Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Evangelho segundo Mateus 5: 1 – 11 que nos diz:
“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa”
Conteúdo da matéria
I. As definições do sermão do Monte.
II. O sermão do monte e o Antigo Testamento.
III. As bem-aventuranças do sermão do Monte.
IV. A Oração do Pai Nosso explicada.
V. O Jejum conforme Jesus nos ensinou.
VI. O não matarás e o Sermão da Montanha.
VII. O Sermão do monte e o adultério.
VIII. As Lições que aprendemos com o Sermão da Montanha.
Conheça um pouco mais
sobre o importante Sermão da Montanha!
1.
“Bem-aventurados os
pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
As pessoas ao ouvirem:
“Bem-aventurados…”, logo fizeram conexão com algumas das citações bíblicas.
Será que Ele comentará um dos Provérbios? Será que ele citou Salmos? Ou a
abordagem dele será extraída da lei?
A bem-aventurança é um
tema que prendeu a atenção dos ouvintes de Jesus e em nossos dias ainda cria
expectativa nos leitores. Afinal, quem não quer ser bem-aventurado?
Quando Jesus
complementa: “Bem-aventurados OS POBRES…” a mensagem toca ainda mais os
ouvintes. Esta seria uma mensagem inesquecível, pois tocou a emoção do povo:
“Será uma revolução social? É agora que alcançaremos a hegemonia política e a
paz prometida?”.
A promessa de alegria
aos pobres é plenamente compreensível, mas o que entender do qualificativo
adicionado ao substantivo pobre? “Bem-aventurados os pobres de espírito…”. Quem
são os pobres de espírito?
Jesus estava rodeado de
pobres de várias cidades circunvizinhas. Se a mensagem fosse somente:
‘bem-aventurados os pobres’, ela seria aceita e ovacionada pela multidão! Jesus
teria conquistado os seus ouvintes e mais seguidores. Mas, como um povo que
professava ‘a melhor’ religião, com princípios éticos e morais intocáveis e que
se consideravam filhos de Abraão poderia aceitar ou reconhecer ser um ‘pobre de
espírito’?
Como alguém observador
da lei reconheceria a condição de pobreza espiritual?
No Antigo Testamento
não consta o conceito ‘pobre de espírito’. Mas, Aquele que representava uma
esperança de mudança na condição do povo, apresenta um novo conceito e uma
necessidade de reconhecer uma condição que caracteriza os pecadores ou os
incircuncisos. Como um filho de Abraão poderia reconhecer que era pobre de
espírito?
Jesus completou a
frase: “…porque deles é o reino dos céus”. Muitos se perguntaram: De quem é o
reino dos céus? Dos pobres de espírito?
Além do mais, o povo
estava a procura de curas, de pães, de peixes, de um reino terreno, mas Jesus
estava falando de um outro reino: do reino dos céus!
Onde fica este reino? O
que é o reino dos céus?
Para responder essas
perguntas devemos observar a mensagem que foi anunciada desde o nascimento de Cristo:
“E, naqueles dias, apareceu João batista pregando no deserto da Judeia, e
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” ( Mt 3:1 -2);
“Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: arrependei-vos, porque é
chegado o reino dos céus” Mt 4: 17.
Verifica-se que o reino
dos céus diz da pessoa de Cristo, como profetizou Isaías e reafirmou João
Batista: “Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que
clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt
3:3 ).
Quando Jesus disse:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”, Ele
não estava denunciando a moral do povo. Ele não estava apregoando um reino
humano ( Jo 18:36 ). Também não estava em busca de uma melhoria na condição
socioeconômica do povo (Jo 12:8 ). Antes Jesus estava se apresentando ao povo
por parábolas.
Com a sua mensagem,
Jesus expôs ao povo que Ele é o acesso ao reino dos céus, e que todos aqueles
que reconhecessem que eram pobres de espírito, estes seriam bem-aventurados.
Àqueles que reconhecessem a precária condição espiritual que se encontravam,
pertenciam o reino dos céus, que é Cristo. Eles precisavam reconhecer que eram
necessitados espiritualmente.
Enquanto queriam pão,
Jesus estava apresentado o pão vivo que desceu dos céus. Enquanto buscavam um
reino, Jesus estava lhes abrindo a porta do reino dos céus. A relutância em
aceitar a condição de necessitados espiritualmente persistiu até mesmo entre os
discípulos que criam nele: “Responderam eles (os judeus que criam nele): somos
descendentes de Abraão, e jamais fomos escravos de ninguém” (Jo 8:31 -33).
Eles acreditavam estar
abastados espiritualmente por serem descendentes de Abraão. Ao se auto
proclamarem como filhos de Abraão, os judeus estavam cônscios de que eram
filhos de Deus ( Jo 8:41 ). Ser filho de Abraão para eles era o mesmo que ter a
filiação divina. Por isso João Batista disse que das pedras Deus poderia fazer
filhos para si. Em razão desta crença os judeus não admitiam que eram escravos
de ninguém, uma vez que se admitissem ser escravos, era o mesmo que admitir que
alguém havia conquistado o próprio Deus (Jo 8:33 ).
Ser pobre de espírito é
ser humilde e ensinável. Jesus quer que sempre reconheçamos humildemente nossa
necessidade Dele.
2.
“Bem-aventurados os que
choram, porque eles serão consolados.”
O sermão prossegue:
“Bem-aventurados OS QUE CHORAM…”. A bem-aventurança depende da emoção humana? O
choro como consequência direta de uma emoção humana concede o favor de ser
consolado?
Não! A ideia
apresentada neste versículo complementa a anterior.
O choro denota a
condição de impotência frente a questões impossíveis. Após reconhecer a
condição de miserabilidade espiritual, a reação do homem é o choro.
A única ação de um
miserável é o choro, e serão consolados!
Para que o abatido seja
consolado, é preciso que habite com alguém que lhe arranque da miséria: “Porque
assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo:
Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de
espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração
dos contritos” (Is 57:15 ; Sl 51:17 ).
Compare:
“Bem-aventurados os
pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5:3 ).
“…como também com o contrito
e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar
o coração dos contritos” (Is 57:15 ).
O salmista quando pedia
perdão ao Senhor disse: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim
um espírito reto” ( Sl 51:10 ).
Quem haveria de
consolar os que choram? Os que choram serão consolados por Aquele que tem o
reino dos céus. É Ele que enxugará todas as lágrimas!
A resposta está em
Isaías: “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu,
para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a
consolar todos os tristes” ( Is 61:1 -2).
Enfrentaremos desafios
e problemas que vão nos testar. Quando lamentamos nossas perdas ou provações,
recebemos a promessa de que seremos abençoados se perseverarmos. Deus enviará
Seu Espírito Santo para nos consolar em momentos de necessidade.
3.
“Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra.”
A mensagem de Jesus
possivelmente formou um impasse na mente dos ouvintes: Moisés, o homem mais
manso da terra não conseguiu herdar a terra, como herdar a terra se os ouvintes
não se consideravam maiores que Moisés “E era o homem Moisés mui manso, mais do
que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12:3 ).
Se Moisés, considerado
um dos homens mais manso da terra, não conseguiu herdar a terra, qual a
intenção de Jesus ao declarar que os mansos são felizes?
Mas a pergunta
persiste: Quem são os mansos? Qual é a terra a se herdar?
“E os mansos terão gozo
sobre gozo no SENHOR; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo
de Israel” ( Is 29:19 ).
“Os mansos comerão e se
fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá
eternamente” (Sl 22:26 ).
“Mas os mansos herdarão
a terra, e se deleitarão na abundancia de paz” (Sl 37:11 ).
À exemplo do Antigo
Testamento as bem-aventuranças decorre do Senhor de Israel, mas, como alcançar
tamanha alegria e ainda herdar a terra? E qual terra?
Jesus é a resposta:
“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11:29 ).
“Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra;”
“….aprendei de mim, que
sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”
Observe a relação entre
os dois versículos: aqueles que se deixarem instruir por Jesus, o Mestre por
excelência, estes serão felizes por alcançar o prometido, descanso para as
almas. Estes serão bem-aventurados por alcançar o prometido: a promessa de
herdar a terra equivale ao descanso para a alma para aqueles que se deixarem
instruir.
Quando Jesus falou
‘bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra’, não foi com o
intuito de concitar os ouvintes a que tivessem uma personalidade semelhante ou
superior a de Moisés.
A mansidão que Jesus
faz referência não é comportamental, antes é a mansidão vinculada ao coração,
ou a nova natureza do homem. Após o homem aprender de Jesus haverá uma
transformação na natureza do homem, e estes receberão a plenitude de Cristo, e
serão semelhantes a Ele: mansos e humildes de coração (Cl 2:10 ).
Quando Jesus afirmou
que os mansos herdarão a terra, Ele não fez referência a elementos deste mundo,
mas ao descanso preparado por Deus. A ‘terra’ representa um lugar de descanso
que Deus preparou para os que aprenderem daquele que é por excelência manso de
coração “Ora, nós, os que temos crido, entramos no descanso…” (Hb 4:3 -10).
A terra prometida no
Antigo Testamento estava atrelada a ideia de descanso, e no Novo Testamento a
referência a terra diz de coisas melhores: do descanso de Deus. Aqueles que
aprenderem com Cristo, estes terão descanso para as suas almas.
Aquele que encontra
descanso para a sua alma em Cristo não receberá como herança um torrão de
terra, antes será herdeiro de novos céus e nova terra “Mas nós, segundo a sua
promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2Pe
3:13 ).
O apóstolo Pedro ao
referir-se aos mansos de coração, não fala do homem natural, mas daquele homem
que não conseguimos visualizar, aquele ‘encoberto no coração’, do homem
regenerado, que possui um incorruptível traje de um espírito manso e quieto
“Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso
e quieto, que é precioso diante de Deus” (1Pe 3:4 ).
O que é precioso diante
de Deus? O que possui valor para com Deus? Segundo o apóstolo Paulo o que tem
valor, o que tem virtude diante de Deus, é o ser uma nova Criatura: “Porque em
Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a
fé que opera pelo amor” (Gl 5:6 ); “Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão,
nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura” (Gl
6:15 ).
Como a fé ‘vem pelo
ouvir’, e o ‘ouvir pela palavra de Deus’, quando Jesus diz que devemos aprender
dele, é porque o seu ensino produz fé que faz os seus ouvintes alcançar uma
nova vida com direito a ser herdeiro com Cristo. Como Cristo descansou de suas
obras, como herdeiros de Deus, os de novo gerado alcançam a bem-aventurança.
Através da regeneração
o homem adquire a natureza de Cristo, ou seja, é gerado segundo Deus um novo
homem em verdadeira justiça e santidade, características pertinentes a pessoa
de Cristo. Somente através do novo nascimento o homem torna-se humilde e manso
de coração.
Ser manso é ser gentil,
bondoso, paciente e tolerante — não orgulhoso, superior ou convencido. O
Salvador demonstrou Sua mansidão ao estar disposto a Se submeter à vontade de
Deus. Mesmo em um momento de extrema agonia, Ele disse a Deus: “Não se faça a
minha vontade, senão a tua” (Lucas 22:42).
4.
“Bem-aventurados os que
têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.”
Percebe-se que Jesus
não estava se referindo à justiça que é administrada nos tribunais dos homens!
A abordagem de Jesus em momento algum teve objetivos político. Jesus não estava
preocupado com os problemas atrelados as injustiças sociais. Jesus não estava
promovendo mais uma obra de caridade.
Em momento algum Jesus
expôs os princípios anunciados pela teologia da libertação em que a prática de
justiça esteja atrelada a transformações de ordem econômicas, social e
políticas. Em momento algum Jesus demonstra que a bem-aventurança dependa de
transformações sociais ou que se fundamenta nas relações sociais.
Jesus não estava
promovendo diretamente a prática da fraternidade, o equilíbrio nas relações no
exercício do poder ou incentivando a partilha de bens no intuito de equilibrar
a distribuição de riquezas.
Não! O sermão do monte
trata de questões eminentemente espirituais.
Se Jesus estivesse
promovendo a solidariedade humana como requisito para se alcançar a verdadeira
alegria, ele não teria protocolado um veemente protesto aos seus ouvintes:
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus,
de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5:20 ).
Você já observou o
conceito dos fariseus e dos escribas frente a multidão? Para o povo os fariseus
e os escribas eram o que a sociedade tinha de melhor. Porém, a análise de
Cristo é diferente: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens,
mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23:28 ).
Os religiosos pareciam
justos, mas a natureza deles era incompatível com a divina: estavam plenos de
iniquidade.
Como seria possível as
obras dos ouvintes de Jesus alcançar uma posição maior em relação aos fariseus
e saduceus? Como entender o ter fome e sede de justiça? Onde os ouvintes de
Jesus encontrariam fartura de justiça?
Se conseguirmos
responder a estas perguntas, estaremos bem próximo de entender todos os
conceitos apresentados por Jesus no sermão do monte.
Jesus não se ocupou em
estabelecer um novo padrão de conduta para os seus ouvintes. Também não foi
oferecido felicidade e alegria com base nas emoções e motivações humanas.
A felicidade do homem
neste mundo envolve outros aspectos e não está vinculado ao que Cristo apregoou
no sermão do monte “Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a
sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça
o bem; Busque a paz, e siga-a” (1Pd 3:10 -11).
Se alguém procura a
felicidade deste mundo, basta seguir o que disse o apóstolo Pedro, ao citar o (Sl
34:12 -14). Basta ter uma vida correta diante da sociedade que o homem terá uma
vida tranquila e sossegada em muitos aspectos.
O que Jesus oferece
através das bem-aventuranças vai além das perspectivas humanas e não se refere
a este mundo. A missão de Jesus é resgatar os pobres de espírito, sem qualquer
referência aos valores humanos, personalidade, caráter, moral, etc. Todos estes
elementos sofrem transformações ao longo do tempo, e difere de sociedade para
sociedade.
Os valores de hoje são
totalmente diferentes dos valores de cem anos atrás. O caráter e a moral
sofreram transformações e se adequou a sociedade moderna. Se a salvação
estivesse apoiada nestas questões circunstanciais, qual seria o padrão correto
de conduta nestes séculos de história da igreja?
Jesus não apoiou a sua
doutrina no homem ou em seus méritos. A doutrina de Jesus não faz acepção de
pessoas, de condição social, de épocas ou de cultura. A mensagem de Jesus é a
mesma para os pobres e para os ricos. Ambos precisam reconhecer a miséria
espiritual que se encontram.
Todos os homens
precisam arrependerem-se e o primeiro passo está em reconhecer a condição de
miséria espiritual e a necessidade de socorro divino. Todos os homens estavam
mortos em delitos e pecados, sem qualquer distinção entre eles.
A próxima
bem-aventurança anunciada por Jesus encera um desejo de mudança. Diante da
condição de miséria espiritual, quando o homem reconhece a sua real condição,
resta somente o choro, e a obra a ser realizada para mudar este quadro fica na
dependência de Deus.
Aqueles que se deixam
instruir por Jesus, o manso e humilde de coração, livram-se da condição de
miséria espiritual conforme foi apregoado tempos depois “Jesus dizia, pois, aos
judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente
sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo
8:31 -32).
Podemos nos aproximar
de Deus ao tentarmos seguir Seus ensinamentos e aprender mais sobre Ele. Quanto
mais conhecimento buscarmos, mais Ele nos abençoará.
5.
“Bem-aventurados os
misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.”
Por que os
misericordiosos alcançarão misericórdia? É uma das qualidades que devemos ter?
Jesus estava incentivando o perdão entre os seus ouvintes? Se não demonstramos
misericórdia aos nossos semelhantes não obteremos da misericórdia de Deus?
A misericórdia aqui
prometida não refere-se a misericórdia que devemos oferecer aos nossos
semelhantes. Ser compassivo com o próximo não habilita ninguém a receber a
misericórdia divina. A experiência demonstra que ao sermos cordiais com os
nossos semelhantes teremos uma vida melhor nesta terra, mas isto não significa
que obteremos misericórdia de Deus porque exercermos misericórdia.
Só é bem-aventurado
aquele que alcança a misericórdia divina, pois toda bem-aventurança advém de
Deus. Porém, tal bem-aventurança não esta condicionada ao comportamento humano.
Daí surge à questão:
Como ser misericordioso para alcançar misericórdia? Se com Deus não barganha?
O que Jesus ensinou não
se compara aos ensinamentos budistas, espiritualistas. Jesus não falou na
reciprocidade necessária ao tratamento humano. Ele não se ocupa em tratar de
questões comportamentais como o fazem as várias religiões pelo mundo.
Jesus está tratando
desde o início do sermão de questões exclusivamente espirituais e este
versículo não é exceção: Observe este salmo: “Bem-aventurado aquele cuja
transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem
o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano” (Sl 32:1 -2).
Ser misericordioso é
condição que decorre do novo nascimento, onde o justificado passa a ser
semelhante a Cristo. Tal semelhança não se manifesta na conduta, mas decorre da
nova natureza.
Todo aquele que é
instruído por Jesus passa a ser manso e humilde de coração; aquele que se
alimenta dos ensinos de Cristo passam a ser fartos de Justiça, pois são criados
em verdadeira justiça e santidade; aqueles que recebem de Deus misericórdia,
passam a condição de misericordiosos.
A misericórdia de Deus
é demonstrada em perdão. Deus não imputa maldade àqueles que são alvos de sua
misericórdia. Como? O salmista responde:
“Bem-aventurado aquele
cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”
Quem é bem-aventurado?
A resposta é aquele! Aquele quem? O transgressor, o pecador! Se o transgressor,
o pecador, é quem recebe a dádiva de Deus, percebe-se que o salmista fala do
velho homem. O homem precisa de perdão, mas para isso a velha natureza precisa
ser coberta na morte com Cristo.
O transgressor é alvo
do perdão divino desde que seja satisfeita uma condição da retidão e da justiça
divina: a alma que pecar, esta morrerá! Ou seja, se você é pecador só cessará
do pecado após morrer com Cristo. Este é o novo e vivo caminho que nos foi
aberto pelo corpo de Cristo.
O versículo citado
acima aponta para o homem não regenerado.
“Bem-aventurado o homem
a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano”
O homem cuja
transgressão é perdoada, após receber o perdão, estará na condição apresentada
neste verso: O Senhor não lhe imputará maldade, e em seu espírito não haverá
engano, visto que foi de novo criado, segundo Deus, em verdadeira justiça e
santidade.
Estes dois versículos
apontam duas situações distintas de um mesmo homem. Bem-aventurado é o homem:
a) cujo pecado é
coberto, e;
b) cujo espírito não há
engano. Este é o novo homem e aquele o velho homem.
O novo homem gerado em
Cristo não tem maldade a ser imputada. Se tivesse, é certo que seria imputada,
pois Deus não tem o culpado por inocente. Só o novo homem não possui engano ou
falsidade em sua natureza.
Quando o apóstolo Paulo
recomenda aos cristãos serem misericordiosos, ele está abordando questões
comportamentais pertinentes aos cristãos, mas o tema não é o mesmo apresentado
por Jesus “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:32
).
Agora, quando Cristo
diz: “Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc
6:36 ), ele está falando do mesmo tema apresentado na bem-aventurança. O homem
é bem-aventurado quando alcança a filiação divina. As condições necessárias
para que o homem seja verdadeiramente misericordioso só é possível àquele que
Deus recebe por filho.
Observe o que Jesus
ensinou: “E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia:
Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados
vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que
agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens
vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome
como mau, por causa do Filho do homem. Folgai nesse dia, exultai; porque eis
que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos
profetas”;
Porém aos abastados
espiritualmente diz: “Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa
consolação. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os
que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. Ai de vós quando todos os
homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas”;
E Jesus passa a alertar
os seus ouvintes:
“Mas a vós, que isto
ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os
que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face,
oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica
recuses; E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho
tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira
lhes fazei vós, também”;
Observe que é
impossível ao homem alcançar o padrão de comportamento descrito acima, mas é
plenamente possível a qualquer homem o comportamento descrito abaixo?
“E se amardes aos que
vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se
fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores
fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que
recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a
receber outro tanto”;
Jesus recomenda um novo
padrão de comportamento aos seus ouvintes?: “Amai, pois, a vossos inimigos, e
fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e
sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e
maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não
julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados;
soltai, e soltar-vos-ão. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida
e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com
que medirdes também vos medirão de novo”;
A nova forma de comportamento
demonstra que o homem está de posse da filiação divina. As questões
comportamentais não levam o homem a alcançar a filiação divina, mas quando se
alcança a filiação por meio de Cristo, o homem terá em si as condições
necessárias para ter um comportamento a altura de sua nova condição.
Quando Jesus disse:
“Sede, pois, misericordiosos…” o que realmente ele recomendou? A resposta
encontra-se na parábola: “E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego
guiar o cego? Não cairão ambos na cova? O discípulo não é superior a seu
mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. E por que atentas
tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está
no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o
argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu
olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para
tirar o argueiro que está no olho de teu irmão”;
Jesus recrimina os
lideres religiosos judeus: eles eram cegos guiando uma multidão de cegos.
Qualquer um que aprendesse com um fariseu, o máximo que alcançaria era ser um
fariseu.
A perfeição que alguém
poderia alcançar aprendendo de um fariseu seria: “… exteriormente pareceis
justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de
iniquidade” (Mt 23:28 ).
“Porque não há boa
árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se
conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem
se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira
o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da
abundância do seu coração fala a boca”
Por meio de parábolas
Jesus evidência um princípio pertinente ao evangelho: só é possível um homem
produzir o bem a partir do momento que ele estiver ligado a oliveira, que é
Cristo.
Aquele que não está em
Cristo obrará o mal sempre, e aquele que em Cristo estiver produzirá segundo a
espécie da sua boa árvore, o bem. A transformação que se opera na natureza
transbordará além do coração. O homem poderá tirar o bem do bom depósito.
“E por que me chamais,
Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? Qualquer que vem a mim e ouve as
minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É
semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pós os
alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente
naquela casa, e não a pode abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Mas o
que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra,
sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a
ruína daquela casa”.
Toda obra que o homem
edifica se não estiver alicerçada em Cristo, nada representa para Deus. O
exemplo da árvore e da casa alicerçada versa sobre os mesmos princípios.
Só em Cristo é possível
obter a justiça que vem de Deus. Após ser justificado por meio de Cristo o
homem obtém o direito de entrar no reino dos céus.
Jesus Cristo foi um
exemplo perfeito de perdão e misericórdia. Mesmo quando estava sofrendo na
cruz, Ele disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas
23:34). Como todos precisamos de misericórdia, todos precisamos demonstrar
misericórdia.
6.
“Bem-aventurados os
puros de coração, porque eles verão a Deus.”
Observe que após a
segunda bem-aventurança ocorreu uma mudança sutil na composição do texto. No
início do sermão Jesus destaca a necessidade daqueles que são bem-aventurados:
pobres e que choram. Ele destacou a necessidade e o que alcançaram: o reino dos
céus e o serem conciliados.
Deste ponto em diante
Jesus passou a destacar a nova condição daqueles que já haviam alcançado o
reino dos céus e estavam consolados. Jesus passa a descrever os bem-aventurados
como mansos, misericordiosos, puros de coração, pacificadores.
Só é possível ver a
Deus quando se está limpo de coração, e a palavra de Deus tem esta função,
remover todas as impurezas. Por meio da palavra do evangelho os discípulos
estavam limpos. De igual forma, todos quantos ouvirem do evangelho e crerem em
Cristo também estão limpos: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho
falado” (Jo 15:3 ).
Quem são os limpos de
coração? Como alcançar esta condição?
Os limpos de coração
são aqueles que ouviram e aprenderam de Cristo, que é manso e humilde de
coração. Os limpos de coração são aqueles que alcançaram a condição de filhos
de Deus, uma vez que morreram com Cristo e ressuscitaram com Ele uma nova
criatura.
O novo homem é criado
através do poder de Deus que o evangelho contém, e por meio desta nova criação
o homem passa a ter um novo espírito e um novo coração, limpo de impurezas (Rm
1:16 ; Jo 1:12 -13). Estes são os Regenerados.
Alguém pode questionar:
Como é possível ver a Deus? João responde: “Deus nunca foi visto por alguém. O
Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1:18 ).
Aqueles que são
instruídos por Cristo verão a Deus, pois estão completamente lavados pela
palavra do evangelho.
Por que os
misericordiosos alcançarão misericórdia? É uma das qualidades que devemos ter?
Jesus estava incentivando o perdão entre os seus ouvintes? Se não demonstramos
misericórdia aos nossos semelhantes não obteremos da misericórdia de Deus?
A misericórdia aqui
prometida não refere-se a misericórdia que devemos oferecer aos nossos
semelhantes. Ser compassivo com o próximo não habilita ninguém a receber a
misericórdia divina. A experiência demonstra que ao sermos cordiais com os
nossos semelhantes teremos uma vida melhor nesta terra, mas isto não significa
que obteremos misericórdia de Deus porque exercermos misericórdia.
Só é bem-aventurado
aquele que alcança a misericórdia divina, pois toda bem-aventurança advém de
Deus. Porém, tal bem-aventurança não esta condicionada ao comportamento humano.
Daí surge à questão:
Como ser misericordioso para alcançar misericórdia? Se com Deus não barganha?
O que Jesus ensinou não
se compara aos ensinamentos budistas, espiritualistas. Jesus não falou na
reciprocidade necessária ao tratamento humano. Ele não se ocupa em tratar de
questões comportamentais como o fazem as várias religiões pelo mundo.
Jesus está tratando
desde o início do sermão de questões exclusivamente espirituais e este
versículo não é exceção: Observe este salmo: “Bem-aventurado aquele cuja
transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem
o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano” (Sl 32:1 -2).
Ser misericordioso é
condição que decorre do novo nascimento, onde o justificado passa a ser semelhante
a Cristo. Tal semelhança não se manifesta na conduta, mas decorre da nova
natureza.
Todo aquele que é
instruído por Jesus passa a ser manso e humilde de coração; aquele que se
alimenta dos ensinos de Cristo passam a ser fartos de Justiça, pois são criados
em verdadeira justiça e santidade; aqueles que recebem de Deus misericórdia,
passam a condição de misericordiosos.
A misericórdia de Deus
é demonstrada em perdão. Deus não imputa maldade àqueles que são alvos de sua
misericórdia. Como? O salmista responde:
“Bem-aventurado aquele
cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”
Quem é bem-aventurado?
A resposta é aquele! Aquele quem? O transgressor, o pecador! Se o transgressor,
o pecador, é quem recebe a dádiva de Deus, percebe-se que o salmista fala do
velho homem. O homem precisa de perdão, mas para isso a velha natureza precisa
ser coberta na morte com Cristo.
O transgressor é alvo
do perdão divino desde que seja satisfeita uma condição da retidão e da justiça
divina: a alma que pecar, esta morrerá! Ou seja, se você é pecador só cessará
do pecado após morrer com Cristo. Este é o novo e vivo caminho que nos foi
aberto pelo corpo de Cristo.
O versículo citado
acima aponta para o homem não regenerado.
“Bem-aventurado o homem
a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano”
O homem cuja
transgressão é perdoada, após receber o perdão, estará na condição apresentada
neste verso: O Senhor não lhe imputará maldade, e em seu espírito não haverá
engano, visto que foi de novo criado, segundo Deus, em verdadeira justiça e
santidade.
Estes dois versículos
apontam duas situações distintas de um mesmo homem. Bem-aventurado é o homem:
a) cujo pecado é
coberto, e;
b) cujo espírito não há
engano. Este é o novo homem e aquele o velho homem.
O novo homem gerado em
Cristo não tem maldade a ser imputada. Se tivesse, é certo que seria imputada,
pois Deus não tem o culpado por inocente. Só o novo homem não possui engano ou
falsidade em sua natureza.
Quando o apóstolo Paulo
recomenda aos cristãos serem misericordiosos, ele está abordando questões
comportamentais pertinentes aos cristãos, mas o tema não é o mesmo apresentado
por Jesus “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:32
).
Agora, quando Cristo
diz: “Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc
6:36 ), ele está falando do mesmo tema apresentado na bem-aventurança. O homem
é bem-aventurado quando alcança a filiação divina. As condições necessárias
para que o homem seja verdadeiramente misericordioso só é possível àquele que
Deus recebe por filho.
Observe o que Jesus
ensinou: “E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia:
Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados
vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que
agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens
vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome
como mau, por causa do Filho do homem. Folgai nesse dia, exultai; porque eis
que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos
profetas”;
Porém aos abastados
espiritualmente diz: “Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa
consolação. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os
que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. Ai de vós quando todos os
homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas”;
E Jesus passa a alertar
os seus ouvintes:
“Mas a vós, que isto
ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os
que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face,
oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica
recuses; E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho
tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira
lhes fazei vós, também”;
Observe que é
impossível ao homem alcançar o padrão de comportamento descrito acima, mas é
plenamente possível a qualquer homem o comportamento descrito abaixo?
“E se amardes aos que
vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se
fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores
fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que
recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a
receber outro tanto”;
Jesus recomenda um novo
padrão de comportamento aos seus ouvintes?: “Amai, pois, a vossos inimigos, e
fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e
sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e
maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não
julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados;
soltai, e soltar-vos-ão. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida
e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com
que medirdes também vos medirão de novo”;
A nova forma de
comportamento demonstra que o homem está de posse da filiação divina. As
questões comportamentais não levam o homem a alcançar a filiação divina, mas
quando se alcança a filiação por meio de Cristo, o homem terá em si as
condições necessárias para ter um comportamento a altura de sua nova condição.
Quando Jesus disse:
“Sede, pois, misericordiosos…” o que realmente ele recomendou? A resposta
encontra-se na parábola: “E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego
guiar o cego? Não cairão ambos na cova? O discípulo não é superior a seu
mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. E por que atentas
tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está
no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o
argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu
olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar
o argueiro que está no olho de teu irmão”;
Jesus recrimina os
lideres religiosos judeus: eles eram cegos guiando uma multidão de cegos.
Qualquer um que aprendesse com um fariseu, o máximo que alcançaria era ser um
fariseu.
A perfeição que alguém
poderia alcançar aprendendo de um fariseu seria: “… exteriormente pareceis
justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de
iniquidade” (Mt 23:28 ).
“Porque não há boa
árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se
conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem
se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira
o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da
abundância do seu coração fala a boca”
Por meio de parábolas
Jesus evidência um princípio pertinente ao evangelho: só é possível um homem
produzir o bem a partir do momento que ele estiver ligado a oliveira, que é
Cristo.
Aquele que não está em
Cristo obrará o mal sempre, e aquele que em Cristo estiver produzirá segundo a
espécie da sua boa árvore, o bem. A transformação que se opera na natureza
transbordará além do coração. O homem poderá tirar o bem do bom depósito.
“E por que me chamais,
Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? Qualquer que vem a mim e ouve as
minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É
semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pós os
alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente
naquela casa, e não a pode abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Mas o
que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra,
sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a
ruína daquela casa”.
Toda obra que o homem
edifica se não estiver alicerçada em Cristo, nada representa para Deus. O
exemplo da árvore e da casa alicerçada versa sobre os mesmos princípios.
Deus Se mostrará a nós
se formos puros de coração. Se nos esforçarmos sinceramente para ser como Deus,
nossos motivos e nossas ações serão honrados, e nosso coração será puro.
7.
“Bem-aventurados os
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.”
Jesus dá outro título
aos bem-aventurados: pacificadores!
Quem são, e o que é ser
um pacificador? Seriam aqueles que repudiam a guerra? Não!
Os pacificadores são
aqueles que levam as boas novas de paz. Àqueles que anunciam que Deus está em
Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo! Estes são os pacificadores “Isto é,
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pós em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5:19 ).
Aqueles que cumprem o
ide de Jesus, estes são os pacificadores. Jesus, o Filho de Deus foi enviado ao
mundo para proclamar a palavra da verdade: “O Espírito do Senhor Deus está
sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos;
enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos
cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Is 61:1 ).
Todos quantos recebem a
mensagem do evangelho também são comissionados a levar as boas novas de
salvação. Além da incumbência maravilhosa de anunciar o evangelho o Cristão é
agraciado com a filiação divina.
Somente os filhos de
Deus, os de novo nascido, podem levar a semente da palavra da verdade. Isto
porque eles são nascidos da semente incorruptível, e o que anunciam, o fruto
dos lábios, contém a semente incorruptível.
8.
“Bem-aventurados os que
sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.”
Jesus dá outro título
aos bem-aventurados: pacificadores!
Quem são, e o que é ser
um pacificador? Seriam aqueles que repudiam a guerra? Não!
A missão dos
pacificadores não é fácil. Eles sofrerão perseguições, mas o reino dos céus pertence
a eles.
A perseguição é por
causa da justiça de Deus expressa no evangelho. Os bem-aventurados não serão
perseguidos por questões humanas, mas por causa da mensagem de Cristo, que é a
justiça de Deus aos homens “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de
Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela
fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há
diferença” (Rm 3:21 ).
O motivo da perseguição
dos pacificadores é por causa de Cristo, a justiça de Deus aos homens.
Os pacificadores são
aqueles que levam as boas novas de paz. Àqueles que anunciam que Deus está em
Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo! Estes são os pacificadores “Isto é,
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pós em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5:19 ).
Aqueles que cumprem o
ide de Jesus, estes são os pacificadores. Jesus, o Filho de Deus foi enviado ao
mundo para proclamar a palavra da verdade: “O Espírito do Senhor DEUS está
sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos;
enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos
cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Is 61:1 ).
Todos quantos recebem a
mensagem do evangelho também são comissionados a levar as boas novas de
salvação. Além da incumbência maravilhosa de anunciar o evangelho o Cristão é
agraciado com a filiação divina.
Somente os filhos de
Deus, os de novo nascido, podem levar a semente da palavra da verdade. Isto
porque eles são nascidos da semente incorruptível, e o que anunciam, o fruto
dos lábios, contém a semente incorruptível.
Podemos enfrentar
críticas da sociedade ou de outros grupos pelo modo como vivemos, pelo que
acreditamos e pelas coisas que fazemos. Defenda corajosamente os princípios de
Deus e de Sua Igreja. Deus o abençoará por isso tanto nesta vida quanto na
eternidade.
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