segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Série : Os perdidos dentro da Igreja - O filho pródigo

 


 


 Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com 


Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! 

 





Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Texto: Lucas 15: 25-32 que nos diz:

 

 

25- Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças;

 

26- e chegando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.

 

27- Respondeu-lhe este: Chegou teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.

 

28 -Mas ele se indignou e não queria entrar. Saiu então o pai e instava com ele.

 

Lc 15:29 Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com meus amigos;

 

30- vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

 

31- Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu;

 

Lc 15:32 era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.

 Nós estaremos desenvolvendo uma série de mensagens sobre os perdidos dentro da Igreja, a 1ª foi 

1. A dracma perdida dentro de casa:

2.  O filho pródigo perdido em casa


1. Jesus contou três parábolas sobre a alegria do encontro de Deus com um pecador arrependido:

 

a) A ovelha perdida que foi encontrada – O pastor chama a todos para se alegrarem.

 

b) A moeda perdida que foi encontrada – A mulher chama seus vizinhos para se alegrarem.

 

c) O filho perdido que voltou para casa – O pai oferece uma festa e se alegra.

 

Nessas três parábolas a única pessoa que não está alegre e feliz é o irmão mais velho do pródigo.

 

2. No meio dessa festa do encontro, do resgate, da salvação há alguém que não age como os outros.

 

·        O filho mais velho está triste, porque o Pai recebeu o filho pródigo com alegria.

 

·        O filho mais velho está irado, porque o Pai é misericordioso.

 

·        O filho mais velho está do lado de fora, enquanto o filho pródigo está dentro da Casa do Pai.

 

 3. O filho mais velho simboliza para nós, o perigo de se estar na Casa do Pai, dentro da Igreja e ainda estar perdido, em atitudes que são contrarias aos desejos de Deus. Deus espera que nós alegremos com alegres que se arrependem e voltam.

 

Algo importante aqui, é enfatizar que esse filho representa os escribas e fariseus que se consideravam santos e desprezavam os outros.

 

Esse filho representa aqueles que estão dentro da igreja, obedecendo a leis, cumprindo deveres, sem se enveredar pelos antros do pecado, pelos corredores escuros do mundo e ainda assim, estão perdidos. Estão perdidos, porque perderam a capacidade de amar, de tolerar, de suportar, de entender ao seu próximo, de terem compaixão.

 

“Ora, o filho mais velho estivera no campo; e quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.

 

Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.

 

Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo” (Lc 15.25-27).

 

É aqui que a trama da parábola do filho pródigo engrossa. A localização da história de Jesus torna evidente que independente de quanto é comovente a saga do filho mais novo, o filho mais velho é o verdadeiro foco da parábola.

 

Foi dito como resposta a acusação orgulhosa da elite religiosa judia de que Jesus expôs o seu verdadeiro caráter através da sua companhia—“pecadores” notórios e ladrões.

 

 A sua acusação na verdade fez mais em revelar o seu próprio orgulho hipócrita e sem piedade do que qualquer falha no Senhor, um fato que não era provável que reparassem. E foi da preocupação por eles, não pelos “pecadores” desprezados, que esta grande parábola surgiu—uma história de um filho esbanjador, um pai de coração partido e um irmão que se recusou a se reconciliar com qualquer um deles.

 

Como poderiam não ser tocados por esta história comovente a respeito do amor de um pai por um filho desviado e a sua alegria com a recuperação deste filho? Não eram eles pais também? Não seria isso que eles teriam feito?

 

O filho mais velho, de início não tem um papel grande na história. Quando seu pai, a pedido de seu irmão, divide os seus pertences, ele simplesmente recebe dois terços da riqueza do seu pai que era, como primogênito, dele de direito (Dt 21:17).

 

Se ele compartilhou a dor do seu pai com a partida repentina do seu irmão ou o seu anseio por ele durante a sua ausência, não nos contaram.

 

Ele estava cuidando dos negócios na fazenda. Enquanto o seu irmão tolo estava gastando muito dinheiro numa rebeldia grande, ele era a alma da indústria. Ele era respeitável e responsável. O seu irmão era sem valor, sem perdão. Ele era bom, seu irmão era mal. Em contraste, o irmão mais velho encontrou seu sentido e seu valor. Foi o que tornou seu mundo ordenado e lhe deu sentido.

 

Mas agora repentinamente acaba toda esta ordem. O seu irmão esbanjador voltou; não para a vergonha, como certamente merecia, mas para música e danças! A raiva do irmão mais velho estava muito forte diante de tal injustiça.

 

Para a sua diligência e fidelidade, não havia tido nenhuma comemoração nem festividades, nem um cabrito! Mas agora para este jovem imoral e sem valor, uma alegria extasiada! Era completamente errado!

 

 O convite do seu pai para que ele entrasse e se juntasse a comemoração, para ele era uma total estupidez. O seu pai era tão tolo quanto seu irmão era um libertino. Era uma violação de tudo que era justo e correto e ele não chegaria perto de tal insanidade.

 

Com sua reação ele não só demonstra o seu desprezo por seu irmão que esteve desviado, mas também pelo seu pai, que sempre havia sido fiel.

 

Para o homem que lhe criou e lhe deu tudo o que possuía não havia nem respeito nem compaixão. A sua auto-justiça orgulhosa (“sem jamais transgredir uma ordem”) e ambição para si mesmo se mostram de forma crua. Era uma cena feia; e era isso que Jesus queria mostrar.

 

O menino que ficou em casa era tão pródigo quanto seu irmão mais novo. Ele havia vivido todo este tempo comendo as espigas secas da auto-justiça enquanto, como seu pai o lembrou, “tudo o que é meu é teu”. Não era por merecer que ele teria toda esta abundância, mas pelo amor do seu pai. Tudo que ele precisava era ter pedido.

 

 

Esta grande parábola é a imagem de duas figuras: Deus na sua grande bondade e misericórdia e o fariseu na sua miserável mesquinhez espiritual.

 

Como o irmão mais velho, o Fariseu não servia a Deus porque O amava, mas porque trouxe a ele um sentido incrível de superioridade pessoal. Ele era abjetamente pobre no seu merecimento imaginário quando ele poderia ser rico pela Graça de Deus.

 

Como o irmão mais velho via o seu irmão mais novo os fariseus olhavam com desprezo os “pecadores” socialmente desprezados e jamais viam a sua própria pobreza espiritual.

 

A verdade é que eram, de longe, piores que os publicanos e “pecadores” com os quais acusavam Jesus porque aqueles excluídos freqüentemente reconheciam o seu estado pecador algo de que nenhum Fariseu com respeito próprio seria culpado.

 

Assim, como uma vez Jesus lhes disse, “publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus” (Mt 21:31). Porém mesmo assim Deus os ama, e pede a eles que venham para a festa. Que Pai maravilhoso!

 

O filho pródigo da parábola narrada por Jesus em Lc 15:25-30, refere-se ao filho mais moço (15:12), e não ao filho mais velho que ficou em casa. Não obstante, falaremos a respeito deste ultimo.

 

Pródigo, literalmente significa “dissipador, esbanjador, desperdiçador ”. O filho pródigo da parábola foi acusado de dissipar sua fazenda, gastar sua herança, abandonar a casa do pai e viver dissolutamente.

 

Seu irmão mais velho, que ficou em casa, não esbanjou seus bens nem abandonou o lar paterno. Porém, tempos depois, sua atitude grosseira tanto para com seu pai como para seu irmão, que voltara arrependido, renunciando até o direito de filho (15:21), demonstra que ele era mais pródigo do que o que deixara o lar.

 

I. Os dois filhos pródigos

O irmão mais novo era pródigo por dissipar sua fazenda, sua herança; o mais velho era pródigo por dissipar a oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão. A sua falta de amor para com o irmão e a desobediência para com o seu pai são provas de sua prodigalidade. O irmão mais moço, pródigo, fora de casa (na igreja). O mais novo, voltando arrependido, pedindo perdão, renunciando os seus direitos para ficar em casa como servo-jornaleiro.

 

O mais velho, apesar de estar em casa com seu pai (15:13b), assumiu uma posição inflexível e impiedosa diante do irmão que voltara arrependido. “O seu coração não sabia aprecias a graça que espera, anela, recebe e abençoa”. Nem com “bezerros cevados e música divina” ele mudou de atitude diante da volta do irmão. Antes, queria gozar com seus amigos, em detrimento do perdão daquele que estivera ausente.

 

O filho pródigo que ficou em casa, ao ouvir a música e ver a comida que seu pai havia preparado para comemorar a volta do filho, perguntou aos servos: “Que barulho é este?” Os servos responderam: “Veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo” (v 17). “Meu irmão! Não!” Foi falar com seu pai, e durante a conversa usou o termo ”este teu filho” (v 30).

 

Considerou a música e o banquete desnecessário extravagante. Ora, o momento era de alegria, de perdão, de regozijo. Já pensou que tipo de música bonita não seria aquela que o pai mandou tocar para seu filho que voltava? Porém, o filho mais velho não queria ouvir. Para esse tipo de “filhos pródigos”, a música sacra, “paternal”, não tem valor. Hoje, eles estão querendo ouvir a música profana, diante da qual nossas igrejas estão sendo ameaçadas, por tentarem agradar os “filhos pródigos modernos” que vivem dentro delas.

 

II Dois modelos de crentes

Esses dois tipos de “filhos pródigos” são uma figura dos crentes (irmãos) que temos em nossas igrejas. Uns procurando acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados. Outros, justificando-se, cobrando os “serviços prestados” à igreja: “Tenho servido a tantos anos... nunca me deram um cabrito para comer com meus amigos” (v 29). Queixam-se de seus pastores, da igreja onde congregam, vivem sempre a se queixar.

 

O filho pródigo que ficou em casa é o tipo desses que vivem dentro da igreja confiando em seus próprios méritos, e sempre estão a dizer: “Sirvo aqui durante tantos anos... e nunca me deram um cabrito” (um cargo, uma posição)”. Quase sempre protestam quando a igreja recebe um filho pródigo.

 

O quadro é triste, mas verdadeiro. “Alguns homens não alimentam sentimentos nobre para com seus semelhantes e, por conseguinte, não podem manifestar gozo pela salvação deles”, escreveu certo comentarista da Bíblia.

 

O filho pródigo que saiu de casa viveu no mundo durante muitos anos e esbanjou os seus bens morais e espirituais. Más o importante é que ele voltou à casa paterna, e dele disse o seu pai: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (15:32).

 

Vejamos agora os motivos que o filho pródigo que ficou em casa apresentou para não receber o seu irmão que havia voltado arrependido: 1) “Nunca me deste um “cabrito” para alegrar-me com meus amigos”, 2) “Mataste o bezerro cevado e tocaste música para ele, e para mim nem um “cabrito”. Sua Filosofia: Não perdoar, não recebê-lo, não fazer festa nem ouvir música. Sua doutrina: O que é meu é meu, e não o compartilho com ninguém.

 

A doutrina do pai era receber o filho perdido e integrá-lo na família (igreja), com todos os direitos de filho, e dizer-lhe: Filho, o que é meu é teu, e tosas as minhas coisas são tuas” (v 31).

 

Vejamos a diferença entre os dois filhos pródigos: O primeiro levantou-se e foi ter com seu pai, confessando os seus pecados, sem exigir nada, tão somente a sua admissão como servo (15:19). O segundo indignou-se e não quis entrar para abraçar o irmão, apresentando suas razões egoístas. O pródigo ajunta tudo, leva tudo (15:13,14), más ao voltar nem os amigos o acompanham. Somente o pai levanta-se e corre para abraçá-lo(15:20).

 

Se você meu irmão é um “irmão mais velho”, é “um que ficou em casa”, não despreze seu irmão quando ele voltar arrependido, confessando os seus pecados. Caso contrário, você será mais um pródigo dentro de casa (igreja), impedindo as bênçãos de Deus sobre sua vida e o direito de seu irmão voltar a ter paz com Cristo e com a igreja (sua casa).

 

Jesus estava falando de herança, ensinando ao povo sobre as bênçãos presentes e futuras aqui na Terra do Reino de Deus, e naquele momento em que ensinava, estava quebrando paradigmas, porque, o filho mais novo pediu a sua parte da herança, mas, na verdade não é comum o filho receber herança enquanto o pai vivesse, porém, o pai repartiu sua propriedade entre eles.

 

 

Assim acontece conosco nas circunstâncias da vida, no nosso lar cristão, há um período você de pedir o que quer; há um período de você determinar e discernir o que fazer e como fazer, mas, muitas vezes, não sabemos o que queremos, não sabemos pedir; não sabemos o que fazer e nem como fazer! A Bíblia diz que o filho mais novo pegou todos os seus bens e foi para um lugar distante viver irresponsavelmente!

 

Ele mostrou que não queria mais nenhum vínculo com o seu pai e nem com a sua família, porque, levou tudo, porque quando saímos de um lugar, sempre deixamos algo se temos a pretensão de voltar, mas, neste texto está escrito que o filho mais novo levou tudo o que lhe pertencia, isto é, queria mesmo esquecer tudo e todos!

 

Também, nós como servos de Deus, muitas vezes, o SENHOR tem nos dado algo, mas, não sabemos como administrar para termos uma vida melhor, mais agradável e alegre, acabamos gastando de qualquer maneira! Às vezes o Senhor nos abençoa para ajudarmos na Obra, mas, não nos lembramos nem de ajudar ao próximo somos egoístas e acabamos gastando irresponsavelmente!

 

Como servos de Deus, temos tudo que precisamos em nossa casa, mas, ainda existe um vazio dentro da nossa alma e queremos algo mais, também na igreja quando recebemos Jesus já queremos logo prosperar e ficamos titubeando, de repente, bate um vazio, então começa a faltar os cultos, não vai mais à igreja, se distancia da sua família eclesiástica, também, começa a se distanciar de Deus! É nessa ida que você pega algo lá de fora e traz para dentro de você para satisfazer-se, mas que vai causar um grande dano à sua alma!

 

No lar existem as regras que orientam como você pode obter a vitória, ser próspero e ter êxito na vida, mas, você não quer saber e nem obedecer, porque quer descobrir algo mais pelo mundo a fora e nós como pais não queremos permitir, porém, outros dizem: “deixa que lá fora ele vai aprender!” Por quê? Porque lá fora, certamente, passará por experiências que nunca passou dentro de sua casa e entenderá o que é certo e o que é errado; o que traz benefício e o que traz malefício para sua vida… começou a passar necessidade.

 

– A fome é a falta de alimento no nosso organismo e deixa o nosso físico enfraquecido. – Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. “Caindo em si…” – Pensou voltar para casa do pai, assim, também, acontece conosco quando estamos com o vazio na alma, queremos alguém para confiar e são nos momentos mais difíceis que Deus se revela como a solução para todos os nossos problemas, pois: “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e o beijou. Aleluia!

 

 

“O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. – Por que ele diz pequei contra o céu? Porque, ainda estava neste mundo, e tudo que fazemos aqui nesta Terra, alguém está testemunhando no céu.

 

Quantas vezes, nós como crentes em Jesus pecamos contra nosso pastor; pecamos contra nossos irmãos, achamos que somos os donos da razão, queremos mudar de igreja, de repente, começa a viver dissolutamente…

 

“Mas o pai disse aos seus servos: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. – Nesse contexto as roupas significa posição de destaque; o anel significa autoridade; as sandálias, porque era filho e os escravos andavam descalços.

 

Esta parábola conta que o filho mais velho estava na casa do pai, porém, encheu-se de ira, e não quis entrar, então seu pai saiu e insistiu com ele.

 

Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas, tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!

 

Na verdade o foco desta parábola é o filho mais velho que ficou na casa do pai, no lugar de todos nós que ficamos na casa do Pai, dentro da igreja; o filho mais novo saiu da casa do pai, passando a viver, segundo os padrões mundanos, de repente quer voltar para congregação pede perdão do pastor e diz que quer caminhar, amar e aprender na congregação, então o pastor se alegra com essa decisão, mas, isso não quer dizer que o pastor vai fazer uma grande festa para ele! Porém, nós que ficamos na casa do pai, muitas vezes, o ignoramos e não nos alegramos com o retorno do irmão (ã), não queremos ser participantes da alegria que o pastor está sentido com a volta do filho pródigo.

 

III. Três pontos para refletirmos a respeito dos que ficaram na casa do pai:

1. (V. 29 ) “Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens.

 

“Mas tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com os meus amigos” – ele fazia tudo por obrigação! E você faz a obra por obrigação ou por amor? temos que fazer a obra de deus por amor e não por obrigação, necessidade ou relaxadamente…! – “nunca me deste um cabrito” disse o filho mais velho! Ele não conseguiu um cabrito diante do pai! Pergunte ao irmão (ã)! por que tu não tens conseguido?

 

Quer fazer uma festa para aqueles que estão perdidos dentro da sua família?! Quer fazer uma festa para os desviados que não conseguem mais buscar a presença de deus? faça a obra por amor e não por ganância!

 

2. (V 30 ) ‘Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’- Ele era um egoísta, egocêntrico! a pessoa egoísta pensa só em si, quer tudo girando em torno de si próprio! quantas pessoas não estão mais aqui, porque não foram colocados na função que queriam! ah! não quero ser pé, quero ser mão ou quero ser cabeça, entenda que tudo que temos provém de Deus!

 

3. ( V. 31) “Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.

 

“Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ – Ele não conhece o pai – temos que conhecer o pai! Os fariseus não entendiam as obras que Jesus realizava, por isso, o reprovavam e o perseguiam, porque, não entendiam o amor de Deus;

 

Eram detentores da lei, mas, não conheciam a Deus! quantos estão nas igrejas, pregam a palavra, leem a bíblia, mas não conhecem o Pai, sabe por quê? Porque são egoístas, egocêntricos! Mas, hoje o Senhor quer libertar e se revelar à todos que ainda não o conhecem! Glória a Deus, aleluia!

 

 

IV. O simbolismo do filho mais velho para nós:

 

1. Aqueles que vivem dentro da igreja, mas ainda a margem dos dois principais mandamentos.

Jesus ensinou que os dois principais mandamentos da lei são amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo.

 

Esse filho quebrou esses dois mandamentos: ele nem amou Deus, representado pelo Pai e nem o seu irmão.

 

Ele não perdoou o Pai por haver recebido o filho pródigo, nem perdoou o irmão pelos seus erros.

 

Há pessoas que estão na igreja, mas não têm amor por Deus nem pelos perdidos. Estão na igreja, mas não amam os irmãos.

 

Nós precisamos pedir a Deus que reavive nossos corações, nos dando uma renovação de amor que nos leve a sermos mais sensíveis aos nossos irmãos.

 

2. Aqueles que vivem dentro da igreja, mas ainda estão confiando na sua própria justiça

Ele era veloz para ver o pecado do seu irmão, mas não enxergava os seus próprios pecados. Ele era duro para condenar o irmão, enquanto via-se a si mesmo como o padrão da obediência.

 

O filho mais velho agia com o mesmo sentimento que os fariseus que definiam pecado em termos de ações exteriores e não atitudes íntimas. E assim se tornavam orgulhosos de si mesmos.

 

Como o profeta Jonas, esse filho mais velho obedecia ao Pai, mas não de coração. Ele trabalhava com intensidade, mas não por amor.

 

3. Aqueles que vivem dentro da igreja, mas não totalmente livres.

O filho mais ilustra o caso de alguém que ainda não vive como livre, mas como escravo. Sua religião é rígida, cheia de conceitos e preconceitos, e esta levando-o ao pior extremo: a incapacidade de ter compaixão e misericórdia dos que falham.

 

Este filho ilustra o caso daquele que obedece por medo ou para receber elogios. Faz as coisas certas com a motivação errada. Sua obediência não provém do coração.

 

Ele anda como um escravo (v. 29). O verbo é douleo = servir como escravo. Ele nunca entendeu o que é ser filho. Nunca usufruiu nem se deleitou no amor do Pai.

 

Ser crente para ele é um peso, um fardo, uma obrigação pesada. Ele vive sufocado, gemendo como um escravo.

 

Está na igreja, mas não tem prazer. Obedece, mas não com alegria. Está na Casa do Pai, mas vive como escravo.

 

4. Aqueles que vivem dentro da igreja, mas que ainda estão com o coração cheio de amargura.

Vejamos o que diz os versos 29 e 30:  “29 Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com meus amigos; 30 vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado”

 

Ele estava escorado orgulhosamente em sua religiosidade, e cheio de um sentimento de discriminador. Só ele presta; o pai e o irmão estão debaixo de suas acusações mais veementes.

 

Sua mágoa começa a vazar. Para ele quem erra não tem chance de se recuperar. No seu vocabulário não tem a palavra perdão. Na sua religião não existe a oportunidade de restauração.

 

Sente-se injustiçado pelo pai e acusa o pai de ser injusto com ele, só porque perdoou o irmão. Na religião dele não havia espaço para a misericórdia, perdão e restauração.

 

Ele se achava mais merecedor que o outro. Sua religião estava fundamentada no mérito pessoal e não na graça. É a religião da lei, do legalismo e não graça nem da fé que opera pelo amor.

 

Ele não perdoa nem restaura o relacionamento com o irmão – v. 30. Ele não se refere ao pródigo como irmão, mas diz: “Esse teu filho”. A Bíblia diz que “quem não ama a seu irmão até agora está nas trevas”. Ele desconhece o amor. Ele vive mergulhado no ressentimento. Ele vê seu irmão como um rival.

 

O seu pecado em desprezar a seu irmão era tão grave quanto falha de seu irmão em viver uma vida dissoluta gastando tudo.

 

A falta de amor é um pecado tão grave como o pecado da vida imoral e dissoluta.

 

O seu ressentimento o isolou do Pai e do irmão. Ele não quis entrar na festa de comunhão que seu pai havia preparado para seu irmão.  Ele se recusa a entrar, fica fora da celebração. Mergulha-se num caudal de amargura.

 

Quando uma pessoa guarda ressentimento no coração pelo irmão que falhou, perde também a comunhão com o Pai.

 

Ele diz para o Pai: “Esse teu filho”. Mas o Pai o corrige e diz-lhe: “Esse teu irmão” (v. 30,31).

 

5. Os que vivem dentro da igreja, na presença do pai, mas andam ainda como pessoas solitárias – V. 31

O filho mais velho estava solitário, lá fora da casa onde a festa acontecia. Ele passou a andar sem alegria, sem amor e sem prazer.

 

Quantos estão na igreja, mas nunca sentem o amor de Deus, a alegria da salvação, o prazer de pertencer a Jesus, a doçura do Espírito Santo.

 

Vivem como órfãos: sozinhos, curtindo uma grande solidão e insatisfação dentro da Casa do Pai.

 

Enquanto há uma celebração de todos os irmãos, outros poucos permanecem sentindo-se solitários na casa do pai.

 

6. Aqueles que vivem dentro da igreja, mas não se sentem donos do que é do pai – V. 31

O pai diz a este filho: “Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu”.

 

Muitos hoje estão vivendo um cristianismo pobre. Vivem sem alegria, sem banquete, sem festa na alma, trabalhando, servindo, mas sem alegria;

 

Esse filho não tem nenhum proveito na herança do Pai. Ele nunca fez uma festa. Nunca celebrou com seus amigos. Nem sequer um cabrito, ele comeu. Ele nunca saboreou as riquezas do Pai.

 

Ele não tem comunhão com o Pai: Era como Absalão, que estava em Jerusalém, mas não podia fazer festa com seu pai..

Assim como o filho mais velho, ele não tomou posse do que era seu e deixou de banquetear-se.

 

Mas algo tremendo acontece aqui, pois o mesmo Pai que saiu ao encontro do filho pródigo para abraça-lo, sai para conciliar-se este filho mais velho (v. 31).

 

O mesmo pai que vai ao encontro dos desgarrados e afastados é aquele que bem ao encontro daqueles que estão dentro da igreja precisando de cura, renovação e restauração interior.

 

O remédio para esse filho era o mesmo para o outro: confessar o seu pecado, se humilhar perante o Senhor e experimentar o milagre de um reavivamento interior. Mas ele ficou do lado de fora. Agora perdido dentro da Casa do Pai. Não fique do lado de fora. Venha e desfrute da festa que Deus preparou!



 VII. Como se comportam os que estão perdidos dentro da Igreja

 


 

1. Vive dentro da igreja, mas não é livre.

 

Veja comigo o v.29: “Mas ele respondeu [o filho que ficou com o pai, dentro de casa]: “Faz tantos anos que trabalho como um escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus amigos”.

 

Esse filho disse: “...faz tantos anos que trabalho como escravo”. Ele não vivia como filho, mas como escravo.

 

Fazia as coisas certas, mas com a motivação errada... ele trabalhava, ele ajudava; mas a obediência dele não vinha do coração, mas da obrigação.

 

Ele nunca entendeu o que é ser filho. Nunca conheceu o amor do pai.

 

Muitos, também, estão na igreja por mera obrigação.

 

Obedecem, trabalham, participam numa célula... mas não têm alegria. Estão na casa do Pai, mas vivem como escravos, não como livres.

 

Se esse é o seu caso, você precisa se achar...

 

 

2. Vive dentro da igreja, mas com o coração cheio de amargura.

 

Observe no v.30 o que disse aquele filho mais velho: “Porém esse seu filho [repare o modo como se referiu ao irmão dele] desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo!”

 

Repare a amargura nas palavras dele... ele já tinha falado que trabalhava como escravo sem nunca ganhar um cabrito pra fazer festa com os amigos...

 

Esse filho mais velho ficou irritado com a misericórdia do pai... ele não se alegrou com a restauração do seu irmão caído.

 

Para ele, quem erra não tem chance de restauração, não merece perdão. Na religião dele, não havia agenda para o amor.

 

Mas a Palavra de Deus diz que quem não ama a seu irmão ainda permanece nas trevas.

 

Sua amargura era tão grave quanto o pecado de desperdício que o irmão havia cometido fora de casa.

 

O ressentimento que trazia no coração o isolava do pai e do irmão... e veja que isolamento, porque ele se recusou a entrar em casa para participar da festa em comemoração a volta do irmão arrependido.

 

Ele estava realmente com amargura, estava magoado, revoltado, envenenado pela mágoa.

 

Amados, quem está dentro da igreja e vive com o coração amargurado contra um irmão, está em trevas, está perdido.

 

Está perdido, talvez não no sentido de estar sem a salvação, mas perdido sem a alegria da salvação.

 

Isso não compensa... não é vida!

 

3. Vive dentro da igreja, na presença do pai, mas anda como solitário.

 

Está escrito no v.31: “Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu”.

 

O pai disse isso porque aquele filho andava sem alegria... estava na casa do pai, mas não estava em comunhão com ele.

 

Quantos também, estão na igreja, mas sem intimidade com Deus... estão na igreja, mas não desfrutam da comunhão, não experimentam as unções do Espírito Santo...

 

Estão na igreja, mas vivem como órfãos, sozinhos, solitários, sem líder, sem pastor... sem um companheiro de discipulado!

 

Irmãos, Deus-Pai proveu para nós uma família, um círculo de irmãos, uma célula onde nos sentirmos bem-vindos, bem amados, ajudados...

 

Mas, quantos estão andando solitários, sem célula, ou ausentes, sem discipulado, sem companheiros de jornada e afastados dos irmãos!



4. Vive dentro da igreja, mas não se sente dono do que é do pai.

 

Nesse v.31, disse o pai: “Meu filho... tudo o que é meu é seu”.

 

Ele era rico, mas estava vivendo na miséria... tinha toda a riqueza do pai à sua disposição, mas vivia como escravo, sem se sentir dono de nada.

 

Assim, também, muitos vivem na igreja sem desfrutar das coisas do Pai... sem se sentir possuidores ou responsáveis daquilo que é do Pai... não se sentem como filhos, mas novamente, como escravos!

 

O pai disse: “Meu filho... tudo o que é meu é seu”.

 

A festa dos domingos a noite ou mesmo pela manhã, que o Pai do Céu manda celebrar no ajuntamento da igreja aqui, é para você... não se exclua!

 

Todo banquete espiritual que o Pai promove, quer na comunidade de base, que é a célula, ou quer na reunião da Igreja toda, é para você...

 

Irmão, o que o nosso Pai do céu proveu ou prover, é seu, é para você – sinta-se dono, tome posse!

 

Porque alguns ficam alheios às coisas que Deus provê para a igreja...

 

Deus provê a célula, que é um grupo de pessoas para cuidado mútuo, para crescimento social e espiritual e para conquista de bênçãos, mas quantos que, conforme lemos no v.28, também não querem entrar para tomar parte?

 

No v.28 está escrito: “O filho mais velho ficou zangado e não quis entrar”.

 

Quantos banquetes, quanta coisa boa Deus tem provido para Seus filhos: é o discipulado, é o Quarto de Escuta, é o evangelismo por amizade, é o fim de semana Vida Vitoriosa, é o curso de Formação Espiritual, é o curso de Treinamento de Líderes...

 

Deus provê oportunidade para o servir na área da dança, na área do louvor, na área de liderança, na área da oração (agora estamos aí com o Relógio de 24 horas de Oração)...

 

Deus provê momentos de culto, onde podemos adorar, ouvir a Palavra, fazer a entrega do dízimo, da oferta...

 

Mas quantos que se excluem, não querendo tomar parte em nada disso?

 

Hoje o Pai está dizendo: “Eu insisto para que entre... tudo o que é meu é seu”.


É terrível perigo estar perdido dentro da igreja.

 

Quero deixar uma palavra com muito amor: Se você não está à vontade na Igreja, se não está à vontade na casa do Pai... se está com o coração amargurado, se está andando sozinho, se não se sente participante daquilo que é do Pai... você está perdendo a festa!

 

Ah! Não permaneça de fora!

 

Jesus contou que quando o filho mais velho ficou zangado e não quis entrar, o pai veio para fora, para onde aquele filho estava e insistiu com ele para que entrasse.

 

Eu vibro com esta parte da história: o pai saiu e insistiu com aquele filho.

 

Três anos atrás, no final do mês de dezembro, um garotinho de 9 anos chamado Tiago, caiu num poço e levou seis dias para ser encontrado. O menino, morador de Guarulhos-SP, voltava para casa, depois de levar o almoço de seu pai, preferindo voltar por outro caminho. Resultado: caiu num poço aberto. Os bombeiros foram chamados. Procura daqui, procura dali e nada. Treinados para resgatar pessoas, e até considerados heróis da população, os bombeiros deram a busca por encerrada. Mas o pai não se conformou. Continuou a procurar pelo pequeno Tiago e o encontrou.

 

Hoje, Deus-Pai, está fazendo a mesma coisa por intermédio do Espírito Santo.

 

Hoje, o Espírito Santo está indo até onde você está... e graças a Deus, você está aqui e não está perdido em nenhum poço... mas está distante, ausente, sozinho, parecendo um estranho...

 

E Deus-Pai fala contigo: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu... seja livre na minha presença, você está em casa! ...deixe a amargura, não ande solitário, como se fosse sozinho... você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu, tome posse!”

 

Então? ...deixe-se encontrar pelo Pai; deixe-se ser envolvido por Seu amor... por que permanecer de fora?


Então, se você tem andado solitário, perdido dentro da igreja, não prolongue mais essa condição. Amém?