sábado, 10 de agosto de 2024

Série: A polarização e a 3ª guerra Mundial (10 )

 Por: Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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 Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Mateus 24.1-22 que nos diz:

E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.

Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.

E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?

E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;

Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.

E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

Mas todas estas coisas são o princípio de dores.

Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vosão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.

10 Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào.

11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.

13 Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.

14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;

16 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;

17 E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;

18 E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.

19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;

21 Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.

22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.


A polarização e a 3ª guerra Mundial

I.      O que é polarização.

1.     O significado.

2.     Polarização das ondas eletromagnéticas.

II.     O início da polarização de classes.

1.     A origem da burguesia e do proletariado.

2.     O surgimento e a ascensão da burguesia.

3.     O que é a burguesia?

4.     O que é o proletariado?

5.     As revoluções burguesas.

6.     O nascimento do proletariado.

7. As lutas de classes na visão marxista

8. A luta de classes na visão da burguesa.

9.     Resumo sobre proletariado e a burguesia.

III.    A relação entre o proletariado, a Burguesia; a Direita e a Esquerda.

1.     A origem dos termos Direita e Esquerda.

2.     As diferenças entre Esquerda e Direita.

3.     O que é ser de esquerda.

4.     O que é ser de direita

5.     O perigo dos dois extremos

6.     O que é ser de direita no Brasil?

7.     O que é ser de esquerda no Brasil?

IV.    O tabuleiro político na bipolarização mundial.

V.     A polarização política no Brasil

1.     O que é a polarização política e de ideias?

2.     Consequências da polarização de ideias

3.     O Nascimento da nova direita

4.     A Operação Lava Jato

5.     O Fim do Teatro das Tesouras

6.     Situação atual da polarização política

VI.    A polarização política na 1ª guerra mundial

1.     Os Antecedentes e causas da primeira guerra mundial.

2.     Como surgiu a primeira guerra mundial.

3.     Consequências da Primeira Guerra Mundial.

VII.   A polarização política na 2ª guerra Mundial.

1.     Os grupos que se enfrentaram na 2ª guerra.

2.     As Causas da Segunda Guerra Mundial

3.     As Fases da Segunda Guerra Mundial

4.     A expansão da 2ª Guerra Mundial na Ásia

5.     Consequências da Segunda Guerra Mundial

VIII.  A polarização na guerra fria.

1.     A Rússia antes da Revolução.

2.     As fases da Revolução Russa.

3.     As consequências da Revolução Russa.

4.     A Revolução Russa e o socialismo

5.     A Revolução Chinesa.

6.     As Causas da Guerra Fria

7.     As Características da Guerra Fria

8.     O Fim da Guerra Fria

IX.    A polarização mundial na atualidade

1.     Uma visão global da política pelo mundo.

X.     Os prenúncios da terceira guerra mundial

1.     A guerra entre Rússia e Ucrânia

2.     Os países que apoiam a Rússia na guerra

3.     Os países que apoiam a Ucrânia pela Otan

4.     Atualizando o conflito da guerra entre Rússia e a Ucrânia.

5.     O conflito entre Israel e o Hamas

6.     Entenda a origem do conflito entre judeus e árabes

XI.    O cenário atual que indica a 3ª guerra Mundial

XII.   A escatologia bíblica e a 3ª guerra mundial

XIII.  Israel na escatologia bíblica

XIV. A Grande Tribulação

XV.  Os gentios na Grande Tribulação



X.          O cenário atual que indica a 3ª guerra Mundial.

A guerra entre Rússia e Ucrânia

Vamos analisar a maneira como esta guerra sem fim,  fez com que os países do mundo inteiro se posicionassem a favor ou contra a Rússia ou Ucrânia

Desde que Moscou deu início à invasão, os mais vocais - e mais poderosos - aliados do governo do presidente Volodymyr Zelensky têm sido os Estados Unidos e a União Europeia.

Outros países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e algumas nações vizinhas à Ucrânia também têm demonstrado apoio.

2.  Os países que apoiam a Rússia na guerra

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar do Ocidente que conta com 30 membros, tem, inclusive, fornecido apoio logístico e militar à Ucrânia. Além disso, as reuniões convocadas em caráter de emergência do Conselho de Segurança da ONU e o posicionamento de embaixadores de todo o mundo deixam claro que Putin parece estar um tanto quanto isolado em termos geopolíticos.

No entanto, o líder russo conta com o apoio de alguns aliados. Países que já dependeram ou precisaram da ajuda da Rússia em outros momentos decisivos da história se solidarizaram com a decisão de Putin de invadir a Ucrânia.

Embora nenhuma nação tenha declarado apoio militar à Rússia com o envio de armamentos ou contingentes, alguns líderes mundiais já declaram abertamente que apoiam o país diante das tensões no Leste Europeu.

Belarus

Belarus tem uma posição estratégica muito importante no Leste Europeu, pois faz fronteira tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia. Por esta razão, Putin aproveitou os laços com o presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, para conduzir testes militares no país.

Os exercícios das tropas russas em Belarus elevaram as tensões sobre um possível conflito com a Ucrânia, já que o país poderia servir como caminho para o transporte das forças ao território ucraniano. Soldados russos foram mobilizados na fronteira bielorrussa-ucraniana e até chegaram a entrar na Ucrânia com o apoio do governo de Belarus.

Quando Putin reconheceu a independências das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, o Ministério das Relações Exteriores de Belaus afirmou que viu o movimento “com respeito e compreensão”.

Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi incisivo ao declarar apoio aos movimentos de Putin na Ucrânia. Maduro afirmou que tem “certeza de que a Rússia sairá dessa batalha unida e vitoriosa” e declarou “todo o apoio ao presidente Putin e seu povo”.

Sem apresentar provas, o presidente venezuelano disse que a Otan planeja cercar a Rússia e destruir o país.

A Venezuela é historicamente uma grande aliada geopolítica da Rússia no mundo. O governo de Putin tem cooperação militar, econômica e estratégica com o país latino-americano, a quem fornece equipamentos militares e mantém laços econômicos.

Nicarágua

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, foi um dos primeiros líderes mundiais a apoiar publicamente a posição da Rússia sobre a Ucrânia. Ortega disse que Putin estava certo ao reconhecer duas regiões separatistas do leste da Ucrânia como independentes.

“Tenho certeza de que, se eles fizerem um referendo como o realizado na Crimeia, as pessoas votarão para anexar os territórios à Rússia”, disse Ortega, um oponente de longa data da influência dos EUA na América Central.

Ortega disse também que a tentativa da Ucrânia de ingressar na Otan representa uma ameaça à Rússia. “Se a Ucrânia entrar na Otan, eles dirão à Rússia que vamos à guerra, e isso explica porque a Rússia está agindo assim. A Rússia está simplesmente se defendendo”, afirmou.

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Borisov, chegou a viajar na última semana para a Nicarágua, Venezuela e Cuba, principais aliados russos na América Latina. Borisov pontuou que a Rússia aprofundaria os laços bilaterais com os três países.

Cuba

Embora tenha defendido uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, a Cuba criticou fortemente os EUA por imporem “a expansão progressiva da Otan em direção às fronteiras da Federação Russa”. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores cubano disse que os EUA aumentaram as ameaças contra Putin e por isso agravaram a crise.

“O governo dos EUA vem ameaçando a Rússia há semanas e manipulando a comunidade internacional sobre os perigos de uma ‘invasão maciça iminente’ da Ucrânia. Forneceu armas e tecnologia militar, enviou tropas para vários países da região, aplicou sanções unilaterais e injustas e ameaçou outras represálias”, diz o comunicado.

Vyacheslav Volodin, presidente da Duma da Rússia, a câmara baixa do parlamento, disse durante uma visita a Cuba que os EUA estão tentando reprimir os dois países com sanções injustificadas, de acordo com um comunicado transmitido pela televisão estatal cubana.

“Eles não querem ver uma Rússia forte, eles não querem que a Rússia seja autossuficiente, e o mesmo para Cuba, eles não querem ver um povo livre, eles não querem ver um país independente. país”, disse Volodin a parlamentares cubanos.

Síria

Em pronunciamento na TV estatal, o ministro das Relações Exteriores da Síria apoiou a decisão de sua aliada Rússia de reconhecer duas regiões separatistas no leste da Ucrânia.

“A Síria apoia a decisão do presidente Vladimir Putin de reconhecer as repúblicas de Luhansk e Donetsk e cooperará com elas”, disse Faisal Mekdad.

A Síria tem sido uma forte aliada de Moscou desde que a Rússia lançou uma campanha de ataque aéreo na Síria em 2015 e ajudou a virar a maré em uma guerra civil em favor do presidente Bashar al-Assad.

“O que o Ocidente está fazendo contra a Rússia é semelhante ao que fez contra a Síria durante a guerra terrorista”, disse Mekdad.

Irã

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, por telefone nesta quinta-feira (24) que a expansão da Otan era uma “séria ameaça” à segurança e estabilidade da região.

“A expansão da Otan para o leste cria tensão e é uma séria ameaça à estabilidade e segurança de Estados independentes em várias áreas”, disse Raisi após o ataque militar da Rússia à Ucrânia. “Espero que o que está acontecendo beneficie os povos e toda a região”, completou.

O país asiático não tem relações diplomáticas com os EUA desde a Revolução Iraniana de 1979.

China

O presidente Vladimir Putin tem tentado se alinhar cada vez mais à China. Mas, neste momento, os chineses não se posicionaram concretamente ao lado da Rússia em relação ao conflito na Ucrânia.

“A China está acompanhando de perto os últimos desenvolvimentos”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying. “Ainda esperamos que as partes envolvidas não fechem a porta para a paz e se envolvam em diálogo e consulta e impeçam que a situação se agrave ainda mais”, afirmou.

O governo chinês, no entanto, evita classificar o movimento de Putin como “invasão”, e chegou a culpar os EUA por “exagerar” na perspectiva de expansão da Otan para o Leste Europeu.

“Ao expandir a Otan para o leste cinco vezes para a vizinhança da Rússia e implantar armas estratégicas ofensivas avançadas em violação de suas garantias à Rússia, os EUA alguma vez pensaram nas consequências de empurrar um grande país para o muro?”, questionou Chunying pelas redes sociais.

No entanto, o país asiático defende o diálogo entre ambas as partes e não declarou apoio formal aos atos de Putin nem à postura da Otan. “As preocupações legítimas de segurança de todas as partes devem ser respeitadas e abordadas. A porta para resolver pacificamente a questão da Ucrânia por meio do diálogo e da negociação não deve ser fechada”, diz o governo chinês.

Índia

O primeiro-ministro indiano, Narnedra Modi, telefonou na sexta-feira (25) para Vladimir Putin, para pedir “a cessação imediata da violência” na Ucrânia. Após dirigir uma reunião especial do governo indiano, focada na crise no Leste europeu, Modi manteve a cautela e se recusou a condenar o ataque russo ao país vizinho.

Mas, de acordo com a informação divulgada pelo seu gabinete, pediu a Putin “esforços concertados de todas as partes para retomar o caminho das negociações e do diálogo diplomático”.

A Índia, ao lado da China e dos Emirados Árabes Unidos, decidiu se abster de votar a favor de uma resolução contra a Rússia na reunião do Conselho de Segurança da ONU na última sexta-feira.

A União Europeia está enviando armamentos para uma nação em guerra pela primeira vez em sua história. Além disso, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Portugal, Itália, Espanha, Grécia, República Tcheca, Polônia, Romênia, Canadá, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega, Croácia e Eslovênia também forneceram algum tipo de ajuda militar. Israel e Austrália, que não são membros da UE ou da Otan, mas atuam como aliados, também estão entre os que prometeram auxílio.

Através dos países que apoiam a Rússia, podemos perceber o mapa geográfico e político de como se desenha a terceira guerra mundial.

O amparo à Ucrânia também foi manifestado nas vias diplomáticas, por meio de declarações oficiais e votos para condenar a ação militar do Kremlin nas Nações Unidas. A imposição de um conjunto sem precedentes de sanções financeiras contra a Rússia também é uma forma de demonstrar apoio, assim como o acolhimento dos refugiados por países vizinhos como Polônia e Romênia - segundo a ONU, mais de 3 milhões de pessoas fugiram do país desde o início da invasão em 24 de fevereiro.

Mas nem todos os países repudiam a iniciativa de Vladimir Putin. Alguns líderes manifestaram apoio direto à Moscou. É o caso de Belarus, nação localizada entre a Rússia e a Ucrânia e que disponibilizou seu território como ponto de partida para parte da invasão executada pelo Kremlin. Síria, Venezuela, Cuba e Nicarágua também se posicionaram como aliados de Vladimir Putin ao classificarem suas demandas no conflito e preocupações com a segurança nacional russa como legítimas em declarações públicas.

Já a China tem adotado uma postura mais ambígua. Ao mesmo tempo em que demonstra proximidade e condena as sanções financeiras aplicadas contra Moscou, Pequim também já chegou a pedir em alguns momentos a diminuição das tensões e até se ofereceu para enviar ajuda humanitária à Ucrânia.

E da mesma forma que os parceiros da Ucrânia, as nações que estão apoiando a Rússia também respaldaram os seus interesses em votações nas Nações Unidas. Enquanto Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria votaram contra a resolução que condena as ações de Moscou, países como a China, a Índia, o Irã, El Salvador e a Bolívia se abstiveram.

E qual é a postura do Brasil sobre invasão russa à Ucrânia? De um lado, o presidente Jair Bolsonaro evita condenar as ações de Putin e diz que a posição do Brasil é de "neutralidade". Por outro, a diplomacia do país vem votando contra a Rússia em fóruns da ONU

"Consequências da Guerra entre Rússia e Ucrânia

A Guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe consequências para os países envolvidos e para a comunidade internacional, afetando as esferas política, econômica e social. Veja, a seguir, os principais impactos gerados pelo conflito:

A Ucrânia contabiliza 10 mil civis mortos e mais de 19 mil feridos desde o início da guerra, além de dezenas de milhares de militares que perderam suas vidas nos confrontos.

Aproximadamente 50 mil soldados russos foram mortos. Além disso, outros centenas de milhares estão feridos.

Os refugiados ucranianos que buscam abrigo em outros países somam mais de 6,5 milhões de pessoas. Entre os principais destinos deles, estão Polônia, Belarus, Moldávia, Tchéquia, Bulgária, Romênia e Eslováquia.

Dentro da Ucrânia, existem 4,5 milhões de refugiados internos, que buscam abrigo em áreas diferentes de onde vivem. Ao todo, são mais de 14,6 milhões de pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda humanitária.

Imposição de sanções econômicas contra a Rússia, afetando setores como a exportação de gás natural e petróleo. As sanções vieram principalmente dos países europeus.

Aumento da pobreza da população ucraniana e encolhimento da economia nacional da Ucrânia.

Aumento do déficit econômico da Rússia.

Isolamento diplomático da Rússia, que possui cada vez menos apoio na comunidade internacional.

Encarecimento dos combustíveis e dos alimentos em todo o mundo, tendo em vista que os países envolvidos no conflito são grandes produtores e exportadores de combustíveis fósseis e de grãos, como trigo. Mais recentemente, entretanto, o preço de alguns alimentos tem experimentado queda.

Auxílio militar, financeiro e humanitário à Ucrânia vindo de diversos países. Os Estados Unidos encabeçam a lista de valores fornecidos, especialmente em aparato militar. Na sequência estão União Europeia, Reino Unido, Alemanha, Canadá e Polônia."

3.  Os países que apoiam  a  Ucrânia pela Otan

"A Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte é uma aliança internacional fundada no ano de 1949, durante o período da Guerra Fria, com o propósito inicial de conter o avanço do bloco socialista pelo continente europeu. Atualmente a Otan visa à defesa mútua e à garantia da segurança política e militar de seus países-membros por meio de ações diplomáticas e operações militares de intervenção para a resolução de conflitos.

Essa organização internacional conta, hoje, com 32 membros situados na América do Norte e na Europa. O Brasil, embora não seja um integrante oficial da aliança, foi elevado ao status de aliado prioritário extra-Otan em 2019.

Resumo sobre a Otan

Otan é a Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança política e militar entre países da América do Norte e da Europa.

Sua sede fica na cidade de Bruxelas, na Bélgica.

Foi fundada em 04 de abril de 1949, em um contexto de Guerra Fria, visando conter o avanço da influência soviética sobre os países europeus.

Seu principal objetivo hoje é a garantia da segurança política e militar dos seus países-membros. Um de seus princípios é, nesse sentido, a defesa mútua dos territórios.

A estrutura da organização é composta pelas delegações da Otan, pelas representações militares e pelo secretariado-geral.

Atualmente 32 países são membros da Otan. O membro mais recente é a Suécia, formalmente integrada à aliança em 2024.

No ano de 2019, o Brasil foi elevado a aliado prioritário extra-Otan, o que conferiu benefícios ao país, como a aquisição de tecnologias e equipamentos miliares.

Desde 1991, a Otan tem realizado uma série de intervenções militares em conflitos internacionais e ações de combate ao terrorismo.

O que é a Otan?

A Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte (Nato, na sigla em inglês) é uma aliança política e militar firmada entre nações do Hemisfério Norte, mais precisamente da América do Norte e da Europa, que visa à garantia da segurança territorial mútua de seus países-membros. Trata-se, portanto, de um organismo intergovernamental que reúne as principais nações desenvolvidas do mundo atual. A sede da Otan fica em Bruxelas, na Bélgica.

Objetivos da Otan

A segurança dos países-membros é o objetivo primordial da Otan. Essa segurança deve ser garantida tanto no âmbito político quanto no âmbito militar mediante ações que devem ser decididas em conjunto, razão pela qual essa organização internacional é classificada como uma aliança.

Todos os princípios e propósitos da Otan estão descritos em um documento chamado Conceitos Estratégicos, revisado e atualizado periodicamente conforme o contexto geopolítico e as demandas internas de seus membros. No ano de 2022, a organização estabeleceu, nesse sentido, a defesa mútua dos países que a integram.

Considerando cada uma das esferas de atuação da Otan, veja quais são seus objetivos específicos a seguir:

Na esfera política: promover os valores democráticos e garantir a cooperação entre os seus membros, atuando na resolução de conflitos diplomáticos, gestão de crise e demais tipos de problemas que possam representar uma futura ameaça para a defesa territorial e para segurança nacional.

Na esfera militar: ações militares individuais ou coletivas (pelo conjunto de membros) são realizadas pela Otan para a solução de crises e conflitos. Segundo a organização, esse meio é utilizado somente quando a via diplomática não obteve sucesso.

Estrutura da Otan

A estrutura da Otan é formada pelos órgãos decisórios e deliberativos da organização, sendo eles de fundamental importância para o seu funcionamento e para a coordenação de ações entre os países-membros. Da estrutura operacional da Otan, existem dois órgãos principais e as suas subdivisões, que apresentamos a seguir.

Delegações da Otan

Cada país-membro apresenta uma delegação própria com sede em Bruxelas.

Conselho do Atlântico Norte (CAN): principal órgão de tomada de decisões da Otan; se reúne uma vez na semana ou quando há necessidade.

Grupo de Planejamento Nuclear: dispõe de autoridade semelhante à do CAN com relação à política nuclear dos seus membros.

Representações militares

Comitê militar: formado pelos chefes de defesa dos países da organização. Atua em conjunto com o Estado-Maior Internacional, que corresponde a seu órgão executivo. O comitê se divide em Comando Aliado para as Operações e Comando Aliado da Transformação.

Secretariado internacional: tem como representante o secretário-geral da Otan, seu principal cargo, que orienta o processo de tomada de decisão e de consultas no âmbito da organização.

Países que fazem parte da Otan

Atualmente 32 nações integram o quadro de membros da Otan. São elas:

Albânia - Estados Unidos - Luxemburgo - Alemanha Estônia - Macedônia do Norte - Bélgica - Finlândia Montenegro - Bulgária - França - Noruega - Canadá - Grécia - Polônia - Chéquia - Holanda - Portugal - Croácia Hungria - Reino Unido - Dinamarca - Islândia - Romênia Eslováquia - Itália - Suécia - Eslovênia - Letônia - Turquia Espanha - Lituânia

Origem e história da Otan

A Otan foi fundada no dia 04 de abril de 1949 mediante a assinatura do Tratado do Atlântico Norte na cidade de Washington, nos Estados Unidos, em um contexto geopolítico de polarização global conhecido como Guerra Fria (1947-1991). Esse conflito, que se realizava mais no campo político-ideológico do que no bélico propriamente dito, emergiu após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e dividiu o mundo entre o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco socialista, liderado pela União Soviética (URSS).

Levando em consideração o contexto histórico, temos que o principal objetivo para a criação da Otan foi impedir o avanço do bloco socialista sobre os demais países, notadamente na Europa e na América do Norte. Isso bloquearia, por conseguinte, a influência da URSS sobre os países ocidentais principalmente. Até o final da década de 1980, vários novos membros aderiram à Otan. No entanto, sua verdadeira expansão política e territorial começou a acontecer com a dissolução do bloco socialista, marcada pela queda do Muro de Berlim em 1989.

Em meados da década de 1990, a Otan recebeu antigos signatários do Pacto de Varsóvia (1955-1991), um acordo de união e proteção mútua semelhante ao Tratado do Atlântico Norte, mas promovido entre os países soviéticos e nações aliadas. Com o fim da URSS, Hungria, Polônia e Chéquia se tornaram os primeiros países do Pacto de Varsóvia a ingressarem formalmente na Otan.

Aliás, a derrocada do mundo bipolar e o surgimento de uma nova ordem mundial de caráter multipolar fizeram com que a Otan promovesse uma reavaliação no que diz respeito aos objetivos da organização. Com os conflitos no continente europeu que se instalaram ainda no final da década de 1980, a aliança reforçou o seu caráter militar e passou a visar, também, à garantia dos interesses políticos e econômicos de seus países-membros.

Otan na atualidade

A Otan é, na atualidade, um dos principais e mais influentes organismos internacionais do mundo ocidental. Com a reorientação de suas atividades após o fim da Guerra Fria, a aliança assumiu o papel de defesa militar e política dos países que a integram, além atuar de forma a expandir a sua adesão no continente europeu e a sua presença nos demais continentes por meio de ações militares e diplomáticas. No primeiro caso, tal expansão é representada pela incorporação de novos membros à aliança, sendo os mais recentes deles a Finlândia (2023) e a Suécia (2024).

A adesão de cada vez mais países europeus à Otan acendeu um sinal de alerta em nações como a Rússia e a China, duas das principais potências orientais a se oporem à atuação da organização, já que o crescimento da aliança significa a ampliação da influência do Ocidente sobre uma maior parcela do globo.

Para além do ingresso da Finlândia, país convidado em 2022, as negociações entre a organização e a Ucrânia foram o estopim para a eclosão da mais recente fase da Guerra Russo-Ucraniana (2022-presente), um dos principais conflitos bélicos ativos que conta com a participação da Otan." Fonte: https://brasilescola.uol.com.br

4.  Atualizando o conflito da guerra entre Rússia e a Ucrânia

Veja esta reportagem da CNN:

Rússia ameaça Ucrânia: exigências para cessar-fogo ficarão mais duras

Kiev considera que aceitar proposta do Kremlin seria reconhecer rendição

Um alto funcionário russo disse à Ucrânia nesta terça-feira (6 de agosto de 2024) que quanto mais tempo esperasse para entrar nas negociações de paz, mais duros seriam os termos para o seu povo.

Moscou disse que as negociações devem se basear na cessão de terras equivalentes a um quinto de seu território à Ucrânia – grande parte delas confiscadas pelas forças russas – e na renúncia a qualquer perspectiva de adesão à aliança da Otan, termos que a Ucrânia rejeitou imediatamente.

Sergei Shoigu, secretário do Conselho de Segurança da Rússia e até recentemente ministro da Defesa do presidente Vladimir Putin, disse que desde que Putin propôs termos de paz em 14 de junho, a Ucrânia perdeu 420 quilômetros quadrados de território e muito sangue.

“A janela de oportunidade para a Ucrânia está diminuindo”, disse ele à televisão estatal, acrescentando que a Ucrânia não respondeu e perderia mais território quanto mais tempo demorasse.

“As ilusões do regime de Kiev de que os europeus organizarão outra bela cúpula de paz,… na qual todos os seus problemas internos serão resolvidos por si próprios, estão custando caro ao povo da Ucrânia”, disse Shoigu.

Ele forneceu um número para as perdas de tropas ucranianas, mas a Reuters não pôde verificar esses números e nenhum dos lados enumera as suas próprias vítimas.

Depois de ter enviado as suas tropas em 2022, a Rússia controla agora cerca de 18% da Ucrânia, incluindo a Crimeia, que apreendeu e anexou unilateralmente em 2014.

A Rússia também detém áreas de quatro regiões no sudeste da Ucrânia que Putin, alegando justificação histórica e cultural, diz que Kiev deve conceder na sua totalidade.

A Reuters informou que Putin está pronto para parar a guerra com um cessar-fogo negociado que reconheça as atuais linhas do campo de batalha, mas está preparado para continuar a lutar se Kiev e o Ocidente não responderem.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse no mês passado que Kiev estava preparada para negociações, desde que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia — reconhecidas pela grande maioria dos Estados-Membros da ONU — fossem plenamente respeitadas.

5.  O conflito entre Israel e o Hamas

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, afirmou nesta 6ª feira (10.nov.2023) que o número de mortos no ataque do grupo extremista Hamas realizado em 7 de outubro foi revisado para 1.200. Antes, a estimativa era de 1.405. O número foi atualizado na 5ª feira (9.nov). Segundo Haiat, o número foi revisto já que muitos corpos que não haviam sido identificados foram incluídos na contagem de israelenses mortos, mas que descobriram ser de “terroristas.

 (https://www.poder360.com.br)

Como ocorreu o ataque sem precedentes do Hamas a Israel

07/10/20237 de outubro de 2023

Grupo palestino lançou ofensiva surpresa em 7 de outubro que incluiu lançamento de foguetes e infiltração de terroristas armados, que passaram a massacrar civis. Ataque pegou forças israelenses desprevenidas.

Israel foi pego de surpresa em 07 de outubro, um sábado, por um ataque sem precedentes por ar, mar e terra lançado pelo grupo palestino Hamas, que combinou infiltração de terroristas armados em território israelense, lançamento de foguetes e tomada de reféns.

Em Israel, a ofensiva vem sendo comparada ao trauma dos atentados de 11 de Setembro de 2001, quando os Estados Unidos foram surpreendidos por terroristas islâmicos que deixaram milhares de mortos.

Os israelenses contabilizavam centenas de mortos e mais de 2 mil feridos. Terroristas massacraram civis e chegaram a tomar o controle de comunidades israelenses próximas da fronteira da Faixa de Gaza, o enclave palestino controlado pelo Hamas.

O ataque, durante a festividade judaica de Simchat Torah, ocorreu 50 anos e um dia depois da Guerra do Yom Kippur, considerada o último grande episódio que ameaçou a existência de Israel. Na ocasião, forças egípcias e sírias lançaram uma ofensiva durante o feriado judaico do Yom Kippur, em um esforço para recuperar território que Israel havia tomado durante a Guerra dos Seis Dias, travada em 1967.

Já o ataque deste sábado marca a mais ambiciosa ofensiva já lançada por um grupo palestino. Nem mesmo a sangrenta Segunda Intifada, no início dos anos 2000, que deixou mais de mil israelenses mortos em quatro anos, foi palco desse tipo de incursão em massa no território israelense.

"Estamos em guerra e venceremos", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em pronunciamento em meio ao ataque. A ofensiva também gerou ampla condenação da comunidade internacional, mas foi saudado por apoiadores do Hamas, como o Irã.

O líder do braço militar do Hamas, Mohammed Deif, disse que a ofensiva, batizada de "Operação Tempestade de Al-Aqsa", foi uma resposta ao bloqueio de 16 anos a Gaza, aos ataques israelenses nas cidades da Cisjordânia no ano passado, à violência em Al Aqsa – local sagrado de Jerusalém, também chamado de Monte do Templo –, ao aumento dos ataques de colonos israelenses aos palestinos e à expansão dos assentamentos israelenses em território palestino.

O ataque ocorre em um momento delicado da história de Israel, que sofre com pesadas divisões internas em relação à proposta de Netanyahu de enfraquecer o Judiciário. Protestos em massa contra o plano levaram centenas de milhares de manifestantes israelenses às ruas nos últimos meses e fizeram com que centenas de reservistas militares evitassem o serviço voluntário.

O Hamas disse que disparou 5 mil foguetes em uma primeira ofensiva. Os militares de Israel disseram que 2,5 mil foguetes foram disparados.

A fumaça se espalhou sobre áreas residenciais israelenses. Pelo menos uma mulher foi morta pelos foguetes.

"Anunciamos o início da Operação Tempestade Al-Aqsa”, e anunciamos que o primeiro ataque, que teve como alvo posições inimigas, aeroportos e fortificações militares, excedendo 5 mil mísseis e projéteis”, disse Mohammed Deif, chefe das Brigadas Izzedine al-Qassam, o braço militar do Hamas.

Infiltração de terroristas em território israelense

A barragem de foguetes serviu de cobertura para uma infiltração sem precedentes de centenas de homens armados do Hamas por pelo menos 29 pontos da fronteira com a Faixa de Gaza. Às 7h40 (2h40 em Brasília), as forças de segurança de Israel afirmaram que homens armados palestinos haviam invadido Israel.

A maioria dos terroristas atravessou por brechas nas barreiras de segurança terrestre que separam a Faixa de Gaza e Israel. Pelo menos um terrorista foi filmado atravessando a fronteira com o auxílio de um parapente, enquanto um barco a motor repleto de terroristas foi filmado se dirigindo para Zikim, uma cidade costeira israelense.

Vídeos divulgados pelo Hamas mostraram terroristas rompendo as cercas de segurança. A luz fraca do início da manhã sugere que a ação ocorreu paralelamente ao lançamento da barragem de foguetes.

Um vídeo mostrou pelo menos seis motocicletas com combatentes atravessando um buraco em uma barreira de segurança de metal. Em outro episódio, uma retroescavadeira foi usada para derrubar a cerca.

Vídeos divulgados pelo Hamas mostraram terroristas correndo em direção a um prédio em chamas perto de um muro alto de concreto com uma torre de vigia e combatentes aparentemente invadindo parte de uma instalação militar israelense e atirando por trás de um muro.

Mais tarde, vários veículos militares israelenses capturados foram fotografados sendo levados para Faixa de Gaza, onde foram exibidos para a população local. Mais de uma centena de militares israelenses morreram tentando repelir os invasores.

Tomada de comunidades israelenses

Terroristas também invadiram a cidade fronteiriça israelense de Sderot. Invasões também foram relatadas na comunidade fronteiriça, Be'eri, e na cidade de Ofakim, a 30 quilômetros a leste de Gaza.

Um vídeo mostrou vários homens armados na traseira de uma caminhonete branca passando por Sderot.

A presença dos terroristas levou muitos moradores de cidades do sul de Israel a se barricarem dentro de suas casas.

No meio da manhã, o chefe de polícia de Israel, Yaacov Shabtai, disse que as forças estavam enfrentando homens armados em 21 locais. Às 13h30, os militares disseram que as tropas ainda estavam agindo para expulsar os terroristas das comunidades invadidas.

Massacres de civis

Centenas de israelenses foram massacrados pelos homens do Hamas, que atiraram indiscriminadamente contra civis.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que os atiradores do Hamas foram de casa em casa matando civis. Em outro episódio, terroristas que circulavam em motocicletas atacaram a tiros uma rave repleta de jovens que ocorria no deserto. Em outro, mataram ocupantes de veículos em uma autoestrada. Pelo menos nove pessoas foram mortas a tiros em um ponto de ônibus na cidade de Sderot. Outro vídeo mostra terroristas desfilando com o cadáver de uma mulher nua no compartimento de carga de um veículo.

Centenas de israelenses procuraram atendimento médico em hospitais de todo o país, muitos em estado crítico.

Falando ao Israel N12 News por telefone de Nir Oz, um kibutz perto de Gaza, uma mulher identificada como Dorin disse que terroristas invadiram sua casa e tentaram abrir a porta do abrigo antiaéreo onde ela estava escondida. "Eles acabaram de entrar novamente, por favor, mandem ajuda", disse ela. "Há muitas casas danificadas... Meu marido está segurando a porta fechada... Eles estão atirando”, disse ela.

"Saí e vi muitos corpos de terroristas, civis, carros alvejados. Um mar de corpos, dentro de Sderot, ao longo da estrada, em outros lugares, montes de corpos", disse um morador de Sderot.

Esther Borochov, que fugiu de uma festa atacada pelos atiradores, disse que sobreviveu fingindo-se de morta em um carro depois que o motorista que tentava ajudá-la a escapar foi baleado à queima-roupa. "Eu não conseguia mexer minhas pernas", disse ela. "Os soldados vieram e nos levaram para os arbustos."

Tomada de reféns

Paralelamente aos ataques a tiros contra civis, os homens do Hamas também fizeram dezenas de reféns. Vídeos mostraram homens armados capturando civis e militares israelenses, incluindo mulheres, que foram levados para a Faixa de Gaza.

Jornalistas viram quatro pessoas levadas do kibutz de Kfar Azza, incluindo duas mulheres. Em Gaza, um jipe preto parou e, quando a porta traseira se abriu, uma jovem israelense saiu cambaleando, sangrando da cabeça e com as mãos amarradas nas costas. Um homem agitando uma arma no ar a agarrou pelos cabelos e a empurrou para o banco traseiro do veículo. A TV israelense informou que trabalhadores originários da Tailândia e das Filipinas também foram capturados.

Israel confirmou a tomada de reféns. "Há reféns e prisioneiros de guerra que o Hamas fez. Também há mortes entre soldados das Forças de Defesa de Israel. Ainda não temos um número exato – estamos em guerra”, disse o porta-voz das Forças Armadas de Israel, contra-almirante Daniel Hagari.

O número total de capturados é desconhecido.

O chefe da diplomacia da União Europeia condenou a tomada de reféns, "As notícias de civis feitos reféns nas suas casas ou em Gaza são terríveis. Isto é contra o direito internacional. Os reféns devem ser libertados imediatamente", disse Josep Borrell.

Grupos palestinos já usaram reféns como moeda de troca para exigir a libertação de militantes detidos por Israel. Em 2011, Israel concordou em soltar mais de mil prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, que ficou cinco anos em poder de diferentes grupos militantes na Faixa de Gaza.

Retaliação israelense

Às 9h45 (horário local), Israel começou a bombardear alvos na Faixa de Gaza. Foram ouvidas explosões no centro de Gaza. Às 10h, o porta-voz militar de Israel confirmou que a força aérea do país estava realizando ataques..

Em reação, centenas de milhares de reservistas israelenses foram convocados emergencialmente. Várias divisões começaram a preparar-se para uma possível invasão terrestre em Gaza. No final da tarde, Israel cortou o fornecimento de eletricidade para Gaza e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, advertiu a população palestina do enclave a deixar áreas de atuação do Hamas, prometendo "vingar” o ataque contra seu país.

"O Hamas iniciou uma guerra cruel e maligna. Nós os atingiremos até o final e vingaremos com determinação este dia negro para Israel e seu povo", disse Netanyahu em um discurso televisionado. "Israel chegará a todos os lugares onde o Hamas está se escondendo", disse Netanyahu. "Digo aos moradores de Gaza: saiam daí agora, porque agiremos em todos os lugares e com todas as forças".

Combates prosseguiam durante a noite

Após mais de 15 horas de combates e incursões do Hamas, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que haviam retomado a maioria das comunidades israelenses próximas da fronteira com Gaza, mas combates ainda prosseguiam durante a noite em algumas áreas de Israel. Em Sderot, forças de segurança ainda caçavam um terrorista que havia se refugiado no interior de uma delegacia.

Na cidade de Ofakim, no sul, estavam em curso negociações com homens do Hamas que mantinham reféns, enquanto ocorriam trocas de tiros nas comunidades de Be'eri e Re'im. Em Kfar Aza, militares israelenses faziam buscas casa por casa procurando terroristas escondidos. O exército de Israel indicou na noite de sábado que ainda estava em combate em "22 lugares".

Durante a noite, o Hamas também voltou a disparar foguetes contra o território israelense. Edifícios foram atingidos em Tel Aviv.  (Reuters, AP, AFP)

6.  Entenda a origem do conflito entre judeus e árabes

Conflito é relativamente recente. Até o final do século 19, judeus e diferentes povos árabes viviam como "primos" (o que supõe, claro, conflitos ocasionais). Os problemas ganharam corpo com a crise dos grandes impérios, que permitiu o avanço de inúmeros movimentos nacionalistas.

Surgimento do nacionalismo árabe e do sionismo. Entre esses novos movimentos estavam o nacionalismo árabe, que defendia a criação de um grande Estado árabe independente dos turcos; e o movimento sionista, defensor da volta dos judeus à Palestina —dispersos por todo o mundo desde a destruição de seu Estado independente, no início da era cristã.

A 1ª Guerra Mundial (1914-1918) redesenhou o mapa do Oriente Médio. Além de selar o fim dos grandes impérios, ela redesenhou o mapa do Oriente Médio, que antes era dominado pelos turcos. Os ingleses receberam um mandato da Liga das Nações para ocupar por 30 anos os atuais Iraque, Jordânia e Palestina. A França ficou com o que hoje são a Síria e o Líbano…

 

Grã-Bretanha prometeu a mesma coisa aos dois lados. Para conquistar o apoio dos árabes contra os turcos na 1ª Guerra, assim como o respaldo dos judeus nos impérios Russo e Austro-Húngaro e também nos EUA, a Grã-Bretanha prometeu aos árabes um grande Estado independente, o que suporia a inclusão da Palestina, e aos judeus, um "lar nacional" na Palestina.

 As duas comunidades passaram a disputar espaço na Palestina sob mandato britânico. Os sionistas traziam jovens pioneiros da Europa Oriental para cultivar terras compradas dos árabes por milionários judeus. E os nacionalistas árabes lançavam ataques armados contra as novas comunidades judaicas. Os britânicos ficavam no meio do caminho, ora limitando a imigração judaica, ora restringindo os ataques dos militantes árabes.

Massacre na Europa

Tudo mudou com a 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Mais de seis milhões de judeus foram massacrados pelos nazifascistas na Europa, ao lado de milhões de russos, poloneses, homossexuais e dissidentes políticos. No final da guerra, com a Europa arrasada, o sionismo se tornou rapidamente majoritário entre os judeus sobreviventes.

Apoio internacional. Com a retirada das tropas britânicas da Palestina marcada para 1947, os sionistas —que contavam com a simpatia da opinião pública mundial, devido ao massacre dos judeus na guerra — conseguiram costurar o apoio dos dois grandes vencedores do conflito, União Soviética e EUA, à divisão do território.

A partilha da Palestina. Assembleia Geral da ONU votou pela partilha da Palestina em dois estados: um árabe e outro judeu. Em maio de 1948, o futuro primeiro-ministro David Ben Gurion anunciou a criação do Estado de Israel. O mundo árabe não aceitou a partilha e, nos dias seguintes, sete estados árabes declararam guerra a Israel, que foi invadido por cinco exércitos. Valendo-se da divisão do mundo árabe, os israelenses venceram a guerra e expulsaram muitos palestinos do que deveria ser seu Estado.

Três grandes guerras. Desde então, houve três grandes guerras entre Israel e os países árabes: em 1956, 1967 e 1973. Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza e o deserto do Sinai, que pertenciam ao Egito, as colinas do Golan (Síria), as fazendas de Shebaa (Líbano), Jerusalém Oriental e a Cisjordânia (Jordânia).

Em 1979, Israel assinou a paz com o Egito, que recebeu de volta o Sinai. Nunca mais o mundo árabe conseguiria se unir contra o Estado judeu. Sucessivos governos israelenses incentivaram a criação de colônias judaicas nos territórios ocupados, principalmente a Cisjordânia.

Em 1979, Israel assinou a paz com o Egito, que recebeu de volta o Sinai. Nunca mais o mundo árabe conseguiria se unir contra o Estado judeu. Sucessivos governos israelenses incentivaram a criação de colônias judaicas nos territórios ocupados, principalmente a Cisjordânia.

Hamas x Israel

Resistência palestina optou então pela luta armada. Lançando mão por vezes do terrorismo —com ataques a alvos civis dentro e fora de Israel. O resultado foi pouco alentador e o terrorismo até reforçou a posição de Israel, que tem nos EUA seu principal aliado.

Paz entre judeus e palestinos tem parecido cada vez mais distante. A OLP (Organização pela Libertação da Palestina), que defendia um acordo com Israel, perdeu espaço nos territórios ocupados para o movimento fundamentalista islâmico Hamas, que tem apoio do Irã e da Síria e rejeita a paz com o Estado judeu. E o cenário político israelense deslocou-se para a direita, com as forças pacifistas perdendo espaço. (Fonte Uol)

 

Próxima matéria:   O cenário atual que indica a 3ª guerra Mundial

 

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