Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!




Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Profeta Isaías 9.6 b que nos diz:


...e o principado está sobre os seus ombros...



Nós estamos de volta, dando sequência a mais uma série de conferências. Desta feita falando sobre os cinco  títulos conferidos ao Senhor Jesus, de acordo com a Palavra de Deus.  

No primeiro seguimento fizemos 


  • Introdução 
  •  Deus doou o seu filho. 
e agora falaremos sobre:Deus deu o principado a Jesus



I. Análise preliminar do texto.


 Principados e potestades significam basicamente a mesma coisa. São referências a seres espirituais que podem ser bons ou maus, ou seja, podem se referir tanto a anjos de Deus como a demônios. São seres espirituais de proeminência no mundo espiritual.

Quando fala do domínio principesco, Isaías está se referindo ao futuro Reino de Deus, em que o próprio Jeová colocou seu Filho, seu Príncipe, como Rei da Terra inteira.

Em breve, sob esse domínio principesco, a Terra será transformada num paraíso.

A história de Israel (e da humanidade) desde a queda de Adão e Eva foi guiada pela esperança da redenção. Separados de Deus por causa do pecado (Rm 3.23), os homens não conseguem fazer nada que diminua a sua distância em relação ao Criador. Somente um menino, nascido de mulher, poderia trazer a comunhão perfeita entre o homem e Deus novamente. E esse menino foi prometido por longos dias até sua chegada.

Deus iniciou a consumação de nossa salvação enviando a nós um pequeno menino, nascido de uma virgem, conforme indicava a profecia (Is 7.14). E um fato interessante, é que o Senhor afirmou que o principado estava sob seus ombros, isto é, Ele teria autoridade para reinar.

Parece estranho, mas o Senhor claramente colocou a autoridade sobre os ombros do Deus menino. Por Sua soberania, Nosso Pai escolhe a quem quer para realizar os seus santos propósitos com a humanidade. O Natal é a certeza de que Deus faz uso das coisas que não são, para confundir as que são.

Isso se aplica a você. Não importa o seu passado, que tristes caminhos você trilhou para chegar até aqui. O importante é saber que, com Jesus, você pode fazer grandes coisas para nosso Deus e Pai.


II. Visão panorâmica

Desde quando o Senhor Jesus Se revelou à humanidade por intermédio do Seu nascimento, o Pai colocou o governo sob Seus ombros. Isso quer dizer que cabe a Ele dar as diretrizes, normas e princípios que vão reger as vidas das pessoas e instituições e atuar de maneira que a vontade de Deus, o Criador de todas as coisas, seja estabelecida.
Embora a vontade de Deus seja a de que o mundo seja governado pelo Senhor Jesus, Ele respeita a vontade humana, aquilo que chamamos de livre arbítrio. Por isso, Deus permite que o ser humano faça as suas escolhas e determine seus destinos. Essa é a principal razão da infelicidade das pessoas. Normalmente não sabem escolher e decidem influenciadas pelo diabo que, como ladrão, nas palavras do Senhor Jesus “vem para roubar, matar e destruir”. (Jo 10.10)
A presença de Cristo, a unção do Espírito Santo e o poder da Palavra de Deus são as armas que o Senhor tem colocado nas mãos daqueles que crêem nEle, para, não somente executarem a Sua vontade, como também serem testemunhas, levando as pessoas a compreender o verdadeiro significado das suas vidas.
Deus quer governar o mundo. É isso o que a Bíblia diz quando fala da construção do Reino de Deus e de um mundo de justiça e paz. Entretanto, na prática, quem tem exercido o domínio sobre muita gente é o diabo. Foi isso o que disse o Senhor Jesus ao anunciar a descida do Espírito Santo: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado”. (Jo 16.8/11)
Felizmente sabemos que o diabo já está julgado. Isso quer dizer que sua sentença já está anunciada e sua condenação é certa. Ele não tem mais poder sobre aqueles que andam com Jesus. Seu poder é limitado aos que não fazem a vontade de Deus. Por isso Ele ainda domina sobre este mundo.
O governo da humanidade está sob os ombros do Senhor Jesus, mas só será pleno quando as pessoas O reconhecerem como O Senhor de tudo e de todos e se deixarem guiar por Ele. É por isso que o povo evangélico deste país tem de se conscientizar da sua importância como mensageiro da vontade Deus.
É certo que nosso Pai quer governar em primeiro lugar as nossas vidas em toda a nossa intimidade, mas também é verdadeiro que Ele deseja exercer o Seu domínio sobre todos os povos e nações. E isso, para a glória de Deus, depende de nós.

Emanuel, o “Deus conosco”, foi prometido como a nova aliança entre os pecadores e o Deus santo, altíssimo e soberano. Em diversas passagens do Antigo Testamento, a vinda do menino é profetizada. Vamos relembrar algumas delas.


1. As profecias sobre o nascimento do Messias 


O menino foi predito como filho de Davi, ou seja, seria da descendência do rei mais importante de Israel. Entretanto, o reino instaurado por esse nascido não teria fim (1 Cr 17.11-14). Além disso, a vinda do menino seria por meio de uma concepção sobrenatural de uma virgem (Is 7.14), em Belém (Mi 5.2). O Cristo de Deus não teria beleza e nem aparatos nobres para que atraísse os outros para si (Is 53.2).

 2. As profecias sobre a missão do menino


Na história do pecado original de Adão e Eva, um menino é prometido como aquele que derrotaria Satanás, pisando na cabeça da serpente (Gn 3.15). Ele seria, e é, o novo pacto por parte de Deus com os homens perdidos (Jr 31.31-33). Esse menino, embora inocente (Zc 9.9), seria traído (Zc 11.12), traspassado (Zc 12.10), morto de cruz para ser, no final dos tempos, glorificado por todas as nações.



  A vinda de Jesus foi anunciada e predita por muitos profetas no Antigo Testamento. A expectativa do nascimento do Filho do Homem foi compartilhada por diversos homens e mulheres na história. E Jesus veio, enviado pelo Pai na “plenitude dos tempos” (Gl 4.4), isto é, no momento oportuno, para redimir a todo aquele que crê no seu nome. Você já agradeceu a Deus hoje por fazer parte dessa linda história de redenção? Além de agradecer, não deixe de compartilhar essa Boa Nova com aqueles que não conhecem a Jesus.


III. O significado de principados e potestades

Principados e potestades são termos utilizados na Bíblia para se referir tanto a reis e governantes que estão em posição de autoridade como a anjos e demônios, isto dependendo do contexto de cada passagem. Neste estudo bíblico entenderemos um pouco mais sobre o que significa “principados e potestades” e sua aplicação no texto bíblico.
Essa expressão significa “sustentar”, “aquele que leva”, “mantenedor”.
Principado é o território de um príncipe.
Ele é o Príncipe da Paz!
Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Isaías 53:4
para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou {sobre si} as nossas enfermidades e levou as {nossas} doenças. Mateus 8:17
Pelo que lhe darei a {ou o quinhão dos grandes} parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. Is 53:12
A expressão “principados e potestades” é utilizada em diferentes contextos no Novo Testamento. Escrevendo a Tito, o apóstolo Paulo utilizou essa expressão para se referir aos reis e governantes que os cristãos devem se submeter devido à autoridade que exercem (Tt 3:1). O mesmo conceito também aparece na Carta de Paulo aos Romanos, quando mais uma vez o apóstolo se referiu à importância do cristão respeitar as autoridades (Rm 13:1-7).
No entanto, o apóstolo Paulo também utilizou a expressão “principados e potestades” para se referir a anjos (Ef 3:10; Cl 1:16; cf. 1Pe 3:22) e demônios (Ef 6:12; Cl 2:15).
Em Efésios 6:12 somos alertados que nossa luta, em primeiro lugar, não é contra os homens que são movidos e dominados pelo pecado, mas contra “os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais”.
Já em Colossenses 2:15 temos a maravilhosa notícia de que nossa vitória está garantida porque Cristo despojou os principados e potestades e publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre esses poderes malignos na cruz. O resultado disto é que nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8:38).
Antes, no mesmo capítulo 3 de Colossenses, Paulo ensina que por estarmos unidos com Cristo, n’Ele estamos aperfeiçoados, ou seja, não precisamos de mais nada para nos completar pois Cristo é a fonte que fornece tudo o que precisamos para esta vida e para a vida futura na eternidade, e que seria uma enorme tolice recorrer a principados e potestades, pois encontramos a plenitude naquele que é “o cabeça de todo o principado e potestade”.
A melhor interpretação para essa última colocação de Paulo sugere que à parte de Cristo os anjos bons nada podem fazer para auxiliar os crentes, e principalmente por causa d’Ele o mal não pode fazer dano ao verdadeiro cristão. Cristo é o supremo Soberano sobre tudo e sobre todos.
Ainda em Colossenses 1:16, Paulo escreveu dizendo que em Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele”. Com isto o apóstolo estava enfatizando que Cristo é o Senhor sobre tudo o que existe, inclusive sobre a hierarquia angélica que os cristãos de Colossos pensavam que precisavam adorar devido ao ensino de falsos mestres.
Em outras palavras Paulo está dizendo que nenhum ser angelical tem poder fora de Cristo, nem mesmo podem existir sem Ele, e com relação a nossa salvação toda suficiência está em Cristo.
Em Efésios 3:10 o significado de “principados e potestades” é bastante discutido, sendo que alguns comentaristas entendem que essa é uma expressão neutra que se refere aqui principalmente aos anjos de Deus, mas não exclui os anjos caídos, enquanto outros entendem que se trata exclusivamente de anjos bons. Por fim, há outros que defendem que se trata apenas de anjos maus. Particularmente penso que o contexto favorece a interpretação de que a expressão “principados e potestades” neste caso se refere aos anjos de Deus, diferente de Efésios 6:12 onde a referência é claramente aos anjos caídos.
Já em Efésios 2:2 a expressão “príncipe da potestade do ar” é aplicada para se referir a Satanás. Em 1 Coríntios 15:24 Paulo faz menção à profecia messiânica em Sl 110:1 ao enfatizar que a obra da redenção alcançará sua plena realização quando Cristo tiver “destruído todo principado, bem como com toda potestade e poder”.
Em 1 Pedro 3:22 encontramos uma expressão semelhante quando o apóstolo Pedro enfatiza a posição exaltada de Cristo à destra de Deus, “ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes”.
Assim, de forma geral podemos concluir que a expressão “principados e potestades” geralmente é aplicada no Novo Testamento para se referir à hierarquia e ao poder que existe entre esses seres espirituais, tanto os bons quanto os maus, sendo que o contexto indicará qual a melhor designação.


IV. O principado está sobre os ombros de Jesus



1. O significado do termo ombro na Bíblia

No hebraico há dois vocábulos envolvidos; no grego, um:
1. Katheph, “ombro”. Palavra hebraica usada por vinte e duas vezes. Para exemplificar: Êx 28:7,12, 25; Nm 7:9; Dt 33:12; Is 11:14; 30:6; Ez 12:6,7,12; 34:21; Zc 7:11.
2. Shekem, “ombro”. Palavra hebraica usada por dezessete vezes. Por exemplo: Gn 9:23; 21:14; 24:15,45; Êx 12:34; Js. 4:5; Jz 9:4; I Sm 9:2; 10:23; Sl 81:6; Is 9:4,6; 22:22.
3. Õmos, “ombro”. Vocábulo grego usado por duas vezes: Mt 23:4 ; Lc 15:5.
Essa palavra é usada na Bíblia tanto em sentido literal quanto em sentido figurado. Em ambos os casos, o ombro usualmente aparece como aquela parte do corpo humano onde algum peso é transportado. Isso é natural, porquanto é a única porção do corpo humano com uma área horizontal apreciável. A outra porção conveniente é o alto da cabeça. Muitos povos se acostumaram a levar, também, cargas sobre a cabeça. No interior de muitos estados nordestinos, no Brasil, há pessoas dotadas de uma incrível capacidade de equilíbrio sobre a cabeça, onde carregam as mais variadas cargas.
Os antigos transportavam objetos pesados sobre os ombros (Gn 21:14). O pastor que encontrou a sua ovelha perdida (Lc 15:5) é retratado a transportá-la nos ombros. Há nisso um reflexo do lindo relacionamento entre Deus e os seus filhos, segundo se percebe em Deuteronômio 33:12. Ambos os trechos bíblicos (Dt 33:12 e Lc 15:5) ilustram o estado humano de dependência a Deus, sobretudo no aspecto de como resolver o seu pecado pessoal.
Figuradamente, os ombros usualmente indicam a atitude de submissão, sem importar se diante de uma carga inesperada ou diante de uma responsabilidade assumida voluntariamente. Mateus, ao referir-se às leis desnecessárias, impostas pelos fariseus sobre os judeus em geral, em vez de entregarem a questão aos cuidados de Deus, diz que Jesus comentou: “Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23:4). Isaías relaciona a promessa do Senhor de que o jugo assírio seria quebrado, com a idéia de que esse jugo seria tirado de cima dos ombros de seu povo (Is 14:25). Os primeiros sacerdotes de Israel foram instruídos a usar, entre outras peças de seu vestuário especial, uma estola sacerdotal sobre os ombros, na qual havia duas pedras gravadas com os nomes de seis tribos em cada uma. Uma pedra ficava sobre o ombro esquerdo e a outra sobre o ombro direito (Êx 28:1-12). Isso significava que os sumos sacerdotes eram os responsáveis pela vida espiritual do povo de Israel. Finalmente, falando em termos proféticos acerca do Messias, Jesus de Nazaré, Isaías referiu-se à responsabilidade que ele teria de julgar, quando escreveu: “...o governo está sobre os seus ombros...” (Is 9:6).
2. O ombro de Jesus é poderoso para sustentar
Através da história de Abraão traço um paralelo sobre o amor de Deus. Não somos amados por Ele por causa de méritos próprios, nem chamados por igual motivo. É a graça e a misericórdia de Deus que nos sustenta nas partidas e chegadas no doloroso caminho do crescimento espiritual. É a natureza de Deus que nos capacita no relacionamento pessoal comparado ao de Pai para com seus filhos.

Deus  nos sustenta por inteiro! O Salmo 68:5 diz “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus Pai no seu lugar Santo”. Pai se traduz em 'ab (Strong 01) significando Provedor, Criador, Produtor.

Deus é o Pai  que provê a vida, a força e até mesmo a geografia. Ele conhece os limites da terra e os limites do homem, Ele produz o caminho e o caminhar. Ele está a nos cobrir com o céu e a nos amparar nos centímetros dos passos.

Somente um Pai como Deus  nos abriga em Seus ombros nos momentos imprevisíveis e dolorosos como lutos,  perdas,  decepções. Sem o significado dado por Deus a palavra Pai, ela seria apenas mais uma nomenclatura. Contudo, é a essência do nome que lhe confere as honras e as virtudes. Um pai que não reflete a condição de provedor nega o propósito de Deus.

Que nesse dia dos pais todas as famílias encontrem motivos de regozijarem-se no Senhor pelo simples e grandioso fato de reconhecerem que Deus é a fonte da vida de toda bondade (Tg 1:17). É Ele que nos sustenta em Seus ombros para nos movermos nos Siquéns da vida.

3. A  arca nos ombros !

Êxodo 37:1-5 “Fez também Bezalel a arca de madeira de acácia; o seu comprimento era de dois côvados e meio, a sua largura de um côvado e meio, e a sua altura de um côvado e meio. Cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora, fez-lhe uma moldura de ouro ao redor, e fundiu-lhe quatro argolas de ouro nos seus quatro cantos, duas argolas num lado e duas no outro. Também fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; e meteu os varais pelas argolas aos lados da arca, para se levar à arca.”

A arca era uma caixa retangular que media 1,14m de comprimento por 68,58cm de largura. Feita em madeira de acácia  coberta de ouro por dentro e por fora, havia uma borda de ouro rodeando sua parte superior, anéis de ouro nos quatro cantos, e varas de madeira cobertos por ouro para que pudessem carregá-la. Havia uma tampa para a arca da aliança, feita de ouro puro, era o propiciatório. A palavra hebraica traduzida "Propiciatório" significa "o lugar onde a propiciação é feita". Propiciação significa apaziguar ou aplacar a ira ou alguém irado.

Êxodo 25:18 ao 21 "Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; um querubim, na extremidade de uma parte, e o outro, na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão deles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório. Porás o propiciatório em cima da arca;" )



Há três passagens no Novo Testamento que falam do propiciatório de ouro fino sobre o qual Deus habitava no Tabernáculo. A consideração destas três referências é muito esclarecedora.

A primeira referência é :  Romanos 3:25 e 26, “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.”

A segunda referência esta em :  I João  2:2  “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo mundo.”

A terceira passagem esta em :  I João 4:10 que diz, “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.”

Resumindo as três passagens aprendemos que: Cristo é o propiciador (intercessor, aquele que aplaca a ira, que apazígua) para o pecador ser tornado “propício” (ou, tornando ser favorável) a Deus, e, pelo sangue de Cristo Deus é feito “propício”, ou seja, tornado favorável para com o pecador. Cristo, sendo o nosso substituto, assumindo os nossos pecados, expiando-se pela nossa culpa “cobriu” todos aqueles que se arrependem e crêem n’Ele pela fé. Por Cristo ser a propiciação dos nossos pecados a ira de Deus contra nós é eliminada ou aplacada. Interessante que em cada extremidade da arca, estavam dois querubins de ouro, um de frente para o outro, com seus olhares dirigidos ao propiciatório. As suas asas se tocavam mutuamente, estendidas para cima.

A arca era um elemento do Tabernáculo. Era considerado como o trabalho de maior relevância feito para representar a presença de Deus no meio ao Seu povo. Os sinais encontrados na arca representam ministérios e apontam para o profético e o messiânico. A grande responsabilidade que temos em nossos dias em transportarmos ou levarmos a Arca do Senhor é muito grande, até por que a arca sempre foi a representatividade da presença do Senhor no meio de seu povo. Isto quer dizer que eu sou um transportador desta gloriosa presença. Antes porem vamos analisar o que a Arca representava para o povo de Deus fazendo uma analogia com  a nossa vida cristã em nossos dias.

Os filhos de Coate não tinham carros para transportar a carga do tabernáculo. A família de Gérson transportaria as coisas mais leves do tabernáculo e por isso precisavam de “dois carros e quatro bois” (Números 7:7).
A família de Merari transportaria as coisas mais pesadas do tabernáculo e a eles foi dado “quatro carros e oito bois” (Números 7:8).

A razão pela qual a família de Coate levaria a carga sem carros e sem bois era porque eles transportariam a carga sagrada que estava dentro do lugar santo e do lugar santíssimo “sobre os ombros”.

Observe que todas estas famílias tinham que fazer um trabalho, uns mais leves outros mais pesados, mas todos tinham que dividir se no trabalho de mover o tabernáculo de um lugar para o outro.

Há cargas sagradas que só os ministros de Deus, homens e mulheres podem carregar, e não a podem transportar com carros e bois, mas sobre os ombros. Todos nós temos a responsabilidade de levar cargas e fazer o trabalho que Deus nos ordenou.

4. Deus Está Buscando Crentes Com Ombros De Oração

A . O diabo busca crentes religiosos, que sejam apáticos à oração. Muitos crentes se encontram sem tempo para orar.
a. O diabo gosta disso. Temos que orar para que nós sejamos cristãos com ombros fortes de oração.

B . Ore muito ou ore pouco, o importante é que entres na presença de Deus e tenhas um encontro com ele.

C . O apóstolo Paulo no livro de Efésios capítulo 6:18 nos diz: “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito.”
a. A segunda arma defensiva do crente é a oração.
b. Com nossa oração vencemos o diabo e os demônios quando a empregamos para repreendê-los e resisti-los. Nela nos apoiamos para fortaleza.

D . Sem a oração não podemos ser crentes vitoriosos. Se perdermos os ombros da oração vamos perder nossas forças espirituais.
5. Deus Está Buscando Crentes Com Ombros De Santidade



A . Em 1 Samuel 9:2 lemos: “Este tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo povo.” Saul era belo e sumamente alto. Os crentes manifestam e destacam sua santidade. Precisam ser altos em sua vida moral e ética. Tem que ter estatura em seu caráter santificado. Na vida privada o em público se verá que dos ombros para cima sobressai a todo povo.

B. Deus está dizendo não percas teus “ombros de santidade”. Sem ombros de santidade diremos como Sansão: ”... ir-se ia de mim a minha força e me enfraqueceria e seria como todos os homens” (Jz 16:17).

C. Logo lemos que Sansão se tornou o crente caído, o homem natural, já que sem o Espírito Santo somos naturais e comuns: ”... e começou a afligi-lo, e retirou se dele a sua força” (Juízes 16:19), e quando despertou a “kriptonita” do pecado lhe tirou as forças. A Dalila que o havia tentado, o mortificava, o molestava e ria-se dele.

D. Assim é o inimigo das almas quando um filho de Deus se deixa cortar com a tesoura do pecado. 5. Sansão porque perdeste teus “ombros de santidade”?


6 . Deus Está Buscando Ministros Com Ombros De Integridade

A . Deus ama a integridade de caráter naqueles que lhe servem. No Salmo 33:1 diz: “Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois aos retos convém o louvor”.

B . O cristão com ombros de integridade é reto, é exemplar é honrado. A integridade de Jó se resume nesta pergunta de Deus a Satanás: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal.” Jó 1:8.

C. Precisamos de crentes nestes tempos de falta de caráter com ombros de integridade, que sejam crentes de uma só palavra.

D. Homens e mulheres de Deus que não sejam mentirosos, caluniadores, adúlteros, fornicários, homens e mulheres que dentro e fora da igreja mantém sua integridade a Deus.


7 . Deus Está Buscando Crentes Com Ombros De Amor

1. Deus está buscando ombros de amor. Crentes que através dele flua o amor aos perdidos, seu amor pelos fracos, seu amor pelos afligidos... Pessoas que sejam comunicadoras do amor.

2. O sacrifício de Jesus Cristo no Calvário foi rotulado com o sangue do amor.
Deus está buscando ombros que possam levar as cargas da pregação; das missões, do ensino, do pastorado, a carga de servir a Igreja. Ele te diz hoje: “dá-me teus ombros”




V. O Poder e a autoridade de Jesus


É digno de nota que, antes de Jesus comissionar seus discípulos em Mateus 28.18-20, ele asseverou a sua autoridade para fazê-lo. Havendo realizado a obra da redenção, ele antecipou sua ascensão e coroação, aquele ponto em que ele haveria de se assentar à destra do Pai e receber o nome que está acima de todo nome nos céus e sobre a terra (Ef 1.20-23).

Autoridade é o direito de governar, de mandar, de exercer domínio. A palavra grega exousia, traduzida para o português como autoridade em Mateus 28.18-20, literalmente significa “aquilo que emerge do ser”. É o direito de governar que emerge das presentes condições (estado de ser) ou da relação em que alguém se encontre. Um pai tem o direito de governar em virtude da relação ordenada por Deus que o pai tem com seu filho. Jesus tem o direito de governar em virtude do seu presente estado de ser, ou condição, como aquele que venceu o pecado, a morte e o inferno.

Assim, antes de o Senhor Jesus comissionar os seus discípulos, ele asseverou a sua autoridade para fazê-lo. Eis aqui a reivindicação de autoridade universal e ilimitada. Devemos notar primeiro a fonte de sua autoridade: ele a recebeu de seu Pai. Em seu estado de humilhação (a sua vida terrena antes da ressurreição), ele possuía autoridade, mas havia voluntariamente limitado o seu exercício. Contudo, em algumas ocasiões ele a asseverou com grande poder.

Durante o seu ministério, a sua autoridade era manifestada no modo do seu ensino (Mateus 7.29), ao assegurar o perdão de pecados (9.6), ao acalmar o mar (8.26), ao curar toda sorte de enfermidade e doença (9.35), ao expulsar demônios (12.22) e ao obter a vitória sobre a própria morte (João 11.43).

Mas todos esses exercícios de autoridade não eram senão manifestações pálidas da autoridade ilimitada e universal que lhe foi devolvida pelo Pai em sua exaltação. Agora Jesus reivindica “toda autoridade no céu e na terra”. E, depois, o apóstolo Paulo escreve aos Filipenses, dizendo que agora Deus o Pai “exaltou sobremaneira” o Filho, de modo que ao seu nome “todo joelho se dobrará”. Todas as coisas foram colocadas sob sua autoridade (Fp 2.9-10).

Certamente, Jesus, sendo o eterno Filho de Deus, tem autoridade em si mesmo. Ele possui autoridade, segundo a sua divindade, juntamente com o Pai e o Filho. Ele, juntamente com o Pai e o Espírito, é o soberano criador e sustentador de tudo o que existe.

Contudo, em sua encarnação e humilhação, ele escolheu não exercitar a sua autoridade do mesmo modo como fazia antes. Como afirma o Breve Catecismo de Westminster, ele foi “colocado sob a lei” (P&R 27). Ele, que com o Pai e o Espírito expressara a sua soberana vontade na autoridade da sua santa lei, estava agora sujeito à sua lei. Jesus, em sua encarnação, experimentou a humilhação de estar sob a autoridade de meros homens: pais, governantes civis, e assim por diante. Ele escolheu não exercer os plenos privilégios de sua autoridade e permitiu a si mesmo ser governado, até mesmo abusado, por homens mortais e malignos.

Mas, depois de ter realizado a obra que o Pai lhe confiara, ele foi exaltado às alturas como o Deus-homem, o Messias. Jesus então recebeu autoridade do Pai. Sua autoridade pré-encarnada foi restabelecida, ao ser ele investido da autoridade do alto como Senhor e Cristo. A profecia messiânica do Salmo 2 se cumpriu em Jesus (Atos 13.33; Hebreus 1.5; 5.5). Ao longo do Antigo Testamento, Israel recebeu a promessa de um Messias que seria exaltado ao lugar de suprema autoridade e domínio. O Salmo 2.6-8 estabelece que o Messias receberia as próprias nações da terra como sua herança. Todos os seres angelicais, santos, profetas e apóstolos se prostram diante dele, reconhecendo que ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. E, um dia, todos os seus inimigos serão conquistados e postos por estrado de seus pés (Salmo 110.1).


Observe também a extensão da sua autoridade. É ilimitada. A sua autoridade não se restringe por jurisdição ou geografia. Ele recebeu do Pai toda a autoridade, sem limitações ou restrições. Nós sabemos que é assim porque Jesus acrescenta a esclarecedora expressão “nos céus e na terra” – todo lugar no universo em que qualquer autoridade possa ser exercida. Ele recebeu toda a autoridade nos reinos espiritual e material, nos céus e na terra. Não há lugar neste universo sobre o qual ele não tenha recebido autoridade. A sua autoridade penetra cada reino e cada esfera de influência.


Em breve estaremos de volta dando sequencia a esta série.