terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Série o rei Davi. 13 - Davi, um tipo de Cristo.

 Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com 


Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! 







O sumário da biografia completa do rei Davi

  I.          A biografia de Davi.

  II.        Os talentos de Davi.

  III.      Davi, um homem segundo o coração de Deus?

  IV.      O tempo de Deus na vida do rei Davi.

  V.       As três unções do rei Davi.

  VI.     As conquistas do rei Davi.

  VII.   A restauração espiritual de Davi.

  VIII . Davi e o preço da negligência na família

  IX.    Os cinco Gigantes que Davi não Venceu.

  X.     Não retires de mim o teu Espírito Santo (Sl 51.11).

  XI.      A Diferença entre Saul e Davi.

  XII.   A perpetuidade do reinado de Davi.

  XIII. Davi, um tipo de Cristo.




Estamos de volta, e desta vez para concluir, quando estaremos  

falando sobre  Davi, um tipo de Cristo. Vamos acompanhar!


1. Entendendo o sentido prático da tipologia bíblica

 

 

A tipologia é um tipo especial de simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa.) Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque todos os tipos são representações de algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia uma pessoa ou coisa no Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos dias de Noé (Gênesis 6-7) é usado como um tipo de batismo em 1 Pedro 3:20-21. A palavra para tipo que Pedro usa é figura.

O apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 10.6: “...e estas foram-nos feitas em figura...”. A palavra grega tupos, aqui traduzida por “figura”, tem o sentido de “padrão”, “ilustração”, “exemplo” ou “tipo”. Em 1 Coríntios 10.11, Paulo observa: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso...”. O quê? Neste caso, Paulo se refere a eventos relacionados ao êxodo no Antigo Testamento. Assim, um tipo é um padrão bíblico, ou uma ilustração bíblica, normalmente extraído do Antigo Testamento, que assume a forma de padrões relacionados a pessoas, acontecimentos ou coisas.

 

Hebreus 8.5 nos diz que o Tabernáculo foi construído a partir de um padrão celestial que fora mostrado a Moisés no monte Sinai: “Atenta, pois, que o faças conforme o Seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Estêvão observou em seu sermão: “Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto” (At 7.44). O Tabernáculo e, mais tarde, o Templo são tipos que se tornam padrões que revelam elementos-chave do plano divino de salvação.

 

Muitos exemplos de como padrões em vidas de indivíduos fornecem um tipo podem ser vistos nas experiências de personagens da história antiga do Antigo Testamento, como Abraão, Isaque e José. Em Gênesis 22, o padrão do sacrifício de Isaque por Abraão prefigura muitos eventos que espelham a morte e a ressurreição de Jesus. O Senhor disse a Abraão: “...Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá (...) sobre uma das montanhas...” (Gn 22.2). Este versículo oferece um paralelo à entrega que Deus, o Pai, fez de Jesus, Seu Filho unigênito. Acredita-se que o monte na terra de Moriá seja a mesma colina em Jerusalém em que o Templo veio a ser construído e onde Israel ofereceu seus sacrifícios. O ministério de Jesus esteve bastante ligado àquela área. Isaque foi um sacrifício voluntário (Gn 22.5-9), tal como Jesus. A disposição de Abraão em sacrificar Isaque e a eventual provisão de um cordeiro (Gn 22.9-14) retratam o sacrifício e a provisão que Cristo fez definitivamente por nosso pecado.

Quando dizemos que alguém é um tipo de Cristo, estamos dizendo que uma pessoa no Antigo Testamento se comporta de uma maneira que corresponde ao caráter ou ações de Jesus no Novo Testamento. Quando dizemos que algo é "típico" de Cristo, estamos dizendo que um objeto ou evento no Antigo Testamento pode ser visto como representante de alguma qualidade de Jesus.

 

A própria Escritura identifica vários eventos do Antigo Testamento como tipos da redenção de Cristo, tais como o tabernáculo, o sistema sacrificial e a Páscoa. O tabernáculo do Antigo Testamento é identificado como um tipo em Hebreus 9:8-9: "o primeiro tabernáculo…. é isto uma parábola para a época presente." A entrada do sumo sacerdote no lugar mais sagrado uma vez por ano prefigurava a mediação de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Mais tarde, diz-se que o véu da tenda é um tipo de Cristo (Hebreus 10:19-20) porque a Sua carne foi rasgada (assim como o véu durante a crucificação) a fim de proporcionar acesso à presença de Deus para aqueles que são cobertos pelo Seu sacrifício.

 

Todo o sistema de sacrifício é visto como um tipo em Hebreus 9:19-26. Os artigos do "primeiro testamento" foram dedicados com o sangue do sacrifício; estes artigos são chamados de "figuras das coisas que se acham nos céus" e "figura do verdadeiro" (versículos 23-24). Esta passagem ensina que os sacrifícios do Antigo Testamento tipificam o sacrifício final de Cristo pelos pecados do mundo. A Páscoa é também um tipo de Cristo, de acordo com 1 Coríntios 5:7: "Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado." Descobrir exatamente o que os eventos da Páscoa nos ensinam sobre Cristo é um estudo rico e gratificante.

 

Devemos destacar a diferença entre uma ilustração e um tipo. Um tipo é sempre identificado como tal no Novo Testamento. Um estudante da Bíblia encontrando correlações entre uma história do Antigo Testamento e a vida de Cristo está simplesmente encontrando ilustrações, não tipos. Em outras palavras, a tipologia é determinada pela Escritura. O Espírito Santo inspirou o uso de tipos; ilustrações e analogias são o resultado do estudo do homem. Por exemplo, muitas pessoas veem paralelos entre José (Gênesis 37-45) e Jesus. A humilhação e subsequente glorificação de José parecem corresponder à morte e ressurreição de Cristo. No entanto, o Novo Testamento nunca usa José como um modelo de Cristo; portanto, essa narrativa é chamada apenas de uma ilustração, mas não um tipo, de Cristo.


 2. Davi foi uma figura imperfeita de Cristo.

 A culminância da promessa de DEUS era que da linhagem de Davi viria um descendente que seria o Rei messiânico e eterno. Este Rei dominaria sobre os fiéis em Israel e sobre todas as nações (Is 9.6,7; 11.1, 10; Mq 5.2,4). Sairia da cidade de Belém (Mq 5.2,4), e seu governo se estenderia até os confins da terra (Zc 9.10). Ele seria chamado: “O SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.5,6) e consumaria a redenção do pecado (Zc 13.1). O cumprimento da promessa davídica teve início com o nascimento de JESUS CRISTO, anunciado pelo anjo Gabriel a Maria, uma piedosa descendente da família de Davi (Lc 1.30-33;  At 2.29-35).

 

A .   Essa promessa foi um desdobramento do concerto feito em Gn 3.15, que predisse a derrota de Satanás através de um descendente de Eva (Gn 3.15); foi um prosseguimento do concerto feito com Abraão e seus descendentes.

 

3. O cumprimento dessa promessa abrangia a ressurreição de CRISTO dentre os mortos e sua exaltação à destra de DEUS no céu (At 2.29-33), de onde Ele agora governa como Rei dos reis e Senhor dos senhores. A primeira missão de CRISTO como o Senhor exaltado foi o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre o seu povo (At 1.8; 2.4, 33).

 

B .   O régio governo de CRISTO caracteriza-se por um chamamento, dirigido a todas as pessoas, no sentido de largarem o pecado e o mundo perverso, aceitarem CRISTO como Senhor e Salvador e receberem o ESPÍRITO SANTO (At 2.32-40).

 

C .   O reino eterno de CRISTO inclui:

 

 

a. seu atual domínio sobre o reino de DEUS e sua primazia sobre a igreja,

 

b. seu futuro reino Milenial sobre as nações (Ap 2.26,27; 20.4) e

 

c. seu reino eterno nos novos céus e na nova terra (Ap 21 — 22).

  

3. As semelhanças entre Davi e Jesus:

 

1.    Assim como Davi, Jesus nasceu em Belém, uns 1.100 anos depois de Davi. Para muitos, Jesus também não tinha o perfil de um rei. Ou seja, ele não era o tipo de rei que muitos em Israel aguardavam. Como Davi, porém, ele era a escolha de Jeová.

 

2.    E, como Davi, era amado por Jeová. (Lc. 3:22) E também no caso de Jesus ‘o espírito de Jeová tornou-se ativo nele’.

 

3.     Davi foi traído por seu conselheiro Aitofel e Jesus foi traído por seu apóstolo Judas Iscariotes. (Sl. 41:9; Jo 13:18) Tanto Davi como Jesus tinham um forte zelo pelo local de adoração de Jeová. 

 

4.    (Sl. 27:4; 69:9; Jo 2:17) Jesus era também herdeiro de Davi. Antes do nascimento de Jesus, um anjo disse à sua mãe: “Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai.” (Lc. 1:32; Mt. 1:1) No entanto, visto que todas as promessas messiânicas se cumprem nele, Jesus é muito mais importante do que Davi. Ele é o Davi Maior, o há muito esperado Rei messiânico. — Jo 7:42.

  •  Davi nasceu em Belém; Jesus também nasceu em Belém.
  •  Davi é ascendente de Jesus; Jesus é descendente de Davi.
  •  Davi era pastor de ovelhas; Jesus é bom pastor. (que dá a vida pelas suas ovelhas)
  •  Davi protegeu as ovelhas de um leão; Jesus protege suas ovelhas de um leão que anda em derredor.
  •   Davi era um homem segundo o coração do Senhor; Jesus também.
  • Davi começou a reinar aos 30 anos; Jesus começou seu ministério aos 30 anos também.
  •  Davi significa amado; Jesus é o filho bem amado de seu Pai.
  • Davi cortou a cabeça de um gigante; Jesus esmagou a cabeça da serpente.
  •  Davi foi ungido com azeite por Samuel;
  • Jesus foi batizado por João e o Espírito Santo como pomba pousou nele.
  • Davi escreveu o salmo 23; o Senhor Jesus é o supremo pastor.
  • Davi trouxe a Arca da Aliança (símbolo da presença de Deus); Jesus é Deus no meio do seu povo.
  •   Deus fez uma aliança com Davi; esta aliança cumpre-se com Jesus Cristo.
  •  Deus prometeu que um descendente de Davi seria o Messias; Jesus é o Messias Filho de Davi.
  • Davi arremessou uma pedra em Golias; Jesus edificou sua igreja com Pedro.
  •  Davi casou-se com a princesa Mical; Jesus casa com a Igreja.
  •  Davi comeu os pães da proposição; Jesus é o pão da vida.
  •  Davi conquistou Jerusalém; Jesus pregou em Jerusalém.
  •  Davi era um homem segundo o coração do Senhor; Jesus também.
  •  Davi começou a reinar aos 30 anos; Jesus começou seu ministério aos 30 anos também.
  •  Em Jerusalém Davi reinou por 33 anos; Jesus morreu aos 33 anos. (e ressuscitou)
  •  Davi derramou muito sangue; Jesus derramou o próprio sangue.
  •  Davi derramou sangue inocente; Jesus derramou o seu próprio sangue inocente para nos salvar.
  •  Davi comandava legiões de homens; Jesus comanda legiões de anjos.
  •  Davi foi ungido por Samuel; Jesus foi o ungido de Deus.
  •  Davi protegeu as fronteiras do país;
  • Jesus derrubou fronteiras de separação e mandou evangelizar outros países.
  •  Davi foi punido por Deus pelos seus pecados; Jesus foi punido por Deus pelos nossos pecados.
  •  Davi reinou em uma nação; Jesus reinará sobre todas as nações.
  •  Davi significa amado; Jesus é o filho bem amado de seu Pai.
  •  Davi cortou a cabeça de um gigante; Jesus esmagrá a cabeça da serpente (Rm 16.20).
  •   Davi foi ungido com azeite por Samuel;
  • Jesus foi batizado por João e o Espírito Santo como pomba pousou nele.
  •  Davi escreveu o salmo 23; o Senhor Jesus é o supremo pastor.
  •  Davi trouxe a Arca da Aliança (símbolo da presença de Deus); Jesus é Deus no meio do seu povo.
  •  Deus fez uma aliança com Davi; esta aliança cumpre-se com Jesus Cristo.
  •  Deus prometeu que um descendente de Davi seria o Messias; Jesus é o Messias Filho de Davi.

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus!


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