domingo, 11 de dezembro de 2022

Série : Os perdidos dentro da Igreja - 3. O comportamento dos que estão perdidos dentro da Igreja

  

Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! 




Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Texto: Marcos 10.17-20 que nos diz:


 

“E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” .

 

“E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus” .

 

“Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe” .

 

“Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade”.

 

O processo de morte de uma igreja pode acontecer lentamente, de forma que as pessoas não percebam, pois olhamos o exterior.

 

JESUS, porém vê o interior, ele olha a igreja de dentro para fora, diferente de nós, ele vê o coração do discípulo, ele conhece o interior de cada um de nós.

 

Ele não julga pela aparência, pois nos conhece por inteiro.

 

No meio de uma igreja morta, Jesus encontrou fiéis, isso nos lembra de que a salvação é individual.

 

Não somos salvos na coletividade, Deus não salva em grupos, seremos julgados individualmente e cada um dará contas de si.

 

I.                   As duas classes de perdidos dentro da igreja

 

Existem pelo menos duas classes de perdidos dentro de uma igreja. A primeira seria aquele tipo de pessoa que está se aproximando do Evangelho. Que está conhecendo a palavra, frequentando com certa regularidade os cultos e que vive ainda a dúvida de aceitar ou não, a salvação e a reconciliação com Deus. Fazem muitas coisas erradas ainda, mas estão procurando o caminho certo, não é a estes que me refiro.

 

Quero falar da segunda classe de perdidos. Aqueles que estão na igreja conhecem bem todo o contexto cristão, conhecem inclusive as escrituras, observam os mandamentos, são consideradas pessoas religiosas pelos amigos, cumprem as normas da congregação, mas estão completamente perdidos. Talvez você esteja perguntando - Isso é possível? -   Não só é possível, como é mais comum do que imaginamos! Vejamos a seguinte história narrada no Evangelho de Mateus:

 

"Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: 'Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos. Quais?, perguntou ele. Jesus respondeu: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe' e 'amarás o teu próximo como a ti mesmo'. Disse-lhe o jovem: A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda? Jesus respondeu: 'Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me. Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas". (Mt 19:16-22)

 

O jovem rico da narrativa de Mateus, era um membro acostumado com os preceitos religiosos, do tipo; "isso pode!" - "isso não pode!" Provavelmente um rapaz bem comportado, exemplar em seus procedimentos sociais, ativo na igreja, participativo nas programações dos cultos, enfim um bom membro eclesiástico, mas principalmente infeliz - Por quê?

 

Porque ele não tinha certeza de que possuía a promessa de Deus em sua vida. Apesar de cumprir preceitos religiosos, ele estava em busca da verdadeira salvação. Questionou Jesus sobre o quê precisaria fazer para "herdar a vida eterna". Não havia em si uma convicção inabalável de que seu comportamento religioso lhe garantiria a Graça de Deus. A observação de mandamentos não é sinônimo de salvação, mas obedecer é aos termos bíblicos, é a consequência do amor à Deus. É a decisão de amar a Deus acima de todas as coisas que me leva a obediência, e não a obediência sem amor que me leva à Deus. Jamais podemos desassociar estas duas coisas. Obediência que não reflete o verdadeiro interesse (amor) não é obediência mas religiosidade. Este era o problema do jovem, não o de ser rico, mas o de preferir muito mais a riqueza do que a Deus.

 

Deus não pode aceitar nossa espiritualidade, se Ele não possui a primazia em nosso coração. Se tudo o que temos e somos, não for para Ele primeiramente, nada do que fazemos pode agradar a Deus. Exercer uma religião sem um relacionamento íntimo com Deus, mesmo observando todas as regras geram um "vazio na alma".

 

Muitos destes "perdidos" na igreja, estão tendo um vida religiosa, mas sem intimidade com o Rei dos reis. Viver uma religião sem amar a Deus, é a maior de todas as ilusões. É a nossa relação com Ele que gera uma vida de compromisso, não o contrário. Afinal que tipo de relacionamento pode dar certo se convivermos com alguém que de fato não amamos, ou não nos ama?

 

II. Como vivem os que estão perdidos dentro da Igreja?

 

1. Desobedecem os dois principais mandamentos

Jesus ensinou que os dois principais mandamentos da lei são amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Esse filho quebrou esses dois mandamentos: ele nem amou Deus, representado pelo Pai e nem o seu irmão.

 

Ele não perdoou o Pai por haver recebido o filho pródigo, nem perdoou o irmão pelos seus erros.

 

Há pessoas que estão na igreja, mas não têm amor por Deus nem pelos perdidos. Estão na igreja, mas não amam os irmãos.

 

2. Confiam na sua própria justiça

Ele era veloz para ver o pecado do seu irmão, mas não enxergava os seus próprios pecados. Ele era cáustico para condenar o irmão, enquanto via-se a si mesmo como o padrão da obediência.

 

Os fariseus definiam pecado em termos de ações exteriores e não atitudes íntimas. Eles eram orgulhosos de si mesmos. Como o profeta Jonas, esse filho mais velho obedecia ao Pai, mas não de coração. Ele trabalhava com intensidade, mas não por amor.

 

3. Eles não vivem como livre, mas como escravos.

 Sua religião é rígida. Ele obedece por medo ou para receber elogios. Faz as coisas certas com a motivação errada. Sua obediência não provém do coração.

 

Ele anda como um escravo (v. 29). O verbo é douleo = servir como escravo. Ele nunca entendeu o que é ser filho. Nunca usufruiu nem se deleitou no amor do Pai.

 

Ser crente para ele é um peso, um fardo, uma obrigação pesada. Ele vive sufocado, gemendo como um escravo.

 

Está na igreja, mas não tem prazer. Obedece, mas não com alegria. Está na Casa do Pai, mas vive como escravo.

 

4.  Estão sempre com o coração cheio de amargura.


A. Complexo de santidade X Rejeita os marginalizados – vv.29,30

Ele estava escorado orgulhosamente em sua religiosidade, arrotando uma santarronice discriminatória. Só ele presta; o pai e o irmão estão debaixo de suas acusações mais veementes.

 

Sua mágoa começa a vazar. Para ele quem erra não tem chance de se recuperar. No seu vocabulário não tem a palavra perdão. Na sua religião não existe a oportunidade de restauração.

 

B. Sente-se injustiçado pelo pai

Acusa o pai de ser injusto com ele, só porque perdoou o irmão. Na religião dele não havia espaço para a misericórdia, perdão e restauração.

 

Ele se achava mais merecedor que o outro. Sua religião estava fundamentada no mérito pessoal e não na graça. É a religião da lei, do legalismo e não graça nem da fé que opera pelo amor.

 

C. Ele não perdoa nem restaura o relacionamento com o irmão – v.30

Ele não se refere ao pródigo como irmão, mas diz: “Esse teu filho”.

 

A Bíblia diz que “quem não ama a seu irmão até agora está nas trevas”.

 

Ele desconhece o amor. Ele vive mergulhado no ressentimento. Ele vê seu irmão como um rival.

 

D. O ódio que ele sente pelo irmão não é menos grave que o pecado de dissolução que o pródigo cometeu fora da igreja – Gl 5.19-21

A bíblia fala sobre três pecados na área da imoralidade e usa nove na área de mágoa, ressentimentos, ira.

 

A falta de amor é um pecado tão grave como o pecado da vida imoral e dissoluta.

 

E. O ressentimento o isolou do Pai e do irmão

Quando uma pessoa guarda ressentimento no coração pelo irmão que falhou, perde também a comunhão com o Pai.

 

Ele se recusa a entrar, fica fora da celebração. Mergulha-se num caudal de amargura.

 

Ele diz para o Pai: “Esse teu filho”. Mas o Pai o corrige e diz-lhe: “Esse teu irmão” (vv.30,31).

 

5. Mesmo estando na presença do pai, andam como solitários – v.31

Ele anda sem alegria, sem amor, sem prazer. Vive na Casa do Pai, mas sente-se escravo. Está na Casa do Pai, mas não tem comunhão com ele.

 

Quantos estão na igreja, mas nunca sentem o amor de Deus, a alegria da salvação, o prazer de pertencer a Jesus, a doçura do Espírito Santo. Vivem como órfãos: sozinhos, curtindo uma grande solidão e insatisfação dentro da Casa do Pai.

 

6.  Não se sentem donos do que é do pai – v. 31

 

 

Ele era rico, mas estava vivendo na miséria. Muitos hoje estão vivendo um cristianismo pobre. Vivem sem alegria, sem banquete, sem festa na alma, trabalhando, servindo, mas sem alegria;


 

  • Deus tem uma vida abundante – Jo 10.10;
  • Deus tem rios de água viva – Jo 7.38;
  • Deus tem as riquezas insondáveis do evangelho – Ef 3.14
  • Deus tem a suprema grandeza do seu poder – Ef 1.19
  • Deus tem a paz que excede todo o entendimento – Fp 4.7
  • Deus tem alegria indizível e cheia de glória – 1 Pe 1.8
  • Deus tem vida de delícias para a sua alma.

 

Esse filho não tem nenhum proveito na herança do Pai. Ele nunca fez uma festa. Nunca celebrou com seus amigos. Nem sequer um cabrito, ele comeu. Ele nunca saboreou as riquezas do Pai.

 

Ele não tem comunhão com o Pai: É como Absalão, está em Jerusalém, mas não pode fazer a face do Rei.

 

Ele está na igreja por obrigação. Ele não toma posse do que é seu.

 

Ilustração: o homem que fez um cruzeiro de Navio e levou o seu lanche. Vendo as pessoas comendo os pratos mais deliciosos, guardou dinheiro para comer uma boa refeição no último dia. Só então ficou sabendo que todos aqueles banquetes já estavam incluídos.

 

III.              O jovem rico estava perdido dentro da Sinagoga (Mc10.17-20)

 

“E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (V.17).

 

“E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.” ( V.18).

 

“Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.” (V.19).

 

“Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.” (V. 20).

 

jovem rico era um judeu de classe alta, um homem importante em sua sociedade. Ele procurava viver de acordo com os mandamentos de Deus e queria saber como receber a salvação. Por isso, ele foi para Jesus. Mas a resposta de Jesus mostrou um grande problema na vida do jovem rico: seu amor à riqueza.

 

Certa vez, durante o ministério de Jesus, um jovem rico veio falar com ele. Ele se pôs de joelhos diante de Jesus e lhe perguntou o que precisava fazer para herdar a vida eterna. Jesus observou que o jovem lhe tinha chamado de “bom mestre” e respondeu que só Deus é bom (Vv.18-19). Depois ele lembrou os Dez Mandamentos ao homem.

 

O jovem rico respondeu que ele conhecia e obedecia aos mandamentos de Deus desde novo. Jesus sentiu amor pelo jovem e lhe contou o que faltava para ele ser salvo: deveria vender tudo que tinha e dar o dinheiro aos pobres. Depois, deveria seguir Jesus. Ouvindo isso, o jovem se foi embora triste, porque tinha muitas riquezas e não queria ficar sem elas (Vv.21-22).

 

Quando o jovem se foi embora, Jesus disse aos seus discípulos que é muito difícil um rico entrar no Céu (Mt 19:23-24). Isso deixou os discípulos na dúvida: será que é possível entrar no Céu? Então Jesus lhes disse que todas as coisas são possíveis para Deus, até mesmo o que é impossível em termos humanos! Pedro mencionou que ele e os outros discípulos tinham deixado tudo para o seguir e Jesus lhes assegurou da recompensa eterna (Lc 18:28-30).

 

A Bíblia não nos conta mais sobre o jovem rico nem sobre o que lhe aconteceu depois desse encontro com jesus.

 

O jovem rico cumpria os mandamentos da lei, mas como que por obrigação. As leis não são suficientes por si mesmas.

 

As pessoas tem de querer cumpri-las não por causa do medo de alguma punição, mas devem seguir a lei por escolha própria, por amor, porque são livres para fazê-lo.

 

 

Se fizerem isso, serão realmente livres. Ao contrário, continuarão escravos do medo, da culpa e da religião.

 

A lei dada por Deus ao povo de Israel, não deveria ser um peso, mas uma benção. A verdadeira interpretação da lei era boa.

 

Mas pra ele, os mandamentos tornaram-se apenas em rituais religiosos, que eram executados com a frieza de uma prescrição rabínica.

 

Ele não enxergava a liberdade de escolher fazer o bem, mas a sua prática era vazia, sem calor, sem paixão, sem a ardente alegria no coração daqueles se compadecem do próximo e que amam fazer o bem.

 

A prática mecanicista da lei não tem o poder de salvar, mas leva frequentemente à religiosidade extremada, meticulosa e detalhista, como acontecia com os fariseus e demais seitas judaicas da época.

 

 

Jesus queria mostrar o quanto aquele moço vinha enganando a si mesmo. Este Jovem tentava se auto-justificar com suas obras. Ele queria se convencer que atendia aos preceitos mais altos que a lei exigia, e que por isso, mereceria a vida eterna.

 

Por isso o jovem rico vem a Jesus, cheio de sua própria justiça, querendo ouvir algo que lhe confirmasse a sua sensação de pureza própria, conquistada por seus próprios méritos.

 

Jesus o ouve, e vê o quanto aquela alma estava iludida. E o Mestre se compadece dele. O coração de Jesus é tomado por um enorme sentimento de ternura e amor por aquele Jovem. Jesus o amou!

 

“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.” (Mc 10:21).

 

 

O jovem rico cumpria os mandamentos da lei, mas como que por obrigação. As leis não são suficientes por si mesmas.

 

As pessoas tem de querer cumpri-las não por causa do medo de alguma punição, mas devem seguir a lei por escolha própria, por amor, porque são livres para fazê-lo.

 

 

Se fizerem isso, serão realmente livres. Ao contrário, continuarão escravos do medo, da culpa e da religião.

 

A lei dada por Deus ao povo de Israel, não deveria ser um peso, mas uma benção. A verdadeira interpretação da lei era boa.

 

Mas pra ele, os mandamentos tornaram-se apenas em rituais religiosos, que eram executados com a frieza de uma prescrição rabínica.

 

Ele não enxergava a liberdade de escolher fazer o bem, mas a sua prática era vazia, sem calor, sem paixão, sem a ardente alegria no coração daqueles se compadecem do próximo e que amam fazer o bem.

 

Jesus queria mostrar o quanto aquele moço vinha enganando a si mesmo. Este Jovem tentava se auto-justificar com suas obras. Ele queria se convencer que atendia aos preceitos mais altos que a lei exigia, e que por isso, mereceria a vida eterna.

 

Por isso o jovem rico vem a Jesus, cheio de sua própria justiça, querendo ouvir algo que lhe confirmasse a sua sensação de pureza própria, conquistada por seus próprios méritos.

 

Jesus o ouve, e vê o quanto aquela alma estava iludida. E o Mestre se compadece dele. O coração de Jesus é tomado por um enorme sentimento de ternura e amor por aquele Jovem. Jesus o amou!

 

“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me” (Mc 10:21)

Somente a graça de Jesus pode salvar

Tão linda é esta afirmação de Marcos: “E Jesus, olhando para ele, o amou…” . O Mestre queria fazê-lo entender que o evangelho falava de uma paz, de uma liberdade de escolher amar a verdade.

 

Que a lei era baseada na prática do amor, não invocando méritos e pseudo santidades, mas entendendo a que não existe santidade maior do que se chegar a Deus reconhecendo o quão imperfeitos somos.

 

“Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”

(Sl 51:5)

Jesus em seu profundo amor, queria ensinar ao moço que o maior tesouro da vida é de valor imensurável. O capital do evangelho é imponderável, é amor, é paz, é misericórdia. E mexe com as bases da alma. Trabalha na estrutura do “ser”.

 

De forma que o homem transformado pelo poder do evangelho, escolhe livremente a prática do bem, não por medo, nem por prescrições religiosas, mas simplesmente pelo sentimento de profundo amor, pela realização da volta à casa do Pai celeste, pelo reencontro com aquele que é o autor da vida.

 

Pela gratidão que vem ao se entender o grande perdão recebido, imerecidamente, sem o esforço e as cargas que os líderes religiosos faziam recair sobre os praticantes do judaísmo.

 

Jesus falava de uma transformação do coração, que leva o ser humano a transbordar em amorosa alegria, que nos faz jubiloso realizar as boas obras.

 

Mas as obras frias da religiosidade minuciosa da lei, cujo aquele moço vinha praticando, eram insuficientes para que o salvassem. Por mais que este Jovem tentasse enganar a si mesmo, um dia tudo isso pesou.

 


O Jovem Rico Pergunta a Jesus Sobre a Vida Eterna.

 

O Jovem Rico talvez nem tivesse mais consciência do quanto era escravo das riquezas que a este ponto já o possuíam.

 

Ele fazia uma tentativa de compensar sua consciência impondo a si mesmo uma vida de cumprimento de obrigações religiosas.

 

Mas o Mestre faz com que ele refletisse, e enxergasse a verdade que havia no seu coração, aquilo que ele realmente valorizava, o que de verdade ele amava na sua vida, os bens materiais que conquistara.

 

“Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.” Marcos 10:21Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.”( Mc 10:22)

O Mestre então se expressa com um lamento. Jesus o amava tanto, que sentia uma enorme dor por aquele jovem ter escolhido tão sombrio caminho que conduz à perdição.

 

“Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” ( Mc 10:23)


Os discípulos de Jesus se admiram com estas palavras. Isso porque eles sempre foram ensinados pelos religiosos, de que o sinal da benção de Deus era o acúmulode riquezas.

 

Mas agora vêem que o Mestre alerta para o risco de se deixar dominar pelos bens deste mundo.

 

É a mudança de estereótipos que o conhecimento do evangelho traz. É a verdade, a luz fazendo com que as trevas sejam reveladas.

 

“E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!” (Mc 10:24)“É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.” (V.25)

Os discípulos ficam ainda mais espantados com essa explicação de Jesus. É impossível imaginar o camelo, o maior dos animais domésticos da Judeia e Samaria, passando pelo minúsculo orifício de uma agulha.

 

Tão estranho é esta comparação, que os antigos comentaristas do novo testamento tentaram uma nova interpretação para torná-la mais adequada aos pensamentos humanos, inventando uma fantasiosa porta em Jerusalém, estreita e reservada aos camelos.

 

 

Jesus alertava enfaticamente para o perigo daqueles que se apegam aos bens materiais e depositam neles a sua razão de viver.

 

O reino de Deus precisa estar em primeiro lugar

Hoje Jesus ainda lamenta, que muitos escolhem continuar na escravidão do pecado. O Mestre está com o coração inundado de amor por essas almas perdidas.

 

Ele deseja tanto libertá-los e salvá-los, fazê-los herdeiros de riquezas que não terão fim, possuir a vida eterna!

 

Mas é preciso se desprender de tudo, para herdar este tesouro celeste. Há a necessidade de se mudar as prioridades da nossa vida. O amor a Deus e ao próximo devem vir em primeiro lugar.

 

Do que servem os bens materiais, senão para facilitar a vida humana de nós mesmos e dos que estão próximos? O desejo de Deus é que compartilhemos, e que abençoemos o nossos irmãos.

 

Mas muitos seguem em um egoísmo, acumulando bens, propriedades, contas bancárias milionárias, dinheiro que não se pode gastar nem em duas vidas. Mas se hoje for a hora de partir deste corpo, tudo ficará para trás.

 

Nada se pode levar deste mundo. Mas a oportunidade de espalhar misericórdia e graça, fica perdida.

 

É melhor viver e acreditar na graça e fazer graça de Deus a todos quanto for possível. As prioridades tem que ser mudadas.

 

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33

Amar a Deus sobre todas as coisas significa que nada é mais importante do que Ele. Às vezes enfrentamos escolhas difíceis, em que seguir Jesus significa perder as coisas que temos, como o dinheiro, a família ou o emprego. Nesses momentos temos de decidir se Jesus é mesmo o mais importante em nossa vida. O jovem rico provavelmente não tinha reparado, mas sua riqueza se tinha tornado um ídolo, algo que era mais importante para ele do que Deus. Ele precisava aprender a valorizar o dinheiro menos e a colocar toda sua confiança em Deus.

 

IV.             Você está preparado para morar com Jesus?

 

“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18:8)

 

 Um dos versículos mais tristes de toda a bíblia, ao meu juízo, é este. Quando o Mestre voltar, ele encontrará pessoas preparadas e ansiando pela sua volta? Esta é uma questão complicada, pois está cada vez mais difícil encontrar cristãos fiéis, que vivam a bíblia e tenham uma contínua comunhão com Cristo. A apostasia é frequente. Falta perseverança, falta oração. O mais triste de tudo isso é que as pessoas pensam que isso não importa tanto e acaba ficando em segundo plano. Esta é a razão porque inúmeras famílias estão passando por crises, morte espiritual e planos fracassados. Deus deixou claro que está próximo o fim de todas as coisas e por isso devemos ser sóbrios e vigiar em oração (1 Pe 4.7). Não é tempo de descansarmos e nos distrair com coisas vãs. As pessoas precisam de nós para a proclamação do reino e muitos não tem cumprido o seu papel. Se os cristãos que já conhecem o Evangelho não despertarem, como será o futuro da humanidade? Vamos acordar irmãos e anunciar as boas novas, lembrando que nossa pátria não é aqui, Deus tem um lar específico para nós no céu, mas para isso é necessário perseverar!

 

O que aconteceu, com nossas Igrejas, é muito triste o que vemos no cenário nacional.

Dizem que somos o povo do avivamento, que o Brasil é um celeiro de cristãos, com um potencial enorme para evangelizar o mundo! Será?

Realmente, o Brasil é uma das nações onde as igrejas evangélicas mais crescem, mas crescem em qualidade ou em quantidade? São números impressionantes, “números Evangelásticos”, e realmente impressiona , a forma como cresceu e cresce a igreja evangélica em nosso País, mais infelizmente, quanto mais cresce em números, menor é a qualidade de nossas igrejas e consequentemente dos nossos irmãos que seguem cada vez mais, igrejas pobres e desnutridas espiritualmente, templos muitas vezes riquíssimos belos e imponentes, mais espiritualmente doentes, consequentemente, geram crentes doentes também, não quero ser pessimista, mais é o que enxergo quando olho para o quadro em que se encontram nossas igrejas, de um lado vemos, Igrejas neopentecostais e algumas Pentecostais pregando uma prosperidade louca, que gera um monte de cristãos egoístas, correndo em busca de uma riqueza material, que se não alcançam, logo abandonam a fé, frustrados por não conseguir o que buscavam, muitas das vezes taxados por culpados por seus lideres, que afirmam; se não conseguiu é porque não tem fé. Outros em busca de um milagre urgente em Igrejas que vivem de explorar o desespero das pessoas que sofrem a dor de uma doença, muitas das vezes desenganadas pela medicina, e DEUS realmente cura, ele é misericordioso e cura a pessoa independentemente de quem está orando por ela, o nosso Deus realmente cura, o problema é que certos pastores que tentam levar a fama de curandeiros, esquecem que DEUS não divide a glória dele com ninguém, e que o evangelho que deve ser pregado é o evangelho da salvação, e não o da cura, pois se por algum motivo Deus não curar o camarada ele nunca mais volta na igreja, e Deus tem os seus propósitos em tudo, há pessoas que decepcionadas por não ter tido a cura imediata, nunca mais volta a igreja. De outro lado vemos as igrejas pentecostais enfatizando demais a busca do inacreditável, emocionante e sobrenatural, é óbvio que o sobrenatural acontecerá sempre em nosso meio, mais não pode ser o principal motivo de nosso culto, não da maneira que estamos querendo que seja, nossos cultos são pura emoção e pouca salvação, não dá para viver um evangelho assim, no culto pentecostal geralmente, os crentes se preocupam demais, em ver o sobrenatural, ser arrebatado, entregar ou buscar uma profecia, falar em línguas, sapatear, pular, fazer aviãozinho, e outras coisas mais, ou seja, queremos um culto extraordinário, que nos satisfaça e nos encha de paz e alegria, para sairmos renovados, nada contra , mais estamos fazendo culto pra crente. E os perdidos, como ficam?

E as igrejas históricas e tradicionais, que em busca de um “avivamento” que muitas das vezes não tem nada de espiritual, estão se perdendo também nesse cenário evangélico da atualidade, as igrejas tradicionais, sem dúvida crescem bem menos que as pentecostais e neo-pentecostais, e muita das vezes, em busca de um uma “renovação,” acaba se perdendo em meio a shows, louvorzão e outras coisas mais.

O problema é que a Igreja, seja ela Reformada, histórica, tradicional, pentecostal, neopentecostal ou o que for, ela precisa saber, que o papel da igreja, é ganhar alma para Cristo, o problema é que em todos os exemplos que citei acima, em nenhum deles, se prega o verdadeiro evangelho de JESUS Ceisto, se enfatiza muito o financeiro, ou a cura, ou as bênçãos, ou á emoção, ou o entretenimento.

Estão esquecendo-se de dizer que só Jesus Cristo salva, não estão pregando o evangelho da salvação, porque pensam eles: “não da ibope”

Os pregadores de hoje, estão querendo dizer o que o povo quer ouvir, e não o que o povo precisa ouvir, estão pregando um evangelho barato, que muitas vezes sai caro mesmo é pros seguidores deles.

Precisamos pregar o evangelho, que transforma, que confronta direto com o pecador, que faz o homem reconhecer o seu estado original, de pecador, se arrepender de seus pecados e entregar sua vida a Cristo.

É simples, é só falar do pecado da justiça e do juízo, dizer ao homem que ele é pecador, mais que Cristo, morreu para o salvar, que basta ele se arrepender, e Cristo o salvará! O resto pode deixar com Jeová! Que o Espírito Santo o enviará, pois ele é quem convencerá!

Vil como é simples, é só sair do pedestal, descer um pouco, se lembrar que o trabalho de conversão pertence a Deus que somos apenas vasos na mão do oleiro.

O grande problema, é que esse tipo de pregação, salva o perdido, mais não dá muito retorno financeiro, como o tal evangelho da prosperidade por exemplo! E muitos pastores, preferem seguir o segundo caminho, mesmo conhecendo os perigos que estes representam.

 

“Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;

e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 24:11-13)

 

 Jesus perguntou se encontraria fé na Terra quando retornasse. Bem, existe uma fé generalizada — mas é extremamente equivocada. As pessoas confiam em coisas erradas. Jesus estava falando sobre a verdadeira fé, que deve estar em Deus. Então, em nível mundial, a resposta à pergunta de Jesus será em grande parte "não".

 

Uma profecia do tempo do fim, logo antes de Jesus Cristo retornar à Terra, mostra que a humanidade como um todo não terá fé em Deus. As pessoas se recusarão a seguir os ensinamentos de Jesus, mesmo diante de eventos catastróficos que ceifem milhões de vidas.


Vamos analisar Apocalipse 9:20-21:

 

“E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar [buscando a ajuda em coisas tangíveis e erradas]. E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem das suas ladroíces”.

 

Será que quando o Filho do homem vier, Ele realmente encontrará fé — o tipo correto de fé — na Terra? Não o suficiente. Apesar da dor e do sofrimento, antes do retorno de Jesus, a humanidade não voltará a ter fé em nosso Criador. A humanidade como um todo não se arrependerá.

 

Você vai ser a exceção?

A exceção será o povo de Deus, Seus servos fiéis liderados por Jesus Cristo, que estão sendo preparados para o retorno de Jesus para governar e ensinar o verdadeiro cristianismo em todo o mundo.

 

Vamos prestar atenção ao aviso que está sendo dado a nós. Não seja um daqueles que abandonam a fé em Deus! Como escreve o apóstolo Paulo: “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada” (1 Tm 4:1-2,).

 

Devemos permanecer fiéis! Não podemos deixar o mundo cauterizar nossa consciência. Quando Jesus Cristo retornar, Ele precisa encontrar fé em nós.

 

Depois de escrever que algumas pessoas estavam sendo arrastadas por desejos destrutivos, Paulo disse: “Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas” (1 Tm 6:11-12).

 

Fomos chamados ao caminho da verdadeira e correta fé — da confiança sincera no Deus da Bíblia e Nosso Criador. Precisamos buscá-Lo sinceramente e obedecê-Lo enquanto vivemos neste mundo que está cada vez mais infiel e desesperançado.

 

Não ceda ao espírito do mundo. O perigo de isso acontecer aumentará quando esta atual crise passar e tudo voltar a um estado de certa normalidade. Volte-se para Deus agora nesses tempos difíceis e se apegue a Ele quando as coisas se acalmarem. E não se afaste dEle em tempos de relativa tranquilidade. Ademais, não confie excessivamente no mundo ao seu redor para resolver seus problemas. Pois, no fim, ele não vai ser a solução. Olhe para Deus sempre — até o fim.

 

Será que Jesus encontrará essa fé quando voltar? Sim. Onde? Eu oro para que Ele a encontre em você!

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