Por Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Profeta Isaías 9.6 que nos diz:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Nós estamos de volta para concluir a esta sequência da série sobre os cinco títulos conferidos ao Senhor Jesus, de acordo com a Palavra de Deus.
Apresentamos a seguinte sequência:
- Introdução
- Deus doou o seu filho
- Deus deu o principado a Jesus
- Jesus Maravilhoso
- Jesus conselheiro
- Jesus, o Deus forte
- . Jesus o Pai da Eternidade
- Jesus o Príncipe da Paz
Agora faremos conclusão.
Os nomes e títulos concedidos pelas Escrituras ao Senhor Jesus revelam sua natureza, ministério e ofícios. Os títulos de Cristo são tão importantes para compreendermos a sua natureza e ministério para desenvolver o tema da Cristologia em o Novo Testamento.
Os títulos e ofícios de Jesus revelam-lhe o messianato (Profeta, Cristo), a divindade (Filho de Deus, Eu Sou), a humanidade (Filho de José), e sua ascendência real (Filho de Davi). Muitos desses títulos aparecem combinados, como por exemplo, Filho do Homem. Este pode designar tanto a humanidade de Jesus quanto a sua divindade (Jo 6.62).
I. Entendendo melhor Isaías 9.1-21
Vamos verificar agora o contexto e o pano de fundo em que foi proferido os títulos de Jesus
(9.1) Livramento Vindouro Através de um Rei Divino (Rs 9:1-7).
(V.1) Este versículo deve ter a seguinte construção: Mas para a terra que estava afligida não continuará a obscuridade (isto é, a terra da Galiléia). Nos primeiros tempos tornou desprezível a terra de Zebulom e . . . Naftali (permitindo que se colocassem sob o jugo direto da Assíria; 2 Rs 15:29); mas nos últimos tempos tornará glorioso o caminho do mar, etc. (enviando Seu Filho a morar na Galiléia e a desempenhar a principal pane do seu ministério ali; ( Mt 4.13-17).
(Vvs 3-5) Tens multiplicado este povo; isto é, com o acréscimo da igreja gentílica a qual, no século vindouro, se uniria aos cristãos judeus para cumprimento da Grande Comissão de Cristo, fazendo a colheita dos redimidos de toda a terra. Compare com a declaração de Cristo sobre a alegria dos trabalhadores em Jo 4.36.
(V. 4) No tempo por vir, todos os inimigos e perseguidores do povo de Deus serão totalmente esmagados (como a hoste midianita foi derrotada por Gideão há muito tempo atrás).
(V. 5) Porque toda bota (E.R.A.; melhor do que a tradução da E.R.C.,
armadura) Com que anda o guerreiro no tumulto da batalha, e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Isto se refere à destruição completa de todas as armas de opressão – tanto no julgamento temporal da queda dos impérios, como no Armagedom nos “últimos tempos”.
(V. 6) Aqui temos delineado o caráter do Emanuel que efetuará este livramento.
Ele virá ao mundo como criancinha nascida ao povo hebreu, um presente misericordioso de Deus para eles. (Contraste com a violenta negativa da fé muçulmana que declara que Deus jamais teria um filho, conforme a Sura 112 do Corão.) Ele regerá o reino de Deus com autoridade divina. Ele será Maravilhoso, Conselheiro. Isto é, como pessoa de duas naturezas distintas – Deus e Homem – será realmente uma maravilhosa vinda de Jeová; e como Aquele único que tem as palavras de vida eterna, será um conselheiro sem igual. Como Deus Forte (um termo explicitamente aplicado a Jeová em Dt 10:17; Is. 10:21; Jr 32:18), Ele será o irresistível campeão nas batalhas (conforme esta palavra “forte” dá a entender) que ganhará a vitória final na arena da história. Como Pai da Eternidade (literalmente), Ele será não só o Senhor da eternidade mas também o autor da vida eterna dos redimidos. Como o Príncipe da Paz Ele concederá o que shalom, “paz”, implica em seu sentido completo: saúde para a alma doente de pecado; um relacionamento forte e sadio entre os pecadores e Deus, como também entre os pecadores e seus companheiros; e uma condição estável de justiça e prosperidade universais prevalecendo no mundo.
(V. 7) Como antítipo do Rei Davi, e como seu descendente e herdeiro, este Prometido reinará sobre o povo de Deus para todo o sempre (2 Sm 7 :16).
A Orgulhosa Samaria Destinada ao Exílio (Is 9:8 – 10:4).
Mesmo depois da desastrosa invasão do Reino do Norte por Tiglate-Pileser em 732 (o ano no qual ele também destruiu o Rei Rezim de Damasco), os efraimitas continuaram cegamente ignorando a última advertência de Deus. Eles se vangloriavam de que reconstruiriam sua terra devastada tornando-a mais forte e mais gloriosa do que fora antes (vs. 9b, 10). Mas logo viria o dia quando até mesmo seus antigos aliados da Síria e Filístia se ajuntariam aos exércitos atacantes da Assíria para a final extinção de Samaria.
(Vvs. 14, 15). Todas as camadas dirigentes, que não se arrependeram nem se voltaram para Deus e que foram infiéis à sua responsabilidade, seriam totalmente destruídas, com os seus filhos.
(Vvs 18-21) O pecado traz em si mesmo as sementes de sua própria retribuição e destruição. Além das agonias da fome haveria os horrores da guerra civil entre Efraim e Manassés, as duas tribos principais componentes do Reino do Norte (sem dúvida envolve as outras tribos também).
II. O clamor do profeta para que coloquem a esperança na família de Davi ( 9.1-7).
Essa é a esperança de Israel: o trono de Davi! Parece que sempre foi assim. Quando Saul comandava Israel e Davi era seu general, todos desejavam Davi no governo. Quando governou, conduziu a nação ao auge e a tornou grande potência à sua época. Depois de sua morte, tornou-se o modelo da comparação dos reis subsequentes. Quando o rei era bom, era comparado a Davi!
A despeito da rejeição ao trono de Davi pelos habitantes do Reino do Norte, por causa de Roboão que não lhes ouviu, a provisão futura de Deus para a sua libertação seria o grande filho de Davi que viria. No tempo de seu reinado (reinado de Davi), Israel não se dividiu e dificilmente se dividiria com ele, mas foi com seu filho que foi filho de Salomão, seu filho, que aconteceu a divisão da nação em reinos do norte e do sul.
As primeiras cidades a sofrem com os assírios – 732 a.C., 2 Re 15:29 – foram Zebulom e Naftali, o capitulo 9 já começa com uma palavra de ânimo a essas terras.
O juízo veio e foi necessário, por isso que foram essas cidades tornadas desprezíveis nos primeiros tempos, mas nos últimos, tudo seria diferente. Entre todos os que voltaram do exílio, muitos eram das tribos do norte – I Cr 9:3.
Deus abriria, a partir de uma situação onde anteriormente existiam apenas sombras (24:11; 35:10; 51:3,11; 55:12; 61:7; 66:7), um novo futuro, uma nova oportunidade, para o humilde Reino do Norte que se houvera tão desprezível.
Essa nova alegria seria expressa pelas metáforas da colheita e da vitória nas guerras, como o verso 3 indica a alegria da ceifa e o exultar do repartir os despojos.
O jugo e vara - figuras que representavam a opressão dos assírios (10:77; 14:25; 47:6; Mt 11:29-30) – vs 1 – 4 – tinham assolado e castigado o povo de Deus e agora estavam sendo quebrados como no dia dos midianitas (foi Deus que mandou Gideão lutasse contra os midianitas com um pequeno número de soldados, para que ficasse bem claro que a vitória vinha de Deus e não dos homens).
O ato de queimar todos os apetrechos de guerra – vs 5 - indicava que a ameaça de mais guerra havia cessado (2:4; 9:6-7).
Todos nós andávamos desgarrados, perdidos, em regiões da sombra da morte, em trevas e a grande luz brilhou e resplandeceu e trouxe a alegria.
Isaías indica de que maneira a sombra do exílio seria revertida para o Reino do Norte por meio do nascimento de um menino. Essa criança seria da casa de Davi (v. 7), cuja autoridade os habitantes do norte haviam rejeitado por séculos. Como também os judeus o rejeitariam quando o Messias se manifestasse.
Satanás odiava esse menino e o buscou desde o princípio para o destruir , Ele terá uma excelente oportunidade, mas será pisado em sua cabeça, colocando um fim a sua capacidade de causar danos.
Cinco nomes reais mostravam as supremas qualidades desse grande filho de Davi, garantindo que ele verdadeiramente cumpriria a restauração do Reino do Norte. São nomes que demonstram uma progressão lógica da estratégia para a guerra, para o governo e para a paz. O número cinco que está em seu nome indicam uma mão cheia e plena de poder capaz de governar todo o mundo. Embora todos os filhos fiéis de Davi tenham se esforçado para alcançar esses ideais, o grande filho real dessa profecia não poderia ser outro senão o próprio Jesus Cristo.
A maravilha, o conselho, a força, a paternidade e a paz estariam sob o menino que haveria de vir.
Nesse capítulo, o profeta (segundo as instruções que lhe foram dadas, Isaías 3.10,11) diz aos justos: Tudo irá bem com vocês, mas ai dos ímpios, mal lhes irá. Aqui se encontram: I. Graciosas promessas àqueles que aderirem à lei e ao testemunho,enquanto aqueles que recorrem a espíritos familiares serão arrastados à escuridão; os primeiros verão uma grande luz, um alívio em meio à sua aflição, um tipo da graça do Evangelho.
1. Na doutrina do Messias (Vv. 1-3). 2. Suas vitórias (Vv. 4,5). 3) O seu governo e domínio, como Emanuel (w. 6,7). II. Terríveis ameaças contra o povo de Israel, que tinha se revoltado contra a casa de Davi, sendo dela inimigo. Eles são ameaçados de que seriam levados à completa ruína, que o seu orgulho os humilharia (w. 8-10), que os seus inimigos fariam deles uma presa (Vv. 11-12), que, por causa da sua impenitência e hipocrisia, todos os seus ornamentos e o seu sustento seriam tirados (Vv. 13-17), e ainda que, pela ira de Deus contra eles, e pela sua própria ira uns contra os outros, seriam levados à completa ruína (Vv. 18-21). E isso é um tipo da destruição final de todos os inimigos do Filho de Davi e de seu reino.
As primeiras palavras desse capítulo referem-se claramente ao encerramento do anterior, onde tudo parecia negro e melancólico: Eis problemas, e trevas e escuridão - uma situação muito ruim, mas não tão ruim assim, pois “... aos justos nasce luz nas trevas” (SI 112.4) e “... no tempo da tarde, haverá luz” (Zc 14.7). Apesar disso, não haverá tal escuridão (nem em tipo nem em intensidade) como algumas vezes já houve. Observe que no pior dos tempos o povo de Deus tem um “apesar disso” com que se consolar, alguma coisa para amainar e equilibrar seus problemas. Eles são “... perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.9), “... contristados, mas sempre alegres” (2 Co 6.10). E é motivo de consolo para nós, quando as coisas estão mais obscuras, saber que aquele que forma a luz e cria as trevas (cap. 45.7) tenha indicado a ambas os seus limites, e tenha colocado uma contra a outra (Gn 4.4). Ele pode dizer: Até aqui irão as trevas, até agora durarão, e não além, e não mais tempo.
“ ...Maravilhoso Conselheiro”. O seu povo o conhecerá e o adorará por esses nomes. E, como alguém que responde plenamente a esses nomes, o seu povo se submeterá a Ele, e confiará nele. Ele é “ ...Maravilhoso Conselheiro”. Com razão Ele é chamado Maravilhoso, pois é, ao mesmo tempo, Deus e homem. O seu amor é a maravilha dos anjos e dos santos glorificados; no seu nascimento, na sua vida, morte, ressurreição e ascensão,
Ele foi Maravilhoso. Uma constante série de maravilhas o acompanhava, e, sem controvérsia, grande era o mistério da santidade que o envolvia. Ele é o Conselheiro, pois estava intimamente familiarizado com os conselhos de Deus, desde a eternidade, e Ele dá conselhos aos filhos dos homens, conselhos nos quais Ele procura o nosso bem-estar. Foi por meio dele que o Senhor Deus nos aconselhou (SI 16.7; Ap 3.18).
Ele é a sabedoria do Pai, e foi feito sabedoria de Deus para nós. Alguns unem essas duas características: Ele é o “Maravilhoso Conselheiro”, uma maravilha ou um milagre de conselheiro; nisto, assim como em outras coisas, Ele tem a proeminência; ninguém ensina como Ele.
Ele é o Deus Forte - Deus, o Forte. Assim como Ele tem sabedoria, também tem força, para prosseguir com a sua empreitada. Ele é capaz de salvar ao máximo. E tal é a obra do Mediador, que somente um poder como o do Deus Forte poderia realizá-la.
Ele é o “Pai da Eternidade”, ou o Pai Eterno; Ele é Deus, um só com o Pai, que é de eternidade a eternidade.
Ele é o autor da vida eterna e da felicidade eterna, para todos os seus filhos. Assim sendo, Ele é o Pai de uma eternidade abençoada para eles. Ele é o Pai do mundo que virá (esta é a interpretação da Septuaginta), o Pai do povo do Evangelho, que é colocado em submissão a Ele, e não aos anjos (Hb 2.5). Ele foi, desde a eternidade, Pai da grande obra de redenção. Seu coração se dedicou a isto. Essa obra foi o produto da sua sabedoria, como Conselheiro, e do seu amor como o Pai da Eternidade.
Ele é o “Príncipe da Paz”. Como Rei, ele preserva a paz, ordena a paz, ou melhor, ele cria a paz no seu reino. Ele é a nossa paz, e é a sua paz que protege os corações do seu povo e os governa. Ele não é apenas um príncipe pacífico que tem um reino pacífico, mas Ele é o autor e o doador de todo o bem, de toda aquela paz que é a bênção presente e futura de seus súditos.
III. Resumo dos títulos de Jesus
Nasceu refere-se à humanidade do Filho, e deu, à Sua divindade. Maravilhoso, Conselheiro é um título único e significa maravilhoso conselheiro divino (Is 11.1-5). Deus Forte indica que Deus é um Guerreiro poderoso (Is 10.21). Pai da Eternidade fala do Rei Pai que alimenta e protege Seu povo eternamente (Is 40.9-11; Mt 11.27-30). Assim, a palavra Pai é empregada em referência ao papel do Salvador como Rei ideal. A descrição culmina com o título Príncipe da Paz (Is 2.4; 11.6-9; 53.5; Lc 2.13,14; Rm 5.1). O Filho é o verdadeiro Príncipe, aquele com direito a reinar e que prenunciará a paz. Os quatro pares de nomes conjugam aspectos da divindade e da humanidade de Jesus. Juntos, eles asseveram a dupla natureza do Salvador. Ele é Deus feito homem.
Nos tempos bíblicos, muitas vezes, o nome escolhido procurava expressar a expectativa da família em relação àquela pessoa. Ex.: Salomão: O pacífico (ou, O pacificador), aquele que viria para pacificar o seu povo. O texto de Isaías 9.6 faz algo ainda mais profundo. Dá ao Messias Prometido “nomes” que são Adjetivos (isto é, qualidades).
O seu nome será:Maravilhoso conselheiro
Conselheiro é aquele que orienta, incentiva, corrige, busca o bem do outro. Pv 19.21, diz: “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do Senhor permanecerá”. Sl 33.11: “O conselho do Senhor permanece para sempre; os intentos do seu coração, de geração em geração”.
Maravilhoso é aquilo que encerra em si maravilhas, que causa admiração. Em Marcos 7.37 o povo confirma essa profecia: “O povo ficava simplesmente maravilhado e dizia: ‘Ele faz tudo muito bem. Faz até o surdo ouvir e o mudo falar’”.
Juntando essas duas qualidades e teremos: Conselheiro Maravilhoso. Esse é Jesus! Aleluia. Busquemos os seus maravilhosos conselhos em todos os nossos momentos, Ele mesmo nos diz: “Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento, minha é a fortaleza” (Pv 8.14).
Os escritores do Antigo Testamento usavam essa expressão para falar dos atos de Deus, que o homem não pode entender. O termo “maravilhoso” (pala’, em hebraico) aparece cerca de 70 vezes no Antigo Testamento. O verbo é encontrado pela primeira vez em Gênesis, quando Deus promete um filho a Abraão, e de repente, Sara começa a rir da promessa de Deus: “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil (maravilhoso)? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho” (Gn 18.14).
Mas o que isso significa? Jesus é aquele cujos planos, objetivos, projetos e decretos para o Seu povo são maravilhosos.
- O Maravilhoso Conselheiro se importou com o sofredor
Sendo o Maravilhoso Conselheiro, Cristo sofreu com o sofredor. Ele experimentou o sofrimento e as lutas do homem. Ele se compadece de nós. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15). Cristo mostrou que Deus não abandonou sua criação, deixando-a só, em dor. Deus demonstrou que ele se importa e se compadece do homem em suas lutas e dores da vida. O próprio Jesus as lutou e as suportou. E tudo, sem pecado, a fim de representar os escolhidos de modo perfeito!
Como conselheiros, devemos chorar com os que choram, sofrer a dor do nosso próximo. Devemos nos importar com as lutas dos nossos aconselhados, nos compadecer deles.
Certamente as lições apresentadas aqui não exaurem o tema. Porém, mais importante do que tentar cumprir a tarefa impossível de exaurir qualquer tema a respeito de Cristo, é reconhecer que Ele é, ainda hoje, o Maravilhoso Conselheiro. Ele continua a se importar com o sofredor. Ele continua a trazer graça ao pecador. Ele continua a nos revelar o Pai. Ele continua a nos instruir na verdade. Ele continua a interceder pelos seus. Ele continua a amá-los e o seu sacrifício para sempre servirá para a remissão dos pecados daqueles que depositam nele a sua fé, concedendo-lhes vida eterna. E é essa vida abundante com Deus que celebramos no Natal—porque o Maravilhoso Conselheiro veio até nós, podemos ter a certeza de que estaremos para sempre com ele.
- O Maravilhoso Conselheiro trouxe graça ao pecador
Jesus comeu com pecadores. Ele frequentou a casa de pecadores. Ele andou com pecadores. Tudo isso por que ele veio salvar pecadores. Nisso se viu a sua graça, não somente que ele conviveu com pecadores, mas no fato de sua presença gerar transformação de vida. O cobrador de impostos passou a restituir o que havia tomado impropriamente e a ser generoso. A prostituta passou a viver uma vida de pureza. Pescadores comuns passaram a ser pescadores de homens, a ponto de darem suas vidas por essa missão. Mas o passo inicial da graça foi quando ele se fez presente em meio a pecadores.
Como conselheiros, devemos andar lado-a-lado com pecadores, apontando sempre para a graça que transforma, a mesma que tem nos transformado, conselheiros são “pessoas que precisam ser transformadas ajudando pessoas que precisam de transformação”. “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16).
Hoje, as pessoas clamam por orientação e sabedoria. As pessoas buscam orientação para seus problemas através de psicólogos, psiquiatras, analistas e em livros de autoajuda, e muitos, não encontram!
Todavia, quando você lê a Palavra de Deus, o profeta Isaías declara que existe um Conselheiro Maravilhoso, Jesus Cristo, o Filho de Deus. O Conselheiro perfeito. Aquele que conhece tudo, um Conselheiro que realmente conhece todas as coisas. Você não gostaria de ter um conselheiro assim?
Ele sabe tudo sobre você, Ele conhece todas as necessidades do seu coração, Ele sabe como responder a essas necessidades, Ele sabe o que é melhor para você, Ele sabe como resolver os seus problemas. Ele sabe o que você realmente precisa. Além disso, Ele está sempre disponível, Ele nunca abandona você. Ele está o tempo todo disponível para aconselhá-lo em todos os momentos de sua vida.
Que criança é essa? Ele é o Maravilhoso Conselheiro!
O seu nome será: Deus Forte
Neste mundo caótico em que vivemos, ter uma Rocha onde firmar os pés, ter um protetor e um consolador, é maior graça que podemos alcançar.
Isaías mesmo, no capítulo 26.4, diz: “Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna”.
O poder de Deus é absoluto e não há nada impossível para ele (Mt 19.26). Ele é capaz de fazer muito além do que pensamos. Por meio dele, Jesus venceu a morte na cruz para trazer vida, perdão e salvação a toda humanidade. O Deus Forte fortalece o homem pela força que pertence apenas ao Senhor Jesus. Não é à toa que em Jl 3.10 diz: “Que o fraco diga: ‘Eu sou forte’” .
Jesus cura uma mulher enferma
Em Mc 5.24-32 é narrada a história de uma mulher que por 12 anos sofreu com hemorragia crônica e gastou tudo o que tinha com médicos. Havia tentado todas as coisas e podia até ter se tornado uma cética. Então ouviu falar de Jesus. A sua maneira de abordá-lo foi inusitada. Ela veio por trás e tocou a orla da veste de Jesus, talvez desejando que ninguém, nem Jesus, a notasse. Jesus parou bruscamente e perguntou quem o havia tocado. Os discípulos achavam que foi apenas o aperto da multidão, mas Jesus sabia que dele havia saído poder. Vendo que não poderia mais esconder-se, a mulher se ajoelhou perante Jesus e contou toda a verdade.
Ele, o Deus Forte, não apenas curou a enferma fisicamente, mas também curou sua alma e lhe concedeu perdão e salvação, por meio de sua misericórdia e graça.
O seu nome será :Pai da Eternidade
Uma das coisas que mais causa angústia nas pessoas é a certeza de que vão morrer, não só em razão do momento da morte (que todos têm medo), mas, também, pelas incertezas do pós-morte (Existe mesmo céu e inferno? Como é lá? Para onde irei?).
Jesus é o Pai da Eternidade. Ele é Eterno (Sl 90.2). Ele “gerou” a Eternidade. Ele nos convida para passar a Eternidade com ele. Jo 3.36 diz: “Quem crê no Filho [já] tem a vida eterna”. Receba a Cristo em seu coração e entre nesta vida eterna.
Jesus quando veio na terra como homem, Ele cumpriu a lei, amou o próximo, salvou o homem do pecado, e deixou bem claro que realmente é o Filho de Deus.
- Vendo o Pai no Filho.
João 14 relata que certa feita Jesus estava ministrando aos seus, tratando sobre sua ascensão ao céu, e a sua volta para buscar seu povo e Tomé lhe questiona sobre qual era o caminho que devia seguir e Cristo lhe respondeu que Ele mesmo é o caminho que leva o homem ao Pai.
Jesus traz uma afirmação extremamente importante, dizendo que, se o conhecessem, também conheceriam o Pai, então vem o comentário de Filipe que foi fundamental para identificarmos quem realmente é Jesus.
Filipe pede para ver o Pai, e Jesus lhe responde:
"Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?", Jo 14.8-9
Os pais da Igreja perceberam também que, além das construções tripartidas, do relacionamento intratrinitariano e histórico-salvífico revelado nas Escrituras Sagradas, havia ainda as construções bipartidas que identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e o Filho aparecem no mesmo nível de divindade (Gl 1.1; 1 Tm 6.13; 2 Tm 4.1). Essas expressões bipartidas provam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância, mas são diferentes na forma e na função, não em poder e majestade. Veja o seguinte exemplo: "Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1.7). Os primeiros cristãos não precisavam de explicações adicionais para compreender a divindade de Jesus em declarações como essas (2 Pe 1.1).
Jesus estava na Criação de todas as coisas.
"Ele estava no princípio com Deus.Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.", Jo 1.2-3
João escreve no capítulo primeiro sobre o Verbo que era Deus e que estava com Deus, trazendo uma referência sobre a Trindade, definindo Cristo como Deus e que também estava com Deus, e que Jesus estava na criação de todas as coisas, e sem Ele nada existiria.
Essa referência nos faz entender que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo realmente são a mesma essência, ou seja, Deus.
O Verbo de Deus (Jo 1.1).
O "Verbo" é a Palavra, do grego Logos. O termo "Deus" aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao Pai: "e o Verbo estava com Deus". Aqui temos uma indicação do relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da fundação do mundo. A preposição grega pros, usada para "com" nessa segunda cláusula, diz respeito ao plano de igualdade e intimidade, face a face, além de mostrar a distinção entre o Pai e o Filho, um golpe mortal contra o sabelianismo. A segunda referência,"e o Verbo era Deus", aponta para o Filho. Não se trata de acréscimo de mais um Deus aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que o Verbo divino está incluído na essência una e indivisível da Deidade, embora seja Ele distinto do Pai (Jo 8.17,18; 2 Jo 3). Da mesma forma, o apóstolo Paulo transmitiu essa verdade, ao dizer que "para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1 Co 8.6). Trata-se do monoteísmo cristão.
O seu nome será Príncipe da Paz
Quanto aos outros: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fp 4.7).
Primeiro precisamos compreender a função de um príncipe em um reinado. O rei tem a função de governar todo o reino, mas o príncipe, que está sendo preparado para ser rei, pode já fazer um papel de mediador em uma província quando necessário. O rei governa um todo, mas o príncipe pode representar o rei em algumas tarefas. Jesus não é o Rei da Paz, mas o Príncipe da Paz, o Príncipe da Vida: "E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados" (At 3.15, 5.31).
Jesus em sua primeira vinda não veio para reinar, mas para mediar a paz entre os homens e Deus; e isto não entendeu a nação de Israel: "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis" (Cl 1.20-22; Hb 2.10).
Deus é o criador de todas as coisas, e reina sobre tudo (Salmos 103.19). Mas o homem se rebelou contra o seu criador. Os homens se tornaram seus inimigos, e para que o homem não perecesse, Ele enviou o seu Filho: o Príncipe da Paz, para fazer a reconciliação conosco: "Porque ele é a nossa paz..." (Ef 2.14).
Jesus é o Príncipe da Paz. Ele é o testemunho da boa vontade de Deus para com os homens. Jesus Cristo é o príncipe enviado pelo rei para buscar a paz com os homens (Lc 2.12-14). Deus enviou Jesus em paz; Ele é o Príncipe da paz. O Príncipe da Paz veio mediar a nossa paz com Deus, e agora vem ser a nossa paz: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33).
Agora a paz com Deus não é um estado ou uma circunstância; Também não é a paz que o mundo dá, mas uma Pessoa: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27). Agora o Príncipe da Paz vive em nós, e nos leva a viver em paz com Deus (Rm 5.1-2).
Jesus veio como o Príncipe da Paz; Ele veio mediar a nossa paz com Deus; mas um dia, o seu Pai, o Rei dos reis, lhe dará o reino, e Ele reinará para todo o sempre (Ap 11.15-17). "Por amor da verdade que está em nós, e para sempre estará conosco: Graça, misericórdia e Paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor" (2 Jo 1.2-3). O Reino de Deus está em nós (Lc 17.21), e é um Reino de Paz. Bendito seja o nosso Príncipe da Paz: Jesus.
Jesus é o maior e mais excelente personagem da História. Não é fácil descrevê-lo, não tanto por falta de dados e informações, mas por causa de sua grandeza, de sua personalidade singular e de seu caráter inigualável. Não poderia ser diferente. “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência ” (Cl 1.16-18).
Quero agradecer aos internautas por ter participado de mais esta série de conferência. A té breve na Paz do Senhor Jesus.
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