Por: Jânio Santos de Oliveira
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Hebreus 4.13-16; Provérbios 15:3; Salmos139.7-10 que nos diz:
13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.
14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Provérbios 15:3
³ Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus
Salmos139.7-10
7 Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
8 Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10 Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Pessoas que tentaram se esconder de Deus e de sua missão
I. Visão geral de como deva ser o nosso caráter.
II. Personagens bíblicos que tentaram se esconder de Deus
III. Adão e Eva: Tentaram se esconder do Senhor
IV. Abraão: Engano e Medo o fez se esconder no Egito e mentir
V. Moisés: Escondeu-se em Midiã, após matar o egípcio.
VI. Gideão: Evitando o Chamado de Deus se mostrou incapaz.
VII. Saul: Escondeu-se entre as bagagens para não assumir o trono.
VIII. Elias: Escondeu-se numa caverna com medo de jezabel.
IX. Jonas: Tentou esconder-se de Deus por não gostar dos ninivitas.
X. Pedro: Tentou esconder-se entre os inimigos de Jesus e o negou.
XI. Os discípulos no Caminho de Emaús: Tentou distanciar de Jesus.
XII. Saulo: Tentou esconder-se numa falsa religião; mas Jesus o encontrou.
XIII. É impossível fugir da presença de Deus
XIV. José foi um exemplo de testemunho longe de sua família
XV. Onde você está escondido?
Estamos de volta, desta vez para apresentar uma série de conferências sobre como deva ser o nosso caráter e a nossa integridade no dia-a-dia não só diante de Deus, mas também diante dos homens.
Agora estaremos apresentando o seguinte assunto:
IV. José foi um exemplo de testemunho longe de sua família
Dentre os doze filhos varões de Jacó, um tem-se destacado, por demonstrar excelentes virtudes e por refletir uma beleza interior do coração. É a história de José, o filho mais velho de Raquel, segunda esposa e primeiro amor de Jacó.
A incrível história desse homem de fé tem ajudado homens e mulheres a confiarem plenamente no único e verdadeiro Deus. Além de dar prova de sua obediência a Deus, José demonstrou firmeza moral e boas qualidades, como gentileza, fidelidade e veracidade, durante a sua vida diária. Embora as Escrituras Sagradas nada digam a respeito da infância de José, é possível deduzir que ele tenha crescido numa tensa atmosfera familiar repleta de ciúme e ressentimento.
Mesmo diante das muitas adversidades sofridas durante a sua trajetória, ele manteve-se fiel a Deus. José aprendeu com a adversidade a ser virtuoso e sábio e era considerado pelos antigos israelitas o modelo de todos os administradores e detentores de autoridade.
José empreendeu ações e tomou decisões que levaram paz àquela atormentada e beligerante família de Israel, apesar de que tais ações e as de seus irmãos fossem inevitavelmente necessárias para o cumprimento, anos mais tarde, de uma profecia anunciada por Deus ao profeta Abraão (Gn 15:13; Êx 12:40; At 7:6) .
José no Egito
Os mercadores levaram José ao Egito e o venderam a Potifar, comandante da guarda real de Faraó (Gn 37:28, 36; 39:1). Na providência de Deus esta triste viagem rumo à escravidão foi o melhor que poderia ter acontecido a José. Apesar de José não compreender o que estava acontecendo, Deus, contudo, estava utilizando essa situação para conduzir José a um magnífico futuro, que de outra maneira não aconteceria.
No Egito José mostrou ser um diligente e fidedigno escravo, granjeando o respeito e a confiança de seu novo dono. Vendo Potifar que Deus era com José, fazendo prosperar em sua mão tudo quanto ele empreendia (Gn 39:3), decidiu Potifar promovê-lo a supervisor, com responsabilidade sobre todas as questões domésticas.
O jovem escravo hebreu tornara-se um homem muito bonito, o que não passou despercebido à mulher de Potifar. Ela tentou seduzi-lo várias vezes a transgredir a lei de Deus, porém, José resistia dizendo: “Como, pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus?” Gênesis 39:9. Certo dia, porém, aproveitando a ausência dos demais criados, a mulher de Potifar agarrou a José pela capa, dizendo: “Deita-te comigo!” Gênesis 39:12. Mas José fugiu, deixando sua capa nas mãos dela, que, mortificada e furiosa, chamou pelos criados, acusando-o falsamente de que ele tivera intenções imorais para com ela. Quando ela contou isso ao marido, estranhamente o jovem hebreu não foi de pronto executado pela alegada investida, ficando apenas encarcerado na prisão real. Tivesse Potifar acreditado na acusação feita pela esposa, indubitavelmente a punição teria sido a morte. Na prisão, José foi tratado com grande severidade pelos seus carcereiros. A respeito dele disse o salmista: “Feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferros, até o tempo em que a sua palavra se cumpriu; a palavra de Deus o provou.” Salmos 105:18 e 19.
Por ter decidido ser fiel, não importando o que lhe viesse a acontecer, “Deus era com José, estendendo sobre ele a Sua benignidade, e dando-lhe graça aos olhos do carcereiro.” Gênesis 39:21. Na prisão Deus mais uma vez intervém. O capitão da guarda, por causa da conduta exemplar de José, deu-lhe um cargo de confiança sobre os outros presos, inclusive dois de considerável importância, lançados posteriormente na mesma prisão: o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros. Certo dia, quando fazia sua ronda costumeira, José notou que ambos tinham uma expressão muito preocupada. Eles disseram que haviam tido um sonho estranho e que não podiam compreender o seu significado. Depois de atribuir a interpretação a Deus, José fez saber a eles a significação: em três dias o chefe dos copeiros seria reintegrado à sua antiga posição, e daria o copo nas mãos de Faraó, como fazia antes. O diligente José pediu ao chefe dos copeiros que se lembrasse dele quando estivesse de volta à corte, pedindo ao Faraó a sua libertação. Quanto ao chefe dos padeiros, em três dias este seria condenado à morte por ordem do rei. E assim aconteceu. “No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus servos; e, no meio destes reabilitou o copeiro chefe, mas ao padeiro chefe enforcou, como José lhes havia interpretado.” (Gn 40:20-22).
De volta à sua antiga posição, o chefe dos copeiros somente veio a se lembrar de José dois anos mais tarde, quando o monarca egípcio se viu atormentado por dois sonhos estranhos. No primeiro sonho, ele viu sete vacas magras que comiam sete vacas gordas, e no segundo sonho ele viu sete espigas de trigo mirradas que comiam sete espigas granadas e belas. Nenhum sábio ou mágico do Egito fora capaz de decifrar esses sonhos, foi quando o chefe dos copeiros, de repente, lembrou-se do jovem que o confortara na prisão. Levado à presença do Faraó, José voltou a insistir que seu poder para interpretar sonhos vinha de Deus. Disse ele: “Quem sou eu! É Deus que dará ao Faraó uma resposta de paz.”( Gênesis 41:16). No mesmo instante José revelou que os sonhos prediziam sete anos de abundância no Egito, seguidos de sete anos de grande escassez e que os dois sonhos tinham o mesmo significado. Disse ele a Faraó que “o fato está bem decidido da parte de Deus e Deus tem pressa em realizá-lo” (Gn 41:32). Por isso, prosseguiu José, o Faraó deveria escolher “um homem ajuizado e sábio” para criar um programa de estocagem de grãos durante o período fértil. Faraó, que escutara atentamente tudo o que José dizia, não apenas ficou impressionado pela clara interpretação de seus sonhos, como também pelo sábio conselho que lhe dera. No mesmo instante José foi nomeado governador de todo o Egito.
O escravo liberto, agora com 30 anos de idade (Gn 41:46), após 13 anos de servidão, foi ritualmente adotado pela corte, recebendo um nome egípcio: Zafenate-Panéia. Também como recompensa, Faraó deu-lhe por mulher Asenate, filha de um sacerdote de Om – cidade chamada posteriormente de Heliópolis, o centro do culto ao sol. No devido tempo, os acontecimentos se passaram precisamente como José previra. Durante os primeiros sete anos, José se assegurou de que as abundantes colheitas de grãos em seu país de adoção fossem estocadas. Durante esse período, José tem desfrutado de prestígio e riqueza, bem como de felicidade pessoal. Asenate, sua mulher, deu à luz dois filhos, que receberam os nomes de Manassés e Efraim.
Curiosamente alguns fatos que ocorreram na vida de José, também ocorreram na vida de Jesus:
1. José era amado pelo pai (Gn 37:3 e 4); Jesus também era amado por Seu Pai (Lc 3:22 e Mt 3:17).
2. José foi vendido como escravo por 20 moedas de prata (Gn 37:28); Jesus foi traído por 30 moedas de prata (Mt 26:15).
3. José perdoou os irmãos que o haviam vendido como escravo (Gn 50:20 e 21; Jesus também perdoou os que intentaram o mal contra Ele (Lc 23:34).
4. José tinha uma túnica (Gn 37:3); Jesus também tinha uma túnica (Sl 22:18; Mt 27:35).
5. José foi encarcerado com dois prisioneiros. (Gn 40:2 e 3); Jesus foi pendurado no madeiro com dois malfeitores (Lc 23:32).
José deu um bom testemunho de Deus e de sua família numa terra distante de tudo e de todos. O seu comportamento ilustra tudo aquilo que cada um de nós cristãos devemos ser, principalmente quando não tiver ninguém por perto, pois Deus sempre está com os seus olhos como chama de fogo em todos os lugares comtemplando os maus e os bons (Pv 15.3)
A próxima matéria será:
V. Onde você está escondido?
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