e ambos já eram idosos. Assim, era preciso grande fé para obedecer, mas ele deveras obedeceu.

Tera, então com cerca de 200 anos e ainda o chefe patriarcal da família, concordou em acompanhar Abraão e Sara nesta longa jornada, e é por este motivo que se atribui a Tera, como pai, a mudança em direção a Canaã. (Gên 11:31) Parece que o órfão Ló, sobrinho de Abraão, fora adotado por seu tio e sua tia sem filhos, e, assim acompanhou-os. A caravana se moveu em direção ao noroeste, por uns 960 km, até alcançarem Harã, importante junção das rotas comerciais E-O. Harã se encontra onde dois uádis se juntam para formar um ribeirão que no inverno alcança o rio Balique, a uns 110 km acima do ponto em que o Balique desemboca no rio Eufrates. Abraão permaneceu ali até à morte de seu pai, Tera.

 Abraão e sua família.


1.Abraão, nona geração depois de Sem, nasceu por volta do ano
Abraão era a décima geração de Noé mediante Sem, e nasceu 352 anos após o Dilúvio, em 2018 . Embora seja alistado primeiro entre os três filhos de Tera, em Gênesis 11:26, Abraão não era o primogênito. As Escrituras mostram que Tera tinha 70 anos quando nasceu seu primeiro filho, e que Abraão nasceu 60 anos depois, quando seu pai, Tera, tinha 130 anos. (Gên 11:32; 12:4) Evidentemente, Abraão é alistado primeiro entre os filhos de seu pai devido à sua notável fidelidade e proeminência nas Escrituras, prática seguida no caso de vários outros notáveis homens de fé, tais como Sem e Isaque. — Gn 5:32; 11:10; 1Cr 1:28.



2.0 local de nascimento de Abraão. A família de Abraão era de Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, próximo ao rio Eufrates. Ur era um centro cultural e, também, centro de uma religião pagã que cultuava a Lua.

3. A religião da família de Abraão.

A família de Abraão era idólatra (Js 24.2). A Bíblia não revela o grau de conhecimento de Deus que Abraão possuía antes de sua chamada. Mais de 350 anos haviam-se passado desde o Dilúvio, quando Noé, o homem que andava com Deus (Gn 6.9), era o pregoeiro da justiça (2 Pé 2.5). Noé viveu depois do Dilúvio 350 anos (Gn 9.28). Embora a Bíblia silencie sobre isto, é possível que Noé tenha continuado a falar do grande Deus, de cuja justiça ele havia experimentado de modo singular. É possível que conhecimento de Deus fosse mantido entre as famílias por meio de tradições transmitidas de pais a filhos. Desse modo. pode ser que Abraão tenha tido conhecimento de Deus e de sua vontade, apesar de viver em uma sociedade idólatra.


II.DEUS CHAMA A ABRAÃO.

1.     A primeira chamada de Abraão.

Quando Abraão ainda morava em Ur, o Deus da glória lhe apareceu e lhe deu uma chamada que compreendia três diferentes ordens: sai da tua terra", "sai da tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar" (At 7.2,3).

 “O Senhor dissera a Abrão...”

A diferença é importante. Sem ela somos levados a pensar que o chamado de Abrão veio em Harã, não em Ur. Mas nós sabemos, pelas palavras de Estêvão, que seu chamado ocorreu em Ur (At 7:2). O passado mais que perfeito (dissera ou tinha dito) é tanto gramaticalmente correto quanto exegeticamente necessário. Ele nos diz que os versículos 27 a 32 do capítulo 11 são parentéticos, e não estão estritamente em ordem cronológica.

O chamado de Abrão ocorreu juntamente com uma aparição de Deus. Embora Moisés só mencione essa aparição quando Abrão já estava em Canaã (12:7), Estêvão nos diz que Deus apareceu a ele ainda em Ur (At 7:2). Mesmo com todas as objeções que poderiam ser levantadas por Abrão, essa aparição não devia ser incomum. Deus também apareceu a Moisés na época do seu chamado (Êx 3:2).

Em certo sentido, a ordem de Deus a Abrão foi muito específica. Ele recebeu instruções detalhadas do que precisava deixar pra trás. Ele precisava deixar sua terra, seus parentes e a casa de seu pai. Deus ia formar uma nova nação, não só dar um jeito em alguma já existente. Quase nada da cultura, religião ou filosofia do povo de Ur faria parte daquilo que Deus planejava fazer com Seu povo, Israel.

Por outro lado, a ordem de Deus também foi deliberadamente vaga. Enquanto o que precisava ser deixado pra trás ficou muito claro, o que estava por vir era dolorosamente desprovido de detalhes: “... para a terra que eu te mostrarei”.

Abrão não sabia nem mesmo onde se estabeleceria. Como o escritor de Hebreus coloca: “...e partiu sem saber para onde ia” (Hebreus 11:8).

A fé à qual somos chamados não é em algum plano, mas em uma pessoa. Mais importante do que onde ele estava, Deus estava interessado em quem ele era, e em Quem confiava. Deus não Se preocupa tanto com geografia quanto com santidade.

A relação entre a ordem de Deus a Abrão no versículo um e o incidente em Babel no capítulo onze não deve passar em branco. Em Babel, os homens preferiram desprezar a ordem de Deus para se dispersar e povoar a terra. Eles se esforçaram para encontrar segurança e renome juntando-se e tentando construir uma grande cidade (11:3-4). Eles buscaram bênção no fruto do seu próprio labor em vez de buscarem na promessa de Deus.

A ordem de Deus a Abrão, na verdade, é uma reversão daquilo que o homem tentou fazer em Babel. Abrão estava seguro e confortável em Ur, uma grande cidade. Deus o chamou para deixar aquela cidade e trocar sua casa por uma tenda. Deus lhe prometeu um grande nome (aquilo que as pessoas de Babel procuravam, 11:4) em consequência de sair de lá, deixar a segurança da sua parentela e confiar somente nEle. Como são diferentes os caminhos do homem dos caminhos de Deus!


2.     Abraão sai de Ur com sua família.

O relato bíblico sugere que Abraão falou com sua família sobre a ordem que havia recebido de Deus, e esta mostrou- se disposta a ir à mesma terra que Deus prometera mostrar a Abraão. Assim, diz a Bíblia: *'Tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Ara, filho de seu filho, e Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã. e habitaram ali" (Gn 11.31). Parece que Abraão nem teve oportunidade de emitir opinião.


3.     Obediência incompleta.

Quando Abraão saiu de Ur, seu pai era o patriarca da família. O resultado desta incompleta obediência à ordem de Deus foi negativo. Nenhuma das três ordens de Deus havia sido atendida: Abraão não deixou a sua terra, pois parou em Harã, outra cidade do mesmo país; Abraão não saiu de sua parentela, pois seu pai era o líder da peregrinação; a promessa de que Deus lhe mostraria uma terra não foi aproveitada, uma vez que a direção estava com Terá.

III - A SEGUNDA CHAMADA DE ABRAÃO.

1.     Deus faz a Abraão uma segunda chamada. Diz a Bíblia: "Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei" (Gn 12.1). Desta vez partiu Abraão, como o Senhor lhe tinha dito (Gn 12.4). Saiu sem saber para onde ia (Hb 11.8), mas estava na direção do Senhor.


2.     Abraão chega a Canaã.

Diz o texto sagrado: E vieram à terra de Canaã" (Gn 12.5). Chegaram até Siquém, até o carvalho de More (Gn 12.6). Aí Deus manifestou-se a Abraão dizendo:
À tua semente darei esta terra" (Gn 12.7). E Abraão edificou ali um altar ao Senhor que lhe aparecera (Gn 12.7). Peregrinou até a região de Betei, e também ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor (Gn 12.8). Continuou sua peregrinação seguindo para a banda do sul (Gn 12.9).

IV.              A FÉ NASCE EM ABRAÃO.

1.     Abraão, o herói da fé. Quando Abraão mostrou a sua disposição de obedecer a chamada. Deus introduziu em seu coração a fé. A fé é um dom de Deus (Ef 2.8). Ela é uma virtude espiritual. A fé sem obras é morta, isto é, é sem ação (Tg 2.26). Quando Abraão colocou a sua fé em ação, e estava pronto para deixar a sua terra, a sua fé se tomou viva. Afirma a Escritura: "Pela fé Abraão sendo chamado obedeceu*' (Hb 11.8). Abraão podia sentir a sua fé nele operando. pois: "Creu Abraão em Deus e isto foi- lhe imputado como justiça** (Rm 4.3).

2.     Como se evidenciou a fé em Abraão.

Vejamos algumas evidências da fé em Abraão:
• Abraão sentia necessidade de expressar a sua gratidão a Deus, invocando o seu nome.
• Abraão procurava a comunhão com Deus, o qual se manifestava a ele.
• Abraão estava na direção de Deus em sua peregrinação pela terra de Canaã, pois: "Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus*'(Rm 8.14).
• Abraão recebeu de Deus a revelação de que estava preparada para ele uma cidade (Hb 11.13-16).

V.              ABRAÃO PEREGRINA EM CANAÃ.

l. Vivendo pela fé.

Entrando na terra de Canaã Abraão entrou em contato com os habitantes da terra.
A terra era a da promessa, mas estava habitada por diferentes povos pagãos, e Abraão permaneceu entre eles como um estrangeiro. Ele habitava na terra da promessa como em terra alheia, morando em cabanas, pois esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (Hb 11.9,10).
Como crentes, somos também peregrinos e forasteiros nesta terra (l Pé 2.11). Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura (Hb 13.14).

3.     Os três marcos na vida de Abraão.

Três coisas marcaram de modo especial a vida de Abraão. Vejamos:

a) A tenda (Gn 12.8). Abraão nunca se prendeu a um lugar da terra de suas peregrinações. Estava sempre em trânsito. Deixando um lugar, ficavam apenas as marcas de seu acampamento. Nós também não somos deste mundo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.16,18). Devemos sempre estar prontos para partir!

b) O altar 12.7.8). Era um marco sempre presente na vida de Abraão, em todos os caminhos de suas peregrinações (Gn 13.4.18. 22.9). Era o local onde Abraão adorava a Deus. Era o lugar onde ofertava sacrifícios a Deus. Ele edificava seus altares em locais visíveis, diante dos povos pagãos que moravam ao seu redor. Que testemunho! Os crentes. que de contínuo vivem diante do altar, dão testemunho de "terem estado com Jesus (At 4.13).


c) As promessas. Ao longo de sua jornada as promessas de Deus iluminavam seu caminho e fortificavam a sua fé. A mesma bênção acompanha a todos que estão a caminho da Sião celestial. É o que diz o apóstolo Paulo aos crentes em Corinto: "Todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém. para glória de Deus por nós*' (2 Co 1.20). '

VI. Aplicação prática.


“Amados, exorto-vos , como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da carne, as quais combatem contra a alma;” (1 Pe 2.11).

O Palavra de Deus diz-nos que somos forasteiros e peregrinos neste mundo. Isto significa que este mundo não é a nossa casa. Não pertencemos a este mundo.
A Palavra de Deus diz-nos a mesma coisa acerca da nossa condição na terra.  O mesmo se passa connosco, Cristãos. A Palavra de Deus diz-nos que somos estranhos e estrangeiros neste mundo. Não é suposto que nos conformemos (moldemos) a este mundo, que partilhemos os mesmos interesses do mundo, que nos comportemos da mesma maneira que o mundo se comporta, vimos o que eles vêem, tenhamos a mesma visão e os mesmos interesses que o mundo tem. Somos estranhos e estrangeiros aqui e não estamos aqui para nos conformar, ajustar, condizer, resignar ou integrar neste mundo. (Rm 12.2) isto é: ter a mesma “forma” que o mundo tem. (é isto o que significa “conforma”). Nós vimos de um outro mundo, de uma outra casa. Onde está essa casa? Aqui estão alguns versículos que respondem a essa questão:

Fp 3.20
“Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”

Cl 1.12-13
“dando graças ao Pai que vos fez idóneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado;”

Irmãos e irmãs, nós somos cidadãos dos céus. Lá e não neste mundo é a nossa casa. De facto, já fomos cidadãos deste mundo e do seu reino, o reino da escuridão. Mas já o não somos mais. Fomos libertados deste reino e agora somos cidadãos do Reino do Filho de Deus e como consequência somos estrangeiros e estranhos neste mundo.


Lc 12.15-31
“Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, nem quanto ao corpo, pelo que haveis de vestir. Pois a vida é mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário. Considerai os corvos, que não semeiam nem ceifam; não têm despensa nem celeiro; contudo, Deus os alimenta. Quanto mais não valeis vós do que as aves! Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? Porquanto, se não podeis fazer nem as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras? Considerai os lírios, como crescem; não trabalham, nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se, pois, Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais vós, homens de pouca fé? Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.

Não te preocupes com a tua vida, com o que vais comer, com o teu corpo, com o que vais vestir. Deus vai tomar conta de ti, irmão e irmã. Não precisas preocupar-te com tais coisas nem com as riquezas e outras coisas. As pessoas no mundo dão importância a tais coisas. A atenção deles concentra se em como vão ganhar o dia e se isto estiver assegurado pensam em como ficar ricos e como obter mais coisas. Mas nós somos diferentes. Nós pertencemos a um reino distinto. Nós temos o nosso maravilhoso Deus e Pai que toma conta de nós. Para nós, a primeira e maior prioridade não é saber como vamos ganhar a vida, como sobreviver, como enriquecer ou como ter um carro ou casa mais luxuosos. Em vez disso a nossa primeira e maior prioridade é, e deve ser, Deus e o Seu Reino. “Procura o Reino de Deus e todas estas coisas te vão ser dadas” diz a Palavra. Se porém, em vez de estares preocupado com a Palavra continuas preocupado com os afazeres deste mundo, com as riquezas e os desejos de outras coisas, atirando algumas migalhas para Deus (5 minutos de devoção na missa aos Domingos e mais algumas notas para pacificar a tua consciência) então a semente que foi semeada no teu coração vai secar e juntamente com ela tu vais secar também. E isto não deverá acontecer.

Como já dissemos, a preocupação com os afazeres deste mundo tem o mesmo efeito que têm as riquezas e os desejos de outras coisas sobre nós. Realmente não compreendo porque tantos perseguem as riquezas, chamando-as “prosperidade” enquanto a Palavra diz:

I Tm 6.7-10
Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar; tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes. Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

Amado irmão : tens alimento e vestuário? Se tiveres dá te por satisfeito!! Não precisas mais nada!! Mas se desejas de ser rico, se cobiçares coisas, então estás a entrar numa armadilha. Vais precisar de acumular bens e riquezas. Não és daqui e não vais levá-los contigo. Tu apenas precisas que as tuas necessidades estejam satisfeitas e para tal não precisas preocupar-te. Deus fez-te uma promessa: primeiro procura o Reino de Deus e a sua justiça e o que tu precisas te será dado.


VII. Conclusão

Todos nós somos estrangeiros e estranhos neste mundo. Aqui não é a nossa casa . Somos cidadãos do céu chamados por Deus para ir adiante e produzir frutos. No entanto a Palavra que foi semeada no nosso coração tem um inimigo sutil e mortal que a pode tornar estéril. É chamado “afazeres da vida, perseguir riquezas e desejos de outras coisas”. Muitos de nós estamos preocupados com estas coisas e apesar de ver a secura e a fraqueza como resultado, não as associamos à nossa preocupação com as coisas erradas. Mesmo a igreja não parece condenar isto explicitamente . Por esse motivo muitos Cristãos que enchem a igreja aos Domingos de fato estão secos e fracos uma vez que o problema não está a ser abertamente revelado e a solução não está a ser oferecida. Mas isto não precisa de continuar assim. A vida cristã significa paz e vida.
 Tudo isso era suposto permanecer convosco para sempre! E se não estiver convosco pode voltar! A única coisa que precisam de modificar é alterar as preferências e procurar Deus como vossa maior prioridade. Deus e a Sua alegria não mudaram. Vocês mudaram e por isso desapareceu a alegria. Deus não é a variável. Nós somos a variável. Precisamos de ser alimentados com a Palavra, diariamente e com dosagens altas, entregar te à Palavra em vez de te entregares aos afazeres, riquezas e desejos por outras coisas. Então aí a transformação vai acontecer e vai ser muito rápida.

Para terminar este artigo vamos ver Hebreus 11:13. Aí, depois da Palavra falar acerca de alguns santos do Velho Testamento que caminharam em fé, a Palavra diz:

Hb 11.13-16
“Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade”

Nós, tal como eles, somos estrangeiros e estranhos na terra. Para nós como para eles existe um pais natal que é diferente do pais do nosso passaporte. Há uma mansão edificada para nos no céu. Vamos produzir tanto mais frutos quanto for possível nas nossas vidas porque o tempo é escasso (a nossa vida seja ela de 70,80 ou 90 anos, passa muito rapidamente. Se tiver mais que 40 talvez compreenda melhor do que estou a falar). Deixemos que o fim das nossas vidas nos encontre como Paulo, dizendo:

2 Tm 4.7-8
“Combati o bom combate, acabei a [minha] carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”

 Jo 14.2-3
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”

No próximo capítulo estaremos falando sobre a descida de Abraão ao Egito. Até breve na Paz do Senhor Jesus.

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