Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Resumo da matéria
1. A PROVIDÊNCIA SALVADORA
2. QUATRO ASPECTOS DA PROVISÃO DE CRISTO QUANTO À SALVAÇÃO
3. ARREPENDIMENTO
4. Fé
5. A JUSTIFICAÇÃO
6. A REGENERAÇÃO
7. A ADOÇÃO
8. A SANTIFICAÇÃO
9. ADVERTÊNCIAS E PROMESSAS
10. A GLORIFICAÇÃO
A GLORIFICAÇÃO
A tua fé te salvou; vai-te em paz. ” (Lc 7.50).
“... porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio
cremos. ” (Rm 13.11).
Estes dois versículos ilustram o fato de que a
salvação envolve tanto uma certeza presente, quanto uma promessa futura. Nossa
salvação, em certo sentido, é completa; noutro sentido é incompleta. Tendo em
vista o fato de que o homem não pode salvar-se a si mesmo através de um
processo de boas obras, ele a recebe como uma “obra plenamente consumada”. Sob
esse aspecto, a nossa salvação está completa. Quando, no entanto, consideramos
os planos de Deus ainda não realizados, visando abençoar o crente e
compartilhar com ele a Sua glória, pode-se dizer que a salvação está
incompleta; uma promessa que aguarda o cumprimento. Até esta altura, abordamos
somente os aspectos da salvação que concernem a esta vida presente; a
transformação do homem condenado, num crente perdoado (a justificação); o
renascimento do homem espiritualmente morto (a regeneração); a transformação de
inimigo de Deus em filho de Deus (a adoção); e o processo mediante o qual o
pecador toma-se um santo (a santificação). Cada um destes quatro aspectos da
salvação, envolve ainda uma promessa futura.
Ao crente perdoado é prometida uma entrada triunfante na presença de Deus, onde O verá face a face, porém sem se envergonhar, pois a perfeita justiça de Cristo será sempre sua. O crente nascido de novo receberá um corpo glorificado; será uma criatura gloriosa por toda a eternidade. O filho de. Deus receberá sua herança e será elevado à sua devida posição, a saber, reinar juntamente com Cristo. Os santos finalmente serão libertos da natureza pecaminosa e receberão galardões por todas as vitórias que tiverem sobre o pecado, e pelas obras feitas durante sua vida na terra.
Todas estas bênçãos são aspectos futuros da salvação e estão contidos
numa só palavra Glorificação.
Resumo da matéria:
1. A
Promessa da Confiança
2. A
Promessa de Um Corpo Imortal
3. A Promessa de Ser Co-herdeiro com Cristo
4. A
Promessa dos Galardões
I. A PROMESSA DA CONFIANÇA
Neste Texto, começaremos com a definição básica de glorificação do crente, e descreveremos o que ela é e quando ocorre.
Depois, abordaremos o aspecto da glorificação concernente à justificação, ou
seja: a promessa de que, um dia, o crente estará face a face com Deus,
confiante e sem se envergonhar.
“... para que, no Dia do Juízo mantenhamos
confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. ” (1 Jo 4.17).
O Que É a Glorificação do Crente
A glorificação é resultante da obra redentora
de Deus no homem. Quando o crente for glorificado, ele estará moralmente
perfeito. Terá recebido um corpo glorificado, terá herdado sua herança eterna e
terá recebido como recompensa o louvor da parte de Deus e uma posição no céu de
acordo com sua fidelidade na terra.
Muitos aspectos da glorificação, tais como o
recebimento de um corpo glorificado (1 Co 15.42) da herança (Rm 8.23), e dos
galardões.(2 Co 5.10) - todos estes aguardam a vinda de Cristo.
O crente que morre, realmente vai direto à
“glória” e já desfruta parte da sua glorificação futura, ou seja uma comunhão
plena com Deus (2 Co 5.8) e uma natureza livre do pecado (Hb 12.23); e mesmo
assim, ele, juntamente com todos os crentes que ainda vivem, esperará até o
“dia de Cristo” para sua glorificação ser completada.
“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda
não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. ”
(1 Jo 3.2).
Confiança na Sua Promessa Quando Deus, apareceu
aos israelitas, no fogo e no fumo, eles fugiram da Sua presença em temor e
tremor, porque sabiam que eram um povo pecaminoso. Até mesmo o piedoso Isaías
sentia-se condenado e ficou tremendo na presença do Deus santo, conhecendo
muito bem seu próprio coração imperfeito
(Is 6.5).
Contrastando isso, o crente, uma vez perdoado é
instruído no sentido de achegar-se confiantemente junto ao trono de Deus.
“pelo qual temos ousadia e acesso com confiança,
mediante a fé nele. ” (Ef 3.12). “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto
ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para
socorro em ocasião oportuna. ” (Hb 4.16). “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para
entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus. ” (Hb 10.19).
Estes versículos nos lembram que, por causa da
justificação que Cristo nos proveu, o recebemos perdão de todos os nossos
pecados, e somos declarados justos. Destarte, podemos entrar na presença de Deus,
até mesmo agora, mediante a oração. Durante toda a nossa vida podemos
aproximar-nos cada vez mais de Deus. Finalmente, após a morte ou nossa
trasladação para o céu, estaremos, sim, na real presença de Deus, seguros e sem
medo. Estaremos confiantes no Lugar Santíssimo do céu - diante do próprio trono
de Deus.
“... vos reconciliou no corpo da sua carne,
mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e
irrepreensíveis. ” (Cl 1.22). “... para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso
Senhor Jesus Cristo. ” (1 Co 1.8). aos espíritos dos justos aperfeiçoados. ”
(Hb 12.23).
II. A PROMESSA DE UM CORPO IMORTAL
Quando Deus criou o homem, declarou a Sua obra
como sendo boa. Desde então, a humanidade em geral jamais cessou de maravilhar-se
diante desta indescritível criação. Nós, muito mal exploramos a superfície em
nossa tentativa de sondar todos os maravilhosos e minuciosos fatos e elementos
que constituem a criatura que é o homem. Deus prometeu ao crente que ele será
criado de novo, e declara que o novo corpo será glorioso (1 Co 15.43). Se nós,
que somos meros mortais, ficamos pasmados ante as maravilhas deste corpo
humano, que Deus chama de “bom”, imagine-se a maravilha do nosso corpo
celestial que Deus classificou como “glorioso”.
As Três Ressurreições A experiência cristã
envolve três ressurreições.
Primeiramente, a ressurreição de Cristo dentre
os mortos, que é a garantia da nossa ressurreição. Este evento é tão
indispensável à nossa fé, que Paulo diz: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a
nossa pregação, e vã, a vossa f é ” (1 Co 15.14). Por causa desta ressurreição,
o crente é salvo (Rm 5.10), recebeu a vida espiritual (1 Pe 1.3), e receberá a
vida eterna (Rm 6.9).
Em segundo lugar, a “ressurreição espiritual”
do crente, a saber, da morte no pecado, para a nova vida em Cristo. “E a vós
outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões... vos deu vida
juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos. ” (Cl 2.13).
Em terceiro lugar, na segunda vinda de Cristo,
a ressurreição que depende das duas primeiras ressurreições. Noutras palavras,
porque Cristo ressuscitou dentre os mortos, e porque o crente está
espiritualmente vivo, este também será ressuscitado dentre os mortos (ou
transforma do, estando vivo, no arrebatamento), para receber um corpo imortal.
Estudemos esta ressurreição final, com mais detalhes.
A Ocasião da Ressurreição do Crente A Bíblia não
deixa dúvida alguma quanto ao tempo desta ressurreição final. Ocorrerá no final
da era da Igreja, no “último dia”.
“Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir.
” (Jo 11.23)
“Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir
na ressurreição, no último dia ” (Jo 11.24); ver também Jo 6.39,40).
Para ser mais claro, essa ressurreição ocorrerá
por ocasião da vinda de Cristo para arrebatar a Sua Igreja.
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. ” (1 Ts 4.16). “Eis que vos
digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, ” (1
Co 15.51). “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados.” (1 Co 15.52).
Note no segundo versículo acima (1 Co 15.51),
que o “novo corpo” não é somente para os que estão “dormindo” em Cristo, mas,
sim, para os que estão vivos em Cristo, também. “Mas transformados seremos
todos. ”.
O Novo Corpo
1 Coríntios 15 dá uma descrição detalhada do
novo corpo que o crente terá. Em prime lugar, será como o corpo ressurreto de
Cristo„ “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as
primícias dos que dormem” (v. 20). Mais adiante está escrito: “... devemos
trazer também a imagem do celestial” (v. 49). Isto significa que nossos amigos
e entes queridos poderão reconhecer-nos assim como Cristo foi reconhecido pelos
Seus discípulos depois da Sua ressurreição. Teremos um corpo com traços
semelhante ao atual, mas diferente quanto ao fato de não estar preso aos
limites naturais do velho corpo. Será uma ressurreição real, não uma troca de
corpos. Somente no futuro, no momento da ressurreição, o nosso corpo será
transformado em corpo glorioso.
Segue-se uma lista, mostrando em que o novo corpo do crente será diferente deste presente corpo terrestre.
1. O presente corpo é humilde, ao passo que o corpo futuro será glorioso (v. 42).
2. O presente
corpo é natural; o corpo futuro será espiritual (v. 44).
3 .0 presente corpo é fraco e eivado de enfermidades;
o corpo futuro será poderoso e não será suscetível às enfermidades e fraquezas
(v. 43).
4. O presente corpo é mortal e decretado a morrer;
o corpo glorificado será destinado a permanecer por toda a eternidade (v. 53).
( Gn 3.19; Ec 12.7). Por isso, Paulo regozijou-se: “Onde está , ó morte, a tua
vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (v. 55).
A Ressurreição Aplicada à Vida Presente
Tendo em vista este evento escatológico do porvir, Paulo ensina que o crente deve cuidar de duas coisas:
Primeiramente, contra
qualquer pecado que venha surgir na sua vida, pois se isto acontecer, ele, por
fim, perderá o direito a esta ressurreição.
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem
os bons costumes. ” (v. 33). “Tomai-vos à sobriedade, como é justo, e não
pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para
vergonha vossa. ” (v. 34).
Em segundo lugar, tendo em vista a ressurreição
vindoura, o crente precisa fazer de tudo para pernanecer na sua fé, dedicando
seus melhores esforços nas suas lutas em prol do reino dê Deus“
Portanto, meus
amados irmãos, sede firmes; inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. ” (v. 58).
III. A PROMESSA DE SER CO-HERDEIRO COM CRISTO
A essência da salvação, desde 0 Começo até a
sua culminância a comunhão do crente com Cristo (1 Co 6.17). Este
relacionamento começa quando o crente une-se a Cristo na 'sua vida, para
receber o perdão dos pecados (Rm 6.6,7). O crente também está unido com Cristo
na Sua vida, e como resultado, torna-se co-participante da Sua natureza divina
(2 Tm 2.11; 2 Pe 1.4). Esta união chegará ao seu ápice quando o crente for
unido a Cristo na Sua exaltação, tomando-se, assim, co-herdeiro do reino, do
poder e da glória de Cristo.
“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com
ele seremos glorificados. ” (Rm 8.17).
Co-Herdeiro do Reino de Deus O crente não será
apenas um hóspede do céu; ali será seu lar! Ele o terá herdado, junta mente
com Cristo, e, portanto, receberá as boas-vindas ali como “proprietário”, não
como “inquilino”.
"... herdeiros do reino que ele prometeu
aos que o amam?’’ (Tg 2.5). “Pois desta maneira é que vos será amplamente
suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. ” (2
Pe 1.11).
Na realidade, Deus criou céu para prover um lar eterno para os
seus Filhos .
Cristo declarou que iria preparar moradas no
céu para finalmente receber todos os crentes (Jo 14.2). Sabemos nós, em parte,
das maravilhas que Deus criou em sete dias, porém, somos limitados para
imaginar quão maravilhoso será o céu depois de preparativos tão
extraordinários. Infelizmente, o alto privilégio do crente herdar este lar
eterno, se restringe nas mentes de alguns deles, devido a deturpações
exageradas. Por exemplo, alguns crentes pensam que o céu será um lugar de
eterna ociosidade. É um lugar de descanso à distância do pecado, da dor, da
tristeza e do diabo, e também um lugar de atividade constante. João diz que os
santos continua rão a servir a Deus ali. “... Os seus servos o servirão” (Ap
22.3).
Além disto, alguns crentes erroneamente
consideram o céu como um lugar monótono. A Bíblia, no entanto, retrata-o como
um lugar de sublime e abundante alegria (SI 16.11) e de satis fação (SI
17.15). O céu jamais poderia ser um lugar monótono, parado, quando sabemos que
Cristo será nosso companheiro constante (1 Ts 4.17). (Leia também João 5.17).
Co-Herdeiros do Seu Poder A herança do crente
juntamente com Cristo, não está limitada ao recebimento de um lar eterno;
inclui, também, a participação da autoridade e do poder de Cristo. Quando
Cristo sentarse em Seu trono e reinar sobre todo o orbe, todos os crentes,
serão igualmente exaltados para governar e reinar juntamente em Ele.
“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu
trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. ” (Ap
3.21). “se perseveramos, também com ele reinaremos. ” (2 Tm 2.12).
O crente reinará com Cristo sobre os homens
durante o Milênio, e sobre os anjos na eternidade.
“... serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele os mil anos. ” (Ap 20.6). “... porque o Senhor Deus brilhará
sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos. ” (Ap 22.5). “Ou não sabeis
que os santos hão de julgar o mundo? Não sabeis que havemos de julgar os
próprios anjos?” (1 Co 6.2,3).
Co-Herdeiros da Sua Glória Sabemos que o reino
do céu e todo o poder divino realmente pertencem a Cristo, que Se dignou a
compartilhá-los com o crente. Da mesma maneira, assim como Cristo está
glorificado, assim também todos os crentes compartilharão da Sua glória. Paulo
disse que o crente será glo rificado com Cristo (Rm 8.17). Este pensamento
estava tão impregnado na mente de Paulo que ele escreveu mais oito versículos
sobre o assunto, e observou que os sofrimentos do crente no tempo presente não
são dignos de comparação com a glória que nele será revelada (Rm 8.18). Além
disto, diz que não somente os crentes, como também a totalidade da criação,
aguarda “...a revelação dos filhos de Deus”, quando refletirão a glória de
Cristo (Rm 8.19). Acrescenta que a revelação da “glória” dos filhos de Deus, na ressurreição, resultará numa
“reação em cadeia” que passará pela totalidade da natureza. Deus libertará
completamente a totalidade da criação, da maldição do pecado (Rm 8.21). Paulo
encerra seus escritos sobre este assunto, citando como o crente deve ansiar por
este ato culminante da adoção, quando então receberá a plena herança da sua
filiação (Rm 8.23). Pode surgir na mente a seguinte pergunta: “mas por que o
Pai está tão ansioso por trazer glória aos crentes?” Deus deseja trazer glória
ao Seu Filho. Esta verdade pode ser melhor entendida ao imaginar uma bela
fonte de águas, cercada por espelhos de todos os lados. Os espelhos
compartilham da glória da fonte à medida em que refletem sua beleza, mas, ao
mesmo tempo, multiplicam a glória da fonte. Semelhantemente, todos os crentes multiplicarão
a glória de Cristo à medida em que Sua glória for refletida neles.
“quando vier para ser glorificado nos seus
santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido
entre vós o nosso testemunho). ” (2 Ts 1.10).
IV. A PROMESSA DOS GALARDÕES
A vida tem sido comparada a uma “escola
preparatória” em que os crentes estão sendo preparados para suas tarefas e
funções eternas. A Bíblia nos diz que aqueles que aproveitarem este período de
tempo de treinamento para crescer em santificação, serão promovidos e grandemente
honrados no dia glorioso do julgamento dos crentes.
Tendo em vista que o julgamento virá, o crente
precisa encarar cada escolha feita em sua vida como sendo de efeito eterno,
tendo como resultado galardões eternos ou perdas eternas.
O Julgamento do Crente Paulo ensina claramente:
"... Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. De
maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. ” (Rm 14.10,12 -). Também escreveu aos coríntios:
“Porque importa que todos nós compareçamos
perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal
que tiver feito por meio do corpo. ” (2 Co 5.10).
Este julgamento dos crentes não é, de modo
algum, como o julgamento dos pecadores. O julgamento dos pecadores será para
condenação, tristeza, choro e ranger de dentes.
O julgamento do crente será cercado de
regozijo, assim como o dia da formatura de um estudante aplicado
Naquele dia Deus se dirigirá a cada crente, elogiando
e reconhecendo publicamente o trabalho que ele fez em prol do Seu reino. De
acordo com suas obras aqui na terra, serão confiadas aos crentes tarefas e
posições, quando Deus os introduzirá numa nova vida de gozo. “Disse-lhe o
senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei; entra no gozo do teu senhor. ” (Mt 25.21).
Recebimento ou Perda do Galardão O julgamento
dos crentes nada tem a ver com a salvação. Todo crente receberá algum louvor da
parte de Deus: “... e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. ”
(1 Co 4.5). Isto significa que Deus julgará todos os crentes, não importa quão
fiel ele tenha sido. Será mesmo um “julgamento”. Os crentes fiéis receberão
muitos louvores, e os que forem negligentes no seu viver cristão, receberão bem poucos louvores. Os que querem viver
carnalmente, fazendo sua própria vontade, perderão os galardões que podiam ser
seus. “se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será
salvo, toda via, como que através do fogo .” (1 Co 3.15). O julgamento, pois,
consistirá de recebimento ou perda de recompensa. Os galardões outorgados no
céu serão eternos, não temporais. Estes galardões são comparados às “coroas
dos vence dores” conferidas nos jogos olímpicos antigos. Aquelas coroas, por
serem feitas de folhas, duravam bem pouco tempo. Num único dia de glória eram
entregues como galardão, após longo período de intenso treinamento seguido de
vitória. Contrastando isso, as coroas de Deus serão eternas, portanto uma
glória que nunca fenecerá. “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para
alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. ” (1 Co 9.25). Não
é somente louvor e recompensa que o crente receberá no céu. Também a alguns ser-lhe-ão
confiados responsabilidades e cargos na hierarquia do céu, baseadas na sua fidelidade
na terra. Notamos expressões tais como “primeiros e últimos”, no reino (Mt
19.30), menores ou maiores (Mt 5.19). Cristo ensina que haverá uma diferença
específica na soma de autoridade confiada aos seus servos no reino do céu -
tudo dependendo da fidelidade.
“Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom;
porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades. ” (Lc 19.17) “A
este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades. ” (Lc 19.19).
A Fonte do Galardão A Bíblia nos diz que Deus
concederá galardões por muitas coisas. Um dos galardões mencionados, refere-se
à conquista de almas. A pessoa que ganha uma alma para o Senhor, brilhará
diante de Deus como uma estrela, e essa alma lhe será uma coroa de regozijo.
“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como
o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, com as
estrelas, sempre e eternamente. ” (Dn 12.3). “Pois quem é a nossa esperança, ou
alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua
vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!”
(1 Ts 2.19,20).
Os crentes também receberão seu galardão por
terem resistido à tentação (Tg 1.12), por terem
sofrido com paciência (Mt 5.11,12). Qualquer ato de bondade receberá seu galardão
(G1 6.10), mesmo que seja uma coisa mínima, com o dar um copo de água (Mt
10.42). Semelhantemente, a hospitalidade (Mt 10.40,41), e o cuidado dos
enfermos, dos necessitados, e dos perseguidos, que também resultará em
galardões (Mt 25.34-40).
resultará na perda de galardão (Mt 24.45,46 e Lc
19.26). Da mesma maneira, os que exercem o ministério têm a oportunidade de
ganhar galardões, se forem fiéis e justos no seu desempenho. Devemos
lembrar-nos, no entanto, que a quem muito é confiado, dele muito será exigido.
“... antes, tornando-vos modelos do rebanho.
Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa
de glória. ” (1 Pe 5.3,4). “Meus irmãos, não vos tomeis, muitos de vós,
mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. ” (Tg 3.1).
Até mesmo o emprego sábio de possessões
materiais pode resultar em galardões. Paulo diz que o dinheiro com que os
filipenses contribuíram para o ministério dele era, na realidade, um depósito
feito na conta deles no céu (Fp 4.17). Mais tarde, admoesta os crentes efésios
a compartilharem com os pobres, a fim de acumularem para si sólido fundamento
no céu, para o futuro (1 Tm 6.17-19).
Fazer uma destas boas coisas, ou até mesmo
todas elas, não resultara, nem mesmo no mínimo galardão.
Deus não precisa de
ajuda, nem de dinheiro de pessoa alguma; Ele está apenas procurando
manifestações de amor cristão, por meio do crente. O verdadeiro motivo para
fazer boas obras deve ser a “fidelidade a Cristo” (1 Co 4.2). A Bíblia
considera o que se faz para Cristo por amor, como sendo material tipo ouro,
prata, e pedra preciosa, colocadas na fundação de um edifício. As coisas feitas
visando proveito pessoal, ou humano, , são comparadas à madeira feno e palha.
Um dia, os materiais de construção de cada homem serão testados “pelo fogo”.
Aquilo que foi feito para Cristo permanecerá, e aquilo que foi feito para
louvor do homem, será consumido.
“manifesta se tornará a obra de cada um; pois o
Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de
cada um o próprio fogo o provará. ” (1 Co 3.13). “Se permanecer a obra de
alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão.” (1 Co 3.14).
Pra você que seguiu esta matéria teológica até aqui, o meu desejo que tenha sido abençoado com as informações pertinentes deste estudo, o meu muito obrigado.
Que Deus te abençõe rica e abundantemente. Comente sobre o que você achou deste estudo bíblico.