Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Profeta Isaías 9.6 c que nos diz:
O seu nome será ...Príncipe da Paz...
Nós estamos de volta, dando sequência a mais uma série de conferências. Desta feita falando sobre os cinco títulos conferidos ao Senhor Jesus, de acordo com a Palavra de Deus.
Estamos apresentado a seguinte sequência:
- Introdução
- Deus doou o seu filho
- Deus deu o principado a Jesus
- Jesus Maravilhoso
- Jesus conselheiro
- Jesus, o Deus forte
- . Jesus o Pai da Eternidade
Agora falaremos sobre:" Jesus o Príncipe da Paz".
I. Análise preliminar do texto. (Is 9:6)
Na profecia de Isaías sobre a vinda do Messias, ele diz:
"...Príncipe da Paz" .
- O que é paz?
A paz é um estado de tranquilidade e harmonia interior, com Deus e com outras pessoas. A verdadeira paz vem de um relacionamento com Deus, através de Jesus Cristo. A paz é um dos frutos do Espírito (Gl 5:22-23).
A Bíblia fala de diferentes tipos de paz:
- Paz nacional
Paz nacional é quando um país não está em conflito com seus vizinhos. Isso permite criar prosperidade, sem medo de destruição. Deus prometeu paz à nação de Israel, se o povo obedecesse aos seus mandamentos (Lv 26:6).
Nos tempos da Bíblia havia muito conflito entre países. Em tempos de guerra, as pessoas passavam fome, perdiam suas casas, eram escravizadas, ficavam com doenças e ferimentos e morriam. A paz era uma bênção.
- Paz com Deus
Paz com Deus é andar em harmonia com Deus, deixando de lado a rebelião. O pecado nos torna inimigos de Deus. Não há harmonia entre Deus e o pecado. Mas quando alguém aceita Jesus como seu salvador, volta a ter paz com Deus. Não está mais contra Deus, mas vive para agradar a Deus (Cl 1:21-23).
- Paz interior
A paz interior é a tranquilidade que vem de uma vida de paz com Deus. Quem ama Jesus não precisa ficar ansioso nem ter medo do futuro, porque sabe que Deus está no controle. Nas situações mais difíceis o crente pode encontrar uma paz que está além do entendimento (Fp 4:7).
Outro tipo de paz interior é quando temos auto-controle. Nossa consciência, guiada pelo Espírito Santo, está em conflito com nossos desejos pecaminosos (Rm 7:22-23). Quando nos controlamos e submetemos tudo a Deus, encontramos paz interior.
Em um mundo cheio de guerra e violência, é difícil ver como Jesus poderia ser o Deus todo-poderoso que age na história humana e é a personificação da paz. Entretanto, a segurança física e harmonia política não refletem necessariamente o tipo de paz de que Ele está falando (Jo 14:27).
A palavra hebraica para "paz", shalom, é muitas vezes usada em referência a uma aparência de calma e tranquilidade de indivíduos, grupos e nações. A palavra grega eirene significa "unidade e harmonia"; Paulo usa eirene para descrever o objetivo da igreja do Novo Testamento. Mas o significado mais profundo e fundamental da paz é "a harmonia espiritual causada pela restauração de um indivíduo com Deus."
Em nosso estado pecaminoso, somos inimigos de Deus (Rm 5:10). "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:8). Por causa do sacrifício de Cristo, somos restaurados a um relacionamento de paz com Deus (Rm 5:1). Esta é a paz profunda e duradoura entre nossos corações e nosso Criador que não pode ser tirada (Jo 10:27-28) e que é o cumprimento final da obra de Cristo como “Príncipe da Paz”.
Entretanto, o sacrifício de Cristo nos oferece mais do que a paz eterna; ele também nos permite ter uma relação com o Espírito Santo, o Consolador que promete nos guiar (Jo 16:7, 13). Além disso, o Espírito Santo se manifestará em nós ao nos ajudar a viver de uma maneira que não poderíamos viver por conta própria, inclusive encher nossas vidas com amor, alegria e paz (Gl 5:22-23). Este amor, alegria e paz são todos os resultados do Espírito Santo trabalhando na vida de um crente. Eles são reflexos de sua presença em nós. E, embora o seu resultado mais profundo e importante seja nos ajudar a viver em amor, alegria e paz com Deus, o resultado natural será que também irão transbordar nos nossos relacionamentos com as pessoas.
E precisamos desesperadamente disso - especialmente já que Deus nos chama a viver com singeleza de propósito com outros crentes, com humildade, mansidão e paciência, “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4:1-3). Esta unidade de propósito e gentileza seria impossível sem o trabalho do Espírito Santo em nós e sem a paz que temos com Deus, graças ao sacrifício de Seu Filho.
Ironicamente, a definição mais clara da paz, a da aparência de tranquilidade em uma pessoa, pode ser a mais difícil de entender e manter. Não fazemos nada para adquirir ou manter a nossa paz espiritual com Deus (Ef 2: 8-9). E, embora viver em união com outros crentes possa ser extremamente difícil, viver em paz em nossas próprias vidas muitas vezes pode parecer impossível.
Note que paz não significa “fácil”. Jesus nunca prometeu fácil, mas sim ajuda. Na verdade, Ele nos disse para esperar tribulações (Jo 16:33) e provações (Tg 1: 2). Entretanto, também disse que, se o invocarmos, Ele nos daria a "paz de Deus, que excede todo o entendimento" (Fp 4: 6-7). Não importa quais dificuldades tenhamos que enfrentar, podemos pedir por uma paz que vem do poderoso amor de Deus e que não é dependente de nossa própria força ou situação ao nosso redor.
II. Visão panorâmica
Nessa época quando o Senhor falou com Isaías as pessoas tinham bem claro a importância e a nobreza de um príncipe, hoje não temos muito essa noção por conta de não fazermos parte de uma monarquia, por isso que não conseguimos reconhecer em JESUS esse Principado. Mas o que significa príncipe?
Prín·ci·pe
(latim princeps, -cipitis, o primeiro)
substantivo masculino
1. Filho ou membro de família reinante.
2. Chefe de principado.
3. Qualquer soberano de uma casa reinante.
6. O primeiro em mérito ou em talento.
7. O mesmo que prínceps.
O primeiro. Jesus é o Princípio e o Fim, o Alfa e o Ômega então. Ele sim é o verdadeiro Príncipe, pois antes de tudo se formar Ele é.
Jesus se fez o Príncipe da Paz quando recebeu em si todos os castigos, dores, enfermidades que são consequência dos nossos pecados e iniquidades que estavam previsto na lei para aqueles que peca-se. Mas Ele sem pecados foi condenado pra nos dar a Paz que precisamos.
Jo 14:27 – Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Isaías profetizou a respeito de Jesus: "O Seu nome será: ... Príncipe da Paz, para que se aumente o Seu governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e o Seu reino" (Is 9:6,7). Isso nos ajuda a entender o grande plano de Deus para estabelecer a paz entre homens aqui na terra. Este plano foi chamado "o mistério" e "o eterno propósito" e era nada menos que unir todas as pessoas num reino de paz, amor e união por meio de Jesus, o Rei. Is 11:1-10, falando deste reino em termos simbólicos, descreve assim: "...o lobo habitará com o cordeiro" e "não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar." Veja bem que a paz verdadeira só se realiza quando pessoas conhecem o Senhor, e isso vem por meio de Cristo.
Ef 2:12-14 mostra como Jesus é o grande pacificador. Jesus destruiu a inimizade e uniu os dois, judeus e gentios, em um só corpo. O efeito que Jesus tinha é maravilhoso. Pessoas de diferentes culturas, línguas, raças, religiões, costumes - que tinham uma história de guerra após guerra - e Jesus os levou a ser irmãos amados. O instrumento que Ele usou foi a cruz do Calvário. já tive um sonho em que imaginava Jesus andando por um deserto. ~ sua frente estava tudo morto e não havia nada verde. Mas continua andando e por onde passava, ia deixando beleza e harmonia. O deserto se transformou num verdadeiro jardim: pássaros cantando, flores brotando, água correndo, pastos verdejantes. Na realidade, foi exatamente isso que Jesus fez, mas em termos espirituais.
Jesus abraçou o pior pecador, tocou no leproso mais feio purificou a prostituta mais desprezada, pegou todas as classes de gente e os fez uma bela família para Deus. Jesus pagou um preço alto mas viu a missão de pacificador como a prioridade da Sua vida.
Paz não é ausência de guerra, e sim a capacidade de resistir até o fim sem para crendo que Aquele que prometeu é Fiel pra cumprir.
III. Na Cruz Jesus conquistou toda vitoria!
Cl 2.14.15
Quantas pessoas estão andando derrotadas, amarradas, pisadas pelo diabo, na família, na saúde, nos relacionamentos . Deus nestes dias quer nos ensinar a vencer, a tomarmos posse da vitoria que Cristo já conquistou na cruz.
1- Cancelou o escrito de divida, removeu inteiramente, encravou-o na cruz – ou seja todos os nossos pecados, pois nascemos no pecado, destituídos da gloria de Deus, dominados pelas trevas. O salário do pecado é a morte, estávamos mortos em nossos pecados e delitos. Na cruz Jesus pagou o preço do nosso pecado, na cruz ele morre de uma ver por todas . Na Cruz ele diz tudo esta consumado, ele nos da o pagamento de graça.
1 Co 15.55-57
2- Despojou os principados – tirou as armas – tirou a forca – Na cruz Jesus arrancou todo o poder das mãos do inimigo, Ele tirou a única arma que o inimigo tinha contra nos, que era o pecado, o qual o inimigo poderia nos acusar, nos atacar, nos derrotar. Pois ele veio para matar roubar e destruir. Ele veio para nos levar na mesma condição dele, que é de um derrotado. Ele já é um derrotado, e deste modo ele quer fazer de nos também derrotados. Assim como Cristo já venceu na cruz, ele sacramentou o destino de satanás e seus demônios. Ap 20.10 Deste modo através do Sangue de Jesus, que nos purifica de todo o pecado temos poder para vencer satanás. Ap 12.11
3- Publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz – amarrou satanás e como um general arrastou o inimigo vencido, declarando a todos publicamente a sua vitoria. É isso que foi profetizado em Gn 3.15 o descendente da mulher iria pisar na cabeça da serpente. É isso que o próprio Jesus falou e demonstrou no evangelho veja Mateus 12.22-29; Lucas 11.21-22 O mais valente do que ele é Jesus que vence-o na cruz, tira-lhe a armadura, e nos devolve o que ele tinha roubado. A paz, alegria, vida plena. Jo 10.10
4- Essa vitoria é compartilhada com a Igreja Dele – Mt 16-18;Mc16.16-18- Basta crermos, tomarmos posse da vitoria de Jesus. De que forma? Confessando nossos pecados Jo 1.9 – renunciando toda vida mundana – confessando Jesus como nosso único e suficiente salvador. E tomando posse pela fé da vitoria de Cristo, se já somos crentes, não aceitarmos os dardos inflamados do maligno, tomarmos posse do escudo da fé – Ef 6.12 Resistir o inimigo firmes na fé 1 Pe 5.8-9 Pisarmos a cabeça dele em nome de Jesus.
IV. As conquistas de Jesus na cruz?
Na cruz, Jesus conquistou a salvação para todos que crêem nele. A conquista não foi fácil e Jesus sofreu muito mas, no fim, ele venceu! Por causa da vitória de Jesus, podemos nos aproximar de Deus e encontrar verdadeiro sentido para a vida.
Por seu sacrifício na cruz, Jesus conquistou:
1. Vitória sobre o pecado
Jesus na cruz conquistou o pecado! Durante sua vida, Jesus enfrentou muitas tentações mas nunca pecou, nem mesmo na hora da morte. Ele foi o homem perfeito, que venceu toda tentação.
Mas Jesus não era apenas homem. Ele também é Deus e veio para pagar por nossos pecados. Todos pecamos e o preço do pecado é a morte e a separação de Deus. Somente Jesus poderia pagar esse preço em nosso lugar porque ele não tinha de pagar pelo seu próprio pecado. Jesus, sendo inocente, morreu para pagar por nossos pecados!
Agora, todo o que crê em Jesus e o aceita como salvador fica salvo da condenação do pecado (Rm 6:5-7). Já não precisamos viver mais como escravos do pecado, sem conseguir vencer a tentação. Jesus ajuda quem o segue a vencer o pecado, um passo de cada vez. E, um dia no Céu, seremos completamente livres do pecado.
2. Vitória sobre a inimizade
Na cruz, Jesus destruiu a barreira entre nós e Deus (Ef 2:12-13). Agora todos podem ter acesso a Deus! Basta crer em Jesus.
O sacrifício de Jesus na cruz nos torna filhos de Deus, não do diabo. Quando cremos em Jesus e decidimos mudar de vida, deixamos de ser inimigos de Deus. Mesmo quem não consegue cumprir todas as regras de Deus pode encontrar perdão por causa de Jesus.
A amizade com Deus muda nossas vidas. Ele nos dá esperança e força para enfrentar as dificuldades e fugir das tentações. Tudo isso foi conquistado por Jesus na cruz.
3. Vitória sobre a morte
A grande conquista de Jesus na cruz foi sobre a morte (1 Co 15:55-57). A Bíblia diz que a morte é o último inimigo a ser derrotado. E Jesus já venceu! Jesus morreu na cruz mas não permaneceu morto. Ele ressuscitou. E ele não vai morrer outra vez.
Por causa da morte de Jesus na cruz, quem o segue um dia também ressuscitará como Jesus ressuscitou. E, quando ressuscitarmos, será para a vida eterna, junto de Deus. A morte perdeu seu poder!
V. As heranças conquistadas por Jesus no calvário
- Perdão:
– Fui perdoado pelo castigo de Jesus! “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1:7)
- Cura:
– Fui curado pelas feridas de Jesus! “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Is 53:4,5)
- Justificação:
– Jesus foi feito transgressão para q eu fosse justificado por Sua justiça! “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rm 5:1)
- Vida:
– Jesus morreu a minha morte para q eu partilhasse de sua vida! “Porque o salario do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 6.23)
- Benção:
– Jesus foi feito maldito para q eu fosse abençoado! “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” (Gl 3:13-14)
- Ampla Suficiência:
– Jesus suportou a nossa pobreza para q partilhássemos de sua Provisão! “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” (2 Co 8:9)
- Gloria:
– Jesus suportou a minha humilhação para que nós partilhássemos da sua gloria! “Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles.” (Hb 2:10)
- Aceitação:
– Cristo suportou nossa rejeição para q tivéssemos sua aceitação! “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.” (Ef 1:5-6)
- Novo Homem:
– Meu velho homem foi crucificado com Cristo, para q a nova natureza fosse gerada em mim! “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.Porque aquele que está morto está justificado do pecado.” (Rm 6:6-7)
- A vitória mais importante
Jesus conquistou todas essas coisas por sua morte na cruz por um único motivo: para conquistar vidas. Ele lhe ama e quer fazer parte de sua vida. Jesus quer lhe transformar e dar vitória sobre tudo que ele conquistou por você. Mas, para isso, você precisa reconhecer que não pode conquistar o pecado, a separação de Deus e a morte sozinho. Você precisa que Jesus lhe salve.
VI. Em que consiste a verdadeira paz de Jesus ?
1. A paz provém de Deus
Paulo afirmou: “O próprio Senhor da paz lhes dê a paz…”. A primeira característica da paz genuína é que ela é originada no próprio Deus, sendo um dos aspectos do fruto do Espírito. Tornar as circunstâncias pacificadas é um atributo de Deus. Na verdade, Deus vive em perfeita paz. Ele não se estressa, não sente medo, não tem dúvidas sobre quaisquer situações, não se abala diante de notícias ruins. Tudo isso porque ele é o Senhor. Ele é o dono da história, nada frustra seus planos eternos. Ele não apenas tem o controle de tudo, como escreve cada segundo de nossas existências.
Pelo fato de Deus ser onisciente e onipotente, nada pode alterar o curso de suas emoções, e nenhuma consequência do pecado humano pode modificar sua estrutura. Ele segue sendo Deus e Senhor do Universo, ainda que nós, aqui, continuemos a ver as coisas de modo diferente e nos sintamos, quase sempre, desnorteados.
2. A paz é um presente de Deus
Outra característica que Paulo apresenta é a de que a paz é um dom, um presente de Deus para nós. Nosso Senhor Jesus, ao anunciar aos discípulos sua ida para os céus, afirmou claramente que deixaria com eles, e com todos nós, a verdadeira paz que só ele pode dar (Jo 14.27).
A paz que o Senhor proporciona é algo extraordinário. Nenhum de nós pode promover a paz por si mesmo. Se o Senhor não derramar sobre nós sua perfeita paz, permaneceremos perdidos e desesperados no mundo. O homem ímpio é aquele cuja paz está ausente (Rm 3.17). Somente aqueles que são presenteados pelo Senhor podem desfrutar da “paz que excede todo entendimento” (Fp 4.7).
3. A paz está sempre presente
Paulo afirma que o Senhor dará de sua paz “continuamente”, o que significa dizer que ele jamais deixará de oferecer a todos quanto o buscarem a satisfação e a segurança plenas que ocupam o coração pacificado pela paz perfeita de Deus.
Mas você pode estar se perguntando: Se a paz é contínua, por que muitas vezes eu me sinto sozinho, com medo das circunstâncias, inseguro e tenso. Sua pergunta faz sentido. Isso ocorre, no entanto o problema não está em Deus, está em nós mesmos. Nós interrompemos o fluxo natural da paz originada no Senhor. Somos os principais responsáveis pelos atropelos do dia a dia e, desse modo, anulamos os momentos de paz que poderíamos usufruir no Senhor. Trazemos para dentro de nossa alma perturbações, dúvidas, sentimentos de incompetência, tudo porque nosso pecado nos afasta da fonte pacífica, que é Deus.
Em alguns casos, até mesmo sem perceber, deixamos que o pecado nos inocule o veneno da desconfiança e do desespero. Perdemos a paz. Achamos que não há mais saída para a situação na qual mergulhamos. Às vezes, o problema nem é tão ameaçador assim; mas, em razão de estarmos tão afetados pelo momento, nós nos sentimos tão inúteis e sem esperança: doenças, finanças em perigo, perda de valores na família, várias são as situações ameaçadoras. Por que os cristãos genuínos encaram situações assim como se elas não existissem? Será que eles são insensíveis à vida, frios, desumanos ou tentam esconder o problema?
Todavia, podemos retornar à fonte. O caminho é reconhecer que só em Deus está a suficiência da paz ( Sl 42.11). A certeza inabalável de que Deus é presente em nossa vida nos dá a segurança eficaz de que sua paz nos consolará. Não importa por quais problemas passemos, importa que estejamos seguros da presença pacificadora do Senhor, Deus da paz.
4. A paz não se sujeita a circunstâncias
Paulo afirmou: “… em todas as circunstâncias”. Repare: todas as circunstâncias. Olhamos ao redor e vemos como as pessoas se perturbam e como nós mesmos nos atribulamos. Então, como podemos acreditar que a paz do Senhor está sempre conosco?
Crer nas palavras do Senhor é o meio mais seguro para experimentar suas verdades. Se a Palavra de Deus está dizendo que é assim, assim será. Portanto, se não estamos experimentando essa verdade, é bom fazermos uma autoavaliação para verificar em que aspecto estamos enganados. Certamente, estamos.
A paz que o Senhor nos oferece é plena e, portanto, não se sujeita a situações cotidianas. Na verdade, é exatamente o contrário: as situações é que devem ser pensadas a partir do sentimento pleno de paz, que é dada por Deus. Não podemos nos deixar levar pelas alterações momentâneas de nossas emoções, nem pelas modificações causadas pelos nossos afetos. Como já dissemos, nós mesmos alteramos nossos afetos. Se algo ruim nos acontece de repente, não conseguimos parar, refletir e meditar na grandeza do cuidado de Deus por nós. A Bíblia diz “peca quem é precipitado”. O precipitado é aquele que age antes de refletir. Também é aquele que age segundo as circunstâncias do momento. São casuístas ou pragmáticos, ou seja, tentam apenas resolver os problemas do momento, e do modo mais prático. Nem sempre esse é o melhor caminho. Há problemas que precisam ser ponderados com cuidado, pois sua complexidade exige respostas mais profundas. Assim, é preciso paz para poder pensar e agir corretamente.
5. A paz é o caminho para a unidade
Se observarmos a intenção de Paulo em 2 Ts 3.16, veremos que o apóstolo estava orando em favor daqueles irmãos. O desejo de que eles vivessem em paz era um pedido de Paulo ao próprio Deus: “Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê…”. Como vimos, Deus é a origem da paz genuína. Paulo tinha essa preocupação porque ele sabia que, para viver em unidade, principalmente na igreja, um grupo tão heterogêneo, é necessário que haja o concurso da paz.
Pensando nessa carência de unidade, Paulo escreveu aos colossenses: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos” (3.15). A tendência do coração humano é a guerra. O pecado é causador da guerra, e se não nos esforçarmos, dificilmente alcançaremos a paz com nossos irmãos em Cristo, na igreja, mas viveremos mordendo uns aos outros (Gl 5.15). Portanto, é necessário que busquemos a paz que vem de Deus e que excede todo entendimento.
Quando a paz parece distante, lembre-se de que ela tem sua origem em Deus, é um presente dele para você, estará sempre presente quando precisar e não se sujeita a circunstâncias. Esta paz faz parte da vida daqueles que foram transformados pela graça de Deus e descansam nele, sendo manifestada porque eles experimentam, bem de perto, o preenchimento espiritual que afasta toda dúvida e faz reinar no coração a calmaria do Espírito Santo.
VII. Somos chamados para ser Pacificadores, e não Apaziguadores.
Pessoas de bem deixam o preconceito e as divergências de lado e lutam por um mundo melhor tornando-se um agente pacificador para trabalhar na edificação de dias melhores.
Apaziguadores mantém a paz de uma perspectiva do medo, evitando conflitos, enquanto pacificadores restauram a paz de uma perspectiva de força e reconciliação.
Como embaixadores de Jesus e agentes de paz, é hora de nos posicionarmos e tomarmos responsabilidade pessoal por promover a paz em nossas comunidades e cidades. Não será fácil. Isso requererá convicção, diligência, perseverança e disposição para sair da nossa zona de conforto e imitar Jesus, para que outros possam iniciar suas vidas com Ele. Mesmo com as dificuldades, valerá a pena!
Mt 5:9 diz, “Bem-aventurados são os pacificadores! Porque eles serão chamados filhos de Deus.”
A paz aqui mencionada é pessoal. É o fruto da vitória após conquistas bem-sucedidas, através da graça divina, sobre a impureza inata de nossa natureza. É a paz e tranquilidade da alma; e é uma disposição imediata para a plena realização da regeneração, na qual, como fala Paulo, seremos renovados pelo conhecimento segundo a imagem do Criador. 2 Co 3:18 . Outros expositores supõem que essa beatitude não se refere apenas àqueles que são de uma disposição pacífica, mas se opõe a homens de mentes hostis e guerreiras; e, portanto, eles parafraseiam assim: Os guerreiros e conquistadores, os perturbadores da paz da humanidade, não são de modo algum felizes em suas vitórias, nem aqueles que amam envolver os outros em brigas para seu próprio propósito; mas eles são felizes, que, amando a paz, a promovem ao máximo de seu poder; eles serão chamados filhos de Deus. Tendo se apresentado como a Deus, imitando sua maior perfeição, eles serão reconhecidos por ele como seus filhos, e admitidos a uma participação de sua felicidade; uma honra, que aqueles que sentem prazer na guerra, por mais eminentes que sejam pela coragem, certamente sentirão falta, embora seja o objetivo de sua ambição; porque eles não a buscam pela disposição divina de difundir a felicidade, mas por espalhar desolação e morte entre seus semelhantes; de modo que, tendo se despojado da natureza de Deus, eles não têm título para serem chamados seus filhos. ;
Os pacificadores são aqueles que, por amor a Deus e ao homem, fazem todo o bem possível a todos os homens. Paz no sentido da Escritura implica todas as bênçãos temporais e eternas. Eles serão chamados filhos de Deus - Serão reconhecidos por Deus e pelo homem. Alguém poderia imaginar que uma pessoa deste temperamento amável e comportamento seria o queridinho da humanidade. Mas nosso Senhor bem sabia que não seria assim, enquanto Satanás fosse o príncipe deste mundo. Ele, portanto, adverte-os antes do tratamento que todos deveriam esperar, que estavam determinados a pisar em seus passos, subjugando imediatamente, Felizes os que são perseguidos por causa da justiça. Por meio de todo esse discurso, não podemos deixar de observar o método mais exato que pode ser concebido. Cada parágrafo, cada sentença, está intimamente ligado tanto com o que precede como com o que o segue. E esse não é o padrão para todo pregador cristão? Se algum deles puder segui-lo sem qualquer premeditação, bem: se não, não ouse pregar sem ele. Nenhuma rapsódia, nenhuma incoerência, se as coisas faladas são verdadeiras ou falsas, vem do Espírito de Cristo.
Então, você está preparado e disposto a ser um pacificador?
A tarefa do pacificador é reconciliar os homens com Deus, com os outros seres humanos e consigo mesmo. Quando Jesus falou estas; palavras, o mundo estava dividido. Raça odiava raça, nação odiava~ nação, pessoas de uma religião odiavam as de outra religião. O exemplo disso era o confronto entre judeu e gentio. O judeu da~ graças a Deus pois não era gentio, escravo ou mulher. Ele despreza~ os samaritanos. Quando viajava, andava muitos quilômetros a mais só para não entrar em contato com os samaritanos.
Hoje em dia há preconceito entre preto e branco, rico e pobre educado e analfabeto, jovem e velho, norte e sul, oeste e leste comunista e capitalista, homem e mulher. A natureza humana não mudou muito. O cristão deve ser o instrumento de Deus para estabelecer a paz entre pessoas de todo e qualquer grupo. Infelizmente até pessoas que se chamam de cristãos, em vez de fazerem a paz, às vezes promovem a divisão e separação. Todos nós devemos ter vergonha desta situação, que tanto atrapalha o crescimento do reino d Cristo. Vamos dedicar as nossas vidas a fazer a paz. Assim seremos filhos de Deus que nos dá a paz.
Quando Jesus orou ao Pai a favor dos Seus discípulos na noite que foi traído, Ele rogou que "todos sejam um, e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nos, para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17.21). E hoje em dia quando os descrente observam a multidão de denominações diferentes, cada um dizendo que está seguindo a Jesus Cristo, não é de se admirar que muitos não querem saber da mensagem. Esta falha já chegou ao absurdo na história, com "cristãos" matando "cristãos. Chega com isso! ( pacificador luta, defende, promove paz e não divisão. Ao cristão foi dado a tarefa de criar a paz, quer dizer, efetuar reconciliação entre homens. "Ora, tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiando a palavra de reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus" (2 Co 5:18-20).
Ser pacificador quer dizer evangelizar, contar as boas novas do amor de Deus e perdão dos pecados através do sacrifício de Jesus. A solução para as brigas em casa, ódio entre raças, contendas entre pessoas é o evangelho. Duas pessoas si, entram em comunhão com Deus, quando estão em comunhão um com o outro. A paz não vem por meio de partido político, sistema econômico, uma bandeira nacional, nem por meio das Nações Unidas. Jesus é que dá a paz (Jo 14:27). Nossa tarefa é divulgar a paz que Cristo dá. Isto é trabalho para todos nós.
Como Jesus dedicou Sua própria vida em fazer a paz, vamos nós também dedicar as nossas vidas em fazer com que haja paz no mundo, mas uma paz verdadeira e eterna, homens reconciliados com Deus, por meio de Jesus Cristo.
Em breve estaremos de volta para fazer a conclusão desta série.
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