Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
Contatos 0+operadora 21 36527277 ou (Zap)21 xx 990647385 (claro) ou 989504285 (oi)
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Gn 22.1-3,6-13
l - E aconteceu depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis- me aqui. 2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3 - Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu Jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou- se, e foi ao lu^ar que Deus lhe dissera.
6 - E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos Juntos.
7 • Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 - E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos Juntos. 9 - E vieram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar, e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha.
10 • E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho;
11 - Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
12 Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho, o teu único.
13 • Então levantou Abraão os seus olhos, e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.
Nós estamos de volta, já estudamos os seguintes temas na série "os patriarcas", se referindo inicialmente sobre Abraão:
- A sua biografia;
- A sua trajetória bíblica;
- As duas fases da sua chamada;
- A sua descida ao Egito;
- Abrão presta socorro a Ló.
- A separação entre Ló e Abrão
- O nascimento de Isaque
- Deus destrói Sodoma
Agora estaremos falando sobre A prova final de Abraão .
Vamos continuar meditando neste estudo maravilhoso sobre os Patriarcas.
Neste seguimento, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar para a nossa salvação.
Deus estava provando a fé de Abraão, bem como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque.
O patriarca Abraão havia experimentado as mais ricas bênçãos no caminho da fé, mas Deus o submeteu a prova a fim de fazê-lo desfrutar bênçãos ainda maiores. Assim, Abraão viu-se envolvido em um comovente acontecimento que aponta o grande momento quando o Pai celestial entregou seu Filho pela salvação da humanidade.
I. Visão panorâmica do texto.
Abraão e Isaque (Gn 22.1-19).
O supremo teste da fé e obediência de Abraão veio depois da partida de Ismael, quando todas as esperanças para o futuro estavam alojadas em Isaque.
1. Pôs Deus Abraão à prova. O nissa hebraico, provar (tentar), significa um teste que revelaria a fé de Abraão como nada ainda o conseguira fazer. Ele tinha de dar prova de obediência absoluta e incontestada fé em Jeová, obedecendo até mesmo de olhos fechados, passo a passo, até que a fé se destacasse clara como o sol do meio-dia. Abraão passou pelo fogo mais ardente, permaneceu firme sob as maiores pressões e suportou a mais difícil tensão, para emergir da prova em completo triunfo.
2. Nenhum teste seria mais severo do que aquele que agora Deus lhe impunha. E nenhuma obediência seria mais perfeita do que a de Abraão. Quando Deus o chamou, o patriarca respondeu imediatamente. Mesmo sabendo que estava à sua frente, disse calmamente aos seus servos: “Esperai aqui... eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós” (v. 5). Sua fé em Deus que vê e se encarrega de tudo, garantiu-lhe que tudo estava bem. Ele confiou em Jeová para a execução de Suas promessas. “Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar. E daí também em figura ele o recobrou” (Hb. 11:17-19). A fé via além do sacrifício e estava pronta a obedecer.
Moriá. O lugar do sacrifício não pode ser positivamente identificado. 2 Crônicas 3:1 parece localizá-lo no local do Templo de Salomão. A tradição tem-se apegado a esta opinião, e seria difícil encontrar um local mais aceitável. A viagem a pé de Berseba deve ter levado a maior parte dos três dias. Oferece-o ali em holocausto. A palavra hebraica usada aqui, 'eila, literalmente, levante-o, significa oferecer a vitima como um todo em holocausto, em sinal de completa dedicação. Não se faz nenhuma referência a matar o rapaz. A intenção original de Jeová, ao que parece, foi a de garantir a oferta completa, mas interferir antes que a vitima fosse morta. O propósito de Deus, em parte, foi o de apresentar uma lição objetiva sobre a Sua aversão aos sacrifícios humanos que eram abertamente praticados pelos pagãos por todos os lados.
7,8. Conforme os dois lentamente subiam a encosta da montanha, o jovem observador perguntou: Onde está o cordeiro para o holocausto? Que cena patética! A resposta do pai foi dada sem delongas: Deus proverá para si. . . o cordeiro para o holocausto. O verbo significa “ver”. Na verdade, Abraão dizia que Jeová era capaz de ver e providenciar à Sua maneira. Ele tinha em seu coração uma segurança calma de que Deus seria capaz de cuidar dos detalhes. Abraão não sabia que o rapaz seria poupado da experiência da morte. Mas tinha a fé para crer que o Onipotente providenciaria o necessário à Sua maneira e na hora exata. Paulo penetrou nas profundezas desta verdade quando disse: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas cousas?” (Rm. 8:32).
9,10. Tudo estava em seu devido ligar sobre o altar. O filho amado das promessas estava amarrado e prostrado sobre a lenha que ele mesmo trouxera sobre os ombros. O fogo estava pronto. Tudo estava calmo e quieto. A faca afiada foi desembainhada e levantada.
12,13. De repente a voz do céu quebrou o silêncio. Deus ordenou que Abraão deixasse a faca de lado, desamarrasse as correias que prendiam o rapaz e que trouxesse o carneiro preso entre os arbustos. Essa foi a hora suprema de Abraão. Deus experimentara o seu coração e estava satisfeito. Novamente Isaque se colocou ao lado de seu pai, uma testemunha da misericórdia, da graça e da provisão do Senhor (v. 14). Foi por isso que Jesus disse. “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia e viu-o, e alegrou-se” (Jo. 8:56). O homem de Deus retornou a Berseba iluminado com o senso da presença de Deus. Jamais tornaria a ser o mesmo. As grandes promessas foram renovadas, e foi-lhe assegurado que as bênçãos da aliança seriam dele e e de seus descendentes.
II.A prova faz Abraão trilhar o caminho da fé.
Abraão foi escolhido por Deus para ser um grande povo, em cujo seio Cristo haveria de humilhar-se. Abraão, o pai da nação judaica, estava sendo preparado para servir de fundamento patriarcal para este povo. Ele havia trilhado o caminho da fé em estreita comunhão com Deus. e estava para ser submetido a uma grande prova de fé. O que Deus queria provar na vida de Abraão? Consideremos as seguintes virtudes:
1 . O amor. "Até opera por caridade" (Gl 5.6). Deus queria provar se havia alguma coisa que Abraão amava mais do que a Deus, se Abraão de fato amava a Deus acima de qualquer coisa deste mundo.
2 . A obediência Obediência e fé devem andar perfeitamente entrelaçadas na vida do crente (Rm 1.5; At 5.32). Deus queria provar se Abraão estava disposto a obedecer em qualquer circunstância, mesmo quando tudo parecesse incerto. É oportuno lembrar que no inicio de sua caminhada, a obediência de Abraão era incompleta.
3 . A fé. Deus queria provar a Abraão em sua fé, pedindo-lhe em sacrifício Isaque que era o próprio cumprimento da promessa. A obediência à ordem de Deus parecia que iria inviabilizar a concretização da promessa de fazer de Abraão um grande povo.
III .Por que Deus deu esta ordem a Abraão?
Abraão tinha obedecido a Deus muitas vezes em sua caminhada com Ele, mas nenhum teste poderia ter sido mais severo do que o de Gênesis 22. Deus comandou: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22:2). Esse foi um pedido impressionante porque Isaque era o seu filho da promessa. Como Abraão respondeu? Com obediência imediata; na manhã seguinte, Abraão começou a sua jornada com dois servos, um jumento, seu amado filho Isaque e com a lenha para o holocausto. Sua obediência inquestionável ao comando aparentemente confuso de Deus deu a Deus a glória que Ele merece e nos deixou um exemplo de como devemos glorificá-lO. Quando obedecemos da mesma forma que Abraão, confiando que o plano de Deus é o melhor possível, nós elevamos Seus atributos e O louvamos por eles. A obediência de Abraão à face de um comando tão difícil exaltou o amor soberano de Deus, Sua bondade, o fato de que Ele é digno de confiança, e nos deixou um exemplo a seguir. Sua fé no Deus que ele passou a conhecer e amar colocou Abraão na lista de heróis da fé em Hebreus 11.
Deus usou a fé de Abraão como um exemplo de que fé é o único caminho a Deus. Gênesis 15:6 diz: “creu ele no SENHOR, e imputou-lhe isto por justiça”. Essa verdade é a base da fé Cristã, como confirmado por Romanos 4:3 e Tiago 2:23. A justiça que foi creditada a Abraão é a mesma justiça a nós creditada quando recebemos pela fé o sacrifício que Deus providenciou pelos nossos pecados – Jesus Cristo. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5:21).
A história do Velho Testamento sobre Abraão é a base do ensino do Novo Testamento sobre a Expiação, a oferta do sacrifício do Senhor Jesus na cruz pelo pecado da humanidade. Jesus disse, muitos séculos depois: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se” (João 8:56). Encontre a seguir alguns paralelos entre as duas narrativas bíblicas:
“Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque”(Gn 22:2); “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” (Jo 3:16).
“…vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali…”(v.2); acredita-se que foi nessa área onde a cidade de Jerusalém foi construída muitos anos depois e onde Jesus foi crucificado fora da porta de sua cidade (Hb 13:12).
“oferece-o ali em holocausto” (v.2); “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15:3).
“E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho” (v.6); Jesus: “E, levando ele às costas a sua cruz...” (Jo 19:17).
“... mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v.7); João disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
Isaque, o filho, agiu em obediência ao seu pai em se tornar o sacrifício (v.9); Jesus orou: “Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26:37).
Ressurreição – Isaque como símbolo e Jesus em realidade: “Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; daí também em figura ele o recobrou” (Hb 11:17-19); Jesus: “E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15:4).
IV . A consistência da prova de Abraão.
l. O sacrifício pedido. Deus pediu a Abrãao que oferecesse seu filho Isaque em holocausto (Gn 22.3). Desse modo, Abraão deveria sacrificar a grande resposta de suas orações, aguardada por 25 anos! E Deus foi bem específico em seu pedido: "O teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas" (Gn 22.2).
2. A pronta obediência de Abraão. Nenhuma das provas exigidas a Abraão foi de fácil execução. Na primeira, teve que deixar parentes e amigos e seguir para uma terra que ele não conhecia. Não lhe deve ter sido agradável viver na terra da promissão entre os cananeus, presenciando seus pecados e, além disso, saber que a terra que degradavam lhes pertenceria ainda por muito tempo. Como prova, ele teve ainda que separar-se do sobrinho Ló e mais tarde libertá-lo em luta desigual contra quatro reis, tendo apenas poucos homens consigo. Abraão tinha recebido a grande bênção da sua vida e.depois, veio a prova. Não é difícil de acontecer isso: Deus provar o crente após dar-lhe uma grande bênção. Seu filho Isaque seria o exato objeto da prova. É notável a expressão com que começa o versículo 3: ** Então (então, neste versículo, quer dizer.respeitando a ordem), se levantou Abraão pela manhã de madrugada... e foi ao lugar que Deus lhe dissera Não revelou a ninguém o que se passava; nem mesmo a Sara. Uma das maiores lições da Bíblia foi a maneira cautelosa como Abraão se preparou para essa penosa jornada. Ele não esqueceu nada. A atenção que damos às coisas necessárias para uma viagem agradável (roupas, sapatos, etc) foi o que Abraão fez naquela madrugada. Não esqueceu nada. Mal sabia ele que estava estabelecendo um dos mais gloriosos tipos bíblicos: O Calvário, onde o Pai haveria de permitir a violência contra o Amado Filho, e onde Ele nos santificaria pela oblação do seu corpo (Hb 10.10). Possivelmente Abraão recebeu esta ordem em uma visão à noite. E, logo, pela manhã, de madrugada preparou-se para realizar a viagem que Deus lhe ordenara, (Gn 22.3). Tomou consigo dois moços e a Isaque, seu filho, bem como lenha para o holocausto, e partiu rumo ao lugar do sacrifício (Gn 22.3).
3.0 maior exemplo de fé. Chegou ao pé dó monte Moriá deixou aos moços e os animais, e subiu com Isaque ao monte. Isaque carregava a lenha, e Abraão o fogo e o cutelo. Isaque fez a seu pai a emocionante pergunta: "Mas onde está o carneiro do holocausto? Abraão respondeu: "Deus proverá para si o cordeiro do holocausto, meu filho" (Gn 22.7.8). Ao afastar-se Abraão dos dois moços que levara consigo, recomendou-lhes que ficassem afastados, pois ele e Isaque, após adorarem, voltariam. Não pode haver qualquer suspeição quanto a essa segurança, pois ele tinha uma promessa de Deus que haveria de cumprir-se no próprio Isaque. Diríamos que era mais do que uma promessa: Um concerto! Um concerto solene. Dois pensamentos antagônicos martelavam a mente de Abraão naquele momento: Imolar o filho e descer do monte com ele. vivo como subira. Ainda que chegasse a atear fogo à lenha e que o corpo do rapaz se tomasse em cinzas, ele cria que, mesmo assim, das cinzas Deus o poderia ressuscitar. Diz a Bíblia: Ao terceiro dia levantou Abraão os olhos e viu o lugar de longe'. Oh. mesmo crendo no poder de Deus, como não deve ter sido dura a caminhada de três dias. E que choque não deve ter vibrado todo o ser daquele pai, ao ver de longe o lugar onde iria descer o cutelo sobre o próprio filho. Tal fato lembra-nos os três dias em que o Pai Celestial permitiu que o Seu Filho Unigênito permanecesse sepultado no seio da terra. Na resposta de Abraão para o rapaz: "Deus proverá para si o cordeiro", Abraão,"Sem saber, alimentava uma verdade maravilhosa. Não só no episódio assim aconteceria, mas na plenitude dos tempos Deus enviaria o Cordeiro, o Seu Cordeiro.
4. O altar do sacrifício. Abraão edificou um altar, pôs a lenha em ordem, e preparou-se para sacrificar seu filho. Isaque, embora adulto, não ofereceu resistência. Mas quando Abraão estendeu a sua mão para imolar seu filho, o anjo do Senhor bradou: * *Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada, porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho o teu único" (Gn 22.10-12).
5. O cordeiro substituto. Abraão levantou seus olhos e viu um carneiro preso. no mato, pelas pontas. Então, tomou- o e ofereceu-o em lugar de Isaque (Gn 22.13). E chamou Abraão o nome daquele lugar: "O Senhor proverá" (Gn 22.14).
6. Deus alcançou o seu objetivo. Ao submeter Abraão a essa tremenda prova Deus alcançou plenamente o seu objetivo pois constatou que:
• Abraão amava a Deus acima de tudo neste mundo?
• Abraão estava disposto a obedecer à risca qualquer ordem de Deus.
• Abraão possuía uma grande fé, pois cria que se Isaque tivesse de fato sido morto. Deus o ressuscitaria.
Deste modo, em figura, Abraão o recobrou. (Hb 11.18.19). O que Deus queria acima de tudo era a prova máxima da dedicação de Abraão. E assim foi. Ele mostrou com a ação (não com os lábios) inteira submissão a Deus; deixou evidente que amava e respeitava ao Senhor acima de tudo. até do seu único filho. Tal prova de obediência deve ter elevado muito a fé de Abraão, assim como sua consagração ao Senhor. No v. 11, está escrito que o anjo do Senhor bradou a Abraão desde os céus para evitar que a faca descesse sobre o pescoço de Isaque. Assim foi com Isaque, tipo de Jesus. Com o próprio Jesus, porém, não houve alternativa nem socorro, mas teve que beber até ao fim o cálice amargo. Jesus Cristo suportou sobre si o peso brutal das hostes infernais; suou sangue, mas caminhou sem vacilações para ser entregue nas mãos dos juizes perversos. Deus, por amor do Seu nome, por amor aos pecadores, ali não era possível suspender a ordem. Para isso Ele viera: **Para desfazer as obras do Diabo" e "buscar o perdido*'. Teria a execução de Isaque algum valor sacrificial? Não! Ele poderia apenas morrer por causa dos seus próprios pecados, sem qualquer vantagem, nem mesmo para ele. na eternidade. Nenhum pecador poderá morrer para livrar-se dos seus pecados. É por isso que o sacrifício de Jesus tem valor: Porque ele não tinha pecado. Logo, o sacrifício de Isaque sob nenhum aspecto tinha o menor valor. Por que chamou Abraão aquele lugar de Jeová-Jiré (O Senhor proverá)? Ele teve ali uma nova experiência. Maravilhosa experiência. Reconheceu o plano da redenção. Pôde vislumbrar a ocasião futura quando a excelsa promessa da vinda do Redentor seria cumprida para a salvação de todos nós.
V . Os efeitos imediatos da prova.
1. O grande livramento. Eis a grande lição sobre o modo como Deus lida com seus servos. Só depois da obediência de Abraão. Deus enviou o livramento.
2. Promessas renovadas e ampliadas (Gn 22.16-19).
Diante da prova de fé, isto é, pelo fato de não ter negado seu único filho, Deus agora reafirma as promessas da Aliança:
A – Descendência numerosa. Aqui está em vista principalmente a descendência espiritual, ou seja, os da fé que teve Abraão (Gn 22: 17; Rm 4:9-12).
B – Posse dos inimigos, vitória sobre os inimigos. O que também indica a vitória dos eleitos sobre a carne, o mundo, e o diabo (Gn 22:17).
C – Benção às nações da terra pela descendência. Nesta descendência estaria o Evangelho da Redenção (Gn 22:18).
E todas estas promessas estão apoiadas no juramento de Deus, que, observe, jura por si mesmo, “Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar,jurou por si mesmo” Hb 6:13. Que segurança absoluta se encontra nestas promessas, nesta Aliança. Oh leitor, você é um dos da fé? Você crê? Veja o que o escritor da Carta aos Hebreus lhe diz: “Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Hb 6: 13-20. Assim, para os crente há a maior de todas as seguranças: a imutabilidade do seu propósito. Que segurança a nossa!
;
3. Visão profética do Calvário. Jesus disse aos judeus: Abraão vosso pai. exultou por ver o meu dia. e viu-o. e alegrou-se" (Jo 8.56). Abraão em visão viu o sacrifício de Jesus, o qual era tipificado no sacrifício que ele próprio acabara de oferecer. Que bênção inexplicável!
VI. As três principais características de Abraão.
1. Abraão era um homem que confiava em Deus de todo o seu coração
Abraão estava para subir ao monte, em obediência ao mandamento de Deus, de sacrificar seu filho.
Mas ele tinha uma profunda certeza no seu coração: assim como ele e o rapaz estavam subindo, ele e o rapaz também voltariam.
O escritor aos Hebreus trás para nós um comentário do Espírito Santo sobre o que se passava no coração de Abraão naquela hora.
Hb 11:17-19
17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou.
Veja o que ele diz: Deus havia feito a Abraão a promessa de que através de seu filho Isaque surgiria uma descendência numerosa como as estrelas do céu.
E agora Deus lhe pediu que sacrificasse Isaque.
Abraão cria na promessa de Deus. Então, mesmo que Isaque morresse, Deus era poderoso até para ressuscitá-lo de entre os mortos, e neste sentido, de fato Isaque ressuscitou.
Ora, irmãos, a mesma atitude de fé, de confiança na palavra de Deus, o Senhor deseja de todos os seus filhos.
Hb 11:6
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.
Deus se agrada de que confiemos nele, e que assim como Abraão diante dos seus servos, e diante do seu filho, confessemos esta fé.
Por isto que não somente em meio às circunstâncias aprazíveis, mas muito mais ainda em meio às dificuldades, às vicissitudes, às provações, o Senhor nos encoraja a que confiemos em sua palavra, em seu poder, em seu amor, em suas promessas.
“Não se turbe o vosso coração”, diz o Senhor Jesus, “credes em Deus, crede também em mim…”.
“Não temais, ó pequenino rebanho, porque o Pai se agradou em dar-vos o reino…”.
“Não andeis ansiosos por coisa alguma…”.
“Aquele que começo boa obra em vós, há de aperfeiçoá-la…”.
“Ele suprirá cada uma das vossas necessidades…”.
“Ele vos ama com amor eterno…”.
“Tu podes todas as coisas naquele que te fortalece…”.
Confie na palavra do Deus de palavra, pois ele se agrada dos seus filhos, os que nele confiam.
Então Abraão e Isaque começaram a caminhar em direção ao monte.
Enquanto caminhavam, Isaque perguntou:
“Meu pai, aqui estão a lenha, o fogo e o cutelo. Mas onde está o cordeiro para o holocausto”?
Ao que Abraão, cheio de fé respondeu: - “Deus proverá para si o cordeiro, meu filho”.
E continuaram a caminhar.
Quando chegou ao monte, Abraão ergueu o altar, colocou o seu filho, e ergueu o cutelo.
Irmãos, Abraão iria obedecer mesmo.
Mas então uma voz do céu lhe chamou (v. 12).
Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
E aqui, irmãos, a segunda característica de Abraão que vamos destacar:
2. Abraão amava ao Senhor de todo o seu coração
Nós vemos isto no fato de que Abraão, por seu profundo temor, isto é, aquele respeito amoroso do qual nos fala Moisés, não negou nada ao Senhor; nem mesmo seu próprio filho.
Abraão amava Isaque, e amava muito. Mas amava ainda mais ao Senhor.
Da mesma maneira, meus irmãos, o Senhor deseja que nós também o amemos.
Mt 10:37, 38
37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.
Amar a Deus sobre todas as coisas. Amar a Deus de todo o nosso coração, de todo o nosso entendimento, de todas as nossas forças.
Amar a Deus a ponto de entregar-lhe tudo: nossos relacionamentos mais caros, nossos bens materiais, nosso tempo, nossos dons, a ponto de entregar-lhe toda a nossa vida.
Agora voltemos ao nosso texto de Gênesis 22:13
Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
Irmãos, é impossível nós lermos este versículo e não nos lembrarmos de que assim como este cordeiro foi dado por Deus para morrer no lugar de Isaque, assim também o mesmo Deus deu ao seu próprio Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pelos nossos pecados.
Ele é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E se Deus nos amou tanto a ponto de nos dar seu Filho, será que com ele também não nos dará, graciosamente, todas as coisas?
E se Deus nos amou tanto a ponto de nos dar seu Filho, será que ele não é digno de todo o nosso amor, de toda a nossa confiança, de toda a nossa entrega?
Ame ao Senhor, ame-o, porque ele te amou primeiro.
E entregue a ele tudo: todas as áreas de tua vida, todas as tuas amizades, todos os teus bens, todo o teu dinheiro, todos os teus dons, todo o teu tempo.
Mas aqui neste versículo temos também sublinhada a terceira característica de Abraão, que vemos em toda esta história:
3. Abraão obedecia a Deus, de todo o seu coração
Pois a confiança de quem ama também é uma confiança que obedece.
Tiago nos diz que esta fé obediente teve um efeito maravilhoso no relacionamento de Abraão com Deus (Tg 2:21-23)
21 Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?
22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou,
23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus.
E como é certo aquele cântico que diz:
Não existe nada melhor do que ser amigo de Deus
Caminhar seguro na luz, desfrutar do seu amor
Ter a paz no coração, viver sempre em comunhão
E assim perceber a grandeza do poder de Jesus meu bom pastor
VII. O sacrifício de Isaque tipifica o sacrifício de Jesus.
1. Abraão oferece Isaque em sacrifício. O sacrifício de Isaque foi um símbolo do sacrifício de Jesus, pois Deus deu seu Filho Unigênito em sacrifício pelos nossos pecados. Já antes da fundação do mundo o Pai havia elaborado o plano da salvação através de Seu Filho, e o Filho havia aceito essa missão (Ef 3.4-11; Ap 13.8).
2. Isaque sobe o Moriá. Isaque a caminho do Monte tipificava Jesus a caminho do Gólgota. Isaque sabia que seu pai ia oferecer um holocausto a Deus. mas não sabia que o sacrifício seria ele próprio. Jesus, porém, estava bem consciente do sofrimento que lhe esperava (Lc 12.49-50; Jo 12.21). O peso que dominava o coração de Abraão a caminho do supremo sacrifício, simboliza o sentimento do Pai quando seu Filho foi preso e condenado. Contudo diz a Escritura: * *Deus estava em Cristo reconciliando consigo e mundo' (2 Co 5.19).
3. Isaque é colocado sobre o altar. Consideremos a analogia: Isaque foi amarrado e colocado sobre o altar, mas não foi sacrificado. Jesus foi crucificado sem oferecer qualquer resistência. Enquanto seus carrascos pregavam seus pés e suas mãos no madeiro. Ele orava: 'Pai. perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Abraão levantou a sua mão para imolar Isaque, mas foi impedido pelo brado do anjo. No Gólgota não se ouviu a voz de qualquer anjo. Jesus sofreu a agonia da crucificação, e. em certo instante, exclamou: "Deus meu. Deus meu. por que me desamparaste?" (Mt 27.46). Todavia, aproximando-se o momento da morte. Jesus deu o brado da vitória: "ESTÁ CONSUMADO!" (Jo 19.30).
O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro, Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o perdão dos nossos pecados.
A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro. O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16). Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a vida eterna.
A justificação mediante o Cordeiro de Deus. Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5.1).
4. Isaque desceu do altar. Em Moriá o anjo do Senhor se manifestou e deste modo. livrou Isaque da morte. Jesus ficou na cruz até o fim, porém. Deus o ressuscitou. Por ocasião da morte de Jesus, houve também uma manifestação divina, pois o véu do templo se rasgou de alto a baixo, mostrando que a porta da salvação está aberta para todos.
VIII. Deus quer obediência fé e sacrifício.
Sacrifício significa dar a Deus algo que nos custa alguém ou alguma coisa. Ele é uma demonstração, uma forma de materializar a nossa fé, nossa perseverança. Quando Araúna ofereceu ao rei Davi os bois, a lenha para oferecer sacrifício ao Senhor afim de parar a praga que estava assolando o seu povo, ele não aceitou e explicou o porque:“não posso oferecer ao Senhor algo que não tenha me custado nada (2 Sm 24:16-24). O melhor dia para ir ao ajuntamento do povo de Deus para adorá-lo é aquele em você olha e diz: “hoje está difícil, hoje eu não poderia…” A melhor oferta é aquela em que você sabe que está te custando alguma coisa: O Senhor é digno, Aleluia! As vezes abrir de relacionamentos errados por causa do temor do Senhor é muito doloroso, mas, o Senhor é Santo, Aleluia!
Gênesis 22:1-19 “Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova…
Quando Deus te chama para adorá-lo, para sacrificar a Ele, acredite em mim, o teu carácter, ou seja, a tua fé, a tua perseverança estarão sendo provados.
…pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou- se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado…
Deus indica como, quando e de que forma Ele deseja ser adorado, porém, cabe ao adorador prover-se do suprimento material necessário para a adoração.
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós…
É tremendo quando cremos nos propósitos de Deus. Deus havia prometido a Abrão, que Isaque, e não Ismael, seria o seu herdeiro e que a partir dele surgiria uma grande nação (Gn 17). Isaque nasce através de um grande milagre e, quando adolescente Deus o pede em sacrifício. Isto nos fala algumas coisas:
1. Isaque não pertencia a Abraão, visto que, se não por um grande milagre ele nem mesmo existiria;
2. Os anos foram passando e Abraão foi se apegando a Isaque… “o filho a quem amas”… a ponto de pensar que o mesmo lhe pertencesse, mesmo sabendo que ele existia por causa de um milagre, por causa de um propósito, por causa de Deus. Muitas vezes isto acontece conosco, principalmente concernente ao ministério. Deus nos dá algo para fazer para Ele e, com o tempo confundimos as coisas e pensamos que aquilo nos pertence.
3. Abraão creu que o propósito de Deus para Isaque era maior que a própria morte. Se ele morrer, dizia ele, Deus o ressuscitará. A fé levada ao extremo.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.
7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou- lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.
9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha;
10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.
11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!
12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.…
“Agora sei que temes a Deus…” A nossa fé sempre será levada ao nível da prova. Por mais que você “sinta” que ama a Deus, esse amor sempre será conduzido para ser provado. O seu temor a Deus sempre será provado. Espere por isto, passe bem pelo processo, seja provado, seja aprovado, receba sua coroa. Coroa não é uma recompensa. Ela representa autoridade para reinar em nome de Deus.
…pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.
15 Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão
16 e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho,
17 que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos,
18 nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.
19 Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para Berseba, onde fixou residência.”
Ou, seja, Deus já havia abençoado a Abraão (Gênesis 17), mas, para que a bênção, a promessa de Deus fosse de fato estabelecida Ele precisava provar a fé e a perseverança de Abraão. A fé foi provada na circuncisão, que equivale ao batismo nas águas hoje (Cl 2:11,12). A perseverança foi provada no sacrifício de Isaque. A promessa de Deus para nossas vidas somente será materializada a medida em que o nosso sacrifício, nossa adoração a Ele, em função disso for materializada.
Hoje, a morte do nosso Senhor Jesus Cristo garantiu o nosso livre acesso a presença de Deus. Entremos, pois, em Sua presença com sacrifícios, com adoração. (Sl 50:5)
Espero que estas simples palavras sirvam para sua edificação pessoal. Lembrando que toda palavra para surtir efeito necessita ser levada para as vias de fato, para a prática. Existem áreas em tua vida sobre as quais Deus já tem requerido de ti algum sacrifício. Procure indentificá-las e, meu querido, minha querida, faça o que é preciso fazer. Há uma coroa, uma posição de autoridade esperando por você.
Através de provações, novos aspectos da insondável natureza de Deus são revelados a seus servos.
Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em consonância com as exigências divinas.
Deus deu a fé necessária a Abraão para que de fato a Aliança fosse real. Então veio a prova e a fé se manifestou na sua disposição de oferecer seu filho. Mas na verdade a Aliança com Abraão era a implementação da aliança Eterna entre o Pai e o Filho para a salvação dos eleitos. Nesta aliança por Isaque viria o Cristo que salvaria seu povo operando para a glória de Deus. Para tanto o propósito de Deus foi assegurado por juramento, e Rebeca foi preparada para com Isaque gerar um grande povo, pelo qual viria Cristo. Assim, se somos crentes, estamos na mais segura das situações, pois fomos edificados sobre a Rocha do Eterno Propósito de Deus em Cristo confirmado com o juramente de Deus. Amém!
Em breve estaremos de volta dando continuidade e este maravilhoso estudo com o tema: Abraão providencia o casamento de Isaque. Até já na Paz do Senhor Jesus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário