terça-feira, 31 de agosto de 2021

Série os Patriarcas- Isaque - 2. O seu nascimento

 

Por Jânio Santos de Oliveira


 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a Sara como tinha prometido.
E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado.
E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque.
E Abraão circuncidou o seu filho Isaque, quando era da idade de oito dias, como Deus lhe tinha ordenado.
E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho.
E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo.
Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice.
E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado (Gn 21.1-8)


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Nós estamos de volta para dar continuidade a série "Os Patriarcas" nesta nova sequência estaremos falando sobre o segundo deles que é Isaque. Inicialmente apresentamos a sua biografia. Agora vamos falar sobre o seu nascimento. Vamos ao estudo!


I.Visão panorâmica do nascimento de Isaque.

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Isaque foi o filho de Abraão e o pai de Jacó. Ele foi um dos patriarcas da nação de Israel, o herdeiro prometido a Abraão.

1. O filho da promessa

Deus prometeu um filho a Abraão. Mas Abraão e Sara riram da ideia, porque os dois estavam muito velhos para ter filhos. Quando Abraão tinha 100 anos de idade e Sara tinha 90, Isaque nasceu (Gn 21:1-3). Isaque significa “ele riu”.

2. Isaque era o herdeiro de tudo que Abraão tinha.

 Os seus bens, sua posição social e sua promessa de Deus de que seus descendentes se tornariam uma grande nação. Mas, quando Isaque ainda era jovem, Deus mandou Abraão sacrificar seu filho. Abraão amava muito Isaque mas ele decidiu obedecer a Deus, crendo que Deus o poderia ressuscitar (Hb 11.17-19).


II. O nascimento de Isaque foi o cumprimento da promessa.


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Da promessa ao nascimento de Isaque, passou-se um ano (Gn 18.10). Para quem já havia esperado tanto tempo, aqueles meses correram rapidamente.

O nascimento do “riso”. No tempo apontado pelo Senhor, eis que Sara dá à luz o seu unigênito. Na tenda do patriarca, ouve-se agora o choro do filho da promessa, através do qual viriam heróis, reis e o próprio Cristo (Mt 1.1,2). Ao embalar o filhinho, Sara comenta: “Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn 21.7).
Isaque e Ismael. Se Isaque era o filho da promessa, Ismael estava ali na conta do filho da desesperança e do arranjo carnal. Por isso, o filho de Abraão com Agar, sentindo-se enciumado com a chegada do meio-irmão, põe-se a zombar dele. A situação ficou tão insustentável que, quando do desmame de Isaque, Sara diz ao esposo: “Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque” (Gn 21.10).
Embora a palavra de Sara fosse-lhe dura, Abraão, orientado por Deus, despede a escrava e seu filho. O Senhor, no entanto, já tinha um plano para Agar e Ismael. Afinal, aquele menino também era descendência do patriarca (Gn 21.15-21).

Deus é fiel. O céu e a terra podem passar, mas sua palavra não falhara. Talvez tenhamos que esperar ate que tenham morrido todas as esperanças humanas, e então, “no tempo determinado” por Deus, nasce a criança. Abraão se rira quando recebera o primeiro aviso desse evento (Gn 17.17). Posteriormente, quando Sara ouviu a conversa entre seu marido e seus, misteriosos hóspedes, ela riu por incredulidade (18.12-15). Mas agora, no gozo de tão demorada maternidade, achou que “Deus me deu motivo de riso” e, assim, deu à criança o nome de Isaque (que significa “riso”).

Animo! O Senhor preparou o riso também para nós, e ele nos aguarda, alguns passos A frente, na jornada da vida. A luz é semeada para o justo, e a alegria para o reto. O você que está em aflição, ele assentará suas “pedras com argamassa colorida” (Is 54.11)! E, quando sua alegria chegar, goze-a. “Alegrar-te-ás por todo o bem que o Senhor teu Deus te tem dada” Mas, nessas horas, pense carinhosamente nos outros, e não se esqueça de que, como Hagar, alguns podem estar-se sentindo frustrados pelo que lhe dá alegria!


III. Isaque foi um filho por excelência.


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 Ele era o único filho de Abraão com sua esposa, Sara. Assim, um elo vital na linhagem que levava a Cristo. (1Cr 1:28, 34; Mt 1:1, 2; Lc 3:34).

Isaque foi desmamado com cerca de 5 anos; quase que foi oferecido como sacrifício, quando tinha talvez 25 anos; casou-se aos 40; tornou-se pai de gêmeos aos 60 e morreu com 180 anos. (Gn 21:2-8; 22:2; 25:20, 26; 35:28).


 O nascimento de Isaque ocorreu sob circunstâncias bem incomuns. Tanto o pai como a mãe dele já eram bem idosos, já tendo há muito cessado a menstruação de sua mãe. (Gn 18.11) Assim, quando Deus disse a Abraão que Sara daria à luz um filho, ele se riu dessa perspectiva, perguntando: “Nascerá um filho a um homem de cem anos de idade, e dará à luz Sara, sim, uma mulher de noventa anos de idade?” (Gn 17.17) Ao saber o que ocorreria, Sara também riu. Daí, “no tempo designado” do ano seguinte, nasceu o menino, provando que nada é ‘extraordinário demais para Deus. (Gn 18:9-15).

Pertencendo à casa de Abraão, e sendo o herdeiro das promessas, Isaque foi devidamente circuncidado, no oitavo dia ( Gn 17:9-14).



·Isaque se situa no meio da história de dois patriarcas mais famosos: Abraão tem 287 referências na Bíblia, Jacó tem 365 e Isaque tem 131. Embora não tenha sido tão proeminente quanto seu pai e seu filho na narrativa de Gênesis, Isaque foi fundamental no desenvolvimento da nação de Israel e no cumprimento da aliança de Deus com Abraão e seus descendentes.


IV. O nascimento de Isaque foi o cumprimento da promessa Divina.

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O Senhor recompensou grandemente a fé que Abraão demonstrou durante os vinte e cinco anos de sua peregrinação a Canaã. Também interveio milagrosamente para dar-lhe um filho. Deus escolheu o nome específico: Isaque “ele riu” (Gn 17.15-19), em alusão aos risos de incredulidade de Abraão (Gn 17.17) e de Sara (Gn 18.12,15) e da alegria posterior pelo nascimento de Isaque (Gn 21.6-7). Deus determinou a época exata: “na primavera” (Gn 18.10-15; 21.1-3) do cumprimento desta promessa. Vejamos:

1. O nascimento de Isaque mostra que Deus é fiel nas suas promessas. Durante muitos anos Sara havia carregado consigo um fardo extremamente pesado, pois, naquela cultura e época, era o da esterilidade. As pessoas deviam sorrir quando ouviam que o nome de seu marido era Abraão que significa: "pai de uma grande multidão", pois Deus já havia lhe feito uma promessa há 25 anos e até aquele momento era pai de apenas um filho, Ismael (Gn 12.4; 21.5) e Sara jamais havia dado à luz. Mas, agora, toda a sua vergonha havia se extinguido, e Abraão e Sara estavam se regozijando com a chegada de seu filho, Isaque do hebraico “riso; ele riu” (Gn 21.6), nome esse dado pelo próprio Deus (Gn 17.19). O nascimento de Isaque envolvia muito mais do que a alegria dos pais, pois significava o cumprimento da promessa de Deus (Gn 12.2, 13.16; 15.4; 17.1-7; 21.1,2). O nascimento deste filho lembra que, a seu modo e a seu tempo (Gn 18.10, 14; 21.1), Deus sempre cumpre suas promessas (Hb 11.8-11).

2. O nascimento de Isaque mostra que há recompensa pela paciência. Abraão e Sara tiveram de esperar vinte e cinco anos pelo nascimento do filho, pois, "pela fé e pela longanimidade, as promessas" (Hb 6.12; 10.36). Confiar nas promessas de Deus não apenas nos propicia uma bênção no final, mas também nos concede uma bênção enquanto esperamos. A fé é uma jornada, e cada destino feliz é o início de uma nova caminhada. Quando Deus deseja desenvolver nossa paciência, ele nos dá promessas, nos manda provações e nos diz para confiar nele (Tg 1.1-8).

3. O nascimento de Isaque mostra a revelação do poder de Deus. Esse foi um dos motivos pelos quais Deus deu tanto tempo. Ele queria que Abraão e Sara estivessem "amortecidos" (sem forças) para que o nascimento de seu filho fosse um milagre de Deus e não algum tipo de maravilha da natureza humana (Rm 4.17-21). Abraão e Sara experimentaram o poder de ressurreição de Deus em sua vida, pois se entregaram a ele e creram em sua Palavra. A fé nas promessas de Deus libera o poder divino (Ef 3.20, 21). Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas (Gn 18.14; Lc 1.37).

4. O nascimento de Isaque mostra o plano de Deus para redenção do mundo. A futura redenção de um mundo perdido encontrava-se no nascimento de Isaque, que geraria Jacó; Jacó daria ao mundo as doze tribos de Israel; e de Israel nasceria o Messias prometido (Gn 12.1-4; Mt 1,2; Lc 3.34). Deus cumpre suas promessas não importa quanto tempo demore


V. Isaque foi o único herdeiro de Abraão.


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 Isaque herdou a herança de Abraão
Quando falamos de uma herança vem logo à tona a indagação do valor material envolvido. Abraão era muito rico. Possuía grandes rebanhos (Gn 24.35), e chegou a ter em certa ocasião trezentos e dezoito criados (Gn 14.14). E Abraão deu tudo o que tinha a Isaque (Gn 25.5). Contudo, a herança, à qual queremos fazer alusão, não é esta de valores materiais.
De valor realmente incalculável foi a herança sob a forma do exemplo e do ensino de Abraão, assimilados no dia-a-dia do convívio no lar.
1. Isaque, um homem abençoado. Por que Isaque foi abençoado? Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a razão da bênção de Deus na vida de Isaque foi a sua obediência à vontade de Deus e à autoridade de seu pai Abraão. Isto é o que depreendemos com a leitura do texto de Gn 26.2-5. De fato, as Escrituras deixam bem claro que a obediência é o fator preponderante para a recepção das bênçãos de Deus.
2. A herança de Isaque. O amor recebido de seu pai Abraão foi a herança máxima que Isaque desfrutou. Ele recebeu ainda a herança de um sólido ensino ministrado pelo seu pai no lar. Deus disse acerca de Abraão: "Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo" (Gn 18.19).
Queridos jovens que têm pais crentes! Dê-lhes o devido valor e sigam o seu exemplo. Queridos pais que ainda têm filhos em casa! Dêem-lhes tempo e atenção. Dêem-lhes o melhor de vocês mesmos. 


VI. A relação entre Isaque e o Senhor Jesus.


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No AT são poucos os que vieram ao mundo com tantas expectativas como Isaque. Nesse aspecto ele foi um modelo de Cristo, a “semente” que o Santo Deus prometera há muito tempo. Essa promessa é chamada de “aliança abraâmica”, e é o fundamento de todo o futuro programa divino para a humanidade. Deus prometeu a Abraão que traria bênçãos pessoais, nacionais, territoriais e espirituais através da sua “semente” que começou com Isaque e tem seu pleno comprimento na pessoa de Cristo (Gl 3.7-9, 16; At 3.25). Isaque é um tipo de Cristo em sua morte, pois, como ele carregou em seus ombros a lenha para o holocausto até o Monte Moriá; Cristo carregou a sua cruz ao Calvário, local próximo a Moriá. Orígenes comentou que levar a lenha para o holocausto era dever do sacerdote. Portanto Isaque foi ao mesmo tempo vítima e sacerdote, prefigurando o trabalho de Cristo na cruz. Embora Abraão tenha tido um filho com a serva Agar (Ismael), encontramos em Gn 22.15-16 uma alusão a “um único filho”, assim como, também, o autor do livro de Hebreus se refere a Isaque como o “filho unigênito”, que significa único filho gerado por seus pais (Hb 11.17). Da mesma forma, Cristo é chamado de “filho unigênito” de Deus (Jo 3.16; 1Jo 4.9)


 VII. Conclusão.

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As Escrituras descrevem centenas de promessas divinas, algumas já se cumpriram no passado, outras estão se cumprindo nos dias atuais, e outras, hão de se cumprir no futuro. Em se tratando das promessas divinas, podemos confiar em sua veracidade, pois Deus, não promete com falsidade, nem promete qualquer coisa que não possa cumprir (Is 55.11). Deus é fiel para cumprir suas promessas (Hb 10.23); Ele nunca se esquece de suas promessas (Sl 105.42; Lc 1.54,55); Suas promessas não hão de falhar (Js 23.14; Is 40.8) e elas se cumprem no devido tempo (Jr 33.14; At 7.7; Gl 4.4).



Em breve estaremos de volta, dando continuidade a esta série sobre os patriarcas, desta vez falando sobre Isaque com o tema: Isaque um tipo de Cristo.

   

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