Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
Contatos 0+operadora (Zap)21 987704458
Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com
Resumo da matéria
1. A PROVIDÊNCIA SALVADORA
2. QUATRO ASPECTOS DA PROVISÃO DE CRISTO QUANTO À SALVAÇÃO
3. ARREPENDIMENTO
4. Fé
5. A JUSTIFICAÇÃO
6. A REGENERAÇÃO
7. A ADOÇÃO
8. A SANTIFICAÇÃO
9. ADVERTÊNCIAS E PROMESSAS
10. A GLORIFICAÇÃO
QUATRO ASPECTOS DA PROVISÃO DE CRISTO QUANTO À
SALVAÇÃO
Certo
homem calculou que, se os três anos e meio do ministério público de Cristo
tivessem sido totalmente registrados como foram os três últimos dias, teríamos
que acrescentar 8.400 páginas à Bíblia. Certamente, a ênfase dada a estes três
últimos dias revela sua importância. Toda esta Lição está dedicada ao exame dos
dois grandes eventos que ocorrem durante estes três dias: a morte de Cristo e
Sua ressurreição.
Ao estudarmos estes dois grandes eventos,
encaremo-los como a provisão de Cristo para a salvação do mundo, considerando
quatro aspectos diferentes da salvação:
1. Substituição;
2. Ressurreição;
3. Reconciliação;
4. Redenção.
São quatro pontos de vista inter-relacionados,
dos mesmos eventos (ver gráfico a seguir). Mesmo assim cada conceito tem uma
ênfase específica que ensina uma verdade valiosa a respeito da provisão que
Deus fez para salvação. Ao enfatizarmos a substituição, ressaltaremos a culpa
do homem que quebrou a Lei de Deus. A ênfase da ressurreição de Cristo é a Sua
vitória sobre o aguilhão e o poder da morte. Ao estudarmos a reconciliação,
contemplaremos a cruz como o meio de vencer a inimizade que existia entre Deus
Santo e o homem pecador. Finalmente, ao falar da redenção, ressaltaremos a
libertação da humanidade da escravidão do pecado.
SUBSTITUIÇÃO (Culpa)
RESSURREIÇÃO (Morte)
REDENÇÃO (Escravidão)
RECONCILIAÇÃO (Inimizade)
Resumo deste segmento:
1. Substituição: o Problema da Culpa do Pecador
2. Ressurreição: o Problema da “Morte
Espiritual” do Pecador
3. Reconciliação: o Problema da Alienação do
Pecador
4. Redenção: o Problema da Escravidão do
Pecador
5. O Preço da Redenção do Pecador
TEXTO 1
SUBSTITUIÇÃO: O PROBLEMA DA CULPA DO PECADOR
A Bíblia
não deixa dúvida alguma quanto à exigência de Deus para a salvação, que é
perfeita retidão (Lv 18.5; Ez 18.5-9; Mt 19.17). Deus nunca reduziu Seu padrão
e nunca o fará (Rm 3.20).
Estes fatos colocam o homem num dilema horrível.
Sendo incapaz de viver uma vida em estado perfeito. Seu legado o condena à
morte: contudo há solução para esta situação crítica: A substituição vicária de
Cristo mediante Sua morte, a qual cumpriu a exigência divina da retidão humana
através da Sua vida e obediência. A Penalidade pela Culpa do Homem O homem não
somente está excluído do céu por causa do seu pecado, além disto, está
sentenciado à morte. “... a alma que pecar, essa morrerá. ” (Ez 18.4). Deus
proferiu esta sentença para o pecador, portanto, terá de julgá-lo. Alguns têm
erroneamente pensado que, visando salvar o homem, Deus simplesmente aboliu a
necessidade da realização da penalidade ou aboliu a dívida do pecado. Deus não
simplesmente apagou a dívida, Ele mesmo pagou essa dívida na pessoa do Seu
Filho, Jesus Cristo. Nenhum favor da graça divina poderia ter lugar até que a
dívida de toda transgressão do pecado fosse paga totalmente. Deus não poderia
contemplar o pecado em grau algum de tolerância; mesmo assim Ele amava a
humanidade e queria que todos os homens tivessem oportunidade de salvação.
Destarte, voltou-se à única solução possível: Seu Filho, que morreria
vicariamente no lugar de todos os homens, provendo assim, a salvação para todos
aqueles que escolhessem aceitar, pela fé, esta obra redentora. A Bíblia diz
que: “Aquele que não conheceu pecado, ele (o Pai) o fez (Cristo) pecado por
nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. ” (2 Co 5.21). Não quer
isto dizer que Cristo tomou-se pecador, mas, sim, explica que tomou sobre Si a
plena responsabilidade pelos nossos pecados.
“... Jesus, por causa do sofrimento da morte ...
para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. ” (Hb 2.9). “...
o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. ” (Is 53.6). “Pois
também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos ...”
(1 Pe 3.18).
A Insuficiência do Homem para Salvar-se A morte
vicária de Cristo satisfez as exigências da Lei quanto à morte pelo pecado. Ha
via, porém, uma segunda exigência que precisava ser cumprida para trazer o
homem ao céu. Era a sua perfeita obediência à Palavra de Deus (Rm 10.5; G1
3.12). Esta segunda exigência pode ser melhor entendida mediante a seguinte
ilustração. Certa vez, um homem muito pobre, que tinha muitas dívidas, queria
comprar uma nova moradia. Ora, este homem estava diante de dois problemas. Em
primeiro lugar, estava endividado. A fim de satisfazer esta necessidade, um seu
amigo rico liqüidou a dívida. Mas permaneceu o segundo problema: o homem pobre
não tinha dinheiro. Meramente estar livre de dívidas não o capacitava a comprar
a nova moradia. Para resolver este segundo problema, o amigo deu-lhe um cheque
para pagar o preço total da casa. Para obter nosso lar eterno no céu, nós
precisávamos de uma transação semelhante. Não somente Cristo teve de pagar
nossa dívida pelo pecado mediante Sua morte como também Sua vida de obediência
perfeita serviu como o “preço da justiça para cumprir a exigência da perfeita
obediência, mediante o que, obteve para nós um lar no céu.
“Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e
procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.
Porque o fim (cumprimento) da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que
crê. ” (Rm 10.3,4). (Ver também Fp 3.9; 1 Co 1.30).
TEXTO 2
RESSURREIÇÃO: O PROBLEMA DA “MORTE ESPIRITUAL”
DO PECADOR
Sem ressurreição, a cruz teria feito de Cristo
o maior mártir do mundo. Mas a cruz, com ressurreição, fez dEle o único
Salvador do mundo! A morte vicária de Cristo removeu todos os obstáculos legais
para o recebimento da vida espiritual, mas somente o poder da ressurreição
poderia levar os homens alcançarem esta nova vida. “... segundo a sua muita
misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de
Jesus Cristo
dentre os mortos.” (1 Pe 1.3). Esse Viver Que,
Agora, Tenho ...” Paulo reconhecia a importância, tanto da cruz como do túmulo
vazio. Declarou que seu velho “eu” pecador fora morto mediante a identificação
com o Salvador crucificado e que lhe fora concedida vida nova mediante a
comunhão com o Salvador vivo.
Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou
eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne,
vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. ”
(G1 2.19,20).
O versículo anterior comprova o fato de que a
ressurreição é muito mais que um mero evento histórico. A ressurreição é a
prova de que Cristo vive para elevar aqueles que nEle creem, de um estado de
morte espiritual para um de vida espiritual. “... e estando nós mortos em
nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,
e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus. ” (Ef 2.5,6). O poder de Cristo que nos ressuscita
da morte espiritual à vida eterna, não está limitado à experiência única da
salvação, mas, sim, é uma força crescente que nos capacita a viver abundantemente
em Cristo cada dia. Este poder aumenta cada vez, à medida que conhecemos a
Cristo mais profundamente, à medida que temos mais íntima comunhão com Ele e
ficamos cada vez mais conformados a uma vida de santidade.
“para o conhecer, e o poder da sua ressurreição,
e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte. ” (Fp
3.10).
A Vida Que Viverei A Bíblia não promete que os
crentes serão poupados da morte física. O que a Bíblia promete mesmo é a nossa
vitória final sobre a morte.
“O último inimigo a ser destruído é a morte...
Onde está, ó morte, a tua vi tória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?...
Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus
Cristo. ” (1 Co 15.26,55,57).
A ressurreição de Cristo é a garantia da vitória
sabre morte. Cristo foi o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, para nunca
mais morrer, e todos os salvos seguirão o Seu exemplo. “Mas, de fato, Cristo
ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. ” (1Co
15.20). A Ressurreição dos Justos e a dos ímpios A Bíblia fala de dois tipos de
morte e de dois tipos de vida. A morte física é a separação entre o corpo e o
espírito. A morte espiritual é a separação entre o espírito do homem e Deus.
Destarte, parecendo um absurdo, um homem pode estar fisicamente vivo, embora
esteja espiritualmente morto em delitos e pecados (Ef 2.1). Da mesma maneira,
uma pessoa pode estar viva, tanto física quanto espiritualmente. Trata-se da
vida do crente que desfruta de comunhão com Deus (Ef 2.5). Quando um homem
morre fisicamente, permanece durante toda a eternidade naquele estado
espiritual em que estava no momento da sua morte, Se estiver espiritualmente
morto no pecado, permanecerá eternamente separado de Deus. Se estiver
espiritualmente vivo em Cristo, permanecerá em comunhão com Deus para sempre.
“... Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.
” (Jo 11.25). Ao falar da eternidade do homem, é importante lembrar que toda
alma existirá eterna mente. Tanto o crente fiel e santificado, como o
descrente, morrem; ambos serão ressuscitados da morte física. Os crentes, no
entanto, desfrutarão da vida eterna, porquanto, espiritualmente, estão em
comunhão com Deus. Esta é a ressurreição para a vida. O descrente será
ressuscitado, mas somente para enfrentar o julgamento e a morte eterna, ou a
separação de Deus. Esta é a ressurreição para a condenação eterna. (Jo 5.28,29;
At 24.15; e Ap 20.6).
TEXTO 3
RECONCILIAÇÃO: O PROBLEMA DA ALIENAÇÃO DO
PECADOR
No primeiro Texto desta Lição aprendemos que a
morte vicária de Cristo pagou a dívida pela imperfeição do homem perante a Lei.
Nesta Lição veremos que a morte de Cristo
também aboliu a alienação entre o Deus santo e o homem pecador. A Reconciliação
Iniciada A razão fundamental em reconciliar o homem com Deus, não era o ódio de
Deus contra o homem, mas, sim, o pecado do homem. Deus nunca cessou de amar o
homem e esteve sempre disposto à reconciliação com ele. Permanecendo o homem
caído no pecado, a santidade de Deus, e Seu repúdio ao pecado, impediam-no de
ter comunhão com os homens. O próprio Deus providenciou a solução para o
restabelecimento da comunhão com a humanidade. Até mesmo quando o homem ainda
era hostil a Ele, Deus procurava reconciliar o homem consigo mesmo.
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco
pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. ” (Rm 5.8).
“... se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do
seu Filho ...” (Rm5.10). “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou
a palavra da reconciliação. ” (2 Co 5.19).
A Reconciliação Completada A morte de Cristo
providenciou a reconciliação entre o homem e Deus. Na cruz, Cristo carregou a
responsabilidade pelos pecados da humanidade. No momento da Sua morte, Cristo
exclamou triunfante: “Está consumado”. Isto não se referia à Sua vida física,
pelo contrário, era declaração de que a obra de reconciliação entre Deus e o
homem estava completa. Cristo tinha realizado a provisão da salvação, e assim
destruíra para sempre a separação entre Deus e o homem (Is 59.2). A
reconciliação fala da comunhão restaurada com Deus, para o pecador que dEle se
aproxima através do sacrifício reconciliador de Seu Filho. O fato de que a obra
de Cristo na cruz garantiu provisão para a reconciliação entre o homem e Deus, não significa que todos os homens
estejam bem com Deus.
Este processo de reconciliação não depende exclusivamente
da obra do Mediador, mas, da provisão da morte de Jesus.
Tudo quanto resta ao homem é aceitar esta
provisão de paz, garantindo seu feliz destino eterno.
“De sorte que somos embaixadores em nome de
Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois,
rogamos que vos reconcilieis com Deus. ” (2 Co 5.20).
Deus Não Muda É falso o conceito popular de que
o Deus descrito no Antigo Testamento tornou-se mais gracioso e misericordioso
no Novo Testamento. Este modo de pensar revela um grande mal entendido acerca
da natureza de Deus. Deus não muda de uma geração para outra, nem do Anti go
Testamento para o Novo (Tg 1.17). Ele é eternamente, um Deus de santidade e
amor, que está irado com o pecado, mas deseja que todos os homens sejam salvos.
Cristo não constrangeu o Pai a nos amar mais; pelo contrário, Ele proveu o meio
pelo qual o obstáculo entre Deus e o homem, a saber, o pecado, fosse removido.
Mas, como os santos do Antigo Testamento foram reconciliados com Deus? A
resposta é achada na palavra kafar do Antigo Testamento, que significa cobrir,
e que é traduzida por expiar. Deus cobriu os pecados dos crentes do Antigo
Testamento até ao tempo em que a morte de Cristo os cancelasse. Assim, eram
reconciliados com Deus os santos da antigüidade, tendo em vista a remoção
futura dos seus pecados, mediante o sacrifício de Cristo.
“a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua
tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. ’’ (Rm 3.25).
Outra palavra importante referente à
reconciliação é a palavra grega hilascomai, traduzida por propiciação, no Novo
Testamento. Esta palavra significa reconciliar ou aplacar, propiciar. A
propiciação relembra a morte de Cristo solucionando o problema do pecado (Rm
3.25; 1 Jo 2.2), ao passo que a expiação refere-se ao fato do pecado ser
mantido coberto até à morte de Cristo. NOTA: A palavra expiação está ligada ao
Antigo Testamento e a cobrir dos pecados. Propiciação é uma palavra do Novo
Testamento referente à obra de Cristo, a saber, a reconciliação na cruz. Mui
ta confusão decorre de incoerência nas traduções, como vemos nos exemplos a
seguir. Propiciação aparece em Êx 32.30, como tradução de kafar no Antigo
Testamento, a expiação aparece uma vez no Novo Testamento (ARC) como a tradução
de hilascomai(Hb 2.17), quando sabemos que expiação é uma palavra do Antigo
Testamento, assim como propiciação é do Novo Testamento.
TEXTO 4
REDENÇÃO: O PROBLEMA DA ESCRAVIDÃO DO PECADOR
Nos três Textos anteriores estudamos como a
obra da salvação feita por Cristo solucionou o dilema do homem na área da
substituição, da ressurreição e da reconciliação. A redenção envolve todas
estas ideias e ainda um quarto aspecto; este é o problema do homem como escravo
do pecado e dos poderes das trevas. A redenção é a resposta de Deus à
escravidão do pecado do homem.
A Redenção no Antigo Testamento A base da
redenção tem sua origem no conceito de resgate ou de reaver mediante o
pagamento de um preço de resgate. No Antigo Testamento, se um homem ficasse
muito endividado, correria o risco de perder sua herança (terras) e de ser
vendido como escravo. Sua única esperança seria algum parente pagar o preço da
redenção, restaurando-lhe, assim, sua liberdade e sua herança (Lv 25.51). Um
exemplo no Antigo Testamento do uso da palavra redenção, acha-se no caso do
homem que tivesse um boi bravo e este viesse a atacar as pessoas; o dono do
boi, ainda que tendo consciência do perigo em potencial, não prendia o animal
devidamente. Se aquele boi chifrasse alguém e o matasse, o dono poderia ser
morto a não ser que o preço de “resgate” (o dinheiro do sangue) fosse pago como
resgate (Ex 21.30).
Podemos ver neste exemplo, paralelamente o
problema do homem. Todos os homens estão endividados, tendo perdido sua herança
espiritual e tendo se tomado escravos do pecado. Para salvar-nos, Cristo
tomou-se nosso parente, disposto a pagar o preço da nossa dívida. Redimiu nos,
pagando nossa dívida com Seu sangue, e adquirindo nossa vida e nossa liberdade.
O conceito
central de redenção, é pois, libertar alguém pagando o preço do seu resgate. A
Redenção no Novo Testamento O Novo Testamento descreve a redenção em termos da
compra de um escravo no mercado de escravos. Há três palavras gregas que são
traduzidas por redenção. A primeira é agorazo, que significa comprar no mercado
de escravos. Esta palavra é usada geralmente para destacar o preço pago pela
nossa salvação (Ap 5.9) Outra palavra, exagorazo, é semelhante, mas acrescenta
a ideia de retirar a pessoa do mercado de escravos após a transação. Esta
palavra é usada para destacar a libertação do crente das reivindicações
jurídicas que a lei tem contra ele (G1 3.13; 4.5). A terceira palavra é lutroo,
que significa comprar o escravo e dar-lhe plena liberdade. Esta palavra é usada
para descrever a redenção como a liberdade da escravidão ao pecado.
Liberdade do Poder da Culpa As explicações
supra, enfatizam o fato de que a redenção sempre envolve a libertação de algum
tipo de escravidão. A primeira escravidão que subjuga o homem pecaminoso é a
escravidão do poder da culpa. O crente deve regozijar-se no fato de que Deus
não somente livrou-o da penalidade do seu crime, mas também pagou o preço da
sua penalidade. Visto que foi pago o preço dos seus pecados, o crente não
precisa sentir-se culpado, nem condenar-se.
tendo obtido eterna redenção... muito mais o
sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula
a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus
vivo!” (Hb 9.12,14).
Isto é semelhante ao propósito da substituição e
da reconciliação. Cada aspecto, no entanto, dá uma perspectiva diferente da
morte de Cristo. A substituição vê o sacrifício do ponto de vista da Lei, a
reconciliação o vê do ponto de vista de Deus, e a redenção vê a cruz do ponto
de vista do homem que agora está livre da Lei e da culpa pessoal (G1 3.13). Libertação
do Poder das Trevas Todo crente vive no meio de um campo de batalha espiritual.
Tanto os poderes da luz quanto os poderes das trevas querem a sua lealdade. Sem
o poder redentor da morte de Cristo não haveria esperança alguma para a
humanidade; estaríamos totalmente escravizados pelo poder das trevas. Porém,
mediante a provisão de Cristo, todo homem pode ser libertado do poder das
trevas.
“O qual nos tirou da potestade das trevas; e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu
sangue ...” (Cl 1.13,14-). “e, despojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz■” (Cl 2.15).
Em Cristo, já não estamos escravizados ao poder
de Satanás. E temos a necessidade de constante cautela e perseverança para
resistir aos ataques do Maligno. A melhor defesa contra Satanás é o uso
constante da armadura espiritual descrita em Efésios 6.11-17. Libertação do
Poder do Pecado A redenção operada por Cristo não somente nos redime da culpa
do pecado, como também do poder do pecado.
“o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de
remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente
seu, zeloso de boas obras." (Tt 2.14). Fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram." (1 Pe 1.18).
A morte de Jesus dotou o homem do poder de
servir a Deus fielmente.
É possível haver crentes fracos, mas é impossível haver crentes sem poder quando se habilitam a usar todo o poder do céu que está à sua disposição na luta contra o pecado. Mesmo assim, se o homem resolve, ou não quer utilizar este poder divino, permanecerá fraco, indefeso e inapto quanto à sua capacidade de resistir ao pecado.
Próxima matéria:
O ARREPENDIMENTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário