quinta-feira, 28 de julho de 2022

Série o Filho pródigo. 6. A parábola do filho pródigo que ficou em casa

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!  

 

Série de mensagens sobre o Filho pródigo

1. Introdução

2. O filho pródigo do Antigo e do Novo Testamento

3. As sete virtudes do pai do filho pródigo

4. Os 7 Erros e os 3 acertos do Filho Pródigo

5. As 3 Dádivas que o Filho Pródigo Recebeu. 

6. A parábola do filho pródigo que ficou em casa

7. A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei

8. Os Sete passos do filho pródigo para a vitória

9. As seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo

 

 

“Ora, o filho mais velho estivera no campo; e quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.

Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.

Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo”
 (Lc 15.25-27).

É aqui que a trama da parábola do filho pródigo engrossa. A localização da história de Jesus torna evidente que independente de quanto é comovente a saga do filho mais novo, o filho mais velho é o verdadeiro foco da parábola.

Foi dito como resposta a acusação orgulhosa da elite religiosa judia de que Jesus expôs o seu verdadeiro caráter através da sua companhia“ pecadores” notórios e ladrões.

A sua acusação na verdade fez mais em revelar o seu próprio orgulho hipócrita e sem piedade do que qualquer falha no Senhor, um fato que não era provável que reparassem. E foi da preocupação por eles, não pelos “pecadores” desprezados, que esta grande parábola surgiu—uma história de um filho esbanjador, um pai de coração partido e um irmão que se recusou a se reconciliar com qualquer um deles.

Como poderiam não ser tocados por esta história comovente a respeito do amor de um pai por um filho desviado e a sua alegria com a recuperação deste filho? Não eram eles pais também? Não seria isso que eles teriam feito?

O filho mais velho, de início não tem um papel grande na história. Quando seu pai, a pedido de seu irmão, divide os seus pertences, ele simplesmente recebe dois terços da riqueza do seu pai que era, como primogênito, dele de direito (Dt 21:17).

Se ele compartilhou a dor do seu pai com a partida repentina do seu irmão ou o seu anseio por ele durante a sua ausência, não nos contaram.

Ele estava cuidando dos negócios na fazenda. Enquanto o seu irmão tolo estava gastando muito dinheiro numa rebeldia grande, ele era a alma da indústria. Ele era respeitável e responsável. O seu irmão era sem valor, sem perdão. Ele era bom, seu irmão era mal. Em contraste, o irmão mais velho encontrou seu sentido e seu valor. Foi o que tornou seu mundo ordenado e lhe deu sentido.

Mas agora repentinamente acaba toda esta ordem. O seu irmão esbanjador voltou; não para a vergonha, como certamente merecia, mas para música e danças! A raiva do irmão mais velho estava muito forte diante de tal injustiça.

Para a sua diligência e fidelidade, não havia tido nenhuma comemoração nem festividades, nem um cabrito! Mas agora para este jovem imoral e sem valor, uma alegria extasiada! Era completamente errado!

O convite do seu pai para que ele entrasse e se juntasse a comemoração, para ele era uma total estupidez. O seu pai era tão tolo quanto seu irmão era um libertino. Era uma violação de tudo que era justo e correto e ele não chegaria perto de tal insanidade.

Com sua reação ele não só demonstra o seu desprezo por seu irmão que esteve desviado, mas também pelo seu pai, que sempre havia sido fiel.

Para o homem que lhe criou e lhe deu tudo o que possuía não havia nem respeito nem compaixão. A sua auto-justiça orgulhosa (“sem jamais transgredir uma ordem”) e ambição para si mesmo se mostram de forma crua. Era uma cena feia; e era isso que Jesus queria mostrar.

O menino que ficou em casa era tão pródigo quanto seu irmão mais novo. Ele havia vivido todo este tempo comendo as espigas secas da auto-justiça enquanto, como seu pai o lembrou, “tudo o que é meu é teu”. Não era por merecer que ele teria toda esta abundância, mas pelo amor do seu pai. Tudo que ele precisava era ter pedido.

Esta grande parábola é a imagem de duas figuras: Deus na sua grande bondade e misericórdia e o fariseu na sua miserável mesquinhez espiritual.

Como o irmão mais velho, o Fariseu não servia a Deus porque O amava, mas porque trouxe a ele um sentido incrível de superioridade pessoal. Ele era abjetamente pobre no seu merecimento imaginário quando ele poderia ser rico pela Graça de Deus.

Como o irmão mais velho via o seu irmão mais novo os fariseus olhavam com desprezo os “pecadores” socialmente desprezados e jamais viam a sua própria pobreza espiritual.

A verdade é que eram, de longe, piores que os publicanos e “pecadores” com os quais acusavam Jesus porque aqueles excluídos frequentemente reconheciam o seu estado pecador algo de que nenhum Fariseu com respeito próprio seria culpado.

Assim, como uma vez Jesus lhes disse, “publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus” (Mt 21:31). 

Porém mesmo assim Deus os ama, e pede a eles que venham para a festa.

Que Pai maravilhoso!

O filho pródigo da parábola narrada por Jesus em Lc 15:25-30, refere-se ao filho mais moço (15:12), e não ao filho mais velho que ficou em casa. Não obstante, falaremos a respeito deste último.

Pródigo, literalmente significa “dissipador, esbanjador, desperdiçador ”. O filho pródigo da parábola foi acusado de dissipar sua fazenda, gastar sua herança, abandonar a casa do pai e viver dissolutamente.

Seu irmão mais velho, que ficou em casa, não esbanjou seus bens nem abandonou o lar paterno. Porém, tempos depois, sua atitude grosseira tanto para com seu pai como para seu irmão, que voltara arrependido, renunciando até o direito de filho (15:21), demonstra que ele era mais pródigo do que o que deixara o lar.

I. Os dois filhos pródigos

O irmão mais novo era pródigo por dissipar sua fazenda, sua herança; o mais velho era pródigo por dissipar a oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão. A sua falta de amor para com o irmão e a desobediência para com o seu pai são provas de sua prodigalidade. O irmão mais moço, pródigo, fora de casa (na igreja). O mais novo, voltando arrependido, pedindo perdão, renunciando os seus direitos para ficar em casa como servo-jornaleiro.

O mais velho, apesar de estar em casa com seu pai (15:13b), assumiu uma posição inflexível e impiedosa diante do irmão que voltara arrependido. “O seu coração não sabia aprecias a graça que espera, anela, recebe e abençoa”. Nem com “bezerros cevados e música divina” ele mudou de atitude diante da volta do irmão. Antes, queria gozar com seus amigos, em detrimento do perdão daquele que estivera ausente.

O filho pródigo que ficou em casa, ao ouvir a música e ver a comida que seu pai havia preparado para comemorar a volta do filho, perguntou aos servos: “Que barulho é este?” Os servos responderam: “Veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo” (v 17). “Meu irmão! Não!” Foi falar com seu pai, e durante a conversa usou o termo ”este teu filho” (v 30).

Considerou a música e o banquete desnecessário extravagante. Ora, o momento era de alegria, de perdão, de regozijo. Já pensou que tipo de música bonita não seria aquela que o pai mandou tocar para seu filho que voltava? Porém, o filho mais velho não queria ouvir. Para esse tipo de “filhos pródigos”, a música sacra, “paternal”, não tem valor. Hoje, eles estão querendo ouvir a música profana, diante da qual nossas igrejas estão sendo ameaçadas, por tentarem agradar os “filhos pródigos modernos” que vivem dentro delas.

Dois modelos de crentes

Esses dois tipos de “filhos pródigos” são uma figura dos crentes (irmãos) que temos em nossas igrejas. Uns procurando acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados. Outros, justificando-se, cobrando os “serviços prestados” à igreja: “Tenho servido a tantos anos... nunca me deram um cabrito para comer com meus amigos” (v 29). Queixam-se de seus pastores, da igreja onde congregam, vivem sempre a se queixar.

O filho pródigo que ficou em casa é o tipo desses que vivem dentro da igreja confiando em seus próprios méritos, e sempre estão a dizer: “Sirvo aqui durante tantos anos... e nunca me deram um cabrito” (um cargo, uma posição)”. Quase sempre protestam quando a igreja recebe um filho pródigo.

O quadro é triste, mas verdadeiro. “Alguns homens não alimentam sentimentos nobre para com seus semelhantes e, por conseguinte, não podem manifestar gozo pela salvação deles”, escreveu certo comentarista da Bíblia.

O filho pródigo que saiu de casa viveu no mundo durante muitos anos e esbanjou os seus bens morais e espirituais. Más o importante é que ele voltou à casa paterna, e dele disse o seu pai: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (15:32).

Vejamos agora os motivos que o filho pródigo que ficou em casa apresentou para não receber o seu irmão que havia voltado arrependido:

1) “Nunca me deste um “cabrito” para alegrar-me com meus amigos”;

2) “Mataste o bezerro cevado e tocaste música para ele, e para mim nem um “cabrito”. Sua Filosofia: Não perdoar, não recebê-lo, não fazer festa nem ouvir música. Sua doutrina: O que é meu é meu, e não o compartilho com ninguém.

A doutrina do pai era receber o filho perdido e integrá-lo na família (igreja), com todos os direitos de filho, e dizer-lhe: Filho, o que é meu é teu, e tosas as minhas coisas são tuas” (v 31).

Vejamos a diferença entre os dois filhos pródigos: O primeiro levantou-se e foi ter com seu pai, confessando os seus pecados, sem exigir nada, tão somente a sua admissão como servo (15:19). O segundo indignou-se e não quis entrar para abraçar o irmão, apresentando suas razões egoístas. O pródigo ajunta tudo, leva tudo (15:13,14), más ao voltar nem os amigos o acompanham. Somente o pai levanta-se e corre para abraçá-lo(15:20).

Se você meu irmão é um “irmão mais velho”, é “um que ficou em casa”, não despreze seu irmão quando ele voltar arrependido, confessando os seus pecados. Caso contrário, você será mais um pródigo dentro de casa (igreja), impedindo as bênçãos de Deus sobre sua vida e o direito de seu irmão voltar a ter paz com Cristo e com a igreja (sua casa).

Jesus estava falando de herança, ensinando ao povo sobre as bênçãos presentes e futuras aqui na Terra do Reino de Deus, e naquele momento em que ensinava, estava quebrando paradigmas, porque, o filho mais novo pediu a sua parte da herança, mas, na verdade não é comum o filho receber herança enquanto o pai vivesse, porém, o pai repartiu sua propriedade entre eles.

Assim acontece conosco nas circunstâncias da vida, no nosso lar cristão, há um período você de pedir o que quer; há um período de você determinar e discernir o que fazer e como fazer, mas, muitas vezes, não sabemos o que queremos, não sabemos pedir; não sabemos o que fazer e nem como fazer! A Bíblia diz que o filho mais novo pegou todos os seus bens e foi para um lugar distante viver irresponsavelmente!

Ele mostrou que não queria mais nenhum vínculo com o seu pai e nem com a sua família, porque, levou tudo, porque quando saímos de um lugar, sempre deixamos algo se temos a pretensão de voltar, mas, neste texto está escrito que o filho mais novo levou tudo o que lhe pertencia, isto é, queria mesmo esquecer tudo e todos!

Também, nós como servos de Deus, muitas vezes, o SENHOR tem nos dado algo, mas, não sabemos como administrar para termos uma vida melhor, mais agradável e alegre, acabamos gastando de qualquer maneira! Às vezes o Senhor nos abençoa para ajudarmos na Obra, mas, não nos lembramos nem de ajudar ao próximo somos egoístas e acabamos gastando irresponsavelmente!

Como servos de Deus, temos tudo que precisamos em nossa casa, mas, ainda existe um vazio dentro da nossa alma e queremos algo mais, também na igreja quando recebemos Jesus já queremos logo prosperar e ficamos titubeando, de repente, bate um vazio, então começa a faltar os cultos, não vai mais à igreja, se distancia da sua família eclesiástica, também, começa a se distanciar de Deus! É nessa ida que você pega algo lá de fora e traz para dentro de você para satisfazer-se, mas que vai causar um grande dano à sua alma!

No lar existem as regras que orientam como você pode obter a vitória, ser próspero e ter êxito na vida, mas, você não quer saber e nem obedecer, porque quer descobrir algo mais pelo mundo a fora e nós como pais não queremos permitir, porém, outros dizem: “deixa que lá fora ele vai aprender!” Por quê? Porque lá fora, certamente, passará por experiências que nunca passou dentro de sua casa e entenderá o que é certo e o que é errado; o que traz benefício e o que traz malefício para sua vida… começou a passar necessidade.

– A fome é a falta de alimento no nosso organismo e deixa o nosso físico enfraquecido. – Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. “Caindo em si…” – Pensou voltar para casa do pai, assim, também, acontece conosco quando estamos com o vazio na alma, queremos alguém para confiar e são nos momentos mais difíceis que Deus se revela como a solução para todos os nossos problemas, pois: “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e o beijou. Aleluia!

“O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. – Por que ele diz pequei contra o céu? Porque, ainda estava neste mundo, e tudo que fazemos aqui nesta Terra, alguém está testemunhando no céu.

Quantas vezes, nós como crentes em jesus pecamos contra nosso pastor; pecamos contra nossos irmãos, achamos que somos os donos da razão, queremos mudar de Igreja, de repente, começa a viver dissolutamente…

“Mas o pai disse aos seus servos: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.

 Nesse contexto as roupas significa posição de destaque; o anel significa autoridade; as sandálias, porque era filho e os escravos andavam descalços.

Esta parábola conta que o filho mais velho estava na casa do pai, porém, encheu-se de ira, e não quis entrar, então seu pai saiu e insistiu com ele.

Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas, tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!

Na verdade o foco desta parábola é o filho mais velho que ficou na casa do pai, no lugar de todos nós que ficamos na casa do Pai, dentro da igreja; o filho mais novo saiu da casa do pai, passando a viver, segundo os padrões mundanos, de repente quer voltar para congregação pede perdão do pastor e diz que quer caminhar, amar e aprender na congregação, então o pastor se alegra com essa decisão, mas, isso não quer dizer que o pastor vai fazer uma grande festa para ele! Porém, nós que ficamos na casa do pai, muitas vezes, o ignoramos e não nos alegramos com o retorno do irmão (ã), não queremos ser participantes da alegria que o pastor está sentido com a volta do filho pródigo.

 Os três pontos para refletirmos a respeito dos que ficaram na casa do pai:

1. (V. 29 ) “Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens.

“Mas tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com os meus amigos.” Ele fazia tudo por obrigação! E você faz a obra por obrigação ou por amor? Temos que fazer a obra de Deus por amor e não por obrigação, necessidade ou relaxadamente… “nunca me deste um cabrito” disse o filho mais velho! Ele não conseguiu um cabrito diante do pai!


Quer fazer uma festa para aqueles que estão perdidos dentro da sua família?

 Quer fazer uma festa para os desviados que não conseguem mais buscar a presença de Deus?

Faça a obra por amor e não por ganância!

2. (V. 30 ) ‘Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! 

Ele era um egoísta, egocêntrico! A pessoa egoísta pensa só em si, quer tudo girando em torno de si próprio!

Quantas pessoas não estão mais aqui, porque não foram colocados na função que queriam! não quero ser pé, quero ser mão ou quero ser cabeça, entenda que tudo que temos provém de Deus!

3. ( V. 31) “Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.

“Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ – ele não conhece o pai – temos que conhecer o pai! Os fariseus não entendiam as obras que jesus realizava, por isso, o reprovavam e o perseguiam, porque, não entendiam o amor de Deus; eram detentores da lei, mas, não conheciam a Deus!

Quantos estão nas igrejas, pregam a palavra, leem a bíblia, mas não conhecem o pai, sabe por quê? Porque são egoístas, egocêntricos! Mas, hoje o Senhor quer libertar e se revelar à todos que ainda não o conhecem.

 

II. Os três principais erros do filho mais velho.

 

1. Errou ao acusar o seu irmão.

“Vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado” (v.30).

Este irmão mais velho errava quando ao julgar seu irmão.

- Nem o considerava mais como tal.

- Condenava-o como um perdido.

- Ele não conseguiu dimensionar o resultado da experiência de seu irmão.

- O Pai viu corretamente: “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (v.32).

- Aprendemos com o nosso Pai a misericórdia. Que seria de Moisés, Davi e Pedro, por exemplo, se nosso Deus não fosse misericordioso e perdoador?

- Erramos gravemente se não aprendemos a distinguir um pecador perdido de um pecador remido – “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21, 22).

2. Errou ao acusar o seu pai.

“Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos” (vs.28, 29).

Errou ao murmurar contra seu pai.

- Ele reclamava de ser alvo de um tratamento desigual.

- Sentia-se injustiçado.

- O pai respondeu, mostrando-lhe a verdade: “Meu filho, tu sempre estas comigo; tudo o que é meu é teu” (v.31).

No Antigo Testamento murmuraram contra Deus no deserto, duvidando se Javé estaria mesmo presente e se ele realmente cumpriria suas promessas. A Bíblia também alerta para o fato de que nós, o rebanho de Jesus, continuamos correndo o risco de errar no tocante à murmuração contra nosso Pai – “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1 Co 10.10, 11).

3. Errou ao acusar a si mesmo.

“Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos” (v.29).

- O irmão parece gêmeo do “Jovem Rico” da parábola em Lucas 18.18-23.

- Ele se julgava perfeito, sem erros. E este falso censo de justiça própria é terrivelmente danoso.

O terceiro erro deste homem que se julgava certo.

- Dispensou a humildade. A soberba é a avenida para o desastre (Pv 16.18).

- Os grandes homens de Deus foram todos humildes (Moisés: Ex 3.11; Gideão: Jz 6.14, 15; Jeremias: Jr 1.5; Pedro em Lucas 5).

Quantos de nós não fazemos isso, quando vemos algum alguém que estava desviado dos caminhos do Senhor, se reconciliando com Ele e coisas boas acontecendo em sua vida, quando parece que em nossas vidas, só acontece coisas más?

Às vezes, ficamos com ciúmes quando vemos alguém recebendo uma benção, mas parece que a nossa nunca chega?

 

 

III. Dois modelos de crentes representados.

 

Esses dois tipos de “filhos pródigos” são uma figura dos crentes (irmãos) que temos em nossas igrejas. Uns procurando acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados. Outros, justificando-se, cobrando os “serviços prestados” à igreja: “Tenho servido a tantos anos... nunca me deram um cabrito para comer com meus amigos” (v 29). Queixam-se de seus pastores, da igreja onde congregam, vivem sempre a se queixar.

O filho pródigo que ficou em casa é o tipo desses que vivem dentro da igreja confiando em seus próprios méritos, e sempre estão a dizer: “Sirvo aqui durante tantos anos... e nunca me deram um cabrito” (um cargo, uma posição)”. Quase sempre protestam quando a igreja recebe um filho pródigo. O quadro é triste, mas verdadeiro. “Alguns homens não alimentam sentimentos nobre para com seus semelhantes e, por conseguinte, não podem manifestar gozo pela salvação deles”, escreveu certo comentarista da Bíblia. O filho pródigo que saiu de casa viveu no mundo durante muitos anos e esbanjou os seus bens morais e espirituais. Más o importante é que ele voltou à casa paterna, e dele disse o seu pai: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (15:32).

Ciúme, inveja, ira, raiva. Por que parece que Deus faz coisas na vida dos outros, mas não na minha vida?

Eu tô aqui, com a minha vida certinha diante de Deus, mas as cosias não acontecem… mas acontecem para aquele irmão que tem a vida toda errada.

Algumas pessoas, como o irmão do filho pródigo, fazem cara feia e beicinho quando o Pai bota pra quebrar e serve do bom e do melhor para o filho pródigo que gastou o seu último centavo com prostitutas.

 

Algumas pessoas se acham tão melhores do que as outras, que não conseguem aceitar quando Deus abençoa a vida de outro. Algumas pessoas se acham tão melhores, que não conseguem entender que Deus age diferente na vida de cada pessoa.


Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens.

sobre o tema: A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei

 

Série o Filho pródigo. 5. As cinco Dádivas que o Filho Pródigo Recebeu.

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembleia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

 Contatos 0+operadora (Zap)21  ( 985738236 ou 987704458 (oi)

  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!  

 

Série de mensagens sobre o Filho pródigo

1. Introdução

2. O filho pródigo do Antigo e do Novo Testamento

3. As sete virtudes do pai do filho pródigo

4. Os 7 Erros e os 3 acertos do Filho Pródigo

5. As cinco Dádivas que o Filho Pródigo Recebeu. 

6. A parábola do filho pródigo que ficou em casa

7. A atitude do filho pródigo: Levantar-me-ei

8. Os Sete passos do filho pródigo para a vitória

9. As seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo

 

 


Dentre as várias parábolas proferidas por Jesus, esta é de uma riqueza tão grande que dá para extrairmos incontáveis lições. Dá para analisarmos o que levou o filho a sair;

·        Sobre a herança;

·        Sobre o sofrimento ao cair no mundo;

·        Sobre a recompensa dos seus atos;

·        Sobre o arrependimento;

·        O retorno;

·        O abraço do pai;

·        A ira do irmão mais velho e tantas outras preciosidades...

Mas, quero partilhar com vocês, apenas, sobre os quatro presentes valiosos que o pródigo recebeu:

 

1. I. Um beijo

O que a bíblia fala sobre o beijo, no bom sentido;

 

A Bíblia é o livro do amor. O amor de Deus achava o homem caído. E o beijo, em sua mais usada aplicação, manifesta carinho, afeto, amizade, amor. O beijo, pois, está sobejamente justificado nas páginas da Bíblia.

 

Porém antes de referir o beijo nos jardins bíblicos quero esquematizar sua história e assinalar sua presença na vida do ser humano.

 

Não está muito claro a origem do beijo. Porém o livro de Cantares, onde a jovem suspira por um beijo de amor, foi escrito há mais de três mil anos. E o primeiro beijo de amor que menciona a Bíblia, é o que Jacó deu a Raquel quando ainda não estavam casados, ocorreu há mais de quatro mil anos.

 

O beijo mais invocado é o de amor, que tem como preferência dado nos lábios, membros pequenos num conjunto do corpo humano e busca compartilhar a sensação de prazer que supõe a aproximação sentimental e sexual. Porém nem o amor é o único motivo do beijo nem os lábios a única parte do corpo que só é beijada.

 

Na Bíblia estão representados todos os motivos do beijo. Seus simples significados se recolhem em muitos textos distribuídos pelas páginas sagradas.

 

Beijo de amor

O beijo nos lábios é o beijo típico de amor. Tendo a sua origem no sentimento mais nobre e mais poderoso da nossa alma, é ele o primeiro raio de sol do alvorecer radiante do amor. O beijo de amor, dado nos lábios, parece ser o mais efusivo que se conhece na Bíblia, especialmente em sua literatura poética. Cantares 1:2 o evoca com palavras da protagonista: “Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o seu amor do que o vinho”.

 

Em Provérbios 24:26, o autor do texto anterior, Salomão, vale-se do amor profundo que supõe o beijo nos lábios para o pôr como exemplo da boa resposta: “Beija com os lábios o que responde com palavras retas”.

 

O primeiro beijo de amor entre Jacó e sua prima Raquel, ao encontrá-la pela primeira vez, foi um beijo de saudação de duas pessoas parentes: Diz Génesis 29:10-11: “E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço, e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe. E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz, e chorou”. Depois, é Labão, pai de Raquel, quem beija o sobrinho (Gn 29:13), ao saber que era do seu sangue.

 

É bem verdade que Jacó se tornou depois o eterno namorado de Raquel, servindo o seu pai catorze anos (7 anos, por duas vezes: “E Jacó amava a Raquel, e disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor. Então disse Labão: Melhor é que eu ta dê, do que a dê a outro varão; fica comigo.

 

Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a amava” (Génesis 29:18-20). Ao findar os primeiros sete anos, disse-lhe Labão: “Cumpre a semana desta; então te daremos também a outra, pelo serviço que ainda outros sete anos servires comigo… e entrou também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Léia; e serviu com ele ainda outros sete anos” (Génesis 29:27-30). Foram 14 anos de trabalho com o fim de conseguir o amor da sua amada.

O homem judeu era mui dado a manifestar seu amor filial por meio do beijo. Quando Elias pede a Eliseu que o siga, este lhe responde: “Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei” (I Reis 19:20).

 

Jacó, o enganador persistente, usava o beijo para agradar a vontade do pai acerca dos seus próprios interesses. Perto da morte, cego e acamado, Isaque confunde Jacó com Esaú  e  lhe  diz:  “Ora chega-te, e beija--me, filho meu. E chegou-se, e beijou-o; então cheirou o cheiro dos seus vestidos, e abençoou-o” (Gn 27:26-27).

 

Beijo fraternal

O beijo fraternal está representado em Moisés e Aarão. Este último, ao fazer surgir nele a inveja, cobiçada pelo desejo de mando, esquece sua condição de irmão. Quando Moisés regressa ao Egito com a nova e difícil missão, Aarão o recebe com um beijo. O faz obedecendo às ordens de Deus: “E disse também o Senhor a Aarão: Vai ao encontro de Moisés ao deserto. E ele foi, encontrou-o no monte de Deus e beijou-o” (Êx 4:27).

 

Quando o apóstolo Paulo estava prestes a partir de Mileto, os anciãos da Igreja de Éfeso ficaram tão comovidos, que choraram e “lançaram-se ao pescoço de Paulo e o beijaram ternamente” (At 20:17, 37).

 

Beijo entre genro e sogro

Moisés recebe a visita de seu sogro Jetro, que chega acompanhado de sua filha, mulher de Moisés, e netos. Os dois homens se saúdam com um beijo: “Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda” (Êxodo 18:7).

 

Beijo entre sogra e nora

Muitas sogras e noras protagonizam a vida do Velho Testamento. Porém não temos notícias de mulheres tão unidas como Noémi (a sogra) e Rute (sua nora). O amor que Rute tinha por Noémi tinha mais valor que sete filhos (Rute 4:15). Noémi enviuvou e morreram seus dois únicos filhos varões. Rute permanece junto a ela. Sua outra nora, Orfa, se despede de Noémi com lágrimas e beijos: “Então levantaram a sua voz, e tornaram a chamar: e Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a ela” (Rute 1:14).

 

Beijo de perdão

José, tipo de Cristo no Velho Testamento, dá provas de seu grande coração. Desprezado e invejado por seus irmãos, vendido a mercadores que o revenderam como escravo, quando se encontra de novo com seus irmãos enche seus rostos com beijos de perdão.  A dignidade de seu rasgo não impede a espontânea explosão sentimental: “E beijou a todos os seus irmãos, e chorou sobre eles; e depois seus irmãos falaram com ele” (Génesis 45:15).

 

Beijo de reconciliação

Esta variante do beijo está representada no Novo Testamento entre um pai perdoador e um filho pródigo e, no Velho Testamento, por Esaú e Jacó. Estes dois irmãos andavam em disputas contínuas, mais por culpa de Jacó do que de Esaú. O primeiro teme um encontro com o irmão de quem se havia apossado de tudo.

 

Porém quando Esaú toma a iniciativa do reencontro se porta como um cavalheiro e toma a iniciativa com um beijo reconciliador: “Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram” (Génesis 33:4).

 

Mais conhecida é a parábola do filho pródigo. O pai do filho pródigo que voltou, depois de ter desperdiçado em terra estranha uma fortuna que não lhe pertencia, volta ao lar vencido, arruinados os bolsos e a alma, com medo de enfrentar seu pai.

 

O beijo da reconciliação faz novamente um acto de presença nos lábios do pai. Este se lança ao pescoço do filho e o “beijou ternamente”. Diz Lucas: “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou” (Lc 15:20).

 

Outro beijo de amor

 

Comecei este Estudo ocupando-me do beijo de amor, o beijo dos

lábios como expressão de corações unidos e de corpos enlaçados.

Porém, nem todo o amor é sexual. A chama do amor acende e mantém outros sentimentos.

 

Jesus esteve rodeado de pessoas que o amavam, sentiam por Ele uma grande ternura, lhe dedicavam um carinho limpo, se sentiam atraídos por sua pessoa e por suas palavras como o oásis atrai o sedento. Entre estas pessoas havia um importante número de 18 mulheres. Uma delas, qualificada de pecadora, se apresenta em casa de um fariseu chamado Simão, onde Jesus estava presente como convidado.

 

Esta mulher derrama um frasco de perfume sobre os pés de Jesus, chora sobre eles e os beija. Era o beijo de um coração agradecido, de uma alma nobre, de uma mente com intenções limpas. Lucas, que conta a cena, diz: “E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.

 

E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento” (Lc 7:36-38).

 

O beijo entre os cristãos

Na Igreja primitiva era corrente o beijo da paz, chamado também beijo santo, que se praticava indistintamente entre pessoas de ambos os sexos. Não se concebia, então, o problema moral do beijo, tal como se concebe em nossos dias. Porém a prática do beijo quase desapareceu em nossos dias da congregação.

 

Paulo ensinava a sinceridade espiritual entre o povo cristão e o tratamento alegre e espiritual entre os irmãos da igreja em particular. O relacionamento entre os irmãos era para ser tão fraternal quanto um beijo é tão puro.

 

Paulo mostrava tal sinceridade e amor santo que se lembrou deste costume íntimo e fraternal nos seus escritos:

 

- Em Romanos 16:16, vemos que os irmãos se saudavam com um beijo no rosto em sinal de cordialidade e cumprimento: “Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As Igrejas de Cristo vos saúdam”.

 

- Em I Coríntios 16:20,  lemos:  “Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo”.

 

- Em II Coríntios 13:12, tornamos a ler: “Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam”.

 

- E em I Tessalonicenses 5:26, diz: “Saudai a todos os irmãos com ósculo santo”.

 

E Pedro também o menciona:

 

- Em I Pedro 5:14, aconselha: “Saudai-vos uns aos outros com ósculo de caridade. Paz seja com todos vós que estais em Cristo Jesus. Amém”.

 

Se somos o povo da Bíblia, se falamos do que a Bíblia fala e nos calamos onde a Bíblia se cala, se o beijo ocupa um lugar de tanta importância na Bíblia, se na Igreja primitiva se praticava o beijo entre cristãos, porque nos assustamos quando irmãos que se amam se beijam nas congregações? Se abundassem mais os beijos talvez diminuiriam os ressentimentos.

1. Aquele beijo dizia: Nunca deixei de te amar!

2. Aquele beijo dizia: Perdoo-te completamente

3. Aquele beijo dizia: Ficarás para sempre comigo

4. Aquele beijo dizia: Vamos começar tudo de novo!

 

2. Sandálias para os pés feridos:

Sandálias para os pés feridos, trás a ideia que aquele jovem rico andou muito ao ponto dos pés ficarem feridos, não longe disso, citei no paragrafo acima sobre aqueles andam em círculos, certamente estão também com os “pés” da vida feridos, mas quando a Bíblia menciona ” pés” podemos substituir essa palavra por ” Fundamento”,” base”.

Pés feridos, é a expressão que podemos usar nesse contexto como “fundamento destruído.  Era isso que ocorria com alma daquele Prodigo. Todo fundamento ensinado por seu pai havia sido destruído pelo seu próprio erro. Mas, é exatamente isso que o pai restaura ao encontra-lo.

Esse exemplo demonstra que a mente de Deus é perfeita. Deus poderia vir em  milésimos de segundos e ajustar sua vida, mas Ele não fara isso. Deus irá fundamentar ,ajustará sua estrutura emocional e espiritual. Certamente , você que se torna para Deus receberá de imediato um grande ajuste em seus fundamentos, Deus fará com que você olhe para o plano original para sua vida.

Deus, antes mesmo de lhe permitir a vida, protagonizou  isso em fundamento, mas suas escolhas podem ter adiado o melhor de Deus, uma vez que você torna para Ele, esse caminho se abre novamente e tudo recomeça.

 

As sandálias representavam liberdade e luxo. Só os livres podiam usá-las. Os escravos andavam descalços. O pai não confinaria seu filho ao interior de sua propriedade com medo que ele se distanciasse novamente. O pai estava dando ao filho o direito de entrar e sair quando quisesse.

         

O crente não pode e não deve  viver descalço - Ef 6:15 . Não deve andar com o espírito abatido como se escravo fosse. Somos livres, somos filhos, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo...

         

Os pés nem sempre recebem a atenção que merecem, mas a sua importância é incontestável, especialmente por serem a base de sustentação de todo o corpo.

         

Quantos problemas de saúde são contraídos ou podem ser contraídos por aqueles que andam com os pés no chão. Assim como os sapatos, as solas dos pés perdem gradualmente sua natural proteção almofadada, pela degeneração do tecido gorduroso e, consequentemente, perdem sua habilidade de amortecer impactos. Em função disto, para preservar a saúde dos pés a pessoa deve, desde cedo, priorizar o conforto, especialmente na hora de escolher o calçado. Calos, tétano, trombose e outros problemas de saúde são advindos da falta de cuidados com os pés. Por isso, nos tempos bíblicos, mesmo que o banho de todo o corpo não fosse tão comum como em nossos dias, eles não se descuidavam dos pés. Era hábito e até fazia parte da tradição religiosa lavar os pés, sempre que entravam em casa e na hora de dormir ( Gn 18:4  ; Ex 30:21)  .

          E o Senhor, representado pelo pai, nesta parábola, também fez questão de dar ao seu filho calçados, tanto para proteção de seus pés quanto para que ele tivesse uma vida confortável e digna. Quanto ao cuidado que nosso Deus tem com os pés do Seu povo leia os seguintes textos (1Sm 2:9  ; 2Sm 22:34 ; Ne 9:21)

·       Aquelas sandálias diziam: Estas protegido dos espinhos da floresta

·       Aquelas sandálias diziam: Estás protegido do calor da estrada

·       Aquelas Sandálias diziam: Voltas a sentir-se confortável e seguro

·       Aquelas sandálias diziam: Quero que te sintas livre para caminhar!

 

3. a melhor roupa

A roupa, naquela época, significava muito mais que apenas uma peça do vestuário. As pessoas pobres não podiam se dar ao luxo de vestir boas roupas. Eles vestiam-se com roupas velhas, desgastadas, às vezes, com verdadeiros trapos. Era comum as pessoas usarem peles de animais apenas para cobrirem partes do corpo, uma vez que não havia produção industrial, roupas produzidas em larga escala que desse para atender a demanda. Desta forma, apenas os ricos, os abastados, se vestiam com roupas de tecidos leves e finos.

 A roupa, portanto, indicava a classe social que a pessoa pertencia. Os escravos, os trabalhadores braçais, tinham vestimentas que os identificavam de longe.

         

O pai, nesta parábola, ao dar ao filho a melhor roupa, estava dizendo: - Você não será apenas meu jornaleiro, muito menos meu escravo, você é e continua sendo meu filho. E, com isto, o pai restituiu ao filho a posição privilegiada que ele tinha perdido, colocando-o no topo da pirâmide social.

         

Que coisa linda! É exatamente isto que Deus faz àqueles que se voltam para Ele, o Senhor nos veste com vestes de justiça e de santidade! Ele quer que sejamos identificados e reconhecidos como Seus filhos, como Seu povo!

 

·       Aquela roupa dizia: Quero que sintas prazer!

·       Aquela roupa dizia: Quero que te sintas seguro

·       Aquela roupa dizia: Quero que te sintas transformado

·       Aquela roupa dizia: Quero que te sintas vitorioso!

 

4 . Anel – perdão e restituição:

As pessoas perdem a dignidade quando se perdem de Deus e sua paternidade. Quando o jovem recebe um anel em seu dedo, mesmo naquela situação de vergonha, sua dignidade foi restaurada. O mundo, as pessoas desse mundo, não sabem o quanto Deus as ama. E o que falta a elas é entender que a vida aqui tem um proposito fiel e verdadeiro o qual dá sentido a sua existência. Esse anel representa o compromisso de Deus com sua dignidade ao mesmo tempo que você cumpre seus preceitos.

 

O anel representava autoridade.

Tanto os reis, como os grandes comerciantes, assinavam seus documentos carimbando-os com seu anel. Qualquer carta, edito real ou contrato comercial que fosse marcado com o anel de uma autoridade tinha fé pública.

Dar ao filho o anel era a maior declaração de perdão por parte do pai. O pai estava constituindo aquele filho como o gerente de sua fazenda e de seus negócios. Estava dando a ele autoridade para administrar seus bens. A despeito de o filho ter lhe causado prejuízo, ao gastar um terço de seus bens, desperdiçando-os pelo mundo a fora, o pai declarava, com aquele gesto, seu perdão e sua confiança.

         

Esta é a verdade mais intrigante do Evangelho: O perdão incondicional de Deus. "Lançarei seus pecados nas profundezas do mar e de suas iniquidades não me lembrarei mais" ( Mq 7.19 ; Hb 8.12)

         

O pai não apenas recebia em casa o seu filho rebelde, mas dava a ele autoridade e poder. O filho não se submeteria a mais ninguém, senão a seu próprio pai. Foi exatamente isto que o Senhor disse a nós - Lc 10:19

·       Aquele Anel dizia: Meu compromisso contigo se renova

·       Aquele Anel dizia: Quero que tenhas sucesso (formatura)

·       Aquele Anel dizia: Nossa comunhão volta a ser a mesma

·       Aquele Anel dizia: Que voltes a sentir autoridade

 

5. Novilho gordo:

 

A melhor parte dessa historia.

O pai já havia mandando preparar o novilho para festa. O detalhe que o texto chama de ” novilho gordo” ou seja, novilho é um boi novo ainda em desenvolvimento, se ele estava gordo, significava então que esse novilho foi separado, preparado para tal proposito: “A volta do filho prodigo”. Penso comigo, Deus é assim, Ele sabe de tudo, Deus não se surpreende, Deus não se decepciona, não se preocupa, ele tem o controle e sabe das nossas inúmeras voltas longe dele. Ele está a sua espera com tudo pronto. Nossas escolhas determinarão se viveremos o melhor da parte de Deus ou se caminharemos sob nossas próprias forças.

Tudo está pronto em Deus, não se frustre tentando ter das pessoas a paternidade espiritual. Essa posição pertence a Deus, entregue a nós através de Cristo.

Você é filho, torne-se para Deus, torne-se para o plano original.


Em breve estaremos de volta dando sequência a esta série de mensagens.

sobre o tema: A parábola do filho pródigo que ficou em casa