Por: Jânio Santos de Oliveira
Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena
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Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
8 Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
9 E achando-a, convoca
as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma
perdida.
10 Assim vos digo que
há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
Nós estaremos desenvolvendo uma série de mensagens sobre os perdidos dentro da Igreja, a 1ª é:
1. A dracma perdida dentro de casa
Alguém já disse que “a
beleza de uma casa não está na cor das paredes, no arranjo sobre as mesas, na
disposição dos móveis. A beleza de uma casa está nas pessoas que moram nela.”
Os maiores tesouros que
temos estão dentro da nossa própria casa. As maiores alegrias que temos estão
dentro da nossa casa. Às vezes, inúmeras pessoas buscam a felicidade em tantas
outras coisas (trabalho, dinheiro, títulos.) e negligenciam o convívio
familiar. Entretanto, aquele que não é feliz em casa não poderá ser feliz em
lugar nenhum.
Definitivamente, as
maiores alegrias que alguém pode experimentar estão dentro do seu próprio lar.
Isso se deve porque os maiores tesouros que temos estão dentro de casa – nossa
família.
Não só grandes alegrias
podem ser experimentadas dentro, como também as dores mais agudas. Os maiores
sofrimentos que temos podem ocorrer no seio familiar. Exemplos disso são as
perdas que sofremos em nossa família. A perda de um filho, a perda do marido, a
perda do pai ou mãe e mesmo a perda de um ente familiar querido. Não há nada
que produza mais sofrimento à alma humana do que dores que tem sua origem na
família.
O texto em questão fala
sobre uma perda. Jesus conta uma parábola cuja protagonista é uma mulher. A
trama que envolve a história gira em torno de uma dracma perdida. O texto
afirma que ela tinha dez dracmas e, por descuido, perdeu um deles. A dracma era
uma moeda muito preciosa nos dias de Jesus. Entretanto, o dracma tinha mais que
um valor monetário. Alguns comentaristas afirmam que o conjunto de dez dracmas
formava um colar que simbolizava o compromisso da mulher com seu cônjuge.
Assim, dez dracmas eram o símbolo visível de uma aliança invisível e eterna.
Portanto, havia um valor sentimental, espiritual e familiar. Por isso, o texto
discorre a preocupação da mulher ao perder uma única dracma, mesmo ainda tendo
outras nove.
Outro fato
importantíssimo a ser destacado diz respeito ao local onde aconteceu a perda. A
Bíblia afirma que a mulher perdeu a dracma dentro de sua própria casa. Não foi
na rua nem nos arredores. Trata-se de uma perda dentro de casa. Alguns
psicólogos ensinam que algumas perdas tem a forte tendência de nos paralisar.
Muitas pessoas ficam simplesmente estáticas. Não sabem o que fazer. Não veem
saídas. Entretanto, o texto afirma que essa mulher teve outra postura. Ela não
ficou paralisada e nem mesmo deu lugar ao desespero. Essa mulher torna-se um
paradigma para nós que desejamos achar tesouros perdidos dentro de nossas
próprias casas.
I.
Contexto da Parábola da
Dracma Perdida
O evangelista Lucas
registrou a Parábola da Dracma Perdida num capítulo onde duas outras parábolas
também foram registradas. São elas: a Parábola da Ovelha Perdida e a Parábola
do Filho Pródigo.
Obviamente existe uma
profunda ligação entre as três parábolas, nas quais Jesus transmite uma
mensagem central. Essa mensagem não é outra se não o extraordinário amor de
Deus pelos perdidos.
Na ocasião em que
contou a Parábola da Dracma Perdida, Jesus estava cercado por publicanos e
pecadores que se juntaram para ouvi-lo. Os pecadores eram as pessoas moralmente
marginalizadas e de má reputação na sociedade. Essas pessoas não possuíam um
padrão de vida aprovado pelos religiosos da época. Por isto, elas eram
praticamente excluídas do convívio social.
Já os publicanos eram
os cobradores de impostos, os judeus que estavam a serviço do Império Romano.
Os publicanos eram vistos pelo povo como traidores que extorquiam os próprios
irmãos.
Era recomendado que os
judeus evitassem ao máximo ter contato com essas classes de pessoas. Porém,
Jesus não apenas tinha contato com essas pessoas, mas também comia com elas e
até mesmo ia à busca delas (Lc 5:27-29). Foi assim com Mateus, um publicano que
o Senhor escolheu para ser um de seus doze apóstolos.
Esse tipo de
comportamento desagradava completamente os fariseus e os doutores da Lei. Com
toda sua ignorância e soberba religiosa, eles não conseguiam perceber que o
propósito pela qual o Filho de Deus veio ao mundo, é buscar e salvar o perdido.
Então, diante dos religiosos escandalizados, Jesus contou três parábolas, entre
elas a Parábola da Dracma Perdida.
II.
Explicação da Parábola
da Dracma Perdida
Essa é uma parábola bem
pequena, porém em sua simplicidade revela uma história completa e profunda. A
história da mulher e sua dracma perdida se harmonizava à vida cotidiana do
primeiro século.
Essa dracma perdida, em
algumas traduções “moeda de prata”, era uma moeda grega. Tal como o denário
romano, a dracma correspondia à quantia paga ao trabalhador comum por um dia de
serviço. Saiba mais sobre os pesos e medidas da Bíblia.
Alguns sugerem que as
dez dracmas eram toda a economia daquela mulher. Outros apontam para a
possibilidade de que as dez dracmas faziam parte de seu dote, e eram usadas
como um tipo de enfeite. Se for este o caso, então é possível que ela tenha
colocado as dez dracmas em uma corrente em volto de seu pescoço.
Conforme o costume da
época, ela também poderia ter atado as moedas em uma tira de pano que enfeitava
seu penteado. Seja como for, o fato de a mulher perder uma das dracmas foi
motivo de grande ansiedade.
Jesus também fala que
ao procurar a dracma perdida, a mulher ascende uma lâmpada. Isso indica,
provavelmente, que Jesus estava utilizando como pano de fundo para a sua parábola,
uma típica casa de uma pessoa de classe pobre. Essas casas eram bem pequenas,
tinham piso de terra batida e não havia janelas.
Às vezes, os
construtores deixavam algumas pedras faltando na parede, próximo ao teto. Isto
servia para permitir a ventilação no interior da casa. Entretanto, tais
aberturas de ar não eram suficientes para prover iluminação adequada. Mesmo
durante um dia de sol, a casa permanecia escura. Assim, fica evidente a
dificuldade que havia na procura de algum objeto pequeno que caía no chão de
terra.
Na parábola, com a
ajuda de uma lamparina, a mulher então varre a casa em busca da dracma perdida.
Ela procura em cada canto, com muita diligência, até que consegue encontrar a
moeda. Ao encontrar a dracma perdida, a mulher desejou repartir sua alegria com
as amigas e vizinhas, afinal, a dracma estava novamente guardada em segurança.
III.
O significado da
Parábola da Dracma Perdida
O clímax da Parábola da
Dracma Perdida ocorre exatamente nesse ponto. Jesus afirma que assim como a
mulher se alegrou com suas amigas pela moeda encontrada, também Deus se alegra
diante de seus anjos quando um pecador se arrepende.
Algumas pessoas, caindo
nas armadilhas da alegoria, insistem em atribuir significado a cada um dos
elementos dessa parábola. Essas pessoas dizem, por exemplo, que a mulher dessa
parábola simboliza o Espírito Santo ou então a própria Igreja. Eles dizem isto
ao entender que o pastor da Parábola da Ovelha Perdida simboliza Jesus,
enquanto a Parábola do Filho Pródigo foca em representar o Pai.
Outros também afirmam
que a lâmpada que a mulher ascende representa o Evangelho. Na sequência,
supostamente a vassoura com que ela varre o chão seria a Lei. Mas não é preciso
um grande esforço para entender que essas interpretações estão erradas. Elas
fogem do objetivo da história contada por Cristo.
Ao se interpretar uma
parábola, sempre é preciso priorizar sua mensagem central. Quando se segue essa
simplicidade na interpretação, dificilmente se erra o alvo do ensino do Senhor.
Não há qualquer necessidade de se atribuir significados para todos os elementos
de uma parábola. Esse tipo de coisa apenas distorce sua verdadeira mensagem.
Quando uma parábola
possui um elemento que precisa ser identificado no que diz respeito ao seu
significado particular, o próprio Jesus deixa isso diretamente expresso em sua
narrativa. A Parábola do Semeador é um exemplo disto (Mt 13:1-9,18-23).
Quanto a Parábola da
Dracma Perdida, a mensagem é muito clara: Deus busca pelo perdido, e se alegra
grandemente na presença dos anjos por cada um deles que se arrepende.
No estudo não é
diferente: muitos vão mal à escola porque estão mal em casa. Geralmente, os
péssimos alunos são de famílias destruídas ou em decomposição.
IV.
os valores perdidos dentro
de nossa casa.
Vamos enumerar alguns:
1. Sumiu a drácma do
respeito:
– Considerar o valor do
outro
– Tratar as pessoas com
dignidade
– Dar importância a
elas
– Quem respeita ouve
com atenção, participa dos sonhos do outro (Cl 3:20-21, I Pe 3:7,1).
– Quanta gente egoísta
nos lares, pensam somente em si mesmas, procurando a qualquer preço esmagar os
outros, Gente que mente, que trai a confiança, gente que usa os outros.
2. Sumiu a drácma do
carinho:
O carinho é outra
manifestação do amor verdadeiro, assim como o respeito. Essa é outra drácma
rara.
O carinho traz o beijo,
o abraço gostoso. Carinho de pai e filho, que andam sempre juntos, que
desenvolvem um diálogo amigo. Carinho de cônjuges que ainda trocam elogios, que
priorizam um ao outro, que sentem prazer quando estão perto.
Vide I Pd 3:8-9 –
Atente para as expressões “fraternalmente amigos“ e “bem dizendo“.
Já beijou seus
familiares hoje?
3. Sumiu a drácma da
espiritualidade:
A vida religiosa ou
espiritual tem se limitado a casar no religioso ou batizar filhos na igreja e
nada mais.
Depois só voltam a
pensar em Deus numa grave enfermidade ou velório.
Outros vão um pouco
mais adiante, indo a igreja nos cultos dominicais. Mas, em casa, nada. Não há
mais louvor, vida de oração ou culto doméstico dentro do lar. O temor e zelo
para com o Reino de Deus tem sido escasso. Hoje quando projetamos as nossas
casas, é comum reservarmos um cômodo maior para o ídolo do lar: a televisão –
aquela a quem se dedica maior tempo e atenção. E nos esquecemos de reservarmos
uma sala de oração e culto no lar.
Qual tesouro você
perdeu dentro da sua casa?
O respeito dos filhos,
o carinho do cônjuge, a fidelidade conjugal, Fidelidade ao SENHOR, o diálogo, a
vida devocional, o prazer pela casa de Deus, o prazer pela oração e leitura da
Palavra, ou o fervor espiritual são alguns exemplos de
dracmas que podem estar perdidos em nossas casas.
Certa vez uma irmã
testemunhou: “Eu ganhei muitas pessoas para Jesus, mas me sinto frustrada porque não ganhei meus
próprios filhos”. Talvez você se sinta assim também. Já ganhou muitas pessoas,
menos a sua própria família. Talvez você já tenha orado muito por ela, e agora
já se sente desanimado, perdeu a dracma do animo e da determinação de lutar
pela salvação de sua família.
V.
Como reencontrar as
drácmas perdidas
No texto, encontramos
atitudes sábias da mulher que perdeu a drácma.
Atitudes que, se
imitadas, nos ajudam a restaurar os valores que estão desaparecendo em nossos
lares.
1. Decida ser o herói
da sua casa
Pais procuram os
pastores para dar um jeito nos seus filhos. Cônjuges e filhos fazem o mesmo.
Mas o que vemos no texto a expressão “porque achei a drácma que tinha perdido”.
Foi ela quem procurou e achou.
Você acha que alguma
coisa precisa ser restaurada em seu lar? Decida então você ser usado por Deus,
para essa missão.
Decida pela sua própria
mudança, visando a restauração do seu lar. Primeiro é necessário estar bem
contigo.
2. Valorize os pequenos
detalhes
A mulher tinha dez
drácmas, perdeu apenas uma. Ficou com nove, com a maioria, mas antes de perder
uma segunda, ou a terceira, parou para costurar a carteira. Parou para correr
atrás do pequeno prejuízo.
Lembre-se a broca é um
pequeno inseto, mas aos poucos corroem a estrutura de um grande armário.
A falta de um “bom dia”
ao se levantar, a falta de “um parabéns” pelo aniversário de casamento, deixar
de usar um desodorante, de não escovar os dentes, não gravar as datas, de não
falar um boa-noite ao deitar. Peça a Deus discernimento quando às suas ações.
3. Não aceite o caos
como natural
Diz o texto que a
mulher procurar. Isto é, ela não se assentou na cadeira da comodidade dizendo:
“a vida é assim mesmo! É comum perder uma moeda tão pequena. Deixa pra lá!” Ela
reagiu, se esquentou, foi atrás. Ela procurou. Quantos se assentam na cadeira
da comodidade, acham que o mundo é assim mesmo, não tem como melhorar, ou
afirmam que todo marido é safado mesmo. Ou todo adolescente é rebelde mesmo…
Na verdade muito não
acham nada, porque não estão procurando.
Decida agora mesmo
procurar um meio de salvar ou melhorar o seu lar.
4. Humilhe-se para
fazer mudanças
A mulher para achar a
drácma varreu a casa. Apanhou a vassoura e levantou poeira. Para varrer até
encontrá-la teve que remover tapete e até trocar móveis de lugar. Varrer
incomoda, pois mexe com o que já se assentou.
Talvez esteja faltando
isso em sua casa?
-varrer sua boca para
produzir novas palavras
-varra seu tempo, para
dar mais tempo à família
-dê uma varrida na sua
arrogância, para ter mais espaço e servir aos membros do lar.
-varra sua mente, seu
coração, isto é, santifique-se mais.
Santidade quer dizer
pureza.
Em João 16:8 a Bíblia
nos diz que o Espírito Santo nos convence do pecado…, Ele irá revelar os cantos
que precisam ser varridos dentro de sua casa, para encontrar valores perdidos.
5. Seja diligente
Seja obcecado por este
propósito. É fortíssima esta expressão no texto: “até encontrá-la”. Ela só
parou de procurar quando encontrou. Há os que procuram os valores perdidos
dentro do lar como meninos mal mandados: dá só uma olhada por cima e diz que
não adianta, que não encontrou. Procuram com tanta má vontade, com preguiça
que, mesmo estando próximo, não o encontram.
Coloque a restauração
de seu lar como um ideal de vida. Não desista fácil, vá em frente, continue
procurando um método, um meio, uma bênção para o seu lar, para ele voltar a ser
o que era.
6. Sobretudo acenda a
candeia
Esta é a decisão mais
importante. Foi a primeira coisa que ela fez: acendeu a lamparina. No escuro
ficaria dificílimo procurar.
Talvez você não tenha
achado nada de valor na sua casa, porque falta acender a luz. Jesus disse: “Eu
sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, pelo contrário terá a
luz da vida” (Jo 8:12).
O envolvimento sério
com Jesus muda a nossa história, nossa vida, nossa casa, e isto é básico para
encontrarmos as drácmas perdidas.
Tem pessoas sofrendo
porque perderam drácmas em casa e, sofrem mais, porque estão procurando e não
acham, estão cansadas, desesperadas e desanimadas. O que falta? Falta acender a
luz!
Precisamos de três
atitudes para recuperar os dracmas que estão perdidos em nossas famílias:
3.1 Buscar direção
O texto afirma que a
primeira atitude dessa mulher quando notou a ausência de uma dracma foi acender
uma candeia. As casas na Palestina eram escuras, sem luz e quase sem janelas.
Ela, então, chega à conclusão de que é impossível encontrar algo no escuro.
Se há algo perdido,
precisamos buscar direção em:
a) Jesus. O próprio
Cristo afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas;
pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12). Jesus é a luz que precisamos
para recuperar aquilo que foi perdido. Apenas a presença iluminadora de Jesus
poderá nos dar uma direção clara. Acenda uma luz na sua casa! Essa luz é Jesus.
Peça o SENHOR para trazer luz onde há escuridão.
b) Palavra de Deus. O
salmista percebeu que a Palavra de Deus é poderosa para guiar nossos passos em
segurança. Caminhar no escuro é difícil. Por isso precisamos de luz, para que
possamos pisar em lugares seguros. Assim, ele conclui: “Lâmpada para os meus
pés é a Tua Palavra e luz, para os meus caminhos” (Sl 119:105). Nestes dias difíceis,
teremos força e direção para prosseguir através da palavra de Deus.
3.2 Esforço
O texto afirma que após
acender uma candeia, a mulher logo providenciou uma vassoura e passou a varrer
a casa. Sua atitude desencadeou num grande esforço. Levantou a poeira que
estava posta sobre sua residência. Tirou os móveis do lugar. Agachou-se para
procurar.
É possível perceber que
essa mulher realizou uma verdadeira faxina em sua casa. Isso nos ensina que
devemos nos esforçar grandemente na busca daquilo que foi perdido. Thomas Edson
disse que “a fórmula do sucesso é 90% de transpiração e apenas 10% de
inspiração”. Se você deseja vencer, deve estar disposto a suar a camisa.
Há uma tendência humana
em fugir de problemas. Constantemente evitamos tratar de determinados assuntos,
porque para elucidá-los será necessário lançar mão de grandes esforços.
Contudo, não podemos empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Devemos nos
esforçar grandemente com o intuito de resgatar as perdas que sofremos.
3.3 Busca diligente
O evangelista Lucas diz
que a mulher “procurou diligentemente até encontrar” o dracma.
É possível destacar
três fatores que a influenciaram para que ela fosse bem sucedida na sua busca:
a) Busca incansável.
Ela não descansou enquanto não achou a dracma. Ela não mediu esforços para
alcançar o seu objetivo. Lançou mão de todos os meios e recursos que estavam à
sua disposição.
b) Busca meticulosa.
Ela buscou em todos os cômodos da casa, observando cuidadosamente cada parte.
c) Busca perseverante.
Ela só parou quando encontrou aquilo que procurava. Só uma coisa parou essa
mulher: a vitória. Ela não desistiu enquanto não a alcançou. A palavra
perseverança pode ser definida assim: “continuar sempre e nunca desistir”.
Precisamos ser
incansáveis, meticulosos e perseverantes em encontrar os dracmas que foram
perdidos em nossa família.
VI.
Aplicação prática da
Parábola .
O ensino principal da
Parábola da Dracma Perdida ficou claro no tópico acima. Com base nele, podemos
perceber uma importante aplicação prática para nossa vida cristã. Devemos
sempre nos perguntar: Qual tem sido nossa atitude para com os perdidos? Será
que estamos tendo a presunção de desprezar aqueles a quem o próprio Deus busca?
O contexto da Parábola
da Dracma Perdida nos convida a olhar para o exemplo de Jesus. A Igreja de
Cristo deve agir para com os pecadores assim como nosso Senhor agiu. É triste
ver que muitos se denominam cristãos, mas seguem o exemplo dos escribas e
fariseus. Eles não demonstram amor pelos perdidos.
Ao invés de evitar os
pecadores de seu tempo, Jesus frequentemente estava acompanhado deles. Nosso
Senhor se assentava à mesa com eles e ativamente os buscava (Lc 19:10; 19:5; Mt
14:14. 18:12-14; Jo 4:4s; 10:16).
Jamais deveríamos
correr o risco de desprezar àqueles a quem o Senhor busca. Como seus
seguidores, devemos proclamar que Cristo veio “buscar e salvar o que se havia
perdido” (Lc 19:10). Muitas pessoas talvez não dariam importância a uma
simples dracma perdida. Mas tal como aquela mulher buscou sua dracma perdida,
Deus busca aqueles a quem o mundo despreza, isto porque o valor e o mérito não
estão no perdido, mas Naquele que o encontra.
Essa parábola está
inserida num contexto muito particular do discurso de Jesus. Neste contexto,
Jesus conta três parábolas: a parábola da ovelha perdida, a da dracma, e a do
filho pródigo, cujo objetivo é o mesmo: destacar o amor de Deus pelo pecador
perdido. Na primeira parábola uma ovelha está perdida. Na segunda parábola uma
dracma está perdida. Na terceira parábola um filho está perdido. Em todas as
parábolas acontece o reencontro. O pastor deixa as noventa e nove no deserto e
vai em busca da única ovelha que havia se perdido. A mulher não leva em conta
que ainda tinha nove dracmas, mas busca incansavelmente a única dracma que
havia se perdido. E o pai, embora ainda tivesse o filho primogênito dentro de
casa, não descansou enquanto seu outro filho voltasse para casa.
Nos três histórias
acontece uma grande festa. Há uma festa porque algo precioso foi encontrado.
Estas parábolas nos mostram que Deus em seu amor não mede esforços para ir ao
encontro do pecador perdido.
Nesse sentido, o
próprio Deus tornou-se modelo para nós.
Se desejamos reencontrar tesouros perdidos dentro da nossa própria
família, então, devemos buscar direção, esforçar-nos e buscar diligentemente,
porque é assim que Deus faz em relação ao pecador.
Qual tesouro você
perdeu dentro da sua casa? Comunhão, dialogo, paz,
Você precisa
identificar qual dracma você perdeu. E, assim que identificar, iniciar a busca
por ele. Nada é mais urgente do que restaurar as bases da nossa casa.
Sua família é o maior
patrimônio que você possui. Bens, diplomas e sucesso profissional perdem o significado para você
sem a felicidade de sua família.
Na verdade, nenhum
sucesso compensa o fracasso da sua família. Não podemos construir nossa
felicidade sobre os escombros da nossa família.
Há pessoas que querem
alcançar o sucesso por meio de vôos solitários, fazendo carreira solo, deixando
para trás a família, Igreja, e amigos. É por este motivo que há muitas famílias
doentes e feridas. Há muitas famílias precisando de cura e restauração, porque
foram colocadas em segundo plano.
Mas, lembremos que Deus
ama a família, pois a instituiu. Deus não abre mão da família, pois esta é uma
agência do seu Reino na terra. Josué, o grande líder que substituiu Moisés e
introduziu o povo de Israel na terra da promessa, deu testemunho diante de toda
a nação que ele e sua casa serviriam ao Senhor (Js 24.15). A essas alturas,
Josué tinha prestígio e bens, sucesso e fama, mas nenhuma conquista pessoal
diminuiu seu propósito de consagrar sua família a Deus.
Sei que muitos aqui
estão em busca de sucesso na vida profissional. Outros tem feito um grande
Investimento na formação intelectual dos seus filhos, para que sejam
vencedores. Todos nós neste mundo, precisamos batalhar muito para ter uma vida
material mais tranquila no futuro.
Embora, essas
iniciativas sejam legítimas, nada disso nos aproveitará se descuidarmos do
principal, que é colocar nossa família no altar de Deus para o servirmos com
alegria e fervor, nos esforçando diligentemente para encontrar os dracmas que
estão perdidos em nossas casas.
VII.
As lições que podemos
aprender:
1.
A mulher perdeu algo de valor dentro de casa. Ela
perdeu uma moeda de sua coleção. Das 10 dracmas, perdeu uma, e a perdeu dentro
de casa.
Mais
importante do que valores são os relacionamentos. Mais precioso do que bens são
as pessoas. Muitas vezes, por descuido, nós também perdemos verdadeiros tesouros
dentro de casa. Perdemos a comunicação, perdemos a alegria da comunhão,
perdemos o acendrado amor com que devemos nos amar uns aos outros.
2.
A mulher não se
conformou com a perda. A mulher poderia ter se conformado com a perda da moeda.
Afinal, ela ainda tinha nove delas guardadas em segurança. Mas, essa mulher não aceitou passivamente a perda. Ela não se conformou com a derrota. Ela não desistiu de recuperar a moeda perdida. Muitas vezes, nós somos descuidados em guardar os tesouros que temos e quando os perdemos somos vagarosos e até desanimados para procurar o que se perdeu. Conformamo-nos facilmente com a derrota, como o sacerdote Eli. Preferimos desistir do casamento, dos relacionamentos, do que lutar para recuperar o que se perdeu.
3.
mulher acendeu a candeia para procurar o que
havia perdido.
As casas
na Palestina não possuíam janelas. Eram ambientes escuros e ensombreados. Era
impossível procurar algo perdido sem acender a candeia. Se queremos reencontrar
o que perdemos dentro da nossa casa, precisamos de igual forma acender a
candeia. A candeia é um símbolo da Palavra de Deus. Precisamos iluminar nossas
mentes, nossos corações e nossos relacionamentos pela luz da Palavra se de fato
queremos encontrar esses tesouros perdidos dentro da nossa casa.
4.
A mulher varreu a casa
para procurar o que se havia perdido. A mulher teve coragem de mexer e remover
do lugar muita coisa. Ela teve iniciativa e esforço. Ela enfrentou o
desconforto da desinstalação. Ela levantou muita poeira ao varrer cada canto da
casa à procura do seu tesouro perdido. Se quisermos a restituição desses
tesouros perdidos dentro da nossa casa, precisamos de igual forma procurá-los
diligentemente. Não podemos ser omissos nem acomodados. Não podemos ter medo de
mexer em algumas coisas já sedimentadas. Não podemos ter medo de desconforto.
Há muitos indivíduos que estoicamente desistem de procurar o que se perdeu em
sua vida, em seu casamento, em sua família. Preferem encontrar justificativas
para as perdas a investir tempo na busca do que se perdeu. Não devemos desistir
jamais, pois o desconforto da busca não deve nos privar da alegria do encontro.
5. A mulher comemorou com grande alegria o encontro daquilo que estava perdido. A
mulher perdeu a moeda no recesso do lar, sob as sombras do anonimato, mas ela
celebrou o encontro da dracma publicamente sob os auspícios da luz. Nossas
conquistas e bênçãos devem ser conhecidas e proclamadas. As outras pessoas
devem conhecer nossas vitórias e participar das nossas alegrias. Há festa no
céu quando um pecador se arrepende e quando o perdido é encontrado; também há
alegria diante dos homens quando os tesouros que perdemos dentro da nossa casa
são encontrados. É tempo de acendermos a candeia e pegarmos a vassoura. É tempo
de procurarmos diligentemente aquilo que perdemos. É tempo de celebrarmos com
os nossos irmãos as vitórias que vêm de Deus e a restituição das bênçãos de
outrora!
Grande alegria no céu
A mulher ficou muito
feliz quando encontrou sua dracma. Ela até chamou suas amigas e vizinhas para
celebrarem! Deus também fica muito feliz quando um pecador se arrepende e volta
ao Seu cuidado. Ele trata com amor e carinho, sem exigir castigo por causa dos
pecados, porque Ele já perdoou tudo.
O céu nos ensina qual é
a atitude apropriada que um pecador arrependido deve ter: alegria! Do mesmo
modo que o céu se alegra, na terra toda a Igreja deve igualmente se rejubilar
pela salvação de perdidos, mais do que qualquer outra benção ou milagre.
Jesus disse que há
muita alegria no Céu por cada pecador que se arrepende!
Ter Jesus é se entregar
totalmente a Ele, deixando-O dirigir a sua vida, pela Bíblia, procurando sempre
estar em comunhão com Ele pela oração. È se dispor a servi-Lo.
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