Por: Jânio Santos de Oliveira
Uma introdução à Teologia
1. “TEOLOGIA ” - A DOUTRINA DE DEUS
A Existência de DEUS......................................................................
A Revelação de DEUS .....................................................................
A Natureza de Deus e seus Atributos..............................................
A Natureza de Deus e seus Atributos (C o n t.)..........................
A Santidade de Deus ...................................................................
A Trindade Divina...........................................................................
As Obras de Deus ............................................................................
2. “CRISTOLOGIA ” - A DOUTRINA DE CRISTO
Cristo no Antigo Testamento .........................................................
A Divindade de Cristo .....................................................................
A Humanidade de Cristo ................................................................
A Morte de Cristo............................................................................
A Ressurreição de Cristo.................................................................
O Sacerdócio de Cristo....................................................................
3. “PNEUMATOLOGIA” - A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
A Natureza do Espírito Santo .........................................................
O Espírito Santo no Antigo Testamento..........................................
O Espírito Santo no Novo Testamento............................................
O Espírito Santo no Crente..............................................................
O Batismo no Espírito Santo ..........................................................
Os Dons do Espírito Santo .............................................................
4. “ANGELOLOGIA” - A DOUTRINA DOS ANJOS
A Natureza dos Anjos ....................................................................
Os Anjos Como Agentes de Deus ...................................................
Origem, Rebeldia e Queda de Lúcifer ............................................
Satanás, o Agente da Tentação .....................................................
Satanás na Consumação dos séculos .............................................
5. “ANTROPOLOGIA ” - A DOUTRINA DO HOMEM
A Origem e a Criação do Homem ...................................................
A Natureza do Homem ..................................................................
O Homem - Imagem e Semelhança de Deus ..................................
O Destino do Homem .....................................................................
Provação e Queda do Homem .......................................................
6. “H AMARTIOLOGIA ” - A DOUTRINA DO PECADO
A Origem do Pecado.......................................................................
A Natureza do Primeiro Pecado do Homem...................................
A Descrição Bíblica do Pecado........................................................
O Pecado Original e o Pecado Praticado........................................
O Pecado e o Crente ...........................................................
7. “SOTERIOLOGIA ” - A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
A Providência Salvadora..................................................................
Quatro Aspectos da Provisão de Cristo Quanto à Salvação
O Lado Divino da Conversão do Pecador.......................................
A Participação do Homem na Conversão......................................
A Justificação
A Regeneração.................................................................................
A Adoção..................................
A Santificação ..............................................................................
Advertências e Promessas...............................................................
A Glorificação..................................................................................
8. “BIBLIOLOGIA
9. “ECLESIOLOGIA ” - A DOUTRINA DA IGREJA
A Origem da Igreja...........................................................................
O Que É a Igreja...............................................................................
O Fundamento da Igreja..................................................................
Formação e Administração da Igreja..............................................
A Missão da Igreja...........................................................................
10. “ESCATOLOGIA BÍBLICA ” - A D. BÍB . DAS ÚLT. COISAS
O Arrebatamento da Igreja.............................................................
Após o Arrebatamento da Igreja.....................................................
A Grande Tribulação.......................................................................
A Volta de Jesus...............................................................................
O Milênio..............................................................................
Eventos Finais..................................................................................
Jz 11.29) e Sansão (Jz
14.6,19; 15.14).
O Espírito Santo em
Saul e Davi
É possível reconhecer a
ação do Espírito Santo no período monárquico de Israel nas seguintes ocasiões:
a) Em Saul: Autoridade
para reinar. Duas lições se destacam sobre a importância da presença do
Espírito quanto ao êxito de um homem em todo trabalho feito para Deus. Por
exemplo, as vitórias (I Sm 11.6) e as derrotas de Saul (ISm 13.8-18).
b) Em Davi. Indicado
por Samuel como sucessor de Saul no reino de Israel, “daquele dia em diante, o
Espírito do Senhor se apossou de Davi...” (I Sm 16.13). Considerado um homem
segundo o coração de Deus, Davi estava apto a guiar sabiamente o seu povo pelo
caminho do sucesso, triunfando sobre todos os inimigos. Para tanto, fora
habilitado por Deus.
O Espírito Santo nos
profetas
O Espírito Santo operou
na vida dos profetas por três modos: trabalharam e agiram no poder do Espírito
Santo, na pregação da palavra falada e na palavra escrita deixada para a
posteridade.
III. O ESPÍRITO SANTO
NO NOVO TESTAMENTO
Durante quatrocentos
anos, parecia que o Espírito Santo estava em silêncio.
Nenhuma voz profética,
inspirada pelo Espírito Santo, era ouvida a proclamar a mensagem de Deus ao seu
povo. Essa época de silêncio, no entanto, foi seguida por um período de
atividades espirituais sem precedentes.
O Espírito Santo em
João Batista
No Novo Testamento,
temos a história de um velho sacerdote, Zacarias, e sua esposa, Isabel.
Zacarias ouviu, através de um mensageiro celestial (o anjo Gabriel) que, a
despeito das circunstâncias naturalmente desfavoráveis, iriam ganhar um filho.
Assim, temos a manifestação
do Espírito Santo em João:
1. Antes do Nascimento.
Ao anunciar o nascimento do precursor de Cristo, o anjo disse: “... será cheio
do Espírito Santo, já do ventre materno." (Lc 1.15). Já antes do
nascimento, a natureza de João Batista era influenciada pelo Espírito Divino.
Disto resultou ser ele um menino diferente dos demais (Lc 1.80).
2. Na Ocasião do
Nascimento. Zacarias foi castigado pela sua incredulidade, pois duvidou das
palavras do anjo do Senhor ao anunciar o nascimento do filho que seria chamado
João. Ficou mudo até ao dia em que o menino nasceu. A incredulidade é sempre um
obstáculo à operação do Espírito Santo.
3. No Seu Ministério. A
presença do Espírito Santo no ministério de João Batista se evidencia pela:
a) autoridade com que
exortava o povo a preparar o caminho do Senhor (Lc 3.2-4);
b) firmeza com que
anunciava a salvação de Deus, a manifestar-se em Cristo (Lc 3.5,6);
c) energia com que
denunciava o pecado do seu povo, conclamando-o ao arrependimento, para
escaparem do juízo prestes a manifestar-se, qual machado já posto na raiz da
árvore (Lc 3.7-9);
d) segurança com que
ensinava o caminho do retorno a Deus (Lc3.10-14);
e) convicção com que
predizia o caráter sobrenatural do ministério de Jesus, de quem era o precursor
(Lc 3.16);
f) imparcialidade com
que protestava contra o pecado de Herodes (Lc 3.19).
O Espírito Santo em
Cristo
Um anjo apareceu a uma
jovem virgem de Nazaré, chamada Maria, revelando que ela conceberia, pela
virtude do Espírito Santo e daria à luz um filho. O anjo do Senhor também
apareceu a José, seu noivo, para confortar-lhe o coração atribulado, dizendo
que a gravidez dela era resultado da ação do Espírito Santo.
O anjo Gabriel foi
enviado a Maria para anunciar o nascimento do Messias. Esse nascimento
sobrenatural era o cumprimento de Isaías 7.14, confirmado em Mateus 1.23. Duas
coisas são esclarecidas nas palavras do anjo Gabriel, quanto ao Espírito Santo,
em relação ao nascimento de Jesus:
1. A concepção do
menino Jesus, sem pecado;
2. Seria chamado Filho
de Deus.
O Espírito Santo e a
identificação de Cristo
Depois da apresentação
de Jesus no templo, logo após o seu nascimento, o Espírito Santo mais uma vez
esteve em evidência. São registradas sublimes verdades relativas a Jesus, para
identificá-lO como o Messias prometido. A Simeão, um homem justo e piedoso, o
Espírito Santo deu a revelação: “Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria
pela morte antes de ver o Cristo do Senhor.” (Lc 2.26).
O Espírito Santo no
batismo e na tentação de Jesus
Maravilhosa foi a cena
presenciada por João! Quando Jesus foi batizado, ao sair o Filho de Deus da
água, viu o sinal: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o
que batiza com o Espírito Santo.” (Jo 1.33). Lucas, por sua vez, informa:
“... estando ele a orar,
o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como
pomba...” (Lc 3.21,22). Assim, quando viu este sinal, João sabia que diante
dele estava o Cristo.
Antes lançar-Se ao Seu
ministério público “... foi Jesus levado pelo Espírito no deserto, para ser
tentado pelo Diabo.” (Mt 4.1).
O Espírito Santo e o
ministério de Cristo
Lucas descreve o
caráter maravilhoso do ministério de Jesus e o relaciona com o Espírito Santo,
dizendo: “Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galileia, e a
sua fama correu por toda a circunvizinhança.” (Lc 4-14). O ministério de Jesus,
que durou cerca de três anos e meio, foi exercido no poder do Espírito Santo.
Com este poder dominou todos os inimigos do gênero humano, como: poder sobre os
demônios, sobre as enfermidades, sobre a natureza, sobre as circunstâncias e
sobre a morte.
O Espírito Santo na
Igreja
Já observamos que Jesus
não somente foi cheio do Espírito Santo, como também é o batizador com o mesmo
Espírito (Mt 3.11). A unção que Jesus recebeu por ocasião do Seu batismo no
Jordão foi mais que um revestimento espiritual temporário para o exercício de
Seu ministério (Jo 1.33).
Jesus completou Sua
obra redentora e tornou-Se o intermediário dessa gloriosa bênção para os Seus
discípulos ou Sua Igreja. Em seu discurso no dia de Pentecostes, Pedro disse:
“... Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do
Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.” (At 2.33).
O derramamento do
Espírito Santo no dia de Pentecostes, descrito em Atos 2, foi o cumprimento da
promessa de envio do Consolador. Jesus assim prometera antes da Sua morte (Jo
14 e 16). Era a vinda do Espírito Santo, dessa maneira especial, que quase
cento e vinte pessoas esperavam no Cenáculo (At 1.15). Era este o meio de
habilitá-las para o cumprimento da grande missão que haviam recebido.
O Espírito Santo é
invisível, porém podem ser vistas as manifestações de sua presença e do Seu
poder. No dia de Pentecostes, o Espírito sobreveio aos discípulos como o som
como de um vento veemente e impetuoso. Também foram vistas línguas como que de
fogo. As suas mentes e os seus corpos foram dominados. “Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes
concedia que falassem.” (At 2.4).
O Livro de Atos dos
Apóstolos tem sido chamado acertadamente de “Atos do Espírito Santo”. O impacto
que sofreram os discípulos com a morte de Jesus e a predominância da versão de
que os discípulos tinham roubado Seu corpo do túmulo seria o suficiente para
levá-los a abandonarem a tarefa de continuar pregando o Evangelho. Mesmo crendo
que Jesus ressuscitara de fato fariam, como muitos em nossos dias, que “tudo
sabem” e nada fazem. Foi o Espírito Santo a provisão divina para Seus
seguidores desanimados.
Os discípulos não foram
revestidos do poder do Espírito apenas em caráter temporário. Reconheceram a
necessidade de constante revigoramento espiritual.
Sentiram que, para serem
vitoriosos nas lutas contra o poder de Satanás, precisavam ser fortalecidos no
poder do Espírito de Deus.
Os cristãos primitivos
consideravam indispensável a operação do Espírito Santo, inclusive para a
solução dos problemas surgidos na Igreja. Você, eu, todos nós dependemos deste
recurso divino, até a vinda de Cristo. O movimento que começou no Pentecostes e
continua até a presente época tem sido resultado direto da operação poderosa do
Espírito Santo.
O Espírito Santo no
Milênio
Através da dispensação
da graça, o Espírito Santo tem sido o Executivo da Igreja.
Pela história da
Igreja, notamos que, ao longo do tempo, Ele tem sido honrado e a Igreja tem
usufruído de reavivamento espiritual.
No Milênio, entretanto,
haverá um novo governo. Um rei reinará em justiça.
Até mesmo o deserto,
tipo da ilegalidade e da opressão, estará debaixo de um governo justo (Is
35.1,6). Haverá renovação total como resultado do ministério do Espírito de
Deus durante o milênio. Este é o clímax e a consumação do novo pacto que Deus
prometeu fazer com o Seu povo. É, de fato, comovente testemunhar mais e mais a
operação do Espírito Santo, pessoa sempre presente em todas as dispensações,
por ser a Terceira Pessoa Divina.
IV. O ESPÍRITO SANTO NO
CRENTE
O Espírito Santo é, na
atual dispensação, o grande Executivo da vontade divina no plano da redenção,
relativamente aos crentes.
O conteúdo deste Texto
tem a finalidade de conscientizar-nos sobre o quão maravilhoso é sabermos o que
o Espírito Santo pode realizar no crente individualmente.
O Espírito Santo traz
convicção
Há muitas coisas que o
Espírito Santo pode fazer no homem para despertar inteira convicção de suas
relações com Deus. Ele leva o homem a sentir que é pecador, desperta-lhe a
consciência de pecador, constrange-o a admitir a insensatez de trilhar no
caminho do pecado e de morrer sem Cristo e enternece lhe o coração humano. O
Espírito Santo também convence o mundo da justiça de Cristo. O Espírito ainda
convence os homens do julgamento, “porque o príncipe deste mundo já está julgado.”
(Jo 16.11).
O Espírito Santo produz
regeneração
Depois que é convencido
do pecado, da justiça e do juízo, o homem sente sua própria necessidade de
renascer. Através deste acontecimento, o homem pode tornar-se filho de Deus.
A regeneração é de
natureza espiritual. É obra do Espírito Santo. A natureza humana corrompeu-se
e, por isso, precisa sofrer mudança radical. Esta mudança começa com o novo
nascimento.
As novas atitudes, as
decisões sensatas e o comportamento correto do homem sob o controle do Espírito
Santo são efeitos da regeneração por Ele operada, a qual atinge os três
aspectos da natureza humana: o pensamento, o sentimento e a vontade.
Tudo isto acontece como
efeito das ações do Espírito Santo na vida humana.
O Espírito Santo produz
santificação
O sangue de Jesus e a
Palavra de Deus são meios capitais de santificação.
Essencialmente,
santificação significa um ato de Deus separando alguma coisa ou pessoa para um
serviço sagrado.
A carne é o grande
obstáculo para a santificação. Mas, ao sentirmos os impulsos da velha natureza,
podemos ter a certeza de que temos um grande “aliado” na pessoa do Espírito
Santo.
O Espírito Santo,
agente da cura divina
O Espírito Santo
distribui os dons de cura, sustenta a vida do homem e torna reais as provisões
de Cristo. A ação do Espírito Santo em favor do nosso corpo está revelada na
Palavra de Deus. Conservemo-nos em plena harmonia com a Palavra e com o
Espírito de Deus e estejamos certos de que os nossos corpos mortais são
vivificados pelo “Espírito de Vida”.
O Espírito Santo e o
arrebatamento da Igreja
O arrebatamento da
Igreja será um evento glorioso a constituir a consumação da obra salvadora em
nós. E também chamado “a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).
O arrebatamento será
imediatamente precedido da ressurreição dos mortos em Cristo. Por meio de
diversos sinais e revelações, o Espírito Santo mantém alerta o exército de Deus
na terra, a lutar e crendo que o arrebatamento da Igreja de Cristo não tardará
(Hb 10.37).
Quando o relógio de
Deus marcar a hora final desta dispensação e o momento exato para o retorno do
Senhor Jesus, haverá forte onda de poder do Espírito Santo.
Este poder, que um dia
levantou Cristo dentre os mortos, ressuscitará a todos os mortos em Cristo (l
Ts 4.16) e transformará os crentes que estiverem vivos, num abrir e fechar de
olhos, em corpo semelhante ao do Senhor (I Co 15.51-53).
O BATISMO NO ESPÍRITO
SANTO
Aos quase cento e vinte
homens e mulheres que esperavam no Cenáculo, sobreveio uma experiência que
resultou em completa mudança de vida. Não eram mais as pessoas de outrora.
Aquele João que desejava um lugar ao lado do trono de Cristo e aquele Pedro que
O negara perante uma serva do Sumo Sacerdote estavam agora dominados pelos
melhores sentimentos de altruísmo e abnegação. O Espírito Santo transformara
radicalmente a vida daqueles crentes.
Predição profética do
batismo no Espírito Santo
O evento do batismo no
Espírito Santo não devia surpreender, nem confundir os estudantes das
Escrituras do Antigo Testamento, pois já era uma bênção prometida, relacionada
com o plano divino da salvação em Cristo, e fora predita por Joel (J12.28,29),
Isaías (Is 44-3), João Batista (Mt 3.11) e Jesus (Lc 24.49; At 1.5).
Algumas vezes, pode não
haver demora entre conversão e o recebimento do batismo no Espírito Santo,
especialmente se a pessoa já está instruída e crê nas duas bênçãos. Quando
alguém está faminto das bênçãos de Deus e se entrega a Ele de coração, o céu
pode se abrir para essa pessoa de modo maravilhoso. Observemos as atitudes de
Jesus com relação ao batismo no Espírito Santo: Ele animou Seus discípulos a
pedirem e a esperarem.
O batismo individual no
Espírito Santo
O dia de Pentecostes
foi e continua sendo um dia modelo para a Igreja. Como resultado dessa
experiência, Pedro pregou com tal poder que cerca de três mil almas se
converteram. Os pontos básicos destacados por Pedro (At 2.38,39) quanto aos
destinatários da promessa do batismo no Espírito Santo foram:
a) a promessa é para
vós;
b) para os vossos
filhos;
c) para todos os que
ainda estão longe.
Todos, indistintamente,
necessitam ser batizados no Espírito Santo. A necessidade é real e comum a
todos os crentes em Cristo; triste daquele que não a sente. Ê alguém fraco na
fé cuja condição o torna carente das preciosas bênçãos do amor de Deus!
Novo nascimento e
batismo no Espírito Santo
O novo nascimento é a
experiência espiritual decisiva pela qual a alma é renovada pelo Espírito
Santo, mediante a comunicação da vida divina. E o poder do Espírito Santo que
transmite ao crente uma nova natureza.
O batismo no Espírito
Santo é um ato de Deus pelo qual o Espírito sobrevêm ao crente, enchendo-o
plenamente. É a vinda do Espírito Santo para encher e apoderar-se dos filhos de
Deus, como propriedade exclusivamente Sua.
O propósito do batismo
no Espírito Santo
Em sentido amplo, o
batismo no Espírito Santo exerce grande poder santificador na vida do crente,
mas, primariamente, o ministério de santificação do Espírito é diferente disto.
De acordo com as
palavras do Senhor, o principal propósito do batismo é torná-los testemunhas
poderosas de Jesus em toda a terra: “... e serei minhas testemunhas...”
(At 1.8). O batismo no
Espírito Santo habilita os crentes a testemunharem efetivamente de Cristo,
inclusive nas circunstâncias difíceis e perigosas.
V. OS DONS DO ESPÍRITO
SANTO
Antes de tudo, é
necessário definirmos o termo dons. Geralmente, quando pensamos em dons,
vem-nos à mente alguma coisa tangível, que nos é dada por possessão, para ser
usada quando e como queremos. Os dons do Espírito Santo não são coisas que
possam ser guardadas e usadas por qualquer pessoa. Os dons do Espírito Santo
encontram-se enumerados na Bíblia em três passagens: Romanos 12.6-8, 1
Coríntios 12.4-11 e Efésios 4-11.
Os dons são importantes
para a Igreja , conforme afirma Paulo em 1 Coríntios 12.1, pois, por meio
deles, consumam-se: o aperfeiçoamento dos santos, a obra do ministério e a
edificação do corpo de Cristo.
Os dons não se destinam
à edificação ou ao prazer de quem os detém, mas à edificação da Igreja (1
Coríntios 14.5-12; 12.7) unicamente.
A palavra grega karisma
não é encontrada em nenhum dos Evangelhos, nem em Atos, mas somente nas
Epístolas. Esta palavra significa literalmente habilitação do favor e da graça
de Deus. Dividimos o estudo dos dons em três grupos: Dons de Revelação;
Dons de Alocução; e
Dons de Poder.
Dons de revelação
A este grupo de dons
referem-se:
1. Palavra da Sabedoria
(I Co 12.8). E a participação parcial da infinita sabedoria de Deus, dada a
conhecer através da instrumentalidade de um crente, para a solução de
problemas.
2. A Palavra do
Conhecimento (I Co 12.8). E a revelação dada ao crente de ações e fatos que se
baseiam no perfeito conhecimento de Deus.
3. Discernimento de
Espíritos (I Co 12.10). Através deste dom, Deus revela ao crente a fonte e o
propósito de toda e qualquer forma de poder espiritual presente em determinado
ambiente.
Dons de alocução
Dizem respeito a este
grupo os seguintes dons:
a) O Dom de Profecia (I
Co 12.10). É uma manifestação do Espírito de Deus e não da mente do homem; é concedido
a cada um visando a um fim proveitoso para a Igreja.
b) O Dom de Variedade
de Línguas (I Co 12.10). Quanto à forma, o falar em línguas como dom, em sua
essência, é algo idêntico ao falar em outras línguas, na experiência inicial do
batismo, descrita no Livro de Atos, sendo, no entanto, diferente quanto ao seu
propósito e operação. Tem como propósito confirmar a palavra ensinada e sua
existência é bíblica (I Co 13.8).
c) Interpretação das
Línguas (I Co 12.10). O dom de interpretação de línguas é o único dom cuja
existência e função depende de outro dom, o da a variedade de línguas.
Consequentemente, não havendo dom de variedade de línguas não há a operação de
interpretação dessas línguas. “Interpretação”, aqui, não é o mesmo que
tradução. A interpretação, geralmente, alonga-se mais que uma tradução.
Dons de poder
A concessão de dons por
Deus ao homem inclui neste grupo:
1. Dom da Fé (I Co
12.9). Este dom envolve uma fé especial, diferente da fé para a salvação. O dom
da fé produz uma fé sobrenatural; verdadeiro apelo a Deus no sentido de que Ele
intervenha quando todos os recursos humanos se esgotam.
2. Dom de Curar (I Co
12.9). O poder para curar é muito desejado, em virtude de ser um sinal
eloquente e ostensivo na confirmação da mensagem do Evangelho, como também em
razão da verdadeira simpatia cristã para com os sofredores e do desejo de
pronunciar lhes alívio. A semelhança de todos os outros, este dom depende da
soberania de Deus. A respeito do dom de curar, consideremos que a cura pode ser
operada gradualmente.
3. Dom de Operações de
Milagres (IC o 12.10). Ambas as palavras, operações e milagres, aparecem no
original grego no plural e sugerem que há uma variedade de modos de milagres e
atos de poder ligados a esse dom. Por milagres e maravilhas entende-se todo e
qualquer fenômeno que altere uma lei divina conhecida e preestabelecida.
“Milagres” e “maravilhas” são o plural da palavra “poder” em Atos 1.8 e
significam: atos de poder gloriosos, sobrenaturais que vão além do que o homem
pode ver ou compreender.
Em breve estaremos de volta com a quarta parte
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