sábado, 27 de julho de 2024

Série: A reforma protestante (5)

Por: Jânio Santos de Oliveira

Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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 Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

 

 


Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Romanos 1.17que nos diz:

 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.



I.             Os antecedentes da reforma protestante

De Constantino ao fim da idade média

A Igreja nos Dias de Constantino.

Os últimos Anos de Constantino.

A Igreja da Idade Média.

Wycliffe e Huss.

A Renascença.

II.           A reforma protestante

O início da reforma com Martinho Lutero

As 95 teses de Martinho Lutero

O Problema das Indulgências.

Reações Papais às Teses de Lutero.

A Excomunhão de Lutero.

III.          A extensão da reforma

Zuínglio e a Reforma na Suíça.

 Calvino e a Reforma em Genebra.

. Influências Reformistas na França.

 A Reforma nos Países Baixos.

A Reforma na Escócia.

 A Reforma na Inglaterra.

 Os Anabatistas.

IV.         Os efeitos negativos da reforma

A contra-reforma

Os Jesuítas.

Elementos de Combate à Reforma.

A Guerra dos Trinta Anos.

As Missões Católicas.

V.      A reação dos protestantes à Igreja na Europa

A França e a Igreja Católico-Romana.

O Protestantismo na Alemanha.

O Protestantismo na Inglaterra.

O Reavivamento de Wesley no Século XVIII.

Os Resultados do Reavivamento de Wesley.

O Protestantismo na Escócia e na Irlanda.

A Igreja no Oriente.



A reação dos protestantes à Igreja na Europa.

1648 - 1800

A história da Igreja na Europa, durante o período de 1648 a 1800, é marcado por altos e baixos, dignos de análise de nossa parte, se é que queremos compreender os acontecimentos que se su­cederam após esse período.

 A França que através de suas autoridades, ofereceu tremenda oposição ao Protestantismo, matando a muitos deles e forçando ou­tros ao exílio, estava quase arruinada em todos os aspectos da vida nacional. Nessa fase da história deflagara-se a Revolução Francesa, que procuraria contornar a situação estabelecendo a calma e ordem nacional, dando liberdade de culto aos poucos protestantes ainda existentes no país. A Igreja da França jamais se recuperaria, atingindo a pujança que possuía antes. 0 Protestantismo na Alemanha, por sua vez, vê-se envolvido por frequentes e vazios debates teológicos entre os seguidores dos ensinos de Lutero e os seguidores do ensino de Calvino. Nessa época a diferença entre luteranos e reformistas acentuou-se. As­ sim, surge o "Pietismo", com a finalidade de agregar em torno do seu ensino, os insatisfeitos com os rumos tomados pelos luteranos e reformados. Os pietistas pregavam e viviam um cristianismo fresco, novo e cheio de vida.

Esse movimento viria a se consti­tuir a base de grandes movimentos como o dos Irmãos Morávios.

 Como se não bastasse as grandes aflições sofridas pela Igre­ja, por culpa dos seus maus líderes, no fim do Século XVII, teve início a chamada "era da razão".

 0 mentor do homem em todos os assuntos da vida seria "a razão", "a mente".

0 cristianismo e suas doutrinas sofreram grandes apuros, por não poderem ser aqui­latados pela razão e raciocínio de homens naturais. Por fim, você estudará sobre a situação da Igreja oriental, a partir da tomada de Constantinopla pelos turcos, e as consequências que a capitulação daquela grande metrópole trouxe sobre o cristianismo naquela região do mundo.


O Século XVIII foi para a França uma era de grande desenvol­vimento, quando a nação prosperou tão rapidamente que veio a al­cançar o primeiro lugar entre as nações europeias.

 Esta atividade teve o seu ponto alto ao longo do brilhante reinado de Luiz XIV, que estendeu-se de 1661 a 1715. Galicanismo

A Igreja Católica Romana na França, serviu-se desse fortale­cimento da vida nacional, demonstrando sua energia religiosa na pregação, nas obras filantrópicas e no trabalho missionário.

Este crescimento e fortalecimento da vida religiosa nacional, deu ori­gem ao movimento conhecido como "Galicanismo". O movimento, re­presentava uma tentativa de conciliar a qualidade de bom católico com a de bom francês. Os galicanos eram devotos e profundamente ligados à Igreja Católica Romana, mas acreditavam igualmente que o papa não tinha o direito de interferir na política nacional da França. Nesta esfera só admitiam a autoridade do rei. Para aque­les que abraçavam o galicanismo, a autoridade papal era inferior até aos próprios concílios gerais da Igreja. Ultramontanismo

Em oposição ao Galicanismo, levantou-se outro partido chama­ do "Ultramontano".

Ultramontano é quem, em negócios da Igreja e do Estado, obedece ao papa antes que a qualquer autoridade.

Por essa época, na França, o partido "Ultramontano" era formado prin­cipalmente pelos jesuítas, sempre fiéis ao papa.

Dissolução da Sociedade dos Jesuítas


I. A França e a Igreja Católico-Romana.


 Durante a última parte do Século XVII e durante todo o Sécu­lo XVIII, os jesuítas sofreram forte oposição de grandes vultos da Igreja Católica na França.

Estes homens opunham-se e protesta­vam com energia, contra as ideias falsas e dolosas, a respeito da moral de certos princípios, ideias realmente perigosas que os jesuítas espalhavam através do confessionário.

Ainda se opunham aos jesuítas por causa da obediência cega e indiscutível que presta­vam ao papa, em detrimento dos interesses patrióticos.

 Enquanto isto os jesuítas foram perdendo mais e mais a sua popularidade.

Quando Portugal, em 1759, expulsou os jesuítas, a opinião pública francesa exigiu que se fizesse o mesmo na França, o que foi feito em 1764. Este foi o começo do fim dos jesuítas. Logo após a Espanha também os expulsava. Em todos os casos, a razão da expulsão era a mesma: os jesuítas eram desleais e perigosos aos governos.

Finalmente, o papa Clemente XIV sob pressão dos reis dos países que haviam sofrido sob a influência dos jesuítas, dis­solveu essa Ordem.

 Perseguição aos Huguenotes A era áurea de Luiz XIV, teve um lado negro nos terríveis sofrimentos infligidos aos protestantes franceses.

 Pelo Edito de Nantes, em 1598, os Huguenotes alcançaram completa liberdade de consciência; liberdade para exercer o culto público em muitos lu­gares, plenos direitos civis e o governo de um grande número de cidades.

 Entre 1598 e 1659, não obstante o governo tirar dos Hugueno­tes o controle sobre as cidades, isto não perturbou lhes a liber­dade religiosa.

 Nesta época, o Protestantismo cresceu, tomou cor­po e chegou a assumir a posição de influência em grandes decisões nacionais.

As igrejas tinham um ministério sólido e bem prepara­do. Entre os membros das igrejas haviam muitos líderes de proje­ção, destacados comerciantes e industriais e muitos dos melhores artífices e trabalhadores vários. Mas o clero católico romano, hipócrita e fanático, não podia tolerar este Protestantismo tão próspero. E, foi sobre a pressão desse clero que o governo começou um ataque maciço ao Protestan­tismo na França, em 1659.

As primeiras medidas tomadas contra os protestantes foram: a suspensão total dos direitos civis e a per­seguição em grande escala, para obrigá-los a professar o Catolicismo Romano.

Em 1681, Luiz XIV levou a efeito, com muita perti­nácia, um esforço selvagem para esmagar o Protestantismo, campa­nha que culminou com a revogação do Edito de Nantes, quatro anos depois. Os protestantes estavam desamparados pelas leis, e não podia nem emigrar. 0 Resultado Para a França 0 resultado de tudo isto foi uma perda irreparável para a França.

Milhares dos seus mais excelentes cidadãos foram levados à morte, e outros a quase insuportáveis torturas. Nesse período, cerca de quatrocentos mil huguenotes fugiram deixando a França.

A saída deles resultou num grande desastre econômico e moral para a nação. Pior ainda foi para a nação francesa a perda moral, perda que jamais foi recuperada.

Depois de 1685 o Protestantismo na França, embora vergonho­samente perseguido, levou uma vida de heroísmo por quase oitenta anos.

Foi quando cessou a perseguição, mas a liberdade religiosa não veio antes de 1789, concedido pelo primeiro dos governos da Revolução Francesa.


A Igreja Católica e a Revolução Francesa

Quando a Revolução Francesa rebentou em 1789, a Assembleia que representava o povo, demonstrou amargo desagrado e hostilida­de para com a Igreja Católica Romana. A perseguição contra os protestantes tornou o povo desgostoso e fê-lo sentir horror por uma instituição, cujos lideres foram os causadores de tais barba­ridades. Muitos patriotas franceses consideravam a Igreja Católi­ca Romana como inimiga do espírito de lealdade nacional, porque o seu clero colocava a autoridade do papa acima da autoridade do governo.

Como Agiu o Governo

A primeira legislatura da Revolução, a Assembleia Nacional (1789-1790),

1) confiscou as propriedades da Igreja Romana e ven­deu boa parte delas para enfrentar as necessidades nacionais;

2) estabeleceu completa liberdade religiosa;

 3) aboliu as Ordens mo­násticas e reorganizou completamente a Igreja Católica, deixando-a nominalmente sujeita ao papa.

Finalmente, não só a Igreja papal, mas o próprio cristianismo foi objeto de ódio público. Is­to foi devido, em parte, ao desenvolvimento da incredulidade, e, de outro lado pelo fato de muitos julgarem a Igreja Romana e o cristianismo como coisas idênticas.

Em 1793, foi abolido o culto cristão, negando formalmente a existência de Deus, e estabelecen­do o culto da deusa Razão.

O domingo ou o Dia do Senhor, foi substituído por um dia em cada dez, para descanso e diversões.

Todavia o povo se opôs a tudo isto. Em 1795, o culto cristão foi restabelecido pelo governo.

Todas as agremiações religiosas tiveram permissão de exercer formas de culto. Este acordo foi quebrado por Napoleão que possuía suas próprias ideias acerca das relações entre a Igreja e o Estado.

II. 0 protestantismo na Alemanha

A história do Protestantismo alemão nos anos seguintes â Re­forma, é desalentadora. Teve início uma era triste, de frequentes e inúteis disputas teológicas. Além disso, havia entre luteranos e os teólogos reformadores, discussões doutrinárias que alargavam cada vez mais as brechas entre estes dois grupos do Protestantis­mo.

 Ortodoxia Luterana

Um dos resultados destas disputas teológicas, foi a elabora­ção, pelos luteranos, em 1577, de um longo credo chamado "A Fór­mula da Concórdia". Ela condenava o Calvinismo, especialmente a doutrina da predestinação, perpetuando assim a separação dos gru­pos luteranos e reformado. "A Fórmula da Concórdia" veio a ser considerada pelos luteranos uma expressão completa da verdade cristã. Foi esta a razão porque os ministros luteranos dedicaram suas vidas à exposição e defesa desse credo, em vez de procurarem fortalecer a vida espiritual do povo, induzindo-o ao serviço cristão. Pouca ênfase era dada à necessidade de se procurar viver um cristianismo vitalizado, rico de experiências e de frutos. As igrejas eram frias, cheias de formalidades e inativas.


0 Pietismo

Nessa época surgiu um movimento de vigor e poder espiritual, conhecido pelo nome de "Pietismo". Seu primeiro líder foi Filipe Jacó Spener, que bem moço viu o grande declínio religioso pelo qual passava seu país. Como pastor em Frankfurt no período de 1666 a 1686, Spener muito se esforçou para que seu povo alcançasse um cristia­nismo ardente, sincero, e purificasse a sua vida em todos os aspectos. Pregava sermões de caráter prático, fervorosos e simples. Insistia na verdade da regene­ração, aquela mudança produzida no cora­ção do homem de fé, pelo Espirito de Deus.

Spener reavivou a doutrina básica da Reforma, o sacerdócio universal dos crentes. Além do que alcançou na vida reli­giosa da Alemanha, o Pietismo inspirou em outras terras, forte impulso pelo poder espiritual, o que produziu grandes resultados. A Irmandade Morávia foi, em parte, um resultado desse movimento.

Os Moravianos

O fundador da irmandade moraviana foi o Conde Nicolau von Zinzendorf (1700-1760), nobre austríaco que foi profundamente influenciado pelo Pietismo.

Quando moço pensou reunir numa comu­nidade um grande número de pessoas verdadeiramente religiosas, que se tornassem uma fonte espiritual para as igrejas e comuni­dades religiosas vizinhas. Quando tinha apenas vinte e um anos de idade, comprou um território na Saxônia, com o intuito de levar a termo o seu pla­no.

 Em pouco tempo foi essa região habitada de um modo providen­cial.

Certos membros da irmandade da Boêmia, corpo religioso re­sultante da obra de João Huss, tendo sido perseguidos e expulsos dos seus lares na Morávia, conseguiram permissão de Zinzendorf para se estabelecerem no território a ele pertencente . Assim co­meçou a formação dessa comunidade que tomou o nome de "Hernhut", isto é, "Abrigo do Senhor".

Missões Moravianas

As atividades missionárias, que tornaram famosos os moravia­nos, começaram em 1731.

Dois deles foram enviados a São Tomê, nas índias Ocidentais, e dois outros foram para a Groenlândia, onde o herói norueguês Hans Egede já tinha plantado o Evangelho. Seguiu a estes uma verdadeira torrente de missionários, de sorte que du­rante a vida de Zinzendorf havia muitos dos seus irmãos traba­lhando na Europa, Ásia, África, Américas do Norte e do Sul.

Em qualquer lugar onde se encontrassem, demonstravam a mesma cora­gem, consagração e amor a todos os homens.

III. 0 protestantismo na Inglaterra

Conseguindo maioria no Grande Parlamento, os Puritanos, afi­nal, alcançaram poder para tornar a Igreja da Inglaterra como de­sejavam. Com este propósito, o Parlamento convocou a Assembléia de Westminster (1643-1643), composta dos principais teólogos puritanos.

A Assembléia de Westminster

À assembléia de Westminster coube a responsabilidade de apresentar ao parlamento, os planos para uma reforma definitiva da igreja nacional.

Ao mesmo tempo o parlamento, no propósito de alcançar o auxílio da Escócia na guerra contra o rei Carlos, aceitou a "Liga Solene" e o "Pacto". Este era uma ampliação do primeiro "Pacto Escocês", e obrigava os que o aceitavam, a defen­der a Igreja escocesa como tinha sido estabelecida ao tempo da Reforma, como também tornar em conformidade com ela as igrejas da Inglaterra e da Irlanda.

Os Trabalhos da Assembléia

A assembléia escreveu e submeteu à apreciação do parlamento, uma constituição completa para a Igreja da Inglaterra.

Além de um esquema para o governo eclesiástico, foi apresentada a Comissão de Fé, considerada como credo para uso da Igreja, e dos catecis­mos, o "Maior" e o "Menor".

 0 projeto da assembleia para o governo da Igreja foi aprova­do pelo parlamento, que ratificou assim o sistema de governo presbiteriano. Mas ele nunca foi aceito de modo geral. Não foi fácil a aplicação dessa forma de governo ã Igreja em razão da confusão reinante no pais, provocada pela guerra entre o parla­ mento e o rei Carlos.

A Comunidade Dirige os Negócios Eclesiásticos

A execução do rei em 1649, seguiu-se o estabelecimento do governo da comunidade, sendo Olivério Cromwell seu Senhor Prote­tor. Não obstante as muitas incertezas dominantes no período des­se curto governo, havia certa liberdade religiosa, defendida por Cromwell. Não se permitia liberdade ao Romanismo ou ao sistema episcopal, a velha forma da Igreja Inglesa, pois ambos eram con­siderados politicamente perigosos.

Além disto havia igrejas de várias denominações, destacadamente presbiterianas, congregacionais, batistas...

"Os Amigos" Foi nesta época que apareceu a "Sociedade dos Amigos", ou dos "Quakers".

Por muitos anos a Inglaterra foi perturbada pelas disputas religiosas, principalmente as que se relacionavam com a forma de governo eclesiástico. Tudo isto aborrecia muito os in­gleses que resolveram seguir os ensinos de George Fox. Este ensi­nava que a Igreja deveria ser guiada e instruída diretamente pelo Espírito Santo e que não deveria haver qualquer sistema fixo de governo, ou um ministério especialmente indicado, ou formas regulares de culto. George Fox foi um dos mais poderosos líderes religiosos do seu tempo e fervoroso evangelista que alcançou grande número de conversos. 0 Governo nas Mãos dos Puritanos Os Puritanos, com o apoio do governo, tiveram a oportunidade de realizar o que desejavam, que era, fortalecer a religião e o caráter moral do povo. Foram aprovadas leis que exigiam um alto padrão moral do povo. A severidade das decisões puritanas foram manifestas nas mais diferentes áreas da vida nacional. Fecha­ram-se os teatros, foram proibidos esportes brutais e alguns di­vertimentos tidos por inocentes e de gosto popular, tais como o festejo do Natal. Não obstante a sua esplêndida prova de caráter, havia nos puritanos certa tirania e estreiteza de visão, que con­tribuiu para tornar seu governo bastante impopular entre o povo inglês. Como a impopularidade do governo dos puritanos aumentasse dia a dia, seguiu-se uma tremenda reação do povo contra tudo que eles tentaram introduzir e realizar. Por essa época restaurou-se a monarquia (1660), com a elevação de Carlos II ao trono. Logo o novo governo restaurou a igreja nacional à forma que tinha antes da vitória dos puritanos. Os bispos voltaram às suas paróquias e o "Livro de Oração Comum" voltou a ser o manual de culto.

A Grande Expulsão e Perseguição

 Por se oporem a isto, cerca de dois mil ministros presbiterianos, congregacionais e batistas foram expulsos de suas igre­jas.

Seguiram-se várias tentativas de proscrição dos dissidentes. Atos oficiais proibiam assistência as reuniões que não fossem da igreja oficial.

Por uma falta dessa natureza foi preso, por doze anos, o célebre cristão e escritor, artesão João Bunyan, que na prisão de Bedford escreveu "0 Peregrino". Depravação Social Terrível onda de imoralidade atingiu a aristocracia inglesa e afetou grandemente outras camadas da sociedade, em decorrência da oposição do parlamento ao Puritanismo. Depois da severidade da regra puritana, a situação tomou extremo oposto. O exemplo de um rei corrupto contribuiu para o agravamento dessa tendência. 0 Pu­ritanismo parecia ter sido aniquilado. Mas tal não aconteceu.

A Revolução Os acontecimentos dessa época mostraram, todavia, que a maioria do povo preferia que a igreja nacional permanecesse como no tempo da Reforma, em vez de seguir o sistema introduzido pelos puritanos. Isto não significava que o Protestantismo inglês fosse assim duvidoso, e a prova se viu quando Tiago II, sucessor de Carlos II, tentou transformar a igreja nacional em Católica Roma­na.

O povo lutou com obstinada coragem, lançando mão de todos os recurso disponíveis para que tal coisa não acontecesse. Apelarem para Guilherme, Príncipe de Orange e Chefe do Estado da Holanda, cuja esposa, Maria, era filha do rei, para que viesse com um exército, defender a liberdade da Inglaterra e do Protestantismo. O país levantou-se para apoiá-lo. 0 rei Tiago II fugiu para a França, enquanto Guilherme e esposa tornaram-se soberanos da In­glaterra.

Essa revolução (1689) decidiu a favor da Inglaterra várias questões de mais alta importância, entre as quais destacaram-se as seguintes:

1) que o poder pertencesse ao povo;

 2) que a Ingla­terra continuasse protestante;

3) que houvesse liberdade de cul­to.

 

Declínio Religioso

A vida religiosa da Inglaterra, por quase cinquenta anos de­pois da revolução, apresenta um quadro de tristeza, indiferentismo e de generalizada estagnação. A maioria do clero era consti­tuída de homens de pouco fervor.

Os deveres dos bispos e dos mi­nistros, foram em grande parte negligenciados, em razão do mundanismo e egoísmo em que viviam. Muito pouco se fazia para suprir as necessidades religiosas do povo, razão que levou muitos a per­derem o contato com a Igreja e se desinteressarem pelas suas ati­vidades. Os não-conformistas, porém, eram mais vigorosos na sua vida religiosa do que a Igreja da Inglaterra; e eram eles que ha­ veriam de influir no futuro religioso dessa nação.


IV. O reavivamento de Wesley no século XVIII

Em meio às incertezas quanto ao futuro da Igreja na Ingla­terra, Deus levantou João Wesley, através do qual haveria de sa­cudir aquela nação, e trazer ao mundo o impulso religioso mais forte já ocorrido depois da Reforma.

João Wesley nasceu em 1703, em Lincolnshire, paróquia do seu pai, um dos ministros mais zelosos que havia na Inglaterra. Teve como mãe uma mulher de vida santa e de altas virtudes cristãs. Já adulto, foi estudar em Oxford, onde se destacou como homem de le­tras. Entrou para o ministério e serviu por alguns anos na paró­quia do seu pai. Voltando depois a Oxford como professor de gre­go, tornou-se líder de um grupo de estudantes que eram extraordi­nariamente escrupulosos e metódicos em suas observâncias religio­sas e deveres escolares. Por isso foram conhecidos como metodis­tas ou do Clube Santo. Entre eles estavam o irmão de João Wesley, Carlos, e vim estudante pobre de Gloucester chamado George Whitefield.

 A Conversão de Wesley

A convite do general Oglethorpe, Wesley foi à Geórgia, como um dos ministros da sua nova colônia na América. Foi uma estada breve e de pouco êxito. Contudo, foi aí que Wesley conheceu al­guns missionários morávios, nos quais descobriu uma alegria e confiança cristãs fora do comum e que ele próprio imaginava ja­mais ter experimentado. Começou, então, a sentir uma profunda mu­ dança religiosa em sua vida. Voltou depois ã Inglaterra, onde continuou sob a influência dos morávios. Este contato culminou na sua "conversão" que ocorreu em 1738, durante um movimento reli­gioso em Londres. Sobre essa experiência, ele mesmo confessou anos depois: "Senti que confiei em Cristo, em Cristo somente, pa­ra minha salvação e alcancei grande segurança e a certeza da pu­rificação dos meus pecados, dos meus próprios pecados, e li­vrei-me da lei do pecado e da morte." No ano seguinte ao da sua conversão, Wesley realizou o pri­meiro trabalho que o firmou como o líder de um grande avivamento.

 Em março de 1739, pregou ao ar-livre a um grupo de gente humilde, perto de Bristol. A partir daí, e quase por cinquenta anos, Wes­ley trabalhou infatigavelmente.

Carlos Wesley e Whitefield

Dois valorosos cooperadores no reavivamento de Wesley, fo­ram, seu irmão Carlos Wesley e George Whitefield. Carlos desta­cou-se como eficiente pregador, mas sua principal contribuição para o reavivamento foi dada através dos seus hinos - cerca de seis mil.

Whitefield desenvolveu enorme atividade como evangelista itinerante.

Oposição ao Avivamento

Não obstante os irmãos Wesley e Whitefield serem ministros da Igreja da Inglaterra (Anglicana), foram proibidos de pregar nas igrejas oficiais.

O alvoroço às vezes provocado pela pregação destes ministros, era desagradável para aquela época caracteriza­da pela moderação e restrição em todas as coisas. Por essa época foram excluídos das igrejas e sofreram amarga oposição dos cléri­gos da igreja oficial.

Os Evangélicos

Não era possível que tão grande avivamento deixasse de afe­tar a vida da igreja inglesa. Surgiu um partido poderoso, denomi­nado de "Evangélicos", composto de clérigos e de leigos que foram influenciados pelo movimento vivificador. Tal influência se fez sentir na religião pessoal, na pregação e em toda a obra ministe­rial, como também no trabalho dos leigos.


A Pregação do Reavivamento

A pregação do reavivamento não era, como disse Wesley, nada de novo. Era a proclamação da livre graça de Deus em Cristo Je­sus, e da salvação livre, gratuita, pela fé no Salvador. Era o convite de Deus ao arrependimento e ã fé. Os hinos do reavivamento ensinavam e revelavam estas grandes verdades e o povo as en­tendia e as aceitava. Entre esses hinos podem citar-se, "Jesus, Amado Salvador", "Rocha Eterna", e muitíssimos outros. A velha história e antiga mensagem do genuíno Evangelho que por muitos anos fora conhecida na Inglaterra, apareceu agora anunciada com verdadeiro zelo e verdadeira paixão.


V. Os resultados do reavivamento de Wesley

Organização da Igreja Metodista Um dos grandes resultados do reavivamento de Wesley, foi a formação de uma nova igreja - a Metodista. Na verdade Wesley não desejava esse resultado. Tinha muito amor ã Igreja da Inglaterra e desejava que ela fosse alcançada pelos benefícios do seu traba­lho. A organização da nova igreja foi coisa a que se viu forçado a aceitar e reconhecer. Por muitos anos o clero anglicano o antipatizou e hostilizou, até que os "Evangélicos" se tornaram bas­tante fortes e influentes. Até mesmo os não-conformistas, isto é, as Igrejas Livres, não apoiavam nem auxiliavam o seu trabalho. Gradualmente ele transformou suas sociedades com os respectivos pregadores em igrejas, e, em 1784, a Igreja Wesleyana ou Metodis­ta foi definitivamente organizada. Sete anos depois, quando Wes­ley faleceu, a igreja contava com setenta e sete mil membros. Despertamento Espiritual Outro resultado ainda maior do reavivamento de Wesley, foi o soerguimento espiritual que afetou profundamente o país, em toda a sua extensão. Milhares de pessoas passaram de um cristianismo teórico e morto, para o cristianismo vivo e prático. Muitos deles pertenciam às classes trabalhadoras, e foi assim que uma poderosa influência espiritual dominou esta parte da sociedade inglesa.

A própria Igreja da Inglaterra e as Igrejas Livres receberam novo alento, novo espírito em grande proporção.

Obras Sociais

Esse despertamento revelou-se de um modo maravilhoso no de­senvolvimento das obras sociais de caráter cristão. O amor de Deus, sentido e experimentado com novo poder que procedeu do rea­vivamento por toda a parte anunciado, impulsionava os homens ao amor e ao serviço em favor dos seus semelhantes. Foi assim que a moderna filantropia ou assistência social, recebeu seu primeiro e poderoso impulso.

 Nessa época surgiu o abençoado movimento de ensino bíblico popular, denominado Escola Dominical. A primeira escola foi ini­ciada em 1780 por Robert Raikes, um jornalista cristão, culto e rico, de Gloucester. Foi um dos primeiros passos na educação da Inglaterra, como também o começo do movimento mundial das Escolas Dominicais.

A escola de Raikes era destinada a crianças pobres que cresciam na ignorância, ministrando educação religiosa acom­panhada de alfabetização e ética em geral. Nessa época, ilustres cristãos destacaram-se como líderes de movimentos de interesses nacionais, tais como: reformas penitenciárias e contra o trabalho dos menores.

0 interesse e cuidado do público a favor dos pobres tornou-se mais compreensivo e mais cheio de amor. Foram fundados hospitais e outras casas de caridade.

 0 Movimento Missionário Moderno

0 maior de todos os resultados do reavivamento de Wesley, foi o moderno movimento missionário.

Várias influências o estimu­laram, particularmente as então recentes descobertas no Sul do Pacifico. Sem o impulso para o serviço cristão provocado pelo reavivamento religioso, jamais teria surgido esse santo desejo para a obra missionária de além mar.

Coube a Guilherme Carey, sa­pateiro e pregador leigo batista iniciar o movimento missionário.

A despeito da oposição e desdém, ele impressionou os seus ouvin­tes com a visão que tinha, de ver o mundo pagão convertido a Cristo.

 Em 1792, ele organizou a "Sociedade Batista Para a Propaga­ção do Evangelho.

Entre os Pagãos".

O primeiro missionário por ela enviado foi o próprio Carey, destinado a realizar um nobre traba­lho na índia.

O exemplo dos batistas foi logo imitado. A "Socie­dade Missionária de Londres" foi organizada em 1795, formada principalmente pelos Congregacionais, e a "Sociedade Eclesiástica Missionária", em 1799, pelos "Evangélicos" da Inglaterra.

Os me­todistas também organizaram seu trabalho missionário. Tal entu­siasmo missionário se espalhou pela Escócia, América e pelo con­tinente europeu.


VI. O protestantismo na Escócia e na Irlanda

A restauração de Carlos II ao reino da Escócia, foi seguida de uma reação semelhante a que houve na Inglaterra. Em 1661, o Parlamento Escocês restabeleceu os bispos na Igreja da Escócia e declarou o rei como chefe da Igreja. Removeu também das suas pa­róquias muitos ministros que foram substituídos por homens incom­petentes. Contra tal atitude houve protesto do povo, que em gran­de parte abandonou as igrejas para ouvir os ministros expulsos em suas próprias casas ou nas praças públicas.

 O governo então re­solveu forçar o povo a assistir às reuniões nas igrejas, valen­do-se de leis opressivas

Os Pactuantes Perseguidos

Levantaram-se os "Covenanters" ou Pactuantes, poderosos gru­pos de pessoas que insistiam em permanecer fiéis à antiga forma presbiteriana e contrário as interferências do governo nos negó­cios da Igreja. Contra essas pessoas moveu-se atroz perseguição cujo resultado foi torná-la mais firme.

 Não tardou para que essa oposição ao governo se transformasse em rebelião armada, que ter­minou na batalha da Ponte Bothwell em 1679, onde os rebeldes foram derrotados.

Depois disto alguns Pactuantes prometeram ficar em paz. Outros, porém, conhecidos como "Cameronianos", com seu chefe Ricardo Cameron, nem se submeteram, nem reconheceram o go­verno, que lhes exigia o que eles próprios consideravam um erro.

No oeste da Escócia esta gente foi perseguida por toda a parte. Homens e mulheres preferiram abandonar suas profissões e lares, a violar suas convicções quanto ao que julgavam ser á vontade de Deus.

 A Igreja Escocesa Volta a Ser Presbiteriana

 0 fim dessa perseguição veio com a Ascenção ao poder, de Guilherme e Maria, em 1689. O presbiterianismo foi, então, res­taurado na Escócia para nunca mais ser perturbado.

Alguns dos "cameronianos" não aprovaram de todo esta restauração, em virtude de não se fazer referência especial ao Contrato ou Acordo, que para eles era de tanta importância e estima. Daí eles se recusa­ram a tomar parte na Igreja reorganizada da Escócia. Deles proce­deu a organização que tomou o nome de Igreja Reformada Presbite­riana. A Igreja Nacional que se tornara presbiteriana em 1689, além de ser a igreja oficial da Escócia, representava realmente as le­gítimas opiniões e sentimentos religiosos do povo.

A grande maio­ria era presbiteriana, e quase todos, exceto uns poucos, estavam na igreja nacional. A união dos Parlamentos da Inglaterra e da Escócia em 1707, deixou este último país sem outro parlamento ou qualquer instituição política que lhe fosse própria.

 A Igreja na­cional tornou-se então a grande organização do povo escocês.

O Declínio da Religião

 A vida religiosa da Escócia durante o Século XVIII foi assi­nalado por indiferença generalizada e por uma inatividade seme­lhante a que existia na Inglaterra antes do grande reavivamento. Não havia interesse nem entusiasmo no ministério. Quando Wesley e Whitefield entraram no pais, sofreram a mesma oposição que experimentaram na Inglaterra.

O reavivamento geral na Inglaterra não teve a mesma corres­pondência na Escócia, que esperou até o Século XIX para experi­mentar a influência renovadora e vivificadora do Espírito Santo.

0 entusiasmo pelo trabalho missionário afetou também a Escócia, e duas sociedades missionárias foram organizadas em 1796. Mas no mesmo ano, a Assembleia Geral da Igreja Escocesa aprovou o indig­no ponto de vista de que "espalhar o conhecimento do Evangelho entre os bárbaros das nações pagãs é absurdo e inominável." Essa igreja não cuidou das missões até o ano de 1824.

O Presbiterianismo na Irlanda

Durante a primeira metade do Século XVII, grandes extensões de terra no nor­te da Irlanda, foram tomadas pelo gover­no inglês, em virtude dos seus proprietários se terem rebelado.

O povo irlandês que residia nessas regiões ficou desabrigado e emigrou para o Sul. Suas pro­priedades foram ocupadas pelos novos co­lonos que o governo fez vir da Escócia e da Inglaterra. Mais tarde, durante os "Tempos de Trucidamento", outros povos escoceses fugiram para a Irlanda. Foi assim que a província de "Ulster" veio a ser habitada principalmente por gente escocesa, quase toda ela presbiteriana. Esta é a origem do povo "escocês-irlandês". Durante o século seguinte foram terrivelmente maltratados pelos proprietários das terras. Foram também perse­guidos pela igreja oficial da Irlanda, que era episcopal, como a da Inglaterra. Por isto, entre os anos de 1713 e 1775, muitos mi­lhares de escoceses-irlandeses emigraram para a América onde desempenharam notável papel na formação do povo americano.


VII. A Igreja no oriente

Em 1453, caiu sobre a Igreja do Oriente o maior desastre de sua histó­ria: a tomada de Constantinopla pelos turcos. 0 Império do Oriente, portanto tempo capelão do cristianismo, caiu, ti­nha agora um sultão sentado no trono do imperador. Santa Sofia, a magnífica ca­tedral construída por Justino, no Século VI, foi tornada uma mesquita muçulmana, sinal visível da capitulação do cristia­nismo sob as mãos do Islamismo.

 Os cris­tãos perderam todos os seus direitos ainda que pudessem conservar o seu cul­to, tendo de viver em sujeição, sem nenhum amparo legal. Contudo a organização da Igreja permane­ceu inalterada. 0 patriarca de Constantinopla teve os seus pode­ res aumentados sobre os patriarcas de Anqioquia, Jerusalém e Ale­xandria, tornando-se o chefe de todos os cristãos do império tur­co, exceto a Rússia. O patriarca era indicado pelo sultão e esta­va inteiramente â mercê do seu poder. Assim, rapidamente perderam o seu poder, pois perderam a influência perante o povo que os consideravam lacaios dos sultões.

Declínio Intelectual da Igreja

Com a queda de Constantinopla muitos gregos cultos fugiram para a Europa ocidental e ali tomaram parte do renascimento cul­tural. A emigração desses homens altamente instruídos enfraqueceu seriamente a vida intelectual da Igreja oriental. O clero passou a ser composto por homens ignorantes, e, a pregação desapareceu dos púlpitos. Numa era quando a mentalidade dos homens do ociden­te se levantou pelo renascimento, aconteceu exatamente o contrá­rio na Igreja oriental. Assim a vitória turca foi, em todos os sentidos um golpe profundo e mortal contra a Igreja oriental. Mesmo precariamente, essa Igreja continuou existindo. A Rússia e Sua Igreja Logo após a queda do Império Ocidental, levantou-se um novo império no Norte, a Rússia. Desde a queda de Constantinopla, a igreja russa foi se tornando independente. Nominalmente ainda era sujeita ao patriarcado de Constantinopla, mas o bispo metropoli­tano de Moscou não foi mais escolhido pelo patriarca de Constan­tinopla. Assim, em 1587, o bispo metropolitano de Moscou via-se elevado à categoria de patriarca. Durante o século seguinte, a Igreja russa revelou uma vida nova, especialmente ao tempo do famoso patriarca Nicônio* Este promoveu um extraordinário desenvolvimento na educação e na vida moral do clero, cano também despertou interesse pela pregação.

Na doutrina, porém, não houve mudança; não se verificou qualquer progresso na direção de uma forma mais pura de cristianismo. Quando o Protestantismo penetrou na Rússia, foi terrivelmente perseguido e expulso.

Os Uniatas Durante o período da Contra-Reforma, enquanto a Igreja Cató­lica Romana lutava por conquistar e reconquistar todos os povos, tentou também ganhar a Rússia. Foi bem sucedida em algumas re­giões do sudoeste do pais à custa de certas atitudes liberais. Tudo o que se pedia do povo que vinha da Igreja oriental para a Romana, era submissão ao papa. Foi-lhes permitido conservar sua forma de culto e costumes religiosos, e até mesmo permissão para os membros do clero se casarem. Esses católicos eram chamados "uniatas". O Governo da Igreja No inicio do Século XVIII, o czar Pedro, o Grande, deu ã Igreja a forma de governo que ela conservou até a revolução de 1917.

 Em substituição ao patriarca, organizou o Santo Sínodo, que era um corpo de bispos e sacerdotes escolhidos pelo czar. Essa igreja era teoricamente controlada pelo procurador que represen­tava a expressa vontade do czar. Assim a igreja russa tornou-se completamente sujeita ao governo que passou a ser o seu "guarda e protetor".

Pra você que conferiu todas estas matérias, o meu muto obrigado! Continue participando do nosso ministerio da Palavra e seja edificado para a Glória de Deus.

Bibliografia

 

História da Reforma do Décimo-Sexto Sé­culo.

São Paulo: Casa Editora Presbiteriana. FITZER, Gottfried. O Que Lutero Realmente Disse. Rio de Janei­ro: Editora Civilização Brasileira S.A., 1971.

 FLOWER, H.N. La História de la Iglesia Cristiana. Miami, Flóri­da: Editorial Vida, 1978.

HALSEMAT, The B.Van. João Calvino Era Assim. São Paulo: Edito­ra Vida Evangélica S/c, 1968.

MUIRHEAD, H.H. 0 Cristianismo Através dos Séculos.

 

 

Série: A reforma protestante (4)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

Pastor Presidente: Eliseu Cadena

 Contatos 0+operadora (Zap)21 987704458 (Tim)

 Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

 

 


Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Romanos 1.17que nos diz:

 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.



I.             Os antecedentes da reforma protestante

De Constantino ao fim da idade média

A Igreja nos Dias de Constantino.

Os últimos Anos de Constantino.

A Igreja da Idade Média.

Wycliffe e Huss.

A Renascença.

II.           A reforma protestante

O início da reforma com Martinho Lutero

As 95 teses de Martinho Lutero

O Problema das Indulgências.

Reações Papais às Teses de Lutero.

A Excomunhão de Lutero.

III.          A extensão da reforma

Zuínglio e a Reforma na Suíça.

 Calvino e a Reforma em Genebra.

. Influências Reformistas na França.

 A Reforma nos Países Baixos.

A Reforma na Escócia.

 A Reforma na Inglaterra.

 Os Anabatistas.

IV.         Os efeitos negativos da reforma

A contra-reforma

Os Jesuítas.

Elementos de Combate à Reforma.

A Guerra dos Trinta Anos.

As Missões Católicas.

V.     A reação dos protestantes à Igreja na Europa


A França e a Igreja Católico-Romana.

O Protestantismo na Alemanha.

O Protestantismo na Inglaterra.

O Reavivamento de Wesley no Século XVIII.

Os Resultados do Reavivamento de Wesley.

O Protestantismo na Escócia e na Irlanda.

A Igreja no Oriente.


 Os efeitos negativos da reforma


I. A contra- reforma

Ao irromper a Reforma na Europa, a Igreja Romana se achava em tal estado de decadência, e os papas da época tão interessados na vida privada e tão desinteressados nas coisas religiosas, que, por espaço de vinte e cinco anos após a explosão do movimento reformador, pouquíssimas foram as medidas para reprimi-lo.

 Na ver­dade eles não criam que a Reforma sobrevivesse a seu líder, Mar­tinho Lutero. Desde Leão X, os papas imersos numa vida luxuosa e imoral, não viam na revolta religiosa da Alemanha proporções maiores do que o delírio de um frade "embriagado".

0 papa Paulo III (1534-1549), apesar dos seus gostos e modo de viver, não era melhor do que aqueles que vieram antes, porém, mais diplomata que eles, compreendeu quão grave era a situação católica. Embora dotado de hábitos imorais, chegou a nomear, em comissão, alguns prelados dos mais eminentes e capazes para suge­rirem planos visando o melhoramento da Igreja, comissão essa que apresentou, em 1553, um bem elaborado relatório, cujas sugestões nunca foram postas em prática.

Acordando, por fim, da sua aparente indiferença, a reação católica começou em 1541, a empregar as mais severas medidas para reprimir o Protestantismo.

 Os principais objetivos da reação fo­ram: expurgar a Igreja, começando com o clero manchado por abusos e imoralidades; quebrar as forças de ação do Protestantismo; re­conquistar o terreno perdido; dar novo vigor as atividades mis­sionárias.

Os meios principais empregados pela Igreja Católica contra o progresso do Protestantismo foram três:

A Sociedade de Jesus,

O Concilio de Trento e

A Inquisição.

Sobre estes e outros meios trataremos agora.

II. Os Jesuítas

Para a batalha da Contra-Reforma, a Igreja Romana dispunha de recursos poderosos.

Um deles foi uma nova Ordem, extraordina­riamente poderosa e operante, - a Sociedade de Jesus.

 Esta orga­nização pode ser mais bem apreciada quando estudamos as experiên­cias religiosas do seu fundador, o espanhol Inácio de Loyola (1491-1556) .

Inácio de Loyola

O primeiro grande desejo de Loyola foi ser famoso como sol­dado; mas este ideal apagou-se quando, aos vinte e oito anos, re­cebeu grave ferimento que o aleijou para o resto da vida.

Sua am­bição tomou outro rumo: queria tornar-se agora um grande santo. Meditando muito, chegou a conclusão de que para se tornar um san­to, teria de se tornar um homem de Deus. Sentiu-se então possuído do desejo de se aproximar de Deus e alcançar a paz divina.

O ca­minho era entrar num convento, o que fez com toda a sinceridade da sua alma. Mas todos os seus jejuns, penitências, orações e confissões não lhe proporcionaram a almejada paz. De repente, lança-se com seus pecados, aos pés do Criador, confiando na mise­ricórdia divina, e, assim, por sua confiança em Deus, alcançou a certeza de perdão e paz para sua alma. Daí em diante sua vida se­ ria posta a serviço de Deus. 0 Seu Pensamento Até aí tinha seguido as pegadas de Lutero. Loyola, porém, seguiu outra direção, pois ainda era integralmente um homem da Idade Média e da religião medieval. Cria sem um mínimo de dúvida, que a Igreja Romana fora divinamente ordenada para representar os desígnios de Deus entre os homens. Para ele a verdadeira religião de Deus consistia numa devoção absoluta e indiscutível aos inte­resses dessa igreja, trazer de volta os que a tinham abandonado, quebrar todas as forças dos seus oponentes e aniquilar todo ensi­no contrário ao dessa mesma igreja. Organização da Sociedade de Jesus Por conselho dos superiores, Loyola estudou teologia por seis anos na Universidade de Paris, antes de começar a trabalhar. Com profundo conhecimento da natureza humana, escolheu como com­panheiros de ideal, nove ajudantes que se tornariam homens de po­deres extraordinários.

A Sociedade de Jesus foi formalmente orga­nizada em 1540 com esses dez membros. Tanto sacerdotes como lei­gos eram recebidos na Ordem.


Propósito e Organização

0 propósito da Sociedade era promover o progresso eclesiás­tico e lutar contra os inimigos da Igreja Católica Romana por to­dos os meios possíveis. Era trabalho incessante, num espírito de lealdade ao papa mas lealdade inquestionável.

A organização da Sociedade era ba­seada num sistema de disciplina rígida e absoluta, obediência contínua e perfeita. "Cada membro... era ligado por um juramento aos seus superiores imediatos, como se ocupasse o lugar de Jesus Cristo, até ao ponto de fazer o que ele, o membro considerasse mesmo errado..."Assim organizou-se uma grande máquina, sempre pronta a ser usada para qualquer finalidade e em qualquer lugar onde fosse útil â Igreja Romana, ou cumprir as ordens do papa. Métodos de Combate.

 Os jesuítas possuíam entre outros, três métodos principais de contra-atacar o Protestantismo.

1) Nas igrejas que estabelece­ram ou naquelas que conseguiram controlar, colocavam hábeis pre­gadores e promoviam reuniões atraentes.

2) Dispensavam também muita atenção à obra educacional.

3) Abriram escolas primárias que logo se enchiam pois o ensino era gratuito e bom. Os alunos eram, naturalmente, treinados a demonstrar devoção à Igreja Cató­lica Romana, e, através dos filhos, os jesuítas alcançavam também os pais.

Conseguiram educar numerosos jovens que mais tarde fica­ram conhecidos como defensores do romanismo. Outro método de ope­ração era de caráter político.

 Os jesuítas dedicaram-se a inspi­rar nos governos católicos, devoção a Igreja e ódio ao Protestan­tismo. Como resultado dessa política, levantaram-se tremendas perseguições aos protestantes em vários países. A pressão jesuítica era constante e poderosa no ânimo dos governos. Dentro de poucos anos os jesuítas se tornaram dominadores da Igreja Católi­ca Romana.

0 espírito deles era o da Contra-Reforma e o seu ideal era esmagar os dissidentes, principalmente o Protestantismo.


III. Os elementos de combate à reforma

A Obra do Concilio de Trento Um dos abomináveis e desumanos instrumentos de combate â Re­ forma, foi o Concilio de Trento. Este concilio geral reuniu-se em Trento, no Tirol, em 1545, e durou dezoito anos, dividindo-se em três longas sessões. No final desse concilio a Igreja Romana ti­nha formulado uma declaração completa da sua doutrina. Assim ela dispunha de novas e poderosas armas em sua batalha, para recon­quistar o que havia perdido. Esse concilio fora convocado, toda­ via, para considerar os assuntos dos concílios anteriores: a re­forma da igreja papal. Apesar da cúpula da Igreja manobrar para evitar a concretização do desejo da maioria, todavia o Concilio conseguiu alguma coisa neste sentido. De um modo geral o Concilio de Trento proporcionou meios à Igreja Romana de combater o Pro­testantismo.

A Inquisição e o índex Os líderes da Contra-Reforma defenderam com todas as forças a crença medieval, de que era justo o uso da força contra a here­sia. Mas a Igreja Romana tinha os seus próprios meios de repres­são. 0 que havia de Protestantismo na Espanha e na Itália foi es­magado pela Inquisição.

Ao lado da Inquisição operava a Congrega­ção do Index, que condenava os livros com os quais a Igreja não concordava. Esta lista de livros condenados pela Igreja incluía todos os escritos protestantes, e todas as versões da Bíblia, ex­ceto a Vulgata.

A atividade da Congregação não se limitava a com­ bater as crenças protestantes, mas Igualmente todo o pensamento que conduzisse o mundo ao progresso; pesquisas e estudos de toda a natureza foram praticamente aniquilados na Itália e na Espa­nha . Reavivamento Religioso na Igreja Embora a Contra Reforma cuidasse principalmente dos meios de repressão ao Protestantismo, incluiu também em suas atividades um despertamento religioso na sua igreja. Tanto os clérigos como os leigos experimentaram, em muitos lugares, um reavivamento da fé e zelo romanista que se manifestou numa devoção aos interesses dessa igreja e ao bem estar do próximo.

Os assim despertados eram inimigos do Protestantismo e lutavam para restaurar a Igreja à custa do aniquilamento dos inimigos. Muitos desses perseguidores eram sinceros no seu zelo que julgavam cristão.

 Conquistas da Contra-Reforma

O Catolicismo Romano atingiu o seu ponto mais baixo em 1560. 0 Protestantismo tinha prevalecido em muitos países, e parecia ter em perspectiva muitas conquistas.

Em 1566, todavia, a Igreja Romana tomou a ofensiva, chefiada por Pio V, que foi o papa de espirito combativo. Os métodos já aludidos o capacitaram a atacar o Protestantismo como uma força que a igreja medieval, no inicio da Reforma, não teria usado. Teve também o poderoso auxílio de fortes governos, especialmente do imperador alemão e dos sobera­nos da França e da Espanha. Reconquista da Igreja Romana Iniciou-se a reconquista. Em grandes regiões do império ale­ mão, as quais, oficialmente, ainda eram católicas por serem governadas por católicos, o Protestantismo era forte. Muitos desses governadores tinham se mostrado tolerantes até então. De repente foram possuídos de um ódio tremendo, imbuídos do espírito da Con­tra-Reforma. Pelo trabalho dos jesuítas e pela perseguição desses governos, essas regiões se tornaram solidamente católicas. Tais regiões incluíam a Áustria, Stiria, Caríntia, Bavária e grandes partes da região do Reno. Aconteceu o mesmo na Polônia. Nos Paí­ses Baixos a Contra-Reforma destruiu o Protestantismo nas provín­cias do Sul.

O maior desses empreendimentos de reconquista da Igreja Romana, foi dirigido contra a Inglaterra. Era claro que enquanto a Inglaterra conservasse o seu poder, o protestantismo não podia ser aniquilado. Foi então que a Igreja Católica tentou dar o golpe de morte no seu inimigo mais poderoso, enviando sob Filipe II, da Espanha, a Grande Armada espanhola contra a Ingla­terra. Mas os combates ingleses e uma terrível tempestade, des­truíram a Grande Armada, e a Inglaterra protestante foi salva.


IV. A guerra dos trinta anos 1618 - 1648

Com o tratado de paz de Augsburgo, estabeleceu-se por algum tempo a normalidade na Europa, que tão perturbada havia sido pe­las questões religiosas. Os contendores, ainda que aparentemente sossegados, preparavam-se para nova escaramuça. Uma das causas imediatas dessa última e terrível guerra, foi a violência usada pelos católicos contra os reformadores da Boêmia, queimando-lhes os templos e expulsando-os de sua terra.

Segundo o pacto de Augsburgo, os príncipes alemães tinham de escolher en­tre o Catolicismo e o Protestantismo, e fazer cada um a sua propaganda dentro dos limites determinados e respeitar os di­reitos e as propriedades uns dos outros, enfim, viver e trabalhar em união, não sendo permitido proselitismo. Fernando, arquiduque da Estiria, e mais tarde imperador da Alemanha, intei­ramente dominado pelos jesuítas, proibiu nos seus domínios o culto protestante, baniu seus pregadores e deu aos leigos o direito de escolher entre a conversão ao Catolicismo ou o exílio. Essa medida tão desumana quão tirânica, despertou o sentimento da nobreza alemã que se colocou ao lado dos protestantes. Maximiliano, duque da Bavária, educado pelos jesuítas, se colocou ao lado dos católicos. O Começo das Hostilidades Como medida de precaução, as autoridades de Donauwort, cida­de imperial luterana, expulsaram os católicos, deixando somente os mosteiros com a condição de que os monges não fizessem nenhuma propaganda ou perturbação fora dos muros. Excitados, porém, pelos vizinhos, estes em 1606, violaram o convênio, maltratando os ci­dadãos protestantes. Maximiliano, tomando este ato como pretexto, entrou na cidade com as suas forças e tentou obrigar os seus ha­bitantes, na maioria luteranos, a se tornarem católicos. Enquanto isto se dava, os príncipes alemães, revoltaram-se e formaram a União Evangélica (1609). Contudo, Maximiliano com o apoio e ajuda direta do papa, facilmente derrotou os protestantes.

Continuação das Hostilidades

Ao mesmo tempo que os católicos assim triunfavam na Alema­nha, uma tentativa infrutífera se fazia para extinguir os protes­tantes na Boêmia. Fernando, que com o apoio dos protestantes fora eleito rei da Boêmia, pôs logo em prática os seus princípios jesuíticos, ne­gando aos protestantes o uso dos seus templos. Não se conformando com este ato violento, os parlamentares protestantes reuniram-se em dieta, em Praga, na ausência do rei, penetraram no departamen­to dos conselheiros e exigiram uma explicação dos seus atos. Como estes se negassem a dar-lhes quaisquer explicações, foram atira­dos pelas janelas, fato conhecido como "a defenestração de Pra­ga". Em seguida os protestantes tomaram conta da cidade, estabe­leceram um governo provisório e assim teve começo a prolongada luta entre católicos e protestantes, que havia de dilacerar toda a Europa central.

Foi então que o grande Gustavo Adolfo, rei da Suécia, salvou a causa protestante. Com uma série de brilhantes vitórias, levan­tou o Protestantismo do colapso.

Embora depois da sua morte, em uma batalha, a guerra se tornasse desfavorável ao Protestantismo, as vantagens que alcançou tiveram caráter permanente.

 O Protes­tantismo ficou devendo sua sobrevivência, nesse momento crítico, a Gustavo Adolfo.

A Paz de Vestefália

A paz de Vestefália pôs fim a guerra em 1648. No entanto, o papa desacatou essa paz.

Numa bula declarou que a paz de Vestefá­lia era "prejudicial a religião católica" porque cedeu aos "hereges" a liberdade de culto. Afirmou que os tratados que culminaram com a paz eram "perpetuamente nulos, sem valia, de nenhum efeito, iníquos, injustos, condenáveis, reprovados, frívolos, sem força e efeito", e asseverou que ninguém tinha obrigação de cumpri-los. Tão pouca consideração tinha o papa pela paz e felicidade da Eu­ropa, que estava pronto a continuar o holocausto, até que fossem extintos todos os que não reconhecessem sua autoridade. Não obstante suas falhas, este acordo pôs fim ã agressão da Contra-Reforma e também favoreceu o progresso do Protestantismo. Foi lima grande conquista no terreno da liberdade de consciência. Só a Reforma conseguiria tal.


V. As missões católicas


Somente a Igreja Católica Romana nesse período cuidou do trabalho missionário.

As igrejas protestantes nada fizeram digno de referência especial, para levar o Evangelho aos povos pagãos. Uma das razões dessa atitude deve-se ao fato de que o Protestan­tismo teve de lutar para sobreviver. Mas também deve-se reconhe­cer que as igrejas protestantes não tinham ainda despertado quan­to ao privilégio e dever de cuidar do trabalho missionário, como fez depois.

0 Protestantismo só alcançou a sua grande visão missionária no Século XVIII.

 Atividades da Igreja Romana

A Igreja Católica por todo este período desenvolveu trabalho missionário ativo.

As novas terras descobertas no ocidente e no oriente, no fim dos Séculos XV e XVI, tornaram-se sua seara.

Os pioneiros da Igreja Romana apressaram-se a entrar nessas regiões, principalmente os franciscanos e dominicanos.

Os governos dos países que realizavam essas descobertas, julgavam que a extensão do Cristianismo era uma parte do seu dever com relação às novas terras. Esta foi a razão porque frades e sacerdotes muitas vezes tomaram parte nas viagens de exploração e sempre estavam com os primeiros colonizadores. As Missões Jesuítas Os maiores missionários católicos foram os jesuítas. O tra­balho missionário ajustava-se exatamente ao seu grande escopo de estender a igreja papal por todo o mundo, e eles se atiravam a essa missão com heroísmo e extraordinário zelo.

 Um dos primeiros companheiros de Inácio de Loyola, da Sociedade de Jesus, foi o espanhol Francisco Xavier.

No ano em que a Sociedade foi fundada, ele e dois outros jesuítas foram praticamente os primeiros mis­sionários medievais.

 Sob sua direção, o trabalho cresceu de modo a necessitar que os jesuítas da Europa enviassem novos reforços. Da índia, Xavier foi ao Japão.

Alí estabeleceu o Romanismo em 1549, e, em dois anos de trabalho, ele e seus companheiros lançaram os fundamentos de uma igreja romana japonesa que cresceu rapidamente.

 Ansioso por levar a religião a novas terras, Xavier partiu para a China, onde não chegou, por ter morrido em 1552, numa ilha próxima a costa chinesa.

Os Jesuítas na China

A obra que Xavier não pôde realizar na China, realizou-se por outro jesuíta; de nome Mateo Rocci, que para lá se dirigiu em 1582. Conseguiu ganhar as boas graças do imperador para o estabelecimento do Catolicismo alí, em virtude dos seus grandes conhecimentos de astronomia e geografia.

Nessa parte da Àsia, o traba­lho muito prosperou de sorte que, várias centenas de missionários jesuítas foram enviados para alí, a fim de suprirem as necessidades da causa.

Os Jesuítas na América

Nas possessões francesas da Améri­ca, no Brasil e no Paraguai, a obra missionária dos jesuítas tam­bém foi encetada com grande vigor.

Em quase todos os países onde os jesuítas e outras ordens trabalharam, a Igreja Romana cresceu rapidamente. Mas este crescimento, como muitos historiadores ca­tólicos admitem, não foi substancial, o que vem provar que os mé­todos adotados não eram certos e apropriados. Não obstante, o ze­lo e o heroísmo de muitos desses homens, são um legado para sua igreja.

Estaremos de volta na próxima matéria sobre este assunto, para concluir, falando sobre: Os efeitos negativos da reforma