sexta-feira, 22 de março de 2019

Série de mensagens sobre Moisés :2. Aprendendo a ser manso com Moisés.

Por: Jânio Santos de Oliveira

                                                                                             
Presbítero e professor de teologia da Igreja

 Assembléia de Deus no Estácio

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Meus amados e queridos irmãos em cristo Jesus, a PAZ DO SENHOR!





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Estamos de volta para dar continuidade a série de estudos 

bíblicos sobre Moisés. Desta feita estaremos falando sobre a sua 

mansidão.

Como é que um homem com a personalidade de Moisés pode se 

tornar manso? nesta matéria traremos um estudo abrangente 

sobre a mansidão.





“E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens 

sobre a terra”(Números 12:3).

Como pôde Moisés fazer essa declaração a respeito de si mesmo?
 Números 12:3 diz: “Era o varão Moisés mui manso, mais do que 
todos os homens que havia sobre a terra”. A posição tradicional 
quanto ao Pentateuco é a de que foi Moisés o autor dos cinco 
livros. Mas como pôde ele fazer essa declaração sobre si mesmo? 
Ele não estaria cheio de orgulho?
 Certamente ninguém afirmaria que Jesus estava sendo 
jactancioso ou orgulhoso quando disse: “sou manso e humilde de 
coração” (Mt 11:29). Jesus estava apenas declarando fatos. De 
igual modo, Moisés não estava se vangloriando ou se enchendo de 
orgulho pela sua mansidão. Não, ele estava simplesmente 
declarando um fato, porque isso era crucial para se Entender o 
significado dos evento que ele estava narrando.

            O capítulo 11 de números relata que depois que o Espírito 
do Senhor veio sobre Eldade e Medade, fazendo-os profetizar, 
Josué aproximou-se de Moisés e disse: “Moisés, meu senhor, 
proíbe-lho” (Nm 11:28). A resposta de Moisés é uma perfeita 
ilustração de sua mansidão: “Tens tu ciúmes por mim? Quem 
dera todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse 
o seu Espírito!” (Nm 11:29). Moisés demonstrou ter o caráter de 
um homem manso, que não se irou porque Deus estava usando 
outros para profetizar; demonstrou ser humilde, não interessado 
em sua própria glória, mas somente na glória do Senhor.

Moisés foi levantado por Deus para retirar, colocar em liberdade 

o povo de Deus que estava escravizado no Egito sobre o domínio 

de Faraó, e conduzi-lo a uma terra boa, larga que mana leite e 

mel. 

E para que isso acontecesse Deus o chama de uma forma muito 


especial, deixando claro que tem uma grande obra em sua vida, e 

que estará com ele para conduzi-lo em um caminho de vitória nos 

momentos de maior dificuldade em sua vida. Êxodo 3:10-12

Vem agora, pois eu te enviarei – Deus o chama com urgência 


Deus tem pressa em te fazer um vencedor como o herói Moisés.
E Deus disse: certamente eu serei contigo – Deus garante a sua 

presença na vida de Moisés.


I. Moisés não era manso, mas, assim se tornou.


Ao depararmos com essa expressão, de que Moisés era o homem 

mais manso da terra, (Nm 12:3) perguntamos-nos como pode ser? 

Como pode o homem mais manso ter matado um homem? 

Primeiro vamos analisar dois fatos: Um é o aspecto do velho 

homem, o outro é o significado da palavra manso. Primeiro: O 

velho homem: Quando Moisés matou aquele egípcio, ele ainda 

não tinha tido experiências com Deus, não tinha tido aquele 

encontro glorioso com o Senhor na sarça, ou seja, ele ainda era 

um velho homem, cheio de ira, desejo de vingança, desejo de 

fazer justiça com as próprias mãos. Ao ponto de matar um homem 

achando que com isso estava defendendo o povo hebreu.

É isso que acontece quando a pessoa ainda não tem um encontro 

com Deus; ela é velha criatura, e deixa os seus impulsos lhe 

dominarem. Quantas vezes vemos coisas dentro das igrejas, 

atitudes que não condizem com as de um servo de Cristo. Pessoas 

que ofendem as outras matam com palavras de calúnia, 

difamação, fazem e acontecem e ainda dizem: sou crente, mais 

não sou otário. E ainda usam aquela passagem de Mateus 21:12-

17, quando Jesus expulsa os cambistas do templo, vira as mesas, e 

fica indignado com aquela situação, então dizem: Se Jesus se 

irou, imagine eu! Pobres coitados! Esquecem-se que essa 

passagem aconteceu para que se cumprisse à profecia a respeito 

da vida de Jesus que diz: “O zelo da tua casa me devorou” (Sl 

69:9) Ele agiu daquela maneira não por vingança, nem para 

aparecer, nem tão pouco porque Ele odiava aquelas pessoas, e 

sim, porque zelava pela obra do seu pai, e jamais admitiria ver a 

casa de seu pai ser transformada em covis de ladrões, em casa de 

negócio, como tem sido nos últimos dias. Muitos se iram e querem 

usar essa passagem para dar base as suas atitudes carnais.

Quando foi dito que Moisés era o homem mais manso da terra, foi 

dito isso depois da sua experiência com Deus. Depois que ele 

deixou o Eu Sou dominar a sua vida,se dispôs dos seus ideais, e 

passou a ter os mesmos ideais que Deus. A palavra manso (no 

original hebraico é ãnãw) que significa humilde. Moisés era um 

homem de uma humildade fora de série, nunca quis ser o centro 

das atenções, nunca quis fazer tudo sozinho (prova disso é que 

aceitou o conselho do seu sogro, e colocou setenta homens para 

lhe ajudar com as pequenas causas) e considerava os outros de 

uma maneira tal, que quando Josué veio dizer-lhe que Eldade e 

Medade estavam profetizando, e que lhos proibissem. Moisés lhe 

disse: deixa-os, quem dera que todos fossem profetas (Nm 11:26-

29). Que atitude gloriosa! Ele não se achava o tal, não achava 

líder. (embora todos soubessem que ele era. E que líder!) Nunca 

vemos Moisés dizendo: “Eu sou o líder, eu mando, eu faço, tudo 

só acontece porque eu estou à frente desse deserto, foi a mim que 

Deus escolheu para libertar esse povo". Nunca disse: Arão e 

Josué, só existe eu como cabeça! Deus não chamou vocês como 

cabeça só a mim! Em nenhuma parte das escrituras, Moisés fala 

isso; Sabe por quê? Por que essa não era a preocupação de 

Moisés, ele não estava preocupado de mostrar para o povo que 

ele é quem mandava (pois isso é uma atitude carnal, de pessoas 

inseguras e frustradas) ou que Arão e Josué eram inferiores a ele. 

O objetivo de Moisés era bem diferente do que essas picuinhas 

que existem no meio das igrejas. Homens dizendo que é que faz e 

acontece, que manda e desmanda, dizendo que a igreja é sua, e 

Cristo o­nde fica? Pois Ele só faz até o­nde o homem permite que 

Ele faça, e quando o homem abre a boca e diz que ele é quem 

manda, Deus o deixa a vontade. Porém, esse tal não verá a glória 

de Deus (não do jeito que Deus havia projetado). Quando o 

eu” está muito em evidência na vida do homem, cuidado! Pois 

pode ser o começo de uma grande queda. O único eu que deve 

falar mais alto em nossas vidas é o EU SOU. Se o meu eu está 

falando mais alto, algo está errado. Devemos nos esvaziar 

do nosso eu e deixar o EU SOU nos dominar. O objetivo de 

Moisés era a de obedecer a voz de Deus, independente quem 

viesse através de Josué, Arão, Eldade, Medade, ou diretamente do 

próprio Deus.

II. Definindo a verdadeira humildade e mansidão

Muitos confundem a palavra humildade, acham que ser humilde é 

não ter riquezas, não ter carros, casas, roupas, enfim, é ser 

pobre. 

Sabemos que isso não é verdade, pois existem tantas pessoas 

pobres que se pudessem nem pisava no chão, devido a sua falta de 

humildade. Observe que o­nde não existe humildade, há soberba e 

orgulho.

E o orgulho tem sido a causa da queda de grandes homens de 

Deus. Pois existem pessoas que quando chegam a certas posições 

espirituais, se acham superiores a todos, acham que só elas estão 

aprovadas. E pasmem! Ficam até felizes em saber que outras 

pessoas vão cair, esquecendo-se daquela passagem que diz: 

“Aquele que está de pé cuide para que não caia”. Então, o que é 

ser humilde? De acordo com o dicionário da língua portuguesa 

é: Virtude que consiste no sentimento da própria inferioridade ou 

fraqueza; modéstia; submissão. Vou mais além, humildade é 

reconhecimento. É reconhecermos que não somos melhores do 

que os outros. É nos submetermos totalmente à Palavra de Deus, 

deixar que Ele nos exalte e não nos exaltarmos a nós mesmos, 

como é o caso de muitos. “Deus resiste aos soberbos, mas dá 

graças aos humildes”. Humilde é aquele que reconhece que tudo 

é de Deus, reconhece e age de acordo com o que a Bíblia diz. Em 

Filipenses 1:3 diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, 

mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si 

mesmo”. Em todo o Novo Testamento, ainda não li, a parte em 

que Jesus está se exaltando, fazendo questão que todos soubessem 

que ele era o filho de Deus. Quando Ele se revelou a mulher 

samaritana em João 4:26. "Dizendo: Eu o sou, eu que falo 

contigo". Ele se revelou a uma mulher sedenta que queria recebê-

lo como salvador. Observe que foi no particular, ele não saiu 

gritando dizendo quem era. Ele deixou que o próprio Deus pai o 

exaltasse, quando disse: “Esse é o meu filho amado em quem me 

comprazo” (Mt 3:17). Ficou claro que é Deus quem testifica para 

os outros, o que somos, e quem somos, não precisamos dizer para 

os outros, o que somos. O próprio Deus faz isso aparecer 

claramente em nossas vidas através dos frutos.


Ter humildade é algo fundamental na vida do crente. O próprio 

Jesus disse: “E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o 

que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23:12). Também, 

Jesus nos disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de 

coração” (Mt 11:29). Portanto, ao invés de estarmos nos 

exaltando, querendo sempre estar em evidências, devemos 

aprender com o Senhor Jesus que é o exemplo de humildade. 

Existem milhões de pessoas perecendo por falta de conhecimento, 

e nós que temos esse conhecimento maravilhoso das escrituras, 

muitas vezes perdemos tempo com coisas carnais que a ninguém 

edifica, ao contrário só prejudica, tanto a nós mesmo, quanto a 

quem nos ouve. É hora de refletirmos e mudar. Existem situações 

que precisamos agir com sabedoria: ser crente não é ser otário, 

mas também, ser crente não é agir da mesma maneia que os 

ímpios; gritando, praguejando, desejando o mal aos outros, 

querendo sempre tirar proveito das situações. Temos um 

advogado junto ao pai que nos defende. Claro! Não podemos 

esquecer que existem coisas que só nós temos que tomar decisões, 

só nós temos que fazer, mas existem pessoas acomodadas, 

dizendo: 

Deixa Deus agir! Quando na verdade, Deus quer que ela tome 

uma atitude. Mas seja qual for a situação, nunca devemos 

esquecer que somos servos de Deus, e servo é aquele que 

obedece. 

“Basta o servo ser igual ao seu Senhor”. Então, não temos 

necessidade de querermos ser o centro das atenções, pois Cristo é 

o centro das atenções. Queremos humildade? Então devemos nos 

dispor do velho homem, da velha criatura, que muitas vezes estão 

bem vivos em nossas vidas. Nunca devemos esquecer que somos 

servos de Cristo. o­nde quer que estejamos somente Ele deve 

aparecer em nossas vidas. Que o nosso eu caia por terra! E que 

nesta hora venhamos nos encher de humildade, de amor, de 

conhecimento da Palavra, pois, somente assim, seremos obreiros 

aprovados, os quais realmente Deus pode contar na sua seara.

Essa declaração a respeito de Moisés que ele era um homem 

manso (humilde) só foi dita depois que ele se converteu, mudou de 

rumo, de direção, de atitude. Será que Deus não está esperando 

tomarmos uma posição para Ele declarar algo a nosso respeito? 

respeito de Jó ele disse para o diabo: "Tens observado o meu 

servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem 

sincero, reto, e temente a Deus, que se desvia do mal” (Jó 1:8). O 

que será que o Senhor tem dito a teu respeito? Tem dito coisas 

semelhantes do que disse de Jó? Ou tem dito que o teu orgulho e 

soberba (que entra quando falta humildade) têm subido até aos 

céus? Ore e peça a Deus, para te mostrar se a falta de humildade 

não está sendo um impedimento para que Deus cumpra todos os 

propósitos Dele em tua vida. Nunca esqueça! Ele só conta com 

quem deixa o seu eu de lado, e deixa o EU SOU reinar 

plenamente em sua vida.


III. Os temperamentos humanos

Hipócrates, o pai da medicina, relacionou a teoria cósmica 

de Empédocles de Acragas à saúde das pessoas, criando a 

Teoria dos Quatro Humores. Os Quatro Humores são: 

sangue, bílis preta, bílis amarela e fleuma. Essa teoria 

afirma que a química do corpo determina o humor e defende 

que uma boa saúde depende do equilíbrio dos Quatro, o 

excesso de um deles provoca doenças e traços exagerados na 

personalidade. Essa teoria foi adaptada por muitos 

pesquisadores, alguns não utilizaram o nome original, dando 

origem aos Quatro Temperamentos Humanos.


1 . Sanguíneo

Uma pessoa, cujo temperamento é sanguíneo, é uma pessoa extrovertida, animada, de fácil convivência. De origem, ela é receptiva, amigável, viva, a alegria da festa. Uma pessoa sanguínea não reflete muito antes de tomar uma decisão, suas decisões são tomadas pelos seus sentimentos. Nunca faltam amigos para o sanguíneo, ele pode sentir facilmente as alegrias e as tristezas das pessoas. Ele é falante e muito expressivo. Quando conta uma história, sua natureza calorosa e emocional nos ajuda a reviver o fato passado. Os sanguíneos se apegam facilmente as pessoas, mas são os primeiros a esquecê-las. Eles são indisciplinados, bagunçados e dotados de vontade fraca.

2 . Colérico

Uma pessoa de temperamento colérico é uma pessoa prática, dotada de vontade forte. Ela se mostra decisiva, independente e autossuficiente. Como os sanguíneos, os coléricos são extrovertidos, mas não tão intensamente. Eles não vacilam sob a pressão das outras pessoas, são eficientes e sua praticidade faz com que terminem seus afazeres rapidamente.  O emocional de uma pessoa colérica é a parte menos desenvolvida de seu temperamento, ele raramente chora. O colérico é ótimo em debates, argumenta muito bem e defende sua tese, porém usa de muito sarcasmo e pode ser um pouco agressivo verbalmente. Ele não se simpatiza facilmente com os outros, nem mostra ou exprime compaixão, costuma ser dominador e mandão.

3 . Melancólico

Esse temperamento é conhecido como o mais rico de todos os temperamentos. O nome dá a sugestão de tristeza, depressão, mas o temperamento melancólico não se trata disso. Uma pessoa melancólica é muito sensível às emoções. É analista, perfeccionista, obtém seu prazer nas artes, seja música, dança até desenhos. Diferente dos dois temperamentos que já vimos, o melancólico é introvertido, mas, algumas vezes, quando seus sentimentos levam-no às alturas do êxtase, ele age como se fosse extrovertido. Uma pessoa melancólica é muito insegura, por isso depende tanto das pessoas. É um amigo fiel, mas tem dificuldade em fazer amizades. Diferente dos coléricos, ele é analista e sabe verificar os obstáculos antes de tomar qualquer decisão. Dificilmente um melancólico irá escolher uma profissão difícil, pois se acha incapaz de executá-la, porém se escolher, se mostrará muito persistente.

Características do Moisés o Melancólico:


A. Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do cristianismo, nos 

informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e 

era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro 

da civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios 

sem se deixar dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três 

milhões de pessoas através do deserto; como juiz, profeta reflete 

sua natureza excepcionalmente bem dotada.

B. Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades em 

desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm 

freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam 

sacrifício. Na vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-

27, seu exemplo de abnegação e renúncia é prova de que homem 


algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.


A lealdade de Moisés – um dos traços mais admiráveis do 

melancólico é a sua lealdade e fidelidade. Embora não seja fácil 

fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire. Esta 

característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira 

especial devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante 

os 40 anos no deserto. Quando os problemas surgiram, buscava 

direção divina e como líder deu várias provas de sua fidelidade 

ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés era 

perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando 

que era muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.


C. Complexo de inferioridade – os talentos de Moisés são 

negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de 

inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-

Poderoso quando conversaram junto à sarça ardente são um 

exemplo clássico da depreciação que os melancólicos fazem de si 

mesmos:


A . Não tenho talento – “quem sou eu para ir a Faraó e tirar do 

Egito os filhos de Israel?”


(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades pessoais e recuava 

diante da ideia de colocar seus talentos à disposição do Senhor. A 

resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos: 

“Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12) Do que mais Moisés 

precisava?


B . Ninguém acredita em mim – “Mas eis que não crerão nem 

acudirão à minha voz”(Ex 4:1)


O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de inferioridade 

do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais 

cedo for reconhecido como pecado, mais depressa 

experimentaremos o 

poder transformador de Deus em nossas vidas.


C . Não sei falar em público – “Nunca fui eloquente...pois sou 

pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A resposta de Deus 

a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez a 

boca do homem?... Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás 

de falar” (Ex 4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem 

nada a ver com eloquência e sim com obediência. A resposta do 

Senhor a Moisés esclarece que o êxito espiritual é alcançado pelo 


poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos talentos.


D . A ira de Moisés – além do medo, a ira reprimida 

freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua 

incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na 

terra prometida (Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente 

desagrada a Deus e leva a graves pecados. Nenhuma pessoa 

compreensiva criticaria Moisés por se irritar com aquele povo 

ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor 

lhe tinha oferecido toda orientação e poder necessário.


E . A depressão de Moisés – Moisés é um dos três grandes servos 

de Deus que ficaram deprimidos a ponto de se desesperar e pedir 

a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram Elias (1 

Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior 

problema das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da 

depressão de Moisés é dado em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a 

Moisés que suportasse a todo aquele peso de responsabilidade, os 

quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a auto-

piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de 


uma vez, eu Te peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. 

Lembre-se de que a reação de Moisés, face aos acontecimentos, 

foi o que causou a sua depressão, e não as circunstâncias em si 

mesmas.

4 . Fleumático

Um indivíduo fleumático é de natureza calma, nunca se perturba ou fica irado. É o temperamento de mais fácil convivência. O nome Fleumático deriva do que Hipócrates pensava ser o fluido corporal que produz o temperamento calmo, frio e equilibrado. Um fleumático sempre evita violência, nunca parece estar agitado. Ele é introvertido, seco, mas tem um senso de humor natural. Esse indivíduo tem um bom coração e é capaz de simpatizar com as pessoas. Ele não se mostrará voluntário em alguma posição de liderança, mas se forçado, será muito competente. Uma pessoa cujo temperamento é fleumático é desmotivada e tenta não se envolver nas atividades dos outros. Enquanto um colérico se levanta por uma causa, o fleumático analisa as circunstancias e questiona “Por que alguém não faz algo sobre isso?”. Ele é um perfeito diplomata e capaz de estabelecer paz e concórdia.  

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IV. Como Deus opera a mansidão?

Moisés foi levantado por Deus para retirar, colocar em liberdade o povo de Deus que estava escravizado no Egito sobre o domínio de Faraó, e conduzi-lo a uma terra boa, larga que mana leite e mel.
E para que isso acontecesse Deus o chama de uma forma muito especial, deixando claro que tem uma grande obra em sua vida, e que estará com ele para conduzi-lo em um caminho de vitória nos momentos de maior dificuldade em sua vida. Êxodo 3:10-12
Observe:
Vem agora, pois eu te enviarei – Deus o chama com urgência
Deus tem pressa em te fazer um vencedor como o herói Moisés.
E Deus disse: certamente eu serei contigo – Deus garante a sua presença na vida de Moisés.
A presença de Deus está garantida sobre a sua vida durante todo o tempo que você estiver firme em Deus, Ele te fará vencer todos os dias em nome de Jesus.
Moisés era especial para Deus, não que Arão e Miriã não fossem especiais a Deus. Mais existia sobre a vida de Moisés uma diferença, Moisés era um profeta agradável aos olhos de Deus. Números 12:6-8
Mesmo sendo tão especial Moisés vai vivenciar um conflito em sua vida que ele não gostaria de viver, quando seus irmãos se levantam contra a sua vida.
E o principal objetivo não era seu relacionamento com a mulher cuxita (Etíope), mais sim em tirá-lo da posição ao qual Deus o havia colocado. Números 12:2
O conflito existente na vida de uma pessoa tem por maior objetivo tentar impedir que a pessoa viva o que Deus tem determinado para a sua vida. Tentando tirar a pessoa da posição que Deus a colocou. Os problemas (conflitos) estão fazendo as pessoas desistirem do plano especial de Deus.
Você é muito especial e foi chamado para fazer a diferença entre as demais pessoas assim como Moisés, o que você precisa é aprender a vencer os conflitos de sua vida. Assim como Moisés também venceu, não importa o quanto te acusam e quantos se levantam contra você, até os da sua própria casa, seja qual for o conflito e, em, que área seja da sua vida, quer seja espiritual, profissional ou até mesmo familiar.
Moisés estava enfrentando um conflito em meio a sua família, Mediante todo este acontecimento qual é a característica, ou seja, qualidade que a palavra de Deus nos mostra na vida de Moisés. Justamente a Mansidão.
Ser manso é:
Ser delicado com todos, é ser atencioso, compreensivo.
Manso é:
Aquele capaz de perder uma discussão, sem se exasperar.
Manso é:
Aquele capaz de discutir um assunto, sem perder a calma.
Manso é:
Aquele capaz de ser livre do espírito de vingança, mesmo diante da provocação.
Manso é:
Aquele que prefere errar perdoando em lugar de "acertar" odiando (ou odiar errando).
Mansidão não é:
Sinônimo de fraqueza ou de covardia. Ao contrário, é uma virtude divina. Deus, sendo Todo Poderoso é manso.
Mansidão:
Não é covardia, omissão.
Mansidão:
É Segurança, moderação.
É uma capacidade dada por Deus de se controlar diante daquilo que nos irrita.
Moisés mediante o conflito em sua vida com sua família agiu mansamente, ou seja, estava seguro em Deus e sabia que Deus iria honrá-lo.
Moisés se controla diante do levante de sua família, não se deixa levar por este conflito, agiu mansamente.
Essa atitude fez com que o próprio Deus tomasse sobre si as dores de Moisés e resolveu julgar sua causa lhe defendendo e lhe dando a vitória. Números 12:9-10
Você vai conseguir vencer determinadas situações em sua vida se você aprender a agir com Mansidão.
Ainda que você esteja certo, ainda que nos chamem de malfeitores, blasfemem de nós devemos agir mansamente, porque isso é agradável ao nosso Deus. E fará com que ele julgue a nossa cousa para nos fazer vencer como Moisés. I Pedro 3:15-18
Para que essa qualidade de Deus esteja sobre a sua vida você precisa do Espírito Santo de Deus, pois é o Espírito Santo que vai trabalhar na sua vida moldando seu caráter e criando em você um espírito de mansidão. A mansidão é fruto do Espírito Santo de Deus Gálatas 5:22
Moisés possuía essa qualidade ser manso, porque servia ao Deus vivo de Israel. Atendeu a chamado de Deus dizendo Eis-me aqui.

Moisés era especial para Deus, não que Arão e Miriã não fossem 

especiais a Deus. Mais existia sobre a vida de Moisés uma 

diferença, Moisés era um profeta agradável aos olhos de 

Deus. Números 12:6-8

Mesmo sendo tão especial Moisés vai vivenciar um conflito em 

sua vida que ele não gostaria de viver, quando seus irmãos se 

levantam contra a sua vida.

E o principal objetivo não era seu relacionamento com a mulher 

cuxita (Etíope), mais sim em tirá-lo da posição ao qual Deus o 

havia colocado. Números 12:2

O conflito existente na vida de uma pessoa tem por maior objetivo 

tentar impedir que a pessoa viva o que Deus tem determinado 

para a sua vida. Tentando tirar a pessoa da posição que Deus a 

colocou. Os problemas (conflitos) estão fazendo as pessoas 

desistirem do plano especial de Deus.

Você é muito especial e foi chamado para fazer a diferença entre 

as demais pessoas assim como Moisés, o que você precisa é 

aprender a vencer os conflitos de sua vida. Assim como Moisés 

também venceu, não importa o quanto te acusam e quantos se 

levantam contra você, até os da sua própria casa, seja qual for o 

conflito e, em, que área seja da sua vida, quer seja espiritual, 

profissional ou até mesmo familiar. 

Moisés estava enfrentando um conflito em meio a sua família, 

Mediante todo este acontecimento qual é a característica, ou seja, 

qualidade que a palavra de Deus nos mostra na vida de Moisés. 

Justamente a Mansidão.

 Moisés foi um homem que aprendeu a resolver as questões 

básicas da vida e, por conta disso, tornou-se o principal exemplo 

de como desfrutar de paz interior. Moisés enfrentou grandes 

responsabilidades e muitos momentos de tensão, contudo, fora 

chamado de manso, paciente (Números 12.3).


V. Como Moisés se tornou o homem mais manso e paciente de 

toda terra? 

Examinando a vida de Moisés podemos colher preciosos 

conselhos para que também não nos tornemos pessoas, 

irritadiças, tensas, ansiosas. Vejamos então um pouco da história 

deste homem.
Como vimos, Moisés é considerado o homem mais paciente de 

toda a terra. Apesar de assim ser, não deixou de enfrentar 

realidades difíceis. E, se alguém tinha o direito de ficar tenso, 

essa pessoa era Moisés. Ele sonhava tirar 2 milhões de israelitas 

do Egito e conduzi-los pelo deserto até um  novo país chamado 

Israel (Terra Prometida). Era um grande sonho inspirado por 

Deus. Enfim, isto acontece por meio de Moisés. Contudo, tão logo 

o povo começa a caminhada, muitos reclamam, discutem e 

duvidam da liderança de Moisés ( Êxodo 15.24; Números 

20.1-5). Estes não tinham fé suficiente para entrar na Terra 

Prometida e, por isso, passaram 40 anos caminhando pelo deserto 

até que todos os adultos que haviam deixado o Egito morressem. 

Fora um tempo de muitas dificuldades para Moisés. Contudo, 

mesmo diante da impulsividade do povo e circunstância 

desfavoráveis, Moisés não deixou que a ansiedade o dominasse. 

Vejamos um relato da vida de Moisés:
Texto bíblico: Hebreus 11.23-29
Contexto e explicação:

Antes de continuarmos a falar sobre Moisés, é preciso definir 

mansidão. Mansidão não significa ser fraco. É uma atitude de 

silenciosa confiança, de paz e tranquilidade interior. A mansidão 

impede que fiquemos irritados quando as coisas 

complicam.Mansidão é a atitude que diz: “Quando todos vêm 

contra mim, quando todos me criticam, quando as coisas estão 

tensas e tenho a razão para ficar nervoso e irritado, vou 

permanecer calmo. Não vou perder a paciência”.

É interessante observar a grandeza de Moisés. No capítulo 

dedicado aos heróis da fé, o autor de Hebreus relaciona diversas 

personalidades, tanto homens, quanto mulheres. Contudo, o 

personagem de maior destaque é a figura de Moisés. Ele é o mais 

mencionado. Não somente o autor de Hebreus dá este destaque a 

Moisés, como também, ele é considerado um dos principais 

personagens da Bíblia. Não temos dúvidas, até porque Moisés 

fora responsável : 

(a) pela autoria dos 5 primeiros livros da 

Bíblia; 

(b) também fora o grande líder que Deus levantou para 

libertar o povo de Israel das mãos dos egípcios e 

finalmente;

 (c) recebeu das mãos do próprio Deus as tábuas da 

lei, que representavam os princípios de Deus para o povo. 

( Êxodo 32.19; Êxodo 24.12).
A vida de Moisés é um misto de responsabilidades e tensão. Com 

Moisés aprendemos que podemos acumular responsabilidades e 

ainda assim ter um coração tranquilo.
Como já dissemos, mansidão não é sinônimo de fraqueza. Mesmo 

Moisés em alguns momentos necessitou de ter atitudes 

firmes. Certa vez, quebrou as tábuas da lei ao assistir a idolatria 

do  povo (Êxodo 32.19). Assim, a mansidão e firmeza não são 

contraditórias.
Não faltaram a Moisés momentos para irar-se. Não faltaram 

oportunidades para “chutar o balde”. Não raras às vezes, 

confrontou-se com pessoas difíceis, resistentes e insubordinadas. 

Mesmo assim, Moisés conseguiu contornar as situações. Driblar 

os percalços. E conduzir o povo de Deus até a Terra Prometida. A 

mansidão foi fundamental para isto. Este é o desafio que também 

nos é imposto. 




VI. O que significa ser manso 

1. Uma pessoa mansa é submissa à vontade de Deus
Uma pessoa mansa não se rebela contra Deus, nem murmura. Ela 

aceita a vontade Deus de bom grado. Ela diz como Jó: “temos 

recebido o bem de Deus, porventura, não receberíamos também o 

mal?”.
Uma pessoa mansa é como Paulo, sabe viver contente em toda e 

qualquer situação. Ela dá sempre dando graças a Deus, sabendo 

que todas as coisas cooperam para o seu bem.

2. Uma pessoa mansa está debaixo do controle de Deus
O manso é aquele que foi domesticado. A palavra manso era 

empregada para descrever um animal domesticado. Um potro 

selvagem causa uma destruição. Um potro domado é útil. Uma 

brisa suave refresca e alivia. Um furacão mata. O manso morreu 

para si mesmo. Ele foi domesticado pelo Espírito. A mansidão é 

fruto do Espírito. Ele está sob autoridade e sob o controle. Ele 

obedece as rédeas.
O manso é aquele que tem a força sob controle. Ele tem domínio 

próprio. Mais forte é o que domina o seu espírito do que aquele 

que conquista uma cidade.

O manso é aquele que não reivindica os seus próprios direitos. 

Jesus, sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus.


O manso é aquele que está disposto a sofrer o dano. Como Paulo 

escreveu aos coríntios, numa demanda entre irmãos, ele está 

pronto a sofrer o dano em vez de buscar levar vantagem.


3. Uma pessoa mansa reconhece diante dos homens aquilo que 

ela reconhece diante de Deus
Não temos nenhuma dificuldade de fazermos uma oração de 

confissão e dizer: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, porque eu 

sou um mísero pecador!”. Nós admitimos isso. Confessamos isso. 

Mas se alguém vier nos chamar de pecador, nós logo rechaçamos. 

Não admitimos ser diante dos homens aquilo que admitimos ser 

diante de Deus. Não aceitamos que os homens nos tratem da 

mesma maneira que admitimos ser para Deus.
O manso é aquele que não luta para defender sua própria honra. 

Aquele que já está no chão não tem medo da queda.
Ilustração: uma mulher mandou uma carta ao irmão André 

fazendo-lhe pesadas acusações. Ele chorou e pediu a Deus graça. 

Então, sentou e escreveu uma carta: Minha irmã, eu concordo 

com você. Eu sou muito pior do que você descreveu. Se você me 

conhecesse como Deus me conhece, certamente você teria sido 

muito mais forte nas suas acusações.
4. Uma pessoa mansa suporta injúrias
Uma pessoa mansa não é facilmente provocada. Um espírito 

manso não se inflama facilmente. Davi dá o seu testemunho: 

“Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os 

que me procuram fazer o mal dizem cousas perniciosas e 

imaginam engano todo o dia. Mas eu, como surdo, não ouço e, 

qual mudo, não abro a boca” (Sl 38:12,13).

Há algumas coisas que se opõem à mansidão:

a) Precipitação – Uma pessoa precipitada, que fala antes de 

pensar, que age antes de refletir, que se destempera facilmente e 

perde o controle emocional não é uma pessoa mansa. Basílio 

comparava a ira à embriaguez e Jerônimo dizia que há mais 

pessoas embriagadas de paixão iracunda do que de vinho. A ira 

descontrolada suspende o uso da razão. Muitas pessoas são frias 

na expressão da sua fé, mas vivem em estado de ebulição quando 

se trata da ira.
b) Maldade – Uma pessoa mansa não faz o mal, não fala mal nem 

deseja o mal. A Bíblia diz que aquele que odeia o seu irmão é 

assassino (1 Jo 3:15) e quem o chamar de tolo está sujeito ao fogo 

do inferno (Mt 5:22).
c) Vingança – A Bíblia proíbe a vingança: “Não vos vingueis a 

vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A 

mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”. 

A vingança é uma usurpação de uma ação exclusiva de Deus.
d) Falar mal – A Bíblia nos ordena a não falar mal uns dos 

outros. 

O pecado que mais Deus odeia é da língua que semeia contenda 

entre os irmãos. Tiago 3 diz a língua tem o poder de dirigir (freio 

e leme), o poder de destruir (fogo e veneno). Muitas pessoas não 

tiram a vida do próximo, mas destroem sua reputação com a 

língua. A língua torna-se um mundo de iniquidade, indomável e 

incoerente.
5. Uma pessoa mansa perdoa as injúrias
Jesus disse: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma 

cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos 

perdoe as vossas ofensas” (Mc 11:25). Não adianta orar sem 

perdoar. Nós lembramos mais as injúrias do que as benevolências.
Ilustração: Certa mulher foi visitada pelo seu pastor no leito da 

morte: “Você está pronta a perdoar o seu inimigo? Ela 

respondeu: Eu não vou perdoá-lo, ainda sabendo que por isso, 

estou indo para o inferno.”
Jesus é o nosso modelo de homem manso. “Pois ele, quando 

ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não 

fazia ameaças, mas entrega-se àquele que julga retamente” (1 Pe 

2:23).
Como deve ser o perdão?
a) Real – Deus não mostra o seu perdão para nós e guarda o 

nosso pecado para si. Ele apaga os nossos pecados como a névoa 

os lança no mar e deles nunca mais se lembra. Deus perdoa e 

esquece. Deus perdoa e não cobra mais. Deus perdoa e nunca 

mais lança o nosso pecado em nosso rosto. É assim que devemos 

perdoar, como Deus perdoa, de todo o coração.

b) Pleno – Deus perdoa todos os nossos pecados. “Ele perdoa 

todas as nossas iniquidades” (Sl 103:3). Se você é manso, você 

perdoa todas as injúrias. Uma pessoa que não é mansa, perdoa 

algumas ofensas, mas retém outras. Isso é apenas um meio 

perdão, isso não é completo perdão. Se Deus fizesse isso com 

você, como você estaria agora?
c) Constante – A Bíblia diz que Deus é rico em perdoar (Is 55:7). 

Até quantas vezes devemos perdoar? Até sete vezes? Não, até 

setenta vezes sete. Não há cristianismo sem perdão. Se você não 

perdoa você não pode adorar, ofertar, orar, ser perdoado. Se 

você não perdoa você não tem paz, fica doente, dominado, 

atormentado. Se você não perdoa o seu irmão, não é apenas a ele 

que você está ferindo, mas está ferindo também a Deus. Quem 

vive sem mansidão, morre sem misericórdia.

6. Uma pessoa mansa recompensa o mal com o bem

Amar os inimigos, fazer o bem a eles e orar por eles é a marca de 

uma pessoa mansa (Mt 5:44). A Bíblia diz que se o nosso inimigo 

tiver fome, demos dar ele de comer (Rm 12:20). O apóstolo Pedro 

diz: “não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo 

contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a 

fim de receberdes bênção por herança” (1 Pe 3:9).
Pagar o mal com o mal é agir como um selvagem. Pagar o bem 

com o mal é agir como um demônio. Mas pagar o mal com o bem 

é agir como um cristão, como uma pessoa mansa.
Davi dá o seu testemunho: “Pagam-me o mal pelo bem, o que é 

desolação para a minha alma. Quanto a mim, porém, estando eles 

enfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha 

alma com jejum e em oração me reclinava sobre o peito” (Sl 

35:12-13).


VII. As razões para sermos mansos.


1. Nós devemos ser mansos porque Jesus, o nosso supremo 

modelo foi manso
Jesus é o homem perfeito. E ele foi manso e humilde de coração. 

Quando ele era ultrajado, não revidava com ultraje. As palavras 

de seus inimigos foram mais amargas do que o fel que lhe deram 

na cruz, mas as palavras de Cristo foram mais doces do que o 

mel, foram palavras de perdão e salvação.
Ele orou e chorou pelos seus inimigos. Ele perdoou os seus 

inimigos e nos convida: “Aprendei de mim, porque sou manso” 

(Mt 11:29).
Cristo não nos exorta a aprender com ele a fazer milagres, a 

abrir os olhos aos cegos, a levantar os mortos, mas ele nos exorta 

a aprendermos com ele a sermos mansos. Se nós não imitarmos 

sua vida, não seremos salvos pela sua morte.
2. Nós devemos ser mansos porque os servos de Deus do passado 

também foram mansos

a) Abraão – Abraão abriu mão dos seus direitos e deu a Ló a 

oportunidade de escolher primeiro. Uma pessoa mansa abre mão, 

não briga pelos seus próprios direitos.
b) Moisés – Números 12:3 diz que Moisés foi o homem mais 

manso da terra. Quantas injúrias ele sofreu! Quando o povo de 

Israel murmurava contra ele, em vez de se irar contra o povo, ele 

caia de joelhos em oração pelo povo (Ex 15:24,25). As águas de 

mara não foram tão amargas como o espírito do povo, mas 

Moisés reage não com amargura, mas com oração.
c) Davi – Saul perseguia loucamente a Davi, e este, algumas 

vezes, teve a vida de Saul em suas mãos, mas ele não se vingou (1 

Sm 26:7,12,23). Simei amaldiçoou Davi e este não permitiu que 

sua vida fosse tirada (2 Sm 16:11). Um homem manso não defende 

sua própria causa, sua própria reputação.
3. A mansidão é o caminho para derreter e conquistar o coração 

dos próprios inimigos
A palavra dura suscita a ira, mas a resposta branda (mansa), 

desvia o furor (Pv 15:1).
A brandura de Davi com Saul, derreteu seu coração mais do que 

bravura de Davi (1 Sm 24:16,17).


A mansidão é como ajuntar brasas vivas na cabeça do seu 

inimigo. 

A ira faz um amigo tornar-se inimigo, mas a mansidão, faz um 

inimigo tornar-se amigo.



 VIII . Os  três passos para alcançar a mansidão?

1- Saiba quem você é
A primeira questão enfrentada por Moisés foi o aspecto da 

identidade. Ele respondeu à pergunta: “Quem sou eu?”. “Moisés 

já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó”(Hebreus 

11.24)O faraó tinha proclamado que todo menino hebreu recém-

nascido deveria ser morto (leia: Êxodo 1.15-16), mas a mãe de 

Moisés colocou-o em um pequeno cesto e o deixou nas margens 

do rio Nilo (Êxodo 2.3). A filha de faraó veio banhar-se e 

encontrou a cesta. Ela se apaixonou imediatamente pelo bebê, 

levou-o para sua casa. Moisés fora educado nos palácios de 

faraó, recebendo uma rica e avançada educação. Era um hebreu 

de natureza e egípcio de formação. Precisamos compreender o 

conflito que existe aqui. Moisés era hebreu, mas a filha do faraó 

criou-o como egípcio. Todos pensavam que ele fosse um egípcio 

legítimo. Em certo momento da sua vida (40 anos de idade), isto 

se tornou uma crise de identidade. “Vou viver no luxo do palácio 

ou como escravo hebreu?”
Cada um de nós precisa ser confrontado com a questão da 

identidade. Todos têm a profunda necessidade de aceitar quem é. 

Uma maneira bem rápida de se desenvolver uma úlcera é tentar 

ser alguém que na verdade não é. Moisés reconheceu essa tensão 

e decidiu parar de fingir. Ele aceitou sua verdadeira identidade. 

Assim, o fundamento da paz interior é não tentar ser alguém que 

não se é. Que experiência libertadora é relaxar e parar de tentar 

ser alguém que você não é.
Buscar o conhecimento próprio nos torna capazes de sermos mais 

autênticos. Conhecermos nossos próprios limites. A mansidão 

começa quando nos aceitamos como pessoa e decidimos parar de 

brigar conosco mesmo.  Deus não errou ao nos formar do jeito 

que somos. ( Salmo 139.13-14).

2- Aceite suas responsabilidades
Moisés também lidou com outra questão, a da responsabilidade 

pessoal. Preferiu ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar 

os prazeres do palácio de faraó (Hebreus 11.25). Moisés fez a 

opção por Deus, quando escolhera estar ao lado do povo de 

Deus. Ser manso também é saber fazer as escolhas corretas.
Vivemos em uma sociedade onde as pessoas tem a tendência de 

transferir responsabilidades. Comentários tipo: “Isto é dever da 

escola…” ou, “Quem deveria fazer é o governo…”, ou então, “A 

igreja ou o pastor é o responsável…” se multiplicam. Todos 

“amamos” culpar os outros, mas odiamos ser culpados.
Podemos escolher entre continuar a culpar os outros ou assumir    
 a responsabilidade de sermos pessoas mansas. Qual será 

nossa escolha? Não podemos controlar as situações que surgem 

em nossa vida, mas podemos decidir como reagir. Tornaremos-

nos pessoas amargas, insatisfeitas, murmuradoras ou alguém 

melhor, mais pacífico, tranquilo, submissas. Isto é assumir 

responsabilidades.
Um sobrevivente do campo de concentração disse que a única 

coisa que aprendeu foi que, embora não pudesse controlar o que 

lhe acontecia, ele podia controlar a reação. Começamos a 

desfrutar da verdadeira paz interior quando assumimos a 

responsabilidade pelos nossos atos (leia novamente: Salmo 

139.13-14). Diante da discussão, preferimos o silêncio. Diante do 

rancor, optamos pelo perdão. Defronte a dificuldade, escolhemos 

a perseverança. Em frente a dor, tomamos o caminho do consolo 

de Deus. Diante da omissão, optamos pelo serviço. Quando assim 

procedemos, abrimos a porta da mansidão em nossa vida.

3- Defina as prioridades
Há outra questão que Moisés enfrentou. Foi a questão da 

prioridade (Hebreus 11.26). Ele definiu o que era realmente 

importante em sua vida. Do ponto de vista humano, o jovem 

Moisés tinha tudo. Ele tinha muito poder, muitos prazeres e 

posses. Até porque, uma grande parte da riqueza do mundo 

daquela época estava no Egito. Contudo, teve como prioridade 

não o poder, prazer ou posses, mas tão simplesmente Deus. A 

prioridade de Moisés fora Deus.
Deus o trouxe um grande desafio. Ser o libertador de Israel 

(Êxodo 3.10). Tentou hesitar, se esquivar como é peculiar do ser 

humano. Contudo, se rendeu. Compreendeu que tinha uma missão 

maior do que simplesmente viver no deserto cuidando de ovelhas. 

E assim, assumiu em seu coração a maior prioridade de sua vida.


O caminho da paz interior passa pelas prioridades que temos em 

nosso coração.Coração cheio daquilo que é vão, tão certo, 

continuaremos tendo como companhia a ansiedade. Aliás, Jesus 

disse aos discípulos que não é nos preocupando que haveremos de 

alcançar o sustento básico de nossas vidas (Mateus 6.25-34), mas 

sim, elegendo o Reino de Deus e sua justiça como prioridade na 

nossa vida. Moisés descobriu isto. Preferiu a riqueza de Deus, 

ainda que isto significasse sair do Egito (lugar de riqueza e 

comodidade) e ter o deserto como morada.Todos aqueles que 

assim fazem, tão logo, descobrem que vale ter “nada” na 

presença de Deus do que ter tudo fora dEle (leia: Fp 3.7-8).
Para que alcemos a paz interior, precisamos necessariamente, ter 

a paz de Deus em nossos corações. E isto, somente alcançamos 

por meio de Jesus (Romanos 5.1). Moisés fora lembrado por um 

homem que desfrutou de paz interior (manso, paciente), e nós, 

como seremos lembrados? Faremos parte da galeria da fé, como 

Moisés ou do esquecimento eterno?


IX. Jesus foi um exemplo e o modelo de mansidão


 ‘Sou manso e humilde de coração’ o termo ‘manso’ na frase em comento não é uma questão de foro íntimo, subjetiva, antes possui valor objetivo. A ‘mansidão’ de Cristo não decorre da relação com o próximo, mas da relação entre Ele e o Pai.
“praütes ou p ra o /e s, forma mais antiga (TTpaúrriç ou Tipaoníç) denota “mansidão”. Em seu uso na Escritura, no qual tem um significado mais extenso que nos escritos gregos seculares, não consiste só no “comportamento exterior da pessoa; nem ainda em suas relações para com o próximo; tampouco na sua mera disposição natural (...) está relacionado de perto com a palavra tapeinophrosune [humildade], e resulta diretamente dela (E f 4.2; Cl 3.12; cf. os adjetivos na Septuaginta em S f 3.12, ‘humilde e pobre'); [...] é somente o coração humilde que também é manso, e o qual, como tal, não luta contra Deus e mais ou menos se debate e combate com Ele (...) O significado de praütes “não é expresso prontamente em nosso idioma, pois os termos mansidão, brandura, comumente usados, sugerem fraqueza e pusilanimidade em maior ou menor extensão, ao passo que praütes não diz nada disso. Não obstante, é difícil encontrar uma tradução menos aberta à objeção que ‘mansidão’; gentileza’ foi sugerido. Mas como praütes descreve uma condição da mente e coração, e visto que ‘gentileza’ é apropriada preferivelmente para ações, esta palavra não é melhor que a outra. Deve ser entendido claramente que a mansidão manifestada pelo Senhor e recomendada para o crente c o fruto de poder. A suposição comum é que quando o homem é manso, é porque ele não pode se ajudar; mas o Senhor era ‘manso’ porque Ele tinha os recursos infinitos de Deus à Sua disposição” Dicionário VINE.
Da relação, Senhor e Servo estabelecida entre o Pai e o Filho, decorre a condição ‘manso’ do Filho, e como Deus quer salvar todos os homens, a submissão do servo proporciona aos homens a graça da redenção.
Competia ao Servo do Senhor substituir a desobediência de Adão pela obediência para que, pela obediência do Servo do Senhor, muitos possam ser feitos justos “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos” ( Rm 5:19 ).
Para compreender a declaração de Cristo, vale destacar novamente que, no contexto, Jesus havia acabado de declarar que ‘Todas as coisas me foram entregues pelo meu Pai’. A qualidade de ‘manso’ se dá pelo poder investido pelo Pai no Filho, o Servo que se sujeitou a vontade do Pai em tudo “Sairei na força do Senhor DEUS, farei menção da tua justiça, e só dela” ( Sl 71:16 ).
O Filho é manso mesmo quando propõe seu senhorio aos homens, ele é manso mesmo quando a sua linguagem parece ser rude, como se lê na parábola dos trabalhadores contratados em horários diferentes "Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?" ( Mt 20:15 ).
Só é possível compreender a declaração de Cristo como ‘manso’ quando se compreende a total sujeição de Cristo a Deus, mesmo Deus entregando todas as coisas a Cristo “Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio forte” ( Sl 71:7 ).
O termo grego traduzido por ‘entregue’ é παραδιδωμι, transliterado paradidomi, significa:
“1) entregar nas mãos (de outro), 2) transferir para a (própria) esfera de poder ou uso, 2a) entregar a alguém algo para guardar, usar, cuidar, lidar” Dicionário Bíblico de Strong.
Ao convidar os homens sobrecarregados e cansados em decorrência de um jugo duro e do fardo pesado que levam, Jesus prometeu alivio aos que se sujeitam a Ele. O convite expressa o poder de um Senhor que oferece um jugo suave e um fardo leve aos seus servos. Ele demonstra ter o poder de livrar qualquer homem da opressão e do cansaço do jugo do pecado, desde que se submeta ao seu senhorio.
As Escrituras testificam de Cristo ( Jo 5:39 ), apresentando dois aspectos pertinente àquele que declarou: - “Sou manso e humilde de coração”: a) era o Servo do Senhor, porque se sujeitou a vontade do Pai ( Sl 40:8 ), b) e Rei, porque todas as coisas foram entregues a Ele pelo Pai;
O Servo do Senhor foi descrito por Isaias como prudente e, quando exaltado, elevado e mui sublime: rei "Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime" ( Is 52:13 ); “Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás” ( Sl 71:21 ).
Este mesmo Servo trouxe um conhecimento específico, de modo que demanda por parte dos homens aprenderem este conhecimento e, em contra partida, serem aliviados de suas iniquidades, pois o jugo e a carga que pesa sobre os homens, o Servo do Senhor levou sobre si"Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si" ( Is 53:11 ).
O conhecimento das Escrituras é imprescindível para que os homens entendam, assim como as criancinhas que estavam no templo, que Cristo é aquele que veio em nome do Senhor: - “Hosana ao que vem em nome do Senhor” ( Mt 21:15 ), e lembrar do profetizado por Zacarias: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta” ( Zc 9:9 ). Diante deles não estava um profeta, mas o filho de Davi, o rei de Israel, o Filho de Deus ( Mt 16:13 -14).
É um equivoco considerar que Jesus era manso no sentido de possuir um gênio submisso aos homens. Ele era manso por enfatizar a autoridade do Pai como servo. A autoridade que viam em Jesus decorria do seu ensino e, diferente dos escribas que transtornavam o mandamento de Deus, Cristo cumpriu o mando do Pai "Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas" ( Mt 7:29 ); "E admiravam a sua doutrina porque a sua palavra era com autoridade" ( Lc 4:32 ). 
O termo grego traduzido por manso é: 
“4239 πραυς praus aparentemente, palavra primária, ver 4235; TDNT - 6:645,929; adj1) gentileza, bondade de espírito, humildade” Dicionário Bíblico de Strong
O termo hebraico traduzido por manso é:
“06035 anav ou [pela combinação com 6041] עניו anayv procedente de 6031; DITAT - 1652a; n. m. 1) pobre, humilde, aflito, manso 1a) pobre, necessitado 1b) pobre e fraco 1c) pobre, fraco e aflito 1d) humilde, modesto, manso” Dicionário Bíblico de Strong
A definição de ‘manso’ que consta dos dicionários não é o que Jesus enfatizou ao dizer: - “Sou manso e humilde de coração”. Cristo era ‘manso’ não no sentido de ser pobre, aflito, fraco, modesto, etc., mas em função da maneira em que, como Servo do Senhor cumpria a sua missão.
Os homens reputaram o Cristo como aflito e ferido de Deus, no entanto, o Cristo estava sendo manso, ou seja, não lançou mão das prerrogativas que possuía antes de ser encarnado, e nem antecipou as prerrogativas que receberia ao ser glorificado pelo Pai ‘... e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido’ ( Is 53:4 ).
O termo não deve ser compreendido do ponto de vista moral ou socioeconômico e nem como autocontrole.
No texto a seguir muitos veem autocontrole, mas nele fica estampada a obediência: “E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém. E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém. E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia” ( Lc 9:51 -56).
A orientação de Cristo aos discípulos vai além da ideia de autocontrole, pois deveriam identificar, compreender, a que espirito pertenciam, portanto, deviam se ater à missão recebida "Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido" ( Mt 18:11 ).
Como servo do Senhor, Jesus é o majestoso salvador que cavalgou prosperamente pela causa da verdade, mansidão e da justiça, e como Ele punha a confiança em Deus, Deus ensinou a Ele coisas terríveis “E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis” ( Sl 45:4 ); "Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei" ( Sl 16:8 ).
Jesus era manso porque nada realizou entre os homens que promovesse uma glória própria. Apesar de o Pai entregar a Ele todas as coisas, tudo o que realizou visava a glória do Pai “Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei” ( Jo 12:28 ).
Cristo não promoveu a si mesmo buscando honra e glória ( Jo 8:50 ), tudo o que falou restringia-se ao mandamento que o pai determinou que falasse “Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito” ( Jo 12:49 -50).
Através do paralelismo antitético do provérbio: "Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos" ( Pv 16:19 ), em que ‘humilde de espírito’ é condição oposta a ‘soberbo’, verifica-se que o manso não visa lucro no exercício do seu mister, diferente dos soberbos querem o despojo "Por que, pois, não deste ouvidos à voz do SENHOR, antes te lançaste ao despojo, e fizeste o que parecia mau aos olhos do SENHOR?" ( 1Sm 15:19 ).
Apesar de ser herdeiro de todas as coisas e ter o poder de fazer todas as coisas assim como o Pai, Cristo abriu mão de qualquer ação autônoma “Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente” ( Jo 5:19 ).
Ser manso é ter o poder de realizar ou de se vingar, mas resignar-se a cumprir estritamente a vontade do seu Senhor. É ter à mão doze legiões de anjos, e não fazer uso do recurso por preocupar-se com a palavra do seu Senhor “Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?” ( Mt 26:53 -54).
Ora, temos registrado nas Escrituras que Moisés foi o homem mais ‘manso’ da terra ( Nm 12:3 ). O termo manso (עָנָו anav) refere-se a um sentimento ou a uma virtude? O termo não aponta para questões do sentimento e nem da moral!
“Em sua primeira ocorrência a palavra descreve a condição objetiva como também a postura subjetiva de Moisés. Ele era completamente dependente de Deus e via o que era: ‘E era o varão Moises mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra’ (Nm 12.3)” .
Em nossos dias não é aprovado como manso um homem que lança mão de um homem para mata-lo ( Ex 2:12 ). Alguém gentil pode ser severo, pesado ao falar? ( Ex 4:10 ) Como o homem mais manso fica irado a ponto de arremessar e quebrar as tábuas dos mandamentos? ( Ex 32:19 )
As Escrituras designam Moisés como mui manso porque ele não defendia a sua causa ou posição, antes deixava a cargo de Deus defende-Lo. Por várias vezes o profeta Moisés foi desafiado por seus irmãos segundo a carne, e em nenhuma delas Moisés utilizou da autoridade concedida para vindicar a sua posição.
Miriam e Arão confabularam contra Moisés, e Deus interveio ( Nm 12:1 ). Eles até poderiam censurar Moisés por ter tomado para si uma mulher cusita, mas não tinham o direito de contestar o ministério e a autoridade de Moisés com base em uma questão familiar ( Nm 12:2 );"A Deus não amaldiçoarás, e o príncipe dentre o teu povo não maldirás" ( Êx 22:28 ). 
O povo revoltou-se contra Moisés e queriam eleger um líder que os conduzisse de volta ao Egito ( Nm 14:4 ). Moisés poderia se impor sobre o povo como líder, no entanto, ele se voltou para Deus se prostrando como servo ( Nm 14:5 ). Apesar de estar investido de poder sobre a casa de Deus, Moisés evidencia a força de Deus ( Nm 14:17 -19).
Coré, Datã e Abirão, juntamente com duzentos e cinquenta príncipes do povo, se opuseram a Moisés contestando a sua autoridade sob o argumento de que toda a congregação era santa ( Nm 16:3 ), e Moisés nada argumentou em seu favor. Apesar da ira que lhe sobreveio, porque nunca havia defraudado a nenhum dos filhos de Coré, Datã e Abirão ( Nm 16:15 ), deixou a cargo de Deus evidenciar quem era o escolhido para conduzir o povo ( Nm 16:28 ).
Por ser mui manso, Moisés fez com que os filhos de Israel apresentassem segundo o número de suas tribos doze varas. Após serem identificadas com os nomes das tribos, as varas foram deixadas de um dia para o outro na tenda da congregação, e no dia seguinte a vara de Arão havia florescido, as flores desabrocharam e produziam amêndoas ( Nm 17:8 ).
A Bíblia descreve Moisés como ‘mui’ manso. 
Se comparado aos outros homens, Moisés era muito manso, e não foi nomeado ‘manso’, o que indicaria uma condição plena, porque certa feita, em lugar de obedecer a palavra do Senhor e falar a rocha, feriu a rocha duas vezes, de modo que não evidenciou ao povo quem lhes deu água a beber da rocha ( Nm 20:11 -12).
Cristo por sua vez apresenta-se manso e humilde, condição que O habilita a ensinar os seus ouvintes o conhecimento que lhes dará descanso “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si” ( Is 53:11 ).
Jesus não se defendeu, antes confiou inteiramente no Pai "Pois tu tens sustentado o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente" ( Sl 9:4 ); "O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente" ( 1Pd 2:23 ).
Quando Jesus foi incisivo, a intervenção visou a causa do Pai, como podemos ver quando Ele expulsou os cambistas da casa do Pai, mas em tal evento ele permaneceu manso “E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará” ( Jo 2:16 -17).
Da mesma forma, Cristo, como Filho sobre a sua própria casa, foi um servo gentil, obediente, conforme o expresso nas Escrituras: "Quem é cego, senão o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o que é perfeito, e cego como o servo do SENHOR?" ( Is 42:19 ).
Quem é cego, surdo e perfeito? A resposta está no verso 1: "EIS aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios" ( Is 42:1 ).
Ser cego, surdo e perfeito aponta para condição, e não para questões circunstanciais como a emoção ou o sentimento. Cristo é o servo do Senhor em quem Deus se apraz. E Jesus foi ungido com o espírito do Senhor porque, como servo, tinha que tirar da prisão os presos “Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas” ( Is 42:6 -7).
Quando Jesus disse: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim...”, estava anunciando as boas novas de salvação. Qualquer que se fizesse servo de Cristo, ou seja, tomasse sobre si o jugo de Cristo, aprenderia d’Ele, o servo (humilde) gentil (manso) de coração, consequentemente, tais pessoas encontrariam o descanso prometido por Deus.
Jesus não disputava uma cadeira na galeria dos humildes que a humanidade elegeu para si com pessoas como Ghandi, Madre Paulina, Madre Tereza de Calcutá, etc. Quando Jesus disse: "... sou manso e humilde de coração...” ( Mt 11:29 ), estava se apresentando aos seus ouvintes como Aquele que se submeteu a vontade do Pai como servo, ungido (escolhido, eleito) a pregar boas novas que dá liberdade aos cativos “O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes” ( Is 61:1 -2).
  • Jesus continuou sendo o servo do Senhor quando disse: "... sou manso e humilde de coração...” ( Mt 11:29 ).
  • Jesus continuou manso e humilde quando expulsou os cambistas do templo (Jo 2:15 ).
  • Jesus não deixou de ser humilde quando se apresentou como o ‘Eu Sou’ que existia antes mesmo que Abraão existisse "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou" ( Jo 8:58 ).
  • Jesus continuou humilde após se apresentar a Pilatos "Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" ( Jo 18:37 ).
  • Jesus não perdeu a humildade após se declarar Mestre e Senhor "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou" ( Jo 13:13 ).
  • Ao dizer ser o Filho de Deus, Jesus não faltou com a verdade e nem perdeu a sua condição de humilde, pois continuou sendo o servo (ταπεινος tapeinos) do Senhor "Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" ( Jo 10:36 ).
  • Mesmo após dar testemunho de Si mesmo, Cristo continuou sendo o servo do Senhor, ou seja, humilde e manso de coração "Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou" ( Jo 8:18 ).
  • Cristo, o Verbo eterno se esvaziou a si mesmo ao tomar a forma de servo se fazendo semelhante aos homens "Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens" ( Fl 2:7 ). Mas, tomar a forma de servo não é o mesmo que ser servo. Porém, Cristo após se achar na forma de servo, ou seja, semelhante aos homens, humilhou-se a si mesmo sendo obediente até a morte "E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" ( Fl 2:8 ).
Tomar a forma de servo é se fazer homem, mas ser servo (humilhar a si mesmo) é obedecer.
Onde está o segredo da humildade? Na obediência! Ao obedecer a vontade do Pai resignando-se a morrer na cruz, Cristo humilhou-se a si mesmo fazendo-se servo.
Além de Cristo humilhar a si mesmo se fazendo servo apresentando-se como cordeiro sobre a cruz, os seus algozes negaram-lhe um julgamento justo "Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra" ( At 8:33 ; Is 53:8 ).
O que se depreende da frase em comento, como do livro ‘Humildade – A Beleza da Santidade’, ambos produzidos pelo Pr. Andrew Murray é que ele não compreendeu o que é humildade do ponto de vista bíblico.

Quem se humilha será exaltado
Em dois momentos que Jesus censurou os escribas e fariseus, foi dito: "E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado" ( Mt 23:12 ; Lc 18:14 ).
O texto não diz que os cristãos são aqueles que são humilhados, no sentido de serem desprezados. Jesus enfatizou que aquele que se humilha é que será exaltado, ou seja, se humilha aquele que se sujeita a Deus "Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte" ( 1Pd 5:6 ).
À época de Cristo um homem livre estava na mais alta posição, se contrastada a sua condição social com a de um escravo. Como alguém poderia ‘humilhar’ a si mesmo? Se fazendo servo!
Como se humilhar a si mesmo do ponto de vista bíblico? Se fazendo servo de Deus. E como tornar-se servo de Deus? Obedecendo a sua ordem? E qual a sua ordem? Que creiais naquele que Ele enviou.
"Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou" ( Jo 6:29 );
“E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento” ( 1Jo 3:23 ). 
Daniel foi um homem que se humilhou diante de Deus. Como? Primeiro ele se aplicou a compreender o que o profeta Jeremias havia profetizado (Dn 9:2 ), e ao querer colocar em prática o que compreendeu, estava se humilhando, ou seja, se fez servo de Deus "Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras (...) Mas eu te declararei o que está registrado na escritura da verdade"(Dn 10:12 e 21).
Já o rei Belsazar, apesar de saber tudo o que o seu pai, o rei Nabucodonosor, passou por não reconhecer que Deus é o Altíssimo, não se fez servo de Deus "E tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste tudo isto" ( Dn 5:22 ).
O servo do Senhor não pode ter a iniciativa de falar de si mesmo, antes deve seguir o exemplo do apóstolo Paulo: "Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para fazer obedientes os gentios, por palavra e por obras" ( Rm15:18 ). Para fazer os gentios obedientes, o apóstolo Paulo não ousou falar coisa alguma que Cristo não houvesse feito por intermédio do apóstolo.
Cristo como servo falou as palavras de Deus conforme Deus havia estabelecido sem alterá-la em nada "Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo; mas falo como meu Pai me ensinou" ( Jo 8:28 ). E porque Jesus teve o cuidado de falar conforme o Pai ensinou? Porque Ele sabia que o mandamento de Deus é a vida eterna, e alterar o mandamento de Deus produz morte "E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito" ( Jo 12:50 ).
Ao crer em Cristo o apóstolo Paulo se humilhou a si mesmo, pois se fez servo de Cristo. Ao perseverar anunciando o evangelho tal qual aprendeu, o apóstolo permanecia na posição de servo, pois somente anunciando tal qual aprendeu os outros seriam exaltados "Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?" ( 2Co 11:7 ).


Há quem associe manso a fraco, ou covarde, o que na realidade é um erro, descartamos essa hipótese em:
"E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra." Nm 12:3
Moisés era mui manso, mas se "estudarmos" sua vida não vemos um homem fraco nem covarde, como exemplo enfrentou o Faraó do Egipto, enfrentou a caminhada no deserto. Moisés era manso, mas demonstrou bem sua coragem e "sua força".

X. a recompensa dos mansos


 “Herdarão a terra”. 

Será que vale a pena ser manso? Vale a pena confiar em Deus em meio a toda opressão e injustiça que sofremos? É feliz aquele que vive para Deus e Nele confia nesta terra? O SENHOR conhece muito bem a nossa vida; ele sabe de todos os nossos sofrimentos. Nossa alegria e consolo é que Ele não desampara os seus santos, mas os preserva para sempre (v.28); ele é nossa fortaleza no dia da tribulação (v.39); ele sustém, protege, ajuda e livra os mansos que nele buscam refúgio (v.40).
Além de tudo isso, o SENHOR promete aos mansos a terra como herança. “Felizes os mansos porque herdarão a terra”, disse Jesus. E Davi falou: “Mas os mansos herdarão a terra” (11). Se você atentar bem para o Salmo 37, perceberá que a promessa da terra como herança para os mansos se repete por diversas vezes (9b, 22, 29, 34,18b, 27b). Davi enfatiza isso para mostrar o quanto Deus é gracioso para com aqueles que nele confiam e ainda para nos encorajar a depositar toda nossa confiança neste Deus cheio de graça que cuida de nós e nos faz herdeiros da terra.
A herança da terra para os mansos é tanto presente quanto futura. Em Cristo já somos herdeiros do seu reino. A primeira bem-aventurança nos ensina isso (Mt. 5.3). A herança da terra é um aspecto do reino de Deus que é tanto presente quanto futuro. Por isso, podemos dizer que, em certo sentido, nós já herdamos a terra.
Em que sentido já somos herdeiros da terra? Aqueles que buscam o reino de Deus em primeiro lugar e confiam em Deus são felizes nesta terra porque já desfrutam das bênçãos de Deus. Deus lhes concede tudo o que precisam tanto para o corpo quanto para a alma. Ele vive na terra consciente de que a mesma e tudo que nela existe pertence a Deus e já lhe é dada por herança. Eles podem até não ter muitas propriedades materiais (terras, casas, carros), mas têm o mais importante: DEUS. O SENHOR é a sua herança. O Criador e dono do céu e da terra é também o seu dono. Portanto, tudo o que eles têm (família, trabalho, bens) encontra-se debaixo da benção divina. O pouco deles é mais valioso do que a abundância dos ímpios (Sl. 37.16). A vida deles é vivida com prazer e proveito; eles desfrutam das bênçãos desta terra sabendo que a mesma e tudo o que nela há já lhe pertence pela graça de Deus. Os ímpios, porém, não são abençoados, pois não desfrutam da benção de Deus. Eles podem até possuir muitas riquezas materiais, mas se não têm Deus e nem confiam nele, são infelizes e miseráveis, pois nada têm e estão perdidos. “Para os perversos, todavia, não há paz, diz o SENHOR” (Is. 48.22). Eles não são herdeiros da terra, nem jamais serão. Mas os mansos que confiam no SENHOR já têm a terra como herança.
Herdar a terra significa receber de graça o que Deus generosamente nos tem concedido. A herança da terra não é recebida por nosso mérito nem tampouco é conquistada por nossa própria força, mas é uma dádiva graciosa de Deus aos mansos que nele confiam. O SENHOR concedeu a Israel, conforme a promessa feita a Abraão e depois de sua peregrinação no deserto, a terra de Canaã. Através do seu servo Josué, o SENHOR fez o seu povo herdar e possuir a terra prometida. Isso com base na graça de Deus, conforme lemos em Josué 24.13: “Dei-vos a terra em que não trabalhastes e cidades que não edificastes, e habitais nelas; comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes”. O SENHOR cumpriu a sua promessa feita a Israel. Cristo prometeu que os mansos herdarão a terra. Sua promessa é fiel e verdadeira e com certeza ele há de cumpri-la em nosso favor. Devemos crer na sua promessa e descansar nela.
A terra que já pertence aos mansos será plenamente herdada e possuída por eles quando Cristo voltar. O Senhor voltará em glória para redimir a terra do poder do pecado e restaurá-la por completo a fim de habitar nela eternamente com o seu povo. O céu e a terra no qual vivemos passarão e darão lugar ao novo céu e a nova terra que serão estabelecidos por Cristo. O Cristo Glorificado, por seu poder, redimirá do cativeiro da corrupção toda a criação que agora geme e suporta angústias por causa do pecado. Mas tudo isso passará. Um universo totalmente transformado será a herança e a habitação eterna dos filhos de Deus.
“Felizes os mansos porque herdarão a terra”. Aqueles que depositaram a sua confiança em Deus em meio às opressões e injustiças do tempo presente são realmente felizes. Tudo coopera para o bem deles. Sua felicidade está em desfrutarem das bênçãos e do cuidado de Deus já nesta terra e também de terem a certeza de que serão plenamente abençoados por Deus na glória porvir quando se tornarão, pela graça de Deus, herdeiros do novo céu e da nova terra, nos quais habitarão e reinarão com Cristo sobre todas as criaturas por toda eternidade.



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