Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Resumo da matéria
1. A PROVIDÊNCIA SALVADORA
2. QUATRO ASPECTOS DA PROVISÃO DE CRISTO QUANTO À SALVAÇÃO
3. ARREPENDIMENTO
4. Fé
5. A JUSTIFICAÇÃO
6. A REGENERAÇÃO
7. A ADOÇÃO
8. A SANTIFICAÇÃO
9. ADVERTÊNCIAS E PROMESSAS
10. A GLORIFICAÇÃO
Nesta oportunidade vamos meditar na Palavra de Deus no Livro deTito 2.14 que nos diz:
O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
1. A PROVIDÊNCIA SALVADORA
A Bíblia nos diz que Cristo é, tanto o “Autor” como o “Consumador” da nossa fé (Hb 12.2). O título “Autor” refere-se à provisão da salvação por Cristo, e, “Consumador” refere-se à aplicação desta salvação. Através da Sua vida imaculada e Sua morte expiatória, Cristo providenciou a salvação e, à medida que ela é aplicada às pessoas, individualmente, é Cristo que está completando a Sua obra, até o momento da glorificação dos salvos.
Nesta matéria iremos estudar a providência salvadora de Cristo, tendo em mente três alvos específicos.
O primeiro alvo mostrará a necessidade de salvação do homem e sua incapacidade de adquiri-la através dos seus próprios esforços.
O segundo alvo será compreender a graça de Deus como a causa primária da salvação; graça esta que não é baseada na obrigação divina nem em mérito humano.
Foi o constrangimento íntimo do amor divino que levou Deus a providenciar os meios para salvação do homem.
Nosso terceiro alvo terá como objetivo mostrar porque a encarnação e morte de Cristo são elementos essenciais e absolutos para a salvação.
Somente através de Cristo, Deus poderia remover o pecado do homem sem fazer distorção à Sua divina justiça e santidade.
I. O pecado do homem
Nosso estudo sobre o que a Bíblia ensina a respeito da salvação, deve começar explicando quem é que necessita da salvação e por quê.
A Bíblia, claramente nas ensina que perante Deus, todos os homens levam a culpa do seu próprio pecado, sendo assim alienados da Sua glória e destinados a sofrer as consequências da Sua ira.
Além disso, a Bíblia explica que o homem por si mesmo, nada pode fazer para merecer a salvação. Cada homem pode ser descrito como um paralítico espiritual, aguardando o “braço salvador” do Senhor para que possa ser levantado da miséria do pecado (Is 59.16).
A Depravação Total A raiz do problema que cada homem confronta é a sua própria natureza pecaminosa. Desde que nasce, o homem é inclinado ao pecado por isso é incapaz de agradar a Deus.
Notemos alguns versículos que mostram este problema:
“... em pecado me concebeu minha mãe” (SI 51.5). “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas. ” (Jr 17.9). “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum ...” (Rm 7.18)
Esta natureza pecaminosa é uma herança que todos os homens recebem através de Adão.
O pecado de Adão introduziu a morte no mundo e implantou no homem uma natureza pecaminosa, colocando assim toda a criação sob o julgamento de Deus.
"... estando vós mortos nos vossos delitos e pecados... segundo o curso deste mundo... fazendo a vontade da carne... éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.1-3).
Esta natureza pecaminosa, que todos os homens herdaram através de Adão, é chamada “de depravação total. Esta expressão não significa que o homem seja absolutamente mau em todas as situações da sua vida, apesar de todas as áreas do seu ser, corpo, alma e espírito estarem afetadas pela pecaminosa “natureza adâmica”.
II. A providencia salvadora
A Culpa Universal Salomão observou que não havia homem algum que não necessitasse da salvação: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque ” (Ec 7.20).
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo fez a mesma observação: “... Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10).
Muitos chamam a si mesmos justos, simplesmente porque vivem uma vida melhor, mais aceitável do que seus vizinhos. Porém trata-se de uma comparação no padrão humano de julgamento. Devemos compreender que Deus não nos avalia comparando-nos com o nosso próximo, mas pelo padrão de justiça: “... e todas as nossas justiças como trapo da imundícia ... ” (Is 64.6). “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Na Bíblia, Deus nos tem revelado Seu padrão, na Lei, para vivermos uma vida justa; porém, homem algum foi capaz de alcançá-lo perfeitamente.
O padrão de vida exposto por Deus, nunca foi destinado a ser o caminho da salvação para ninguém; nem nos tempos do Antigo Testamento, nem nos dias de hoje.
Teoricamente, uma pessoa poderia obter salvação através da sua perfeita obediência à Lei durante toda a sua vida, porém, ninguém, exceto Cristo, foi capaz de guardar toda a Lei.
Podemos compreender com mais clareza o propósito de Deus em dar a lei, se pensarmos nela como se fosse um espelho. Um espelho pode refletir um rosto sujo mas não pode limpá-lo.
Igualmente, a lei pode mostrar ao homem quão pecaminoso ele é, mas não pode salvá-lo do pecado: “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus ...” (G1 3.11)A lei simplesmente mostra a incapacidade do homem de salvar-se a si mesmo, uma vez que ele é incapaz de guardá-la.
A Culpa de Adão Há muito tempo atrás, o erudito Agostinho propôs uma teoria onde afirmava que todos os homens são culpados diante de Deus por causa do pecado cometido por Adão. Esta teoria foi mais tarde enfatizada por Calvino, que a introduziu na teologia evangélica.
Entretanto, é óbvio que tal teoria contradiz abertamente o ensino de outras partes das Escrituras, limita a justiça de Deus e condena todas as crianças que morreram a uma condenação eterna, por um pecado que elas não cometeram. Os efeitos práticos desta doutrina tem servido para expor a justiça de Deus a críticas desnecessárias, diminuindo o verdadeiro senso de responsabilidade pelos pecados pessoais, e levando milhões de pais a conduzirem apressadamente seus filhos a um ministro religioso para batizá-los com a finalidade de absolvê-los da suposta culpa de Adão.
Em oposição direta a esta teoria, a Bíblia claramente afirma que o homem dará conta a Deus unicamente das suas próprias culpas. De fato, Ezequiel afirma que o filho não pagará pelos pecados de seu pai.
“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai. também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá... o tal não morrerá pela iniquidade de seu pai... ” (Ez 18;4,17).
Jeremias também diz aos judeus que eles não devem culpar seus pais pelos pecados pessoais: “Cada um, porém, será morto pela sua iniquidade...” (Jr 31.30 ; Dt 24.16.)
O verdadeiro ensinamento das Escrituras é que Adão introduziu o pecado no mundo e transmitiu a natureza pecaminosa ao gênero humano de sorte que todos que chegam à idade de fazer a sua escolha, inevitavelmente escolhem o pecado que conduziu à morte. A confusão tem lugar, não pelo que ela diz sobre o assunto, mas pelo que ela não diz.
Algumas passagens falam dos pecados de Adão trazendo a morte ao mundo, mas não se acrescentam a explicação de que tal morte atinge o homem quando este escolhe, por si mesmo, seguir o exemplo de Adão. 1 Note o versículo de 1 Coríntios 15.22 que diz: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. ” Este versículo diz noutras palavras, o seguinte: “Assim como Adão trouxe a possibilidade de morte para todos, assim Cristo trouxe também a possibilidade da vida para todos”.
É evidente que cada indivíduo tem que tomar a decisão de aceitar ou rejeitar salvação eterna; e, igualmente, tem que tomar a decisão de seguir o pecado e a consequente morte espiritual. Este fato é também apoiado por Romanos 5.12 que afirma que o pecado “entrou ” no mundo através de Adão e que a morte veio “porque todos (cada um) pecaram (pessoalmente) ”.
III. A graça de Deus
A graça de Deus é um dos temas dominantes em toda a Bíblia; aparece mais de 100 vezes no Antigo Testamento e mais de 200 vezes no Novo. Além disso, ocorre dezenas de vezes mediante palavras sinônimas, como o amor divino, Sua misericórdia e bondade.
Nosso estudo mostrará que a graça de Deus envolve dois aspectos: o favor imerecido de Deus, por Ele expresso a todos os pecadores.
O outro, se descreve melhor como um poder ou força ativa divinos que refreia o pecado; atrai os homens a Deus e regenera os crentes. Neste segundo aspecto, a graça de Deus opera juntamente com o Espírito Santo, criando uma força ativa para a obra da salvação efetuada no mundo.
Graça por Graça
Não deve se confundir a graça de Deus como uma “obrigação divina”. Nada ou ninguém pode obrigar ou exigir de Deus a redenção da humanidade caída. E somente o profundo e íntimo amor de Deus que O constrange a providenciar a salvação, e até a convencer o homem a aceita-la.
Este conceito aparece em João 1.16 que declara “Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. ” O apóstolo João está explicando que a graça recebida é baseada somente sobre a “graça”, e mais nada. Em outras palavras, a razão de Deus nos amar não partiu de alguma obrigação da Sua parte, ou de uma ação forçada sobre Ele, que “nos expressou o Seu amor porque nos amou”.
A Graça Comum Devido à natureza depravada do homem, ele é incapaz, de por si mesmo, procurar agradar a Deus.
Por este motivo, Deus tem concedido' graça comum ou universal a todo homem. A graça comum é vista em várias formas da natureza; na maneira como Deus restringe o mal no mundo, e na fixação da consciência do pecado dentro do coração humano (Rm 2.1-11).
"... para que vos tomeis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. ” (Mt 5.45).
Esta “graça comum” não salva automaticamente o homem, mas revela-lhe a bondade de Deus, e restaura a cada ser humano a capacidade de responder favoravelmente ao amor de Deus. À luz desta graça comum, compreendemos que nenhum homem pode se esconder atrás da desculpa de que ele não teve oportunidade de um encontro com Deus.
“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2.4). “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis. ” (Rm 1.20).
A Graça Especial
A “graça comum” concede a cada homem a capacidade de buscar a Cristo. À medida que o homem responder afirmativamente à graça que o atrai a Deus, ele é beneficiado por uma “graça especial”, que o ajuda a chegar cada vez mais perto dEle.
É certo dizer que nenhuma pessoa pode vir ao Pai sem este poder adicional (esta graça especial), que vence a escravidão decorrente da sua natureza humana depravada.
“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer... ” (Jo 6.44).
Entretanto, devemos deixar claro que esta graça especial não garante a decisão da parte do homem, quanto à sua comunhão com Deus. Ao se aproximar de Deus, o homem recebe mais graça.
Uma experiência paralela temos na cura dos dez leprosos, mencionada em Lucas 17.14: “... indo eles, foram purificados". Assim opera a graça. Porém a qualquer momento, o homem pode escolher resistir à Sua graça, o que naturalmente cancela a provisão de mais graça (At 7.51).
Enquanto o homem continuar a responder afirmativamente à graça de Deus, esta será o agente pelo qual ele receberá a justificação (Tt 3.7), a regeneração (Jo 3.3), a santificação (At 26.18) e a segurança em Deus (1 Pe 1.5). A quantidade de graça que o homem recebe, depende totalmente da sua fé e não do interesse ou vontade de Deus (que já é manifesta).
Por esta razão, o apóstolo Pedro nos admoesta:
“... antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ... ” (2 Pe 3.18).
IV. A provisão de Cristo
No Texto anterior, notamos que a fonte da nossa salvação é a graça de Deus. Entretanto, não se deve confundir graça com tolerância. Apesar de Deus nos amar e querer nos salvar, Ele não pode simplesmente nos declarar inocentes. Pois Ele é não somente um Deus de amor, mas é também um Deus de justiça e santidade.
Deus declarar-nos inocentes sem que ocorra a nossa conversão, seria uma ofensa à Sua justiça. Entraria em conflito com a Sua santidade e em contra dição ante a Sua própria declaração que diz: “... a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18/4). Então como poderia Deus ser perfeitamente justo e ainda salvar pecadores? A resposta está no fato de que Deus não desculpou o pecado, antes Ele o removeu. Para ajudar o homem compreender o assombroso alcance do Seu repúdio ao pecado, Deus nos deu a ilustração de um Cordeiro expiatório. Esse cordeiro simboliza o verdadeiro Cordeiro de Deus, o único que pode remover o pecado.
“... eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29).
Um Cordeiro Imaculado
O simbolismo do sacrifício, no Antigo Testamento, começa com a escolha de um cordeiro. Tinha que ser um cordeiro sem mancha. Somente um cordeiro perfeito poderia ser usado no simbólico ritual do sacrifício. Do mesmo modo, o perfeito sacrifício pelo pecado, poderia ser feito somente por um homem que fosse perfeito. Um pecador não poderia morrer por outro pecador. O resultado disso seria martírio, não redenção. Somente Cristo satisfez os requisitos de um cordeiro perfeito para suficientemente realizar um sacrifício perfeito pelo pecado.
“muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9.14).
A Imposição de Mãos O crente do Antigo Testamento ao oferecer um sacrifício pelo seu pecado, colocava suas mãos na cabeça da vítima, transferindo simbolicamente assim seus próprios pecados para o animal substituto. Semelhantemente, Cristo carregou o fardo do pecado de todos aqueles que se chegam a Ele para remoção dos seus pecados. “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado ... porque as iniquidades deles levará sobre si. ” (Is 53.10,11). Esse antigo ritual do sacrifício tinha que ser repetido continuamente à medida que o povo pecava. Mas o sacrifício único de Cristo foi suficiente, não somente por todos os pecados do passado mas também para qualquer pecado futuro que possa atingir a vida do crente.
“Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado” (Hb 10.18). “... Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados ... ” (1 Jo 2.1,2).
A Morte O terceiro passo dado nos antigos sacrifícios era a imolação do cordeiro, que representava a sua vida em substituição à vida do ofensor. Do mesmo modo, Cristo tomou-se o sacrifício expiatório em favor do mundo: “... pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
A morte de Cristo não somente envolveu a separação temporária entre Seu corpo e Sua alma, mas também a separação entre o Seu espírito e Deus (a segunda morte). Cristo suportou por nós o tormento de ambas as mortes e ressuscitou para substituir a sentença da morte com a promessa da vida eterna.
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que p o r eles morreu e ressuscitou. ” (2 Co 5.15).
Comendo o Sacrifício Na oferta dos sacrifícios do Antigo Testamento, o passo final era cozinhar parte da sua carne, que então era comida pelo ofensor. A participação no sacrifício indicava que o ofensor tinha restabelecido a sua comunhão com Deus. Cristo falou disto várias vezes. À multidão que O ou via à margem do mar da Galileia, Ele desafiou: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia ” (Jo 6.54).
Para os Seus discípulos, na última ceia Ele disse: “... Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. ” (1 Co 11.24).
Referindo-se à parte simbólica do sacrifício do Antigo Testamento, Cristo enfatiza a importante verdade que, tão logo o pecador ou o ofensor se identifique com o sacrifício pelos seus pecados (que é Cristo), ele passa a ter comunhão com o Pai.
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne ” (Hb 10.19,20).
V. A extensão da provisão Divina
Durante séculos a Igreja tem argumentado sobre a pergunta: “Por quem Cristo morreu?” Se alguém responde: “Pelo mundo inteiro”, outro pode objetar: “Então porque todos os homens não são salvos?” Se alguém responde: “Ele morreu somente pelos eleitos, os quais Deus sabe que crerão”, alguém alegará que Deus, por esta razão, não é justo, uma vez que nem todos os homens têm, obviamente, possibilidade de serem salvos.
Vamos agora examinar como as Escrituras respondem a esta pergunta.
A Provisão Divina pelo Mundo
A Bíblia ensina enfaticamente que a redenção de Cristo é suficiente para todos os homens. Através de um sacrifício perfeito, bilhões de vidas pecaminosas foram representadas em Cristo, e os pecados sem conta foram potencialmente perdoados.
“e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. ” (1 Jo 2.2). “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. ” (2 Co 5.14). Pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. ” (Hb 2.9).
A Provisão Divina Especial pelos Que Creem Apesar das múltiplas promessas mostrando que Cristo morreu pelo mundo inteiro, há um sentido em que a expiação é uma provisão divina feita especialmente por aqueles que creem em Cristo: “Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Tm 4.10).
Neste versículo nós vemos a extensão total da obra redentora de Cristo no Calvário. Ele é a provisão de Deus para a salvação de todos os homens, mas esta salvação é aplicada somente àqueles que creem em Cristo. Tudo aquilo que Cristo realizou e sofreu na cruz, é suficiente para salvar a todo pecador.
Todavia, tudo que Cristo consumou na cruz não pode salvar nenhum pecador que se recuse a crer nEle e ser reconciliado com Deus (2 Co 5.18-20). À luz desta explicação, podemos entender porque a Bíblia às vezes fala da provisão divina como sendo limitada a “muitos” (Mt 20.28), “amigos” (Jo 15.13), “filhos de Deus” (Jo 11.51-52) ou “por nós” (Tt 2.14).
Esses versículos não negam a provisão da salvação para todos os homens, mas ressaltam o fato de que a salvação está ao alcance de todos os homens, mas somente poucos se apossam dela. É como um grande banquete onde tem alimento para todos, porém, se alguém se recusa a comer, o dono não vai forçá-lo a tal.
Alguns pelos Quais Ele Morreu, Perecerão Em resposta àqueles que creem que a propiciação efetuada por Cristo salvará todos os homens, basta observar que a Bíblia declara que existem aqueles por quem Cristo morreu e que não obterão a vida eterna. Entre estes estão os que aceitam a expiação e depois a rejeitam, e também aqueles que recusam aceitá-la. Observemos esses dois grupos nestes versículos:
“... perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. ” (1 Co 8.11). “... renegarem o soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. ” (2 Pe 2.1).
A provisão que Cristo efetuou na cruz pode ser comparada a certas passagens de ônibus ou trem, que têm duas partes.
Uma parte declara “não vale ser destacada” e a outra diz “não válida como passagem”.
Assim a provisão salvífica, sozinha, sem fé, não pode garantir a chegada de ninguém no céu. Por outro lado, fé, sem propiciação, não tem efeito.
Em breve estaremos de volta com o seguinte tema: QUATRO ASPECTOS DA PROVISÃO DE CRISTO QUANTO À SALVAÇÃO
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