sábado, 10 de agosto de 2024

Série: A polarização e a 3ª guerra Mundial (2 )


 Por: Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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 Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




A burguesia

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Mateus 24.1-22 que nos diz:

E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.

Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.

E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?

E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;

Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.

E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

Mas todas estas coisas são o princípio de dores.

Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vosão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.

10 Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào.

11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.

13 Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.

14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;

16 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;

17 E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;

18 E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.

19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;

21 Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.

22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.


A polarização e a 3ª guerra Mundial

I.      O que é polarização.

1.     O significado.

2.     Polarização das ondas eletromagnéticas.

II.     O início da polarização de classes.

1.     A origem da burguesia e do proletariado.

2.     O surgimento e a ascensão da burguesia.

3.     O que é a burguesia?

4.     O que é o proletariado?

5.     As revoluções burguesas.

6.     O nascimento do proletariado.

7. As lutas de classes na visão marxista

8. A luta de classes na visão da burguesa.

9.     Resumo sobre proletariado e a burguesia.

III.    A relação entre o proletariado, a Burguesia; a Direita e a Esquerda.

1.     A origem dos termos Direita e Esquerda.

2.     As diferenças entre Esquerda e Direita.

3.     O que é ser de esquerda.

4.     O que é ser de direita

5.     O perigo dos dois extremos

6.     O que é ser de direita no Brasil?

7.     O que é ser de esquerda no Brasil?

IV.    O tabuleiro político na bipolarização mundial.

V.     A polarização política no Brasil

1.     O que é a polarização política e de ideias?

2.     Consequências da polarização de ideias

3.     O Nascimento da nova direita

4.     A Operação Lava Jato

5.     O Fim do Teatro das Tesouras

6.     Situação atual da polarização política

VI.    A polarização política na 1ª guerra mundial

1.     Os Antecedentes e causas da primeira guerra mundial.

2.     Como surgiu a primeira guerra mundial.

3.     Consequências da Primeira Guerra Mundial.

VII.   A polarização política na 2ª guerra Mundial.

1.     Os grupos que se enfrentaram na 2ª guerra.

2.     As Causas da Segunda Guerra Mundial

3.     As Fases da Segunda Guerra Mundial

4.     A expansão da 2ª Guerra Mundial na Ásia

5.     Consequências da Segunda Guerra Mundial

VIII.  A polarização na guerra fria.

1.     A Rússia antes da Revolução.

2.     As fases da Revolução Russa.

3.     As consequências da Revolução Russa.

4.     A Revolução Russa e o socialismo

5.     A Revolução Chinesa.

6.     As Causas da Guerra Fria

7.     As Características da Guerra Fria

8.     O Fim da Guerra Fria

IX.    A polarização mundial na atualidade

1.     Uma visão global da política pelo mundo.

X.     Os prenúncios da terceira guerra mundial

1.     A guerra entre Rússia e Ucrânia

2.     Os países que apoiam a Rússia na guerra

3.     Os países que apoiam a Ucrânia pela Otan

4.     Atualizando o conflito da guerra entre Rússia e a Ucrânia.

5.     O conflito entre Israel e o Hamas

6.     Entenda a origem do conflito entre judeus e árabes

XI.    O cenário atual que indica a 3ª guerra Mundial

XII.   A escatologia bíblica e a 3ª guerra mundial

XIII.  Israel na escatologia bíblica

XIV. A Grande Tribulação

XV.  Os gentios na Grande Tribulação




I.             O que é polarização

1.  Significado

Substantivo feminino

Ação de polarizar, de atribuir potenciais eletrônicos a dois eletrodos distintos; o que resulta dessa atribuição.

[Política] Divisão da sociedade em dois polos, entre dois únicos grupos, cujas convicções não dialogam entre si, ou seja, estes dois grupos não estão dispostos ou abertos ao diálogo.

[Figurado] Concentração da atenção, das atividades, das influências, num mesmo tema ou pessoa: polarizacão de opinião.

[Física] Propriedade de as ondas eletromagnéticas, e da luz, de apresentarem uma divisão privilegiada da orientação das vibrações que as compõem.

A polarização pode ser entendida como o processo de “filtrar” ondas, no qual elas são selecionadas de acordo com sua direção de vibração, após passarem por um material que serve como filtro, denominado de polarizador.

Esse é um fenômeno exclusivo das ondas transversais, tipo de ondas que possui a propagação perpendicular à vibração. Ondas longitudinais, que possuem direção de propagação paralela à direção de vibração, não podem ser polarizadas. O som é um tipo de onda longitudinal e, por isso, não pode ser polarizado.

2.  Polarização das ondas eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas são resultado da propagação perpendicular entre si de um campo elétrico e outro magnético, ambos variáveis no espaço e no tempo. Esses campos variáveis propagam-se pelo espaço e dão origem às ondas eletromagnéticas. As ondas produzidas pelas emissoras de rádio e TV são ondas polarizadas, uma vez que apresentam, em uma determinada direção, um campo elétrico variável no espaço e no tempo. A luz do Sol é um exemplo de onda eletromagnética não polarizada, pois é emitida pela fonte em diversas direções.

No Brasil e nos Estados Unidos da América, a polarização é horizontal.

Na Inglaterra, por outro lado, a polarização é vertical, pois o campo elétrico oscila verticalmente e, em razão disso, as antenas devem ser instaladas com suas hastes na vertical. (https://brasilescola.uol.com.br).

II.           O início da polarização de classes

1.  A origem da burguesia e do proletariado

Durante o século XVIII, a burguesia se estruturou como uma classe econômica essencial para a Europa. Neste período, além de ampliar suas raízes econômicas, também construiu novas formas de ver o mundo. Através do iluminismo, denunciou e criticou os abusos da nobreza e alcançou a Revolução Industrial.

Neste cenário, uma nova luta de classes surgiu na Europa, com a burguesia controlando a economia, a política e os meios de produção.

O proletário surgiu como uma classe que oferecia sua força de trabalho. Uma nova relação social marcou o fim da era moderna.

2.  O surgimento e a ascensão da burguesia

Qual a diferença entre burguesia e proletariado?

Burguesia é compreendida como a classe dominante, dona dos meios de produção, das matérias-primas e detentoras do capital financeiro. Já o proletariado representa a classe trabalhadora, dona apenas da própria força de trabalho.

Essa distinção é feita com base na doutrina marxista. Para Marx, ao longo da história, a humanidade se desenvolveu a partir do antagonismo entre uma classe dominante e uma classe de indivíduos explorados por ela. A isso, chamou de luta de classes.

Na modernidade, a luta de classes assume a forma atual. Para Marx, a sociedade capitalista é marcada pela tensão entre a burguesia e o proletariado.

Vale lembrar que teorias não-marxistas dificilmente utilizarão essa definição e divisão de classes propostas por Marx. A utilização dessa distinção pressupõe uma adesão ao pensamento marxista.

3.  O que é a burguesia?

Segundo Marx, a burguesia é “a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção e empregadores do trabalho assalariado”. Os meios de produção são compreendidos como: propriedades, matéria-prima, maquinário e estruturas para a realização do produto.

Essa classe social domina o capital financeiro e, consequentemente, controla o Estado e a produção cultural, controlando assim todos os aspectos da vida social.

O termo tem origem na Idade Média, as cidades chamadas de burgos, construíram uma nova classe social composta de comerciantes e profissionais liberais. Essa classe era superior aos servos, mas com menos poderes do que a nobreza.

A ascensão da burguesia culminou nas revoluções burguesas e o fim da Idade Média. Com a mudança no modo de produção, o poder econômico assume a centralidade na definição do que produzido e valorizado na sociedade. O acúmulo de capital toma o lugar da hereditariedade para a definição dos detentores do controle da sociedade.

Assim, a burguesia constituiu-se em oposição à classe trabalhadora, em uma relação entre os donos dos meios de produção e os donos da força de trabalho.

Diferente de outros períodos da história, por ser definido apenas pelo capital acumulado, o sistema capitalista cria uma maior possibilidade de mobilidade entre as classes.

Por outro lado, há também a proletarização de parte da classe burguesa, com dificuldades em manter os padrões econômicos construídos ao longo do tempo. Esses fenômenos geram o desenvolvimento de uma classe intermediária, que preserva aspectos tanto da burguesia quanto da classe proletária.

O crescimento dessa classe média definida por Marx como “pequena burguesia”, observado ao longo do século XX, gera uma complexificação da definição das classes sociais e da ideia de luta de classes.

De todo modo, autores contemporâneos tendem a definir a burguesia como o grupo social que detém os meios de produção e/ou a maior parcela do capital econômico.

4.  O que é o proletariado?

O proletariado representa a classe trabalhadora ou classe operária. São aqueles que possuem como bem apenas a sua força de trabalho e os produtos adquiridos através de sua venda.

O termo proletariado é derivado do latim proletarii, usado para designar uma classe de pessoas que cumpriam a função social de ter filhos (prole), para do desenvolvimento e crescimento do império romano.

O termo foi resgatado na teoria marxista para designar a classe de trabalhadores que através da reprodução social, fundamenta o capitalismo gerando lucro a partir de sua exploração. Esse lucro é compreendido como exploração por se dar através de um processo chamado de "mais-valia".

A mais-valia é o trabalho não remunerado. O trabalhador, responsável por realizar a transformação de matéria-prima em bens de consumo, não recebe um pagamento proporcional pelo trabalho realizado. O valor do trabalho extrapola em muito o salário pago ao trabalhador. Essa é a estrutura fundamental do lucro adquirido pela burguesia e também define a classe dos explorados, o proletariado.

Assim, o proletariado é a classe subalternizada e explorada pela burguesia. Por não ser detentora dos meios de produção, para sua sobrevivência, precisa de se adequar ao trabalho assalariado estipulado e definido pela classe burguesa.

5.  As revoluções burguesas

Assim, visando um caminho livre para seu fluxo comercial, a burguesia passou a almejar também os interesses políticos. Logo, surgiu com o final da Idade Média e o início da Idade Moderna um novo conflito pelo poder. Neste período, a luta de classes entre a burguesia e a nobreza tomou forma, sobretudo através das divergentes formas de ver o mundo.

Tais divergências ficaram claras em momentos como o Renascimento artístico e cultural, a reforma protestante e o surgimento do iluminismo. Durante o renascimento, os mecenas da burguesia financiaram artistas para pintarem a realidade burguesa. Já durante o protestantismo, a mesma burguesia apoiou o surgimento das religiões protestantes. Afinal, as doutrinas católicas representavam um empecilho para os lucros da burguesia.

Assim, durante o século XVIII, enfim, surgiu o iluminismo, a principal corrente filosófica defensora dos ideais burgueses. Através do iluminismo, a burguesia passou a criticar com força o absolutismo e os privilégios da nobreza. O chamado terceiro estado, formado pela burguesia, camponeses e trabalhadores urbanos, já não tolerava mais os abusos nobiliárquicos. Assim, o iluminismo se tornou a arma utilizada para atacar o clero e a nobreza.

Os pensadores iluministas, por mais que, por vezes, não fossem burgueses, acabaram representando os ideais dessa classe. Dentre os interesses da burguesia estavam:

·       Liberdade política, religiosa e de pensamento;

·       Igualdade jurídica;

·       Fim dos privilégios da nobreza;

·       Maior participação política.

Enfim, o iluminismo abriu seu caminho graças a vitória burguesa nas revoluções inglesas. Mas pavimentou suas conquistas com a Revolução Francesa e Industrial. No primeiro caso, garantiu novas conquistas políticas e a expansão dos ideais políticos pelo mundo. Já no segundo, tornou-se finalmente a classe econômica hegemônica. Assim, com o século XIX, a burguesia se tornava definitivamente a principal articuladora política e cultural, através de empresários e banqueiros.

6.  O nascimento do proletariado

A burguesia, enfim, dominava a Europa com suas fábricas, comércios, pensamentos, leis e bandeiras. No entanto, neste mesmo período, crescia nas fábricas uma nova classe, oprimida pelo maquinário e pelos patrões. O chamado proletariado foi a classe social que se tornou a nova antagonista da velha burguesia.

Apesar da palavra ter origem romana, na modernidade apresentou um novo conceito. Em Roma, a palavra proletário estava relacionada aos cidadãos mais pobres que tudo o que tinham para oferecer eram seus filhos (prole). Na modernidade, o proletariado continuou sendo a classe mais pobre, mas marcada por oferecer sua força de trabalho. O novo significado para a palavra teve como seu maior estudioso o sociólogo Karl Marx.

Visto isso, podemos entender o proletariado como uma classe que surge da Revolução Industrial, saída sobretudo do campo para trabalhar nas cidades. O proletariado se torna a principal mão de obra nas fábricas e passa a ser explorado pela burguesia. Em troca do seu trabalho, garante aos burgueses seus lucros exorbitantes, no que Marx definiu como a mais-valia.

Assim, essa classe passou a ser oprimida constantemente, vivendo na miséria e quase sem direitos. Nas primeiras fases da Revolução Industrial, a classe operária era formada por homens adultos, idosos, crianças e mulheres. A força de trabalho não fazia distinção e na maioria das vezes explorava o trabalhador até a morte.

Neste cenário, assim como a burguesia se estruturou como classe, o proletário também o fez, buscando cada vez mais seus direitos. Movimentos como o ludismo e o cartismo configuraram inicialmente a luta da classe. Posteriormente, através de sindicatos e partidos, novos direitos foram conquistados. Enfim, com a criação de doutrinas como o socialismo e o anarquismo, a mobilização operária enfim construiu um norte: a revolução.

7.  As lutas de classes na visão marxista

Na visão marxista, a luta de classes é o motor da história. A disputa pelo controle dos meios de produção sempre teria criado a disputa entre oprimidos e opressores. Portanto, o século XIX acirrou as disputas entre burguesia e nobreza, com a vitória da primeira. Neste mesmo século, conforme a burguesia crescia, abaixo, uma nova classe se estruturava, o proletariado.

Assim, Karl Marx se tornou um dos grandes intelectuais responsáveis pela análise da história da luta de classes. Neste contexto, o pensador alemão se dedicou também a estudar as relações entre a burguesia e o proletariado. Para o autor, a burguesia foi a responsável pela instalação do capitalismo e o proletariado, por sua vez, deveria superar essa fase.

Se a classe operária tudo produz, com a sua força de trabalho, para Marx, tudo também deveria pertencer a mesma. Desta forma, Marx compreende que a fase capitalista estava destinada a crises cíclicas e ao fracasso. Sua derrota, portanto, surgiria das mãos dos oprimidos, que pegariam em armas para realizar uma revolução e democratizar o mundo construído pela burguesia.

Unidos, os trabalhadores ao redor do mundo universalizariam a revolução, construindo um socialismo que teria o próprio proletário no poder. Sem a burguesia, seriam os próprios operários os grandes proprietários dos meios de produção. Logo, após a fase socialista, a existência do Estado não seria mais necessária para garantir a vitória dos operários, nascendo, enfim, o comunismo.

Naturalmente, podemos perceber que a interpretação de Marx para a luta de classes é teleológica. Assim, o pensador analisa o presente projetando o futuro. Graças a formulação desse pensamento, exposta em obras como O manifesto comunista (1848), o pensamento marxista atraiu muitos operários. A classe, de forma organizada, entendeu o socialismo como uma possibilidade real de superação de toda a miséria e exploração.

8.  A luta de classes na visão da burguesa

Para a classe que tudo produzia, o comunismo revolucionário poderia enfim ser uma superação das explorações. Inspirada nas próprias revoluções burguesas, a classe operária também se rebelou ao longo do XIX. Entretanto, a burguesia que se consolidava no poder, garantia para si e para o seu capitalismo a proteção dos Estados e dos exércitos.

Um grande exemplo da revolta popular ainda no século XIX foi a experiência da Comuna de Paris. Em 1871, um governo de características socialistas tomou a capital francesa, instalando uma república do proletariado. Entretanto, a experiência durou pouco, pois os ideais revolucionários desse grupo não agradavam a burguesia. Pressionada pela Comuna, o governo burguês instalado no Palácio de Versalhes respondeu com violência.

A Comuna foi massacrada pelo exército francês, que chegou a matar mais de 40.000 pessoas. Logo, percebe-se que pelo lado burguês, a classe não abriria mão de seus novos poderes e do capitalismo.

Alguns autores, inclusive, defendem que essa burguesia não usou apenas da violência para garantir sua hegemonia. Conceitos como o próprio nacionalismo foram construídos visando sobretudo uma sensação de união entre as classes. Ou seja, a ideia de nação seria superior a ideia da divisão de classes, criando um novo inimigo. O antagonista do operário francês não seria o burguês francês, mas sim o alemão, por exemplo.

De certa forma, o próprio imperialismo também realça essa tentativa de união das classes. Como uma atividade plenamente burguesa, o imperialismo também construiu a ideia de raças.

Desta forma, as divisões de classes poderiam ser superadas através da união nacional e racial. Afinal, além de franceses, por exemplo, sentirem-se superiores aos alemães, também se sentiriam aos africanos. Enfim, desta forma a burguesia conseguiu manter sua hegemonia e garantir seus poderes.

9.  Resumo sobre proletariado e a burguesia

·       Durante o século XI, a Baixa Idade Média presenciou mudanças, como o Renascimento Urbano e Comercial e o declínio do feudalismo.

·       Com a retomada dos comércios e dos centros urbanos, a burguesia surgiu como uma classe econômica em pequenas cidades conhecidas como burgos.

·       Os burgueses possuíam pouca participação política inicialmente, mas logo passaram a se destacar por conta de suas riquezas;

·       Durante o Renascimento artístico e cultural, a burguesia se torna uma potência econômica, sendo responsável pelo financiamento de artes e de produção científica através da prática do mecenato.

·       Não bastava, no entanto, apenas o poder econômico, os burgueses passaram a buscar também liberdade e poder político;

·       A partir do século XVIII, a burguesia entra em plena ascensão com as Revoluções Inglesas, a Independência das 13 colônias e a Revolução Industrial;

·       Durante o século XIX, as Revoluções Liberais colocaram em xeque o poder da nobreza;

·       Enfim, o século XIX construiu uma nova luta de classes na Europa, entre a burguesia e o proletariado;

·       Durante o século XIX, o proletariado aumentou junto ao crescimento industrial e passou a se organizar mais.

·       No século XX, a Revolução Russa construiu a primeira experiência real e estável de um governo socialista.

(Fonte: https://descomplica.com.br).

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