domingo, 29 de junho de 2025

Série João Batista o pregador do deserto (3)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Estamos de volta para tratar agora do seguinte tema :

III.              Por que João Batista foi um profeta tão desprezado?

Embora considerado o "maior dos profetas" por Jesus, João Batista foi também um profeta desprezado, especialmente pelas autoridades eclesiásticas e políticas da época.

João Batista era um profeta precursor, que pregava o arrependimento e batizava com água, preparando o caminho para a vinda do Messias.

Aspectos que indicam o desprezo de João Batista:

A.    Pregação confrontadora:

A mensagem de João Batista, que criticava o comportamento das autoridades eclesiásticas e políticas, e sua insistência no arrependimento, não eram bem-vindas.

B.    Foco na vinda de Jesus:

João Batista apontava para Jesus como o Messias, o que poderia ser interpretado como uma ameaça ao poder e à autoridade das figuras religiosas da época.

A prisão e o martírio de João Batista, por ordem do rei Herodes Antipas, após ele ter repreendido Herodes por seu adultério, demonstra a reação negativa à sua mensagem e à sua figura.

C.    Dúvidas e desconfiança:

Em um momento de desespero, João Batista enviou discípulos para perguntar a Jesus se ele era o Messias ou se deveriam esperar por outro.

Por outro lado, João Batista é também visto como um profeta importante e reverenciado:

D.   Mensagem de arrependimento:

João Batista pregava o arrependimento e a conversão, convidando as pessoas a se prepararem para a vinda do Messias.

Ele apontava para Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, preparando o caminho para a vinda do Messias.

E.     Inspiração para os cristãos:

A história de João Batista serve como um exemplo de como podemos viver a fé de forma autêntica, mesmo diante da oposição e do sofrimento.

Apesar de ser reverenciado por sua mensagem e papel como profeta, também foi desprezado pelas autoridades eclesiásticas e políticas da época, como demonstrado pela sua prisão e martírio.

O profeta João Batista não almejava o reconhecimento das autoridades tanto religiosa como política.

O seu firme compromisso era com a verdade, ainda que para isso lhe custasse o próprio pescoço.

 Próximo tema: Como saber se o profeta é verdadeiro o falso


Série João Batista o pregador do deserto (2)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Estamos de volta com a segunda parte deste estudo, agora falaremos sobre

II.                 Como deva ser a desempenho de um verdadeiro profeta

A vida de um profeta é frequentemente descrita como difícil e desafiadora.

Os profetas, na Bíblia, enfrentavam perseguição, rejeição e a necessidade de defender suas crenças contra o sistema religioso muitas vezes colocando suas próprias vidas em risco.

Em contextos mais amplos, a vida de um profeta pode envolver a necessidade de questionar a ordem estabelecida, denunciar injustiças e buscar uma visão mais profunda da realidade.

Os profetas em geral sofriam Perseguição e Rejeição:

Historicamente, os profetas bíblicos, como Jeremias, João Batista foram frequentemente perseguidos e rejeitados por suas mensagens de arrependimento e mudança. Eles eram acusados de instigar o caos e desafiar a autoridade estabelecida.

Eles enfrentavam Dificuldade em Fazer a Sua Missão:

A vida de um profeta exige coragem e determinação. Eles precisam defender suas crenças e transmitir suas mensagens, mesmo quando enfrentam resistência e oposição.

Desafio de Questionar a Ordem Estabelecida:

Em contextos mais amplos, um profeta pode ser aquele que questiona as normas sociais, culturais e políticas, buscando uma visão mais profunda da realidade e propondo mudanças.

A Profecia como Sinal de Esperança:

Apesar das dificuldades, a mensagem dos profetas é frequentemente associada à esperança e à promessa de um futuro melhor.

Desde o século IX a.C., a atividade profética foi sempre um grande desafio.

Neste período, profetas como Elias e Elizeu tiveram que pagar um preço altíssimo pela missão nada compreendida. Era tempo de indiferença e apostasia no Reino do Norte, e combater a descrença e a idolatria reinantes fomentadas por líderes maus, como Acabe, Jezabel e outros, era uma tarefa quase impossível de se fazer.

Mas o verdadeiro profeta não pode se calar frente ao indiferentismo uma vez que ele é o portador da Palavra e fala em nome de Deus. Querendo ou não, recusando ou aceitando, o profeta fala apelando para o coração, com otimismo, esperando que haja uma mudança, uma volta para Deus.

O profeta fala mesmo que não seja ouvido, aponta para Deus mesmo quando o coração do povo aponta para os ídolos; esforça-se para ser entendido com o carisma de sua linguagem, crendo que o "Espírito de Deus no espírito do homem faz com que a palavra do homem se transforme em palavra de Deus".

Mas a missão não é fácil. E o profeta que tão insistentemente teimou em falar de Deus, agora triste, contempla o povo no castigo anunciado: "Por isso o SENHOR rejeitou todo o povo de Israel; ele os afligiu e o entregou nas mãos de saqueadores, até expulsá-lo da sua presença" (2 Rs 17.20).

A partir daí o profeta nada mais pode fazer a não ser lamentar: "Fizeram males que provocaram o SENHOR à ira" (v.11b).

A vocação profética não era para todos.

 Aceitar tamanho compromisso com uma missão nem sempre simpática não era atraente. Falar e não ser ouvido era o que Deus prometia àqueles a quem vocacionava. Parecia até mesmo ser incoerente com a atividade que é o uso da linguagem. Mas essa é a motivação: "Vá, e diga a este povo: Estejam sempre ouvindo, mas nunca entendam; estejam sempre vendo, e jamais percebam" (Is 6.9).

Então o servo sai como que falando ao vento, apelando para o nada!

Como entender os ouvintes da mensagem? Como compreender um povo que a cada dia vai se afastando de Deus, acumulando para si pecados e mais pecados? O que esperar de um povo que não faz conta de Deus e que não tem interesse nenhum por suas palavras? O que falar para quem não tem disposição de ouvir? A verdade neste aspecto é uma só: o povo não quer ouvir a Deus! E o próprio Deus denuncia: "Esse povo é rebelde; são filhos mentirosos, filhos que não querem saber da instrução do SENHOR" (Is 30.9).

E a missão do profeta chega ao cúmulo da rejeição: "Eles dizem aos videntes: Não tenham mais visões! e aos profetas: Não nos revelem o que é certo! Falem-nos coisas agradáveis, profetizem ilusões" (v.10).

Que lamentável! E pensar que era por volta do ano 740 a.C. Neste tempo o homem já era o que é: alguém que quer ser iludido. Quer ouvir o que "gosta" e não o que "precisa". A "instrução" do Senhor não soa bem aos ouvidos; ser "confrontados com o Santo de Israel" (v.11) não é o interesse marcado; querem coisas "agradáveis", querem "ilusões". Parece que é hoje!

A difícil missão de ontem é a missão quase impossível de hoje. Mas não estamos sem aviso. Paulo afirmou algo assim: "O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios" (1Tm 4.1).

O tempo é hoje, e o apelo do apóstolo para nós é este: "Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos" (2Tm 4.2-3). Ou seja, o que se quer ouvir é a mesma ilusão dos tempos do profeta Isaías. Paulo parecia conhecer bem este fato: "Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos" (v.4). É a triste realidade desse tempo!

Como ser profeta da verdade quando a mentira é o que se quer ouvir? Como falar em nome de Deus se é ao Diabo que eles abrem os ouvidos? Como fazê-los entender a diferença de ouvir o que "quer" pelo ouvir o que "precisa"? É quase desanimador, admito. Mas Jesus teria fracassado se diante da debandada de quase vinte mil por ocasião de sua verdade falada à multidão preocupada apenas com a saciedade imediata de pães e peixes perecíveis (João 6) tivesse se desanimado. Sempre vão existir aqueles que dirão para a nossa motivação: "Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna" (Jo 6.68).

"Palavras de vida eterna", é o que o profeta deve comunicar mesmo quando a preferência é pelas ilusões do aqui e do agora. A verdade é comprometedora e incondicional; as ilusões podem ser agradáveis e até satisfatórias, por algum momento. Mas o profeta sempre, mesmo na indiferença dos que ouvem, sustentará uma Palavra que, a despeito de sua rejeição, é a melhor esperança para quem nela se agarra, é o alicerce irremovível para quem quer construir um futuro certo!

 Próximaotema Por que o profeta João Batista foi tão impopular?


Série João Batista o pregador do deserto (1)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no evangelho de Lucas 1.4-43 que nos diz: 

⁵ Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judeia, certo sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel.

⁶ E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor.

⁷ E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade.

⁸ E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma,

⁹ Segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso.

¹⁰ E toda a multidão do povo estava fora, orando, à hora do incenso.

¹¹ E um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso.

¹² E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele.

¹³ Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e chamarás o seu nome João.

¹⁴ E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento,

¹⁵ Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.

¹⁶ E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus,

¹⁷ E irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.

¹⁸ Disse então Zacarias ao anjo: Como saberei isto? Pois eu já sou velho, e minha mulher avançada em idade.

¹⁹ E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.

²⁰ E eis que ficarás mudo, e não poderás falar até ao dia em que estas coisas aconteçam; porquanto não creste nas minhas palavras, que a seu tempo se hão de cumprir.

²¹ E o povo estava esperando a Zacarias, e maravilhava-se de que tanto se demorasse no templo.

²² E, saindo ele, não lhes podia falar; e entenderam que tinha tido uma visão no templo. E falava por acenos, e ficou mudo.

²³ E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa.

²⁴ E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo:

²⁵ Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.

²⁶ E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,

²⁷ A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.

²⁸ E, vindo o anjo até ela, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.

²⁹ E, vendo-o ela, turbou-se muito com sua palavra, e considerava que saudação seria esta.

³⁰ Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus.

³¹ E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Jesus.

³² Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai;

³³ E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

³⁴ E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?

³⁵ E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

³⁶ E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril;

³⁷ Porque para Deus nada é impossível.

³⁸ Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

³⁹ E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá,

⁴⁰ E entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel.

⁴¹ E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.

⁴² E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre.

⁴³ E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?

Diferentemente da maioria dos grandes pregadores da atualidade, o profeta João Batista optou por se distanciar dos grandes centros urbanos preferindo o deserto da Judeia.

Em geral, quem quer ser popular e carregar um grande número de seguidores procura estar no meio das massas.

No entanto, para que um profeta viesse a se manter nas mais altas classes sociais da corte judaica era preciso fazer a concessão de amenizar o teor das suas profecias.

Na Bíblia temos diversos exemplos de profetas populares ou impopulares.

O fator determinante para que um profeta viesse a ser ou não aceito pela sociedade era a maneira como ele se dirigia para os líderes daquela nação.

O profeta precisava se posicionar entre a verdade Divina ou a falácia enganosa dos falsos profetas, que em geral prediziam mensagens elogiosas para os seus líderes.

Neste série de estudo bíblico nós estaremos analisando e respondendo às seguintes perguntas:

 

1.    Quem era João Batista

2.    Como deva ser a desempenho de um verdadeiro profeta

3.    Por que o profeta João Batista foi tão impopular?

4.    Como saber se o profeta é verdadeiro o falso

5.    O que pode tornar um profeta popular ou impopular?

6.    Exemplos bíblicos de verdadeiros e de falsos profetas.

7.    Por que João Batista ministrou no deserto?

8.    Qual era o caráter das pregações de João Batista?

9.    João Batista relativizou a verdade com os seus seguidores?

10.                      Por quê João Batista teve uma morte tão precoce?

  Portanto teremos uma série de dez estudos bíblicos voltados para analisar a preferência de João Batista de optar por pregar no deserto.

I.                   Quem era João Batista

O anúncio do nascimento de João Batista

O evangelho de Lucas descreve que Isabel era estéril e de idade avançada, sendo assim, era improvável que ela ficasse grávida, mas para Deus nada é impossível e nada pode parar os Seus planos neste mundo.

Num determinado dia, quando Zacarias estava exercendo suas funções sacerdotais, ele recebeu a visita do anjo Gabriel, que anunciou o nascimento de um filho e indicou o nome pelo qual ele deveria ser chamado.

Vale ressaltar que o anjo disse para Zacarias que a oração dele tinha sido ouvida (Lc 1:13). Deus ouve as nossas orações! Ore, busque a Deus de todo o seu coração, ele é Pai e ouve os seus filhos.

O anjo Gabriel falou que João Batista seria grande diante do Senhor e cheio do Espírito Santo desde o ventre materno (Lc 1.15).

O médico Lucas, escritor do evangelho, narra que Maria, grávida do Senhor Jesus, foi visitar Isabel em uma cidade de Judá. Ao entrar na casa de Isabel, Maria a saudou e o bebezinho (João Batista) que estava no ventre de Isabel estremeceu e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

Realmente a Bíblia mostra que João Batista era um homem de Deus!

João Batista era realmente um homem de Deus. Ele foi separado por Deus para uma obra especial, e Jesus disse que ele foi o maior de todos os que viveram sob a velha aliança.

Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele (Mt 11.11).

A .       Era cheio do Espírito desde o ventre

 Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno. (Lc 1.15)

Podemos dizer que João conhecia Jesus desde o ventre de sua mãe. Certa vez, quando sua mãe, Isabel, encontrou Maria, João Batista estremeceu no ventre (Lc 1.41).

B.  Pertencia à linhagem de sacerdotes

 Nos dias de Herodes, rei da Judeia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel. [...] Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João. (Lc 1.5,13)

Sendo sacerdote, João Batista poderia usar vestes finíssimas e comer das ofertas, mas preferiu viver no deserto, vestir peles de camelo e comer gafanhotos e mel silvestre (Mt 3.4). Isso mostra sua forte disposição de fazer a vontade de Deus e rejeitar as coisas do mundo.

Usava João vestes de pelos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre. (Mt 3.4)

C. Era um nazireu

Veja o que era um nazireu, em Números 6.1-8.

Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte  (Lc 1.15)

Todo nazireu era consagrado desde o ventre ao Senhor.

D.  Tinha uma posição de converter o povo de Israel

E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus (Lc 1.16).

João era fiel na proclamação da sua mensagem de arrependimento e batismo nas águas. Era um homem de Deus consciente do seu chamado e da sua mensagem (Jo 1.19-23).

E. Era humilde

Ele dizia ser indigno de desatar as correias das sandálias do Senhor Jesus. Dizia que era apenas uma voz clamando no deserto. Uma voz não é nada, é apenas um som, uma mensagem. Isso mostra que ele desejava que as pessoas prestassem atenção à mensagem, e não ao mensageiro.

E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias (Mc 1.7).

F. Era corajoso

João não temia os poderosos da nação, antes denunciava o pecado e a imoralidade.

Porque o mesmo Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (porquanto Herodes se casara com ela), mandara prender a João e atá-lo no cárcere. Pois João lhe dizia: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. (Mc 6.17-18)

G. Era verdadeiro

Todo o povo testemunhou que as palavras de João a respeito de Jesus eram verdadeiras.

E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade. (Jo 10.41)

H. Era respeitado

Até os seus inimigos o viam como justo e bom. João era alguém realmente irrepreensível.

Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo (Mc 6.20).

A importância de João Batista para o Reino de Deus

Ele marcou o início do cumprimento das promessas que Deus havia feito a Israel no Antigo Testamento.

Como sendo o último profeta, em seu ministério, concluiu a responsabilidade da revelação divina sob a antiga aliança. Isso fica claro nas palavras de Jesus: “A Lei e os profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus” (Lc 16:16).

Ele foi o mensageiro que Deus preparou para anunciar a chegada do Messias.

Ele batizou Jesus Cristo.

Muitas pessoas se arrependeram pelas suas pregações.

 Ele sabia que Jesus tinha que crescer e ser visto, que Jesus é Deus e está acima de tudo e de todos.

Próxima matéria: Como deva ser a desempenho de um verdadeiro profeta



domingo, 18 de maio de 2025

Série: A Provisão e a Aplicação da Salvação 10. (A glorificação)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


Resumo da matéria

1. A PROVIDÊNCIA SALVADORA

2. QUATRO ASPECTOS DA PROVISÃO DE CRISTO QUANTO À SALVAÇÃO

3. ARREPENDIMENTO

4. Fé

5. A JUSTIFICAÇÃO

6. A REGENERAÇÃO

7. A ADOÇÃO

8. A SANTIFICAÇÃO

9. ADVERTÊNCIAS E PROMESSAS

10. A GLORIFICAÇÃO




A GLORIFICAÇÃO

A tua fé te salvou; vai-te em paz. ” (Lc 7.50). “... porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. ” (Rm 13.11).

Estes dois versículos ilustram o fato de que a salvação envolve tanto uma certeza presen­te, quanto uma promessa futura. Nossa salvação, em certo sentido, é completa; noutro sentido é incompleta. Tendo em vista o fato de que o homem não pode salvar-se a si mesmo através de um processo de boas obras, ele a recebe como uma “obra plenamente consumada”. Sob esse aspecto, a nossa salvação está completa. Quando, no entanto, consideramos os planos de Deus ainda não realizados, visando abençoar o crente e compartilhar com ele a Sua glória, pode-se dizer que a salvação está incompleta; uma promessa que aguarda o cumprimento. Até esta altura, abordamos somente os aspectos da salvação que concernem a esta vida presente; a transformação do homem condenado, num crente perdoado (a justificação); o renascimento do homem espiritualmente morto (a regeneração); a transformação de inimigo de Deus em filho de Deus (a adoção); e o processo mediante o qual o pecador toma-se um santo (a santificação). Cada um destes quatro aspectos da salvação, envolve ainda uma promessa futura.

 Ao crente perdoado é prometida uma entrada triunfante na presença de Deus, onde O verá face a face, porém sem se envergonhar, pois a perfeita justiça de Cristo será sempre sua. O crente nascido de novo receberá um corpo glorificado; será uma criatura gloriosa por toda a eternidade. O filho de. Deus receberá sua herança e será elevado à sua devida posição, a saber, reinar juntamente com Cristo. Os santos finalmente serão libertos da natureza pecaminosa e receberão galardões por todas as vitórias que tiverem sobre o pecado, e pelas obras feitas durante sua vida na terra.

 Todas estas bênçãos são aspectos futuros da salvação e estão contidos numa só palavra Glorificação.



Resumo da matéria:

 1. A Promessa da Confiança

 2. A Promessa de Um Corpo Imortal

3. A Promessa de Ser Co-herdeiro com Cristo

4. A Promessa dos Galardões


I. A PROMESSA DA CONFIANÇA

Neste Texto, começaremos com a definição básica de glorificação do crente, e descreve­remos o que ela é e quando ocorre. 

Depois, abordaremos o aspecto da glorificação concernente à justificação, ou seja: a promessa de que, um dia, o crente estará face a face com Deus, confiante e sem se envergonhar.

“... para que, no Dia do Juízo mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. ” (1 Jo 4.17).

O Que É a Glorificação do Crente

A glorificação é resultante da obra redentora de Deus no homem. Quando o crente for glorificado, ele estará moralmente perfeito. Terá recebido um corpo glorificado, terá herdado sua herança eterna e terá recebido como recompensa o louvor da parte de Deus e uma posição no céu de acordo com sua fidelidade na terra.

Muitos aspectos da glorificação, tais como o recebimento de um corpo glorificado (1 Co 15.42) da herança (Rm 8.23), e dos galardões.(2 Co 5.10) - todos estes aguardam a vinda de Cristo.

O crente que morre, realmente vai direto à “glória” e já desfruta parte da sua glorificação futura, ou seja uma comunhão plena com Deus (2 Co 5.8) e uma natureza livre do pecado (Hb 12.23); e mesmo assim, ele, juntamente com todos os crentes que ainda vivem, esperará até o “dia de Cristo” para sua glorificação ser completada.

“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que have­remos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. ” (1 Jo 3.2).

Confiança na Sua Promessa Quando Deus, apareceu aos israelitas, no fogo e no fumo, eles fugiram da Sua presença em temor e tremor, porque sabiam que eram um povo pecaminoso. Até mesmo o piedoso Isaías sentia-se condenado e ficou tremendo na presença do Deus santo, conhecendo muito bem seu próprio coração imperfeito (Is 6.5).

Contrastando isso, o crente, uma vez perdoado é instruído no sentido de ache­gar-se confiantemente junto ao trono de Deus.

“pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele. ” (Ef 3.12). “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. ” (Hb 4.16). “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus. ” (Hb 10.19).

Estes versículos nos lembram que, por causa da justificação que Cristo nos proveu, o recebemos perdão de todos os nossos pecados, e somos declarados justos. Destarte, podemos entrar na presença de Deus, até mesmo agora, mediante a oração. Durante toda a nossa vida podemos aproximar-nos cada vez mais de Deus. Finalmente, após a morte ou nossa trasladação para o céu, estaremos, sim, na real presença de Deus, seguros e sem medo. Estaremos confiantes no Lugar Santíssimo do céu - diante do próprio trono de Deus.

“... vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis. ” (Cl 1.22). “... para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. ” (1 Co 1.8). aos espíritos dos justos aperfeiçoados. ” (Hb 12.23).


II. A PROMESSA DE UM CORPO IMORTAL

Quando Deus criou o homem, declarou a Sua obra como sendo boa. Desde então, a hu­manidade em geral jamais cessou de maravilhar-se diante desta indescritível criação. Nós, muito mal exploramos a superfície em nossa tentativa de sondar todos os maravilhosos e minuciosos fatos e elementos que constituem a criatura que é o homem. Deus prometeu ao crente que ele será criado de novo, e declara que o novo corpo será glorioso (1 Co 15.43). Se nós, que somos meros mortais, ficamos pasmados ante as maravilhas deste corpo humano, que Deus chama de “bom”, imagine-se a maravilha do nosso corpo celestial que Deus classificou como “glorioso”.

As Três Ressurreições A experiência cristã envolve três ressurreições.

Primeiramente, a ressurreição de Cristo dentre os mortos, que é a garantia da nossa ressurreição. Este evento é tão indispensável à nossa fé, que Paulo diz: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa f é ” (1 Co 15.14). Por causa desta ressurreição, o crente é salvo (Rm 5.10), recebeu a vida espiritual (1 Pe 1.3), e receberá a vida eterna (Rm 6.9).

Em segundo lugar, a “ressurreição espiritual” do crente, a saber, da morte no pecado, para a nova vida em Cristo. “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões... vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos. ” (Cl 2.13).

Em terceiro lugar, na segunda vinda de Cristo, a ressurreição que depende das duas pri­meiras ressurreições. Noutras palavras, porque Cristo ressuscitou dentre os mortos, e porque o crente está espiritualmente vivo, este também será ressuscitado dentre os mortos (ou transforma­ do, estando vivo, no arrebatamento), para receber um corpo imortal. Estudemos esta ressurreição final, com mais detalhes.

A Ocasião da Ressurreição do Crente A Bíblia não deixa dúvida alguma quanto ao tempo desta ressurreição final. Ocorrerá no final da era da Igreja, no “último dia”.

“Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. ” (Jo 11.23)

“Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia ” (Jo 11.24); ver também Jo 6.39,40).

Para ser mais claro, essa ressurreição ocorrerá por ocasião da vinda de Cristo para arreba­tar a Sua Igreja.

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. ” (1 Ts 4.16). “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, ” (1 Co 15.51). “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1 Co 15.52).

Note no segundo versículo acima (1 Co 15.51), que o “novo corpo” não é somente para os que estão “dormindo” em Cristo, mas, sim, para os que estão vivos em Cristo, também. “Mas transformados seremos todos. ”.

O Novo Corpo

1 Coríntios 15 dá uma descrição detalhada do novo corpo que o crente terá. Em prime lugar, será como o corpo ressurreto de Cristo„ “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (v. 20). Mais adiante está escrito: “... devemos trazer também a imagem do celestial” (v. 49). Isto significa que nossos amigos e entes queridos poderão reconhecer-nos assim como Cristo foi reconhecido pelos Seus discípulos depois da Sua ressurreição. Teremos um corpo com traços semelhante ao atual, mas diferente quanto ao fato de não estar preso aos limites naturais do velho corpo. Será uma ressurreição real, não uma troca de corpos. Somente no futuro, no momento da ressurreição, o nosso corpo será transformado em corpo glorioso. 

Segue-se uma lista, mostrando em que o novo corpo do crente será diferente deste pre­sente corpo terrestre.

 1. O presente corpo é humilde, ao passo que o corpo futuro será glorioso (v. 42). 

2. O presente corpo é natural; o corpo futuro será espiritual (v. 44).

3 .0 presente corpo é fraco e eivado de enfermidades; o corpo futuro será poderoso e não será suscetível às enfermidades e fraquezas (v. 43).

4. O presente corpo é mortal e decretado a morrer; o corpo glorificado será destinado a permanecer por toda a eternidade (v. 53). ( Gn 3.19; Ec 12.7). Por isso, Paulo regozijou-se: “Onde está , ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (v. 55).

A Ressurreição Aplicada à Vida Presente

Tendo em vista este evento escatológico do porvir, Paulo ensina que o crente deve cuidar de duas coisas: 

Primeiramente, contra qualquer pecado que venha surgir na sua vida, pois se isto acontecer, ele, por fim, perderá o direito a esta ressurreição.

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. ” (v. 33). “Tomai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa. ” (v. 34).

Em segundo lugar, tendo em vista a ressurreição vindoura, o crente precisa fazer de tudo para pernanecer na sua fé, dedicando seus melhores esforços nas suas lutas em prol do reino dê Deus“ 

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes; inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. ” (v. 58).


III. A PROMESSA DE SER CO-HERDEIRO COM CRISTO

A essência da salvação, desde 0 Começo até a sua culminância a comunhão do crente com Cristo (1 Co 6.17). Este relacionamento começa quando o crente une-se a Cristo na 'sua vida, para receber o perdão dos pecados (Rm 6.6,7). O crente também está unido com Cristo na Sua vida, e como resultado, torna-se co-participante da Sua natureza divina (2 Tm 2.11; 2 Pe 1.4). Esta união chegará ao seu ápice quando o crente for unido a Cristo na Sua exaltação, tomando-se, assim, co-herdeiro do reino, do poder e da glória de Cristo.

“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. ” (Rm 8.17).

Co-Herdeiro do Reino de Deus O crente não será apenas um hóspede do céu; ali será seu lar! Ele o terá herdado, junta­ mente com Cristo, e, portanto, receberá as boas-vindas ali como “proprietário”, não como “in­quilino”.

"... herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?’’ (Tg 2.5). “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. ” (2 Pe 1.11).

Na realidade, Deus criou  céu para prover um lar eterno para os seus  Filhos .

Cristo declarou que iria preparar moradas no céu para finalmente receber todos os crentes (Jo 14.2). Sabemos nós, em parte, das maravilhas que Deus criou em sete dias, porém, somos limitados para imaginar quão maravilhoso será o céu depois de preparativos tão extraordinários. Infelizmente, o alto privilégio do crente herdar este lar eterno, se restringe nas mentes de alguns deles, devido a deturpações exageradas. Por exemplo, alguns crentes pensam que o céu será um lugar de eterna ociosidade. É um lugar de descanso à distância do pecado, da dor, da tristeza e do diabo, e também um lugar de atividade constante. João diz que os santos continua­ rão a servir a Deus ali. “... Os seus servos o servirão” (Ap 22.3).

Além disto, alguns crentes erroneamente consideram o céu como um lugar monótono. A Bíblia, no entanto, retrata-o como um lugar de sublime e abundante alegria (SI 16.11) e de satis­ fação (SI 17.15). O céu jamais poderia ser um lugar monótono, parado, quando sabemos que Cristo será nosso companheiro constante (1 Ts 4.17). (Leia também João 5.17).

Co-Herdeiros do Seu Poder A herança do crente juntamente com Cristo, não está limitada ao recebimento de um lar eterno; inclui, também, a participação da autoridade e do poder de Cristo. Quando Cristo sentarse em Seu trono e reinar sobre todo o orbe, todos os crentes, serão igualmente exaltados para governar e reinar juntamente em Ele.

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. ” (Ap 3.21). “se perseveramos, também com ele reinaremos. ” (2 Tm 2.12).

O crente reinará com Cristo sobre os homens durante o Milênio, e sobre os anjos na eternidade.

“... serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos. ” (Ap 20.6). “... porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos. ” (Ap 22.5). “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (1 Co 6.2,3).

Co-Herdeiros da Sua Glória Sabemos que o reino do céu e todo o poder divino realmente pertencem a Cristo, que Se dignou a compartilhá-los com o crente. Da mesma maneira, assim como Cristo está glorificado, assim também todos os crentes compartilharão da Sua glória. Paulo disse que o crente será glo­ rificado com Cristo (Rm 8.17). Este pensamento estava tão impregnado na mente de Paulo que ele escreveu mais oito versículos sobre o assunto, e observou que os sofrimentos do crente no tempo presente não são dignos de comparação com a glória que nele será revelada (Rm 8.18). Além disto, diz que não somente os crentes, como também a totalidade da criação, aguarda “...a revelação dos filhos de Deus”, quando refletirão a glória de Cristo (Rm 8.19). Acrescenta que a revelação da “glória” dos filhos de Deus, na ressurreição, resultará numa “reação em cadeia” que passará pela totalida­de da natureza. Deus libertará completamente a totalidade da criação, da maldição do pecado (Rm 8.21). Paulo encerra seus escritos sobre este assunto, citando como o crente deve ansiar por este ato culminante da adoção, quando então receberá a plena herança da sua filiação (Rm 8.23). Pode surgir na mente a seguinte pergunta: “mas por que o Pai está tão ansioso por trazer glória aos crentes?” Deus deseja trazer glória ao Seu Filho. Esta verdade pode ser melhor enten­dida ao imaginar uma bela fonte de águas, cercada por espelhos de todos os lados. Os espelhos compartilham da glória da fonte à medida em que refletem sua beleza, mas, ao mesmo tempo, multiplicam a glória da fonte. Semelhantemente, todos os crentes multiplicarão a glória de Cris­to à medida em que Sua glória for refletida neles.

“quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho). ” (2 Ts 1.10).


IV. A PROMESSA DOS GALARDÕES

A vida tem sido comparada a uma “escola preparatória” em que os crentes estão sendo preparados para suas tarefas e funções eternas. A Bíblia nos diz que aqueles que aproveitarem este período de tempo de treinamento para crescer em santificação, serão promovidos e grandemente honrados no dia glorioso do julgamento dos crentes.

Tendo em vista que o julgamento virá, o crente precisa encarar cada escolha feita em sua vida como sendo de efeito eterno, tendo como resultado galardões eternos ou perdas eternas.

O Julgamento do Crente Paulo ensina claramente: "... Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. ” (Rm 14.10,12 -). Também escreveu aos coríntios:

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. ” (2 Co 5.10).

Este julgamento dos crentes não é, de modo algum, como o julgamento dos pecadores. O julgamento dos pecadores será para condenação, tristeza, choro e ranger de dentes.

O julgamento do crente será cercado de regozijo, assim como o dia da formatura de um estudante aplicado

Naquele dia Deus se dirigirá a cada crente, elogiando e reconhecendo publi­camente o trabalho que ele fez em prol do Seu reino. De acordo com suas obras aqui na terra, serão confiadas aos crentes tarefas e posições, quando Deus os introduzirá numa nova vida de gozo. “Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. ” (Mt 25.21).

Recebimento ou Perda do Galardão O julgamento dos crentes nada tem a ver com a salvação. Todo crente receberá algum louvor da parte de Deus: “... e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. ” (1 Co 4.5). Isto significa que Deus julgará todos os crentes, não importa quão fiel ele tenha sido. Será mesmo um “julgamento”. Os crentes fiéis receberão muitos louvores, e os que forem negligentes no seu viver cristão, receberão bem poucos louvores. Os que querem viver carnalmente, fazendo sua própria vontade, perde­rão os galardões que podiam ser seus. “se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, toda­ via, como que através do fogo .” (1 Co 3.15). O julgamento, pois, consistirá de recebimento ou perda de recompensa. Os galardões outorgados no céu serão eternos, não tem­porais. Estes galardões são comparados às “coroas dos vence­ dores” conferidas nos jogos olímpicos antigos. Aquelas coroas, por serem feitas de folhas, dura­vam bem pouco tempo. Num único dia de glória eram entregues como galardão, após longo período de intenso treinamento seguido de vitória. Contrastando isso, as coroas de Deus serão eternas, portanto uma glória que nunca fenecerá. “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. ” (1 Co 9.25). Não é somente louvor e recompensa que o crente receberá no céu. Também a alguns ser-lhe-ão confiados responsabilidades e cargos na hierarquia do céu, baseadas na sua fidelidade na terra. Notamos expressões tais como “primeiros e últimos”, no reino (Mt 19.30), menores ou maiores (Mt 5.19). Cristo ensina que haverá uma diferença específica na soma de autoridade confiada aos seus servos no reino do céu - tudo dependendo da fidelidade.

“Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades. ” (Lc 19.17) “A este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades. ” (Lc 19.19).

A Fonte do Galardão A Bíblia nos diz que Deus concederá galardões por muitas coisas. Um dos galardões mencionados, refere-se à conquista de almas. A pessoa que ganha uma alma para o Senhor, brilhará diante de Deus como uma estrela, e essa alma lhe será uma coroa de regozijo.

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, com as estrelas, sempre e eternamente. ” (Dn 12.3). “Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!” (1 Ts 2.19,20).

Os crentes também receberão seu galardão por terem resistido à tentação (Tg 1.12), por terem sofrido com paciência (Mt 5.11,12). Qualquer ato de bondade receberá seu galardão (G1 6.10), mesmo que seja uma coisa mínima, com o dar um copo de água (Mt 10.42). Semelhantemente, a hospitalidade (Mt 10.40,41), e o cuidado dos enfermos, dos necessitados, e dos perseguidos, que também resultará em galardões (Mt 25.34-40).

resultará na perda de galardão (Mt 24.45,46 e Lc 19.26). Da mesma maneira, os que exercem o ministério têm a oportunidade de ganhar galardões, se forem fiéis e justos no seu desempenho. Devemos lembrar-nos, no entanto, que a quem muito é confiado, dele muito será exigido.

“... antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa de glória. ” (1 Pe 5.3,4). “Meus irmãos, não vos tomeis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. ” (Tg 3.1).

Até mesmo o emprego sábio de possessões materiais pode resultar em galardões. Paulo diz que o dinheiro com que os filipenses contribuíram para o ministério dele era, na realidade, um depósito feito na conta deles no céu (Fp 4.17). Mais tarde, admoesta os crentes efésios a compartilharem com os pobres, a fim de acumularem para si sólido fundamento no céu, para o futuro (1 Tm 6.17-19).

Fazer uma destas boas coisas, ou até mesmo todas elas, não resultara, nem mesmo no mínimo galardão.

Deus não precisa de ajuda, nem de dinheiro de pessoa alguma; Ele está apenas procurando manifestações de amor cristão, por meio do crente. O verdadeiro motivo para fazer boas obras deve ser a “fidelidade a Cristo” (1 Co 4.2). A Bíblia considera o que se faz para Cristo por amor, como sendo material tipo ouro, prata, e pedra preciosa, colocadas na fundação de um edifício. As coisas feitas visando proveito pessoal, ou humano, , são comparadas à madeira feno e palha. Um dia, os materiais de construção de cada homem serão testados “pelo fogo”. Aquilo que foi feito para Cristo permanecerá, e aquilo que foi feito para louvor do homem, será consumido.

“manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. ” (1 Co 3.13). “Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão.” (1 Co 3.14).


Pra você que seguiu esta matéria teológica até aqui, o meu desejo que tenha sido abençoado com as informações pertinentes deste estudo, o meu muito obrigado. 

Que Deus te abençõe rica e abundantemente. Comente sobre o que você achou deste estudo bíblico.