sábado, 28 de agosto de 2021

Série os patriarcas - Abraão - 4. A descida de Abrão ao Egito

 



Por Jânio Santos de Oliveira


 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


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Gn 12.10-20

10 Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra.

11 Quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;

12 e acontecerá que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é mulher dele. E me matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida.

13 Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma em atenção a ti.

14 E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios que a mulher era mui formosa.

15 Até os príncipes de Faraó a viram e gabaram-na diante dele; e foi levada a mulher para a casa de Faraó.

16 E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e este veio a ter ovelhas, bois e jumentos, servos e servas, jumentas e camelos.

17 Feriu, porém, o Senhor a Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.

18 Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? por que não me disseste que ela era tua mulher?

19 Por que disseste: E minha irmã? de maneira que a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te.

 20 E Faraó deu ordens aos seus guardas a respeito dele, os quais o despediram a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha.




Nós já estudamos os seguintes temas na série "os patriarcas", se referindo inicialmente sobre Abraão:


  • A sua biografia;
  • A sua trajetória bíblica;
  • As duas fases da sua chamada;
Agora estaremos falando sobre a  sua descida ao Egito.

Vamos continuar meditando neste estudo maravilhoso sobre os Patriarcas.



I.                   A trajetória da fé não é livre de provações.


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Abraão, na direção de Deus. Havia já percorrido uma grande parte da terra para a qual Deus o chamara. Até então não havia surgido qualquer problema, contudo as provações estavam para vir.

1.     A fome, uma grande prova.

 Uma das maiores provas a que alguém pode ser submetido é a da falta de alimentos, a falta da subsistência. Todavia, para aquele que confia no Senhor, ela toma-se uma oportunidade do crente glorificar a Deus. ( Hc 3.17-19). Diz a Bíblia: E havia fome naquela terra' (Gn 12.10). Abraão, iniciante no caminho da fé. Abrão não tinha ainda enfrentado obstáculos e dificuldades na sua caminhada. Não tinha ainda experiência quanto à maneira de proceder quando as coisas começassem a aparecer contrárias. E a provação veio para o servo de Deus. Ele possuía um grande rebanho que dependia de bons pastos, e a situação era realmente preocupante. Mas que contradição! Veio a seca e a conseqüente fome na terra da promessa!

2.     Deus sempre permanece fiel.

Desde que iniciara sua caminhada de acordo com a chamada de Deus, Abraão havia experimentado que o Senhor havia em tudo cumprido a sua palavra. Deus havia dito: E eu te mostrarei" (Gn 12. l), e assim foi. O percurso de Abraão até aquele momento havia sido o trilho da direção divina. A seca que castigou aquela terra colocou a fé de Abraão em prova. Deus havia dito: E abençoar-te-ei" (Gn 12.2). Onde estava agora a bênção prometida?
É importante lembrar que Deus nunca prometeu que a nossa vida de fé seria livre de provações. Mas prometeu que seria nosso refúgio e fortaleza e socorro bem presente na angústia'(SI 46.1). E ainda: 'Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás" (SI 50.15).

3. Abraão desce ao Egito.

Abraão havia passado por Betei onde havia edificado um altar a Deus e invocado seu nome (Gn 12.8). A situação de fome que passou a castigar a terra de Canaã colocou Abraão numa verdadeira encruzilhada: continuar a peregrinar na terra para a qual Deus o havia trazido, mas onde havia fome, ou fugir para o Egito à busca de uma solução. Não há na Bíblia evidência de que Deus tivesse orientado Abraão a peregrinar no Egito. “Contudo está escrito: E desceu Abraão ao Egito para peregrinar ali" (Gn 12.10).


II.                 As “ Supostas vantagens no Egito”.

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1.       Abrão sempre foi um homem de adoração. Sempre onde chegava, sua primeira atitude era erigir um altar ao Senhor. Mas no relato de sua estada no Egito, nada há que indique que ele tenha erigido um altar naquele lugar: O EGITO (MUNDO) IMPEDE NOSSA COMUNHÃO COM DEUS.

2.       Ao descer para aquele lugar, sabendo que sua esposa era bela, ele pede que ela identifique-se como sua irmã para que não o matem para ficar com ela: TUDO NO EGITO (MUNDO) É ILUSÃO E ENVOLVE MENTIRAS.
Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti (Gn 12.13).

3.       Lá no Egito o faraó toma Sarai, sua esposa para si. E se não fosse a intervenção Divina, ele teria consumado o ato conjugal: TODO NO EGITO (MUNDO) TENDE A DESTRUIR NOSSA FAMÍLIA.
E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó (Gn 12.15).

4.       Alguém poderia até argumentar que faraó deu-lhe muitos bens. E poderia dizer que isso foi uma vantagem auferida.
E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve ovelhas, vacas, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos (Gn 12.16).

5.       Porém devemos lembrar que essas riquezas foram as mesmas que causaram a separação entre Abrão e seu sobrinho Ló.
E não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos; porque os seus bens eram muitos; de maneira que não podiam habitar juntos (Gn 13.6).
AS SUPOSTAS VANTAGENS DO EGITO (MUNDO) SÃO ILUSÓRIAS E POR FIM TRAZEM DESTRUIÇÃO.

Pelo menos duas vezes lemos na Bíblia acerca de pessoas que foram orientadas por Deus para irem ao Egito. Jacó, já velho, foi convidado por seu filho José para ir ao Egito.  Deus apareceu a Jacó em visões de noite e disse: "Não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação. E descerei contigo ao Egito..." (Gn 46.1- 5). No Novo Testamento encontramos a orientação dada por Deus a José de fugir para o Egito com Maria e o menino Jesus, a fim de escaparem da perseguição de Herodes (Mt 2.13).
No caso de Abraão, a decisão de descer ao Egito foi resultado de considerações humanas. Quem sabe a idéia partiu de Ló que era extremamente materialista.


3.     Abraão pagou caro a sua precipitação.

Para aquele que deseja andar no caminho da fé, lançar mão de soluções precipitadas para problemas e sofrimentos é sempre perigoso. Abraão pagou caro ter-se precipitado, indo para o Egito sem a direção de Deus.
Esperar em Deus é sempre a melhor solução. Deus tem em todas as circunstâncias a solução do mais alto nível. Devemos, portanto, cuidar a fim de que não nos precipitemos criando saídas humanas para dificuldades que venhamos a enfrentar.


III.               Como Abrão foi influenciado pelo Egito.

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Abraão, fora da direção de Deus, enfraqueceu na fé. Quando a fé não estiver operando, o medo facilmente se apoderará do nosso coração. E isso aconteceu com Abraão: foi dominado pelo medo.

1.     A solução humana para um suposto perigo.

Abraão, que entrara no Egito sem a orientação do Senhor. Procurou resolver ele próprio o seu problema, sem esperar a ajuda e proteção de Deus.
Temendo a perversidade dos homens do Egito, disse a Sara. Sua mulher 0ra, bem sei que és mulher formosa à vista; e será que quando os egípcios te virem, dirão: Esta é a sua mulher. E matar-me- ão a mim, e a ti guardarão em vida. Dize, peco-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti' (Gn 11-13). Era uma meia verdade, uma vez que Sara era filha de Terá, mas não filha da mãe de Abraão (Gn 20.12). Todavia, mais que uma meia verdade, era uma grande mentira, pois Sara era antes de tudo a sua esposa. A mentira é sempre grave. ainda que seja uma mentirinha" para livrar-se de um  'probleminha". Assim diz a Escritura: “E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira" (Ap 21.27). Mas o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado (l Jo l .7).


2.     A conseqüência da mentira de Abraão.

 O mentiroso sempre colhe os frutos da sua má semeadura. Vejamos o que registra a Escritura: E viram os egípcios a mulher que era mui formosa. “E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para casa de Faraó" (Gn 12.14,15). Como consequência da mentira de Abraão, Sara, sua querida e fiel esposa, foi levada para a casa de Faraó para ser uma concubina. Que sofrimento para ambos! Se Abraão tivesse dito desde o início que Sara era a sua mulher, isto não teria acontecido, e Deus teria guardado Sara ao lado de Abraão. É importante observar que a Bíblia não omite as fraquezas dos grandes homens de Deus. Registra-as para advertência nossa. E mostra-nos que é a intima comunhão com Deus que faz com que o caráter santificado se desenvolva.
3. Deus teve compaixão de Abraão. Deus em seu grande amor e compaixão não abandonou Abraão, mesmo tendo este enveredado pelo caminho da mentira.
Tendo Faraó tomado Sara para si. Deus o puniu:  Feriu porém o Senhor a Faraó com grandes pragas, e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão" (Gn 12.17). "Então chamou Faraó a Abrão e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher?...Agora, pois, eis aqui tua mulher, toma-a e vai-te" (Gn 12.18.19).



  • IV.             Como foi a estadia de Abrão no Egito.

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Mal Abraão havia se estabelecido em Canaã, irrompeu uma devastadora fome — uma das dez fomes que Deus designou para castigo dos homens

  • A primeira ocorreu no tempo de Adão, quando Deus amaldiçoou o solo por causa dele; 
  • a segunda foi no tempo de Abraão;
  •  a terceira forçou Isaque a abrigar-se entre os filisteus;
  •  as devastações da quarta levou os filhos de Jacó ao Egito para comprar trigo por alimento; 

  • a quinta veio no tempo dos juízes, quando Elimeleque e sua família tiveram de buscar refúgio na terra de Moabe; 
  • a sexta ocorreu durante o reinado de Davi e durou três anos; 
  • a sétima aconteceu nos dias de Elias, que havia jurado que nem orvalho nem chuva cairiam sobre a terra;
  •  a oitava foi aquela do tempo de Eliseu, quando uma cabeça de asno foi vendida por oitenta peças de prata; 
  • a nona é a fome que sobrevêm aos homens gradativamente, de tempos em tempos; 
  • a décima flagelará os homens antes do advento do Messias, e essa será “não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor”.


A fome no tempo de Abraão só prevaleceu em Canaã, e havia sido infligida sobre a terra a fim de testar a fé dele. Abraão não murmurou e não demonstrou qualquer sinal de impaciência com relação a Deus, que havia lhe dito pouco tempo antes para abandonar sua terra nativa por uma terra de privação. A fome forçou-o a deixar Canaã por algum tempo, e ele dirigiu-se ao Egito, para conhecer a sabedoria dos sacerdotes e, se necessário, dar-lhes instrução sobre a verdade.
Na viagem de Canaã para o Egito Abraão observou pela primeira vez a beleza de Sara. Casto como era, ele não havia jamais olhado para ela, porém agora, quando cruzavam um riacho, ele viu o reflexo da sua beleza na água como se fosse o esplendor do sol. Pelo que disse a ela:
— Os egípcios são gente muito sensual; vou colocá-la num baú para que nenhum mal me sobrevenha por sua causa.
Na fronteira do Egito, os coletores de impostos perguntaram o conteúdo do baú, e Abraão disse que estava trazendo cevada nele.
— Não — disseram eles, — está cheio de trigo.
— Muito bem — respondeu Abraão, — estou pronto a pagar a taxa pelo trigo.
Os oficiais então arriscaram outro palpite:
— Está cheio de pimenta!
Abraão concordou em pagar a taxa pela pimenta e não recusou a pagar a taxa por ouro, e finalmente pedras preciosas. Vendo que ele não se opunha a taxa alguma, por mais alta que fosse, os coletores de impostos encheram-se de suspeita e insistiram que ele abrisse o baú e deixasse-os examinar o conteúdo.

Quando abriram à força o baú, o Egito inteiro resplandeceu com a beleza da Sara.

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 Comparada a ela, as outras belezas eram como homens comparados a macacos. Sara superava a própria Eva. Cada servo do faraó ofereceu um preço mais alto para comprá-la, embora opinassem também que beleza tão radiante não deveria permanecer propriedade de um só indivíduo. Foram relatar a questão ao rei, e o faraó mandou uma poderosa tropa armada para trazer Sara ao palácio; tão encantado ele ficou com os charmes dela que os que haviam trazido a notícia de sua chegada ao Egito receberam abundantes dádivas.
Em lágrimas, Abraão elevou uma oração a Deus com as seguintes palavras: “É essa minha recompensa por confiar no senhor? Por sua graça e sua longanimidade, não permita que minha esperança seja envergonhada”.
Sara também implorou a Deus: “Ó Deus, o senhor ordenou o meu mestre Abraão a deixar a sua casa, a terra de seus ancestrais, e viajar a Canaã, e prometeu recompensá-lo se ele cumprisse os seus mandamentos. Agora fizemos como o senhor nos ordenou: deixamos nosso país e nossas famílias, e viajamos para uma terra estranha, a um povo que nos era até então desconhecido. Viemos para cá salvar nossa gente da fome, e agora esse terrível infortúnio nos sobrevêm. Ah, Senhor, ajude-me e salve-me da mão desse inimigo, e pela sua graça mostre-me o seu benefício”.
Um anjo apareceu a Sara enquanto ela estava na presença do rei, a quem o anjo não se tornou visível, e disse que ela tivesse coragem:
— Não tenha medo, Sara: Deus ouviu a sua oração.
O rei perguntou a Sara sobre o homem na companhia de quem viera ao Egito, e Sara chamou Abraão de seu irmão. O faraó prometeu fazer de Abraão um homem grande e poderoso, e fazer em favor dele qualquer coisa que ela desejasse. Fez com que Abraão recebesse muito ouro e prata, e diamantes e pérolas, ovelhas e bois, escravos e escravas, e designou-lhe uma residência nos átrios do palácio real. Pelo amor que nutria por Sara, o faraó redigiu um contrato de casamento pelo qual lhe transferia tudo que possuía na forma de ouro e prata e escravos e escravas, e ainda a província de Gósem, a região ocupada posteriormente pelos descendentes de Sara, por ser de direito sua propriedade. Ainda mais notável, deu-lhe como escrava sua própria filha Hagar, pois preferia ver sua filha como serva de Sara do que reinando como concubina em outro harém.
Toda essa sua generosidade de nada adiantou. Durante a noite, quando o faraó aproximava-se de Sara, um anjo aparecia armado com um bastão. Se o faraó apenas tocava o calçado de Sara para removê-lo do pé, o anjo plantava-lhe um golpe na mão; se pegava-lhe no vestido, seguia-se um segundo golpe. Antes de cada golpe o anjo perguntava a Sara se tinha permissão de desferi-lo; se ela ordenava que ele desse ao faraó um momento para se recuperar, o anjo obedecia e fazia como ela lhe ordenara.
E outro grande milagre aconteceu. O faraó, seus nobres e seus servos, e até mesmo as paredes de sua casa e sua cama foram afligidos com lepra, de modo que ele não tinha como entregar-se a seus desejos carnais. A noite em que o faraó e sua corte receberam essa merecida punição foi a décima quinta noite de Nisã, a mesma noite na qual Deus posteriormente visitou os egípcios a fim de redimir Israel, os descendentes de Sara.
Horrorizado pela praga enviada sobre ele, o faraó inquiriu de que modo podia livrar-se dela. Ele consultou os sacerdotes, através dos quais descobriu a verdadeira causa de sua aflição, que também foi corroborada por Sara. Ele então chamou Abraão e devolveu-lhe a esposa, pura e intocada, e pediu desculpas pelo ocorrido, explicando que sua intenção tinha sido ligar-se por laços de família a Abraão, que ele pensava ser irmão de Sara, através do casamento com ela. Ele ofertou ao marido e à esposa ricos presentes, e assim partiram para Canaã, depois de uma estadia de três meses no Egito.
Chegando a Canaã, procuraram as mesmas pousadas em que haviam dormido anteriormente, a fim de pagar suas contas, e também a fim de ensinar, pelo seu exemplo, que não vale à pena buscar um novo lugar para se viver, a não ser quando se é forçado a tanto.
A estadia de Abraão no Egito foi de grande utilidade para os habitantes daquele país, porque ele demonstrou aos sábios da terra quão vazias e vãs eram suas concepções da realidade, tendo também ensinado a eles astronomia e astrologia, desconhecidas no Egito antes da chegada dele.

  • Lendas dos Judeus é uma compilação de lendas judaicas recolhidas das fontes originais do midrash 



V.                 O PECADO SEMPRE TRAZ PREJUÍZOS.

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Que grande humilhação que ambos sofreram quando Sara foi levada para ser concubina de Faraó! Se Deus não tivesse interferido, Abraão teria perdido a sua esposa definitivamente. Mas outros prejuízos se verificaram.

1.     A perda da comunhão com Deus.

Abraão e sara, pelo pecado, perderam a comunhão com Deus. Enquanto Abraão estava fora da direção de Deus. Deus não se revelou a ele. e Abraão não erigiu nenhum altar a Deus. A consciência de Abraão estava ferida, acusando-o. O mistério da fé é guardado em uma pura consciência (l Tm 3.9).


2.     A perda da moral.

É muito triste quando o homem de Deus cai em pecado. pois tal fato o leva à perda da capacidade de exercer a autocrítica. Abraão perdeu o conceito de homem de Deus. pois foi repreendido por um rei pagão em assunto moral.


3.     A cauterização da consciência.



Abraão teve a consciência cauterizada e deixou-se subornar, pois recebeu presentes de Faraó. Diz a Escritura: “E fez bem a Abraão por amor dela; e ele teve ovelhas, e vacas e jumentos, e servos e servas, e jumentas e camelos" (Gn 12.16). Pode ser que entre as servas que foram dadas a Abraão estivesse Agar. a qual tantos problemas trouxe para a família de Abraão anos mais tarde. Não existe riqueza que possa comparar-se à riqueza de uma consciência em paz com Deus.Abraão deixou de experimentar o grande livramento que Deus certamente lhe teria dado em meio à seca que castigava Canaã, caso não tivesse descido ao Egito. É sempre perigoso para o crente sair da direção do Senhor. Deus sustentou a Elias em tempo de grande seca em Israel (l Rs 17.2-7). Diz a Bíblia que em resposta às orações de Elias, Deus fez chover sobre a terra depois de três anos c meio de estiagem (l Rs 18.42-45). O mesmo poderia ter acontecido nos dias de Abraão, caso ele tivesse orado e confiado em Deus.


VI.              Abrão volta a direção de Deus.


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O Deus que havia chamado a Abraão é o pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação (2 Co 1.3). Pela misericordiosa intervenção de Deus, Sara e Abraão puderam sair juntos do Egito. Se Deus não tivesse estendido a sua amorosa mão, Abraão teria voltado sozinho e Sara seria uma concubina de Faraó. Neste caso Abraão jamais ter-se- ia perdoado.

1.     Abraão volta a Canaã.

Ele retomou ao ponto onde havia errado. É justamente o que a Bíblia recomenda:
 Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te' ' (Ap 2.5). Foi o que fez o rei Davi ao tomar consciência do mal que praticara. Arrependeu-se, confessou o pecado e pediu misericórdia a Deus, e a alcançou (SI 51).


VII.            Abrão retorna Betel e se conserta-se com o Senhor.


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1. Depois de todas essas experiências nocivas no Egito, Abrão só poderia retornar a Betel, o lugar onde ele adorava o Senhor.
E fez as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar onde a princípio estivera a sua tenda, entre Betel e Ai;
Até ao lugar do altar que outrora ali tinha feito; e Abrão invocou ali o nome do Senhor (Gn 13.3,4).

2. A primeira coisa que fez ao Voltar a Betel foi “invocar o Nome do Senhor”. Quem é homem de adoração só se satisfaz invocando o Nome do Senhor.

3. Ele poderia ter evitado todo esse desgaste se tivesse permanecido em Betel.
 Consideremos, pois, os nossos caminhos, e, se for o caso, voltemos à direção de Deus!



VIII.        Aplicação prática

 O perigo de "descermos ao Egito" e nos embaraçarmos com ele.

O Egito representa o mundo e suas concupiscências. Não podemos "descer" de nossa posição privilegiada em Cristo e correr o risco de nos envolvermos com as coisas deste mundo. Abraão deveria confiar na providência divina a despeito de qualquer situação adversa. Estando no Egito, as provações logo vieram. O pai da fé haveria de mentir para salvar a própria pele. Abraão fizera um concerto com Sara a fim de que ela passasse por sua irmã, e no caso de ser reclamada, ele ficasse com  vida.

Por esta falta, Abraão expôs sua honra e a de sua esposa e trouxe a censura de todo o povo sobre si, e, se não fosse a intervenção de Deus, ninguém poderia saber o que teria acontecido. Se estivéssemos no lugar de Abraão agiríamos de modo diferente? Devemos permanecer firmes, observando a direção de Deus para nossas vidas!

A fome era frequênte em Canaã. Talvez por castigo divino aqueles povos iníquos, as pastagens para o gado tinham secado, faltava a preciosa água dos ribeiros e mesmo o trigo para fazer o pão. Nada se podia fazer para evitar aquela triste situação. O único jeito era mudar-se para o Egito, onde o Nilo fornecia água abundantemente.

Ao aproximar-se do palácio de Faraó, o medo tomou conta de Abraão por imaginar que o monarca o mataria para colocar Sara em seu harém. O medo e a insegurança levaram-no a recorrer a MENTIRAS e SUBTERFÚGIOS. O resultado não poderia ser outro. Deus interveio com flagelos. Faraó percebeu que alguma coisa estava errada e expulsou seus visitantes da terra. Abraão deveria crescer a fim de aproximar-se do padrão divino exigido para sua vida.

Amados leitores, a fé nas promessas de Deus estimula cada passo da nossa jornada espiritual quando andamos na vontade de Deus. Abraão já aprendera muito quanto à importância de trilhar a senda da obediência: contudo ele não pôde evitar as circunstâncias adversas ao longo do caminho da fé. Grandes provações ele teria de passar para que reconhecesse a soberania divina e sua dependência dÊle. Após chegar à terra prometida. Abraão se depara com a fome, o que à primeira vista contrariava as promessas. A seguir, um caminho de provações se iniciava na vida de Abraão, expondo toda a sua fragilidade.

1- As provações inevitáveis:

Na vida cristã, ao trilharmos o caminho da fé não imaginamos encontrar dificuldades e adversidades. O texto declara que "havia fome naquela terra". Aprendemos com este fato que o caminho com Deus através da fé não esta livre de provações. A vida de um fiel cristão não pode ser julgada negativamente por causa das suas provações. Na verdade, o caminho da obediência ao Senhor, às vezes, é muito difícil para a carne e o sangue. Quantas vezes um crente é injustiçado e julgado pelas aparências. Abraão havia chegado  à terra que Deus lhe escolhera, mas não contava êle com a fome naquele lugar. Já aconteceu algo assim com você?

2- O perigo de escolhermos os nossos caminhos.

"Abraão desceu ao Egito". às vezes tomamos decisões erradas pressionados pelas adversidades. Abraão estava vivendo uma situação geral difícil. Seus problemas incluíam uma esposa estéril, a separação de seus parentes, e ainda uma terra seca que não produzia nada. A Bíblia diz em Pv 14:12. "Há caminhos que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte".

Abraão precisava manter-se fiel à direção divina para que as coisas dessem certo. È sempre perigoso sair da direção divina e passar a dirigir a própria vida. O caminho para o Egito é sempre ilusório e termina em frustração.

3- As conseqüências das decisões sem Deus.

Quando saímos da direção divina, somos responsáveis pelas conseqüências das nossas decisões. A lei da semeadura comprova que da semente que plantei devo colher seus frutos, bons ou maus. A despeito das atitudes erradas de Abraão, o Senhor não o abandonou. Pelo contrário, protegeu-o da morte, para  que Abraão entendesse que melhor é o caminho traçado por Êle.

4- Abrão fraqueja na fé.

Ao descer ao Egito, atraído por uma civilização mais adiantada, logo surgiram as dificuldades. Esse casal ao seguir para o Egito saiu da direção de Deus, mesmo assim, Deus não os abandonou. Na linguagem figurada da Escritura, como em Apocalipse 11:8, o Egito prefigura o mundo. Sempre que o crente se envolve com o mundo e o seu modo de viver, decai da fé e da comunhão com Deus.

5-Dirigindo-se a si mesmo.

Sempre que deixamos o caminho da fé em Deus e da direção divina, passamos a dirigir erradamente nossa vida e a sofrer as conseqüência desses pecados, seus erros e rebeldia.

A direção divina é imprescindível em nossa vida. Abraão correu perigo de vida no Egito, ante os fatos descritos nos versículos 11:16. Abraão e Sara tramaram uma situação que os fez usar a mentira, a dissimulação e a duplicidade de caráter.

6- O caminho dos desobedientes e fracos na fé.

A fraqueza da nossa fé nos torna vulnerável na batalha da vida em todos os seus aspectos. No caminho da fraqueza espiritual, tornamo-nos vítimas de atitudes, as quais não conseguimos evitar. Três atos pecaminosos foram praticados por Abraão e Sara quando deixaram de confiar em Deus e passaram a viver e seguir suas próprias idéias.
 Abraão propôs a sua mulher que fingisse ser sua irmã, e não sua esposa, porque, sendo Sara muito bonita, entendeu que ela sendo sua irmã, os egípcios não o matariam por causa dela. O fingimento é uma forma de  mentira, engano, hipocrisia, logro. Quem anda fora da vontade de Deus entra por caminhos tortuosos de que era a irmã de Abraão e não sua mulher. A Bíblia condena a dissimulação e o fingimento.
Abraão induziu sua mulher à duplicidade de caráter, levando-a a dissimular, mentir e agir com falsidade. Deixar os caminhos do Senhor é perder o temor de Deus e se expor aos mais absurdos pecados. O salmista diz: "Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei". A duplicidade de caráter é o uso de má fé para obter algum tipo de lucro. Tiago escreveu que o "O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos".

"Dize, e peço-te, que és minha irmã para que me vá bem por sua causa". Abraão induziu sua mulher ao pecado da mentira, visando proteger sua vida, mas também, para tirar proveito material dessa mentira.

Quando alguém anda fora da vontade de Deus, a mentira não faz muita diferença. Se não fosse a intervenção de Deus naquele reprovável episódio. Abraão teria sido morto e sua mulher não escaparia ao vexame de torna-se concubina de Faraó. Diz a Bíblia que "suave é ao homem o pão da mentira, mas depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia".

DEUS INTERFERE NA VIDA DE ABRAÃO E SARA.

Apesar dos erros do casal. Deus teve compaixão deles e não os julgou segundo os critérios humanos. A justiça de Deus está ligada à sua misericórdia. Se assim não fosse, não haveria esperança para o transgressor. Eles não foram abandonados pelo Senhor, mas Ele os deixou, por um pouco, à mercê das conseqüências de seus erros para que voltassem a confiar unicamente em Deus. Misteriosamente, Deus não permitiu que Faraó tocasse em Sara, e mais: o rei e sua casa foram feridos com grandes pragas. A despeito da intervenção divina, Abraão e Sara passaram vexames por causa de sua mentira e fingimento.
·       As lições para nós
 Abraão e Sara foram salvos, graças à intervenção divina para tirá-los daquela terra. Preservaram seus bens materiais, mas tiveram prejuízos morais e espirituais que marcaram fortemente suas vidas. Muitos de nós já sofremos coisas assim. Acumulamos bens materiais, mas com prejuízos na vida espiritual.

Enfraquecidos na fé

Enquanto Abraão esteve fora da vontade de Deus e em terra estranha, não conseguiu construir nenhum altar ao Senhor, como fizera antes. A Bíblia declara que o "ministério da fé é guardado em uma pura consciência".

Um fraco testemunho!
 Abraão e Sara saíram do Egito com mau testemunho do seu Deus e ainda foi repreendido pelo seu procedimento, por um rei pagão.
Quando o crente começa a mentir, fingir e enganar, ainda achando que pode continuar como crente, se expõe ao ridículo moral, social e espiritual.
Uma fé cambaleante!
A Bíblia diz que existe uma lei escrita no coração de cada criatura, tendo a consciência como testemunha juntamente com os pensamentos, para acusar ou defender o ser humano conforme os seus atos.


É perigoso desviar-se do caminho ordenado por Deus



Amados irmãos em cristo, fiquem com Deus e em breve estaremos de volta com o seguinte tema:Finalmente Abrão se separa de Ló.
Até já!

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