sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Série os 5 títulos de Jesus 4. Jesus conselheiro

 Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

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Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Profeta Isaías 9.6 c que nos diz:


 ...E o seu nome será… Conselheiro ...



Nós estamos de volta, dando sequência a mais uma série de conferências. Desta feita falando sobre os cinco  títulos conferidos ao Senhor Jesus, de acordo com a Palavra de Deus.  

Estamos apresentado a seguinte sequência:


  • Introdução 
  •  Deus doou o seu filho
  • Deus deu o principado a Jesus
  • Jesus Maravilhoso
Agora falaremos sobre:"Jesus conselheiro".



I. Análise preliminar do texto.


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E o seu nome será Maravilhoso Conselheiro
Cristo é chamado de Maravilhoso porque ele transcende completamente os limites da compreensão humana. Sua sabedoria é incalculável; seus conselhos são maravilhosos; sua vontade é infalível; seus pensamentos são insondáveis; e seus desígnios invioláveis. Definitivamente Ele é o Maravilhoso Conselheiro. Em outra parte Isaías escreve: “Isso tudo vem da parte do Senhor dos Exércitos, maravilhoso em conselhos e magnífico em sabedoria” (Is 28.29).

Jesus Cristo é maravilhoso em sua pessoa como verdadeiro Deus e verdadeiro homem; Ele é maravilhoso na disposição de Sua mente e na manifestação de seus atributos; Ele é maravilhoso em toda Sua obra da redenção e nas bênçãos decorrentes dela, tanto presente quanto futuras.

Como foi dito, provavelmente “Maravilhoso Conselheiro” é um título composto. Então Aquele que é Maravilhoso no sentido de extraordinariamente exceder completamente o entendimento humano, é também Conselheiro. O mesmo profeta escreve algo muito importante sobre a pessoa do Messias. Ele diz: “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor; o Espírito de sabedoria e de entendimento; o Espírito de conselho e de fortaleza; o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2).

O Maravilhoso Conselheiro tem em si toda a sabedoria indispensável para a salvação do Seu povo e para exercer o seu ofício real com absoluta justiça. Ele próprio é a manifestação plena e final da sabedoria divina ( 1 Co 1:24-30; Cl 2:2,3). Ele todo é maravilhoso, e sendo o único que tem as palavras de vida eterna, Ele é um conselheiro inigualável.




II. Visão panorâmica

1. O aconselhamento Pastoral

Basta uma leitura de Atos para logo concluirmos: não há cristão que não seja conselheiro. É o que afirma o apóstolo Paulo (Cl 3.16). No mesmo livro, porém, constatamos que o Espírito Santo separa determinadas pessoas, para que se consagrem ao ministério do aconselhamento. Nos momentos de crise, requer-se a pronta intervenção de alguém chamado especificamente a essa tarefa.

Todavia, o que é o conselheiro cristão? É um profissional? Um médico de almas? Ou um ministro do evangelho?

A . Definição etimológica. A palavra conselheiro é oriunda do vocábulo latino consiliariu, e significa “aquele que se assenta no concílio ou assembléia”. Semelhante definição remete-nos às praças e aos palácios da antigüidade, nos quais congregavam-se os sábios para orientar os concidadãos a decidirem entre o certo e o errado. Haja vista o episódio narrado no livro de Rute. No portão de Belém, reuniram-se os anciãos, a fim de ajudar Boaz a obter o direito de ser o resgatador da jovem moabita (Rt 4.1-12).

B . Definição genérica. Conselheiro é aquele que ministra conselhos seja na discrição de um gabinete, seja na efervescência da assembléia do povo. Também é conhecido como conselheiro o ministro encarregado de orientar o chefe de Estado. O pensador cristão Charles Colson, por exemplo, atuou durante vários anos como conselheiro especial do presidente norte-americano Richard Nixon. Em sua autobiografia, narra a tensão e as dificuldades por ele enfrentadas no desempenho de sua função. O conhecimento não lhe era suficiente; a sabedoria era-lhe indispensável; a experiência, imprescindível. Ora, se para aconselhar uma autoridade secular requer-se tamanha responsabilidade, como portar-se ante as demandas da Igreja de Cristo?

C. Definição teológica. O conselheiro pastoral é alguém capacitado pelo Espírito Santo para ajudar as ovelhas de Cristo nos momentos de crise, mostrando-lhes, através da Bíblia Sagrada, a vontade de Deus e as soluções apontadas pela Palavra de Deus.

Ao romancear a biografia de Lucas, a autora canadense Taylor Caldwell cognominou-o de médico de almas e de homens. Por que médico de almas? Desde a sua chamada ao ministério cristão, tornara-se  um especialista em curar as feridas do espírito. Eis por que todos o chamavam de médico amado (Cl 4.14). Se nos empenharmos por seguir-lhe o exemplo, também seremos tidos na conta de médicos de almas. Não foi justamente para isso que nos convocou o Senhor Jesus? Quando os fariseus o censuraram por dedicar-se aos pecadores, respondeu-lhes: “Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores” (Mc 2.17).

Não são apenas os incrédulos que se acham com a alma enferma. Os crentes também enfrentam graves moléstias espirituais, conforme escreve Paulo aos irmãos de Corinto: “... há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (1 Co 11.30). Que terapia usaremos para restaurá-los? Existe apenas uma terapia realmente eficaz: a ministração da Palavra de Deus através do aconselhamento pastoral, pois nem sempre as pregações públicas são eficientes àquele que requer um tratamento individual e diferenciado. Algumas doenças da alma não podem ser tratadas numa enfermaria coletiva.
   
2 . O conselheiro no Antigo Testamento

Em Israel, os conselheiros eram bastante requisitados. Até mesmo Salomão, considerado o mais sábio dos homens, tinha-os em elevada estima (1 Rs 12.6). A palavra destes homens, nem sempre idosos, mas necessariamente idôneos, era consignada como a voz de um anjo de Deus (2 Sm 16.23; Ec 4.13). A fim de aconselhar a sua geração, Salomão escreveu dois livros: Provérbios e Eclesiastes.

Se os conselheiros, porém, viessem a desconsiderar a sabedoria de Deus, levariam todo um império à ruína. Haja vista a divisão das tribos de Israel no tempo de Roboão (1 Rs 12.1-15). E o conselho de  Balaão, filho de Peor? Instruído por sua cobiça, Balaque prontamente colocou tropeços diante dos filhos de Israel, incitando-os a se prostituírem e a comerem dos alimentos oferecidos aos ídolos (Ap 2.14).

A função de conselheiro era de tal forma importante em Israel, que o  Messias foi assim descrito: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). A expressão hebraica peleh yohets é particularmente emblemática. Descreve alguém que, por seus atributos divinos, é a fonte de todos os tesouros do conhecimento, segundo a descrição que faz Paulo do Senhor Jesus Cristo: “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em caridade e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus — Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.2,3).

É por isso que elegemos o Senhor Jesus como o paradigma do conselheiro pastoral. Aliás, não poderia ser doutra forma; ninguém falava e aconselhava como o nosso Salvador.

3 . O conselheiro no Novo Testamento

A Igreja de Cristo é a comunidade conselheira por excelência. Na Grande Comissão, ela recebe tal incumbência do próprio Cristo: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).

Enfocando tão importante faceta da Igreja, ponderou Fred Catherwood: “A Igreja deve ser uma comunidade de estímulo”. Nesse sentido, que ela se poste como um hospital de almas, cujos médicos acham-se em permanente plantão para socorrer as ovelhas do Cristo. De João Batista a João, o Teólogo, o conselho marca indelével e inconfundivelmente o Novo Testamento.

A. João Batista. Ao preparar o caminho do Senhor, João Batista santificou-se a aconselhar os filhos de Israel, pois só assim haveriam eles de alcançar o ideal que lhes traçara o Senhor na Lei de Moisés e nos Profetas.

Certa vez, João foi procurado por uns publicanos e soldados que buscavam uns conselhos práticos para o seu dia a dia. Refletindo a justiça profética, assim o Precursor do Messias exortou-os: “Não peçais mais do que aquilo que vos está ordenado. A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo” (Lc 3.13,14). Ao censurar Herodes, veio a perder a vida (Mt 14.1-12). Seus conselhos, todavia, não puderam ser calados; continuam a ecoar, mostrando-nos ser a ética e a justiça o caminho trilhado pelos que temem a Deus.

B . Jesus Cristo. Jesus é o eterno, maravilhoso e infalível conselheiro. Ele aconselha-nos através de seus sermões, por meio de suas parábolas, através de seus pronunciamentos, mediante suas profecias; valendo-se de sua própria vida, serve-nos de perfeitíssimo conselho.

No Sermão da Montanha, admoesta-nos a viver segundo a lei do amor. Nas parábolas, exorta-nos a agir de acordo com o padrão divino, comparando as coisas do céu com as da terra. E, em suas profecias, insta-nos a proceder de conformidade com a vida futura. Ele não se atinha apenas à vida no céu. Sabendo quão estressante é o nosso cotidiano, deixou-nos uma série de princípios, visando aliviar-nos da pressão do cotidiano. Seus conselhos e métodos continuam tão atuais, hoje, quanto há dois mil anos.

C . Apóstolos. Através dos conselhos que diariamente ministravam, os apóstolos fizeram da Igreja Cristã uma comunidade orientadora. A eloqüência de Pedro não era medida somente pelos discursos; mediam-na, também, pelos consolos que o galileu ia dispensando às ovelhas de Cristo.

Tiago, o enérgico pastor de Jerusalém, não era conhecido apenas pelo rigor com que tratava as coisas de Deus; conheciam-no, de igual modo, por sua palavra oportuna e conciliadora. E Paulo? Não era ele o grande doutor dos gentios? Apresentava-se, igualmente, como o orientador da gente simples quer entre os judeus, quer entre os gregos e romanos. Já no Apocalipse, deparamo-nos com João; se por um lado descerra ele os mistérios do futuro, por outro, mostra o amor e o desvelo de Cristo no presente de suas ovelhas.

Sendo a Igreja de Cristo uma comunidade aconselhadora, somos instruídos a buscar conselhos e a ministrá-los sempre que necessário. Assim, todos somos edificados em amor: “Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis” (1Ts 5.11). Nessa passagem, o apóstolo destaca que o conselho, verdadeiramente espiritual e amoroso, gera edificação. É o conselheiro, por conseguinte, um edificador de caracteres, de corações e de almas.  

4 . O conselheiro na história da Igreja

Por que os primeiros teólogos do cristianismo eram conhecidos como pais da igreja? Por haverem sistematizado a doutrina? Por terem construído uma irretorquível dogmática? Ou por se destacarem por uma invulgar eloqüência? Não resta dúvida de que todos eles eram consumados doutores nas Sagradas Escrituras; pontificavam tanto escrevendo quando falando. Todavia, foram assim cognominados por apresentarem, através do amor, todos os conselhos de Deus às ovelhas de Cristo.

Além de seu labor teológico, Orígenes punha-se a instruir o rebanho do Senhor; compreendia que aconselhar era também fazer teologia. Ambrósio, além dos hinos e instruções doutrinárias, entregava-se à edificação dos conversos. E, assim, edificou o caráter de Agostinho. E este não se limitava a escrever obras como a admirável Cidade de Deus; santificava-se a ensinar os que para lá se dirigiam.

E João Crisóstomo? Por que era tido como a boca de ouro do Cristianismo? Se por um lado sobressaía-se, no púlpito, a defender as grandes verdades das Sagradas Escrituras; por outro, no recôndito de seu ministério, onde somente Deus podia contemplá-lo, elaborava solidários conselhos a ouvidos relegados ao abandono.

Martinho Lutero não era um herói apenas diante dos que oprimiam a Igreja de Cristo. No silêncio de seu ofício, era um titã na obra do catecumenato.

O que diremos de Calvino? O autor das Institutas da Religião Cristã mostrou, desde o início de sua obra, um redobrado zelo com o aconselhamento pastoral. E, dispensando um zelo incomum pelas almas que sequer podiam discernir a mão direita da esquerda, ele transformou a cidade suíça de Genebra numa metrópole exemplar;  depois de quinhentos de anos de reforma, esta ainda exubera civilização e cultura.

No século XVIII, quando a Reforma Protestante perdia terreno na Inglaterra, Deus levanta um homem que, além das lides acadêmicas, muito se dedicou ao aconselhamento pastoral. Contam seus biógrafos que John Wesley montava em seu cavalo e, com a determinação de um cruzado, saía a confirmar as ovelhas do Senhor. Era um trabalho difícil, penoso e sacrifical. Seus conselhos, entretanto, frutificaram toda uma geração.

Os grandes teólogos americanos jamais deixaram de lado o ministério do aconselhamento. Jonathan Edwards e Charles Finney, além de erigirem grandes monumentos à doutrina cristã, legaram-nos um exemplo singular de como os pastores devem proceder. Ao contrário dos acadêmicos que, encerrando-se em suas clausuras, se esquecem da teologia prática, eles colocavam na prática o que a verdadeira teologia recomenda: o amor às ovelhas de nosso Senhor Jesus Cristo.


III. O espírito Santo como conselheiro

O termo grego parakletos, traduzido como “conselheiro” em algumas versões da Bíblia, não tem equivalência exata em português. Ele foi usado na literatura grega para se referir a uma pessoa chamada para auxiliar alguém, ou que se apresenta em nome de outra pessoa como conselheiro, intercessor, mediador, ajudante ou como advogado no tribunal. Quando Jesus usa esse termo para o Espírito Santo, revela algo sobre a natureza e função do Espírito. Uma vez que o termo é usado exclusivamente nos escritos de João, examinarei essas passagens.
1. Jesus e o Conselheiro: Em João, assim como em todo Novo Testamento, Jesus e o Espírito são muito próximos. Não são, porém, a mesma pessoa. Em João, Jesus identifica o parakletos com o Espírito (João 16:15), o Espírito Santo (Jo 14:26), e o Espírito da verdade (Jo 14:17; 15:26; 16:13). Em outras palavras, Ele usou uma nova terminologia para Se referir ao Espírito Santo. Quando Jesus diz “outro Consolador” (14:16, ; conforme 1Jo 2:1), inferindo que Ele também é um conselheiro, está fazendo uma clara distinção entre Ele (Jesus) e o Espírito. A diferença entre os dois também é acentuada pelo fato de o Espírito (parakletos) ser enviado pelo Pai, quando solicitado pelo Filho (Jo 14:16 e 26). Finalmente, a diferença entre os dois é indicada pelo fato de que a vinda do Espírito acontece após Jesus retornar para o Pai (Jo 16:7). O Espírito (parakletos) permanecerá com Seu povo para sempre (João 14:16). Por tanto, diferente de Jesus, o Espírito não retornará para o Pai enquanto o povo de Deus ainda estiver no mundo. Ele tomará o lugar de Jesus na Terra.
2. Funções do Conselheiro: Três funções específicas são atribuídas ao Espírito (parakletos). Ele é professor: Ele “lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que Eu lhes disse” (Jo 14:26, ). O Espírito edificará a igreja sobre a base dos ensinamentos de Jesus, lembrando os Seus ensinos aos discípulos e revelando seu significado profundo. Ele também revelará a eles o conteúdo escatológico da mensagem de Jesus (João 16:13). É somente nesse sentido que o Espírito “os guiará em toda verdade” (Jo 16:13, ). Segundo, e intimamente relacionado com o anterior, o Espírito glorifica Jesus. Jesus é glorificado quando o Espírito nos revela o que pertence a Jesus (Jo 16:13). Ele glorifica a Si mesmo, não quando nos concede coisas novas, mas ao nos dizer que tudo o que recebemos vem de Jesus. Terceiro, o papel do Espírito é testemunhar contra o mundo em nome de Jesus e de Seu povo. A vinda do Espírito testifica do fato de que os fieis pertencem a Deus, radicalizando, assim, a distinção entre eles e o mundo. Junto aos fieis, o Espírito também testifica em nome de Jesus ao chamar as pessoas para virem a Jesus como O exaltado (Jo 15:25-26). Seu testemunho contra o mundo é devido ao fato de Jesus ter sido rejeitado pelo mundo, o pecado que o caracteriza e o julgamento de Deus contra o mal (Jo 16:8-11).
3. Natureza do Espírito: Ao chamar o Espírito de “outro Conselheiro” Jesus declarou de uma vez por todas que o Espírito é uma pessoa como Ele. Embora no grego o substantivo “espírito” (pneuma) seja neutro, o substantivo “conselheiro” (parakletos) é masculino e pessoal. O Espírito não é neutro, mas um ser divino e pessoal. Sua divindade é mencionada por Jesus quando Ele diz que o Espírito “provém do Pai” (ekperuomai) indicando o lugar de origem do Espírito. Seu local de existência natural é junto ao mistério da Trindade, e Ele é enviado por Deus. Ao identificar o Espírito como parakletos, Jesus nos deu uma forma de pensar no Espírito como uma pessoa. Podemos visualizá-Lo como Conselheiro, como uma pessoa que nos ajuda em tempo de necessidade (consolador), e que nos acompanha durante nossa peregrinação, nos sustentando, nos transformando e nos revelando o que pertence a Jesus. O Espírito fala por nós e a nós; Ele é o parakletos.
A palavra hebraica usada em Isaías 9:6 significa avisar, consultar ou dar conselho (Strong’s). Para que alguém possa dar conselho, este precisa conhecer bem a situação e até saber mais da situação ao ponto de poder ajudar a resolvê-la. O nome "conselheiro" aponta para a sabedoria de Cristo e sendo sábio, Ele pode nos avisar sobre cada uma das nossas situações. Imagine cada uma das bilhões de pessoas que existem no mundo. Considere que cada uma têm a sua personalidade particular. Cada uma têm a suas necessidades em horas diferentes das outras. Cristo é conhecido como conselheiro pois Ele pode avisar e dar conselho a todos particularmente e a todos ao mesmo tempo. Ele conhece bem os pensamentos dos homens, sim, conhece bem todas as coisas (Jo 2:25; 21:17). A Palavra de Deus têm estes conselhos e quando cada pessoa a lê, pode ser aconselhada conforme a sua particularidade naquele momento. Cristo é a Palavra de Deus, e Ele é o "Conselheiro". Você têm avaliado a Sua sabedoria recentemente?

A sabedoria de Cristo é vista na maneira como Ele criou o mundo. Cristo é apontado como "por quem" Deus "fez também o mundo" (Hb 1:2; Jo 1:3). Não só criou o mundo, mas também sustenta o mundo continuamente (Cl 1:17, "todas as coisas subsistem por Ele."; Atos 17:26-28; Hb 1:3). Para que alguma coisa criada continue existindo sem precisar ser melhorada de vez em quando, pode ser vista a sabedoria de quem a fez. O mundo hoje continua assim como foi criado há milhares de anos e para isso não foi necessário ser levado de volta para o laboratório para ser repensado. Sim, mesmo com os efeitos da destruição do homem, o mundo ainda reproduz e se purifica, continua apesar do homem. Olhando para o equilíbrio que o mundo têm declara-se a glória, a sabedoria de Quem o fez (Sl 19:1-11). O homem poder descobrir os segredos da criação e usá-los para o seu bem, é uma misericórdia de Deus. Cada grão precisar ser cultivado da sua própria maneira, e isso testifica a grande sabedoria de Cristo o conselheiro (Is 28:23-29).

Na relação da redenção, Cristo é mencionado como sendo o "conselho de paz" no Seu reino (Zc 6:13). Através dos avisos da Palavra de Deus podemos conhecer a nossa situação pecaminosa e de rebeldia contra o Santo Deus. Pela obra do Espírito Santo fomos levados a crer em Cristo, o Filho de Deus como nosso Salvador, e desde aquele momento Cristo têm sido feito por Deus a nós, "sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;" (I Cor 1:30). Agora tendo uma nova natureza por Cristo (2 Co 5:17) podemos discernir espiritualmente e completamente "com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" pois "temos a mente de Cristo" (I Co 2:12-16; Ef 3:18). Tendo Cristo como nosso irmão (Mt 12:48-50) podemos "alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (Hb 4:16) pois em Cristo "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2:3). Cristo é o "único Deus sábio" (Jd 1:25) e com esta capacidade Ele vêm advogar pelos Seus que pecam (I João 2:1). Que bênçãos têm os que vêm a Deus por Ele. Você têm chegado perto de Deus por Cristo recentemente para conhecer a grandeza da Sua plenitude?

O conselho que Cristo dispensa é para todos os que querem ouvir. Cristo avisou os pecadores para se arrependerem; Ele animou as almas que crêem nEle; aconselhou os cansados a virem a Ele para acharem descanso; os famintos e sedentos para terem comida; os que eram curados e perdoados, os aconselhou para não pecarem mais; e Ele avisou seus seguidores a fazerem a todos como eles gostariam que os outros fizessem a eles; a se comportarem de uma maneira modesta e humilde; a levar afronta e perseguições com alegria; a amarem uns aos outros; e a orar ao Seu Pai, em Seu nome, por todas as coisas que precisariam: e agora Ele dá ao Seu povo conselho pelo ministério da Palavra, qual é o conselho de Deus, o produto da Sua sabedoria, um relatório do Seu conselho e concerto eterno, uma declaração da vontade de Deus e de Cristo; na qual Cristo aconselha os pobres de espírito a virem a Ele para ter as riquezas, os sem roupa para serem vestidos, os ignorantes para terem a luz espiritual e o conhecimento para os que estão perecendo sem salvação; Cristo aconselha os que confiam nEle a estarem nEle e isso, pelas verdades dEle; O conselho de Cristo é saudável e propício, forte, sincero e fiel; é sábio e prudente, e livremente dado; e no qual, sendo confiado, sempre têm êxito pleno: Cristo é o Conselheiro no céu pelos Seus; Ele aparece lá na presença do Pai pelos Seus; representa as Suas pessoas, e apresenta as suas petições; responde pessoalmente por todas as ofensas contra eles; e como Advogado deles, roga a sua causa; e pede pelas bênçãos que Deus quer dar para eles, as quais eles mesmos precisam; por tudo isso Cristo é qualificado abundantemente, sendo o único Deus sábio (Jd 1;25), o ancião de dias (Dn 7:22), o Pai do Seu povo; e como Mediador (I Tm 2:5,6), a Sabedoria de Deus (I Co 1:30), em Quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2:3), e em Quem o Espírito da sabedoria e entendimento, e de conselho e poder repousa (Is 11:2; 9,6).

Por Cristo ser "o Conselheiro" o Salmista declara, "... àqueles que buscam ao SENHOR, bem nenhum faltará." (Sl 34.10). Você tem achado o conselho deste SENHOR?


IV. Os paradoxos dos conselhos de Jesus


os ensinos  de Jesus são exigentes e, alguns deles, difíceis de serem praticados – mas não impossíveis, é claro. Por isso, resolvi em um estudo no evangelho segundo Mateus, selecionar os sete ensinos de Jesus que classifiquei e considero como os mais “difíceis” para mim e para a maioria das pessoas. Vejamos:
1- Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. (Mt 7.12). Apesar de esse ensino ser muito “bonitinho” e ser chamado de “a regra de ouro” por muitos, não é fácil colocá-lo em prática. O que torna esse ensino difícil é que temos de passar por cima de nossos interesses particulares quando decidimos agir com as pessoas da mesma forma que gostamos que ajam conosco. O agravante é que nós somos muito interesseiros, não pensamos frequentemente no próximo quando tomamos nossas atitudes, seja de cunho público ou no particular, o que faz com que esse ensino seja um desafio para muitos de nós.
2- Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. (Mt 18.15). Somos muito mais inclinados à fofoca e a não solução de demandas entre nós do que na solução delas. Esse ensino de Cristo é um dos mais difíceis porque exige uma atitude de humildade e amor mesmo quando não fomos os agentes diretos de um erro. Costumamos colocar o ônus em cima de quem errou, assumindo apenas o papel de críticos da questão e da pessoa e não os agentes da solução do problema.


3- Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6.33). O ensino de Cristo é claro quando nos mostra que devemos priorizar Deus e Seu reino. A dificuldade desse ensino é justamente, na prática, tomarmos atitudes que demonstrem verdadeiramente que Deus é uma prioridade para nós. Tiramos ou transferimos a prioridade de Deus em nossa vida por muito pouco.
4- Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mt 5.44). Apesar de sabermos o que devemos fazer, frequentemente somos tentados a tratar inimigos como inimigos. Alguns chegam até mesmo a justificar suas ações apoiando-se em seu temperamento mais explosivo. Jesus, porém, inclui o amor e a oração pelos inimigos em seu ensino. Esse ensino de Cristo é difícil porque exige algo que não é usual quando a questão são os nossos inimigos: não tratá-los como inimigos.
5- Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra (Mt 5.39). Num mundo dominado pelo pecado e cheio de pecadores, não é incomum que haja desentendimentos. É comum também o senso de que a coisa deve ser “olho por olho e dente por dente”. O ensino de Cristo assume uma natureza difícil quando exige a mansidão em lugar de uma resistência ou uma retribuição de um ato de violência. Jesus manda não pagar na mesma moeda e, nas entrelinhas, confiar na justiça de Deus.
6- Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam. (Mt 6.19). Esse ensino de Cristo é difícil porque exige que valorizemos mais o que não é palpável. Por natureza gostamos de ver para crer, gostamos do ter, do possuir, e, por isso, colocamos a nossa energia nisso, deixando de acumular tesouros preciosos diante de Deus e acumulando tesouros efêmeros nesse mundo.
7- Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? (Mt 6.25). Vivemos no mundo do estresse e da ansiedade. Nunca houve tantas doenças advindas deles. Em nosso mundo, ter fé e entregar tudo que temos e todo o nosso ser aos cuidados de Deus é um exercício difícil. A prática desse ensino se torna ainda mais difícil quando estamos diante de necessidades que escapam de nossas mãos e da nossa força para saná-las.


V. Os bons conselhos de Jesus


Jesus foi o maior professor que já viveu. No entanto ele era muito mais que isso. Como Filho de Deus, os seus ensinamentos eram a verdade. Sua missão era instruir aos outros como conhecer a Deus. Sua mensagem principal era que Deus queria nos amar e nos conhecer. Ele ensinava enquanto andava com os seus seguidores. Ele ensinou de um barco, de um monte, de uma casa e do templo. Ele ensinava em sermões, mas ele preferia usar uma história ou uma parábola. Muitas pessoas têm perguntas sobre o que que Jesus falou sobre vários tópicos. O que que ele ensinou sobre Deus? O que ele pensava de si próprio? O que que ele queria dizer quando ele falou do reino? Qual era o significado de sua morte? O que que ele falou do Espírito Santo? Como ele descreveu os seres humanos e suas necessidades? E a igreja cristã? Ele ensinou alguma coisa sobre o fim do mundo? Quais eram as principais características de seus ensinamentos morais?

1-  SOBRE DEUS

Qualquer um que chega aos ensinamentos de Jesus depois de ter lido o Velho Testamento, percebe de cara que os ensinamentos sobre Deus são paralelos. Jesus ensinou que Deus é o Criador que se preocupa com a sua criação e cuida dela desde as menores criaturas como o pardal (Mateus 10:29). Não a um suporte nos ensinamentos de Jesus para a visão que diz que Deus não se importa com o mundo que ele criou. Jesus nos lembra que ele é um Deus de detalhes – intimamente preocupado com a nossa vida. Um dos títulos mais característicos que Jesus usou para Deus foi Pai. Isso não era novidade, pois essa idéia ocorre no Velho Testamento, aonde Deus é visto como o Pai de seu povo. Esse tipo de paternidade era nacional ao invés de pessoal. No período entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, os judeus consideravam Deus tão santo que ele foi removido do contato imediato com os compromissos humanos. Na verdade, eles acreditavam que tinha que haver um mediador entre Deus e o povo. Essa noção exaltada de Deus contradizia a idéia de Deus como um Pai pessoal e amoroso. É por causa disso que os ensinamentos de Jesus quanto à paternidade pessoal é tão única. Há alguma evidência nos ensinamentos judaicos dizendo para orar a Deus como “Nosso Pai”. No entanto, o que distingui Jesus de seus contemporâneos é que a paternidade de Deus era o centro de seus ensinamentos. A relação pai e filho é particularmente vívida no evangelho de João, aonde Jesus como o Filho é visto como tendo uma comunhão íntima com o Deus Pai. Isso aparece fortemente na oração de Jesus em João 17 e nas afirmações freqüentes que o Pai tinha mandado o Filho e que o Filho estava cumprindo a vontade do Pai. È esse forte relacionamento entre Deus e Jesus em termos de Pai e Filho que fez Jesus ensinar as pessoas a se aproximarem de Deus da mesma maneira.

2- SOBRE Sí PRÓPRIO

O que Jesus falou de sí próprio é de muita importância, pois foi isso que a igreja primitiva veio a ensinar sobre ele. Jesus usou alguns títulos para se descrever ou os aceitava quando os outros os usavam.

FILHO DO HOMEM

O título mais usado é Filho do Homem. Algumas vezes ele relacionava isso diretamente na sua ministração pública, como por exemplo quando ele disse que o Filho do Homem era o Senhor do sábado (Marcos 2:28), ou que o Filho do Homem tinha o poder de perdoar os pecados (2:10). Às vezes os dizeres lidavam com o seu sofrimento, como quando Jesus falou que o Filho do Homem tinha que sofrer várias coisas (8:31; note que Mateus 16:21 usa “ele” ao invés de “Filho do Homem”). Em outros trechos a referência é para uma aparição futura, como quando ele disse ao sumo sacerdote que ele veria o Filho do Homem assentado a destra de Deus vindo sobre as nuvens do céu (Marcos 14:62). O que que Jesus quis dizer com o título, e porque que ele usou? A razão mais provável é porque ele queria evitar o termo Messias, que já carregava muitas implicações políticas.

MESSIAS

O termo “Messias” ou “Cristo”, não pertencem estritamente aos ensinamentos de Jesus, já que ele mesmo nunca usou. No entanto, ele aceitou esse título quando foi usado por Pedro. Ele também não negou ser o Messias quando respondeu ao sumo sacerdote que perguntou se ele era o Messias. No evangelho de João, André diz a Pedro que havia achado o Messias (João 1:41); a mulher em Samaria também conversa com Jesus e ele revela que ele é o Messias (4:25-26). Havia uma expectativa comum entre os judeus que o libertador viria para derrubar os seus inimigos políticos, os romanos. Havia várias idéias sobre a sua origem (um líder militar ou um guerreiro celestial) e seus métodos.

FILHO DE DEUS

O título “Filho de Deus” ocorre principalmente no evangelho de João. Tanto Marcos como João consideravam Jesus assim (compare Marcos 1:1 e João 20:30-31). Há algumas passagens aonde o Messias é ligado ao Filho de Deus e que Jesus não rejeita nenhum dos títulos (compare a Mateus 16:16). Mas nos ensinamentos de Jesus, uma passagem faz ficar muito clara a relação especial que Jesus tinha com Deus como Filho (Mateus 11:27; veja também Lucas 10:22). Muitas passagens parecidas no evangelho de João, no entanto, são mais explicitas. O Filho é inquestionavelmente pré-existente – já vivia antes do tempo começar. Jesus sabe que ele veio do Pai e retornaria ao Pai. Jesus se considerava divino – ele era inteiramente Deus. No entanto, João retrata Jesus mais claramente também na sua natureza terrena – ele também era inteiramente humano. Jesus não explicou em nenhuma parte de seus ensinamentos como que Deus poderia se tornar homem, mas ele assumiu isso como um fato. Como Filho de Deus, ele ensinou com a autoridade de Deus.

3- SOBRE O REINO DE DEUS

Ninguém pode ler os evangelhos sinópticos sem notar que o “reino de Deus” (ou dos céus) aparece freqüentemente. Muitas das parábolas de Jesus são especificamente chamadas de parábolas do reino. O conceito de Jesus sobre o reino era uma idéia básica do evangelho cristão. A idéia principal é o reinado de Deus sobre as pessoas ao invés de um reino físico que pertence a Deus. Em outras palavras, a ênfase está no reinado ativo de Deus como Rei. O reino de Deus consiste do relacionamento entre os membros e o Rei. Também significa que o reino não será expresso em termos institucionais.


Em Lucas 17:20-21 fica claro que o reino era um tema de interesse comum, aonde os fariseus perguntaram a Jesus quando viria. Eles estavam esperando que o Messias estabelecesse um derrubamento político dos romanos. Sua resposta, que estava “entre eles”, é claramente uma idéia presente. Espíritos imundos também foram exorcizados como evidência que o reinado havia chegado (Mateus 12:28; Lucas 11:20). Além disso, Jesus menciona que o reino havia sido vigorosamente avançado (Mateus 11:12), mas não por métodos revolucionários. Ainda, alguma coisa dinâmica já estava acontecendo. Essa idéia de poder dinâmico é um dos traços mais característicos do reino. Jesus falou em amarrar os homens fortes e armados (Lucas 11:21-22), o que mostra que no seu ministério ele esperava dar uma demonstração poderosa contra as forças das trevas. É evidente que o reino que Jesus proclamava, presente ou futuro, era um reino aonde Deus era supremo. O reino era parte de seu ministério, onde Deus estava trazendo a libertação espiritual para o seu povo. Além disso, os ensinamentos de Jesus sobre o reino é uma parte da mensagem total. Nenhuma parte dessa mensagem pode ser separada de qualquer outra parte sem que o resto seja distorcido.

O REINO FUTURO

As parábolas têm os ensinamentos mais claros no aspecto futuro do reino (Mt 13). Jesus falou do uso futuro da imagem retirada da literatura judaica. Ele relaciona nuvens, glória e anjos com a vinda do Filho do Homem (Mc 13:26-27). Mateus fala de um som de trombeta, outro traço familiar (Mt 24:31). Vários traços das parábolas do reino nos dá a mais clara idéia da natureza do reino. A condição de membro do reino não é considerada universal. Os membros do reino são aqueles que escutam e entendem a palavra do reino (Mt 13:23). Apesar de todas as nossas diferenças raciais, culturais e de gênero só existem dois tipos de pessoas no mundo: as que são salvas e as que não são. Cada pessoa responde individualmente a oferta de salvação oferecida por Jesus para que seja parte do reino. Há uma ênfase na parábola sobre o crescimento da semente de mostarda, aonde um pequeno começo cresce para se tornar uma grande coisa.

4- SOBRE A SUA PRÓPRIA MORTE

O anunciamento do reino deve ser ligado à abordagem de Jesus a sua própria morte. Será que Jesus via a sua morte como uma parte chave de sua missão? Alguns acreditam que ele terminou a vida desiludido com algum tipo de desejo de morte. No entanto, sua morte não foi um desvio de sua missão. Isso era inteiramente a sua missão. Jesus sabia que os detalhes de sua vida eram a realização das escrituras (compare a Mateus 26:24; 56; Marcos 9:12; Lucas 18:31; 24:25-27, 44-45). O sofrimento de Jesus é o assunto da profecia do Velho Testamento. Ele conhecia as previsões do Velho Testamento e reconhecia que elas só poderiam se realizar através de seu próprio sofrimento. Evidentemente que Jesus via a sua morte como um sacrifício. Na última ceia, o cálice é ligado ao sangue da nova aliança, que é conhecida como sendo para a “remissão dos pecados” (Mateus 26:26-28). Nenhuma explicação é dada sobre a maneira em que a morte que estava próxima, simbolizada pelo pão partido e pelo vinho servido, traria o perdão dos pecados. Mas a igreja primitiva entendeu que Cristo morreu pelos nossos pecados ( 1 Co 15:3). A idéia da nova aliança é paralela a Velha aliança, que de acordo com Êxodo 24, foi selada com o sangue de um sacrifício. Jesus tinha isso em mente quando ele falou da nova aliança. Também era parecido com a idéia expressada em Jeremias 31, que se refere a uma aliança escrita no coração ao invés de numa pedra. Na oração de Jesus em João 17, ao encarar a cruz, ele declara que ele terminou a obra que o Pai deu a ele (17:4). Isso é reforçado quando ele fala, já na cruz “está consumado”, que só João menciona (19:30). Esse senso de missão cumprida da um ar de triunfo para o que de outra maneira, poderia ser visto como um desastre. Jesus não foi assassinado. Ele deu a sua vida como um sacrifício pelos nossos pecados. Apesar dos homens terem colocado ele numa cruz superficialmente, o amor dele por todo o povo de Deus é o que o mantem ali até o fim.

5-  SOBRE O ESPíRITO SANTO

Em vários dos eventos principais na vida de Jesus, os escritores dos evangelhos notam a atividade do Espírito Santo. Por exemplo, o nascimento virgem, o batismo de Jesus e a sua tentação mencionam o Espírito. A maioria dos ensinamentos vem dos evangelhos de João. Quando Jesus começou a pregar o seu ministério em Nazaré, de acordo com Lucas, ele leu o depoimento em Isaías 61:1-2 sobre o Espírito de Deus e aplicou a ele. Ele viu o Espírito marcando o começo de seu ministério. Ele foi acusado de expulsar demônios como Belzebu, príncipe dos demônios. No entanto, ele estava realmente expulsando espíritos imundos pelo Espírito de Deus (Mateus 12:28). Ele era, além disso, sensível a seriedade de blasfemar contra o Espírito, que ele implica que os seus acusadores estavam perigando fazer. Criticar o seu ministério era criticar o mover do Espírito.
Enquanto avisava os seus discípulos que eles encontrariam com a oposição, Jesus os assegurou que o Espírito os apoiaria quando eles fossem forçados a encontrar com reis e governadores (Mt 10:19-20; Mc 13:11). De fato, ele falou que o Espírito continuaria a falar através deles muito tempo depois que Jesus tivesse retornado ao céu. Lucas registra a promessa de Jesus que Deus daria o Espírito Santo para aqueles que pedissem (Lc 11:13), como um pai dá bons presentes para os seus filhos. Nós geralmente pedimos a Deus por paz, propósito ou proteção. No entanto, Deus considera o Espírito Santo o melhor presente que ele pode dar a seus filhos. Em uma outra ocasião, Jesus reconheceu que Davi havia escrito o Salmo 110 (Mc 12:36) com a influência do Espírito. Como resultado desse e de outros exemplos, sabemos que a bíblia não é um livro comum escrito por homens. De fato, o Espírito Santo inspirou as escrituras.

SALVAÇÃO

O evangelho de João nos dá um desenvolvimento mais detalhado de o que Jesus ensinou sobre o Espírito. Os ensinamentos do Espírito são geralmente ligados aos ensinamentos de Jesus sobre dar a vida eterna a aqueles que acreditassem nele e o recebessem. Quando ele falou com Nicodemos sobre o novo nascimento e a vida eterna, Jesus também falou do Espírito (João 3:3-8, 15-16). Quando ele falou da água da vida para a mulher samaritana, ele também falou do Espírito (4:14, 23-24). Por toda a escritura, Jesus declara a várias pessoas que ele poderia lhes dar a vida eterna se eles acreditassem nele. Ele prometeu a água da vida, o pão da vida e a luz da vida, mas eles só receberiam a vida eterna quando viesse o Espírito depois de sua ressurreição. Jesus disse “É o Espírito que dá a vida eterna” (João 6:63). Quando o Espírito se tornasse disponível, eles poderiam ter vida. Uma vez que Jesus havia sido glorificado através de sua ressurreição, o Espírito de Jesus glorificado estaria disponível a todos aqueles que cressem.

A SEGUNDA VINDA

Ele falou para os discípulos que o Filho do Homem viria com os seus anjos na glória de seu Pai (Mt 16:27). Ele descreve o Filho do Homem vindo em nuvens com poder e glória (Mc 13:26). Jesus descreve vários sinais que precederia a sua segunda vinda. Ele falou de guerras, conflitos, terremotos, fome e distúrbios nos céus. O evangelho seria primeiramente pregado a todas as nações. Ao mesmo tempo falsos “Cristos” surgiriam. Jesus deu vários detalhes de seu retorno para encorajar os seus discípulos a encararem a perseguição. Os discípulos teriam que vigiar, pois a vinda aconteceria inesperadamente como um ladrão na noite. Jesus disse que nem ele mesmo sabia quando isso aconteceria (Mc 13:32).

RESSURREIÇÃO

Um outro tema importante afetando o futuro é enfatizado nos ensinamentos de Cristo sobre a ressurreição. Os saduceus não acreditavam na ressurreição do corpo. Eles tentaram enganar Jesus com uma pergunta sobre uma mulher que havia se casado sete vezes. Eles queriam saber esposa de qual dos sete maridos ela seria depois da ressurreição (Mc 12:18-27). Jesus apontou que não haveria casamento quando os mortos ressurgissem. A idéia dos saduceus sobre a ressurreição estava claramente errada. Os ensinamentos de Jesus seriam como os anjos. Não há dúvida sobre a ressurreição dos mortos, apesar de não nos ser dada informações específicas sobre o corpo ressurreto.

JULGAMENTO

Jesus contou uma história sobre um homem rico e um homem pobre que morreram (Lucas 16:19-31). Na vida após a morte, o homem rico gritava no tormento, enquanto o homem pobre curtia o estado de benção. A distinção entre os dois homens nos dá uma dica do julgamento, apesar de não nos ser falado como essa distinção é feita. Em outros lugares de seus ensinamentos, Jesus disse que o requisito vital é a fé. A conversa entre Jesus e o ladrão que estava morrendo na cruz ao seu lado, sugere que o ladrão arrependido foi salvo (Lucas 23:42-43). O tema de recompensa e punição é visto em muitas passagens. Em Mateus 16:27, Jesus diz que o Filho do Homem recompensará todos de acordo com o que ele(a) fez. Aqueles que são inúteis serão punidos nas trevas (25:30). Mais adiante, Jesus fala de um dia de julgamento, no qual homens e mulheres prestarão contas até mesmo de suas palavras descuidadas (12:36-37). Entre todas as afirmações solenes de Jesus estão aquelas aonde ele fala do inferno. Seus ensinamentos sobre punição eterna para injustos (Mt 25:41,46) são o oposto para a vida eterna prometida para os justos. Ele disse que seus discípulos teriam um lugar preparado para eles no céu (Jo 14:2), e ele também falou de um Livro da Vida aonde o nome de todos aqueles que crêem está escrito (Lucas 10:20).





VI. Os conselhos de Jesus a um Pastor (Ap 3.14-18)


 Das sete igrejas da Ásia as quais escreveu o Senhor Jesus, duas: Esmirna e Filadélfia, foram somente elogiadas. As demais, com exceção de Laodicéia, foram tanto elogiadas quanto repreendias. Mas Laodicéia foi a única que só recebeu repreensão. Eram graves os problemas espirituais daquela igreja. Encontrava-se lá: mornidão espiritual, materialismo e cegueira espiritual (problemas que por vezes podem ser encontrados na igreja dos nossos dias). Mas o Senhor Jesus tinha a solução para os problemas de Laodicéia, e tem a solução para os nossos também!
Vejamos quais foram os conselhos de Jesus para esta igreja:

 1- Buscar riqueza espiritual. “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças”.
- Jesus também nos ensinou que não devemos ajuntar tesouros na terra e sim no céu (Mt 6.19-21).
- Moisés teve por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa maior.
(Hebreus 11:24-26).
- Se fomos realmente ressuscitados com Cristo para uma nova vida, devemos buscar as coisas que são de cima (Cl 3.1-3).

2- Se vestir de vestes brancas. “Aconselho-te que de mim compres... roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez”.
 - Só entrarão no reino de Deus, aqueles que branquearem as suas vestes no sangue do cordeiro (Ap 7.13-14).
- Para termos as vestes lavadas no sangue de Cristo, precisamos andar na luz (1Jo1.7).
- Nenhum condenação há mais para os que estão em Cristo (Rm 8.1), mas precisamos conservar alvas as nossas vestes (Ec 9:8) (lembremos da parábola dos convidados para o banquete).

3- Ungir os olhos com colírio espiritual. “Aconselho-te que... unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.”
- Jesus dá visão espiritual àqueles que andam com Ele (Lc 8.10).
- O deus deste século cega o entendimento dos incrédulos (2 Co.4,4).
- Jesus veio a este mundo para juízo, para que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos (Jo 9:39).



VII. O que se requer como atributos de um conselheiro bíblico


Não basta dizer-se vocacionado para o ministério pastoral ou para o ministério do aconselhamento para ser bem sucedido nestas atividades. Ser vocacionado não é uma garantia de que as coisas darão certas. Prova disso é o grande número de ministérios que dá errado e de igrejas com problemas muitas vezes causados por pastores. E, da mesma forma, de conselheiros que não conseguem ajudar as pessoas. Há algo mais além da chamada e da boa vontade em fazer a obra.



Ter consciência da chamada da parte de Deus e manter uma vida de comunhão com ele ajudam muito ao obreiro. Mas ter o preparo necessário também ajuda muito. Ninguém negará que Pedro foi chamado e usado por Cristo. Mas a sombra projetada pelo ministério de Paulo foi maior que a projetada por Pedro. Inteligência e preparo postos a serviço de Cristo é uma bênção.  O conselheiro bíblico precisa ser bem preparado. Tanto na área de estudo sobre o assunto e sobre a Palavra de Deus, como na área do preparo emocional. O emocional e o espiritual devem caminhar juntos, principalmente na vida de quem cumpre a tarefa de ajudar o povo de Deus. Por isso, é sempre oportuno lembrar, o primeiro dever do obreiro cristão é cuidar de si mesmo. É triste a palavra da sunamita em Cânticos 1.6: “Puseram-me por guarda de vinhas, mas a minha vinha não guardei”. Guarde a sua vinha! Seja uma pessoa que busca a maturidade espiritual e emocional. Invista em si mesmo.





1. O PERFIL DO CONSELHEIRO

Muitos aspectos do perfil do conselheiro poderiam ser alistados aqui, mas ressaltemos os principais à nossa tarefa de líderes cristãos.



1. A empatia. A palavra vem da mesma raiz de “simpatia” e de “antipatia”. Simpatia é sentir na mesma direção, sentir com. Antipatia é sentir contra. Sobre empatia, o prefixo grego en nos esclarece: é “sentir dentro”, “sentir como se fosse a pessoa”. A simpatia pode ser entendida como uma ternura, mas a empatia é uma profunda compaixão que nos faz colocar-nos no lugar daquela pessoa. O fundador do cristianismo foi a maior manifestação de empatia que o mundo já viu: “O Verbo se fez carne” (Jo 1.14). Deus foi empático conosco, na pessoa de Jesus. Empatia tem a ver com compaixão. O Salvador era profundamente empático, porque era profundamente compassivo: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36). E este é um conselho bíblico para todos os cristãos: “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram” (Rm 12.15). Somos exortados a experimentar e partilhar os sentimentos dos irmãos. O autor de Hebreus aconselhou a comunidade cristã nos seguintes termos: “Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo” (Hb 13.3). O conselheiro cristão deve ter este sentimento bem aguçado. Ele não é juiz nem um crítico, mas um ajudador. E um ajudador com compaixão.



Não somos profissionais que atendem a pessoa, ouvem-na sem experimentar emoção alguma (algumas vezes bocejando de indiferença), e depois apenas perguntam: “Sim, o que você pensa em fazer sobre isso?”. Somos pessoas que amam a Deus, que amam o povo de Deus e que servem a Deus servindo a seu povo. E mostramos nosso amor a Deus no amor ao seu povo. Empatia é mais uma postura que adotamos que um sentimento que experimentamos. É sentir com a pessoa. A frieza ou a indiferença é mortal no trabalho do conselheiro. É possível ajudar as pessoas mesmo sem compreendê-las inteiramente, mas o conselheiro que consegue transmitir empatia (principalmente no início do processo terapêutico) tem maiores chances de sucesso” . Ouvi um pastor psicólogo criticar um pastor que chorou no sepultamento de uma de suas ovelhas, dizendo que ele era um amador e que não sabia controlar as emoções. O pastor que chorou não se descontrolou, não surtou nem se mostrou histérico. E merece elogios exatamente porque não foi um profissional de religião, mas um amador. Benditos sejam os amadores assim!



2. O respeito. Por vezes a pessoa chega e abre o seu coração, contando-nos um pecado que julgamos ser escabroso (e às vezes é mesmo). Então ficamos chocados com a revelação e mostramos à pessoa que não esperávamos aquilo da parte dela. Ou ela nos ataca ou ataca alguém da igreja. O conselheiro, muitas vezes, é machucado pelo aconselhando. Qual deve ser a reação numa circunstância dessas? Kaller, em uma obra sobre aconselhamento cristão, usa esta figura: uma pessoa não crente se aconselha com o pastor, e lhe diz: “Os membros de sua igreja fazem pior do que as pessoas que não são crentes. Ele alista quatro possíveis respostas do conselheiro, e entre elas duas bem curiosas. O conselheiro poderá dizer: “Você não sabe nada; pior que você não há nenhum ou Os crentes têm suas falhas, mas as falhas dos não crentes são piores. Esta reação não facilitará a continuação da conversa, mas é o início de uma discussão”. Ele mostra duas respostas que seriam mais viáveis: Você acha que muitos crentes não vivem de acordo com suas crenças? ou  Você acha os não crentes melhores que os crentes? .



Na primeira resposta viável, o conselheiro circunscreveu a questão a uma opinião pessoal do aconselhando, e não a deixou como um absoluto. Na segunda, deixou a porta aberta para o aconselhando continuar a expor sua mágoa. Em nenhum dos dois casos ele deixou a questão descambar para o bate-boca.



Respeito significa valorizar a pessoa, não a vendo como uma coitadinha ou uma leprosa moral ou espiritual. É vê-la como sendo uma pessoa, imagem e semelhança de Deus, valiosa aos olhos do Senhor, que no momento passa por uma crise e veio lhe pedir ajuda. Não esfregue sal e pimenta nas feridas dela. Respeite seu desabafo, suas atitudes, e sua postura. Isto é diferente de aceitar um comportamento errado. É respeitar a pessoa que está querendo ajuda como pessoa. Não é um traste. Lembremos que Paulo recomendou que apoiássemos aqueles que estão fracos.



3. O  sigilo. O que um conselheiro ouve deve morrer com ele. Ele não passa para frente nem mesmo com pessoas interessadas no assunto. Muitas vezes alguém me procura e depois uma pessoa da família ou do relacionamento com esta pessoa vem me perguntar o que foi dito. Geralmente me nego, dizendo que o que a pessoa me contou pertence ao sigilo. Se quiser saber, que meu indagador lhe pergunte. Lembre-se que comentar o que lhe foi dito em confiança acabará não apenas com sua atividade, mas com seu caráter. E você terá traído quem confiou em você. Poucas coisas são tão ruins para um pastor ou para um conselheiro que ser conhecido como fofoqueiro, como alguém que passa para frente coisas que ouviu em confidência. Há pastores que contam de púlpito experiências de gabinete. Não citam o nome da pessoa, mas deixam pistas claras de quem sejam. Isto é muito ruim.



Abrir o coração com alguém é tarefa difícil. Muitas vezes é um desnudar da alma, e é doloroso para a pessoa. Já ouvi muitos casos tristes e dolorosos em gabinete, desde violência sexual que uma criança sofreu por parte de pai até o uso de drogas por líderes da igreja. Por vezes, o peso era esmagador e eu me sentia deprimido, querendo um buraco para me enfiar. Mas sabia que não podia partilhar com ninguém. Um conselheiro deve ser sigiloso. Por isso que deve ser uma pessoa que cuide de sua vida espiritual e se fortaleça, sempre, com o Grande Conselheiro, Deus. É a vinha dele que ele deve guardar.



4. A sobriedade. O Novo Testamento faz várias referências à sobriedade. Nós é que pouco mencionamos esta virtude cristã. Há líderes que amam holofotes ou são pouco discretos. Têm grande necessidade de atenção.  Jesus exortou à discrição na vida espiritual, quando deixou recomendações sobre a oração e o jejum. Sobriedade tem a ver com discrição. Não se faz alarde de que estamos ajudando alguém. O trabalho do conselheiro é um trabalho de bastidores, que se faz nos bastidores, e não em público. Como o aconselhamento envolve questões emocionais, e por vezes delicadas, o conselheiro deve lembrar que a imagem do aconselhando deve ser poupada. Repreensão pública ou conselhos dados em voz alta prejudicam muito. Ninguém precisa ouvir a conversa. Por isso, quando atender, fale baixo. Uma das tarefas do conselheiro é ajudar a pessoa a ser madura e tomar decisões por si, orientada pelo Espírito Santo. Outra tarefa é levantar a pessoa. Neste sentido, expô-la em público, como alguém tutelado, é prejudicial. Somos conselheiros e não pais de criancinhas travessas que devem ser chamadas à atenção.



Há conselheiros que gostam de publicidade para que os demais vejam como ele é importante ou como está sendo usado por Deus. Remo Machado, psicólogo cristão, faz esta afirmação, em uma de suas obras: “Caso Deus seja o centro de nossa vida, ele tem um plano para nossa existência, e se ele nos delegou a posição de psicoterapeutas, devemos usá-la para enaltecimento do nome de Deus, e não para o nosso engrandecimento pessoal. Sobriedade é esta característica assumida de que somos apenas instrumentos, a glória é de Deus, fazemos o que temos que fazer e saímos de cena, sem esperar aplausos ou reconhecimento. O conselheiro não faz alarde do seu trabalho.  A vaidade sempre é notada, sempre desgasta o vaidoso e geralmente cobra um preço muito elevado. E as pessoas que aconselhamos não devem ser vistas como troféus a exibir.



5. O desprendimento. Isso significa que o conselheiro não deve levar vantagem na tarefa de aconselhar. Por vezes, o conselheiro é profissional, um psicólogo ou outro tipo de terapeuta. Neste caso, ele cobrará consultas. O levar vantagem, neste contexto, significa que o conselheiro não usa as informações que recebe, nem antes nem depois do processo de aconselhamento.  Suponhamos que o conselheiro seja o pastor ou o líder de um trabalho. Um irmão o procura e lhe revela um problema e pede ajuda. Não será justo o conselheiro divulgar publicamente uma possível incapacidade da pessoa para o exercício de uma função para a qual ela vier a ser indicada. Evidentemente que se for um caso grave, como uma pessoa que tenha tendências pedófilas sendo indicada para cuidar de crianças, o conselheiro precisará agir. Mas isso exige cautela. A questão principal é de ordem pessoal: não levar vantagem. Não impugnar a pessoa para um cargo ou função porque tem outro nome que é seu preferido ou porque o ambiciona, etc. Deve se lembrar também que Cristo pode transformar uma vida e que um pecado que uma pessoa cometeu no passado não será, necessariamente, cometido outra vez pela pessoa.



6. A capacitação. Já tangenciamos este aspecto anteriormente. Trata-se da capacitação para o serviço a desempenhar e da capacitação espiritual para poder desempenhar o serviço.  Precisamos ter em mente que nenhum de nós, como líder cristão, é um produto acabado. No que se presume ser sua última carta, já idoso, Paulo pede a Timóteo: “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, especialmente os pergaminhos” (2Tm 4.13). Os especialistas distinguem entre “livros” e “pergaminhos”. O primeiro termo aludiria a obras seculares, e o segundo teria o sentido de livros canônicos, isto é, os escritos sagrados. Ele está detido na cadeia, e prestes a ser executado, mas ainda quer os livros. O obreiro cristão em geral e o conselheiro em particular sempre devem querer crescer.  Adquirir livros, ouvir palestras, fazer cursos, tudo isso ajuda muito o conselheiro. Mas o preparo espiritual nunca pode ser negligenciado. Um dos aspectos mais importantes na vida do conselheiro ao ajudar alguém em crise: Orar por si mesmo e colocar-se nas mãos de Deus para prestar uma ajuda afetiva . Desempenhamos uma atividade espiritual e nunca podemos nos esquecer disso. A autoridade espiritual que vem da comunhão com Deus e da submissão à sua Palavra é sempre notada na vida de quem a tem. E quem a tem não precisa alardear.



VII.  Atitudes necessárias ao conselheiro

Tendo considerado algo do perfil do conselheiro, vejamos algumas atitudes que ele deve tomar quando exerce seu papel.



Primeiro: ele deve proceder sem preconceito quando aconselha. Pode ser que a pessoa aconselhada esteja em pecado e deva ser orientada quanto a isso, mas não compete ao conselheiro, como conselheiro, condená-la. No aconselhamento não se prega. Conversa-se e se mostra à pessoa a situação em que ela se encontra e as alternativas a tomar na sua vida. Em outras ocasiões, o conselheiro administrará conflitos de relacionamentos entre partes. Deve evitar se posicionar contra um ou contra outro. Ele deve ser uma ponte e não um juiz. Pode ser que a questão esteja bem clara e ele tenha uma posição bem definida, mas deve se lembrar que está ali para conciliar partes.



Já me aconteceu, em passado remoto, aconselhar um líder da igreja com problemas de drogas. No íntimo, por dentro, fiquei muito indignado com este comportamento vindo de um líder em que eu e a igreja confiávamos, mas sabia que perderia a pessoa se manifestasse este sentimento. Ela já estava bastante frustrada e envergonhada. Não manifestei minha postura de censura. Ela já sabia que estava errada. Tratamos de como superar a situação. Mostrei-lhe empatia. A pessoa superou o problema e até hoje está na liderança (pedi permissão a ela para citar o evento, sem nomear e localizar, e ela me concedeu). Precisamos ter muita cautela e lutar para impedir que nossos sentimentos pessoais de aceitação ou rejeição nos levem a tomar atitudes que bloqueiem o processo de aconselhamento.



Segundo: ele deve evitar dar ordens. Inconscientemente, o conselheiro tem o desejo de dominar e exercer controle na vida da pessoa aconselhada. Até porque se sente em condições de orientar a outra parte. Nosso papel é levar a pessoa a ver a vontade de Deus para sua vida. E precisamos ser humildes para reconhecer que nem sempre a vontade de Deus é a nossa, como conselheiros. Podemos mostrar à pessoa as opções e as conseqüências das opções, mas deve ser deixada com ela a decisão a tomar. É assim que ela amadurecerá. Quando dizemos às pessoas o que fazer, elas criam dependência emocional. E isto não é bom. O conselheiro poderá dizer que executou bem sua função quando a pessoa chegar a um ponto em que o aconselhado não mais precisar mais dele como orientador. Essa idéia de “guru” ou de um mentor que tutoreia a pessoa a por toda sua vida não é uma medida salutar. É antibíblica. Conforme Efésios 4.13, o exercício de dons na igreja é para que os crentes cheguem “ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). Conduzir alguém pela mão por toda a vida não faz desse alguém uma pessoa neste patamar de adulto em Cristo. Há muito manipulador querendo ser mentor.



Terceiro: o conselheiro deve cultivar objetividade e não ser envolvido emocionalmente.  Não confunda as coisas nem tente fazer “pegadinhas”, dizendo que isto é o oposto da empatia mostrada como necessária. Terapeutas profissionais não devem aconselhar parentes ou pessoas a eles ligadas emocionalmente. Sua análise sempre será prejudicada porque terá envolvimento emocional.  Há uma linha divisória entre empatia e envolvimento emocional. A empatia é produto da misericórdia cristã. O envolvimento sucede quando o conselheiro se sente perturbado porque aquilo o atinge diretamente. Por vezes, ele está passando por um problema semelhante ao que a pessoa que lhe procura está passando e sente desnorteado, ou sem condições de fazê-lo. Não é errado um conselheiro ter problemas e passar por lutas, é preciso dizer neste contexto. O problema é quando o aconselhando está numa situação idêntica e o conselheiro sente que está sem condições.



A eficácia do aconselhamento, neste caso, será reduzida. Ao mesmo tempo, em contrapartida, o conselheiro poderá ver nesta situação como a pessoa está sofrendo. Mas sua orientação poderá ser apenas um reflexo do que ele faria. E as pessoas reagem de maneira diferente. O conselheiro poderá mostrar um caminho que ele tem condições de percorrer, mas talvez a outra pessoa não tenha. Ele precisará refletir bastante, orar e ter humildade para, se for o caso, dizer à pessoa que naquele momento não poderá ajudá-la. Se tiver certeza de que estará mais capacitada exatamente por estar vencendo o problema, deve ajudar. Mas se estiver sendo abatida pelo problema, terá pouco o que dizer. E deverá ter a humildade de reconhecer isto.



4. Saber filtrar o que está sendo dito. Nem sempre as palavras revelam. Por vezes mascaram. Para filtrar bem, o conselheiro precisa de um bom filtro (ou um coador). É oportuno lembrar que vivemos numa sociedade massificada pelo egoísmo e que as pessoas, em sua maior parte, têm motivações egoístas. Até mesmo na área espiritual. O conselheiro precisa ter um bom parâmetro para avaliar e orientar. Por exemplo: qual é a finalidade da vida? É a busca de felicidade? É o que as pessoas buscam, e o que muitas pregações sinalizam. Mas é este o propósito de Deus para nós?



O segredo cristão de uma vida feliz; Desenvolva todo o seu potencial”; A mulher total”; “A mulher completa”. Muitos contêm conceitos excelentes e verdadeiramente bíblicos, mas sua mensagem, clara ou implícita, às vezes nos dirige mais à preocupação com a auto-expressão e menos a um interesse em conformar-nos com a imagem de Cristo. A Bíblia, porém, ensina que, seu eu permanecer em obediência na verdade, a fim de tornar-me mais com Deus e assim torná-lo mais conhecido, o resultado será finalmente a minha felicidade.



Um problema muito sério é que os crentes estão buscando felicidade, e não mais santidade, como se pudessem ser felizes à parte de sua comunhão com Deus.  Com esta visão, a vida cristã passa a ser a busca de satisfação de necessidades pessoais (algumas irrelevantes e supérfluas). É um conceito mundano. Assim, o trabalho do conselheiro passa a ser mais o de um terapeuta secular, levando as pessoas a se aceitarem como são e a buscarem necessidades muitas vezes mundanas, que um servo cristão que ajuda os crentes na sua caminha a uma vida mais profunda com Deus. Muitos dos problemas espirituais e emocionais não estão ligados à área espiritual ou da vontade de Deus, mas a projetos pessoais que os indivíduos têm, muitos deles modelados pelo padrão do mundo. Eles não alcançam tais projetos e se frustram. Tenho observado, em quarenta anos de ministério (o que não me torna infalível, mas me faz entender muitas coisas) que grande parte da aflição dos crentes é por coisas das quais não precisam e sem as quais pode viver. Mas deixam-se modelar pela massificação mundana de uma sociedade materialista que espiritualmente é decadente. Eles querem ser como o mundo. E querem as coisas que o mundo quer.



O conselheiro deve ter em conta que lidará com muitas pessoas que têm problemas por causa de necessidades que não devem ser atendidas.



Os conselheiros cristãos devem ser sensíveis à profundidade do egoísmo na natureza humana. É temerosamente fácil ajudar alguém a atingir um alvo não-bíblico.  É nossa responsabilidade, como membros do mesmo Corpo, continuamente recordar e exortar uns aos outros a fim de manter em vista o alvo de todo verdadeiro aconselhamento: libertar as pessoas para que possam melhor adorar e servir a Deus, ajudando-as a se tornarem mais semelhantes ao Senhor. Em suma, o alvo é maturidade.



A atividade de aconselhar biblicamente não é a de dar pirulitos a crianças frustradas, mas ajudar as pessoas a entenderem o propósito de Deus para a vida delas. Há uma diferença enorme entre desejos e necessidades. É preciso saber a distinção entre os dois. E o conselheiro, algumas vezes, terá que levar a pessoa a entender isso.

  
Como obreiros que querem o bom andamento da obra de Deus, podemos cair num estado emocional comum a muitos: a impaciência por não vermos os frutos imediatos do nosso trabalho. Orientamos uma pessoa com zelo e bastante cuidado, mas vemos que apesar de nossa orientação ser clara ela continua apresentando as mesmas falhas. Lembremos que muitas vezes o problema vem se arrastando há tempos, e a pessoa demorou a pedir auxílio. Desconstruir o que foi construído de maneira errada e reconstruir de maneira certa nem sempre se consegue em prazo curto.



Muitos conselheiros ficam desanimados e até ansiosos quando não vêem progresso imediato em seus aconselhandos. Os problemas geralmente levam muito tempo para se desenvolverem e presumir que eles desaparecerão rapidamente por causa da intervenção do conselheiro não é uma postura muito realista. Mudanças instantâneas acontecem, mas são raras. O mais comum é levar um tempo até que o aconselhando abandone sua maneira de pensar e seu comportamento anteriores, substituindo-os por algo novo e melhor.



Assim sendo, não se culpe se não vir resultado imediato ou se a pessoa custar a aceitar sua orientação. Sua missão não é produzir resultados, mas fazer o melhor que puder, na dependência do Espírito Santo. O resto compete a Deus, que fará a obra no tempo dele. Que sempre é o certo.

IX. A função do Pastor como conselheiro, na atualidade


Algumas pessoas só relacionam a vida de um pastor às atividades que acontecem aos domingos nas igrejas. Mas a vida de um pastor está muito além das atividades dominicais relacionadas com o púlpito.
Como deve ser o Ministério de Aconselhamento
Conhecimento bíblico
Prática da oração (dependência de Deus)
Testemunho (ser exemplo)
Imparcialidade (Rm 12:21)
Isenção
Sabedoria que vem de Deus
Auto controle
Humildade
Saber ouvir
Discrição (sigilo total)
Para um êxito no ministério de aconselhamento, é necessário que o conselheiro esteja em alinhamento com a vontade de Deus, pois seu papel é de levar o aconselhado tão somente aos pés de Jesus, fazendo-o discípulo do Mestre e não de si.
É de extrema importância que o conselheiro esteja atendo para perceber qual melhor hora de se falar, caso contrário pode por o aconselhamento por "água abaixo".

A Lei do nunca

Nunca ser portador de notícias como, por exemplo, adultério, você pode ser chamado de mentiroso e perder a credibilidade com a família em questão.
•Nunca o conselheiro deve tomar a decisão pela pessoa, o correto é expor o conselho mediante a palavra de Deus e deixar que ela decida.
Nunca dizer: "Me liga, eu te ajudo". Uma vida de lamaçal demora a ser transformada. Devo então dizer: "Se precisar de ajuda, ore ao Senhor, estarei orando por você também", porque pode acontecer de desenvolver dependência emocional.


X. Postura e atitudes do Conselheiro

1- Determinar os alvos do aconselhamento (quantas semanas ou meses, quantas vezes por semana, o tempo de cada encontro etc);
2- Instilar uma esperança real. O perdão de Deus é uma realidade, mas há que se lutar contra os antigos  hábitos  e  as  tentações  (1 Co 10.13 - 1 Pe 1.14 e 15 – Fp 4.6 a 9 – Rm 12.1 e 2);
3- Transmitir conhecimento da questão (ler muito sobre o assunto – Pv 4.7);
4- Ser leal e saber guardar confidências. Só nos casos em que outros estão correndo riscos de integridade física, moral e espiritual é que alguns segredos podem ser compartilhados e isso não deve ser feito sem que o aconselhando saiba;
5- Proteger o aconselhando de constrangimentos. Há crentes que usam a desculpa do "é só para eu orar mais especificamente" para contar o que ouviram para outras pessoas, sem pensar nas conseqüências para o indivíduo que está precisando de ajuda;
6- Sempre falar a verdade, mas não somente falar a verdade: saber falar a verdade no momento certo e da maneira certa, mesmo quando houver dor (Pv 27.5 e 6). 
7- Procurar estar presente sempre que necessário evitando, entretanto, envolvimento afetivo/sexual (isso pode acontecer tanto com o aconselhando como com o conselheiro) ou manipulação emocional por parte do aconselhando. Alguns pastores e conselheiros, independentemente do sexo, já caíram por não vigiarem nessa área e se acharem imbatíveis;
8- Saber dar espaço para o aconselhando expressar o que sente e quem ele é, pois só assim o conselheiro conhecerá a pessoa na intimidade e o trabalho será mais produtivo;
9- Saber ouvir para discernir as necessidades do aconselhando (Tg 1.19);
10- Procurar escutar as coisas que escapam à razão, ou seja, aquilo que a pessoa não fala, o que está nas entrelinhas. Lembrar-se que observar as expressões corporal e facial também é muito importante no aconselhamento;
11- Evitar tomar decisões pelo aconselhando, pois, se alguma coisa sair errado, você poderá ser acusado depois;
12- Quando se fizer necessário, encaminhar o aconselhando a um profissional (de preferência cristão, que creia na Bíblia como revelação de Deus e autoridade final em todas as coisas);
13- Informar-se sobre as relações familiares da pessoa e, se for necessário, envolver a família no aconselhamento (o aconselhando pode ser o depositário das patologias da família);
14- Sempre incentivar o crescimento espiritual e emocional do aconselhando, através da meditação bíblica e oração diárias. Muitos dos que não se firmam e têm constantes recaídas não têm vida devocional disciplinada e os que, geralmente, estão de pé e vivem uma vida de transformação diária são os que têm comunhão diária com Deus e sua palavra;
15- Enfatizar a necessidade de perdão para si e para as pessoas implicadas no problema desde a infância (Mt 5.24);
16- Informar-se sobre possíveis pactos religiosos e orar especificamente;
17- O conselheiro deve orar e jejuar regularmente pelas pessoas a quem aconselha (Ez 22.30 e Mt 17.21);
18- O conselheiro também precisa de um conselheiro de confiança com quem possa compartilhar o peso espiritual e emocional. Isso o ajudará a se retroalimentar espiritualmente (Pv 17.17, 18.24, 27.12 e 27.17).
"...mas as palavras das pessoas corretas salvam os que estão em perigo." (Pv 12.6)
"...mas as palavras do sábio podem curar." (Pv 13.18)
"...porém os que trabalham para o bem dos outros encontrarão a felicidade." (Pv 13.20)

Algumas pessoas só relacionam a vida de um pastor às atividades que acontecem aos domingos nas igrejas. Mas a vida de um pastor está muito além das atividades dominicais relacionadas com o púlpito. É claro que é extremamente importante a pregação e o preparo para a mesma, mas a vida pastoral exige muito mais do que a maioria das pessoas imaginam. Vou listar pelo menos 15 coisas que fazemos, quando não estamos pregando:
1. Conselheiro: A grande maioria dos pastores fazem algum tipo de aconselhamento. Em grande parte, o curto tempo de ministração da palavra não é suficiente para ajudar as pessoas da igreja local, e os pastores precisam dedicar tempos à atender suas ovelhas de forma mais pessoal.
2. Consultor de carreiras: Emprego e carreira são assuntos recorrentes no gabinete pastoral as pessoas. Os impactos profissionais de uma pessoa influenciam na sua capacidade de evolução pessoal. E isso sempre é um assunto importante para o pastor. Pra não dizer nas pessoas que estão buscando trabalho ou procurando alguém para contratar.
3. Consultor de negócios: Líderes empresariais, geralmente buscam ajuda para discernir suas decisões corretas. Grande parte deles buscam o pastor para orar e discutir suas idéias e até mesmo sobre novos empreendimentos.
4. Supervisor de espaços: pastores fazem o papel de supervisão nas instalações da igreja. Mesmo tendo uma excelente equipe de manutenção, os olhos do pastor estão sobre os cuidados do espaço do culto, salas, banheiros e tantas demandas que se exige de uma igreja para atender bem as pessoas.
5. Juiz de paz: Pastores ajudam na reconstrução de relacionamentos entre casais, pais e filhos e até mesmo sócios. Tentam trabalhar os problemas de divisão e intervém nas crises, exercitando os princípios de cooperação e perdão entre as partes.
6. Assistente social: O pastor sempre é procurado para melhorar a qualidade de vida de pessoas que atravessam problemas financeiros e situações difíceis na igreja local
7. Coordenador de voluntários: Todo pastor coordena os esforços mútuos de equipes para encontrarem a comunicação entre as partes e desenvolver projetos comunitários.
8. Gerente de Eventos: Todo pastor acaba supervisionando diferentes eventos, e entrando na discussão de detalhes e responsabilidades de papeis e necessidades.
9. CEO: Todos sabem que Jesus é o “dono" da igreja, mas as responsabilidades administrativas e gerenciais foram confiadas aos discípulos oficiais, seus pastores e apóstolos. Eles assumem a liderança e decisões estruturais.
10. Headhunter: Um pastor precisa ter a sabedoria de montar uma boa equipe e precisa procurar suas “cabeças" pensantes para o melhor desenvolvimento do seu ministério. A busca desta equipe é um trabalho duro de “garimpo”.
11. Contas a pagar e receber: Ministério precisa de dinheiro. E o pastor precisa ser o advogado das contribuições. Geralmente é um grande fardo para o pastor essa tarefa, mas ele precisa pensar de maneira mais macro em relação ao dinheiro e investimentos que o ministério exige.
12. Instrutor: Pastores ajudam pessoas a encontrarem suas habilidades de alguma forma e fazer essa habilidade funcionar dentro de um ministério da igreja.
13. Professor: A igreja exige que o pastor seja uma pessoa inteligente e que domine muitos assuntos. Há uma expectativa em relação a compreensão geral do pastor e que ele se comunique e fale bem em púlpito.
14. Escritor: Existem muitos textos que precisam ser feitos para a igreja, sejam estudos, sejam boletins, sejam temas, sejam sermões, sejam livros, e até mesmo uma porção de emails para toda a igreja, é necessário encontrar tempo e inspiração em meio a toda a correria ministerial.
15. Relações públicas: Todo pastor administra pessoas e precisa ser um comunicador eficiente. Fazendo com que a visão influencie outras pessoas. É um trabalho que exige amor e cuidado para poder influenciar pessoas. Por isso o trabalho pastoral vai bem atém dos serviços dominicais.


Em breve estaremos de volta dando sequencia a esta série.

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